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COLAGEM

FORUM 4. EXERCÍCIO PRÁTICO 1

-Disponível a partir de 23 de Abril de 2023

No tópico anterior aprendeste sobre as etapas da supervisão escolar, que consistem na planificação
ou preparação da supervisão escolar, na observação ou na execução  da supervisão escolar e por
último, que consiste na avaliação dos resultados da supervisão escolar.

Nesta tarefa, em grupos de 3 elementos apenas, elaborem um plano de supervisão escolar, na


qualidade de um técnico dos serviços Distritais de Educação e Tecnologia, observando os
seguintes critérios:

1.      Análise da situação do distrito na base do relatório anterior hipotético.

2.      Planificação da supervisão escolar:

2.1 ASPECTOS GERAIS DA SUPERVISÃO

- objectivos da supervisão

- metas ou resultados por alcançar;

- Metodologia a usar; e fases

- Instrumentos a usar;

- Nº de escolas envolvidas;

- quantidade e especificação de pessoas envolvidas

- concepção dos termos de referencia.

2.2. ASPECTOS ESPECIFICOS DA AREA PEDAGÓGICA

- Decorrência Do PEA (Discriminar os aspectos)

-  desempenho do professor
- desempenho do aluno

- formação continua dos professores

- qualidade de ensino , Entre outros

ESTES ELEMENTOS DEVEM ESTAR ACOMPANHADOS DE UMA FICHA DE


SUPERVISÃO CONTENDO TODOS INDICADORES A SEREM OBSERVADOS E SUA
RESPECTIVA ESCALA DE AVALIAÇÃO.

2.3 ASPECTOS RELACIVOS A AREA DE GESTÃO ESCOLAR

        - aspectos gerais da escola

- assiduidade e pontualidade

- planificação  e gestão,

- funcionamento do conselho de escola

ESTES ELEMENTOS DEVEM ESTAR ACOMPANHADOS DE UMA FICHA DE


SUPERVISÃO CONTENDO TODOS INDICADORES A SEREM OBSERVADOS E SUA
RESPECTIVA ESCALA DE AVALIAÇÃO.

Os elementos apresentados são a base podendo ser inseridos outros ao critério do grupo.

NB: AQUI ESTÁ O MANUAL QUE PODE SERVIR IAUXILIO NA ACTIVIDADE. 

NÃO É PARA SER COPIADO MAS SIM SERVIR DE INSPIRAÇÃO.

RECENTEMENTE FOI DIVULGADO UM MANUAL DE SUPERVISÁO ESCOLAR , QUEM


TIVER PARTILHE CONNOSCO. 
Fórum 2

- Supervisão na Antiguidade;
- Supervisão na Idade Média;
- Supervisão Moderna.

POR RESOLVER

Fórum 2. História da supervisão escolar


Acesso vedado Disponível se: A atividade Forum 2. Conceitos introdutorios da supervisão
escolar está concluída.
1. Fale da Supervisão escolar na Antiguidade;
2. Fale da Supervisão escolar na Idade Média;

3. Fale da Supervisão escolar Moderna.

Ao descrever siga as seguintes passos:


a)  conceito de supervisão escolar

b) as características da supervisão escolar

c) a finalidade da supervisão escolar.

d) o perfil do supervisor

fórum 3

 Supervisão com um processo

- Ciclos da Supervisão escolar.

 FÓRUM 3 - ETAPAS DA SUPERVISÃO ESCOLAR


Acesso vedado Disponível se: A atividade Fórum 2. História da supervisão
escolar está concluída.

1. Descreva as etapas da supervisão escolar, enumerando as


actividades que o supervisor escolar deve realizar.

 Quais são as atribuições de um supervisor escolar?

Atribuições: Assessorar, orientar e acompanhar as escolas públicas no planejamento,


desenvolvimento e avaliação dos aspectos pedagógicos e de gestão; assessorar o Dirigente
Regional de Ensino no planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das
políticas educacionais; assim como realizar a orientação, .

Qual a rotina de um supervisor escolar?


Como resultado identificou-se que a rotina e as atividades desenvolvidas pelos supervisores
escolares caracterizam-se pelo acompanhamento dos professores, atendimento aos alunos e
pais, substituição de professores, aplicação e correção de simulado, avaliações, diagnósticos,
dentre outras atividades que não são ...

Nesta função especial, observa-se total transformação dos meios de atuação:


INSPEÇÃO –Fiscalização,Critica, Censura

SUPERVISÃO –orientacao, auxilio, colaboracao.

Fórum da cadeira da Supervisão escolar

Conceito de Supervisão

Supervisão é uma palavra latina. Super significa ‘de cima’ e visão significa ‘ver’. No sentido
comum do termo, Supervisão significa ver de perto (acompanhar) as actividades dos outros
para certificar se de acordo com o planejado e se estão cumprindo o cronograma estabelecido.
Supervisão significa acompanhar de perto, monitorar, checar, avaliar e orientar o trabalho de
outras pessoas.

Supervisão é a direcção, orientação e controle da força de trabalho com vista a ver se eles
estão trabalhando de acordo com o planejado e estão cumprindo o cronograma.

Além disso, eles estão recebendo toda a ajuda possível para realizar o trabalho que lhes foi
designado.

Conceito de Supervisão Escolar

Nerici (p.28,1976) ʺA Supervisão Escolar visa a melhoria do processo ensino aprendizagem,


para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e humana da escola.
Ainda para Nerici (1976) supervisão escolar significa visão sobre todo o processo educativo,
para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os objectos específicos da
própria escola.

Para Pizybylski, 9p. 24, 1985) supervisão Escolar é o processo que tem por objectivo de
prestar ajuda técnica no planeamento, desenvolvimento e avaliação das actividades
educacionais em nível de sistema ou de unidades educacionais, tendo em vista a unidade das
acções pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento do pessoal envolvido na
situação ensino-aprendizagemʺ.

Para Libaneo (2005), a supervisão educacional é responsável pela viabilização, integração e


articulação do trabalho pedagógico-didactico em articulação com os professores.

Segundo Giancaterino (2010), a supervisão é um meio de garantir a execução do que foi


planejado, exigindo cada vez mais, um profissional preparado para o exercício desta função,
desempenhando funções variadas que reflectem em sua própria diversidade de flutuações
conceituais e posições políticas.

Entretanto no meu ponto de visa todas definições estão em comum dizer que a supervisão
escolar e o acto de controle, coordenação as actividades de ensino face a uma eficiência
exigida pela mesma escola a fim de alcançar os objectivos requeridos.

Princípios da Supervisão

Os princípios da supervisão servem para facilitar o trabalho que se realizam em supervisão, ou


seja, para que o trabalho seja eficaz segue-se alguns princípios: cientifico, democrático,
cooperativo, construtivo, objectivo, permanente, abrangente e planificado e avaliativo.

Princípios científicos-aplicacao de técnicas e metodologias adequadas à situação para a


solução de problemas existentes na escola.

Segundo Nerici (1976) ʺa supervisão deve se basear em planejamnentos e avaliações


constantes dos resultados dos seus trabalhos, para que possa haver rectificação ou
modificação nos trabalhos, sempre que necessárias.

Princípios democráticos todos os membros da escola participam do processo e a autoridade da


supervisão não é imposta, mas ʺ vista como uma colaboração. A interacção do grupo é uma
constante.
Segundo Nerici (1976) ʺ…todos os participantes do processo de ensino – aprendizagem
tenham liberdade de opinião, sejam respeitados em suas diferenças individuais e que sejam
convencidos a agir desta ou daquela maneira, me não obrigados a faze-los.

Princípios cooperativos todos estão envolvidos e colaboram para alcançar um objectivo


comum.

Para Nerici (1976), ʺtodos os responsáveis ou influenciadores nos resultados do ensino


participem das preocupações da supervisão e com ela cooperem para o bom andamento dos
trabalhosʺ.

Princípios construtivistas todos são orientados para o aperfeiçoamento nos seus campos de
actuação.

Nerici (1976), ʺ…todos os envolvidos pela supervisão possam ser o que são, orientados, sim,
para melhorarem a sua actuação quando necessário.

Princípios objectivos – direccionamento do plano educacional voltado para a realidade


escolar.

Para Nerici (1976) o princípio científico é complementado por este princípio, uma vez que
todos os planos de trabalho devem imposições de modelos que venham a deformar o processo
ensino-aprendizagem.

Princípios permanecem actuação contínua para maior eficiência de suas tarefas.

Para Nerici (1976) ʺ… sendo a supervisão um processo permante, aumentam as possibilidades


de tornar o seu funcionamento mas ajustado e eficientes.

Princípio abrangente – toda a estrutura do processo educacional deve ser atingido, sendo
orientada pela supervisão.

Principio planejado plano de acção para estabelecimento e execução dos objectivos traçados
com maior eficiência e acompanhamento do pessoal envolvido. Evita a perda de tempo.

Segundo Przybylski (1985) ʺtoda a acção por mais simples que seja pode ou mesmo deve
embaçar-se num planejamento, para que se possam alcançar os objectivos propostos de forma
mais eficiente.
A supervisão escolar enquadra-se nesta situação, pois, se não for elaborado num
planeajamento adequado, o supervisor não poderá saber o que como, quando ou porque
realizar qualquer acção.

Princípio avaliativo – para verificar suas metas estão sendo alcançadas de forma almejada, é
necessário que todos os passos sejam avaliados utilizando esse princípio, a supervisão terá
maior facilidade em identificar erros ou problemas e soluciona-los a tempo, obtendo assim
maior aperfeiçoamento do processo.

Przybylski (1985), ʺcom a observação destes princípios a supervisão será o aperfeiçoamento


permanente estimulando e desenvolvendo, sem frear suas ideias, ou colocar barreiras em suas
iniciativa.

Estimula a todos os participantes a empregarem novos processos de acção, desistimulalando o


prosseguimento de práticas rotineiras e comodistas.

Importância da Supervisão

A Supervisão Escolar é responsável pelo planejamento que a instituição fica possibilitado em


atingir a melhoria do processo ensino-aprendizagem. A Supervisão Escolar incumbe-se em
promover a perfeição aumento do corpo docente, garantir o desenvolvimento dos planos
educacionais, interagir a escola com o meio, garantir a constante actualização do ensino,
proporcionar ao corpo discente e docente meios que facilitem e estimulem a educação,
contribuindo eficazmente para a organização e dinamização da escola.

ʺNa modernidade interpreta-se a Supervisão escolar como uma forma de estimular, coordenar
e dirigir as actividades docentes de forma cooperativa, levando todos que dela participam a
dar o máximo de si em prol de um maior rendimento da situação ensino-aprendizagemʺ.
(Przybylski, 16.1985).

Para além disso mas também, a supervisão visara sempre a formação do aluno, seu
desenvolvimento como cidadão crítico e participativo actuante na sociedade em parceria com
os professores e os outros sectores da escola muito principalmente com a orientação
educacional.

Fórum 2

A supervisão na idade media


Idade Média Durante a Idade Média a vigilância das instituições de
ensino estava praticamente a cargo da Igreja; inicialmente exercida
pelos bispos e, posteriormente, por pessoas indicadas pelas
autoridades eclesiásticas. Contudo é na Idade Média que vamos
encontrar as raízes da inspeção exercida pelo cidadão, através de
comissões, com o surgimento, no século XIII, das escolas municipais
de nível elementar. Notamos que, até esta época, a supervlsao tinha o
caráter de vigilância e fazia-se através de elementos que detinham o
domínio econômico, político ou religioso, visando a garantia primária
e substancial dos interesses que sua classe representava. Assim, era
exercida por leigos, geralmente autoridades civis ou religiosas. Visava
a fiscalização e voltava-se principalmente para aspectos externos no
ensino, tais como, matrícula e freqüência de alunos, pontualidade de
alunos e professores e conduta de professor em relação aos deveres
especificados. Também o aproveitamento do aluno era objeto de
preocupação em alguns sistemas, como sucedia na China, com seu
sistema de examinadores nomeados pelo Estado. O caráter da
vigilância era autoritário.

A Supervisao na idade Moderna

Idade Moderna e Contemporânea Após a Idade Média, quando se


estruturam as modernas nações e se fundam os sistemas escolares,
compreendendo a educação em todos os seus níveis, surge a inspeção
escolar em termos de instituição. A partir de então, inspeção tem sido
exercida de modo diverso, variando não só o objeto mas também os
propósitos e os métodos adotados pelo inspetor. Entre os séculos XVII
e XIX, a supervisão é considerada inspeção, geralmente realizada por
leigos. O supervisor é chamado "inspetor" e suas funções eram mais
de julgar do que funções executivas (1). Julgava mais o professor do
que o ensino ou o rendimento.

aluno. Assim, o objeto da inspeção é essencialmente a figura do


professor, cuja situação funcional ficava a depender do julgamento
que dele fizesse o inspetor. A inspeção neste período passa a
constituir-se em função específica, exercida por funcionários para isso
remunerados. Sua atuação mantinha-se autoritária.

Pouco a pouco a supervisão foi assumindo o caráter de "melhoria do


ensino", acrescentada a função técnica à fiscalização dos aspectos
"administrativos". No século XIX, com o aparecimento das escolas
normais, a supervisão é predominantemente uma atuação sobre o
professor, no ato de ensinar.

À falta de um método próprio, a supervisão escolar adotava os


métodos usados na indústria. Já no século XIX, o supervisor é um
profissional e dispõe, muitas vezes, de formação específica no campo
de ensino. É ainda nessa Supervisão escolar 25

4 época que surgem os supervisores especiais, em decorrência da


ampliação do currículo, com inclusão de música e arte, ciência e
história.
No século XX, aperfeiçoam-se os métodos e técnicas de ensino; por
outro lado, surgem critérios objetivos de aferição do rendimento
escolar, através dos testes de escolaridade. De posse desses elementos,
é possível ao supervisor atuar mais adequadamente, conforme o
espírito da época, que se caracterizou pela busca da eficiência, em
decorrência da orientação "científica" em administração, a qual tem
origem nos estudos de Taylor. Com vistas a obter a eficiência, era
necessário, segundo Taylor, dividir o trabalho em partes, bem defini-
las e assegurar que fossem eficientemente realizadas, segundo padrões
estabelecidos. Burton e Brueckner (4), em 1955, propõem o conceito de supervisão como
"uma técnica que se propõe fundamentalmente a estudar e a melhorar cooperativamente
todos os fatores que envolvem o desenvolvimento do aluno". Já Briggs e Justman (5) definem-
na em termos dos objetivos para os quais é usada e que dão sentido às técnicas empregadas;
os autores apresentam objetivos, entre os quais "exercer liderança eficiente de sentido
democrático... " e "estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto a seu
trabalho, de tal modo que operem em estrita e esclarecida cooperação.

A supervisão, que iniciara o século em termos de orientação, assume o


caráter de assistência, renovação e inovação. "O papel do supervisor
tornou-se o de apoiar, assistir e participar, antes que dirigir. A
autoridade da posição de supervisor não se reduziu, mas passou a ser
usada de outro modo. É usada para promover crescimento através do
exercício da responsabilidade e da criatividade antes que da
dependência e conformidade"

Supervisão é liderança e desenvolvimento de liderança cooperativa nos grupos" (13). 4.


"Supervisão é uma atividade de serviço (service activity) que existe para ajudar professores a
fazerem melhor sua tarefa" (K. Wiles, 1950) (14). Supervisão escolar 29
8 5. "Supervisionar significa coordenar, estimular e dirigir o crescimento dos professores
visando a capacitá-los na tarefa de estimular e dirigir o crescimento dos alunos, por meio do
exercício dos seus talentos com vistas a uma participação mais rica e mais inteligente no
meio em que vivem" (Briggs e Justman, 1954) (15). 6. "Supervisão deve contribuir para o
programa educacional de maneira a que o estilo de vida melhore em função desta (Franseth,
1952) (16). 7. "Supervisão é um programa planejado para a melhoria da instrução" (Adams e
Dickey, 1953) (17). 8. "Supervisão é um serviço técnico que visa fundamentalmente ao estudo
e à melhoria em cooperação das condições que envolvem a aprendizagem e o
desenvolvimento do aluno" (Burton e Brueckner, 1955) (18). 9. "Supervisão é a determinação
dos fins a serem alcançados, do planejamento dos procedimentos para efetivação dos fins e o
exame dos resultados" (Lucio e McNeil, 1962) (19). Integrando vários conceitos de
supervisão formulamos o seguinte: Supervisão é uma atividade técnica, com fundamentos
filosóficos e científicos, que pode ou não estar estruturada sob a forma de um serviço,
envolvendo todos os participantes do processo educacional através de atuação democrática,
que pressupõe cooperação, inter-relação, liderança e trabalho de equipe, visando a melhoria
de toda a educação e em especial do ensino, com ênfase na pesquisa. 4. IMPORTÂNCIA DA
SUPERVISÃO A supervisão impõe-se sempre que de uma mesma tarefa participem duas ou
mais pessoas, em empreendimento solidário. Definidos os objetivos, há que coordenar os
esforços individuais de modo a evitar omissões e corrigir superposições. É o que ocorre no
ensino, desde que a escola de uma só classe se diferencie e as escolas 30 Curriculum 4/73.

Nérici (1974, p. 29), afirma que Supervisão Escolar é a “visão sobre


todo o processo educativo, para que a escola possa alcançar os
objetivos da educação e os objetivos específicos da própria escola”.

Anos mais tarde se percebe um olhar mais atento à importância da


Supervisão Escolar, no que diz respeito a sua relação com os outros
educadores que trabalham na instituição escolar. Nesse sentido, afirma
Rangel (1988, p. 13): “[…] um trabalho de assistência ao professor,
em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle,
avaliação e atualização do desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem.

Para que essa educação seja ofertada, é necessário ter o empenho de


toda equipe do ambiente escolar. Ou seja: professor, aluno, supervisor,
coordenador pedagógico e outros membros da instituição.

Alarcão (2001, p. 35) destaca o supervisor como um líder, definindo o


objeto da supervisão como: “O desenvolvimento qualitativo da
organização escolar e dos que nela realizam seu trabalho de estudar,
ensinar ou apoiar a função educativa por meio de aprendizagens
individuais e coletivas, incluindo a formação de novos agentes”.

De acordo com Przybylski (1985):

Supervisão escolar é o processo que tem por objetivo prestar ajuda


técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades
educacionais em nível de sistema ou unidade escolar, tendo em vista o
resultado das ações pedagógicas, o melhor desempenho e o
aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação ensino-
aprendizagem. (1985, p. 18).

A função do Supervisor Educacional está interligada a gestão escolar


como um todo, buscando junto ao docente minimizar os problemas de
ensino-aprendizagem. Trazendo equilíbrio ao ambiente da escola. Para
Medina (2002):
O Supervisor da Educação precisa desempenhar sua função de
maneira crítica e participativa. Trabalhando de maneira articulada com
todos que fazem parte do ambiente escolar.

Para que a escola atinja bons resultados no processo ensino-


aprendizagem, são necessários planejamento, avaliação e
aperfeiçoamento das práticas pedagógicas por parte do Supervisor
Educacional.

Seu trabalho é de grande importância para o crescimento e


desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem dentro da
instituição escolar. Ele é um articulador de ideias e projetos junto com
toda comunidade escolar. Planejando, coordenando, acompanhando e
avaliando todas as atividades pedagógicas, visando à qualidade e o
aprendizado dos alunos.

O Supervisor é o educador e orientador do trabalho pedagógico


realizado pelos professores em uma instituição. Como afirma Ferreira
(2000):

[…] é o trabalho do professor (…) que dá sentido ao trabalho do


supervisor no interior da escola. O trabalho do professor abre o espaço
e indica o objeto da ação/reflexão, ou de reflexão/ação para o
desenvolvimento da ação supervisora.

Segundo Medina (2008, p. 21): “O supervisor não é mais aquele


sujeito que possui um “super-poder” de assessorar, acompanhar,
controlar e avaliar o trabalho que os professores realizam nas escolas,
mas aquele que constrói com os professores seu trabalho diário”.

A função do Supervisor Educacional frente ao ensino nos anos iniciais


é dar assistência aos professores de maneira positiva, motivando-os na
melhoria do processo de ensino-aprendizagem de seus alunos fazendo
um trabalho de forma satisfatória.

O Supervisor Educacional deve contribuir com a formação contínua


dos docentes, visando um trabalho pedagógico voltado para as
necessidades dos alunos, onde o objetivo é a melhoria do ensino-
aprendizagem.

Características da supervisão escolar

A supervisão passa de escolar, como é freqüentemente designada, a


pedagógica e caracteriza-se por um trabalho de assistência ao
professor, em forma de planejamento, acompanhamento,
coordenação, controle, avaliação e atualização do desenvolvimento
de processo ensino-aprendizagem.

Idades da superisao ler primeiro

Evolução histórica da supervisão educacional


Segundo Saviani, a função supervisora acompanha a ação educativa desde suas origens- conforme essa
função vai sendo explicitada, esboçando-se no espírito a ideia de supervisão, abre-se o caminho para
se colocar a questão da ação supervisora como profissão - como uma especialidade com contornos
definidos implicando determinadas qualificações que exigem uma formação específica. Ela será
organizada com o status de profissão quando além dos requisitos teóricos se impõe como uma tarefa
que na divisão técnica e social do trabalho requer agentes especializados.

Na antiguidade e Idade Média - não se põe o problema da ação supervisora, em sentido


estrito. A escola constituía uma estrutura simples, limitada à relação do mestre com seus
discípulos (Saviani, 1994, p. 98).

Na Idade Moderna surgiu o inspetor de ensino que avaliava as tarefas pedagógicas do professor. O
inspetor técnico apareceu com a revolução francesa e tinha como função promover o progresso
educacional e vigiar a atividade do professor visando melhorar o desempenho do docente.

 Etimologicamente a palavra supervisão é composta de prefixo super (sobre) e pelo substantivo visão,
ação de verificar; e assim o significado da palavra e olhar de cima no sentido de controlar a ação do
outro.

 O curso de pedagogia surgiu no Brasil como consequência da preocupação coma formação de


professores para a escola secundária, seu aparecimento foi concomitante ao das licenciaturas  ao ser
criada a faculdade nacional e filosofia da universidade do Brasil. Essa faculdade formava  licenciados
em varias áreas inclusive pedagogia.

 O modelo de curso acima durou ate 1969. No mesmo ano determinava que a formação de professores
para o ensino normal e de especialistas para a atividade e orientação, administração, supervisão,
inspeção fosse feita no curso de graduação em pedagogia de que resultava o grau de licenciado .

 Na década de 1970 surgiram as associações de supervisão educacional no Brasil, e o supervisor


passou a ter diversas denominações: supervisor escolar, supervisor  pedagógico, supervisor de ensino,
supervisor de educação e supervisor educacional.

 Medina (2002) apresenta a evolução da supervisão educacional em cinco momentos.


Para a autora, as marcas evolutivas a supervisão educacional são os que seguem:

1° ação supervisora voltada para o ensino primário. Possuía competência de inspeção, sendo
encarregando de fiscalizar o prédio escolar e a frequência dos alunos e professores.

2°- ação supervisora industrial trazendo referencias da primeira fase da revolução industrial esse
segundo momento surge com o crescimento da população, que indica a necessidade de mais
professores.
3°- ação supervisora como forma de treinamento e orientação, surgem novas literaturas que ainda hoje
são utilizadas pelos supervisores quando se referem ao desenvolvimento de suas ações.

4°- ação supervisora como questionamento, surgem indagações a respeito do papel a escola como um
todo e da ação de seu especialista, principalmente do supervisor-profissional criticado por alguns
professores, que delegam a ele as ações de impedimento e de fiscalização do seu trabalho;

5°- Ação supervisora e conceito repensado de escola, muitos autores enfatizam a escola como local de
trabalho. em que o sucesso do aluno não depende exclusivamente do conhecimento de conteúdos,
métodos, e técnicas. A escola torna-se um espaço em que todos aprendem e ensinam cada um
ocupando sua posição, e onde o supervisor tem uma contribuição especifica e importante para dar no
processo de ensino e aprendizagem.

A educação é um processo sócio- cultural que se dá na história de uma determinada


sociedade, envolvendo comportamentos sociais, costumes, instituições, atividades culturais,
organizações burocrático-administrativas”.        

                                                                                                                                  Antônio
Joaquim Severino

O livro organizado por Naura Syria Ferreira “Supervisão educacional para uma escola de
qualidade” reúne produções científicas de intelectuais que pensam e escrevem a respeito do
fazer escolar.

No texto de abertura, de Demerval Saviani, intitulado “A Supervisão educacional em


perspectiva histórica: da função à profissão pela mediação da ideia”, o autor elabora uma
importante reflexão, ao destacar como a ação supervisora passa da condição de função para a
de profissão, examinando- a no decorrer da História da Educação.

Desse modo, Saviani expõe como a função supervisora acompanha a ação educativa desde as
comunidades primitivas, mantendo-se implícita e indiferenciada até o final da Idade Média.
Nas comunidades primitivas, onde o modo de produção era coletivo, o trabalho acontecia
como princípio educativo e, por conseguinte, a função supervisora aparecia no momento em
que os adultos educavam as crianças por meio de uma vigilância discreta a fim de orientá-las
e protegê-las, ou seja, nas sociedades primitivas a educação acontecia por meio da
socialização das atividades cotidianas entre as crianças e os adultos, por essa forma, se
educavam.

AdvertisementsDa Antiguidade até o final da Idade Média, com o surgimento da propriedade


privada e da divisão de classe entre dominante (proprietários e senhores feudais) e dominada
(servos e escravos), acontece também uma divisão entre a educação destinada à classe
dominante e a educação da classe dominada que era educada pelo trabalho.

É nesse contexto que surge a escola, constituída na relação de um mestre com seus discípulos.
Esta escola era chamada de lugar de ócio, onde a classe dominante dispunha de tempo livre
para frequentá-la e onde as crianças eram acompanhadas de seus pedagogos. Sendo assim, a
função supervisora é encontrada na figura do pedagogo que inicialmente, na Grécia Antiga,
era um escravo, que tomava conta da criança e a conduzia até o mestre do qual recebia a lição.
Depois, passou a significar o próprio educador, porque passou a se encarregar do ensino das
crianças e porque sua função era a de supervisionar todos os seus atos.

As grandes transformações que ocorreram na passagem da Idade Média para a Idade


Moderna, com as grandes navegações, com a formação da sociedade capitalista e com o
aparecimento da burguesia, há uma diversificação das funções na sociedade, em consequência
do processo de industrialização. Nesse sentido, a ideia de Supervisão surgiu, no sentido de
melhorar a quantidade e a qualidade da produção, sendo a supervisão compreendida como
forma de monitorar e controlar o processo de produção.

No âmbito educacional da época, em decorrência da mudança de paradigma social e cultural,


ocasionado pela industrialização, surge a necessidade de uma nova finalidade da educação,
que torna- se científica, bem como de sua institucionalização, com a criação de um Sistema de
Ensino que determinava os conteúdos, os métodos e a organização das escolas.

É nesse contexto, “nos séculos XVI e XVII que surge a ideia de supervisão educacional,
vinculada às propostas religiosas e nos séculos XVIII e XIX às propostas de organização de
sistemas estatais e nacionais, até as amplas redes escolares instituídas no século”. (SAVIANI
in FERREIRA, 2010, p.19).
Nota-se, a partir do exposto acima, que a educação e a ideia de supervisão escolar têm uma
relação muito íntima com as questões e com as necessidades que a sociedade vivencia em
determinado momento histórico.

Foi na Idade Moderna, no contexto da expansão comercial que se deu a descoberta do Brasil.
(SAVIANI in FERREIRA, 2010, p.20) afirma: “com a vinda dos primeiros jesuítas em 1549
dá-se início à organização das atividades educativas no Brasil”, quando o padre Manuel da
Nóbrega funda na Bahia a primeira escola de “ler e aprender”.

O Projeto Educacional Jesuítico, organizado pelo padre Manoel da Nóbrega, foi a primeira
pedagogia que utilizava um currículo. Este currículo consistia no ensino enciclopédico,
principalmente, da Língua Portuguesa e da doutrina Cristã, objetivando a formação do homem
humanista e cristão católico.

Nota-se, que o Projeto Educacional Jesuítica era um projeto de catequização, e também, um


projeto que tinha como função propor e implementar mudanças radicais na cultura indígena
brasileira, destinando-se à transformação do indígena em “homem civilizado”, segundo os
padrões culturais e sociais da Europa do século XVI.

O Projeto Educacional dos Jesuítas fundamentava-se no método de ensino intitulado Ratio


Studiorum. Um método que estabelecia o currículo, a orientação metodológica e a
administração do sistema educacional, desse modo, direcionava as ações educacionais dos
padres jesuítas em suas atividades educacionais.

No Projeto, a ideia de supervisão também se manifesta e a função está presente na escola, a


qual se destacava das demais funções e destinava-se ao Prefeito de Estudos. Era ele que
dirigia as reuniões, na orientação e formação pedagógica, e acompanhava a vida escolar com
visitas periódicas às aulas dos padres jesuítas.

O modelo pedagógico dos padres jesuítas, centrado no enciclopedismo e na doutrina cristã,


durou no Brasil por mais de duzentos anos e foi extinto em 1759 com as Reformas do
Marquês de Pombal .

As Reformas do Marquês de Pombal consistiram na desestruturação do modelo educacional


vigente na época. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, a educação passou a ser questão do
estado português.

Desse modo, com a instalação de um novo Sistema de Ensino, controlado pela Coroa, a
primeira ação do Marquês de Pombal foi substituir o ensino religioso pelas aulas régias de
Latim, Grego, Filosofia e Retórica. O cargo de Prefeito de Estudos também foi extinto, com a
criação da figura do Diretor Geral dos Estudos.

A intenção da Coroa com as reformas era uniformizar as ações educacionais na colônia, nesse
sentido, a função do Diretor Geral dos Estudos era a supervisão, que envolvia aspectos de
direção, fiscalização, coordenação e orientação da ação pedagógica. Nesse sentido, “a ideia de
supervisão englobava aspectos político- administrativos em nível de sistema concentrado na
figura do diretor geral”. Saviani (in Ferreira, 2006, p.22).

Após três séculos de domínio político e econômico do Brasil por parte de Portugal, a
independência brasileira foi conquistada em 1822. Com o Brasil independente inaugura a
questão da organização autônoma da instrução pública com a lei de 15 de outubro de 1827,
que instituiu as escolas de primeiras letras “em todas as cidades, vilas e lugares populosos do
Império”. O artigo 5º dessa lei determinava que os estudos se realizassem de acordo com o
“Método do Ensino Mútuo”. Saviani (in Ferreira, 2010, p.22).

No “Método do Ensino Mútuo”, o professor atuava como docente e como supervisor ao


mesmo tempo, instruindo os monitores (alunos mais avançados) para auxiliá-los na
supervisão das atividades dos demais alunos.

Com a ineficiência do “Método do Ensino Mútuo”, surge, no Império, para remediar a


situação deplorável das escolas, a ideia de uma supervisão permanente, que deveria ser
exercida por agentes específicos.

No entanto, essa ideia veio a florescer somente em 1854, com as reformas educacionais de
Couto Ferraz . Essa reforma estabeleceu como missão do “inspetor geral” supervisionar todas
as escolas primárias e secundárias, públicas e particulares. “Além disso, cabia também ao
inspetor geral presidir os exames dos professores e lhes conferir o diploma, autorizar a
abertura de escolas particulares e até mesmo rever os livros, corrigi-los ou substitui-los por
outro”. (SAVIANI in FERREIRA, 2010, p.23).

Até o final do período monárquico, vários foram os debates e discussões, apresentando a


necessidade de uma organização de um sistema nacional de educação. Com efeito, a
organização dos serviços educacionais na forma de um sistema nacional impulsionou a ideia
de supervisão em relação à organização administrativa e pedagógica do sistema. Saviani faz a
seguinte colocação:
“ (...) neste contexto, a ideia de supervisão vai ganhando contornos mais nítidos ao mesmo
tempo que as condições objetivas começam a abrir perspectivas para se conferir a essa ideia o
estatuto de verdade prática”. (SAVIANI in FERREIRA, 2010, p.24).

Pode-se perceber, a partir das considerações de Saviani, a ampliação da função supervisora,


pois além de supervisionar as escolas e as atividades docentes no âmbito das unidades
escolares, foi conferindo-lhe também a atuação no âmbito político-administrativo.

Com o fim do Império e início da República houve um significativo crescimento econômico


em nosso país, que foi favorecido especialmente pela urbanização decorrente da expansão
cafeeira, que transita do modelo capitalista agrário-exportador para o modelo capitalista
industrial.

Este período foi também muito fecundo para as reformas do sistema educacional, pois sob o
ideal republicano, a expansão da rede escolar acompanhou a cultura do café, com a reforma
da instrução pública paulista , que instituiu o Conselho Superior da Instrução Pública,
implementada entre 1892 a 1896, pioneira na organização do ensino primário na forma de
grupos escolares .

Por intermédio dessa reforma foram instituídos também os Inspetores de Distrito com
predominância de atribuições burocráticas sobre as técnico-pedagógicas da ação educativa.
Porém essa reforma não chegou a se consolidar, em 1897, a Lei nº 520 extinguiu o Conselho
Superior de Instrução Pública, ficando a direção e a inspeção do ensino sob a responsabilidade
de um inspetor geral, em todo o Estado, auxiliado por dez inspetores escolares, ou seja,
voltando à prática anterior à reforma.

Na década de 1920, com a crise da ordem oligárquica e fim da Primeira República, surge a
necessidade de um projeto nacional de educação, uma vez que, o problema da educação torna-
se uma questão nacional, o que demonstra uma ruptura com o padrão cultural vigente até
então.

Nesse sentido, no plano federal, há uma retomada das reformas educacionais com a criação da
Associação Brasileira de Educação em 1924, do Departamento Nacional de Ensino e do
Conselho Nacional de Ensino em 1925 e do Ministério da Educação e Saúde Pública em
1930. Com essas medidas, começa a se reservar a órgãos específicos, de caráter técnico, o
tratamento dos assuntos educacionais, que antes estavam unidos num mesmo órgão, o
Conselho Superior de Ensino.
Mas foi

“(...) nos Estados que a tendência indicada se manifesta, institui órgãos próprios de
administração do ensino em substituição às Inspetorias de Instrução pública. Essa
remodelação do aparelho organizacional empreende a separação dos setores técnicos-
pedagógicos daqueles especificamente administrativos”. (SAVIANI in FERREIRA p. 26)

A separação entre a parte administrativa e a parte técnica é condição para a constituição de


uma nova categoria profissional, ou seja, dos “técnicos em escolarização”, surgindo assim, a
figura do supervisor como distinta do diretor e também do inspetor. Desse modo, nas
unidades escolares, cabe ao diretor a parte administrativa, ficando o supervisor com a parte
técnica, de orientação pedagógica, em lugar da fiscalização para detectar falhas e aplicar
punições, funções antes atribuídas ao inspetor.

Após a Revolução de 1930, o desenvolvimento da sociedade brasileira, num sentido mais


capitalista, acelerou o processo de industrialização e urbanização, intensificando as pressões
em torno da questão educacional. Essa mobilização, contudo, ganha expressão nacional,
passando a ser coordenada pelo poder central. Desse modo, percebe-se uma ampliação das
reformas dos anos de1920, quando haviam sido feitas reformas em vários estados.

As reformas Francisco Campos, em 1931, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em


1932 e as reformas Capanema, de1942 a1946, dão sequência, em âmbito nacional, ao
processo de estruturação do ensino brasileiro que irá desembocar na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1961.

O lançamento do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova preconizava a reconstrução social


da educação na sociedade urbana e industrializada, para tanto, propunha a organização de um
sistema educacional de ensino por meio de uma reforma que definia o papel do Estado em
relação à educação do País. Pedagogicamente, apresentava propostas, calcadas em princípios
científicos e na pesquisa, o que trouxe um caráter mais técnico para a educação, por meio do
desenvolvimento racional, dominado pela ciência, objetivando o progresso da sociedade.

As reformas Francisco Campos previam a implantação da Faculdade de Filosofia, Ciência e


Letras. Essa faculdade tinha a incumbência de formar professores das disciplinas específicas
das escolas secundárias, bem como os técnicos de educação.

As reformas Capanema tratavam da organização da burocracia estatal no âmbito da educação,


criando e implantando o Ministério da Educação, as Secretarias Estaduais de Educação, bem
como as Delegacias, Coordenações e Departamentos da Secretaria da Educação. Esse
processo, proposto pelas reformas Francisco Campos e Capanema, desenvolveu-se de forma
complementar, pois tratava- se da formação de agentes para operar a complexa máquina
burocrática.

Nesse contexto de maior valorização da organização dos serviços educacionais, tendo em


vista a racionalização do trabalho educativo, ganham relevância os técnicos, também
chamados de especialistas em educação, entre eles, o supervisor.

Na década de 30, a ideia de supervisão encaminha-se à profissionalização das suas


atribuições, no entanto, reduziam- se aos aspectos administrativos e de fiscalização, o
acompanhamento do processo pedagógico, na prática, ainda não existia.

Com a instalação do Regime Militar, em 1964, no anseio de garantir a eficiência e a


produtividade do processo educativo, mudou o modelo de educação, implantando, como
Saviani denominou, a Pedagogia Tecnicista, a qual buscava-se ajustar a educação à nova
situação, por intermédio de novas reformas do ensino. Nesse contexto é aprovado pelo
Conselho Federal de Educação, o Parecer N. 252 de 1969 que reformulou os cursos de
Pedagogia.

Por intermédio desse Parecer, pretendia-se especializar o educador numa função particular
denominada “habilitação”. Desse modo, com a aprovação das reformas, os cursos de
Pedagogia ganham novas habilitações centradas nas áreas técnicas, a saber: administração,
inspeção, supervisão e orientação.

Quando Saviani fala da profissionalização da supervisão escolar, posiciona-se da seguinte


maneira:

“A nova estrutura do curso de Pedagogia, organizado na forma de habilitações, abria a


perspectiva de profissionalização da supervisão escolar. Com isso, o supervisor ganha
identidade própria, que o distinguia das demais atividades profissionais, devido à “dimensão
política” de suas atividades”. (SAVIANI in FERREIRA p. 26)

A partir da constatação da dimensão política que abarca a função do supervisor, surge o


movimento de reformulação dos cursos de Pedagogia no final dos anos 70, uma vez que as
habilitações técnicas passam a ser entendidas como mera divisão de tarefas.

Ganha relevância então, a tese de que os cursos de Pedagogia deveriam formar o profissional
de educação. A administração, orientação e supervisão seriam tarefas do educador, apto a
desempenhar as funções de educador ou pedagogo, ou seja, o supervisor deveria ser capaz de
exercer as diferentes atribuições requeridas pelo sistema de ensino e pela escola. Essa
discussão em torno da identidade do supervisor educacional, iniciada nos anos 70, se
organizou na Primeira Conferência Brasileira de Educação em 1980.

Saviani, ao examinar a profissão do supervisor no percurso dos anos 20 à década de 80,


apresenta as tentativas de dar um status profissional à ação supervisora, e encaminha, por fim,
sua reflexão histórica considerando as transformações que se processam no mundo atual como
sendo um novo cenário que se abre para a supervisão educacional.

De acordo com ele, estamos vivendo a Era da Automatização, cujo trabalho consiste em
supervisionar todo o complexo automatizado, mantendo-o e ajustando-o na medida, que as
novas necessidades forem se manifestando. Esse quadro traz, como contrapartida, a
universalização da escola que deve desenvolver o máximo das potencialidades do indivíduo,
ou seja, deve proporcionar a elevação da formação geral, uma das exigências do processo
produtivo.

É nesse quadro, situado na contradição da sociedade moderna e na superação do capitalismo,


que Saviani conclui que o desafio fundamental que se põe para a supervisão educacional,
hoje, extrapola a esfera especificamente pedagógica, situando- se na construção coletiva de
suas ações, o que implica, pois, a transformação das relações vigentes. 

Para tanto, a consciência da situação é condição necessária para que o supervisor


escolar desenvolva um trabalho educativo coletivo para a realização das transformações
necessárias.

Referência

SAVIANI, Demerval. A supervisão educacional em perspectiva histórica: da função à


profissão pela mediação da idéia. In: FERREIRA, Naura Syria Carapeto (org). Supervisão
educacional para uma escola de qualidade. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2010. cap. 1, p.13-38.
A ATUAÇÃO DO (A) SUPERVISOR (A) ESCOLAR NA ESCOLA

Annelise Maria Schuster STROSCHÖEN[1]

RESUMO: O presente artigo pretende refletir sobre a profissão de supervisor de ensino,


demonstrando a importância da plena interação entre o professor e o supervisor, mediante as questões
educativas e pedagógicas decorrentes no cotidiano escolar. Dentro da escola, a função do supervisor
nem sempre é bem delimitada. Muitos pensam que o profissional que exerce o cargo, apenas
comparece à escola para “fiscalizar” e dar “ordens”. Outros acreditam que cabe a ele resolver
problemas disciplinares dos alunos. Pode-se dizer que os professores, na sua grande maioria, veem o
supervisor como agente de fiscalização da sua prática pedagógica. Para os educadores a presença do
supervisor é apenas para observar a sua aula, e posteriormente delegar o que deve ser feito ou não.
Diante de tal situação, o professor se sente desamparado, desprovido de auxílio, de trocas de
experiências e/ou vivências. Contudo, a presença do supervisor acaba se tornando um incômodo.
Buscamos aprofundar sobre o tema, acreditando que a constante interação, diálogo, e troca de
experiências e vivências poderão contribuir para um processo de ensino e aprendizagem significativo e
contextualizado, como também, tecemos algumas considerações sobre o importante papel do
supervisor escolar no processo educativo.

PALAVRAS-CHAVE: Supervisor (a) escolar; Planejamento; Interação.

1 Introdução

O supervisor da escola de educação básica ocupa um lugar de destaque dentro desta estrutura
organizacional, pois é corresponsável pela gestão e qualidade do processo pedagógico, influenciando
direta ou indiretamente, o trabalho diário da equipe de professores. Atentando para essa
responsabilidade que o supervisor traz consigo, qual seja a de liderar sua equipe tendo como principal
função a de mediador e articulador de todo o processo ensino-aprendizagem dos alunos, vislumbramos
um profissional que anseia por colocar em prática as teorias aprendidas nos cursos de formação, mas
na maioria das vezes limitado pelo pouco tempo destinado às suas verdadeiras atividades, pois a maior
parte deste é direcionada à resolução de questões burocráticas. Frequentemente observa-se uma
separação entre a área administrativa e a área pedagógica das instituições escolares, sendo esta última
relegada a segundo plano no rol das atribuições do supervisor escolar. Essa situação é vivenciada por
nós, que no cotidiano das escolas públicas presenciamos a real atuação do supervisor escolar dentro da
instituição, que está longe de ser a ideal. Diante deste quadro, este trabalho tem como objetivo analisar
a legislação vigente que regulamenta a atividade do supervisor escolar, bem como identificar suas
atribuições e sua atuação dentro da escola pública de educação básica, estabelecendo um paralelo entre
a o plano legal e o real.  A fim de contribuirmos com a construção da identidade do supervisor escolar
para que possam transformar a sua postura de atuação dentro do ambiente escolar, passamos a analisar
alguns pontos e a promover reflexões que forneçam subsídios para que realmente sejam efetivadas.

2. SUPERVISÃO ESCOLAR

 2.1 Origens do conceito de Supervisão

No inicio da industrialização, surgiu nas fábricas a função de supervisor, para controlar e


melhorar a qualidade e quantidade da produção. Sua principal tarefa era de controlar a execução do
que havia sido planejado em todo o processo de trabalho. Desde as condições gerais dos operários até
as condições que a empresa oferecia para a efetivação do trabalho. O operário nada mais era que uma
força de trabalho e o objetivo era o lucro.

A palavra Supervisão é formada por vocábulos super (sobre) e visão (ação de ver). Indica a
atitude de ver com mais clareza uma ação qualquer. Como significação do termo, pode-se dizer que
significa olhar por cima, dando uma “ ideia de visão global “. (Giancaterino 2010)

Segundo Bittel (1982, p.5), o termo supervisor tem suas raízes no latim, onde significa “olhar
por cima”.

Ainda Bittel (1982, p.4) “supervisor é qualquer pessoa no primeiro nível de gerenciamento
que tem a responsabilidade de fazer com que seus supervisionados envolvidos na execução de um
trabalho cumpram os planos e as políticas da gerência de nível mais elevado.”

2.2 Conceitos de Supervisão Escolar

Entre os vários autores que conceituam  a supervisão escolar, destacamos alguns deles:

Nérici (p.28, 1976) “A Supervisão Escolar visa a melhoria do processo ensino aprendizagem,
para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e humana da escola”.

Ainda Nérici (1976) “Supervisão Escolar significa mais visão sobre todo o processo
educativa, para que a escola possa alcançar os objetivos da educação e os objetivos específicos da
própria escola”.
Para Przybylski (p. 24, 1985) “Supervisão Escolar “ é o processo que por objetivo prestar
ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades educacionais, tendo em
vista a unidade das ações pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento do pessoal envolvido
na situação ensino aprendizagem.

Para Libâneo (2010), a Supervisão educacional é responsável pela viabilização, integração e


articulação do trabalho pedagógico-didático em articulação com os professores.

No começo do século XX, a supervisão passa a enfatizar os métodos para verificação do


rendimento escolar e a estruturação de padrões de acompanhamento com o objetivo de melhorar o
ensino.

A partir de 1970, com a Lei nº 5692/71 a função de supervisor educacional se tornou mais
abrangente com inclusão dos serviços de assistência técnico-pedagógica e inspeção escolar.

2.3 Evolução histórica da concepção de supervisão escolar

Repensar a ação supervisora nas instituições escolares requer uma breve análise
na linha do tempo, percorrendo fatos e conceitos da história da supervisão educacional,
para entendê-la em suas origens e em seus avanços. No contexto brasileiro, a
supervisão é uma profissão relativamente recente. O pressuposto do que vem a ser
supervisão originou-se na indústria, relacionada com a produção. Antes de ser
contemplada na educação, a supervisão era empregada na indústria como uma forma
de melhoria da qualidade e da quantidade.

Assim, a supervisão escolar teve início aqui nas terras brasileiras, por meio de
cursos promovidos pelo Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino
Elementar (PABAEE), o qual foi o primeiro a formar supervisores escolares para
atuarem no ensino elementar (primário) brasileiro. A finalidade era modernizar e
melhorar a qualidade do ensino e a formação dos professores.

De acordo com Medina, uma das ideias contidas nos objetivos do PABAEE era:

  

Introduzir e demonstrar aos educadores brasileiros os métodos e técnicas utilizados na educação primária,
promovendo a análise, aplicação e adaptação dos mesmos, a fim de atender às necessidades comunitárias em
relação à educação, por meio do estímulo à iniciativa do professor, no sentido de contínuo crescimento e
aperfeiçoamento .Criar, demonstrar e adaptar material didático e equipamento, com base na análise de recursos
disponíveis no Brasil e em outros países, no campo da educação primária (MEDINA, 2002 apud PABAEE,
1964, p.4-5).

No ano de 1961, com a criação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional) - Lei 4.024 de 20/12/1961 nota-se que as transformações ocorridas no
campo da supervisão foram retomadas para o “Ensino Primário”.

Contudo, a presença dos especialistas em supervisão no interior do sistema


educacional, demonstra o reforço à divisão do trabalho na escola. Pode-se dizer que
desde o ano de 1960 até os dias atuais, a supervisão tem sido incorporada pela
eficiência, cooperação e pesquisa, com vistas ao desenvolvimento profissional do
educador. A supervisão escolar requer meios que transformem o professor em um
profissional cada vez mais consciente, eficiente e (co) responsável no processo
educativo. Desde então, a supervisão educacional passou por três fases distintas,
apresentadas a seguir.

2.3.1 Fase Fiscalizadora

Conforme diz Nérici (1978), este período da supervisão é considerado a fase em


que há confusões com a inspeção escolar. A fase fiscalizadora é demarcada pela
característica do supervisor direcionar o seu trabalho mais para a função técnica e
administrativa. Tal ação era voltada para o cumprimento das leis de ensino, das
condições do prédio, das situações legais dos docentes, do cumprimento das datas e
prazos de atos escolares (provas, transferências, matrículas, férias, documentação dos
educandos, dentre outros). Pode-se dizer que esta etapa da supervisão prioriza o
seguimento de padrões rígidos e inflexíveis e esses segmentos eram os mesmos
adotados por todo o país. Não havia respeito com as diferenças e individualidades de
cada região, de cada instituição e de cada aluno.
2.3.2 Fase Construtiva

Esta modalidade da supervisão é conhecida por fase construtiva e/ou supervisão


orientadora. A atuação do supervisor nesta fase sofre uma mudança significativa
mediante a fase anterior. A supervisão orientadora é caracterizada por passar a ter
reconhecimento de que é necessária uma melhoria na atuação dos professores. A partir
de então, os especialistas em supervisão começaram a promover cursos de
aperfeiçoamento e atualização dos professores.

Portanto, através destes cursos, conforme menciona Nérici (1978), era possível
identificar os “erros” praticados na atuação do professor em sala de aula e,
posteriormente, realizar trabalhos acerca dos próprios “erros” para tentar saná-los,
buscando novos conceitos e metodologias.

2.3.3 Fase Criativa

Para Nérici (1978), a fase criativa é quando a supervisão passa a ser 


diferenciada e separada da inspeção escolar. A partir desta fase, a supervisão escolar
passa a ter como principal finalidade o aprimoramento de todo o processo ensino--
aprendizagem. Deve-se ressaltar que o papel do supervisor nessa fase é o de permitir
que todos os envolvidos no âmbito educacional (professores, pais, alunos, funcionários
em geral), participem ativamente de todas as decisões, no sentido de um trabalho
cooperativo e democrático.

2.3.4 Supervisão Escolar Autocrática

A supervisão autocrática é aquela que prioriza a ação autoritária do supervisor,


que determina todas as ordens, sugestões e direções para a melhoria do processo de
ensino. Segundo Nérici (1978), esta forma de supervisão emite ordens e controla o seu
comprimento, funcionando como sendo capaz de encontrar soluções para todas as
dificuldades, qual “repositório da sabedoria didático--pedagógica”. Esta forma de
supervisão procura impor–se pela autoridade e pela intimidação, ao invés de captar a
confiança e desenvolver a cooperação entre ele e o professor, não utilizando da
possível cooperação entre as partes, sacrificando o seu espírito criador, dentre outras.

2.3.5 Supervisão Escolar Democrática

É notório o fato de a supervisão escolar democrática ser aquela em que a


atuação do supervisor é baseada na liberdade de expressão, respeito, compreensão, e
criatividade. O trabalho desenvolvido não é feito de forma impositiva, e sim,
democrática, onde tomada de decisões envolve todos os responsáveis pelo processo
educativo.

Novamente Nérici (1978), nos fala que o supervisor democrático caracteriza- se


pela habilidade de respeitar a individualidade dos seus companheiros de trabalho,
estimular a iniciativa e criatividade dos professores, e, aplicar possíveis normas de
relações humanas, estimulando o espírito de grupo entre os protagonistas do processo
ensino-aprendizagem.

3. Supervisão escolar: qual é o objeto de trabalho do supervisor (a) escolar?

Este questionamento nos convida para uma reflexão sobre as ações reais dos
supervisores no interior da escola. Pode-se afirmar que há diversas e distintas
concepções e paradigmas a respeito do ato da supervisão escolar, os quais instigam um
estudo aprofundado. Mediante as “verdades absolutas” pertinentes à prática da
supervisão, acentua-se a necessidade de compreender, mais amplamente o especialista
em supervisão escolar.

A supervisão escolar é entendida como um processo dinâmico, contínuo e


sistemático. O supervisor é um dos principais líderes do processo educativo, ou seja, é
um dos grandes responsáveis pela melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Pode-se afirmar que o supervisor é concebido como um profissional que tem a


função de “orientar e de dar assistência” aos educadores mediante todos os aspectos,
sejam educacionais, pedagógicos, como também sociais. O papel primordial do
supervisor escolar é o de ser o mediador e colaborador das atividades educativas
desenvolvidas pelo professor. O supervisor é aquele que orienta, aprende e ensina,
tornando-se um parceiro no processo educativo.

Como destaca Nérici, “A supervisão escolar visa à melhoria do processo


ensino-aprendizagem, para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica,
material e humana da escola” (1978, p. 26).

Observa-se muitas vezes, que este profissional exerce apenas a função de cuidar
da escola, seja no aspecto organizacional, administrativo ou gerencial, mas, além
destas citadas anteriormente, a ação do supervisor não se limita à tarefa de ser um
“gerente”, mas também requer uma liderança pedagógica. Assim, é imprescindível que
o supervisor saiba articular o administrativo com o pedagógico. Para que esta função
seja efetiva, o especialista da área da supervisão deve ter pleno conhecimento da
didática, para poder dar apoio aos professores. Segundo Vieira [2002], o supervisor
pedagógico deve acompanhar a prática dos docentes de maneira que os ajudem a se
tornarem os supervisores da sua própria prática, ambos em constante interação,
diálogo e troca de experiências, para que possam assim, contribuir para um processo
de ensino e aprendizagem significativo e contextualizado.

Tendo em vista que a supervisão requer o domínio da liderança para que possa
conscientizar os envolvidos no âmbito educacional a desenvolverem uma educação de
qualidade, esta função requer o pleno exercício de uma liderança educacional ativa,
ética e em constante comunicação com todos os envolvidos. Vale lembrar mais uma
vez, que o ato de liderar não é mandar e somente chefiar, mas exercer as funções de
liderança com as “habilidades” necessárias na busca de harmonizar o trabalho de
forma cooperativa e harmoniosa.

A ação do supervisor deve propiciar que os objetivos da educação sejam


alcançados e para isso, o supervisor deve criar as condições para esta efetivação,
buscando sempre se aprimorar no embasamento teórico e prático, de forma
diferenciada e inovadora.
3.1 Etapas da Supervisão Escolar

De acordo com Nérici (1978), a atuação do supervisor escolar se desenvolve


por meio de três etapas: planejamento, acompanhamento e controle.

O planejamento é o ato de elaborar um “roteiro” de tudo que será realizado no


período letivo, seja semestral ou anual. É necessário dizer que planejar significa
analisar uma dada realidade, refletir sobre as condições existentes, e prever as formas
alternativas de ação para superar as dificuldades buscando alcançar os objetivos
propostos.

Este planejamento deve ser composto por um conteúdo objetivo e flexível, para
que possa ser ajustado com as necessidades que surgirem no cotidiano escolar. Alguns
aspectos relevantes deste planejamento, como lembram Nérici (1978), são: determinar
ou reformular o currículo, organizar o calendário escolar, prever diversos tipos de
reuniões, prever cooperação na elaboração dos planos de ensino e das normas de
verificação e avaliação da aprendizagem, refletir sobre a vida disciplinar da escola,
levantamento da realidade dos alunos e do meio, selecionar métodos e técnicas de
supervisão contextualizadas, dentre outras.

Já a etapa de acompanhamento o supervisor deve analisar diariamente se todos


os planejamentos estão sendo executados com eficiência. Esta etapa propicia que o
especialista observe a atuação e o desempenho dos educadores, para posteriormente,
orientá-los e coordená-los.

A atividade profissional executada pelo acompanhamento deve ser realizada


durante todo o período letivo. Tal ação permite que o supervisor faça replanejamentos,
quando for preciso.

Já a etapa de controle, é aquela fase da atividade da supervisão, em que se


efetua uma análise acerca dos resultados obtidos. O intuito desta fase é prevenir
desvios, retificações e alterações buscando atender às necessidades da escola, do
professor, do aluno e da comunidade.
Esta etapa tem como característica avaliar o rendimento escolar observar a
mudança de comportamento dos educandos, tratar e analisar os dados obtidos e
recomendar meios para sanar as deficiências levantadas em todo o processo.

3.2 Funções da Supervisão escolar

Com o decorrer do tempo, percebe-se que a função do supervisor escolar sofreu


diversas mudanças significativas, passando por distintos perfis, tais como o de
fiscalizador, controlador espontâneo, inspetor e atualmente, tem-se a visão do
supervisor como parceiro e companheiro do trabalho pedagógico. A função primordial
é de orientar para a ação educativa abrangente, dentro dos princípios legais e de
formação integral.

Partindo do princípio de que as funções da supervisão são múltiplas e


significativas, faz se necessário destacar algumas delas conforme Brigs e Justman
[19--?] apud Nérici (1978, p. 42-43), que são:
 * Ajudar os professores a melhor compreenderem os objetivos reais da educação e o papel especial da escola na
consecução dos mesmos.

 * Auxiliar os professores a melhor compreenderem os problemas e necessidades dos jovens educandos e


atender, na medida do possível, a tais necessidades.

 * Exercer liderança de sentido democrático, sob as formas de promoção do aperfeiçoamento profissional da


escola e de suas atividades, buscando relações de cooperação de seu pessoal e estimulando o desenvolvimento
dos professores em exercício, colocando sempre a escola mais próxima da comunidade.

 * Estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto ao seu trabalho, de tal forma que operem em
estreita e esclarecida cooperação, para que os mesmos fins gerais sejam atingidos.

 * Identificar qual o tipo de trabalho mais adequado para cada professor, distribuindo tarefas, mas de forma que
possam desenvolver suas capacidades em outras direções promissoras.

Ainda o autor cita que:

* Ajudar os professores a adquirir maior competência didática.

 * Orientar os professores principiantes a se adaptarem à sua profissão.

 * Avaliar os resultados dos esforços de cada professor, em termos do desenvolvimento dos alunos, segundo os
objetivos estabelecidos.

 * Ajudar os professores a diagnosticar as dificuldades dos alunos na aprendizagem e a elaborar planos de ensino
para superação das mesmas.

 * Auxiliar a interpretar o programa de ensino para a comunidade, de tal modo que o público possa compreender
e cooperar nos esforços da escola.

 * Levar o público a participar dos problemas da escola e recolher suas

sugestões a esse respeito.

 * Proteger o corpo docente contra exigências descabidas de parte do público, quanto ao emprego de tempo e
energia dos professores.
Estas funções, só serão concretizadas, se a relação supervisor e professor
decorrer de uma perspectiva de resolução de problemas e atendimento às reais
necessidades da escola e se houver dedicação ao trabalho em grupo.

4. Relações humanas no cotidiano escolar: a supervisão e o corpo

docente

Partindo do princípio de que não é recente a visão do supervisor pedagógico


que assume o papel de fiscalizar, de “bisbilhotar” o trabalho do corpo docente, para
posteriormente delegar o que deve ser feito ou não, nos dias atuais esta imagem
mudou. Segundo Melo (2005), atualmente espera-se que este profissional tenha a
capacidade e habilidade de coordenar todas as ações educativas oriundas na mesma
instituição de ensino. O profissional coordenador pedagógico, em alguns lugares
supervisor, constantemente se depara com diversos e distintos desafios no cotidiano
escolar. Pode-se dizer que o papel do supervisor vai além da sua função, este realiza
serviços de ouvidoria dos alunos, professores e pais, serviços administrativos e/ou
executivos, dentre outros.

Diante das diversas ações emergentes da vida escolar, a relação entre o


supervisor e o professor acaba sendo debilitada, fazendo com que o tempo para ambos
repensar e analisar as práticas pedagógicas acabe sendo insuficiente para alcançar a
qualidade de aprendizagem desejada.

A insuficiência de um período ideal para o diálogo acarreta possíveis problemas


nas relações pedagógicas entre os envolvidos. Sobre isso, Melo diz que “(...) faz parte
do convívio com os professores o sentimento de desconfiança, competição, disputa de
influência e até de poder” (2005, p. 28). As limitações de aproximação entre o
supervisor e o corpo docente acarretam certas tensões, frustrações, desconfianças, as
quais prejudicam a comunicação entre os mesmos. Desta forma, a presença do
supervisor acaba se tornando um incômodo e o professor passa a não ter confiança e
liberdade para dividir com ele suas preocupações, anseios, dificuldades e/ou
progressos. Portanto, para que se possam inibir possíveis situações tidas como
“problemas” relacionais entre professores e supervisores, é inevitável que se criem
condições necessárias às boas relações profissionais e também, interpessoais. Para que
as ações necessárias á qualidade significativa no âmbito de trabalho, é imprescindível
que tanto o supervisor, quanto o corpo docente trabalhem em equipe.

Mais uma vez, Nérici nos fala que “As relações humanas fundamentalmente, devem perseguir
a valorização da criatura humana e o respeito a ela” (1978, p. 64). Em tempos modernos, o papel do
supervisor escolar é o de propiciar que as relações sociais entre ele e o docente, sejam fundamentais
para a evolução e melhoria do processo ensino-aprendizagem dos alunos. Em suma, a supervisão
escolar é uma profissão que requer constantemente o contato com as pessoas. Nesse sentido, é
fundamental as boas relações entre todos os envolvidos no processo.

O trabalho em equipe é essencial para alcançar os objetivos e metas previstas, embora muitos
ainda não valorizem o trabalho coletivo. Dessa forma, é necessário que o supervisor proponha
estratégias, objetivos definidos, uma comunicação eficaz, feedbacks constantes e liderança
compartilhada, para um relacionamento de respeito e democrático no ambiente escolar, criando assim,
boas condições de trabalho e um bom clima relacional.

É válido ressaltar que “embora a tarefa de conseguir essas condições para o trabalho não seja
evidentemente, só da coordenação, é também dela, devendo, portanto, se comprometer com sua
concretização, articulando-se com os demais seguimentos” (VASCONCELLOS, 2002 apud MELO,
2005, p.90).

No entanto, o supervisor pedagógico deve ter plena consciência de que os professores


precisam de apoio e orientação amigável e compreensiva, buscando conhecer e apoiar nas
necessidades do dia-a-dia na escola. Tal fato implica observar a prática e interferir criticamente,
possibilitando ao professor tornar-se corresponsável dos seus atos.

É indispensável que o supervisor auxilie os educadores no desenvolvimento das suas próprias


potencialidades, pois o alicerce para se construir boas relações humanas, é acreditar nos “valores” das
pessoas, como também, no seu próprio valor. Uma virtude a ser desenvolvida e praticada sempre no
trabalho de supervisão, é a autoconfiança, fundamental para o equilíbrio pessoal e que transmite
tranquilidade e segurança a todos da equipe. Enfim, o supervisor deve incentivar e oportunizar, que
todos os envolvidos no processo educativo expressem autoconfiança e segurança no que fazem,
levando ao reconhecimento do seu valor pessoal e profissional. Quando se fala em supervisor escolar
temos a ideia de que seja um profissional contratado para supervisionar o trabalho de outras pessoas,
subordinado a outro profissional, formando assim uma hierarquização organizacional, uma cadeia que
se sustenta com o poder exercido por quem está no topo, no caso o gestor escolar. Entretanto, o
supervisor escolar ou coordenador pedagógico é o profissional da educação que atua no espaço escolar
como um agente mediador e facilitador do processo ensino-aprendizagem. Está diretamente ligado aos
professores subsidiando suas ações e contribuindo para a evolução de todo o processo que envolve a
aprendizagem, devendo ser dinâmico e competente em no exercício de suas funções. É bem da
verdade que os profissionais envolvidos com as questões necessitam além do provimento das
condições físicas, materiais e didáticas, também é preciso organizar e acompanhar as atividades de
elaboração do plano de ensino e prestar assistência didática pedagógica aos professores na sala de
aula.

Libâneo (2004, p.215) destaca algumas características para o ato de coordenar/supervisionar:

a coordenação é um aspecto da direção, significando a articulação e a convergência do esforço de cada integrante


de um grupo visando a atingir os objetivos. Quem coordena tem a responsabilidade de integrar, reunir esforços,
liderar, concatenar o trabalho de diversas pessoas.

E ainda, elenca algumas atribuições para o profissional responsável por esta área: “responde
pela viabilização, integração e articulação do trabalho pedagógico-didático em ligação direta com os
professores, em função da qualidade do ensino” (LIBÂNEO, 2004, p.219).

O profissional que assume esta ampla responsabilidade no contexto escolar é formado em


nível superior por meio do curso de graduação em Pedagogia e ou pós-graduação como prevê a Lei nº
9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional:

 Art. 64 – A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e


orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de
pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

Entretanto, cabe destacar que algumas Instituições de Ensino Superior – IES que oferecem o
curso de Pedagogia já habilita o formando para a Supervisão Escolar, pois ainda não se adequaram às
novas diretrizes curriculares para este curso que exigem que o curso passe a formar o licenciado para
atuar na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, eliminando a existência das antigas
habilitações em supervisão, orientação e inspeção escolar. Este quadro comprova o quanto a formação
deste profissional ao longo da história é marcada por   controvérsias e frequentes debates.
No que tange às atribuições deste profissional cabe destacar que além daquelas previstas na
LDB no art. 67, §2º, como sendo funções de magistério as exercidas por professores especialistas em
educação no desempenho de atividades educativas, as de direção de unidade escolar e as de
coordenação e assessoramento pedagógico, cada sistema de ensino possui sua legislação específica.

Dentre as atribuições estão as tarefas de supervisionar todo o processo didático, em seu


tríplice aspecto de planejamento, controle e avaliação, no âmbito do sistema, da escola ou de áreas
curriculares; desenvolver pesquisas de campo, promovendo visitas, consultas e debates de sentido
sócio-econômico-educativo, para certificar-se dos recursos, problemas da área educacional sob sua
responsabilidade; elaborar currículos, planos de cursos e programas, estabelecendo normas e diretrizes
gerais e específicas com base nas pesquisas efetuadas, e com a colaboração de outros especialistas de
ensino, para assegurar ao sistema educacional, conteúdos autênticos e definidos, em termos de
qualidade e rendimento. E, ainda, orientar o corpo docente no desenvolvimento de suas
potencialidades profissionais, assessorando-o técnica e pedagogicamente, para incentivar lhe a
criatividade, o espírito de autocrítica, o espírito de equipe e a busca do aperfeiçoamento; supervisionar
a aplicação de currículos, planos e programas, promovendo a inspeção de unidades escolares,
acompanhando e controlando o desempenho dos seus componentes e zelando pelo cumprimento de
normas e diretrizes para assegurar a regularidade e eficácia do processo educativo; e, avaliar o
processo ensino-aprendizagem, examinando relatórios ou participando de conselhos de classe, para
aferir a validade dos métodos de ensino empregados.

5. A REALIDADE  E O IDEALIZADO PELO SUPERVISOR ESCOLAR

A atuação do supervisor escolar presenciada por nós dentro da escola está distante das
atribuições dispostas em lei. O cenário vivido por este profissional está preso a questões burocráticas e
disciplinares, sendo que o ideal é que ele se envolvesse no desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem, ou seja, fosse parceiro de sua equipe de professores; articulador de ideias; reflexivo;
provocador; alguém que motivasse e promovesse a formação continuada do grupo.

O supervisor escolar está procurando exercer suas verdadeiras atividades, que foram
direcionadas nos cursos de formação, como articular ações que priorizem o processo ensino-
aprendizagem, orientar a prática pedagógica de seus professores, coordenar atividades que visem unir
a equipe de profissionais a fim de concretizar objetivos comuns, dando uma atenção especial à
formação continuada de sua equipe.
Seguindo por essa linha de raciocínio, Zieger (2003) concorda que o supervisor educacional
não pode agir meramente como fiscalizador e revisor de trabalhos, mas sim como parceiro,
articulador, reflexivo, provocador, coordenador e líder de sua equipe de professores. Sergisvanni e
Starrat (1986, p.213) trazem em suas pesquisas, que o supervisor escolar lida com a eficiência, onde
“qualquer grupo eficaz realiza não apenas sua tarefa hoje, mas melhora sua capacidade de realizar
tarefas ainda mais difíceis e mais variadas amanhã”. Para esses autores existe o grupo físico que é uma
coleção de indivíduos, e o grupo psicológico, que é uma coleção de indivíduos que compartilham
propósitos comuns, interagem entre si, percebe-se como grupo e que acham a afiliação grupal
recompensadora. Por isso, o supervisor escolar não pode restringir sua atuação aos indivíduos, mas
sim trabalhar com grupo, que é composto por indivíduos que compartilham do mesmo ideal.

Dentro dessa linha de pensamento, os autores acima destacados nos dizem que esse
profissional é aquele que “pode estimular a eficácia da interação pelo reconhecimento dos grupos
informais, ajudando a descobrir e a promover padrões de interação dentro dos grupos e entre os
grupos” (SERGISVANNI e STARRAT, 1986, p.223).

Isto nos sugere a ideia de trabalhar em equipe, onde a liderança é o ponto  determinante para a
eficácia do trabalho do supervisor escolar. Os integrantes do grupo veem no líder alguém capaz de
direcionar todas as ações a partir da credibilidade nele depositada.

De acordo com Sergisvanni e Starrat (1986, p. 129):

bons líderes são aqueles que indicam uma direção para a atividade de grupo, esclarecem os objetivos, fazem
julgamentos relevantes quando orientam a discussão, conservam os indivíduos na linha traçada, são os vigilantes
da agenda, pressionam a participação completa e forçam as decisões .

Já sobre relacionamentos interpessoais, que também deve ser uma competência do


profissional, Falcão Filho (2007) nos ensina que o coordenador pedagógico dentro da dimensão
humana compreende as diversas maneiras de como todos os profissionais se relacionam entre si e o
papel desenvolvido por eles dentro e fora da escola. Destaca ainda que, “a competência humana do
coordenador pedagógico baseia-se na sua capacidade de trabalhar de maneira eficiente e eficaz com
professores e alunos, individualmente ou em grupo” (FALCÃO FILHO, 2007, p.53).

Esta preocupação também está presente nas escolas onde se questiona que “o excesso de
atividades que o pedagogo precisa assumir, dificulta a sua principal função que é a formação do
professor” Se o excesso de responsabilidades está presente em seu cotidiano e a deixa impotente
diante daquelas a que deveria cumprir como líder de sua equipe, como fica a sua profissionalidade
perante si mesmo e de seus pares, em que uma de suas premissas é a de motivar e acreditar nas
potencialidades das pessoas que estão sob o seu comando?

Coaduna com nosso pensamento, Zieger (2003, p.7) que nos diz que:

O supervisor educacional entra no espaço do pensar, planejar e desafiar educativo para os projetos serem
construídos coletivamente. Um supervisor preocupado com a Vida (com V maiúsculo, mesmo) é aquele
indivíduo que tem no currículo escolar a base das reflexões e ressignifica seu fazer cotidianamente. Nas reuniões
pedagógicas, esse profissional provoca os educadores a pensarem sobre suas vidas e seus sonhos e os desafia a
fazerem o mesmo com seus alunos, provoca a construção

de projetos que “falem” no ontem para explicar o “hoje”, mas não só isto. Ele questiona o projeto de futuro, o
que se pensa e se deseja fazer no Amanhã!

Entretanto, o que é visto na realidade é muito diferente do ideal proposto pela academia e/ou
teóricos. O que se presencia são professores clamando a presença do supervisor escolar para controlar
alunos difíceis ao que se refere à indisciplina; diretora implorando a sua presença para ajudá-lo no
preenchimento de formulários burocráticos do sistema; as famílias desesperadas cobrando aprendizado
de seus filhos; reuniões com a patrulha escolar; dentre outras que não são pertinentes a seu cargo,
conforme destacam os sujeitos desta pesquisa.

O supervisor escolar atua também como orientador educacional, o que é complicado na prática, devido ao grande
número de turmas que tem que atender... E, além disso, acontecem situações diversas que não podem esperar
para um segundo momento para serem resolvidas . Atender os alunos com indisciplina e aqueles que esquecem
materiais escolares são as emergências do cotidiano, e associado a isto, ter que fazer ligações telefônicas para
pais ou responsáveis para auxiliarem na solução destes problemas.

Ora, diante desse quadro, será que existe espaço dentro da escola para que o profissional
competente e possuidor de habilidades adquiridas com experiência e conhecimento teórico possam
desenvolver suas atividades assim como foi disposta em lei?

Esta inquietação permeia por todo âmbito educacional, sendo que duas pesquisadoras ao
divulgarem os resultados de suas pesquisas sobre o tema constataram que:
A realização do trabalho na relação da prática burocrático-política é percebida nas falas de alguns dos
coordenadores pedagógicos de que as prioridades são as questões de suporte pedagógico de orientação ao
processo ensino/aprendizagem, assessoramento e implantação dos planejamentos, que acabam deixadas de lado
em função de questões burocráticas, e isso, devido aos encaminhamentos impostos pelo sistema, ou seja, da
Secretaria Municipal de Educação. Outros, relataram que desenvolvem seu trabalho conforme as políticas
educacionais, associando-as à sua prática, porém, acabam por usar muito do seu tempo de trabalho com questões
referentes à prática de orientação e assessoramento aos professores sobre planejamento, metodologia e avaliação,
ainda que nem sempre isso seja possível(MIRANDA e MACCARINI, 2007, p.2).

Dentro deste olhar, poderíamos pensar que a responsabilidade do fazer destinado ao


supervisor escolar estaria inserida na temática gestão escolar, ou seja, este profissional estaria ou não
em condições reais de atuação mediante a modalidade de gestão exercida dentro da instituição escolar
formal.

O gestor escolar estaria contribuindo com a não eficácia do trabalho do supervisor, tendo em
vista que ele se mantém a favor de uma organização escolar com uma estrutura predefinida, onde o
pedagógico e o administrativo estão segregados para que tudo funcione da melhor maneira possível?
De acordo com Libâneo (2004, p.207),

a estrutura organizacional e o cumprimento das atribuições de cada membro da equipe é um elemento


indispensável para o funcionamento da escola. Um mínimo de divisão de funções faz parte da lógica da
organização educativa, sem comprometer a gestão participativa. O que se deve evitar é a redução da estrutura
organizacional a uma concepção estritamente funcional e hierarquizada de gestão subordinando o pedagógico ao
administrativo, impedindo a participação e discussão e não levando em conta as ideias, os valores e a experiência
dos professores.

É claro que essa visão antidemocrática e partidária não pode prevalecer em um ambiente
educacional, em que o lema proposto em nossa atualidade é a construção de uma educação de
qualidade para todos, e com a participação de todos. Mas, como bem diz Vasconcelos (2002, p.87):

É importante lembrar que, antes de mais nada, a coordenação exercida por um educador, e como tal deve estar
no combate a tudo aquilo que desumaniza a escola: a reprodução da ideologia dominante, o  autoritarismo, o
conhecimento desvinculado da realidade, a evasão, a lógica classificatória e excludente (repetência ou aprovação
sem apropriação do saber), a discriminação social na e através da escola, etc.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Historicamente a atuação do coordenador/supervisor pedagógico tem sofrido mudanças,


principalmente em relação ao acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. Ao longo das
discussões teóricas e legislativas realizadas durante este trabalho e ao mesmo tempo, as reflexões
proporcionadas perante a atuação do supervisor escolar em seu cotidiano, nos dão a possibilidade de
acreditar no avanço, ao que se refere a sua profissionalidade.

Para provocar mudanças em situações já arraigadas na escola o supervisor escolar necessitará


de pleno domínio dos conhecimentos pertinentes a sua função e disposição interna para lidar com a
diversidade de situações que se apresentam em seu ambiente de trabalho. Além disso, necessário se
faz uma relação dialética entre todos da equipe proporcionando um bom relacionamento interpessoal e
um bom espírito de liderança, capazes de legitimar a sua atuação e conquistar seu espaço, sempre em
uma perspectiva crítico participativa.                  São muitos os desafios a serem vencidos pelos
supervisores escolares dentro de seu local de trabalho, mas é emergente que eles se afirmem enquanto
profissionais da educação para recuperarem o seu espaço que é de fato e de direito. Isso bem mostra as
narrativas que nos serviram como grito de socorro aos que deles se achegam no afã de levar aos
demais ouvintes suas angústias e inquietações, tendo-se a utopia de que dias melhores virão. Mas a
utopia é isto mesmo, bem como diz Eduardo Galeano,

A utopia está lá no horizonte.

Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.

Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.

Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.

Para que serve a utopia?

Serve para isso:

Para que eu não deixe de caminhar


O século XXI requer uma nova escola e um renovado serviço de Supervisão Escolar,
direcionada para uma escola cidadã, que garanta a todos os educandos, acesso e permanência na
escola, como também, educação de qualidade. O supervisor escolar tem uma contribuição específica e
importante em todo o processo de ensinar e aprender e para isso, é necessário levar em conta as
diferenças individuais dos professores, se sensibilizando com estas diferenças no processo de ensino-
aprendizagem. É inegável a importância do bom relacionamento entre os envolvidos para o sucesso da
aprendizagem. Isso só é possível se houver uma relação satisfatória do supervisor com os demais
sujeitos envolvidos no âmbito educacional, principalmente, os professores.

O supervisor é um educador, portanto, é seu dever estar sempre atento ao processo de


desenvolvimento da aprendizagem, buscando meios de transformá-la em um conhecimento legitimado
e sempre pautado pela ação-reflexão-ação.

Como sujeito responsável pelo processo de fazer acontecer e se necessário, buscar caminhos
de melhoria dos mecanismos que levam ao conhecimento, o papel do supervisor é hoje fundamental,
como também, de grande importância na construção de uma educação que agregue não somente a
qualidade, mas a formação integral do ser humano.

Referências Bibliográficas

 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece


as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27839.

FALCÃO FILHO, J. L. M. Coordenador pedagógico. Revista Presença pedagógica, v.13, n.75,


maio/junho, 2007, p. 48-58.

GIACATERINO,Roberto, Supervisão Escolar e Gestão democrática RJ:Wak,2010.


LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed. revista e ampliada. Goiânia:
Editora Alternativa, 2004.

MEDINA, A. S. Supervisão Escolar: da ação exercida à ação repensada. Porto Alegre: Age, 2002,
163 p.

MELO, F. Desenvolvendo competências para a gestão escolar: os implícitos nas relações diretor/
supervisor/ professor. Revista: Evidência – pesquisa e saberes em educação, Araxá,2005. p. 95-108.

MIRANDA, M. A. B.; MACCARINI, N. B. B. O pedagogo no papel de coordenador pedagógico:


um articulador do processo ensino-aprendizagem. I Congresso de Educação UNIPAN: desafio da
formação humana. 2007. Disponível em:  http://www.unipan.br/congressopedf_congresso/O
%20PEDAGOGO%20NO%20PAPEL%2 acesso em 16 set 2014

NÉRICI, I. G. Introdução à Supervisão Escolar. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1978.

PRZYBYLSK, Edy  Supervisão Escolar Concepções Básicas, RS: Sagra,1985.

RANGEL, M; LIMA, E.C.; FERREIRA, N.S.C. Supervisão pedagógica: princípios e práticas. 8 ed.


Campinas: Papirus, 2008.Revista da Católica, Uberlândia, v. 2, n. 3, p. 380-390, 2010
– catolicaonline.com.br/revistada católica 390.
SERGIOVANNI, T. J. e STARRAT, R. J. Supervisão: perspectivas humanas. Tradução de Loyde A.
Faustini. 2ed. Totalmente rev. e ampl., São Paulo: EPU, 1986.

VASCONCELOS, C. S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao


cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.

VIEIRA, Flávia. Para uma visão transformadora da supervisão pedagógica. Disponível em:


http://wwwscielo.com.br. Acesso em: 15 set 2014.

ZIEGER, L. A reconstrução da profissão de supervisor (a) educacional: as

responsabilidades da universidade e os caminhos do zeitgeist. 2003. Disponível em:

<http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2003/resumos/pedagogia/coloquios/reconstrução_super Acesso
em 18 set 2014

Quais são as etapas da


supervisão escolar?
Quais são as etapas da supervisão escolar?
De acordo com Nérici (1978), a atuação do supervisor escolar se desenvolve por meio de três etapas:
planejamento, acompanhamento e controle.

Qual é o papel do supervisor escolar?


Sua função é garantir que o processo de ensino-aprendizagem esteja de acordo com o oque foi traçado
dentro do planejamento escolar. Antigamente, ele tinha uma função mais hierarquizada perante os
professores, já que era visto como um fiscalizador.

Quais são os principais desafios na supervisão


escolar?
Entende-se que o supervisor escolar dentro da escola deve ser inovador, criativo, ousado e dinâmico
além de buscar alternativas, caminhos e soluções para avançar, e um de seus grandes desafios é a
formação continuada dos professores, e ainda precisa ter iniciativas e coragem, para solucionar, os
problemas relacionados ...

Qual o papel da supervisão?


É função do supervisor transformar as orientações e solicitações da gerencia em ações e atividades
que gerem resultados operacionais. Os supervisores orientam os executores do processo com intuito de
garantir a qualidade e a eficácia do trabalho.

Qual o papel do supervisor e orientador educacional?


Enquanto o trabalho do orientador educacional é focado nos estudantes, o do supervisor tem como
base os professores. É sua responsabilidade guiar e motivar os docentes, inclusive criando condições
para que os educadores continuem em formação e realizem processos de atualização.

É correto dizer que o papel principal do supervisor


escolar no processo de avaliação interna da escola é?
É correto dizer que o papel principal do supervisor escolar no processo de avaliação interna da
escola é: ... B)Restabelecer os critérios a serem avaliados pelo coletivo da escola, conforme suas
observações cotidianas.
Qual a rotina do supervisor?
O supervisor deve sempre se preocupar com as atividades de sua equipe, ficando muito próximo do
ambiente de trabalho e percebendo suas necessidades, propiciando velocidade e apoio para resolução
de problemas. Assim, fica muito mais rápido e fácil encontrar as soluções mais apropriadas.

Como deve ser a relação entre supervisor escolar e o


corpo docente?
Em tempos modernos, o papel do supervisor escolar é o de propiciar que as relações sociais entre ele
e o docente, sejam fundamentais para a evolução e melhoria do processo ensino-aprendizagem dos
alunos. Em suma, a supervisão escolar é uma profissão que requer constantemen- te o contato com as
pessoas.

Quais os desafios do supervisor?


Conheça um dos melhores treinamentos de liderança do Brasil e aprenda a liderar usando
técnicas coach.
 As 5 Maiores Dificuldades dos Supervisores e Coordenadores e Como Superá-las.
 1 – Lidar com Diferentes Perfis Profissionais.
 2 – Transformar Metas em Resultados.
 3 – Influenciar Seus Superiores.
 4 – Gerenciar Conflitos.
Mais itens...•13 de abr. de 2017

Qual o papel do supervisor pedagógico frente à


formação continuada dos professores?
O supervisor é referência frente ao trabalho pedagógico realizado na escola, pois ele é o responsável
pela articulação dos saberes dos professores (sujeitos com concepções, valores, ideais e
comportamento, e que antes de tudo acreditam em determinadas teorias) e pela proposta de trabalho da
escola.

Qual a função do supervisor de equipe?


O que o Supervisor de Equipe faz? Lidera e orienta as atividades de equipe, acompanha processos e
produtividade da área e elabora relatórios de acompanhamento dos resultados. Confira tudo sobre o
cargo de Supervisor de Equipe - O que faz, salário e carreira.

O que é a supervisão?
O termo supervisão, segundo vários dicionários, refere-se a dirigir, orientar, inspecionar. Até mesmo
se formos pesquisar a origem da palavra, encontraremos o supervisor como aquele que revisa, aquele
que vê.

O que é o Plano de Ação utilizado pela supervisão e


orientação educacional e qual a sua função?
É uma ação conjunta, bem articulada, visando dá sentido aos trabalhos no âmbito educacional, de
forma a garantir que os objetivos que a escola traçou sejam alcançados.

Qual a rotina do supervisor escolar?


Como resultado identificou-se que a rotina e as atividades desenvolvidas pelos supervisores
escolares caracterizam-se pelo acompanhamento dos professores, atendimento aos alunos e pais,
substituição de professores, aplicação e correção de simulado, avaliações, diagnósticos, dentre outras
atividades que não são ...

Porque é considerado importante o trabalho


pedagógico do supervisor educacional na escola de
hoje?
A verdadeira importância O supervisor garante que o trabalho pedagógico seja de qualidade e
voltado à ação humanizadora, tornando possível uma sociedade capaz de reinvenções e de melhorias.
Esse tipo de trabalho é algo imprescindível no Brasil, visto o descaso e precariedade de ensino de
muitas escolas.

Como deve ser a formação do supervisor escolar?


Ele precisa ser dinâmico, ousado, inovador, criativo e ainda ter coragem, buscando formas de
solucionar qualquer tipo de problemas, inclusive de autoestima e autoconfiança entre a equipe.
O supervisor escolar é sempre preocupado em como desenvolver um método pedagógico que seja
humanista.

Quem pode ser supervisor escolar?


64 da LDB vigente, que para exercer o cargo de Supervisor, deve o professor,
obrigatoriamente ser graduado em Pedagogia ou pós-graduado em Educação.

Qual o maior desafio de um supervisor?


Conheça um dos melhores treinamentos de liderança do Brasil e aprenda a liderar usando
técnicas coach.
 As 5 Maiores Dificuldades dos Supervisores e Coordenadores e Como Superá-las.
 1 – Lidar com Diferentes Perfis Profissionais.
 2 – Transformar Metas em Resultados.
 3 – Influenciar Seus Superiores.
 4 – Gerenciar Conflitos.
Mais itens...•13 de abr. de 2017

Como deve ser a formação do supervisor?

Conforme Vasconcelos (2009) citando Goldhammer, Anderson &


Krajewski 11 (1980), o ciclo de supervisão desenvolve-se em cinco fases:
encontro de pré-observação; observação; análise de dados e planificação da
estratégia da discussão; encontro de pósobservação; análise do ciclo de
supervisão.

A supervisão pode assim ser um dispositivo ao serviço da escola que visa fundamentalmente
contribuir para o desenvolvimento profissional do pessoal docente, melhoria das aprendizagens e
concomitantemente promoção do sucesso escolar dos alunos.

No nosso país a educação tem recebido muitas críticas


relacionadas com a qualidade de ensino e a eficácia do seu
processo e resultados. As críticas têm sido dirigidas a escola,
professor, currículo, alunos, dirigentes, ambiente escolar e outros
aspectos. Nesta conformidade, exige-se a combinação de sinergias
para suprir as lacunas existentes e contrariar tudo o que é dito e
analisado como negativo sobre a escola, usando para o efeito todas
as estratégias disponíveis para promover e visibilizar a qualidade
em todos os aspectos da vida dos nossos formandos. Portanto,
oferecer qualidade de instrução (transmissão de conhecimentos e
técnicas); socialização (transmissão de normas, valores e crenças,
hábitos e atitudes) e estimulação (promoção do desenvolvimento
integral do educando). Não basta ter professores especializados
nas suas disciplinas, ter um diretor pedagógico que planifica e
vela pelos professores, ter funcionários competentes na escola, ter
alunos e pais e encarregados que colaboram com a escola.

É necessário igualmente um dispositivo de acompanhamento constante, monitoria colaborativa em


todo o processo de ensino e aprendizagem. Um dispositivo que faz diferença, que provoca mudança no
contexto profissional, melhoria das aprendizagens e em última 18 instância que promove o sucesso
escolar. Eis a razão de trazer uma reflexão acrescentada sobre a supervisão pedagógica ao serviço do
desenvolvimento pessoal docente e melhoria das aprendizagens na escola secundária pública em
Moçambique.

Num sentido mais restrito, a Supervisão Pedagógica assume-se igualmente como uma plataforma
comum de reflexão, aprendizagem e integração de saberes e competências quer numa dimensão
pedagógico-didática quer numa dimensão prático-moral. A integração partilhada é a via privilegiada
da co-construção de conhecimento e da identidade profissional dos professores.

"É uma supervisão mais autocrática, superficial, quase que tratando apenas dos sintomas, sem
averiguações mais profundas das causas determinantes" (Andrade, 1976:12). Como se observa, este
modelo de supervisão até certo ponto é o mais fácil e simples. Entretanto, incorre em certos riscos
semelhantes a estes: Tratar pessoas e situações como se fossem todas iguais; Considerar os problemas
isoladamente; Atuar de maneira empírica e talvez injusta; Provocar atitudes emocionais negativas no
professor.

Não se pode negar uma certa importância a este tipo de supervisão, pois, num sentido amplo, a
supervisão sempre encerra algum aspecto corretivo.

A maneira de correção mais consentânea, é o estudo da situação, com a busca cooperativa de solução,
atendendo as circunstâncias específicas de cada caso.
Características da Supervisao

1. Desenvolvimento profissional de todos os profissionais que se encontram no processo de


ensino-aprendizagem;
2. Analisa e soluciona cooperativamente possíveis dificuldades oriundas de cada situação
específica e menos hierárquica;
3. Promove as práticas reflexivas, visando profissionais autônomos;
4. Promove uma liderança que perspective o futuro, uma liderança com visão;

5. Desenvolve programas supervisivos com impacto de melhoria do ensino e da aprendizagem.

Qualidades de um supervisor

qualidades tais como:

- Capacidade de convencer os colegas de profissão quanto à necessidade de evoluir para melhor. Não
é um "mandão", um arbitrário em suas atitudes.

O seu trabalho resultará sempre da ação inteligente, de discussão dos problemas nas reuniões
pedagógicas ou nas associações de pais.

- Personalidade equilibrada, plena de entusiasmo, confiança em si, iniciativa actuante, originalidade,


inteligência, visão e descortino dos problemas, decisão, habilidade na profissão e no trato com
diferentes personalidades.

Supervisão clínica

Considera-se que, a supervisão clinica é um modelo que implica um espírito de colaboração entre o
supervisor e o professor e entre estes e os seus colegas; mas implica também uma atividade continuada
que engloba a planificação e a avaliação conjuntas para além da observação e da análise (Alarcão e
Tavares, 2003, p.24).

a supervisão entendida no interior do modelo humanista clínico defendido por Alarcão (2007), Soares
(2008) entre outros, implica assessorar, acompanhar, orientar, monitorar e analisar sistematicamente
todo o processo educativo.
Atividades de monitoria, apoio e assessoramento para o
desenvolvimento de recursos humanos.

- reuniões e/ou encontros; - visitas ( planificadas, casuais, anunciadas, repentinas, a pedido do


professor e/ou do supervisor); - demonstrações ( como realizar aulas com turmas maiores como
nossas, de aulas didáticas, planificação de aulas, uso de recursos didáticos etc.); - estudo ( cursos,
treinamentos, reciclagens, correspondências, leitura, etc.); - publicação ( apostilas, imprensas, boletins,
etc.); - entrevistas, conferências, seminários, painéis e outros. Como se pode ver, essas técnicas
constituem atividades de monitoria, apoio e assessoramento para o desenvolvimento de recursos
humanos.

Pré-requisitos de um Supervisor

Canário e Ramos (2007) na ação do supervisor estão presentes três pré-requisitos: o conhecimento, as
competências interpessoais e as competências técnicas, os quais configuram e se expressam no seu
modo de atuação, dando forma ao respectivo estilo de supervisão.

Competências e Habilidades do Supervisor

Antes de desenvolver esta seção é pertinente clarificar os termos como


competências e habilidades, devido a vários significados que eles têm recebido
ao longo dos tempos. São termos tão usados pelos educadores, e é nesse
contexto que se vai clarificar o sentido. No entendimento de Bordoni (2013)
competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos para
solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. Quer dizer,
competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para
agir de modo pertinente numa determinada situação. As competências
pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego
de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Enquanto que às
habilidades Bordoni (2013) diz que estão relacionadas ao saber fazer. Identificar
variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-
problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de
habilidades. No dizer de Viel (2010) uma habilidade é a capacidade de
transformar conhecimento em ação e que resulta em um desempenho desejado.
Ainda o autor afirma que competências e habilidades pertencem à mesma
família. Depois da breve referência dos termos segue-se agora a caracterização
de cada termo para melhor perceber a ação do supervisor na sua atividade
quotidiana no seu local de trabalho (unidade escolar) junto aos seus colegas
profissionais de trabalho no complexo processo de Ensino-Aprendizagem.
Competências Conforme Melo (2008) competência implica saber dialogar (saber
se expressar), argumentar e conversar com os professores que trabalham com
ele. Ser competente é auxiliar (com humildade) o professor na planificação e
realizações das suas atividades. É levar idéias para os profissionais melhorarem
sua prática educativa sem parecer mandão, arrogante e sem ser autoritário. Uma
das competências mais importantes do supervisor é ele conseguir passar para os
educadores o quanto é fundamental o professor semear desejos e estimular
projetos, fazendo com que os alunos saibam articular seus projetos e idéias
pessoais com os da coletividade na qual 33 está inserida. Ser competente pode-
se dizer também que é saber pedir, ajudar, expressar-se, ser flexível e trabalhar
em equipe. Para ser competente, é necessário dominar conhecimento. Mas
também deve saber mobilizá-los e aplicá-los de modo pertinente à situação.

Competências do profissional

No que diz respeito a Competências de comunicação e


relacionamento profissional o exercício destas competências pode
ser uma relação artificial de tipo ritualista provocadora de tensões,
inibições e sentimentos de inferioridade por parte dos professores ou
supervisores como indivíduos abertos, de contactos fáceis, humanos e
flexíveis, com os quais seria agradável trabalhar, cheios de recursos
que colocariam à disposição dos professores e capazes a atribuir a
estes um papel muito ativo na resolução dos problemas que, em
conjunto, se propõem resolver, (Martins, 2009, p.111).

No que respeita Competências Interpretativas, Alarcão & Tavares (2003:151)


definem competências interpretativas como ―a leitura da realidade humana,
social, cultural, histórica, política, educativa e a capacidade para,
antecipadamente, detectar os desafios emergentes no que concerne à escola e à
educação e formação.‖ Leitura, conhecimento, compreensão da realidade, ou
seja, do professor enquanto pessoa, assim como dos problemas sempre novos
com o qual o supervisor se confronta no decurso da sua prática como
profissional e como supervisor, o que é imprescindível para que o supervisor
seja capaz de mobilizar os recursos adequados a cada situação, só possível como
já se disse por meio da reflexão. É através da reflexão que o supervisor é capaz
de analisar, dissecar e conceptualizar os problemas e hierarquizar as causas que
lhes deram origem, aspecto este que Mosher e Purpel (1972 cit. In. Alarcão &
Tavares 2003:73) defendem como uma das características a manifestar pelo
supervisor. Mas, não só através da reflexão; Alarcão & Tavares (2003: 152)
defendem que ―À capacidade de analisar e discutir criticamente os contextos
em que a escola e os seus atores se situam, bem como os sinais indicadores de
mudanças a efetuar, há que aliar a capacidade de criar situações de observação e
inteligibilidade dos fenômenos e das situações, pela construção, tanto quanto
possível partilhada, de sentidos. ― Aliás supervisionar é descrito como ―(…)
um processo de interação consigo e com os outros, devendo incluir processos de
observação, reflexão e ação do e com o professor.‖ (Amaral et al., cit. in
Alarcão, 1996:94). Observação e reflexão do e com o professor na medida em
que refletindo em conjunto sobre os diferentes saberes permitem articular teoria
e prática e contribuem para o desenvolvimento de competências metacognitivas
em todos estes elementos, como já se disse essenciais a uma permanente auto-
avaliação/auto-supervisão e consequentemente uma atuação sempre competente.
É na sequência deste pensamento que Amaral et al. cit in Alarcão (1996)
referem que os supervisores deverão desenvolver em si próprios atitudes de
reflexão sobre tudo o que fizeram, fazem e venham a fazer, perspectivando
sempre oferecer um trabalho de qualidade no processo de ensino-aprendizagem.
É prerrogativa do supervisor a predisposição para enfrentar a atividade com
curiosidade, energia, capacidade de renovação e luta contra a rotina. É preciso
ao supervisor ter atitudes que-lhe 35 permitem refletir e interpretar
constantemente a sua prática, o que constitui a chave, a competência a caminho
de uma ação cada vez mais competente.

Perfil de competências do Supervisor

Perfil de Competências

I. Adota posturas de liderança que tenham em conta os supervisionados e o


contexto educativo
 Adapta o seu estilo de Supervisão às diferentes características dos supervisionados
 Adéqua o seu estilo de Supervisão ao contexto educativo em que está inserido
 Obtém o cumprimento das suas orientações através de respeito adesão É um
exemplo de comportamento profissional para a equipa pedagógica
 Identifica e promove situações que requerem momentos formais de reflexão com
alunos, docentes e Encarregados de Educação
II. Usa adequadamente estratégias que motivem a equipa docente reconhecendo
as boas práticas
 Apóia as iniciativas da equipa docente Mostra-se disponível sempre que
necessário.
 Elogia o trabalho dos supervisionados com clareza e de modo proporcionado
 Valoriza o bom desempenho dos supervisionados Reconhece boas práticas
Estimula boas práticas
III. Desenvolve um pensamento estratégico coerente e que vise a qualificação da
instituição educativa
 Formula um pensamento estratégico para a instituição educativa de uma forma
positiva e motivante
 Envolve a equipa e suscita a sua adesão ao pensamento estratégico.
 Promove processos, atividades e estilos de atuação coerentes com o pensamento
formulado
 O seu discurso é um exemplo de coerência com o pensamento definido.
 A sua ação é um exemplo de coerência com o pensamento formulado Integra a
gestão da qualidade no pensamento estratégico
IV. Delega responsabilidades de uma forma equilibrada, promovendo o
desenvolvimento profissional
 Delega de forma clara especificando o âmbito de responsabilidade, os recursos e
 O objetivo final que se revele pertinente
 Delega tarefas e responsabilidades sempre
 Proporciona oportunidades de desenvolvimento individual dos seus supervisionados
através da delegação de tarefas estimulantes
 Controla em grau adequado Responsabiliza os delegados pelos resultados das
tarefas atribuídas.
V. Planifica e controla as atividades educativas de uma forma coerente e
responsável
 Baseia o seu planeamento em previsões realistas, definindo calendários, etapas e
subobjetivos, e pontos de controlo das atividades em momentos-chave.
 Rentabiliza os recursos humanos e materiais na planificação de atividades
educativas.
 Acompanha a execução da planificação de uma forma coerente e responsável.
 Elabora planos documentados para as principais atividades
VI. Gere de forma eficaz e motivadora ações inovadoras como fomento de novas
práticas
 Incentiva a análise crítica dos métodos de trabalho, encorajando a inovação.
 Recolhe sugestões e propõe à equipa temas concretos para inovação.
 Aplica medidas de inovação ou reformulação de procedimentos
 Reconhece e elogia em ocasiões públicas ações de inovação
VII. Adota estratégias capazes de fomentar a reflexão e a auto-avaliação dos
supervisionados com o intuito de implementar melhorias na sua prática
pedagógica
 Mantém um diálogo constante com os supervisionados promovendo um crescimento
pessoal e profissional
 Integra a auto-avaliação como estratégia reguladora do desempenho dos
supervisionados.
 Implementa momentos formais de reflexão visando a melhoria da prática pedagógica
 Garante a implementação de ações de melhoria resultantes dos processos formais da
reflexão. Fonte: Adaptado de Gouveia (2008).

Conforme Maio, Silva e Loureiro (2010) o supervisor competente manifesta-se


por ser auxiliador, orientador, dinâmico, acessível, eficiente, capaz, produtivo,
apoiador, inovador, integrador, cooperativo, facilitador, criativo, interessado,
colaborador, seguro, incentivador, atencioso, atualizado, com conhecimento.

. Líder ―Líder é o individuo que chefia, comanda ou orienta qualquer tipo de ação‖,
(Dicionário Aurélio). Conforme Krug (2008) Líder, do inglês leader, é uma pessoa que atua enquanto
guia ou chefe de um grupo. Para que a sua liderança seja efetiva, os restantes integrantes devem-lhe
reconhecer as respectivas capacidades. Por exemplo: ―Preciso de um líder dentro desta equipa‖,
―Todos nós nos esforçamos para vencer esta partida, mas temos que reconhecer que o X é que é o
nosso líder‖. Segundo ele o líder tem a faculdade de influenciar os outros sujeitos. O seu
comportamento ou as suas palavras conseguem incentivar os membros de um grupo para que
trabalhem em conjunto com vista num objetivo comum. Warren Bennis (1996) identifica quatro
competências comuns nos líderes: visão, capacidade de comunicação, respeitabilidade e desejo de
aprendizagem. Também afirma que os líderes são pessoas com necessitam de capacidade para se
expressar plenamente. Eles também sabem o que querem, por que querem, e como comunicar isso aos
demais, a fim de obter a cooperação e o apoio deles. Considera a liderança um requisito básico para
que haja eficácia em qualquer organização ou empresa, seja qual for o tempo em que se viva. Para ele,
o processo de tornar-se um líder é muito parecido com o de tornar-se um ser humano bem integrado.

Vivemos em um mundo onde as teorias, regras, normas e regulamentos que constantemente se alteram
tal maneira que precisamos rapidamente de adaptar-nos à realidade sob pena de ficarmos obsoletos em
termos de conhecimentos que possam ser aplicados à realidade.

Finalidade da Supervisão Categoria – Controlar as Atividades Letivas (Controlar a assiduidade,


aprumo, pontualidade principalmente dos professores, controlar o cumprimento dos programas de
ensino da escola, confirmar os planos de aulas). Os depoimentos dos entrevistados (TPI /TPII) acerca
da finalidade da supervisão que se realiza na escola deixam claro que ela tem como o escopo principal
verificar o cumprimento dos programas de ensino por parte dos professores, auscultar os problemas
dos professores surgidos no processo de ensino-aprendizagem, controlar a assiduidade, pontualidade,
aprumo essencialmente dos professores, assim como confirmar os planos de aulas dos professores.
Nesta categoria estão patentes termos como verificar, auscultar, controlar e confirmar.

Conforme Caseiro (2007) uma das finalidades da supervisão pedagógica é de facilitar uma relação
interpessoal, positiva, saudável, em que todos os intervenientes desse processo se sintam
comprometidos com um objetivo comum, que não será mais do que a melhoria da aprendizagem dos
alunos através de um PEA de qualidade, ministrado em condições facilitadoras da mesma
aprendizagem.

Segundo Stuhler e Assis (2005) torna-se óbvio quando se afirma que o supervisor pedagógico tem

uma constelação de competências a levar a cabo na escola que se manifestam no seguinte: •


participa do projeto político-pedagógico da escola; • acompanha o professor, auxiliando-o na avaliação
do seu trabalho; • planifica e coordena as reuniões pedagógicas realizadas com o corpo docente; •
elabora um plano de ação para desenvolver com os professores, em consonância com o projeto
educacional da unidade escolar; • pesquisa as necessidades do grupo de professores, elaborando temas
de trabalho e estudo para suprir essas necessidades; • atende periodicamente aos professores, de forma
individual, para acompanhar o desenvolvimento do planejamento pedagógico das áreas ou disciplinas;
• trabalha de forma integrada com o orientador educacional, com vistas a melhorar o rendimento
escolar do aluno; • reúne-se com outros membros da equipe técnica e pedagógica da escola para estudo
e reflexão sobre temas educacionais, auxiliando a direção, também, na tomada de decisões quanto aos
assuntos pedagógicos da unidade escolar; • atua junto aos professores das diversas disciplinas,
elaborando projetos de trabalho em relação à proposta curricular e pedagógica adotada; • acompanha o
desenvolvimento dos projetos e do processo ensino-aprendizagem.

– Impacto da Supervisão no Processo de Ensino-Aprendizagem Categoria – Cumprimento do Dever


(planos de aulas, dosificação, assiduidade, pontualidade – bom Comportamento). Quanto ao impacto
da supervisão pedagógica que-se realiza na instituição no processo de ensino-aprendizagem, os nossos
entrevistados afirmaram que na verdade o impacto nota-se em muitas áreas, principalmente na
planificação de aulas, na dosificação que se realiza quinzenalmente e no relacionamento entre nós na
escola. ―Há, portanto, um cumprimento rigoroso do dever, para não ser apanhado em falta
principalmente nos aspetos conhecidos e prescritos no regulamento da escola” (TPI/TPII). Conforme o
Regulamento do Ensino Secundário Geral do MINED (2003) os professores estão organizados em
grupos de disciplinas que é o órgão de apoio técnico, científico e metodológico da direção pedagógica.
Compõem o grupo de disciplina todos os professores da respectiva disciplina. Tem como
competências conforme o Regulamento em alusão artigo 37 dosificar, planificar as aulas e avaliações,
assistências às aulas, elaborar textos de apoios, apoiar os professores menos experientes e outras
atividades que envolvam a disciplina. É sobre essas dimensões que incidem a supervisão pedagógica
na escola. Quando o grupo disciplinar, direção da escola e/ou visitas externas realizam a supervisão
tem como referência o nível de execução das dimensões mencionadas. Se todos os aspetos estão sendo
cumpridos sem queixa, considerase que o processo de ensino-aprendizagem está a decorrer conforme
o preconizado pelo sistema educativo no geral e pela escola em particular.

A supervisão é um instrumento de maior valia nas seguintes perspectivas: Qualidade da ação


educativa e consequentemente tem um impacto positivo na aprendizagem dos alunos; Na promoção
da reflexão sobre a prática pedagógica e no desenvolvimento profissiona dos professores e,
consequentemente, na melhoria da acção educati va; 222 Tanto professores supervisionados como
supervisores beneficiam do desenvolvimento profissional; Constitui um desafio para o
desenvolvimento dos professores e na identificação e superação de fragilidades individuais e
coletivas no PEA; Procura reforçar a capacidade dos professores e da escola no seu todo de modo a
contribuírem de forma mais eficaz para a educação e o sucesso acadêmico de cada um dos seus
alunos; Promoção da interação, da capacidade de resolução de problemas emergentes no PEA.

O que é um regulamento interno da escola?


O Regulamento Interno da Escola Profissional de Tecnologia Digital (Escola
Digital) tem como objetivo definir as regras de vivência individual e coletiva nesta
comunidade educativa, de modo a fomentar a participação de todos no respetivo
projeto educativo.

Quem são os membros da comunidade escolar?


Quem faz parte da comunidade escolar? A comunidade escolar é formada
por professores e profissionais que atuam na escola, por alunos matriculados que
frequentam as aulas regularmente e por pais e/ou responsáveis dos alunos.

ÓRGÃOS DE DIRECÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA

.......................................................................................................................

A direcção, administração e gestão da escola é assegurada por órgãos próprios que se


regem pelos princípios previstos no Decreto Legislativo Regional nº 4/2000/M, com as
alterações introduzidas pelo Decreto Legislativo Regional nº 21 /2006/M

São órgãos de direcção, administração e gestão da escola os seguintes:

 Conselho da Comunidade Educativa;


 Conselho Executivo;
 Conselho Pedagógico;
 Conselho Administrativo.

ESTRUTURAS DE GESTÃO INTERMÉDIA E OUTROS ÓRGÃOS


.................................................................................................

As estruturas de gestão intermédia colaboram com o Conselho Pedagógico, Conselho


Executivo no sentido de assegurar o acompanhamento eficaz dos alunos numa
perspectiva de promoção da qualidade educativa.

São estruturas de gestão intermédia de escola as seguintes:

 Departamento Curricular
 Conselho de professores de disciplina
 Conselho de turma
 Conselho de directores de turma
 Director de turma
 Coordenadores de ciclo
 Coordenação do Desporto Escolar
 Coordenação das Actividades de Enriquecimento Curricular
 Comissão de Formação Contínua

Os supervisores devem preencher a parte A da Ficha - Recolha de Informações da Escola ANTES de


chegar à escola. Os supervisores devem chegar à escola meia hora ANTES do início do turno a ser
observado. Devem iniciar a observação ainda fora da escola, e observar a chegada dos directores e
professores. Devem se apresentar ao director alguns minutos antes do início do turno. O supervisor
preencherá a parte B da Ficha durante a observação do início do turno. O supervisor pedirá licença
para escolher, aleatoriamente, uma turma da 1a ou 2a classe para observar. Durante o segundo
tempo das aulas, o supervisor fará a observação da aula, preenchendo a parte C da Ficha, após
solicitar ao professor que lhe indique um lugar discreto na turma. A observação de aula termina com
a análise conjunta do que foi observado pelo supervisor e o professor

Para completar a observação... Deve-se realizar uma reunião com a direcção da escola para
preencher as demais partes da Ficha - Recolha de Informações da Escola, sobre aspectos da gestão
escolar. • A parte D1 da Ficha avalia aspectos do controlo da assiduidade. • A parte D2 da Ficha
avalia aspectos do Conselho de Escola. • A parte D3 da Ficha avalia aspectos das finanças da escola. •
A parte D4 da Ficha avalia aspectos da gestão pedagógica.

Níveis de supervisão 3.1.1 Geral Como órgão técnico especial do sistema escolar, imprime orientação
e caráter ao mesmo. É extensa, atuando em sentido pedagógicoadministrativo. 3 . 1 . 2 Específica ou
particular Quando o diretor ou supervisor imprimem orientação e caráter à unidade escolar. É
intensa, atuando em sentido pedagógico.

Muitos pensam que o profissional que exerce o cargo, apenas comparece à escola para “fiscalizar” e
dar “ordens”. Embora outros acreditem que cabe a ele resolver problemas disciplinares dos alunos.
Pode-se dizer que os professores, na sua grande maioria, veem o supervisor como agente de
fiscalização da sua prática pedagógica. Para os educadores a presença do supervisor é apenas para
observar a sua aula, e posteriormente delegar o que deve ser feito ou não. Diante de tal situação, o
professor se sente desamparado, desprovido de auxílio, de trocas de experiências e/ou vivências.
Contudo, a presença do supervisor acaba se tornando um incômodo.

Por outro a penas é uma boa inter-relação entre o supervisor e o professor, para que ambos possam
(re) construir uma educação transformadora, significativa e humanitária.

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