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UNIPLENA
Programa Especial de Formação Pedagógica R2
Conforme Resolução 01 de 01 de julho de 2015 CNE

JAMISON SAMPAIO DE QUEIROZ SANTOS


MARCO VINICIUS DE SOUZA
VANESSA LEARDINI

Supervisão e Orientação Pedagógica

São Paulo – SP
2017
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UNIPLENA
Programa Especial de Formação Pedagógica R2
Conforme Resolução 01 de 01 de julho de 2015 CNE

JAMISON SAMPAIO DE QUEIROZ SANTOS


MARCO VINICIUS DE SOUZA
VANESSA LEARDINI

Supervisão e Orientação Pedagógica

Trabalho final apresentado à disciplina prática de


formação pedagógica como exigência parcial para
a obtenção do curso de Programa Especial de
Formação pedagógica R2 – Turma 127, sob a
supervisão do Professor Roberto de Souza.

Pólo: Consoloção.

São Paulo – SP
2017
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SUMÁRIO

1 Introdução...................................................................................................... 04

2 Fundamentação Teórica............................................................................... 06
2.1 Supervisão e orientação pedagógica....................................................... 06
2.2 Supervisão no meio pedagógico.............................................................. 10
2.3 O orientador escolar como auxílio na educação.................................... 12
2.4 Trabalho dos supervisores e orientadores na busca da eficiência...... 13

3 Conclusão...................................................................................................... 17

Referências Bibliográficas.............................................................................. 18
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1 Introdução

O objetivo desse trabalho é a análise da trajetória de formação dos


profissionais da educação contribuindo para a reflexão e incorporação de uma
prática pedagógica na qual a teoria não explique somente a realidade, junto com
a prática, promova a formação necessária para nosso desenvolvimento como
futuros supervisores e orientadores educacionais; bem como o desenvolvimento
das funções do Pedagogo em desenvolver atividades no cargo de supervisor
escolar e do orientador educacional.
Dentro desse objetivo ocorreu avaliação dos estudos e aprendizagens
desenvolvidas na atividade acadêmica e os desafios que o trabalho coletivo da
Orientação Educacional e Supervisão Escolar. Tendo como geral a
conceitualização e reflexão o papel dos profissionais de Orientação Educacional e
Supervisão Escolar, trazendo um pouco de seu surgimento, seu conceito, suas
finalidades e situações atuais.
A escolha do tema proposto busca a compreensão da importância deste
trabalho situando historicamente e em seguida conceituando a Orientação
Educacional e a Supervisão Escolar, para que possa fazer entender os propósitos
e funções destes dois profissionais.
O objetivo geral do estudo prioriza a análise da utilização tanto dos
Orientadores quanto os Supervisores colocam em discussão e reflexão de seus
papeis na atual realidade escolar.  Por atuarem numa sociedade que é regida
pela rapidez das informações.
Os objetivos específicos do estudo priorizam a análise da utilização as
mudanças e que não tem tempo para adaptar-se, valendo ressaltar que a
necessidade das mudanças destes profissionais como transmissores de
informações, no qual os papeis da escola e da família estão sendo postos em
discussão, pois a cada dia a escola precisa suprir o que a família, antes, em
busca da sobrevivência não conseguia suprir e, agora, por cultura não vê como
sua função.
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O presente estudo visa o desenvolvimento da análise crítica sobre a


importância da presença dos supervisores e orientadores educacionais no
processo de ensino e aprendizagem, possibilitando a abertura do diálogo entre
educadores, visando à construção de novas estratégias para o desenvolvimento
da aprendizagem.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo configurou-se na
referência bibliográfica, tendo como base a utilização de teses, artigos,
dissertações, embasando-se em autores que falam sobre o tema proposto.
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2 Fundamentação Teórica

2.1 Supervisão e orientação pedagógica

Inicialmente os educadores eram considerados um profissional missionário,


pois a docência em sua maioria era exercida por religiosos como os jesuítas,
tendo a finalidade de catequização, utilizando-se de manuais elaborados que
continham duas vertentes fundamentais: “[...] um corpo de SABERES e
TÈCNICAS, entendidos como um saber pedagógico, e um conjunto de NORMAS
e VALORES, posteriormente incorporados pelo Estado e pelas instituições
escolares” (URBANETZ e SILVA, 2008, p.38).
Sendo caracterizados historicamente por ser um profissional missionário,
ditos como detentores do saber, tendo assim a função formadora moral, social,
espiritual, além de transmitir e produzir o saber. Neste período quem coordenava
e controlava o sistema educacional era o clero.
Somente no fim do século XVII foi promulgada no Brasil a profissão
docente, surgindo cursos específicos para sua formação. Nesse período os
profissionais docentes passaram a ser reconhecidos como profissionais do
Estado (URBANETZ e SILVA, 2008).
A Supervisão Escolar propriamente dita surge pela primeira vez no Brasil
com Reforma de Francisco Campos decreto Lei 19.890 de 18/04/31, mas
assumindo um papel bem diferente daquele que vinha sendo realizado, de
fiscalizar e inspecionar o trabalho docente, “... cabia também aos supervisores em
geral presidir os exames dos professores e lhes conferir o diploma, autorizar a
abertura das escolas particulares e até rever os livros, corrigi-los ou substituí-los
por outros.” (FERREIRA, 1999).
O trabalho desenvolvido pelo supervisor escolar configurou-se no
monitoramento das questões burocráticas que regiam as instituições de ensino,
promovendo o acompanhamento das estratégias realizadas pela escola, tendo
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como embasamento as estratégias apresentadas pelo Estado como sendo


obrigatórias para o funcionamento das escolas.
Através do desenvolvimento do sistema capitalista foi efetivada a busca
pela transformação das instituições escolares no que tange os seus objetivos e
metas, transformando a escola em um local voltado para a formação de
indivíduos para serem inseridos no mercado de trabalho, promovendo a
preparação dos indivíduos para atuarem como mão de obra qualificada para o
atendimento das necessidades apresentadas pelas empresas que se instalavam
no país.
Através dessa mudança de concepção, as escolas passaram a trabalhar no
contexto de escola tecnicista, onde a preparação dos alunos era voltada para o
atendimento das necessidades do mercado de trabalho (SOARES, 2005).
A partir dessa nova concepção de ensino, o supervisor escolar passou a
ser considerado representante do governo, com funções claras de fiscalização
que visam o cumprimento das medidas necessárias para a profissionalização dos
jovens que se encontravam inseridos no processo de ensino e aprendizagem,
evidenciando o desenvolvimento de novas habilidades voltadas para a atuação
nas frentes de trabalho.
Por isso, a participação do supervisor escolar passou a ser fundamental
nas instituições de ensino, adotando postura de fiscalizador das práticas
docentes, vislumbrando o alcance dos propósitos estabelecidos pelo governo de
ampliar o mercado de trabalho através da mão de obra qualificada.

Inicialmente, a supervisão apareceu como uma força disciplinadora


“dentro de uma linha de inspecionar, reprimir, checar e monitorar”. Essas
funções foram paulatinamente se modificando, passando por controle
comportamental em busca da liderança no processo educativo até a
superação da simples tarefa de fiscalização para, então, se tornar
supervisor escolar buscando o monitoramento das atividades que
visavam à educação para o mercado de trabalho (URBANETZ e SILVA,
2008, p. 42).

Segundo Néreci (apud URBANETZ e SILVA, 2008) a supervisão escolar


passou por três importantes fases: fiscalizadora, construtiva e criativa.
A fase fiscalizadora que foi por muito tempo realizada pelo supervisor
escolar configurou-se no monitoramento do cumprimento da burocracia
educacional, fiscalização das leis e dos prazos relacionados à entrega de
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documentos e informações referentes a vida educacional dos alunos e da própria


administração escolar.
Em se tratando da fase construtiva a mesma voltou-se para a orientação do
corpo docente, buscando através de suas estratégias, reduzir as falhas existentes
no cotidiano escolar, proporcionando o amparo aos educadores mediante as suas
necessidades frente aos procedimentos a serem seguidos.
E, na atualidade, a atuação do supervisor escolar se encontra voltada para
a busca do aperfeiçoamento das estratégias utilizadas no ambiente educacional,
havendo a separação do trabalho de inspetor do trabalho de supervisor.

O supervisor escolar atua diretamente com os professores, contribui


como mediador entre escola e família, desenvolve ações em
concordância com os educadores vislumbrando a melhoria da qualidade
de ensino, promovendo novas estratégias e ações que são fundamentais
para a formação integral dos alunos, preparando-os não apenas para o
mercado de trabalho, mas para a sua participação ativa na sociedade na
qual se encontram inseridos (TAVARES, 2009, p. 35).

Já no que diz respeito ao orientador educacional, a sua função se faz


diretamente com os educandos, proporcionando a ajuda as suas dificuldades no
contexto escolar, mediando as estratégias que possibilitam a promoção efetiva de
suas habilidades, capacidades e potencialidades. Com isso a orientação se
definiu- se como método no qual o orientador educacional que vêm ajuda o aluno,
na escola a tomar consciência de seus valores e dificuldades, tendo essa
conscientização nos estudos.
As atividades desenvolvidas pelo orientador escolar são variadas, no
entanto, destaca-se a função de conselheiro em relação às atividades
relacionadas a aprendizagem efetiva dos alunos. Salienta-se que, a orientação
educacional deve ser realizada de maneira a promover novas visões e
adequações da realidade dos alunos aos conhecimentos que são orientados em
sala de aula, objetivando assim, a compreensão e a expansão da aprendizagem
que se faz essencial para a formação intelectual dos indivíduos.

A finalidade da orientação no âmbito escolar é de buscar novas


oportunidades e estratégias para a efetivação da aprendizagem dos
alunos, o que deve ser realizado tendo como foco a parceria entre escola
e família, enfatizando o trabalho constante junto aos professores em
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benefício da melhor aprendizagem por parte dos alunos (AZEVEDO,


2006, p. 39).

Nesse sentido, faz-se necessário salientar que as técnicas de


aconselhamento são fundamentais para a realização das atividades propostas
pelos orientadores educacionais, a possibilidade de transformação de conceitos e
novas visões devem ser evidenciadas de maneira a conjugar as expectativas de
alunos e professores, quanto à construção da bagagem intelectual, social, política
e cultural dos indivíduos que se encontram em formação.
O sentido da orientação educacional voltado para a trajetória da
organização do trabalho escolar propicia a compreensão de que as atividades
desenvolvidas permeavam a especialização para o mundo do trabalho, onde se
detecta a dificuldade de muitos orientadores, no que tange a preparação do
sujeito social, uma vez que, a função do orientador educacional permeia a
orientação educacional tecnicista (URBANETZ e SILVA, 2008).
Porém, a partir da década de 80, a reformulação frente a atuação do
orientador educacional passou a ser revista, objetivando a abertura de novas
visões sobre o sujeito em formação e a sua preparação, não apenas para o
mercado de trabalho, mas para vida, o que evidenciou a mudança de postura dos
profissionais da educação, em buscar novos mecanismos que contribuíssem para
a formação dos alunos de maneira integral.
Sendo assim, a abertura frente às novas estratégias educacionais passou a
ser consideradas, evidenciando o trabalho em equipe, os projetos de
interdisciplinaridade, a busca de novas ações que pudessem contribuir
efetivamente para a formação dos alunos.
Por isso, evidencia-se nos dias atuais, a mudança de postura dos
orientadores e supervisores, através de suas atribuições que vislumbram a
ampliação das capacidades, habilidades e potencialidades dos alunos,
configurando em dois segmentos diferenciados, mas com objetivos claros que
visam à melhoria da qualidade do ensino.
A Supervisão Escolar e a Orientação Educacional são, na atualidade, dois
segmentos em que a escola se responsabiliza pela articulação das ações
pedagógicas, na busca da construção e execução do planejamento escolar, do
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cumprimento da grade curricular, buscando a adequação da aprendizagem às


demandas sociais da comunidade local.
Essa articulação precisa ser de forma coletiva entre os futuros supervisores
escolar e os orientadores educacionais, é fato que, os pedagogos, precisam
integrar o trabalho desenvolvido na busca de unidade escolar, para que todos os
envolvidos na comunidade escolar se desenvolvam e possam participar do
desenvolvimento geral da instituição e de sua clientela, sempre associado à teoria
com a prática.

2.2 Supervisão no meio pedagógico

A função da supervisão no contexto escolar é apresentada sob a ótica de


adequação e melhorias no processo de ensino e aprendizagem, favorecendo a
compreensão dos conhecimentos por parte dos alunos e auxiliando os
professores em suas dificuldades frente à construção de planejamentos que
possam ser efetivados no decorrer do ano letivo, promovendo a ampliação da
aprendizagem dos alunos nas diferentes fases do processo de ensino e
aprendizagem.
O supervisor escolar tem sua função centrada na ação pedagógica,
processos de ensino e aprendizagem. Entende - se que o papel do
supervisor escolar é muito importante, junto ao corpo docente e discente
e toda equipe técnica escolar; não apenas para a solução de problemas,
mas também que o mesmo desenvolva trabalhos relacionados à
prevenção da indisciplina na escola (MENEZES, 2010, p. 01).

A indisciplina apresenta-se como sendo um dos fatores de maior


dificuldade de serem resolvidos no ambiente escolar. Os alunos apresentam
diferentes vivências, as quais necessitam ser observadas pelos professores para
que os mesmos possam através de suas experiências e conhecimentos,
promoverem a construção de estratégias que favoreçam o despertar desses
alunos para a aprendizagem.
Nesse sentido, a contribuição do supervisor pedagógico é considerada
fundamental, não apenas por buscar junto com os professores alternativas para
sanar ou reduzir os índices de indisciplinas apresentados pelos alunos, mas para
mediar o diálogo entre professores e pais em busca de novas alternativas que
motivem as crianças para as aprendizagens que lhes são necessárias.
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De acordo com Menezes (2010) as funções relacionadas as atividades


desenvolvidas pelo supervisor pedagógicos podem contribuir significativamente
para a melhoria do ambiente escolar favorecendo a aprendizagem dos alunos.
Nesse sentido, Menezes (2010, p. 01) apresenta algumas atribuições e
sugestões essenciais para a atuação efetiva do supervisor escolar, entre elas
destacam-se:
1. Socializar o saber docente (troca de experiências): Promover encontros
semestrais, para divulgação das ações pedagógicas desenvolvidas pelo professor
em cada semestre (experiências individuais que obtiveram êxito). O supervisor
planeja esse momento com convite-roteiro de apresentação, onde todos deveram
ser informados no início do ano letivo. Os trabalhos apresentados poderão ser
premiados de acordo com sugestões do corpo técnico.
2. Discutir permanentemente o aproveitamento escolar e a prática docente:
Realização de reuniões mensais para discutir as dificuldades em sala de aula,
procurando promover ações que viabilizem a recuperação dos alunos que estão
com dificuldades na aprendizagem. O supervisor confecciona uma ficha de
acompanhamento individual do aluno, onde os professores deverão á cada mês
analisar e preencher quadro de estatística de desenvolvimento e evolução.
3. Assessorar individualmente e coletivamente o corpo docente no trabalho
pedagógico interdisciplinar: O supervisor deve manter contato individual com cada
professor, onde cada um preenche uma ficha com suas dificuldades, ansiedades
e necessidades; e coletivamente a construção de projeto interdisciplinar.
4. Coordenar e participar dos conselhos de classe: Promove reuniões bimestrais
para avaliação do desempenho de aprendizagem dos alunos. Elabora uma lista
de ações para solucionar dificuldades.
5. Planejar e acompanhar o currículo escolar: Realiza o planejamento dos planos
de aula e de curso, a cada quinze dias, com apoio do supervisor.
Nesse sentido, pode ser percebido que as atribuições do supervisor escolar
podem ser efetivadas de maneira integral no ambiente educacional, promovendo
o trabalho em conjunto com os professores, admitindo a construção de novas
estratégias para o alcance do objetivo principal da educação, o qual se faz no
desenvolvimento integral dos alunos tendo como base as suas vivências,
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experiências e construção de novos conhecimentos que os habilitam a atuar


efetivamente na sociedade e no mercado de trabalho.
É fato que, essa troca de informações e experiências entre supervisores e
professores deve ser contínua, ocasionando momentos de reflexão das
estratégias implementadas, voltando-se para a formação de novos conceitos que
possam ser incorporados à dinâmica da instituição escolar, possibilitando aos
alunos, novas oportunidades de aprendizagem.
Portanto, pode ser percebida que a atuação do supervisor no ambiente
escolar é considerada favorável como apoio e orientação aos professores, bem
como na busca de novas estratégias que contribuam para o desenvolvimento de
uma educação integral e de qualidade que propiciem aos alunos a ampliação de
suas visões sobre o mundo, a sociedade e suas próprias capacidades.

2.3 O orientador escolar como um auxílio na educação

O espaço escolar é caracterizado pelas diferentes experiências e vivências


que são favoráveis a aprendizagem, desencadeando a análise das diferentes
possibilidades de construção de conhecimentos que é fundamental para a
construção de novas aprendizagens.
Nesse sentido, salienta-se que o papel do orientador escolar no processo
de ensino e aprendizagem é favorável para o desenvolvimento das possibilidades
de ampliação das habilidades e capacidades dos alunos, apresentando uma nova
postura para o desenvolvimento das propostas educacionais.

O orientador escolar era visto como o responsável por encaminhar os


estudantes considerados "problema" a psicólogos, nos dias atuais o
orientador educacional ganhou uma nova função, perdeu o antigo rótulo
de delegado e hoje trabalha para intermediar os conflitos escolares e
ajudar os professores a lidar com as dificuldade dos alunos na
aprendizagem (ALMEIDA, 2012, p.01).

A mudança da postura de orientação realizada pelo orientador educacional


promove a adequação das atividades desenvolvidas em sala de aula, propiciando
a construção de estratégias que culminem na melhoria do planejamento das
atividades a serem realizadas para a construção da bagagem intelectual dos
alunos.
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“O trabalho do professor orientador educacional é imprescindível na


formação continuada em exercício, pois torna o profissional um dinamizador da
mesma formação continuada em exercício, e também de sua equipe de
educadores estimulando-os a próprias funções” (ARRUDA & ARRUDA, 2009, p.
03).
Através da atuação do pedagogo, apresenta-se a possibilidade de
cumprimento dos decretos relacionados à funcionalidade das instituições
escolares, promovendo a adequação de sua estrutura organizacional relacionada
a vida educacional dos alunos, promovendo através do trabalho em conjunto,
ações que favorecem a ampliação dos conhecimentos dos mesmos,
proporcionando-lhes novos desafios para a construção de novas ideias e
conceitos.
A orientação escolar nesse intuito fornece a todos os envolvidos no
ambiente escolar a segurança para o desempenho de suas funções, sejam os
professores no ministrar suas aulas, sejam na possibilidade dos alunos de
questionarem, de buscarem orientações sobre suas dúvidas e questionamentos
frente as suas dificuldades que os impossibilita de continuar a sua caminhada
frente às diferentes fases do processo educacional.
Dessa forma, é fato que, a necessidade de se refletir sobre a importância
da orientação escolar desencadeia a abertura de discussões sobre o trabalho em
equipe que se faz fundamental para que juntos, profissionais de diferentes setores
da educação, bem como a comunidade, possam desenvolver estratégias que
ofertem aos alunos em formação, novas possibilidades de ampliarem os seus
conhecimentos frente às transformações contínuas sociais.

2.4 Trabalho dos supervisores e orientadores na busca da eficiência

Sobre o papel dos supervisores e orientadores, Urbanetz e Silva (2008)


afirmam que eles precisam desenvolver competências como: assumir o processo
de ensino enquanto mediação pedagógica, superar o discurso pedagógico do
falar para o entender, conhecer e utilizar estratégias de ensinar a pensar no
sentido de formação humana, buscar a compreensão crítica dos conteúdos como
saberes históricos, promover a interação humana entre todos os envolvidos no
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processo educativo de forma coletiva, investir permanentemente na atualização


científica, pedagógica e cultural dos membros da escola na sua formação, incluir
a perspectiva afetiva no exercício profissional, considerarem a ética no trabalho
escolar, estar atento às novas tecnologias de comunicação e informação
buscando seu emprego em função de melhorias na prática pedagógica.
Os supervisores e orientadores escolares devem ser exímios agentes de
integração, de agilizadores de ações, de trabalhos que motivem as diferentes
equipes escolares em busca de uma melhor identidade da escola, e, por
conseguinte, de um melhor e mais consistente trabalho pedagógico e social.
Estas diretrizes estão inseridas no contexto da LDB 9.394/96 que entre outros
fatores, visa criar na escola um espaço para um intercâmbio de experiências e
encontro de várias práticas docentes, possibilitando a busca de novas estratégias
ou alternativas coerentes com um novo caminhar.
Dessa forma, muitos são os atributos do supervisor escolar e do orientador
educacional. Além desses atributos, ainda precisamos entender que cada
realidade apresenta características próprias, onde cada caso é um caso diferente
e, nessas condições, precisamos atuar tomando decisões e planejar ações
eficientes e eficazes (Saviani, 2002, p. 14) afirma que “se entende a supervisão e
a orientação como a ação de velar sobre alguma coisa ou sobre alguém a fim de
assegurar a regularidade de seu funcionamento ou de seu comportamento”.
O Pedagogo (supervisor e orientador) assim precisa ser observador da
realidade escolar ressignificando nosso trabalho através da pesquisa do cotidiano
da comunidade onde a escola está inserida para que possamos realizar um trabalho de
qualidade.
[...] é indispensável à ação de um profissional que, além de possuir
competência teórica, técnica humana, política, disponha de tempo
necessário para tornar possível a relação entre vivencias dos alunos fora
da escola e o trabalho do ensinar e aprender na escola. Esse profissional
é o pedagogo, que define sua função pedagógica quando contribui para
a melhoria do processo de ensinar e aprender por meio de ações que
articulam as demandas dos professores com os conteúdos e as
disciplinas. (MEDINA, 2002, p. 51).

Dessa forma, o supervisor escolar e o orientador educacional, no contexto


atual, precisam juntos verificar, analisar e buscar novas propostas de
ressignificação do papel da escola, objetivando, através das ações pedagógicas,
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reflexos positivos na qualidade de ensino ofertada pela instituição de forma


coletiva e democrática. Ferreira (2001 apud RANGEL, 2002) alerta que:

O trabalho dos profissionais da educação – em especial da supervisão


educacional – é traduzir o novo processo pedagógico em curso na
sociedade mundial, elucidar a quem ele serve explicitar suas
contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover
necessárias articulações para construir alternativas que ponham a
educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente
democráticas. (FERREIRA, 2001 apud RANGEL, 2002, p.09).

Para que nos supervisores escolar e o orientadores educacionais


desenvolvemos o trabalho da forma descrita por Ferreira, é necessário que nós
profissionais façamos constantemente atualizações, não apenas conteúdos
específicos de nossa área, mas em conjunto, e divulguemos os resultados obtidos
de nossa pesquisa junto aos professores, expondo nossas posições e pontos de
vistas, colhendo do grupo outras informações e sugestões que nos possam
auxiliar no desenvolvimento das ações pedagógica junto aos professores e
alunos, visando à integração entre todos os segmentos escolares.
Devemos ainda refletir sobre a didática e metodologia de sala de aula,
estudando e usando os conhecimentos teóricos com o objetivo de fundamentar o
fazer docente na prática. Para isso, nos profissionais precisamos apresentar as
seguintes características: auxiliador, orientador, dinâmico, acessível, eficiente,
capaz, produtivo, apoiador, inovador, integrador, cooperativo, facilitador, criativo,
interessado, colaborador, seguro, incentivador, atencioso, atualizado, com
conhecimento e amigo (SANTOS, 2004). Além dessas características, (MEDINA,
2002, p. 102) afirma que o trabalho do Supervisor escolar e do orientador
educacional:
[...] é uma atuação de grupo que acontece com os professores e demais
setores da escola, especialmente o de Orientação Educacional (SOE).
Por ser grupal, o trabalho exige o exercício constante do pensar, do
descobrir e do saber o modo de avançar nas ações e também o de
recuar. Esse trabalho requer estudo, dedicação e se constrói no fazer
diário da escola (por isso, nunca se sabe como fazê-lo, ‘não tem
receita’), o que permite olhá-lo de diversas maneiras (lados). Em suma,
caracteriza-se como um trabalho administrativo-burocrático que
transcende o conhecimento puro e simples da sala de aula (só o
conhecimento docente não é suficiente para ser supervisor) (NEDUBAM
2002, p, 102).
16

Os atos pedagógicos e os atos administrativos de uma escola estão


estreitamente ligados, uma vez que o diretor está exercendo funções
administrativas em virtude das ações pedagógicas, pois o objetivo principal da
escola é o ensino e a aprendizagem. Raphael (2003) afirma que:

É necessário ponderar que, para atender às necessidades da escola, o


supervisor não pode abandonar, em momento algum, sua intenção
pedagógica, que está ligada ao instrumental para a construção do
conhecimento, essência da escola. Este pedagógico, entretanto, está
diretamente associado, pode-se até dizer dependente de uma
organização do ensino, algo de caráter tipicamente administrativo. Para
cumprir o caráter pedagógico de sua função, creio que o supervisor
necessita de um vasto conhecimento da Administração Escolar, no
sentido de dominar critérios de organização da instituição escolar, para
garantir seu bom funcionamento pedagógico (RAPHAEL, 2003, p. 20).

Essa é a concepção de instituição escolar que se faz necessária para


atender as demandas atuais de educação. Uma instituição que seja capaz de
desenvolver a criatividade, estabelecendo relações entre teoria e prática.
Sendo importante destacar que, segundo Urbanetz e Silva (2008), por mais
que a figura do pedagogo tenha surgido de um decreto, foi à realidade que
acabou por criar nos profissionais, ou seja, diante disso está e a necessidade de
articulação permanente do trabalho nosso com a realidade, pois a mesma vai se
transformando pela ação humana e essa transformação aparece também nas
atividades profissionais.
17

3 Conclusão

Com tudo o que foi levantado nesse trabalho pôde conclui que o trabalho
do supervisor escolar e do orientador educacional surgiu da necessidade da
sociedade durante a história da formação dos profissionais da educação, que teve
inicio com a educação jesuítica e perpetua até os dias de hoje.
Dessa forma, assim como na indústria, encontrar a pessoa certa para o
trabalho certo foi o eixo chefe nessa fragmentação. Importante se faz entender
que o trabalho não pode se manifestar, nos dias atuais, de forma fragmentada, ou
seja, nos como supervisores escolares devemos envolver apenas com os
professores e o orientador educacional, apenas com os alunos. Hoje, diante da
escola necessária para atender as demandas educacionais e sociais vigentes, o
trabalho precisa acontecer de forma integrada, não apenas entre os dois
profissionais, mas sim, em conjunto com todos os segmentos da escola,
principalmente com o diretor, professores e alunos.
Portanto, após a realização do estudo visando analisar a importância do
trabalho no qual o supervisor e orientador escolar exerce no ambiente escolar,
oportunizou a conclusão de que, trata-se de uma ferramenta essencial para o
sucesso do ambiente escolar, a sua formação dos conhecimentos orientados,
aprendidos e aplicados de maneira natural, salientando que, através da ética
possibilita assim melhor a absorção da compreensão dos conhecimentos
propostos pelos supervisores e orientadores.

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