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INTRODUÇÃO ........................................................................... 4
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO........................................... 8
O CASO BRASILEIRO ............................................................ 14
A HISTÓRIA RECENTE .......................................................... 19
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. .............................. 26
DIRETAS, JÁ! E A UNIÃO DAS ESQUERDAS ..................... 35
O PERÍODO MILITAR DE 1964-1984 .................................... 47
ANTES DE 1964 ....................................................................... 58
OS PILARES ............................................................................. 64
CONCLUSÃO ........................................................................... 73
1
SOBRE O AUTOR
2
onde cursei História, e no final da década
iniciei um Mestrado de Ciência Política. Fui
colaborador por muitos anos de Olavo de
Carvalho escrevendo nos seus sites onde
me tornei conhecido pelos estudiosos que
há mais de 20 anos escrevem artigos sobre a
política brasileira, a educação, psicologia,
religião, entre outros assuntos. Carlos Reis
é o meu nome institucional e que nestes
anos todos foi autor de mais de 1.600
artigos que versam sobre o tema Brasil e o
mundo político. Esses artigos desde 2013
vieram ao lume no formato de vídeos no
YouTube onde conquistei muita simpatia e
reconhecimento com meus mais de 10.000
inscritos. Esse eBook é sobre as últimas
seis décadas da história política do Brasil.
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OS PILARES DA EDUCAÇÃO
CONVERTIDOS AO SOCIALISMO
INTRODUÇÃO
4
política que vinha se formando há trinta
anos parece estar dando lugar à outra forma
de pensar a política, de viver a política e de
viver a cidadania em um país democrático.
5
Do lado perdedor, do lado minoritário, além
da frustração impera um medo que se
manifesta por atos apaixonados de protesto
diante da nova realidade. A natureza, a
gênese, e a história desses atos passionais
serão exibidos nesse texto. Aqui o leitor
lerá como chegamos a esse estado de
coisas.
6
O Brasil já passou muitas vezes em sua
história por momentos críticos, teve
rupturas e traumas sócio-politicos, mas
desta vez há um elemento novo, qual seja, a
derrota de um plano socialista que almejava
levar o país ao paraíso utópico comunista.
O povo, usando da última arma que lhe
restou, o voto, obstou o plano de uma
ditadura coletivista que, já nos trazendo
pobreza econômica, e miséria ética e moral,
ameaçava a própria democracia e a nossa
liberdade.
DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO
8
Mas muito mal foi feito, muito dano foi
causado às mentes, especialmente às mentes
jovens. Diante do mal causado aos jovens,
os nossos filhos e filhas, netos, sobrinhos,
primos, o irmão e a irmã mais nova, ofereço
o Diagnóstico e proponho um Tratamento.
12
Lembrem-se, o Diagnóstico é político; o
Tratamento é individual.
13
educamos em nossa casa e nas nossas
escolas.
O CASO BRASILEIRO
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Freire dela não terão lembrança. Chamo a
esse fenômeno ausência de “escolaridade”.
Que não se confunda esse novo conceito
com a titulação ou formação conferida em
diploma. Aqui estou falando da escola
física, do prédio, dos professores, dos
companheiros e colegas, das cores da
escola, lembranças afetivas que levamos no
coração pelo resto das nossas vidas. Assim
nós pais fomos criados. Isso foi destruído
porque a escola para a educação socialista
serve a outro fim: o fim da “formação da
cidadania”, a grande falácia da social-
democracia socialista. Em uma mente
egoísta não parece haver lugar para o afeto.
18
dotado de direitos positivos que o estado, o
seu novo deus, lhe dará com generosidade.
A HISTÓRIA RECENTE
19
Como chegamos a esse estágio quase
terminal? Para isso temos que consultar a
História e seus elementos fácticos e
teóricos. Mas, cuidado, que história é essa?
Certamente não se repetirá aqui o erro da
historiografia marxista-leninista, e não se
recorrerá a interpretações falsas, distorcidas
e desfiguradas, próprias do modo mentiroso
socialista. A historiografia leninista aqui
não se lerá; tampouco serão ouvidas as
falsas testemunhas que venderam a verdade
no balcão corrupto dos interesses
inconfessáveis contidos no portfólio
socialista. Esse Autor desde já adianta o seu
repúdio a Comissões da Verdade, e mais,
adverte para o uso irresponsável dessa
20
palavra. A propósito disso, lembra-nos
Michael Oakeshott:
21
verdade, mas tampouco se amedrontará
diante das mentiras mil vezes repetidas. A
arma da novilíngua orwelliana, uma
armadilha semântica feita para enganar,
corromper, e controlar o cidadão será desde
agora tema central dessa apresentação.
24
dos destruidores do passado, das tradições e
da cultura dos povos.
25
A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988.
27
sentido ao Estado “Democrático” de
Direito. A ele voltarei.
35
na verdade) a lição de Gramsci usava a
informação disponível em cada país para,
através do seu domínio e monopólio,
disparar a seta envenenada do socialismo
que agiria lenta e insidiosamente no corpo
social. O socialismo triunfaria sem que as
pessoas sequer soubessem que ficaram
socialistas. Com exceção dos intelectuais
orgânicos, o tempo inteiro conscientes do
processo, a sociedade se transformava
seguindo a vontade do Partido-Classe. A
esses intelectuais (professores, jornalistas,
artistas, propagandistas, clérigos) se
somavam um exército de intelectuais
inorgânicos pouco ou nada informados do
trabalho que faziam, inadvertidos do que se
36
tratava, ou para quem ou qual objetivo
obravam.
40
Afinal, as eleições diretas não passaram,
prolongando-se o status anterior da velha
constituição autoritária de 1967 e sua
Emenda Número 1 de 1969: eleições
indiretas para presidente, as quais
colocaram no nosso colo, ao fim e ao cabo,
o oligarca nordestino José Sarney, egresso
das fileiras do autoritarismo civil-militar e
que agora, subitamente convertido ao
ideário de esquerda, acenava com a
esperança da chegada ao poder dos
socialistas revolucionários, dos sociais-
liberais, do socialismo democrático, do PC
do B, do PCB, enfim, de todos os nomes do
diabo vermelho. Eis os demônios a
exorcisar. Eis nossa missão; isso já não é
41
mais transformação; é purificação e
redenção.
43
de viagem, e pétrea para aqueles que não
vislumbravam um futuro socialista no
Brasil. O caráter de vendeta e revanche
sobre o status quo jurídico anterior somente
agora transparece. Nela os Direitos
Humanos, a Democracia absoluta, e a
Justiça Social desciam dos céus da
abstração racionalista socialista e pousavam
no leito amigável do Estado Democrático
de Direito, por isso mesmo Democrático de
Direito, como disse Scruton, uma
virtualidade estranha à realidade dos
homens vivos, dos que já morreram e dos
que ainda não nasceram. O constituinte só
pensava no passado recente e no seu
próprio futuro. Reafirmo, por isso é
obrigatório o tributo ao conservador Roger
44
Scruton, que na esteira de Edmund Burke
assinalou essa objeção. Essa qualidade ou
defeito sempre me provocou a pior das
impressões: o revanchismo lhe retirava a
legitimidade e longevidade, porque tal
sentimento de revolta com o passado não
pode durar muito pelo mesmo motivo que
não podemos dirigir um automóvel olhando
para o espelho retrovisor, porque em algum
momento bateremos o carro. Por outro lado,
a sua flexibilidade lhe roubava a
honestidade e a isenção. Enfim, os poderes
do equilíbrio da República com seus freios
e contrapesos sofreriam forte ameaça de
destruição como se vê pelas freqüentes
hermenêuticas (interpretações) e
“entendimentos” por parte de alguns
45
Ministros do STF transmutados em
legisladores a alterar ao seu bel prazer a não
tão fria letra da Lei maior.
O PERÍODO MILITAR DE
1964-1984
47
Esse foi o período em que assou a batata
comunista, produzindo para além de
desespero, choro e ranger de dentes por
parte daqueles amantes do seu sonho
favorito revolucionário, uma amargura
rancorosa. É desse período a gênese dos
estereótipos com que são brindados os
conservadores, os liberais, ou um qualquer
do povo cansado de ser roubado e de ter sua
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moral e ética jogadas nas sarjetas. O
período se caracterizou pelo arrefecimento
da participação política, do direito do voto
do analfabeto e dos menores de dezoito
anos; além da censura dos propagadores da
fé profana marxista-leninista. Foi o tempo
das tentativas e dos golpes frustrados
violentos como os seqüestros de pessoas, de
aviões, de explosivos em aeroportos e
quartéis (com morte de pessoas), assaltos de
banco para prover dinheiro à revolução,
entre outros crimes. Lembrem-se, eu estava
lá e fui testemunha ocular da história. Das
janelas da Faculdade de Medicina de Porto
Alegre eu só assistia os macacos
barulhentos da Praça da Redenção. Eu não
tinha nenhum medo. A população inteira
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não tinha nenhum medo. Pelo contrário,
dormíamos com as janelas abertas e
tínhamos uma sensação de incrível
tranqüilidade – não temíamos sermos
mortos ou assaltados violentamente nas
ruas. A Rede Globo de Televisão apoiava o
regime militar autoritário, aliás, como
sempre fez. Mas quanto aos comunistas...
54
Seguindo o mesmo mestre, “o totalitarismo
que é o resultado de um processo de
extrema simplificação da realidade, a vida
política é percebida em termos de um
permanente enfrentamento entre dois pólos
– o de amor e o de ódio” (ibid).
55
Getúlio Vargas, herói dos trabalhistas e
aspirantes ao socialismo (que tentaram ser,
mas fracassaram) brizolistas.
56
é vista como traição digna de pena de
morte.
57
ANTES DE 1964
58
virou verdade nos dias atuais. Votava-se
para presidente e até comunistas podiam ser
eleitos. Os crimes não eram chamados de
“violência” como hoje. Havia criminosos,
então, como sempre houve, e eles não eram
“vítimas da sociedade”. A população, até
mesmo a menos esclarecida não usava
estereótipos ofensivos como hoje é comum
se usar. Não havia o racismo importado dos
países ricos europeus e dos Estados Unidos.
As affirmative actions (cotas para negros)
não tinham sido inventadas pelos socialistas
fabianos como Bill Clinton, Tony Blair e
Fernando Henrique Cardoso como armas
para a divisão das pessoas, ou como motivo
para jogá-las umas contra as outras,
segundo o lema romano divide et impera. O
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racismo não era institucional. Matar uma
mulher era um homicídio, e não um
feminicídio, cuja origem remonta a Engels
(A Origem da Família, da Propriedade, e
do Estado) no século XIX, e à Escola de
Frankfurt onde os estereótipos ganharam
um verniz marxista cultural. Mas esse
período, a propósito, foi propício à
propagação da Escola de Frankfurt e seus
temas favoritos contra a família, o
cristianismo, e os costumes. O
politicamente correto, a sexualidade
infantil, que na época não encontrava
espaço nas cátedras brasileiras, já
fermentava nas cabeças mais doidas. O
Brasil ainda não estava ideologizado pelas
esquerdas; o catolicismo era sadio. Em
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suma, o Brasil era melhor do que hoje,
2018. Os anos 50, os anos da minha
infância e da minha escolaridade católica,
eram pacíficos com a grande exceção do
sobressaltado ocorrido em 1954 quando do
episódio do suicídio de Vargas. Meninos,
eu vi!
61
Toneleros, RJ. Tal incidente, parecido com
o incidente criminoso encomendado pelos
petistas contra Bolsonaro, levou Vargas ao
suicídio. As ruas de Porto Alegre viraram
uma praça de guerra. Esse foi o dia em que
eu, aos seis anos de idade, entrei para a
Política. E do lado certo. Lá estava eu, de
novo.
62
Aquele Brasil da minha infância era
democrático desde a Constituinte de 1946
(eu nasci em 1948). Este ambiente foi
construído depois da queda de Getúlio
Vargas em 1945, um momento de glória
para o Brasil por conta da FEB, a Força
Expedionária Brasileira que lutara na
Europa (Itália) contra o nacional-socialismo
e o fascismo de Mussolini. Getúlio era
simpático a esses regimes totalitários, daí a
incompatibilidade de sua permanência na
ditadura desde 1937. Mas essas raízes são
por demais remotas na nossa memória e
aqui se encerra o meu depoimento e meu
testemunho político.
63
OS PILARES
64
filósofos da antiguidade, e aqui me detenho
em reverência aos gregos. Entre os maiores
de muitos grandes estão Platão e
Aristóteles. Refinando mais, me inclino
diante da grandeza de um gigante, talvez o
maior de todos e de todos os tempos,
Aristóteles (384-322 AC, nascido em
Estagira, Grécia). Sua história, sua
importância e relevância gerou milhares de
livros, comentários, artigos, aulas,
seminários e cursos inteiros por dois mil
anos. Aqui neste modesto ebook limitado
pelo espaço e pelo escopo Aristóteles é um
protótipo, um arquétipo, um símbolo a que
pode ser reduzido aquilo que considero o
pilar número um do conhecimento e da
Educação Política.
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Aristóteles não inventou a Política, fez mais
do que isso, criou as palavras da política;
ele não criou as constituições, mas ofereceu
modelos de politeia para nós; ele deixou
que escolhêssemos aquela que seria melhor
para os cidadãos. Mas ele não falou bem da
Democracia. Como Platão, colocava um pé
atrás na sua implementação. Ele temia o
governo dos pobres que tirariam tudo o que
pudessem dos ricos se poder tivessem. E
esse tudo envolveria todas as virtudes
(arete; aretai) que lhe eram caras: o bem, a
justiça, a prudência, a coragem. Melhor
seria a politéia moderada entre dois ideais –
o da nobreza e o da democracia de
Clístenes. Para o estagirita tais virtudes
oriundas dos tempos homéricos dos reis e
66
dos deuses atuantes eram indispensáveis
para o animal político, e a sociedade desses
homens. Embora se perguntasse se um bom
homem podia ser um bom cidadão, já que
uma coisa não implica necessariamente na
outra, Aristóteles se respondia que sim,
algumas vezes, e em alguns momentos.
Aqui se lê reserva, prudência (phronesis),
equilíbrio (homonóia), mais do que a
sabedoria de Platão. Como era muito grego
imaginar um cidadão como igual a Lei que
o governa, ambos seriam a mesma coisa
(polis é cidade e cidadaia ao mesmo
tempo), Aristóteles procurava no homem
qualidades políticas de liderança, de
coragem, de equilíbrio e prudência, quase
iguais as condições do político ideal
67
conservador dos nossos dias ou dos dias de
Edmund Burke. Comparando as leis (a
constituição) de Sólon e Clístenes podia
deliberar entre as mais vantajosas para
todos e para alguns. Não deixou de ver
defeitos nas constituições e cidadãos
conduzidos por demagogos e aventureiros.
Em algumas passagens de sua Política
escreveu sobre suas suspeitas:
(Política, IV)
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quase pelos mesmos motivos. Aliás,
Aristóteles é o meu maior aliado para a
“causa” da denuncia da nossa constituição e
da nossa democracia. Não posso esconder
mais a minha objeção às duas. Mas a frase
acima do estagirita me obriga tanto à
cautela vigilante quanto à prudência
corajosa. Esse tema soa revolucionário aos
ouvidos modernos, na medida em que, na
minha opinião, a democracia e a sociedade
que ela engendra são o solo mais fértil à
expansão dos regimes coletivistas – maus
cidadãos conduzem à tirania de um e de
poucos. Não são os mesmo temores de
Aristóteles?
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De Platão, que o antecedeu, se valeu das
formulações clássicas dos bons e dos maus
governos. Para Aristóteles a democracia
tinha cinco tipos. A melhor delas ainda
assim não se comparava à melhor de todas
as formas de governo; a aristocracia. A
palavra aristós, os melhores, referia o
governos dos melhores. Para Platão os
kaloi-khagatoi, os bons e belos, lembrava a
mesma origem nobre dos tempos antigos de
Homero, a até de Sólon (594 AC). Esse
ideal nunca abandonou os dois grandes, por
isso a longa vida da monarquia (o governo
de um homem e bom) no séculso que se
seguriam, preferível aos governos de
muitos maus. A capa desse ebook é um
tributo a esses tempos heróicos, nobres, de
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sabedoria política, tempos de deuses e
ideais, de fundamentos e contemplação a
polis e a phisis (cidade e natureza).
Aristóteles acreditava em uma ordem
natural ou em uma justiça universal anterior
aos homens. O Bem é o melhor que os
homens podem herdar dos deuses. Acredito
que esse ideal ainda poderia ser lembrado.
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verdade filosófica, da razoabilidade política
e da boa convivência social? Por fim,
quantos de nós estão atentos aos novos
tempos que agora podem ser revelados
depois de removida a obscura mentira
socialista que procurou abolir o passado, a
nobreza do homem, e a sua natureza mais
verdadeira? Ofereço por isso esse ebook
como chave que abrirá (ou reabrirá) os
horizontes perdidos da Educação Política, a
mais nobre e elevada educação do homem.
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Tudo terá o seu tempo. Por enquanto
aproveitem esse convite.
CONCLUSÃO
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Paulo, ignorado pela imprensa cúmplice e
negado pelo Partido-Classe (PT) até onde
foi possível, manteve essa ideologia
assassina com o nosso dinheiro. Bilhões de
dólares foram gastos no financiamento do
comunismo internacional, seção latino-
americana. Mas o dinheiro roubado acabou;
Lula está preso, Dilma é um farrapo,
Haddad é um poste-réu! Finalmente o país
abriu os seus próprios olhos e fechará os
olhos da mídia cúmplice, o fakenews
corporativo, entre eles o mais rico e
poderoso, a Rede Globo de Televisão. No
momento em que ela se prepara para aderir
e se virar para o lado vencedor da eleição
deste ano, cabe uma advertência: nós somos
a mídia de agora em diante. O poder das
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redes sociais é tal que pode revelar
instantaneamente o segredo antes bem
guardado do Foro de São Paulo. Eles sabem
disso e têm medo, muito medo.
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método, paciência, e com muita alegria,
muita alegria de compartilhar com meus
amigos a esperança de ver um Brasil
melhor do que o Brasil da minha infância:
mais rico, mais sadio, mais sábio. Estamos
no limiar do nascimento de um Homo
Novus Brasiliensis. Esse é o jovem cheio de
vida e de esperança, dotado de autonomia e
transformador das próximas gerações.
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