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Instituto Superior Mutasa

Licenciatura Em Ensino de História e Geografia

Supervisão Escolar

Estudante: Abel Bento Amadeu

Manica, Abril 2024


Instituto Superior Mutasa

Licenciatura em ensino de História e Geografia

Supervisão Escolar

Estudante: Abel Bento Amadeu


Trabalho de pesquisa do módulo de
Organização e Administração
Escolar para efeitos de estudo e
avaliação.
Docente: Domingos Chandacaona

Manica, Abril 2024


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ÍNDICE

1. Introdução 5
2. Objectivos 5
2.1. Geral 5
2.2. Específicos 5
3. Metodologias 5
4. SUPERVISÃO ESCOLAR 6
5. Um pouco de história da supervisão escolar 6
6. A supervisão na actualidade 7
7. Objectivo e importância da supervisão escolar 8
8. Supervisor escolar 11
9. Função do supervisor escolar 11
10. Atribuições do supervisor no ambiente escolar 12
11. Habilidades e competências 12
12. Conclusão 16
13. Referências bibliográficas 17

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1. Introdução

A história da educação aponta as várias tentativas de resolução dos problemas


recorrentes ao longo de sua existência. Foram várias as teorias criadas e uma gama de
mecanismos que prometiam – e prometem – promover o encontro do ensino com a
aprendizagem, do processo pedagógico com o sucesso.
Dentre os mecanismos encontrados pelos pensadores da educação – pessoas
engajadas na busca por melhor qualidade do ensino – está a supervisão escolar. A
palavra supervisão é etimologicamente explicada da seguinte maneira: super (sobre) +
visão (acção de ver), ou seja, acção de ver sobre, visão sobre, visão abrangente. A
supervisão está relacionada à visão panorâmica de alguma coisa que, no nosso caso,
são as acções promovidas no contexto educacional.
Nesse contexto, supervisor é o profissional que pratica a supervisão. A sua função é
ficar sempre atento a todos os acontecimentos da escola, seja no âmbito pedagógico
ou administrativo.
2. Objectivos
2.1. Geral
Conhecer o papel da Supervisão Escolar.
2.2. Específicos
- Definir supervisão escolar;
- caracterizar a supervisão escolar;
-reconhecer a importância da supervisão escolar.
3. Metodologias
Consulta de diferentes obras citadas nas referências

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4. SUPERVISÃO ESCOLAR
O termo Supervisão é composto pelos termos super e visão, indicando atitude de uma
visão ampla. No estudo em questão está relacionada à visão as acções promovidas no
âmbito educacional.
O Supervisor Educacional é o educador atento os acontecimentos que se passam na
escola.
Nérici (1974, p. 29), afirma que Supervisão Escolar é a “visão sobre todo o processo
educativo, para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os objectivos
específicos da própria escola”.
Vale ressaltar que nessa visão são excluídos os indivíduos envolvidos no processo
educativo, professores, alunos e especialistas.
Anos mais tarde se percebe um olhar mais atento à importância da Supervisão Escolar,
no que diz respeito a sua relação com os outros educadores que trabalham na
instituição escolar. Nesse sentido, afirma Rangel (1988, p. 13): “[…] um trabalho de
assistência ao professor, em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação,
controle, avaliação e actualização do desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem”.
É imprescindível que a Supervisão leve em consideração a relação entre os sujeitos,
Supervisor – Professor e o Ensino – Aprendizagem.
Neste mesmo pensamento Alonso (2003) afirma que a Supervisão:
Vai muito além de um trabalho meramente técnico-pedagógico, como é entendido com
frequência, uma vez que implica uma acção planejada e organizada a partir de
objectivos muito claros, assumidos por todo o pessoal escolar, com vistas ao
fortalecimento do grupo e ao seu posicionamento responsável frente ao trabalho
educativo. (2003, p.175).
Para um entendimento amplo do desenvolvimento da função do supervisor da
educação será feito uma retomada histórica do seu surgimento.

5. Um pouco de história da supervisão escolar


Segundo informa Giancaterino (apud Lagar et al., 2013, p. 44) A supervisão surgiu a
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partir da Reforma Francisco Campos, com o Decreto 18.890 de 1931. Ainda no século
XIX, com o PA-AEE (Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino
Fundamental) foram formados os primeiros supervisores, com vista na sua actuação no
ensino primário, conhecido por “elementar”. A finalidade desta actuação, segundo o que
se pregava, era a modernização do ensino e o preparo do professor leigo. A formação
ofertada aos supervisores pioneiros dava ênfase aos métodos e técnicas de ensino,
“sendo a supervisão a acção necessária ao controle do trabalho docente”. (Lagar et al.,
2013, p. 45)
Para Medeiros (apud Lagar et al., 2013, p. 45):
A supervisão escolar passa a incorporar tanto em sua concepção como na
prática os pressupostos e a linguagem das teorias de administração de
empresas, configurando-se como um serviço técnico independente de
qualquer opção política e ideológica, ou seja, um serviço neutro. Em
análise do contexto acima, o que se conclui é que “a aparente neutralidade
escondia as forças que buscavam enfraquecer a participação social. O
papel do supervisor concentrava-se nos aspectos tecno burocráticos
educacionais”. (Lagar et al., 2013, p. 45)
O supervisor, de acordo com essa visão tecnicista, desempenhava o papel de controlar
a execução das tarefas, respectivamente ligadas aos devidos profissionais
competentes. Havia a separação entre aqueles que criavam e os que executavam e,
apesar de ser pregada uma formação de supervisores voltados às práticas pedagógicas,
eles na verdade voltavam-se exclusivamente às questões burocráticas, deixando de
lado o que se referia ao processo de ensino-aprendizagem.

De acordo com Rangel (apud Lagar et al., 2013 p. 45), o supervisor era “considerado o
instrumento de execução das políticas centralmente decididas e, simultaneamente, o
verificador de que essas mesmas políticas eram seguidas”.

6. A supervisão na actualidade
Actualmente, a concepção de supervisor e de supervisão escolar é revestida por
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profundas mudanças. Se antes o supervisor tinha uma função completamente técnica e
burocrática, hoje ele é ligado fundamentalmente ao trabalho docente, orientando,
coordenando, sendo parceiro no processo de ensino-aprendizagem. Porém, mesmo
essa sendo a actual concepção de supervisão, ainda se ver frequentemente, na prática,
actuações impregnadas de influências pretéritas.
Na óptica de Rangel (apud Lagar et al., 2013, p. 45):
O supervisor não é um técnico encarregado da eficiência do trabalho e,
muito menos, um controlador de produção; sua função e seu papel
assumem uma posição social e politicamente maior, de líder, de
coordenador, que estimula o grupo à compreensão – contextualizada e
crítica – de suas acções e, também, de seus direitos. Nesse sentido, o
supervisor transcende a função meramente de inspecção e passa a
coordenar o trabalho pedagógico. Nesse novo cenário ele torna-se um
parceiro do docente, com vistas na conclusão de uma aprendizagem real,
significativa. Isso significa que essa é a actual prática dos supervisores
nas escolas? Receio que não, pelo menos na grande maioria. O grande
problema da educação brasileira é esse distanciamento entre teoria e
prática. Enquanto os costumes insistirem em arquivar as teorias
revolucionárias e fazer prevalecer as práticas desfasadas, continuaremos
rumando ao insucesso.
Em relação ao actual papel de líder que o profissional da supervisão assume, é bom que
se compreenda essa liderança como sendo a capacidade de ouvir e ser ouvido, de
conduzir os trabalhos de acordo com o diálogo, com as competências necessárias.
Essa é uma liderança que se confunde com a parceria. Em dias atuais, não devemos
relacionar a postura do líder com acções ou imposições meramente autoritárias
escondidas na definição de hierarquia. A educação não funciona por imposições, mas
sim por parceiras e compartilhamentos.

7. Objectivo e importância da supervisão escolar


De acordo com Przybylski (1985):
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Supervisão escolar é o processo que tem por objectivo prestar ajuda técnica no
planejamento, desenvolvimento e avaliação das actividades educacionais em nível de
sistema ou unidade escolar, tendo em vista o resultado das acções pedagógicas, o
melhor desempenho e o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação
ensino-aprendizagem. (1985, p. 18).
A função do Supervisor Educacional está interligada a gestão escolar como um todo,
buscando junto ao docente minimizar os problemas de ensino-aprendizagem. Trazendo
equilíbrio ao ambiente da escola. Para Medina (2002):
Para que tudo seja possível, é indispensável à acção de um profissional que, além de
possuir competência teórica, técnica humana, disponha de tempo necessário para
tornar possível a relação entre vivências dos alunos fora da escola e o trabalho do
ensinar e aprender na escola. Esse profissional é o supervisor que define sua função
pedagógica quando contribui para a melhoria do processo de ensinar e aprender por
meios de acções que articulam as demandas dos professores com os conteúdos e as
disciplinas (2002, p. 51).
O Supervisor da Educação precisa desempenhar sua função de maneira crítica e
participativa. Trabalhando de maneira articulada com todos que fazem parte do
ambiente escolar.
Para que a escola atinja bons resultados no processo ensino- aprendizagem, são
necessários planejamento, avaliação e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas por
parte do Supervisor Educacional.
Seu trabalho é de grande importância para o crescimento e desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem dentro da instituição escolar. Ele é um articulador de
ideias e projectos junto com toda comunidade escolar. Planejando, coordenando,
acompanhando e avaliando todas as actividades pedagógicas, visando à qualidade e o
aprendizado dos alunos.
De acordo com Ferreira (2010):
Como prática educativa ou como função, a supervisão educacional, independentemente
de formação específica em uma habilitação no curso de Pedagogia, constitui-se num
trabalho escolar que tem o compromisso de garantir a qualidade do ensino, da
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educação, da formação humana. Seu compromisso é a garantia de qualidade da
formação humana que se processa nas instituições escolares, no sistema educacional
brasileiro (2010, p. 237-238).
A Supervisão Educacional estabelece um aprendizado profissional no desenvolvimento
do aluno, colaborando para a constituição de sua cidadania e aptidão para o mundo do
trabalho. “Seu compromisso, em última instância, é a garantia de qualidade da
formação humana que se processa nas instituições escolares, no sistema educacional
brasileiro, na actual conjuntura mundial” (FERREIRA, 2001, p. 93).
Segundo Maio, Silva e Loureiro (2010), a supervisão escolar, é consolidada em quatro
eixos, sendo: a orientação, que tem a função de conceder e problematizar; o
acompanhamento, que tem a função de observar e reflectir; a liderança, que tem a
função de decidir e comunicar e a avaliação, que tem a função de intervir e avaliar.
O Supervisor é o educador e orientador do trabalho pedagógico realizado pelos
professores em uma instituição. Como afirma Ferreira (2000):
A supervisão escolar constitui-se num trabalho escolar que tem compromisso de
garantir a qualidade do ensino, da educação da formação humana. Seu compromisso,
em última instância, é a garantia de qualidade da formação humana que se processa
nas instituições escolares, no sistema educacional brasileiro. Não se esgota, portanto
não saber fazer bem e no saber o que ensinar, mas no trabalho articulador e orgânico.
(2000, p. 237‐ 238).
É de grande relevância o entrosamento entre o docente e o Supervisor Educacional, pois
ambos devem trabalhar como equipe, tendo o olhar voltado ao ensino-aprendizagem
dos alunos.
Como afirmam Maio; Silva; Loureiro (2010):
[…] é o trabalho do professor (…) que dá sentido ao trabalho do supervisor no interior da
escola. O trabalho do professor abre o espaço e indica o objecto da acção/reflexão, ou
de reflexão/acção para o desenvolvimento da acção supervisora. Dessa forma,
podemos constatar que a acção do supervisor está longe de uma função mecanizada e
baseada numa rotina burocrática, como acontecia há décadas atrás, uma vez que, na
actualidade, se torna necessário e se espera que o mesmo desenvolva acções
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baseadas na reflexão sobre o processo pedagógico, onde o professor se torna o
principal instrumento dessa reflexão e não um agente a ser controlado no interior das
escolas, que aplique de forma rotineira e prescritiva as orientações do supervisor. (2010,
p. 38).
Segundo Medina (2008, p. 21): “O supervisor não é mais aquele sujeito que possui um
“superpoder” de assessorar, acompanhar, controlar e avaliar o trabalho que os
professores realizam nas escolas, mas aquele que constrói com os professores seu
trabalho diário”.
O Supervisor da Educação deve acompanhar e estar ao lado do professor desde o
planejamento até a aprendizagem dos alunos, pois ele observa o que o professor não vê.
Seu trabalho está directamente ligado ao professor e consequentemente ao aluno.
A função do Supervisor Educacional frente ao ensino nos anos iniciais é dar assistência
aos professores de maneira positiva, motivando-os na melhoria do processo de ensino-
aprendizagem de seus alunos fazendo um trabalho de forma satisfatória.
O Supervisor Educacional deve contribuir com a formação contínua dos docentes,
visando um trabalho pedagógico voltado para as necessidades dos alunos, onde o
objectivo é a melhoria do ensino-aprendizagem.
A formação de profissional de educação para administração, planejamento, inspecção,
supervisão e orientação educacional para educação básica, será feita em cursos de
graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação à critério da instituição de
ensino, garantida nesta formação, a base comum nacional. (BRASIL, 1998).
A Supervisão Educacional traz o entendimento de educação como instrumento para
uma mudança social, tendo por objectivo actualizar a escola e capacitar continuamente
os professores para a sua missão de ensino-aprendizado.

8. Supervisor escolar
O supervisor escolar é o profissional responsável pela supervisão de actividades
pedagógicas, visando garantir a qualidade do processo educacional. Isso envolve a
avaliação de currículos e a orientação de professores e equipe técnica para garantir que
as directrizes educacionais sejam seguidas de maneira eficaz.
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Além disso, o supervisor escolar avalia e implementa políticas educacionais,
contribuindo para o desenvolvimento contínuo da instituição de ensino.

A responsabilidade do profissional também inclui a implementação de um ambiente de


aprendizado saudável, que promova práticas educacionais inovadoras e o apoio ao
desenvolvimento de habilidades por parte dos professores.

9. Função do supervisor escolar


A educação escolar desempenha um papel importantíssimo na construção do
aprendizado. É um lugar onde se aprende conteúdos curriculares, bem como objectiva a
formação de cidadãos.
Para que essa educação seja ofertada, é necessário ter o empenho de toda equipe do
ambiente escolar. Ou seja: professor, aluno, supervisor, coordenador pedagógico e
outros membros da instituição.
O Supervisor Educacional está inserido no Corpo de Docentes e tem a particularidade
do seu trabalho definido pela coordenadora das práticas pedagógicas, a melhoria e o
estímulo de possibilidade colectiva de estudo.
Alarcão (2001, p. 35) destaca o supervisor como um líder, definindo o objecto da
supervisão como: “O desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos que nela
realizam seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por meio de
aprendizagens individuais e colectivas, incluindo a formação de novos agentes”.

10.Atribuições do supervisor no ambiente escolar


1º. Traçar as directrizes e metas prioritárias e serem activadas no Processo de Ensino,
considerando a realidade educacional de sistema, face aos recursos disponíveis e de
acordo com as metas que direccionam a acção educacional.

2º. Participar do planejamento global da escola, identificando e aplicando os princípios


de supervisão na Unidade Escolar, tendo em vista garantir o direccionamento do
Sistema Escolar;

3º. Coordenar o planejamento de ensino, buscando formas de assegurar a participação


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actuante e coesiva da acção docente na consecução dos objectivos propostos pela
Escola;

4º. Realizar e coordenar pesquisas, visando dar um cunho científico à acção educativa
promovida pela Instituição.

5º. Planejar as actividades do serviço de Coordenação Pedagógica, em função das


necessidades a suprir e das possibilidades a explorar, tanto dos docentes e alunos,
como da comunidade.

6º. Propor sistemáticas do fazer pedagógico condizente com as condições do


ambiente e em consonância com as directrizes curriculares.

7º. Coordenar e dinamizar mecanismos que visam instrumentalização aos professores


quanto ao seu fazer docente (CALDIERARO, 2006).

11.Habilidades e competências

Antes de qualquer adjectivo ou qualidade que venha nomear o supervisor, este precisa
acreditar no seu trabalho e perceber que ele só acontecerá de forma positiva se houver
parcerias com os professores.

São várias as competências necessárias ao supervisor pedagógico quando de sua


actuação no âmbito escolar. Evidentemente que o conhecimento pedagógico é a
primeira delas. Após consulta em Alonso (2003), Silva Júnior (1997) e outros autores,
abaixo estão enumeradas algumas dessas competências:

1. Ter habilidade psicológica para reunir o grupo e flexibilidade para trabalhar no


colectivo, o mais unificado possível.

2. Repassar para o professor aquilo que ele, dentro de sala de aula, não esteja
conseguindo fazer ou em que precise de ajuda, e fazer uma rede entre os colegas
professores, vinculando as actividades e projectos, e garantindo, assim, que todos os
alunos tenham o mesmo conhecimento ou uma vivência próxima daquilo que é básico.

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3. Ser uma pessoa que tenha habilidade de liderança, fazendo o grupo construir o
projecto político pedagógico e levando-o em frente.

4. Saber definir os objectivos educacionais e conduzir as reuniões pedagógicas com os


professores. Para tanto, considera que o supervisor precisa ter uma formação, que
ajuda na organização dos processos escolares.

Conhecimento técnico também é de suma importância e que lhe dê embasamento para


actuar:

 as concepções de educação;

 as práticas educativas mais produtivas;

 os grandes pensadores e a evolução da história da educação, isto é, de que


forma foi desenvolvendo-se e por que as mudanças foram acontecendo;

 como se dá a relação ensino-aprendizagem e por que algumas crianças b


aprendem mais do que outras;

 as posturas dos professores;

 as estratégias de ensino;

 os tipos de avaliação.

Ele precisa desenvolver também algumas habilidades.

Habilidades relacionais: sensibilidade, afectividade, escuta (ouvir para discutir), relação


de confiança e habilidade em lidar com as situações com tranquilidade. Uma vez que o
supervisor não tendo essa questão relacional muito bem estruturada, nada irá
funcionar em seu trabalho.

Gostar do que faz, porque não vai trabalhar só com o aluno, mas com o professor

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também. Há colegas que aceitam o novo com facilidade, mas há outros que têm um
pouco mais de dificuldade em aceitar as mudanças.

Ter muita habilidade, respeito, saber ouvir, saber calar, saber conduzir o trabalho de
uma maneira muito ética para que não haja desunião do grupo.

Precisa saber receber o desafio e aprender a reagir, a ter atitude, a flexibilidade que é
necessária nas relações humanas.

Ter uma formação e esta, com base em disciplinas que tratem de desenvolvimento
humano e psicologia, pois a teoria faz falta.

Muita habilidade para lidar com o professor, que é um profissional extremamente difícil;
lidar com trabalho em grupo, pois é difícil trabalhar com o colectivo; ter uma visão da
escola como um todo, porque lidar com o corpo docente, com o discente e com a
dinâmica escolar é muito complicado.

Uma atitude democrática, uma vez que é difícil ser democrático, exigindo direitos e
deveres, mas, para lidar bem com o colectivo, o coordenador tem que saber administrar
isso.

Ter conhecimento: ler livros atuais dentro da área de educação, participar de


congressos, etc., e, aliado a isso, saber fazer a avaliação dos aspectos em que a escola
precisa investir, para mudar, acrescentar, evoluir. Enfim, a supervisão é vista como a
responsável directa pela orientação e assistência aos professores nas questões que
enfrentam no quotidiano escolar, visando seu desenvolvimento e sua autonomia. O foco
do trabalho supervisor está assim, na formação continuada de professores e no
processo ensino aprendizagem, em um ambiente colaborativo e onde o fazer colectivo
prevalece.

Enfim, a figura e a presença do supervisor escolar têm sido cada vez mais necessárias
nas instituições escolares para que esta construa uma identidade própria, a partir das
muitas relações estabelecidas em seu interior, atendendo a sociedade na qual se insere

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de forma apropriada, face às transformações que vêm ocorrendo no mundo
contemporâneo, em n consequência dos processos de globalização que afectam a
sociedade mundial e o nosso país (FERREIRA, 1998).

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12.Conclusão

Ao concluir dizer que, a supervisão escolar, necessário ao bom andamento das acções
da educação, deve ser praticada com cuidado e conhecimento de causa. É importante
uma formação complementar para o educador que resolver assumir o compromisso de
supervisionar os trabalhos escolares. Na actualidade, o supervisor deverá ser um
profissional consciente de seu papel de mediador do trabalho docente, de facilitador
das acções pedagógicas, de orientador de práticas condizentes com o cenário onde se
foca o seu trabalho. A supervisão perpassa a função burocrática e prioriza as acções
pedagógicas.
Num cenário de incertezas e incoerências nas práticas de ensino, o papel do supervisor
escolar é de fundamental importância para a construção de um novo paradigma de
educação, que priorize os saberes prévios dos alunos e concilie as novas teorias da
aprendizagem com as práticas necessárias para o sucesso do ensino que, como
consequência, conduzirá à aprendizagem.

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13.Referências bibliográficas
LAGAR, Fabiana; SANTANA, Bárbara Beatriz de; DUTRA, Rosimeire. Conhecimentos
Pedagógicos para Concursos Públicos. 3. ed. – Brasília: Gran Cursos, 2013.
ALARCÃO. Isabel. Do olhar superviso ao olhar sobre a supervisão. In: RAGEL, Mary (org).
Supervisão Pedagógica: Princípio e Práticas. 11 ed. Campinas: Papirus, 2001.
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FERREIRA, Naura Carapeto (org). Supervisão Educacional para uma escola de qualidade.
4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
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São Paulo: Cortez, 1985.
ANJOS, Almerinda dos. Relação entre a função de liderança do Supervisor Escolar e a
satisfação de professores: estudo de caso na 1ª D. E. de Porto Alegre. Dissertação
(Mestrado em Educação). Porto Alegre: PUCRS, 1988.
BRASIL. Constituição (1998). Constituição. Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal, 1998.
FERREIRA, N. S. C. Supervisão Educacional: novas exigências, novos conceitos, novos
significados. In: RANGEL, M. (org.) Supervisão Pedagógica: princípios e práticas.
Campinas: São Paulo, 2001.\
FERREIRA, N. S. C. (Org). Supervisão Educacional para uma Escola de Qualidade. São
Paulo: Cortez, 2010.
GRINSPUN, M.P.S. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para
a escola. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para quê? 6ª edição. São Paulo: Cortez,
2002.
LIMA, Elma Corrêa de. Um olhar histórico sobre a supervisão. In: RANGEL, Mary (Org.).
Supervisão pedagógica: princípios e práticas.Campinas: Papirus, 2002.
MEDINA, Antonia da Silva. Supervisão Escolar. Porto Alegre: AGE, 2002.
NERICI, Imídeo G. Introdução à Supervisão Escolar. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1974.
RANGEL, Mary. Supervisão Pedagógica: um modelo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1988.

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