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TEXTO DE APOIO
Breve histórico da supervisão escolar
1.Antiguidade
a) Na antiguidade, pela Índia, Pérsia, Egipto e China, a supervisão escolar era entendida por
vigilância. a vigilância das escolas estava a cargo de nobre e sacerdotes, que tinham poderes
para julgar o desenvolvimento da vida escolar.
b) Na Grécia antiga surgiram, no entanto, as primeiras pessoas especificamente encarregadas de
acompanhar o desenvolvimento da vida escolar. Pode-se mesmo dizer que a supervisão
escolar ou melhor, o supervisor escolar como elemento directamente indicado para
acompanhar o funcionamento de uma escola, surgiu na Grécia Antiga.
c) Na Roma imperial, os censores, além de encarregados do recenseamento dos impostos e da
vigilância dos costumes, isto é, da moral pública, eram encarregados, também de fiscalizar as
escolas;
2. Idade Média
3. Idade Moderna
Na idade moderna surge a figura do inspector escolar, cuja função era mais de julgar do que
executar tarefas pedagógicas.
Destinava-se mais a julgar a pessoa do professor do que o ensino que estivesse sendo levado a
efeito e o respectivo rendimento apresentado pelos alunos. é de salientar, ainda, que a vida
profissional do professor dependia muito do julgamento desse inspector ...
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Após a revolução francesa, no entanto, surge, por proposta de condorect (1743-1794), a figura do
inspector técnico, devidamente preparado para exercer a função de vigiar a actividade docente e
de fomentar o progresso da educação”. o professor agora, não só passa a ser vigiado no exercício
do magistério, como também, orientado para melhorar o seu desempenho. É fácil perceber, no
entanto, a dependência do professor com relação ao seu inspector técnico de vez que a sua
promoção magisterial dependia, também, desse mesmo inspector técnico.
4. Século xx
Com o desenvolvimento havido nos estudos didácticos pedagógico e nos de divisão do trabalho,
e de administração, graças notadamente, aos trabalhos de Taylor (1856-1915), criador do
taylorismo, o inspector escolar passa, cada vez mais a buscar eficiência no trabalho magisterial,
assumindo, no entanto, mais carácter tecnológico do que humano e a supervisão passa a ser
autoritária...
A partir de 1930, no entanto, por influência do desenvolvimento dos estudos sobre relações
humanos e do fortalecimento dos ideais democráticos da vida, a supervisão escolar começa a
humanizar-se buscando um desempenho do professor com base:
a) Na liderança democrática;
b) Na cooperação; relacionamento humano;
c) No melhor
d) Na visão de todos comprometidos no processo educativo como pessoas, notadamente
os alunos;
e) No incentivo à criatividade e responsabilidade, ao invés de dependência e
conformismo;
f) Na visão do aluno, principalmente, que precisa ser compreendido e adequadamente
orientado, a fim de poder realizar-se como pessoa humana, em função de todas as
suas possíveis potencialidades e limitações;
g) No melhor conhecimento do processo ensino - aprendizagem.
Assim, nos dias actuais o supervisor pedagógico marcha decididamente para uma acção mais
científica e mais humana quanto ao processo educativo, reconhecendo, estimulando, apoiando,
assistindo, sugerindo, participando, inovando ao invés de pura e simplesmente exigir ou dirigir.
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a) Maturidade profissional;
b) Desenvolvimento do currículo;
c) Aperfeiçoamento do ensino;
d) Consolidação escola - comunidade;
e) Expectativas de emergência, isto é, tentativa de antecipação dos acontecimento,
prevendo demandas e necessidades futuras;
Para JESUS M. ISAÍAS a supervisão se expressa no estímulo, ajuda e coordenação com base em
elementos técnicos e elementos humanos.
5. Origem etimológica.
A palavra supervisão provém de dois vocábulos Super e visão que significa acção de ver;
atitude de ver com mais clareza ou ainda olhar de cima a partir disso pode-se chegar a
conclusão de que a supervisão é um processo pelo qual uma pessoa possuidora de
conhecimentos e experiencias assume a responsabilidade de fazer com que as outras pessoas
possuam os mesmos recursos (conhecimentos);
É um processo pelo qual se orienta a escola como um todo para a realização ou alcance de seus
objectivos;
Segundo STONES (1984) para a efectuação do serviço de supervisão, o indivíduo deve reunir os
seguintes requisitos:
Segunda visão/intuição – saber como conseguir que aconteça o que deveria ter
acontecido ou que não aconteça o que realmente aconteceu e não devia ter acontecido.
Portanto, a supervisão envolve uma vasta gama de medidas a serem treinadas pelas entidades
especiais a fim de atingir os objectivos preconizados. Pois é através desta que pessoas
experientes e reconhecidas são indigitados para apoiar outras pessoas, para que estas executem
com sucesso a acção educativa.
6. Características da Supervisão
Equilibro emocional;
Compreensão e respeito pelas diferenças individuais;
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Avaliar a instituição;
Identificar as necessidades da escola;
Encorajar a mudança e o desenvolvimento;
Colectar dados;
Fornecer facilidades de formação profissional aos professores;
Equipar a escola com recursos necessários;
Dar reforço a supervisão dos directores;
Dar relatório da situação ao ministério da tutela e parceiros.
Fazer a fiscalização e avaliação aplicando a politica educativa de estudo em todos os
seus órgãos;
Verificar o processo de direcção nos órgãos e instituições de educação;
Observar aplicação e o comprimento de legislação em vigor no sector da educação;
Avaliar ate que ponto o processo educativo atinge o seu objectivo e propor a correcção de
falhas;
Observar a aplicar cumprimento da legislação no sector da educação;
Avaliar ate que ponto o processo educativo atinge o seu objectivo e propor a correcção de
falhas;
Avaliar o impacto do funcionamento das estruturas educativas ao nível dos seus sectores;
Contribuir para o fortalecimento da estrutura laboral da educação
6.5.1. Supervisão Correctiva - Trata de identificar, localizar erros e deficiências para corrigi-
los. Este tipo de supervisão é desenvolvida quando o supervisor, descobre um problema e
quer agir no sentido de evitar más consequências. A maneira de correcção mais adequada
com o conceito de supervisão é de fazer o estudo da situação na busca cooperativa da
solução atendendo as circunstâncias específicas de cada caso.
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6.5.2. Supervisão Preventiva – visa evitar os problemas antes que apareçam. Seu objectivo é
profilático antes de ser terapêutico; prevenir invés de remediar. Tem vantagem na
manutenção do clima cooperativo e na ajuda do crescimento pessoal do professor.
A supervisão preventiva atende os aspectos importantes exigido pela moderna supervisão, tal
é o caso de:
6.5.3. Supervisão construtiva – seu objectivo é muito mais para o desenvolvimento pessoal e
profissional do professor do que a solução de problemas encontrados nas situações de
ensino e aprendizagem; desde que a maior parte destes problemas sejam causados por
deficiências na actuação docente.
Para a sua realização são altamente significativo o estudo e análise das condições ambientais
dos objectivos da educação, da filosofia educacional e da natureza específica do aluno, do
processo de aprendizagem, dos métodos, do processo de ensino.
6.5.4. Supervisão criativa - tem por objectivo primordial, estimular as pessoas para uma acção
criativa. Parte do principio de que cada professor é um artista da educação, conotando-se
a arte como alta qualidade da acção, algo que se elabora com originalidade, emoção,
coerência, precisão e harmonia.
Todos os supervisores incluindo o nacional, assistem as aulas dos professores, de forma a ajuda-
los e sugerem ou recomendam as possíveis modificações.
7.3. Á nível Distrital – o supervisor, de entre as várias funções, deve adoptar as fichas-
modelo de observação das aulas já elaboradas no nível nacional ou provincial consoante a
realidade do distrito, assistir as aulas dos professores de forma a alcançar os objectivos pré-
estabelecidos.
7.4. Á nível da Escola ou ZIP – neste nível, o supervisor tem a função de aplicar a ficha de
observação das aulas fornecida pelo serviço distrital;
Planificar as acções de supervisão a seu nível;
Fazer o acompanhamento das acções do professor supervisionado e ajuda-lo se
necessário;
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Dentro deste nível, ainda pode-se distinguir duas funções da equipa de supervisão, embora se
confundam com as funções da inspecção:
7.4.2. Nível pedagógico analisa e apoia o desempenho do docente no pea; acompanha a acção
pedagógica do professor durante a sua actuação no pea, sobretudo em metodologias de ensino;
faz assessoria ao professor na mediação dos conteúdos de ensino; orienta e coordena as acções
educativas da escola de forma a garantir a consecução dos objectivos traçados; garante a
implementação do currículo com sucesso; procura sanar as dificuldades no seio dos professores
durante o pea.
Duma forma geral, os supervisores em geral, devem participar no trabalho dos professores, isto
é, devem assistir as aulas; devem discutir com os professores os aspectos observados, não
somente os pontos negativos, como também devem elogiar os aspectos positivos de forma a
encoraja-los; etc.
“Aquela ocasião específica em que uma instituição educacional é examinada e avaliada como um
local de ensino de tal maneira que se possam dar conselhos e se garanta o aperfeiçoamento do
ensino - aprendizagem”.
TAIT (1993) define-a como: “o processo através do qual a autoridade principal representada
pelos inspectores controla e avalia o ensino e a administração nas escolas”.
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Das duas definições poderá notar que a inspecção tem as seguintes características:
Envolve examinação e avaliação da qualidade de ensino em escolas, com base num critério
estabelecido;
É de natureza avaliativa;
Controla as tendências educacionais bem como os padrões nas instituições;
Verifica a disponibilidade e sustentabilidade de condições físicas, recursos humanos e de
materiais institucionais necessários;
Verifica o ambiente social da escola.
Por outro lado, a supervisão é definida como “um processo que conduz ao aperfeiçoamento do
ensino e aprendizagem”, MOGOSHA E TSAYANG, 1990)”
“um processo constante e contínuo de orientação individual baseado em visitas frequentes onde
a atenção é concentrada em um ou mas aspectos da instituição educacional e na organização”
(MALAWI HANDBOOK FOR INSPECTORS, 1982);
Poderá notar que a supervisão tem como finalidade dar conselhos, apoio e orientação para o
aperfeiçoamento do seguinte:
O que diferencia a supervisão da inspecção é o facto de a supervisão ser mais constante e regular
que a inspecção a supervisão centra-se na orientação e aconselhamento dos professores,
enquanto a inspecção preocupa-se com a avaliação do cumprimento dos padrões educacionais.
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Tendo definido os termos supervisão e inspecção, vamos agora mencionar algumas razões pelas
quais a inspecção e a supervisão são consideradas importantes, nomeadamente:
A garantia da qualidade;
O aperfeiçoamento e manutenção dos padrões;
A avaliação do desempenho dos professores e das escolas;
O controlo da instrução;
O encorajamento e gestão de mudanças e do desenvolvimento;
A identificação das necessidades da escola;
A recolha de dados;
A provisão do desenvolvimento profissional do professor;
O aconselhamento as escolas;
O reforço da supervisão dos directores de escolas;
O fortalecimento de informações ao MEC e aos outros parceiros.
A diferença existente é pelo facto de supervisão ser mais constante e regular que a inspecção.
A supervisão baseia-se na orientação e aconselhamento dos professores enquanto a inspecção,
cinge-se pela avaliação do cumprimento dos padrões educacionais.
A Semelhança é que tanto a inspecção assim como a supervisão destinam-se a o aperfeiçoamento
do professor e da instituição através da observação e avaliação das aulas.
Informar sobre o que lhe parecer conveniente e tiver observado sobre as condições de
funcionamento, organização e eficiência técnica dos sectores que inspecciona bem assim
sobre a competência e zelo dos funcionários que exercem funções de direcção e chefia.
8.2.6.1. Inspecção Geral - é o momento em que uma escola é examinada e avaliada como
um lugar de aprendizagem em todas as áreas do seu trabalho, de forma a aconselhá-la a
melhorar, através de um relatório avaliação. Os aspectos abrangidos na escola
inspeccionada incluem: os níveis ou resultados alcançados, o currículo, a administração,
as instalações o recinto escolar e o equipamento.
a) Objectivo:
Examinar, Avaliar, Aconselhar e Fornecer feedback por escrito à escola, governo e outras
entidades interessadas.
a) Objectivos:
Verificar aspectos específicos da vida da escola; Avaliar áreas específicas da escola e
Transmitir informação de e para as entidades superiores.
8.2.6.4. Inspecção Especial - é o tipo de inspecção que se debruça sobre áreas
específicas da vida da escola, por exemplo:
Greve numa escola;
Carta anónima dirigida ao chefe do serviço;
Um acto de má conduta de um professor.
a) Objectivos:
Verificar certos factos; Recolher informações para apurar a verdade; Fazer análise
minuciosa e avaliar evidências; e transmitir recomendações e constatações de/e para
entidades superiores.
Ordem de inspecção;
Plano de actividades da inspecção;
Petição, denúncia, queixa, ou participação;
Iniciativa do inspector;
Convite da instituição objecto ou recomendação de um órgão competente.
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