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FACULDADE DE LETRAS
BELÉM
2019
EMANUELLE RODRIGUES
JORGE LUIS NUNES
MARLLA CRUZ
BELÉM
2019
1. Introdução
2. Justificativa
3. Objetivos
O projeto de ensino com base no gênero conto se dará por meio de uma
sequência didática com duração de 07 encontros, obtendo uma carga horária
total de 14horas/ aulas. Será ministrado em uma turma do 9º ano. Cada
“encontro” terá um total de 02 horas/aula. Mediante a execução de uma
primeira atividade, chamada por Dolz, Noverraz &Schneuwly (2004) de
avaliação diagnóstica. Por meio desta, serão detectados os pontos que
necessitam de maior atenção por partes dos professores, compondo assim, os
passos da sequencia didática.
5. Recursos
Recursos humanos:
Professores, alunos.
Recursos materiais:
Plano de Aula 1
VII. Bibliografia:
ATAIDE, Vicente. A narrativa de ficção. 2. ed. rev. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1973. p. 13.
ACHCAR, Francisco. Machado de Assis: Contos. [S.l]: CERED, 1993. 158 p.
BRASIL. Ministério de Educação. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais. 1º e 2º ciclos: Língua Portuguesa.
Brasília: MEC/SEF, 1997.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO
JÚNIOR, José Hamilton. Língua Portuguesa: linguagem e interação. São
Paulo: Ática, 2010. p. 376.
DINIZ, Fabian. Uma noite de natal. Recanto das Letras, 2007.
Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/contos-de-
natal/733779>. Acesso em: 24 nov. 2019.
Plano de aula 2
VI. Avaliação:
- Atividades: Em grupo, leitura e socialização de um conto ficcional.
- Critérios a serem observados na atividade:
Observar se há compreensão prévia dos alunos a respeito da estruturação da
narrativa do conto por meio da socialização do conto.
Questionados sobre comparação entre os contos, verificar se houve
aprendizado dos conceitos-chave a respeito da estrutura da narrativa.
VII. Bibliografia:
ATAIDE, Vicente.A narrativa de ficção. 2. ed. rev. São Paulo: McGraw-
Hill do Brasil, 1973. p. 13.
ACHCAR, Francisco. Machado de Assis: Contos. [S.l]: CERED, 1993. 158 p.
ASSIS, Machado de. Várias Histórias. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000256.pdf>. Acesso em:
18 nov. 2019.
POE, Edgar Allan. O Gato Preto. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/soft-
livre-edu/vaniacarraro/files/2013/04/o_gato_preto-allan_poe.pdf>. Acesso em:
24 nov. 2019.
Plano de Aula 3
Turma:901
Período:Vespertino
Data: 6/12
I. Tema:
- Elementos da Narrativa
II. Objetivos:
III. Conteúdo:
- Elementos da Narrativa.
VI. Avaliação:
VII. Bibliografia:
Havia um rei que tinha uma bonita barba de ouro. Um dia ele foi chamado ao quarto
da rainha para ver a criança que acabava de nascer. Mas o Barba de Ouro era
encantado e mau. Assim que viu o lindo menino, comeu-o à vista de todos. A rainha,
quando esperava outra criança, combinou com a comadre para enganarem o rei.
Arranjaram um coelhinho.
Havia um rei que tinha uma bonita barba de ouro. Um dia ele foi chamado ao quarto
da rainha para ver a criança que acabava de nascer. Mas o Barba de Ouro era
encantado e mau. Assim que viu o lindo menino, comeu-o à vista de todos. A rainha,
quando esperava outra criança, combinou com a comadre para enganarem o rei.
Arranjaram um coelhinho.
Chamaram o Barba de Ouro e apresentaram-lhe o filho. Mas era o coelho. O rei
comeu o coelhinho e gostou. A comadre levou a criança, que era uma menina, para
ser criada por uns camponeses num reino vizinho.
A menina foi crescendo, crescendo. Os pais adoptivos eram pobres, não sabiam o que
fazer com ela. Até que chegou a idade de casar. Então mataram uma ovelha, tiraram-
lhe a pele e vestiram com ela a menina, que ficou que nem um bicho. A madrinha, que
era uma fada, pôs-lhe no dedo um anel ao qual podia pedir o que precisasse. E
despediram-se da moça, dizendo-lhe que fosse com Deus, pelo mundo. Empurraram-
na da janela e ela foi levada pelo vento até cair na floresta.
De repente ouviu cornetas e latidos de cães. O rei estava à caça. E então apareceram
os caçadores e já levavam a arma à cara, quando o rei ordenou:
- Não atirem!
O rei era moço e curioso. Achou esquisito aquele bicho que falava como gente. Levou-
o para a cozinha do palácio e pôs-lhe o nome de Carantonha.
A Carantonha assistia às festas de longe. Uma ocasião ouviu contar, na cozinha, que
o rei ia dar um baile, para escolher a sua noiva. Em todo o reino, era um reboliço fora
do costume e costureiras e alfaiates não tinham mãos a medir. Todas as moças
casadoiras queriam ser princesas. O rei gostava de Carantonha, que lhe prestava
bons serviços e era muito humilde.
Carantonha segurava a bacia de prata para o rei lavar as mãos e perguntou: – Vossa
majestade deixa-me ir à festa?
- Tu, Carantonha? O rei borrifou o rosto dela, brincando. Carantonha saiu a chorar
para o seu cantinho da cozinha. Só então é que se lembrou do anel. Esfregou-o e
disse: - Anel, pelo poder que te deu a minha fada madrinha, arranja-me um vestido cor
de mar e uns sapatos muito bonitos!
Imediatamente Carantonha viu-se transformada numa bela princesa e foi para o salão
de baile sem que ninguém percebesse.
O rei quando a viu não quis dançar com mais ninguém. Perguntou-lhe donde era e ela
respondeu:
- Eu sou da terra dos borrifos de água. Depois saiu do salão, chegou à cozinha e
vestiu de novo a pele de ovelha.
No outro dia se não falava de outra coisa: a nova princesa que aparecera e ninguém
sabia de que reino era.
O rei mandou a polícia vigiar todas as ruas da cidade. Nada! Então lembrou-se de
Carantonha. A bela princesa só podia ser ela.
Foi ter à cozinha do palácio e lá estava, com a pele de ovelha. Só então reparou que
tinha o mesmo rosto belo da princesa com quem dançou. O rei decidiu desposá-la.
Apresentou a noiva aos cortesãos e convidados e foi marcado o dia das bodas.
À hora do banquete, a nova rainha, como era costume, contou uma história. A história
dela, a sua infância escondida, a caçada real, a madrinha boa fada. O Barba de Ouro
e a rainha-mãe tinham falecido. Os pais adotivos vieram morar no palácio. Parece que
ainda existem!
Plano de Aula 4
Turma:901
Período:Vespertino
I. Tema:
II. Objetivos:
III. Conteúdo:
VI. Avaliação:
VII. Bibliografia:
ANZANELLO, João. Pontos de vistas. São Paulo: Revista Nova Escola [s.a], ed. 165.
Pontos de Vista
João
Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro deAnzanello
Português quando estourou
a discussão.
— Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma
Vírgula, é preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro eu.
— Então, que nos usem direito! — disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Eunice Weaver
Professores: Emanuelle Rodrigues; Jorge Luis da Paixão; Marlla Cruz; Rosemeiri
Lima;
Aluno:
Turma 901 Turno: Data: 09/12
Exercício
1) Com base no que foi ensinado em sala, crie frases em forma de pequenas histórias
utilizando as seguintes pontuações:
a) Travessão:
b) Vírgula:
c) Ponto seguido:
d) Ponto final:
Plano de Aula nº 05
Turma:901
Período:Vespertino
II. Objetivos:
VI. Avaliação:
VII. Bibliografia:
“Existe um destino” ela me falava “um destino manifesto para cada um de nós.”
Era assim que minha tia tratava a vida. “Tudo que aconteceu ou acontecerá
está destinado e quanto mais vivemos, mais alcançamos este destino, um
destino a grandes coisas. Este é o destino manifesto” ela explicava.
Descobri mais tarde na vida que essa percepção era uma filosofia de vida
baseada na cultura estadunidense, minha tia trouxe essa filosofia com ela
quando voltou dos Estados Unidos para me criar. Única filha do segundo
casamento de minha avó, minha tia criou-me desde pequena. Quando tinha 5
anos perdi meus pais em um acidente de carro e não lembro muito bem deles
antes disso. Na verdade, a única recordação que tenho é de minha mãe, filha
do primeiro casamento de minha avó e a mais velha das duas, cantando
enquanto me embalava em seu colo, era uma música melodiosa que sempre
fazia-me cair no sono rapidamente. As outras memórias com meus pais são
confusas e parecem um sono distante, mas essa...essa memória é clara e
límpida como água de um lago não descoberto.
Minha tia, Amélia, disse-me que meu pai perdeu o controle do carro ao ser
surpreendido por um cavalo invadindo a estrada. Todos estávamos sem cinto
mas eu sobrevivi. Minha mãe e pai não tiveram a mesma sorte. Amélia, como
disse, não vivia no Brasil, mas mudou-se tão logo soube o que tivera
acontecido. Ela soubera tudo pela polícia.
Ela mudou-se para minha casa para dar o máximo de normalidade possível
depois daquela tragédia. Não foi fácil, nem pra ela muito menos para mim,
afinal, eu não quis admiti-la na mesma casa de meus pais, logo a tia distante,
viera pra resignificar o ambiente das minhas poucas e, as vezes, confusas
memórias. Aceitá-la, para mim, naquele período, era como admitir a morte
deles. Para ela, estar ali, com a sobrinha que pouco conhecia significava largar
todo um mundo para trás, mas ela aparentava não importar-se por estar de
volta, naquela casa comigo. E eu, internamente, e principalmente após o
período de luto, agradecia ela por estar ali, mas ao mesmo tempo, relutava em
aceitá-la.
Por isso, dos cinco aos sete anos, eu e Amélia não nos comunicávamos muito
bem. Ela tentava, tenho de admitir, nos dias que eu chorava até dormir, ela
acordava-me com um café na cama e o sorriso mais receptivo que já tinha
visto. Apesar das tentativas sentia-me relutante, pois ao mesmo tempo que
estava agradecida, não queria vê-la ali, não na casa de meus pais, cuidando de
mim como se fosse minha mãe. Pensava que, se pudesse escolher, eu
preferiria nunca tê-la conhecido se isso significasse não perder meus pais.
Sentia que se esse sentimento amenizasse estaria traindo meus pais, por isso
relutava em gostar dela.
Mas um dia, quando a casa estava silenciosa e eu achava que estava sozinha,
pois ela estaria trabalhando, ouvi um barulho, eram mais de meia-noite, mas
decidi averiguar o que era. Desci as escadas, devagar, tentando não fazer
barulho e vi a luz da cozinha ligada. Sentada à mesa, de frente para a escada,
Amélia, encontrava-se cabisbaixa e triste, olhando fixamente para uma foto. Os
músculos de seu rosto contraiam-se tentando em vão segurar as lágrimas que
caiam como uma cachoeira do seu rosto, molhando a mesa de madeira. Ela
não deu por mim descendo as escadas, rodeei-a para observar a foto que ela
estava segurando. Fiz barulho e ela percebeu minha presença.
- Beatriz!? O que está fazendo aqui a essa hora, minha criança? – Disse ela
enxugando as lágrimas do rosto triste.
Ela costumava tratar-me como criança e, lembro, de não gostar disso apesar
de ter somente 7 anos.Naquela época, já considerava-me uma mocinha. Mas
naquele momento consegui perceber, quando ela olhou para mim, que ela
havia chorado por muito tempo. Eu disse:
- Ora, você é muito corajosa, minha criança. Venha aqui deixa eu te mostrar
uma coisa.
Aproximei-me, Amélia era uma mulher forte de corpo. Carregou-me até seu
colo então pude ver a foto, eram meus pais com uma criança ao colo, um
recém-nascido. Os dois sorriam, meu pai com um sorriso largo e afetuoso e
minha mãe com o bebê ao colo, também sorrindo, mas de um jeito mais
encantador que meu pai. Ela estava resplandeceste. O bebê estava calmo,
dormindo.
- Verdade! Sua mãe estava tão feliz, falou que você era seu pequeno milagre –
ela disse e continuou – você sabe por que seu nome é Beatriz?
- Não. – Respondi.
- Ela escolheu especialmente para você, significa “aquela que traz felicidade”. –
ela disse – e veja nesta foto como estão todos felizes, acho que ela acertou no
nome. Não?
Continuei olhando a foto calada, pensando nos meus pais. Senti os olhos
marejados, foi quando senti as lágrimas de Amélia caírem ao meu braço. Olhei
para ela, ela me olhou, Olhamo-nos.
- Eles eram pessoas incríveis. Sei que deve ser difícil pra você, minha querida,
perder seus pais assim. Mas eu vou fazer o meu melhor pra te criar como eles
gostariam e porque te amo do fundo do meu coração. É o destino.
Acostumei-me a pensar assim por muito tempo, que a grandeza fazia parte e
era destinada a mim, apesar disso incomodar-me sem saber o porquê. Claro,
quando você é criança não entende o peso dessas palavras e nem o que elas
significavam, só que aparentavam serem boas, esse “destino manifesto”.
O que me despertou aos treze anos, foi descobrir exatamente o que significava
“destino manifesto” e sua relação com os EUA, e para mim não era concebível
aceitar uma visão de mundo que dizia que tudo acontecia por uma razão e que
a minha grandiosidade passava pela morte dos meus pais. Então meus pais
tiveram que morrer para eu tivesse esse ótimo destino? Essa percepção
transformava a tragédia de meus pais em uma espécie de “preço” que tive que
pagar pra chegar a algum lugar. Com o tempo questionei essas percepções de
tia Amélia e adquiri a minha própria.
Era libertador pensar a minha própria vida sendo definida por mim e não por
uma “teia” de caminhos já preparados que eu só teria de conquistar. Pensar
essa nova filosofia de vida transformava a morte dos meus pais de um “preço a
ser pago” a simplesmente uma tragédia.
Depois disso, tia Amélia e eu debatíamos cada vez mais nossas visões de
mundo. As vezes eram insuportáveis nossas discussões, chegávamos a ficar
sem falar uma com a outra por alguns dias. As vezes não tinha
necessariamente haver com suas percepções de vida, as vezes nossas brigas
eram banais, sobre namorados, romance, enfim aquele conflito de gerações
que existe e, talvez, existirá até o final dos tempos. Claro, houveram também
momentos bons entre nós e foi por causa deles que aprendemos a ter, apesar
de tudo, afeto uma pela outra.
Hoje, no dia de sua morte, posso dizer que, ao longo de minha vida, fui
ensinada por ela a amar, perdoar, me reerguer, adquirir minha própria visão de
mundo, isso tudo ela me ensinou diretamente ou indiretamente. Mas, durante
sua velhice, minha tia Amélia me disse as seguintes palavras que ressoam em
mim, principalmente neste dia. Ela disse “Beatriz, o que vivemos, tudo o que
aprendemos uma com a outra fez-me perceber que nosso destino nós
construímos, nós temos a grandeza mas precisamos construí-la em nós
mesmos. E você me ensinou isso. Obrigado, minha filha.”
Lembro de ter chorado de emoção nesse dia. Hoje percebo que não era só ela
que aprendia comigo mas que eu me construía através dos exemplos dela.
Tanto sobre o que ser mas também sobre o que não ser.
Exercício
Turma:901
Período:Vespertino
I. Tema:
- Produção textual
II. Objetivos:
VII. Bibliografia:
Turma:901
Período:Vespertino
II. Objetivos:
Traremos para a aula as produções finais dos alunos para que possam ler
e se auto avaliarem.
Cada aluno irá falar um pouco sobre o enredo de seu conto. Proporemos
que alguns alunos façam a leitura de seu conto para a turma.
VI. Avaliação:
VII. Bibliografia
8. Referências bibliográficas
ANZANELLO, João. Pontos de vistas. São Paulo: Revista Nova Escola [s.a],
ed. 165.