Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUPERVISÃO ESCOLAR
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
Fonte: www.portal.varzeapaulista.sp.gov.br/governo/unidades-gestoras-municipais/educacao.
e que envolva o fazer individual e o coletivo, dando ainda mais importância à função
do supervisor escolar.
Outro ponto importante é o significado específico que o termo "supervisão"
adquire nos diferentes sistemas de ensino. No estado de São Paulo a expressão
esteve sempre relacionada ao cargo de "supervisor", alocado nas delegacias de
ensino (Lei Complementar nº836, dezembro 1977). Nos demais estados, não existe o
cargo, mas a função. Esse profissional fica na escola e realização a "supervisão
pedagógica", junto aos professores, recebendo nome de coordenador, orientados,
assistente pedagógico ou equivalente. Essa distinção torna-se importante, visto que
decorrem algumas dificuldades de entendimento de muitas críticas feitas ao trabalho
do "supervisor", para pessoas não familiarizadas com o sistema paulista de ensino
(FERREIRA, 2010). A profissão de Supervisor Escolar ou Supervisor Educacional
sempre foi carregado de indefinições, embora este profissional contribua
decisivamente para o êxito das práticas educativas no contexto escolar.
O que é traçado pelo PL já tem sido feito há muito pelos profissionais que
desempenham essa função nas escolas. Alguns municípios, como Osório, no Rio
Grande do Sul, sequer realizam concurso público para essa área, tendo em vista a
ausência legal de regulamentação.
Nesse viés, o supervisor escolar tem como objetivo aperfeiçoar o fazer dos
educadores que atuam no espaço escolar, identificando suas potencialidades, sua
personalidade, suas qualidades, a fim de que cada um contribua para um
planejamento pedagógico a partir dentro daquilo que melhor sabe fazer. Essa
identificação exige do supervisor escolar uma atualização constante, bem como uma
avaliação do seu desempenho profissional.
Com isso, é muito importante que esse profissional tenha comprometimento
com a práxis educativa, que entenda o meio em que a escola está inserida,
provocando, assim, nos educadores, especialmente, o interesse em aliar os
conteúdos programáticos à realidade dos estudantes, fazendo com que os
professores compreendam que:
como uma alternativa a essa crise. É o ato de antever o futuro, reduzir riscos, ou seja,
é o planejamento de ações em si. O planejamento é a base para poder de agir e assim,
maiores são as condições de intervir no futuro.
O planejamento é uma das mais importantes ferramentas de comunicação e
articulação de interesses. Existem diferentes formas de fazer um planejamento. As
principais são: diagnóstico (estudo da realidade); análise de riscos/viabilidades; plano
(narração escrita aliada ao orçamento para execução das ações); proposta ou carta-
consulta; plano de ação; planos e relatórios de monitorias e relatório de avaliação.
Há a necessidade de fazer-se a gerência dos projetos de planejamento. A
elaboração de um conjunto de atividades delimitadas no tempo, com orçamento
específico, buscando gerar um produto ou um serviço inovador, fora da rotina é uma
ação essencial para o gerenciamento. O planejamento escolar vai além de tais
conceitos e requer conhecimentos específicos sobre a prática pedagógica.
O planejamento será decisivo na formação da identidade da escola, pois é ele
que definirá quais práticas pedagógicas a escola deverá seguir.
Aliar todos os sujeitos que interagem no espaço escolar é uma das tarefas do
supervisor escolar. Esse profissional deve, em decorrência da importância da função
que desempenha estar intimamente relacionado e participando do planejamento
escolar. É para sanar dúvidas e dificuldades, no cotidiano escolar, que o planejamento
é necessário. Para tanto, o supervisor deverá administrar seu tempo, a fim de cumprir
determinadas tarefas que são de sua responsabilidade, como: dar atenção à formação
continuada dos professores, planejar reuniões, envolver-se com a comunidade
escolar nos processos decisórios, dentre outras atribuições. Gandin e Gandin
explicam acerca da necessidade urgente de planejamento participativo.
10
11
Fonte: www.escolaeducacao.com.br/educacao
12
[...] à escola uma organização a partir dos sujeitos reais que nela ingressam,
e quão a leitura do mundo antecede e dá sentido ao mundo da palavra. Essa
antecedência é de cunho tanto cronológico quanto epistemológico, pois de
fato é a experiência do mundo que dá sentido à experiência da escola.
(NOGUEIRA, 2011, apud SOUZA, 2017, p. 491).
13
14
prazo. Leciona Parente Filho (2003, p. 63) que o planejamento <é entendido como
processo de mobilização dos meios para a realização de missão setorial ou
organizacional=.
Nesse sentido, planejar é adiantar uma atividade que será realizada e agir
conforme o que foi previsto. Planejar é transformar. É descontruir paradigmas,
reinventar o que já existe. Mais do que isso, é lutar pelo que é justo, pelo que é certo,
pelo que é de direito de todos. Freire (2003, p. 38) afirma que <o destino do homem
deve ser criar e transformar o mundo=. Conforme Vasconcellos relata;
O indivíduo epistêmico forma-se pela sua própria ação. Ele interage sobre o
meio objetivando alcançar suas necessidades. Essa atividade transforma o meio no
qual ele vive. Ao modificar esse meio, o sujeito é confrontado com as resistências do
meio. (BECKER, 2003, p. 35). Fullan e Hargreaves afirmam acerca da transformação
do professor:
Se modificar o professor envolve modificar a pessoa que é, precisamos saber
como as pessoas se modificam. Nenhum de nós é uma ilha; não nos
desenvolvemos em isolamento. Nosso desenvolvimento dá-se através de
nossas relações, em especial aquelas que estabelecemos com pessoas
importantes para nós. Essas pessoas agem como uma espécie de espelho
para nossos <eus= em desenvolvimento. Se em nossos locais de trabalho há
pessoas que são importantes para nós e estão entre aquelas por quem temos
consideração, eles terão uma enorme capacidade para positiva ou
negativamente, influenciar a espécie de pessoas e, por conseguinte, a
espécie de professores que nos tornamos. (FULLAN, 2003, apud SOUZA,
2017, p. 495).
15
Fonte: www.widgetserver.com
16
5 INSPEÇÃO ESCOLAR
Fonte: www.diarioescola.com.br/storytelling-na-educacao
17
autores, como Meneses (1977) defendem que <a inspeção sempre existiu e não
constitui novidade nem nas empresas e nem nas atividades sociais=.
Essa visão naturalizada da Inspeção neutraliza a possibilidade de pensar
outras possibilidades de práticas, principalmente educacionais, além de desconsiderar
a historicidade das produções sociais e, principalmente, impede que a função seja
questionada. Afinal, a escola nem sempre existiu, as hierarquias também não, assim
como os sistemas educacionais, a legislação e, consequentemente, a Inspeção. Em
vez de tentar achar uma definição em relação a essa função e a esse profissional, por
que não pensar sobre os modos que garantiram o seu surgimento, a sua produção e,
enfim, a sua institucionalização? As contribuições da Análise Institucional na
perspectiva dos franceses nos ajudam a refletir sobre o status de naturalidade das
instituições educacionais e questioná-las, servindo como possibilidade de alternativa
às cristalizações do campo educacional.
18
Fonte: www.epocanegocios.globo.com
20
21
22
6 INSPEÇÃO X SUPERVISÃO
[...] de forma bem diferente da que vinha ocorrendo até então, uma vez que
se tornara formal, mera fiscalização, surgindo a necessidade de uma ação
supervisora que, sem deixar de zelar pelos aspectos legais, estivesse voltada
para a dinamização do sistema de ensino, na busca de sua melhoria e de
maior produtividade no campo pedagógico (PEREIRA, 1981, apud PEREIRA,
2012, p. 22).
Fonte: www.educacional.com.br
24
25
26
Fonte: https://www.institutoine.com.br
A inspeção escolar tem, segundo De Grouwe (2006, p. 56), uma relação muito
forte com o Estado, o qual representa junto à sociedade. Por tais razões, é vista,
muitas vezes, como os olhos e a mão do Estado, junto às comunidades escolares. A
sua ação é, portanto, de controle, daí o seu caráter impopular. Os Inspetores
Escolares exercem as atividades relativas à vigilância, à avaliação externa, à
verificação das obrigações e procedimentos legais. As funções–base da inspeção
escolar são, segundo Meuret (2002, p 32): exercer o controle externo das escolas,
tanto no domínio pedagógico como no administrativo/financeiro, oferecer a orientação
e a sustentação/apoio às instituições escolares em suas ações educacionais e exercer
a intermediação entre as escolas e o sistema gestor, isto é, a ligação ou comunicação
bidirecional, no sentido de uma melhor articulação do sistema educacional.
A legitimidade da sua ação e o poder para executá-la emanam da natureza do
cargo e se fundamentam no paradigma de que há necessidade de controle da
atividade alheia, bem como do cumprimento da prescrição legal. A inspeção tem,
27
dessa forma, a incumbência e os meios legais de verificar a exatidão das ações, nos
domínios técnicos, administrativos e financeiros. A natureza da inspeção escolar é
vinculada à hierarquia, à disciplina, às normas e aos procedimentos prescritos. Dessa
forma, grande parte das suas atribuições se aproxima da conceituação que Weber
(1978, p. 146) faz do termo burocracia, associando-o aos princípios da racionalização,
ligados à eficiência e ao máximo rendimento, definindo a vigência da legitimidade
como o exercício da autoridade institucional.
28
30
31
Além das atribuições constantes da Lei nº. 7.109/77 (art. 13, inciso IV), da
Resolução CEE no 305/83 e da Resolução SEE nº. 7.149/93; compete igualmente ao
Inspetor Escolar:
32
Fonte: www.aupex.com.br
34
36
37
39
40
41
Fonte: www.nucleodoconhecimento.com.br
42
43
educacionais. Importa situar, desde já, a figura do Inspetor Escolar, como componente
indispensável da equipe de Gestão Escolar. Ao sistematizar os princípios da Inspeção
escolar em relação à integração, flexibilidade, participação e planejamento.
45
46
47
Para que uma escola seja bem-sucedida e cumpra a sua finalidade social, os
seus processos de gestão devem ocorrer de forma eficiente. A gestão escolar <[...] se
assenta sobre a mobilização dinâmica do elemento humano, sua energia e talento,
coletivamente organizado, voltado para a constituição de um ambiente escolar efetivo
na promoção de aprendizagem e formação dos alunos= (LÜCK, 2008, p. 27). Ou seja,
a gestão escolar deve propor ações direcionadas aos membros da comunidade
escolar, procurando promover a colaboração e a sinergia entre eles, valendo-se de
seus talentos, competências e habilidades específicas em prol da escola.
Fonte: www.centraldeinteligenciaacademica.br
Alunos;
Professores;
48
Famílias;
Funcionários da escola;
Gestores escolares;
Comunidade local;
Entidades sociais;
Governo.
Como você pode perceber, vários atores sociais se encontram articulados com
a escola para que ela exerça a sua finalidade educativa e realize as suas ações
pedagógicas diariamente. Pode-se dividir esses atores em dois grupos, considerando
os que atuam diretamente no ambiente interno escolar e os que integram o ambiente
externo, sem excluir, porém, as suas inter-relações. (DIAS, 2017)
No ambiente interno da escola, destacam-se:
disso, são parte importante das reuniões com professores, das atividades
comunitárias organizadas pela escola (como eventos, feiras e gincanas) e do
acompanhamento do rendimento escolar de seus filhos.
Você também deve considerar as entidades sociais existentes no bairro da
escola, que podem ser associações, fundações, organizações religiosas,
organizações não governamentais, enfim, organizações que atuam de forma
voluntária e que têm como foco o fomento a uma educação de qualidade ou a garantia
do direito à educação para todos. Por fim, há o governo, aqui entendido como os
órgãos do Ministério da Educação que regulam o funcionamento da escola em cada
ente federativo, sendo representados, no âmbito municipal, pela Secretaria Municipal
de Educação e pelo Conselho Municipal de Educação; na esfera estadual, pela
Secretaria Estadual de Educação e pelo Conselho Estadual de Educação. (HORA,
2006)
É importante que você perceba que todos esses atores sociais se encontram
conectados de forma complementar durante o processo educativo gerido na escola,
principalmente nos aspectos pedagógicos. Por exemplo: a escola recebe do Ministério
da Educação inúmeras incumbências que precisa pôr em prática, normalmente por
meio de políticas públicas educacionais. Para cumprir tais políticas, a escola deve
50
51
Fonte: www.jornadaedu.com.br
52
Como você pode constatar, para que uma instituição de ensino atinja os seus
objetivos, sendo reconhecida como uma referência, precisa ter uma gestão e
supervisão escolar eficaz. Tal gestão deve atuar de forma eficiente também na
dimensão da gestão de pessoas, uma vez que os atores sociais da escola são os
responsáveis por fazer com que os processos educativos sejam postos em prática no
cotidiano escolar. A gestão de pessoas na escola é a grande responsável pela
formação e pela qualificação dos grupos e equipes de trabalho.
53
que funcionam com a lógica de um time, que busca resultados coletivos e sinérgicos.
(ANDRADE, 2007)
Acompanhe, no Quadro 1, algumas características dos grupos e equipes.
realizar a sua gestão, necessariamente cria grupos de trabalho ao longo do ano letivo.
Os demais membros da comunidade escolar são alocados nesses grupos para
cumprir a finalidade específica deles.
Libâneo (2008, p. 103), ao referir-se ao conceito de equipe no âmbito das
organizações educacionais, define que:
Agora, você vai conhecer algumas das atribuições principais de cada um dos
membros da equipe gestora da escola: diretor, supervisor, coordenador pedagógico e
orientador educacional. Como você já viu, eles são os responsáveis pela formação e
pela aprendizagem dos estudantes. O diretor é o gestor que se incumbe do
cumprimento de todas as prerrogativas existentes nas legislações e políticas
educacionais. Para isso, deve ser um profundo conhecedor da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDBN, Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), da
Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), da Lei
Orgânica do município onde fica a escola, dos Conselhos Nacional, Estadual e
Municipal de Educação, do projeto político-pedagógico da escola, do regimento
escolar, etc.
Para atender aos objetivos que normatizam e estruturam a educação básica, o
diretor exerce liderança junto à sua equipe de trabalho, buscando o envolvimento e a
participação de todos. Os estilos de liderança, por sua vez, são variados. Cabe ao
diretor valer-se daquele que melhor se alinha com as atitudes de participação e
colaboração necessárias. Ao referir-se à importância da liderança exercida pelo diretor
para que se mobilize a equipe gestora da escola, Lück (2004, p. 32) reforça que:
55
Em uma prática escolar que abre espaço para uma relação de troca e parceria
com a família e a sociedade, que transcende a ideia de ensino depositário,
que entende que conteúdo não é fim último do processo de ensino-
aprendizagem, buscam-se profissionais engajados, pessoas prontas a
interagir com conhecimento, colegas de trabalho e clientela. Um grupo como
esse se constitui a partir da ação de um líder capaz de mobilizar a equipe,
que tenha credibilidade como implementador e seja inovador, visionário.
Longe de ser um super-herói, precisa, antes de mais nada, assumir seu papel
como aprendiz e investir em sua própria reciclagem.
56
Observando o Quadro 2, você pode notar que os estilos de liderança vão desde
o autocrático, mais autoritário e centralizador, passando pelo liberal, que transfere a
sua participação quase totalmente, e chegando ao democrático, apontado como
fundamento para a condução das escolas pela Constituição Federal. O líder
democrático, devido às suas características, é aquele que possibilita a participação, a
maior interação e as trocas entre a equipe gestora e os demais membros da
comunidade escolar.
O supervisor educacional, na atualidade, é o encarregado do assessoramento
da escola nas questões técnicas e administrativas relacionadas ao sistema
educacional como um todo. Ele fornece suporte aos gestores e professores nesses
aspectos, o que pode ser realizado de forma pontual ou por meio de formações
continuadas. Veja o que afirma Przybylski (1982, p. 16):
Supervisão escolar é o processo que tem por objetivo prestar ajuda técnica
no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades educacionais
em nível de sistema ou unidade escolar, tendo em vista o resultado das ações
pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento permanente do
pessoal envolvido na situação ensino-aprendizagem.
58
Fonte: www.canaldoensino.com.br
Aqui, você pode notar novamente a importância dos gestores escolares. Por
meio da sua liderança e da forma como conduzem os processos dentro da escola,
pode-se desenvolver uma cultura organizacional voltada para a reflexão cotidiana
sobre a prática e as suas possíveis melhorias. Esse processo reflexivo também deve
59
60
61
62
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
63
65
67
68