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Fátima António
Nampula
Setembro
2021
Fátima António
Conceito e Objectivos........................................................................................................5
A supervisão na actualidade..............................................................................................8
Conclusão........................................................................................................................13
Referências bibliográficas...............................................................................................14
Introdução
A escola é o lugar que se responsabiliza pela acção educativa, lugar onde ocorre a
educação formal. Assim torna-se um campo fértil para os estudos voltados a
compreensão de relações educativas que ocorrem no interior. Deste modo, a supervisão
escolar é importante porque está ligada ao acto de ensinar e aprender. Entende-se que a
supervisão escolar favorece o fortalecimento do ensino e aprendizagem escolar a partir
do incentivo de acções educativas capazes de contribuir para o desenvolvimento da
própria instituição.
Conceito e Objectivos
Supervisão escolar significa visão sobre todo o processo educativo, para que a escola
possa alcançar os objectivos da educação e os objectivos específicos da própria escola”
(Nérici 1974, citado por Rolla 2006, p. 15).
São muitas as funções desempenhadas pelo supervisor educacional, mas se não houver
cooperação da Direcção da Escola para gerir os meios, as dificuldades e necessidades do
grupo, será difícil alcançar a eficácia no processo ensino aprendizagem.
Ainda Souza (2011, p. 25), analisando a acção da supervisão, cita algumas das funções
da supervisão escolar, a saber:
Considerando que os objectivos são metas a serem alcançadas num determinado tempo,
fica claro que a meta da acção supervisora é o aperfeiçoamento do processo ensino-
aprendizagem, assim como a busca da qualidade do ensino, que pode ser observada na
interacção entre o supervisor e o supervisionado dentro do ambiente escolar.
Na senda da Supervisão, o supervisor deve ser uma pessoa que domine não apenas os
conteúdos programáticos das respectivas disciplinas, mas também que possua uma boa
cultura geral e uma formação no domínio das ciências da educação, didáctica, com
formação psicopedagógica ou no âmbito das metodologias de ensino e das respectivas
tecnologias e que tenha desenvolvido um certo conhecimento que lhe permitirá ensinar
os outros.
A supervisão na actualidade
Actualmente, a concepção de supervisor e de supervisão escolar é revestida por
profundas mudanças. Se antes o supervisor tinha uma função completamente técnica e
burocrática, hoje ele é ligado fundamentalmente ao trabalho docente, orientando,
coordenando, sendo parceiro no processo de ensino-aprendizagem. Porém, mesmo essa
sendo a actual concepção de supervisão, ainda se ver frequentemente, na prática,
actuações impregnadas de influências pretéritas.
Em relação ao actual papel de líder que o profissional da supervisão assume, é bom que
se compreenda essa liderança como sendo a capacidade de ouvir e ser ouvido, de
conduzir os trabalhos de acordo com o diálogo, com as competências necessárias. Essa
é uma liderança que se confunde com a parceria. Em dias atuais, não devemos
relacionar a postura do líder com acções ou imposições meramente autoritárias
escondidas na definição de hierarquia. A educação não funciona por imposições, mas
sim por parceiras e compartilhamentos.
Atribuições do supervisor escolar
Quando questionados sobre a função ou atribuição do supervisor, as respostas citadas
foram:
Silva Júnior e Rangel (1997) pontuam que, o supervisor, como qualquer profissional,
em seu curso de formação e em sua prática, prepara-se para actuar como especialista, no
caso, como coordenadora do processo curricular, seja em sua formulação, execução,
avaliação ou reorientação. E é instrumentalizada para coordenar o processo de
construção colectiva do projecto político-pedagógico da escola.
Ressaltam também que a supervisão escolar não se detenha em sua superfície, mas
atinja camadas mais profundas, onde se encontram as raízes de questões que envolvem
o trabalho educativo.
É sabido que exercer a função de supervisor requer uma visão nobre - a visão geral de
fundamentos, princípios e conceitos do processo didáctico.
Conforme Silva Júnior e Rangel (1997) a acção supervisora, implica ter-se uma
concepção clara a respeito:
Da escola como instituição social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista;
Do sentido que têm a educação e o ensino;
Da posição que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais;
Da posição que o próprio supervisor se atribui como agente do ensino e da
educação;
Do objecto específico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o quotidiano, para através dele, transformar sua acção.
Alguns diriam que qualquer professor poderia fazer o que foi descrito acima, no
entanto, as funções do supervisor educacional fortemente presente, que possui
conhecimentos específicos, produzem resultados mais eficazes. Todavia, os
conhecimentos específicos só o especialista domina, e é ele, portanto, quem pode
desempenhar tal função mais competentemente.
Rangel et alli (2001) consideram a supervisão escolar de total relevância, à medida que
desenvolve um trabalho de assistência ao professor, em forma de planejamento,
acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e actualização do desenvolvimento
do processo ensino-aprendizagem.
Características da actuação da supervisão educacional
As características da Supervisão Escolar são justificadas a partir do contexto de sua
acção. Dizem respeito a procedimentos, objectivos, conteúdos e finalidades. Assim
sendo, sua primeira característica é a complexidade de sua função.
Rangel et alli (2001) assinalam que, a acção supervisora pode incentivar o estudo de
princípios metodológicos, enfatizado, elementos pontuais para a escolha do método
tendo como as considerações:
No entanto, além das características citadas pelos entrevistados, Rangel et alli (2001)
destacam que, a formação do profissional da educação que irá trabalhar com a
supervisão poderá ser feita, como diz a nova LDB, em cursos de graduação em
pedagogia ou em nível de pós-graduação, desde que garantida nessa formação, a base
comum nacional e que ela incorpore as atuais exigências do mundo do trabalho e das
relações sociais.
Neste sentido a supervisão escolar deve ser entendida como orientação profissional e
assistência dada por pessoas competentes em matérias de educação, quando e onde
forem necessárias e relevantes visando ao aperfeiçoamento da situação total de ensino e
aprendizagem.
A supervisão a partir dos anos 1900, fez ingresso na escola com o fim de controlar a
acção do professor, mais contudo sob ponto de vista administrativo se identificava com
a inspecção administrativa. Esta fase chamou-se de fase fiscalizadora porque
interessava-se mais no cumprimento das leis de ensino, situação legal dos professores,
cumprimento de datas e prazos de actos escolares matrículas e documentação dos
educandos.
Referências bibliográficas
SILVA JÚNIOR, C.; RANGEL, M. Nove olhares sobre supervisão. 7. ed. São Paulo:
Papirus, 1997.