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N ECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS
1. Conceitos - Chave
1.1. Educação
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NEE - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 ……………. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
era diagnosticada uma deficiência, incapacidade ou diminuição segregada para uma
unidade ou centro específico”.
CORREIA (2003: 17) versa que “os alunos com NEE são aqueles que, por exibirem
determinadas condições específicas, podem necessitar de serviços de educação
especial durante parte ou todo o seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu
desenvolvimento académico, pessoal e sócio-emocional”.
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O termo será utilizado para referir às limitações mentais, físicas ou sensoriais.
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1.3.1. Alunos Em Risco Educacional
“Os alunos em risco educacional são aqueles que, devido a um conjunto de factores
tal como o álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abusos, ambientes
socioeconómicos e socio-emocionais mais desfavoráveis, entre outros, podem vir a
experimentar insucesso escolar. Estes factores, que de uma maneira geral não
resultam de imediato numa “incapacidade” ou problemas de aprendizagem, caso,
não mudem ou sejam atendidos através de uma intervenção adequada, podem
constituir um sério risco para o aluno, em termos académicos e sociais.” (CORREIA,
2008c).
Os Sobredotados são de alguma maneira, aqueles alunos que têm uma flexível
capacidade de se adaptarem a um ambiente de aprendizagem relativamente aos
demais colegas de classe ou da escola. Estes são muito mais curiosos e criativos
que, de alguma maneira criam desconforto em professores que por razoes várias,
encontram-se menos preparados para o processo educativo.
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O conceito de Necessidades Educativas Especiais começa a ser utilizado no final dos anos 70, mais
especificamente em 1978, através da sua adoção no Relatório WARNOCK apresentado, no mesmo ano, ao
Parlamento do Reino Unido. Neste relatório é anunciado que uma em cada cinco crianças pode apresentar
necessidades educativas especiais em algum momento do seu percurso escolar, sendo de carácter transitório ou
permanente não significando que esta tenha alguma deficiência física.
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se tiver alguma dificuldade de aprendizagem que requeira uma intervenção
educativa especial (BAUTISTA, 1997).
Para Madureira e Leite (2003: 31) Necessidades Educativas Especiais, pode ser
definida como: “situações onde são evidentes dificuldades na aprendizagem, ou seja
em aceder ao Curriculum oferecido pela escola, exigindo um atendimento
especializado, de acordo com as características especificas do aluno”.
CORREIA (1997) versa que “os alunos com necessidades educativas especiais
são aqueles que, por exibirem determinadas condições específicas, podem
necessitar de apoio de serviços de educação especial durante todo ou parte do
seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico,
pessoal e sócio-emocional.”
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1.4. Identificação de Crianças com NEE
CORREIA (1999: 49), ao referir-se a tipos de NEE, diz que estas encontram-se
divididas em dois grandes grupos: NEE permanentes e NEE temporárias. Confira
a tabela abaixo:
NEE DESCRIÇÃO
NEE de carácter intelectual - Neste grupo fazem parte, as crianças e adolescentes com
deficiência mental, intelectual e comportamento adaptativo que lhes provocam problemas
PERMANENTES na aprendizagem, quer académico ou social. Fazem parte ainda, nesse grupo indivíduos
dotados e sobredotados cujo funcionamento intelectual e potencial de aprendizagem é
São aquelas em que a superior à média, embora tenham uma inteligência por cima da média, esses indivíduos
adaptação do currículo é estão sujeitos a experimentar insucesso escolar, caso os programas não estejam em
generalizada e objecto de consonância.
avaliação sistemática,
dinâmica e sequencial de NEE de Carácter Processológico - Esta categoria, segundo CORREIA, (1991);
acordo com o progresso BULLOCK (1992) é de difícil definição, caracteriza-se, em geral, por uma discrepância
do aluno no seu percurso acentuada entre o potencial estimado do indivíduo (inteligência na média ou acima da
escolar. média) e a sua realização escolar que é abaixo da média numa ou mais áreas
académicas.
Neste grupo, segundo o
autor, encontramos as NEE de Carácter Emocional - Esta categoria engloba essencialmente o grupo de alunos
crianças e adolescentes cujas perturbações são de tal maneira graves que põem em causa, quer o sucesso
cujas alterações escolar quer, mesmo, a sua segurança e daqueles que os rodeiam. Nela se incluem as
significativas no seu psicoses e outros problemas comportamentais. É de se notar a falta de consenso entre os
desenvolvimento foram autores na definição e terminologia desta categoria.
provocadas, na sua
essência, por problemas NEE de carácter Motor - Este grupo de alunos engloba todos aqueles cujas capacidades
orgânicos, funcionais e, físicas foram alteradas por qualquer problema (de origem orgânico ou ambiental) que
ainda, por défices venha provocar-lhes incapacidades de mobilidade. São exemplos: a paralisia cerebral, a
socioculturais e espinha bífida […] ou, mesmo acidentes que venham afetar os movimentos.
económicos graves.
Abordam portanto, NEE de carácter Sensorial - Neste grupo incluem-se, principalmente, os alunos cujas
problemas de foro capacidades visuais ou auditivas estão afetadas. No que diz respeito a visão, segundo
sensorial, intelectual, Correia (1999), podemos considerar duas subcategorias: os cegos e os amblíopes.
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processo lógico, físico,
emocional e outros Portanto, os tipos de NEE permanentes são problemas/dificuldades que acompanham o aluno
ligados à saúde do durante todo o seu percurso escolar, perante este facto, médias adequadas devem ser levadas
indivíduo. a cabo por forma a evitar o insucesso escolar.
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Patologia de foro visual, com limitação funcional e sem aparente lesão orgânica (Ladeira e Queirós,
2002, P:63).
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Segundo CORREIA (1999) as NEE temporárias são aquelas em que a adaptação do currículo
TEMPORÁRIAS escolar é parcial e se realiza de acordo com as características do aluno, num certo momento
do seu percurso escolar.
São caracterizadas por
problemas ligeiros ou CORREIA (1999) cita os quadros de referência, que sugerem alguns pressupostos educativos
perturbações menos importantes ao procederem à caracterização do desenvolvimento de crianças com NEE:
graves, que ocorrem num
certo período do percurso Estes alunos desenvolvem-se através da mesma sequência de estádios que os
escolar do aluno. alunos “normais”, mas em ritmos mais lentos nas áreas de aprendizagem em que
Problemas ligeiros ao apresentam problemas;
nível do desenvolvimento O seu desenvolvimento depende do mesmo conjunto de princípios aplicáveis às
motor, percetivo, crianças “normais”, isto é, o seu desenvolvimento depende da interacção com o
linguístico ou sócio- meio e será favorecido por um ambiente de aprendizagem ativo em que é dada
emocional. grande ênfase à prática e participação da criança desde os primeiros anos de vida.
CORREIA (1999) faz referência a vários estudos realizados para a pré-escolar, que indicam
claramente que o funcionamento intelectual e o desenvolvimento geral podem ser influenciado
por um ambiente precoce, rico e estimulante: encontram-se aumentos significativos no
funcionamento cognitivo como resultado de uma aprendizagem “ativa”, interacção positiva e
equilibração em termos de estádios de desenvolvimento.
Sustentando nos estudos realizados por vários autores (PIAGET et al), CORREIA (1999),
conclui, deste modo, que os objectivos educacionais para as crianças com NEE,
particularmente aquelas com NEE temporárias, não deferem dos das outras crianças
“normais”, que é melhorar a sua cognição e a sua capacidade de resolução de problemas
enquanto sujeitos de aprendizagem.
Autor, 2015
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Problemas ligeiros ao nível do desenvolvimento das funções superiores: desenvolvimento motor, percetivo,
linguístico e sócio-emocional; problemas relacionados com a aprendizagem da leitura, da escrita e do cálculo
(Correia, 1999).
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3. Quadro Descritivo de Evolução Histórica da Educação Especial
Nº Época Descrição
Ao revermos a história da humanidade, constatamos que as pessoas deficientes sempre estiveram segregadas, nas mais variadas épocas. Segundo KIRK e GALLAGHER
(1996). Na era pré-cristã, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Na Antiguidade, por não corresponderem aos padrões estéticos, muitos deficientes foram
Clássica
1 abandonados ou eliminados. Todavia, na antiguidade clássica, as alternativas sociais para as pessoas com deficiências eram: as práticas de eliminação, de abandono
ou de confinamento.
Esta fase foi marcada pela exclusão. Nesse período há notícias de que na antiguidade clássica registava-se prática do infanticídio contra os bebés deficientes,
em algumas cidades como Esparta.
Na Idade Média, com a difusão do cristianismo, a deficiência viveu momentos ambivalentes. Em determinados momentos eram considerados criaturas divinas, portanto não
poderiam ser desprezadas ou abandonadas por possuírem alma. Mas, em outros momentos, representavam forças malignas e, por isso, deveriam ser eliminadas. Esta
época foi marcada por atitudes paradoxais entre a proteção e a eliminação, sobressaindo a visão do aspecto sobrenatural. Contudo, na Idade Média o deficiente passa a
ser considerado filho de Deus portanto não poderia ser mais eliminado e deveria ser assistido em conventos, igrejas e asilos. Apesar disso, em alguns casos, Na Idade
Média os deficientes eram tidos como estando possuídos pelo demónio, sendo submetidos a exorcismos e, por vezes, abandonados sozinhos em matas e
Média
2 florestas. Mais tarde, nos séculos XVII e XVIII, respectivamente, os deficientes eram internados nos asilos, hospícios ou prisões, tratados com frequências de criminosos
por se considerar que deficiência era o reflexo de uma falha moral grave do indivíduo ou dos pais.
Nessas instituições de “acolhimento”, os deficientes jovens cresciam junto com idosos, marginais e indigentes, não lhes sendo prestado qualquer atendimento especializado
que ia ao encontro das suas respetivas necessidades. Esta fase ficou marcada com o início de algumas experiencias consideradas positivas perpetuadas por alguns autores
(LÉON; BONET et al), nomeadamente, a educação pela primeira vez, de doze crianças surdas, criação da primeira escola pública para surdos e criação do sistema Braille
para crianças cegas.
Houve um redimensionamento da visão com relação à deficiência, passando da abordagem moral para a abordagem médica. O modelo de análise da deficiência era o da
doença. As pessoas que apresentavam alguma anormalidade eram tratadas, numa perspectiva de cura. Mesmo havendo uma mudança no modo de conceber a deficiência,
essa mudança não foi suficiente para provocar alterações na forma de agir diante dela. Os diferentes continuaram abandonados à própria sorte, isolados e com pouca
atenção do governo e dos familiares. Na Idade Moderna inicia-se as primeiras observações, estudos e experiências enfatizando as patologias.
“Já não se pode, justificadamente, delegar à divindade o cuidado de suas criaturas deficitárias, nem se pode, em nome da fé e da moral, levá-las à fogueira ou às gales.
Não há mais lugar para a irresponsabilidade social e política, diante da deficiência mental, mas ao mesmo tempo, não há vantagens para o poder público, para o comodismo
da família, em assumir a tarefa ingrata e dispendiosa em educa-lo. A opção intermediária é a segregação; não se pune, nem se abandona, mas também não se
sobrecarrega o governo e a família com sua incômoda presença.” (PESSOTTI, 1984, p.24).
Moderna
3 Por sua vez, GALTON e BINET, cit. In: MADUREIRA e LEITE (2003) desenvolveram técnicas de avaliação da inteligência, que foram depois muito usadas na classificação
dos níveis de deficiência intelectual e na possibilidade da educação ou treino de alunos deficientes; Itard (idem), estudou a deficiência auditiva e a deficiência mental e
desenvolveu propostas de educação a indivíduos deficientes baseadas no treino sensório-motor.
Portanto, é de se notar que esta segunda fase houve uma mudança de paradigma, passou-se de perspectiva assistencial para perspectiva clínica a qual foi estabelecendo
gradualmente, a partir dos trabalhos científicos realizados.
Entre os séculos XVIII e XIX, foram fundadas instituições para oferecer-lhes uma educação a parte. Assim, surge uma nova modalidade de ensino – educação especial,
fruto de ações isoladas dos profissionais envolvidos na área médica. O caso, mundialmente conhecido, do “Selvagem de AVEYRON”, representou uma importante
contribuição para visualizar uma educação voltada ao deficiente. Isto se deve ao fato da elaboração, pelo médico francês ITARD (1774 – 1838), do primeiro programa
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sistemático de educação especial. Mas estas instituições apresentavam um caráter mais assistencial, com práticas clínicas do que uma perspectiva educacional.
Terá iniciado no séc. XX, é marcada pela institucionalização especializada de pessoas deficientes, é também a fase em que se deu um impulso decisivo aos processos de
intervenção em Educação Especial. Sob a égide de MONTESSORI e DÉCRÓLY, cit. In: MADUREIRA e LEITE (2003) se desenvolveu nesse período, a que se designou
da “pedagogia científica” que começaram por se debruçar sobre os alunos com deficiência, vieram contribuir para as profundas reformas escolares na Europa da época.
No Séc. XX houve a desinstitucionalização e a educação escolar do portador da deficiência. Mas, mesmo havendo uma defesa em prol da participação do deficiente na
sociedade, tendo sua cidadania respeitada, os deficientes continuavam atendidas de forma assistencial, predominando a hegemonia médica-clínica. As propostas na
educação especial se baseavam em duas vertentes: médico-pedagógica e a psicopedagógica. A primeira caracteriza-se pela preocupação higienizadora, refletindo na
instalação de escolas em hospitais e, promovendo maior segregação de atendimentos aos deficientes. (JANNUZZI, 1992; MENDES, 1995).
Contemporânea
A vertente psicopedagógica caminhava em defesa da educação dos “anormais”, buscando identificar essas pessoas por meio de escalas psicológicas e escalas de
inteligência para serem selecionados nas escolas especiais. Mesmo visando a educação do deficiente, esta vertente também se revelou segregadora, dando origem as
classes especiais. (JANNUZZI, 1992).
4 As décadas dos anos 30 e 40 do séc. XX são caracterizadas pelo início da obrigatoriedade e expansão da escolaridade básica. È nesta fase que nascem a pedagogia
diferencial e a educação especial institucionalizada, baseada nos níveis de capacidade.
Essas medidas contribuíram para o aparecimento de metodologias de ensino especiais e levaram à organização das instituições de atendimento dos deficientes a criação
de escolas ou de classes especiais, funcionando estas últimas, anexas às escolas regulares.
Surge a partir dos anos 60 do séc. XX, com as mudanças sociais, políticas, económicas e culturais da sociedade ocidental, apareceu uma nova abordagem pedagógica, o
cunho marcadamente segregacionista deu lugar a uma inserção progressiva das crianças e dos jovens nas estruturas regulares do ensino.
A partir da Declaração Mundial sobre Educação para Todos ocorreram outros encontros internacionais como a Conferência Mundial de Educação Especial: acesso e
qualidade (1994), na Espanha, em que participaram noventa e dois (92) governos, inclusive Moçambique e vinte e cinco organizações internacionais, que serviram de base
para formulação de importantes documentos, entre estes, a Declaração de Salamanca que teve o objetivo de promover a atenção em relação às pessoas com Necessidade
Educacionais Especiais.
Autor, 2015.
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4. As Mudanças na última década do Séc. XX: Da Integração à Inclusão
Por imposição da lei, hoje muitas escolas já estão se preparando com materiais e
em termos de pessoal para incluir crianças com diversas síndromes e paralisias. No
entanto, embora isto já seja uma realidade, está longe do ideal no caso de
Moçambique por exemplo.
A grande maioria das escolas não tem estrutura para atender estes alunos e
muito menos capacitação de seus funcionários e professores, simplesmente,
por obrigação inserem as crianças dentro da sala e as deixam desamparadas.
Logo, é um processo lento, com muita resistência das próprias escolas, e dos
alunos, que não que não aprenderam como lidar com as diferenças.
Isso não quer dizer que se devam incluir os alunos portadores de deficiência em
uma sala de aula como quaisquer alunos. É preciso tratá-los como estudantes
normais, mas que precisam de estrutura para aprender. Conforme a declaração de
Salamanca sobre necessidades educativas especiais, “aquelas que possuem
necessidades educativas especiais devem ter acesso à escola normal, a qual
deve acomodá-las dentro de uma pedagogia centrada na criança capaz de
atender às suas necessidades” (UNESCO, 1994). Ou seja, a escola deve se
adaptar a essas crianças tornando o meio mais favorável, o ambiente mais
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seguro e acolhedor e dando-lhes recursos para enfrentar os desafios,
proporcionando a verdadeira inclusão escolar e não apenas a integração.
Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando não faz distinção entre seres
humanos, não seleciona ou diferencia com base em julgamentos de valores como
“normais e anormais”. Assim, a escola proporciona uma educação voltada para
todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou
não portador de necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender,
viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades
e a formação de uma consciência crítica.
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possibilite o “fazer parte”, um conviver que respeite as diferenças e não tente anulá-
las.
Não se trata apenas de permitir que a criança especial esteja entre paredes
comuns, transite pelos mesmos corredores que os “ditos normais”, mas sim
ter as condições favoráveis para a permanência no espaço escolar. Para que
isso aconteça são necessárias ações que contemplem os interesses coletivos, a
formação e apoio aos professores, planeamento de currículos, garantia de recursos
físicos e materiais entre outros. O ponto crucial para que a inclusão aconteça é a
valorização das especificidades de cada um, partir do que a criança já sabe.
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5. A Declaração de Salamanca e a Educação Especial
A tendência da política social das passadas duas décadas tem consistido em promover a
integração, a participação e o combate à exclusão. Inclusão e participação são essenciais à
dignidade e ao desfrute e exercício dos direitos humanos. No campo da educação, estas
conceções refletem-se no desenvolvimento de estratégias que procuram alcançar uma
genuína igualdade de oportunidades. A experiência em muitos países demonstra que a
integração de crianças e jovens com necessidades educativas especiais é atingida mais
plenamente nas escolas inclusivas que atendem todas as crianças da respetiva comunidade.
É neste contexto que os que têm necessidades educativas especiais podem conseguir maior
progresso educativo e maior integração social. O sucesso das escolas inclusivas que
favorecem um ambiente propício à igualdade de oportunidades e à plena participação
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Unesco é a sigla para Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Foi
fundada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de contribuir para a paz e
segurança no mundo, através da educação, da ciência, da cultura e das comunicações. A sede da
Unesco fica em Paris, na França, e atua em 112 países. A Unesco colabora para a formação de
professores e contribui para a construção de escolas e à doação de equipamento necessário para o
seu funcionamento, além de promover atividades culturais para as comunidades valorizarem seu
patrimônio cultural através da preservação das entidades culturais e tradições, assim como a
promoção dos livros e a leitura.
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depende dum esforço concertado, não só dos professores e do pessoal escolar, mas também
dos alunos, pais e voluntários. A reforma das instituições sociais não é, somente, uma tarefa
de ordem profissional; depende, acima de tudo, da convicção, empenhamento e boa vontade
dos indivíduos que constituem a sociedade.
Nas escolas inclusivas, os alunos com necessidades educativas especiais devem receber o
apoio suplementar de que precisam para assegurar uma educação eficaz. A pedagogia
inclusiva é a melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos com necessidades
educativas especiais e os seus colegas. A colocação de crianças em escolas especiais – ou
em aulas ou secções especiais dentro duma escola, de forma permanente – deve considerar-
se como medida excecional, indicada unicamente para aqueles casos em que fique
claramente demonstrado que a educação nas aulas regulares é incapaz de satisfazer as
necessidades pedagógicas e sociais do aluno, ou para aqueles em que tal seja indispensável
ao bem-estar da criança deficiente ou das restantes crianças.
A situação relativa aos alunos com necessidades educativas especiais varia enormemente de
país para país. Existem, por exemplo, países com sistemas bem estabelecidos de escolas
especiais para alunos com deficiências específicas, as quais podem representar um recurso
valioso para o desenvolvimento das escolas inclusivas.
Finalmente essas escolas – ou as unidades dentro das escolas inclusivas podem continuar a
prestar a educação mais adequada a um número relativamente reduzido de crianças com
deficiência que não podem ser atendidas de forma eficaz nas classes ou escolas regulares.
O investimento nas escolas especiais já existentes deve ser gerido tendo em vista a sua nova
e ampliada função que consiste em apoiar as escolas regulares a responder às necessidades
individuais dos seus alunos. Uma contribuição importante que as equipas das escolas
especiais podem dar às escolas regulares consiste na adequação dos conteúdos curriculares
e dos métodos de ensino às necessidades individuais dos alunos.
6. Escola Inclusiva
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Para STAINBACK e STAINBACK (1992) apud Correia (2003: 63): “as escolas
inclusivas caracterizam-se por desenvolver escolas comunitárias de apoios que
favorecem a participação de todos os alunos sem qualquer distinção, acima de
qualquer intenção de estabelecimento de categorias”.
Desta forma, os apoios não serão organizados em classes especiais mas, em vez
disto o corpo docente trabalha em equipa no desenho comum de actividades
correspondentes ao currículo geral, de forma a adaptá-lo às necessidades e
capacidades de todos e de cada um dos alunos, embora seja verdade que a
complexidade desta tarefa exige um apoio ao corpo docente e um apoio académico
e social ao corpo discente.
Desta feita, STAINBACK e STAINBACK (1992) citados por CORREIA (2003: 63),
definem escola inclusiva: “como aquela que educa todos os alunos dentro de um
único sistema, com o compromisso de lhes proporcionar programas educativos
adequados às suas capacidades e apoios tanto para os professores como para os
alunos em função das suas necessidades”.
Concordamos com PEARPOINT e FOREST, cit. In: Correia (2003), que a escola
inclusiva deve cultivar valores como: a aceitação pertença à comunidade, relações
pessoais, interdependência […]. Considerando pais e professores como uma
unidade de aprendizagem.
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6.2. Formação de Educadores/professores para a Educação Inclusiva
No caso da inclusão de alunos com NEE no seu seio, esta formação torna-se
praticamente obrigatória, se não forem levadas em consideração esta vertente
(formação) assistirá a prestações educacionais inadequadas para alunos com NEE.
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Por um lado, defendemos a tese de que os cursos de formação inicial de
escolas superiores de educação do país deverão incluir uma vertente em
educação especial constituída por um mínimo de três módulos ( por
exemplo: introdução à educação especial; Avaliação e programação em
educação especial; e Adaptações curriculares em educação especial) e até,
um estágio de, pelo menos, um semestre. Só assim, a nosso ver, é que o
professor do ensino regular poderia vir a adquirir um mínimo de aptidões
necessárias para lidar com a criança com NEE, ou seja, o tipo de formação
recebida permitir-lhe-ia identificar os casos em risco e intervir
apropriadamente, com ou sem apoio do professor de educação especial.
Naturalmente que os casos mais “graves” seriam encaminhados para o
professor de educação especial e/ou para outros especialistas.
Considerando este aspecto, então haverá necessidade de um outro tipo de
formação mais especializada e que deverá ser do tipo pós-graduação. Aqui,
o papel, quer das Escolas Superiores de educação e pelas Universidades,
devendo os mestrados e doutoramentos ser da responsabilidade exclusiva
das Universidades”.
Fica claro que, deve haver sempre uma formação Sistemática, em exercício durante
a sua vida profissional. Em termos de educação especial. […], a formação em
exercício (contínua) deve ser levada a cabo pelas Escolas Superiores de Educação,
Universidades e outras instituições afins […].
Quanto aos conteúdos a tratar, eles devem abordar um objectivo comum que tenha
a ver com especialização e/ou sensibilização/formação do professorado nas
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matérias respeitantes à educação especial, fundamentalmente naquilo que diz
respeito à apresentação, atualização e aperfeiçoamento de métodos, técnicas e
programas de intervenção que tenham a ver com o desenvolvimento pessoal e
social da criança com NEE, com técnicas de avaliação, com adaptações
curriculares.
No entender de Correia (1993) apud Correia et all (1999: 163), um bom programa de
formação deve levar o professor a adquirir as seguintes competências:
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6.3. O Papel do educador no âmbito da Educação Especial
Diversidade
É preciso considerar antes de mais nada que as diferenças são inerentes ao mundo
humano para não falar do mundo natural. De modo geral, a ocorrência de diferenças
de toda a ordem não pode ser evitada através da ação humana (embora se deva
esclarecer desde já que nem todas as diferenças são naturais e que muitas são
construídas culturalmente).
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Vale ainda dizer que a ocorrência de diferenças no mundo social está atrelada à
própria diversidade inerente ao conjunto dos seres humanos, seja no que se refere a
características pessoais (sexo, etnia, idade), seja no que se refere a questões
externas (pertencimento por nascimento a esta ou àquela localidade, ou cidadania
vinculada a este ou àquele país, por exemplo).
Neste extremo pode-se exemplificar com o projeto de eugenia proposto por alguns
dirigentes do nazismo alemão, que preconizava abolir diferenças seja através do
extermínio (de judeus, negros, ciganos, eslavos) ou mesmo através de experiências
genéticas para atingir o tipo «ariano puro» e de programas de esterilização de
indivíduos com características não desejáveis. Igualdade, desigualdade e diferença:
em torno de três noções das variações étnicas, indivíduos de várias faixas etárias,
bem como profissões as mais diversas. Mas pode-se sonhar que um dia estas
diferenças serão tratadas socialmente com menos desigualdade. Por isto, as lutas
sociais não se orientam em geral para abolir as diferenças, mas sim para abolir ou
minimizar as desigualdades.
Vale acrescentar também que qualquer noção de desigualdade não pode ser senão
circunstancial em parte porque estão sempre sujeitos a um incessante devir histórico
os próprios critérios diante dos quais a desigualdade poderia ser pressentida ou
avaliada.
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As noções que afetam o mundo das hierarquias sociais e políticas transfiguram-se,
entrelaçam-se e desentrelaçam- se de acordo com os processos históricos e sociais.
Por exemplo, nos tempos modernos, os três grandes âmbitos em que se pode
estabelecer uma hierarquia social de qualquer tipo — portanto, os três grandes
âmbitos que regem o mundo da desigualdade humana — são a riqueza, o poder e o
prestígio (pode-se discutir ainda a cultura no sentido institucionalizado). Mas o que é
falar hoje de riqueza? É certamente falar também de propriedade.
Diferença
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Desigualdade
Uma boa distinção entre os dois conceitos é dada pelo historiador brasileiro José
D’Assunção Barros. Algo é “diferente” quando sua essência se difere da essência do
outro – seja no todo ou em algum aspecto particular. A “desigualdade”, no entanto,
não se refere a essências distintas, mas sim a uma circunstância que privilegia algo
ou alguém em relação ao outro – independentemente de os dois serem iguais ou
diferentes.
A configuração deste novo espaço social repercutiu sobre a forma de inserção e das
mais diversas relações sociais estabelecidas por todos os sujeitos do processo
educativo sistematizado, dentre os quais se incluem o próprio currículo escolar.
Logo, por mais que inicialmente a inclusão dos portadores de necessidades
especiais nas escolas tenha-se vestido com um aparato mais formal e legislativo do
que prático, o simples pensar sobre a diferença, processo forjado pelo novo contexto
histórico, já estabelece interessantes apontamentos para a compreensão mais geral
do próprio ser humano em questão.
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8. O diagnóstico Psicopedagógico
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Num enfoque psicopedagógico, encaramos os transtornos de aprendizagem como
um sintoma, um sinal de descompensação, no sentido de que não são permanentes,
sendo passíveis de transformação.
Para PAIN (1986) a hipótese fundamental para avaliar o sintoma é entendê-lo como
um estado particular de um sistema que para equilibrar-se precisa adotar esse tipo
de comportamento que poderia merecer um nome positivo, mas que caracterizamos
como não - aprender.
Para além das causas individuais, estão as de ordem ambiental, oriundas da família,
da escola e da sociedade, como um todo. São fatores intervenientes do próprio
modelo de funcionamento da família, da escola e as relações aí estabelecidas.
Torna-se necessário lembrarmos que esses fatores não são estanques, nem
aparecem isoladamente. Eles têm uma circularidade causal, como diz Fernández
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(1990): A origem do problema de aprendizagem não se encontra na estrutura
individual. O sintoma se ancora em uma rede particular de vínculos familiares
que se entrecruzam com uma também particular estrutura individua.
Essas etapas podem ser modificadas quanto a sua sequência, e maneira de aplicá-
las, nesse caso, utilizamos essa sequência por ser a mais favorável em nosso caso
específico.
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realização do contrato e do enquadramento e o esclarecimento do que é um
diagnóstico psicopedagógico (WEISS, idem, p.50)
Para WEISS, (op. cit., p.41) durante este tipo de sessão, é importante observar a
relação entre a temática abordada, a dinâmica imposta ao encontro e o produto de
uma atividade que venha a ser realizada por qual membro do grupo.
Escutar e olhar;
Deter-se nas fraturas do discurso;
Observar e relacionar com que aconteceu previamente à fratura;
Descobrir o esquema de ação subjacente;
Buscar a repetição dos esquemas de ação;
Interpretar a operação, mais do que os conteúdos.
Neste tipo de entrevista, é importante que sejam colhidos dados relevantes para a
organização de um sistema consistente de hipóteses que servirá de guia para a
investigação na próxima sessão.
Como a E.F.E.S, a anamnese também é uma entrevista, com foco mais específico,
visando colher dados significativos sobre a história do sujeito na família, integrando
passado, presente e projeções para o futuro, permitindo perceber a inserção deste
na sua família e a influências das gerações passadas neste núcleo e no próprio. Na
anamnese, são levantados dados das primeiras aprendizagens, evolução geral do
sujeito, história clínica, história da família nuclear, história das famílias materna e
paterna e história escolar. O pré-requisito para análise deste tipo de sessão é o
mesmo apresentado anteriormente na E.F.E.S.
Segundo WEISS (Op.cit, p.72), é no processo lúdico que a criança constrói seu
espaço de experimentação, de transição entre o mundo interno e externo.
Neste espaço transacional dá-se a aprendizagem. Por este motivo, torna-se tão
importante no trabalho psicopedagógico. A avaliação pedagógica pode ocorrer em
situações criadas nas sessões lúdicas, observando-se nas brincadeiras como o
sujeito faz uso dos conhecimentos adquiridos em diferentes situações escolares e
sociais e como os usa no processo de assimilação de novos conhecimentos.
WINNICOTT (1975, p.80) expressa assim sua opinião entre o brincar e a auto
descoberta: “É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou
adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente
sendo criativo que o indivíduo descobre o eu”.
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8.4.4. Provas e Testes (facultativo)
WEISS (op. cit., p. 113) destaca que o mais importante para a clínica
psicopedagógica não são os resultados numéricos do Q.I., mas verificar como e
quando o sujeito está podendo usar sua inteligência.
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para a obtenção do motivo subjacente à resposta, isto é, do conteúdo
latente11.dinâmica e a estrutura da personalidade. Sua caracterização se dá por:
Como exemplo poderemos citar o C.A.T., um dos testes projetivos mais utilizados
nas sessões destinadas a provas e testes. O C.A.T. consiste em apresentar à
criança uma série de dez lâminas com figuras, cada uma, com situações
diferentes para que conte o que está acontecendo, o que aconteceu antes e o
que pode acontecer depois. As lâminas relacionam temáticas que põem em
jogo significações universais de aprendizagem: alimentação, comunicação e
controle de esfíncteres (FERNANDEZ, 1990, p. 223). Pode-se observar através
dos relatos das lâminas do C.A.T:
As provas operatórias, segundo WEISS (op. cit., p. 102), têm como objetivo principal
determinar o grau de aquisição de algumas noções chaves do desenvolvimento
cognitivo, destacando-se o nível de operatório do pensamento da criança, ou seja, o
nível da estrutura cognoscitiva com que opera.
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O informe é um laudo do que foi diagnosticado. Ele é solicitado muitas vezes pela
escola, outros profissionais etc. Quaisquer que sejam os solicitantes é importante
não redigir o mesmo laudo, pois existem informações que devem ser resguardadas,
ou seja, para cada solicitante deve-se redigir informações convenientes. Sua
finalidade é “resumir as conclusões a que se chegou na busca de respostas às
perguntas que motivaram o diagnóstico” (Id. Ibid., 2003: 138).
Dados pessoais;
Motivo da avaliação – encaminhamento;
Período da avaliação e número de sessões;
Instrumentos usados;
Análise dos resultados nas diferentes áreas: pedagógica, cognitiva,
afetivo-social, corporal.
Síntese dos resultados – hipótese diagnóstica;
Prognóstico;
Recomendações e indicações;
Observações: acréscimo de dados conforme casos específicos.
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Nesta direção, torna-se fundamental a compreensão da informática no
desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de crianças e
adolescentes, assim como o entendimento do funcionamento afetivo que
está articulado neste processo. Assim estamos preconizando o uso mais
amplo do computador e não o restrito, apenas, como simples página de livro
didático ou mesmo “caneta eletrônica”. Torna-se fundamental que o
terapeuta possa usar, com segurança e eficiência, os novos instrumentos
oferecidos pelo progresso constante da tecnologia da informação .
(WEISS, Op.cit, p.127).
8.5.2. Observação
8.5.3. Entrevista
8.5.4. Dinâmicas
As dinâmicas podem ser previamente estruturadas, com texto, papéis definidos para
cada um dos alunos ou grupo de alunos (pequenas peças teatrais, jogos,
performances etc.). Ou dinâmicas estruturantes, em que os próprios alunos se
colocam no grupo, assumem espaços, criam situações, se expõem (jogos
inventados, dramatizações espontâneas). Supõem observação e registo do
professor. Não tem sentido realizar dinâmicas interessantes com os alunos, o
professor aproveita a oportunidade para registar o que essas dinâmicas revelam
quanto às aprendizagens evidenciadas.
8.5.5. Portfólio
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9. Implicações Práticas: Nas Dosificações, Metodologia e Organização
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10.1. Quadro de Necessidades Educativas Especiais na Linguagem Oral (dificuldades mais frequentes)
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Variar a maneira de apresentação da matéria.
Na luz de AJURIAGUERA Hereditariedade - Segundo Valorizar o que foi aprendido qualitativamente
DISFEMIA (1985:319) a tartamudez é M.SEEMAN apud Repetições de sons, sílabas ou parte de é sempre melhor do que o que foi aprendido
(Gaguez) “um distúrbio da fala que se AJURIAGUERRRA (idem:321) palavras; quantitativamente.
caracteriza por repetições a tartamudez é hereditária em Hesitação ou pausas na fala; Criar amizade de irmandade com os
A Disfemia é uma ou bloqueios que um terço dos casos, esta é disfémicos e o professor deve sempre criar
Ausência de fluxo uniforme de linguagem;
desordem da acarretam ou que acompanhado por distúrbio da condições para que os disfémicos não se
resultam uma rotura do Medo de falar.
comunicação linguagem, distúrbios motores, sintam isolados dando lhes mais motivação
humana que vem ritmo e da melodia do o retardo da fala entre outros no P.E.A.
despertando a discurso”. factores.
curiosidade de São perturbações Criar um ambiente de interações positivas
fonaudiólogos, intermitentes na emissão Distúrbios Neurológicos – a (Recepção a criança com Necessidades
foniatras, das palavras, sem que tartamudez consiste em uma educativas especiais; Promover a Amizade
psicólogos, existam alterações dos modificação dinâmica do entre as Crianças com e sem Necessidades
psiquiatras e órgãos da expressão. Neste aparelho pálido estriado Educativas Especiais; Sensibilizar as crianças
outros grupo de transtornos da provocada pelas emoções ou para a Inclusão)
profissionais linguagem o distúrbio mais pelos movimentos afetivos. Promover a aquisição de comportamentos
afins, além de importante é a gagueira desejados.
leigos que lidam (tartamudez). Psicossocial – a Tartamudez Implementar práticas Educativas Flexíveis
com indivíduos pode estar associada a um (Aprendizagem em Cooperação).
portadores de estado neurótico resultante de
6
gagueira . conflitos existentes entre pais
e filhos e outros conflitos
sociais.
Autor, 2015
6
http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2011.
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10.2. Quadro de Necessidades Educativas Especiais na Linguagem Escrita (Dislexia e Disgrafia)
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A experiência diz-nos que, para ajudar um aluno com
disgrafia – assim como com qualquer outro distúrbio –, o
Disgrafia Concretização de movimentos desajeitados; educador deve, primeiramente, estabelecer uma boa
Dificuldade em abotoar ou em atar os relação com a criança e fazê-la perceber que a sua
Distúrbios na motricidade atacadores dos sapatos; presença é importante para a apoiar quando mais precisa.
Consiste numa ampla e fina, relacionados Preensão incorreta do lápis;
Dificuldade de Trata-se de um problema com a falta de coordenação Dificuldade em manusear objetos pequenos Evitar-se aplicar métodos “chapa 5”, generalizados e
Aprendizagem de execução escrita que entre o que a criança se (por exemplo, legos, puzzles ou tesouras); inflexíveis.
Específica da influencia a qualidade da propõe fazer (intenção) e o Criação de trabalhos artísticos inferiores ao Outro aspeto bastante importante é o reforço positivo da
Escrita, que letra na sua realização que realiza (perturbações no esperado para a idade; caligrafia da criança
afeta a gráfica. domínio do corpo); Problemas em pintar dentro dos limites; Afirmações como “Esse «p» ficou mesmo perfeito!”;
componente As crianças com uma Distúrbios na coordenação Dificuldade em desenhar as formas; “Tiveste o cuidado de não ultrapassar a margem, muito
motora do ato de pobre caligrafia poderão viso motora, associada à Reduzida motivação para tarefas de desenho; bem!”; ou “Hoje a tua letra está mesmo bonita! Andas a
escrever. desta forma manifestar dificuldade no Recusa em executar ou apresentar as suas esforçar-te muito!” Surtem efeitos extraordinários! O
dificuldades na escrita de acompanhamento (visual) do produções. Letra excessivamente grande processo de aprendizagem da escrita é lento e longo e a
letras, revelando movimento dos membros (macrografia) ou pequena (micrografia); criança é a primeira a achar a sua letra horrível. Deve
A criança com irregularidades em superiores e/ou inferiores; Forma das letras irreconhecíveis (por vezes evitar-se, por isso mesmo, forçá-la a modificar
disgrafia características como a Deficiência na organização distorcem, inclinam ou simplificam tanto as abruptamente a sua caligrafia.
apresenta uma forma, a dimensão, a temporal e espacial letras que a escrita é praticamente
escrita desviante orientação, o (direita/esquerda, indecifrável); Para Camargo (2008) a reeducação do grafismo está
em relação à espaçamento, o frente/atrás/lado e Traçado exagerado e grosso (que vinca o relacionada com três fatores fundamentais:
norma/padrão, alinhamento e a antes/depois); papel) ou demasiado suave e impercetível; Desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento do grafismo
isto é, uma apresentação geral das Problemas na lateralidade e Grafismo trémulo ou com uma marcada em si e especificidade do grafismo da criança. Para o
“caligrafia suas produções. direccionalidade irregularidade, originando variações no desenvolvimento psicomotor, deverão treinar-se aspetos
deficiente, com (dominância manual); tamanhos dos grafemas; relacionados com a postura, controle corporal, dissociação
letras pouco Erros pedagógicos, Escrita demasiado rápida ou lenta; de movimentos, representação mental do gesto necessário
diferenciadas, relacionados com falhas no Espaçamento irregular das letras ou das para o traço, perceção espácio-temporal, lateralização e
mal elaboradas e processo de ensino, palavras, que podem aparecer desligadas, coordenação viso motora. Quanto aos aspetos relacionados
mal estratégias sobrepostas ou ilegíveis ou, pelo contrário, com o grafismo, o educador deve preocupar-se com o
proporcionadas” inadequadamente demasiado juntas; aperfeiçoamento das habilidades relacionadas com a
(A.P.P.D.A.E., escolhidas pelos docentes Erros e borrões que quase não deixam escrita, distinguindo atividades pictográficas (pintura,
2011b); a ou mesmo desconhecimento possibilidade de leitura do escrito (embora as desenho, modelagem) e escritográficas (utilização do lápis
chamada “letra deste problema.
7 crianças sejam capazes de ler o que e papel – melhorar os movimentos e posição gráfica).
feia”. escrevem); Deverá, também, corrigir erros específicos do grafismo,
Desorganização geral na folha/texto; como a forma/tamanho/inclinação das letras, o aspeto do
Utilização Incorreta do instrumento com que texto, a inclinação da folha e a manutenção das
escrevem (AJURIAGUERRA et al., 1973 e margens/linhas.
CASAS, 1988, cits. por CRUZ, 2009; TORRES
& FERNÁNDEZ, 2001).
Autor, 2015
7
COELHO, Diana Tereso. Disponível em http://www. Google.co.mz: Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia, acesso, 06 de Agosto de 2015, pelas 19:30h.
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11. Necessidades Educativas Especiais Emocionais ou
Comportamentais e de Desenvolvimento
Entre alguns dos traços que permitem identificar alunos com comportamentos
reservados encontram-se a hipersensibilidade a qualquer crítica, baixa autoestima,
demonstração de desinteresse no trabalho mas simultaneamente desenvolver
comportamento obsessivo relativamente a um passatempo ou tópico, podendo ainda
ser vítimas de bulling na escola.
Alunos com comportamentos agressivos, por seu lado, podem adoptar uma linha de
comportamento ruidosa e exigente, demonstrando fraca capacidade de
concentração, comportamentos física e verbalmente agressivos, atitudes de
desobediência e desrespeito pelas regras.
8
http://sembarreiras.org/index.php?option=com_content&view=article&id=97:desenvolvimento
comportamental – emocional – e social & catid=44:dces&Itemid=92, 12/08/15, 15:20h.
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11.1. Quadro de Necessidades Educativas Especiais Emocionais ou Comportamentais e de Desenvolvimento
1. Falta de atenção
DESORDEM POR GENÉTICAS E Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação
DÉFICE DE “É caracterizada por AMBIENTAIS Não presta atenção suficiente aos do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras das
ATENÇÃO E frequentes estados de pormenores ou comete erros por fileiras do centro da classe, e de costas para ela;
HIPERACTIVIDADE desatenção, de Mãe fumadora ou descuido nas tarefas escolares, no Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível,
(DDAH) impulsividade e, exposição ao fumo de trabalho ou noutras actividades lúdicas;crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças
geralmente, por um tabaco Tem dificuldade em manter a atenção de rotina;
excesso de actividade Mãe consumidora de em tarefas ou actividades; Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com
Défice de atenção motora (hiperatividade) drogas ou exposição Parece não ouvir quando se lhe dirigem outros estímulos;
e hiperatividade que podem interferir aos fumos e vapores diretamente; Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar
(TDAH) é um dos com a capacidade do de drogas Não segue as instruções e não termina bem;
problemas mais indivíduo para a Mãe consumidora de os trabalhos escolares, encargos ou Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
comuns na aprendizagem: pode álcool deveres no local do trabalho (sem ser Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em
infância, que ocorrer Alimentação/Nutrição por comportamentos de oposição ou por vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;
continua até a concomitantemente da mãe Exposição incompreensão das instruções); Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno
adolescência e com as DA.” (NCLD, e/ou intoxicação com Tem dificuldades em organizar tarefas para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;
vida adulta. Os 1997). chumbo, mercúrio ou ou actividades; Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre
sintomas incluem outros metais Evita, sente repugnância ou está aulas ou durante tarefas longas e reuniões;
dificuldade em pesados
Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para
relutante em envolver-se em tarefas que
permanecer Existem três subtipos Exposição a requeiram um esforço mental mantido buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim
focado e prestar de TDAH: 1) pesticidas e/ou (tal como trabalhos escolares ou de ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar
atenção, Predominantemente adubos agrícolas casa); o autocontrolo;
dificuldade em hiperativo-impulsivo; 2) Exposição a produtos
controlar o Predominantemente químicos
Perde objetos necessários a tarefas ou Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do
actividades (por exemplo, brinquedos, aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou
comportamento e desatento; 3) Exposição a produtos exercícios escolares, lápis, livros ou
hiperatividade. Combinado hiperativo- domésticos com semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações;
impulsivo e desatento. princípio ativo muito
ferramentas); - O aluno deve ter reforços positivos quando for bem-sucedido.
Distrai-se facilmente com estímulos Isso ajuda a elevar sua autoestima. Procure elogiar ou
A maioria das crianças forte como diluente,
irrelevantes; incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
têm o tipo combinado amoníaco ou vernizes
Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula
Esquece-se das actividades quotidianas.
de TDAH. Mãe sob estresse
constante pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;
2. Hiperatividade Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem,
Evento traumatizante
Traumatismo no feto perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
resultante duma Movimenta excessivamente as mãos e Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e
pancada, queda ou os pés, move-se quando está sentado; contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os
acidente Levanta-se na sala de aula ou noutras colegas também terem a mesma atitude;
situações em que se espera que esteja Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
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Interrupção de sentado; Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e
fornecimento de Corre ou salta excessivamente em favoreça oportunidades sociais. Grande parte das crianças
oxigénio ao feto situações em que é inadequado fazê-lo com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos,
Ambiente familiar (em adolescentes ou adultos pode comportamentais e sociais quando no meio de grupos
problemático, etc. limitar-se a sentimentos subjetivos de pequenos;
impaciência); Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em
Tem dificuldades para jogar ou dedicar- consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do
se tranquilamente a actividades de ócio; TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção
“Anda” ou só atua como se estivesse muito curto, não espere que se concentre em apenas uma
“ligado a um motor”; tarefa durante todo o período da aula;
Fala em excesso. Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos
hábitos sociais da comunidade. Avaliação frequente sobre o
3. Impulsividade impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e
sobre os outros ajuda bastante;
Precipita as respostas antes que as Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude disciplinar
perguntas tenham acabado; equilibrada e proporcione avaliação frequente, com sugestões
Tem dificuldade em esperar pela sua concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento
vez; adequado;
Interrompe ou interfere nas actividades Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma
dos outros (por exemplo, intromete-se toda, como exercícios de alongamento ou isométricos;
nas conversas ou jogos). Repare se a criança se isola durante situações recreativas
Alguns sintomas de hiperatividade- barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades: de
impulsividade ou de falta de atenção que coordenação ou audição, que exigem uma intervenção
causam défices surgem antes dos 7 adicional.
anos de idade. Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais
Alguns défices provocados pelos diferentes (som, visão, tato) para ser bem-sucedido ao ensinar
sintomas estão presentes em dois ou uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas
mais contextos (por exemplo, escola ou experiências envolvem uma miríade de sensações (sons
trabalhos e em casa). múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno
Devem existir provas claras de um défice provavelmente precisará de tempo extra para completar sua
clinicamente significativo do tarefa.
funcionamento social, académico ou Não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e
laboral. modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de se
Os sintomas não ocorrem sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer
exclusivamente durante uma fazer, traz ressentimento e frustração.
Perturbação Global do Desenvolvimento, Permaneça em comunicação constante com o psicólogo
Esquizofrenia ou outra Perturbação ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a
Psicótica e não são melhor explicados escola, os pais e o médico.
por outra perturbação mental (por
exemplo, Perturbação Dissociativa ou
Perturbação da Personalidade).
40
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O Autismo é A falta dos seguintes sinais não significa que seu filho 1. Aprenda sobre Transtornos do
AUTISMO/TRANST caracterizado por uma GENÉTICAS E tenha Autismo, apenas que ele deve ser avaliado por um Espectro do Autismo - Você vai se
ORNO DO dificuldade significativa AMBIENTAIS profissional que conheça desenvolvimento infantil! sentir muito mais confiante, se você
ESPECTRO em comunicar e tiver algum conhecimento sobre o
AUTISTA interagir socialmente Há uma combinação de Aos 6 Meses (Não faz aqueles sorrisos gostosos ou expressões autismo.
e pela presença de fatores que levam ao alegres); 2. Conheça o seu aluno - Devido a
O autismo é um comportamentos autismo. Sabe-se que a Aos 9 Meses (Não responde às tentativas de interação feita pelos dificuldades de comunicação que
transtorno de atípicos tal como genética e agentes externos outros, quando esses sorriem, fazem caretas, sons; Não busca a são inerentes ao TEA, o aluno pode
desenvolvimento respostas inusitadas desempenham um papel interação emitindo sons, sorrisos ou caretas). não ser capaz de compartilhar
que geralmente à sensação, chave nas causas do Aos 12 Meses (Não balbucia ou se expressa “como um bebê”; Não informações e interesses pessoais
aparece nos três movimentos transtorno. De acordo com a responde ao seu nome quando chamado; Não segue com o olhar com você.
primeiros anos de repetitivos e Associação Médica gestos que os outros lhe fazem); 3. Prepare o ambiente - Enquanto
vida e compromete insistência nas Americana, a possibilidade de Aos 18 Meses (Não fala palavras e não expressa o que quer); cartazes decorados, amostras de
as habilidades de rotinas ou uma criança desenvolver Aos 24 Meses (Não fala frases de duas palavras que não sejam trabalho dos alunos e obras de arte
11
comunicação e uniformidade. autismo por causa da apenas imitação ou repetição (Ex.: “Colo, mamãe”) ; pode ser estimulante para os alunos
interação social. herança genética é de 50%, típicos, para os alunos com TEA
O Autismo começa a sendo que a outra metade VERIFICA-SE este tipo de decoração pode ser
Em maio de 2013 notar-se entre os 18 e dos casos pode corresponder Dificuldade em Brincar de faz de conta; Em Interações sociais e muito perturbador e impedi-lo de ser
foi lançada a quinta os 36 meses, embora a fatores exógenos, como o na Comunicação verbal e não-verbal. capaz de se concentrar e atender às
10
edição do Manual muitas das vezes não ambiente de criação. As crianças com Autismo têm visão, audição, tato, olfato ou tarefas.
Diagnóstico e seja diagnosticado até paladar excessivamente sensíveis (por exemplo, eles podem se 4. Entenda o estilo de aprendizagem
Estatístico de aos cinco anos de recusar a usar roupas "que dão coceira" e ficam angustiados se do aluno com TEA - Para a maioria
Transtornos Mentais idade. O diagnóstico são forçados a usá-las) dos alunos com TEA, o estilo de
(DSM-V), que trouxe baseia-se nos Têm uma alteração emocional anormal quando há alguma aprendizagem visual é a mais eficaz
algumas mudanças comportamentos mudança na rotina. e eficiente. Informações obtidas De
importantes, entre exibidos e não em Fazem movimentos corporais repetitivos. forma visual é processado muito
elas novos assunções médicas, Demonstram apego anormal aos objetos. mais facilmente do que a linguagem
diagnósticos e anatómicas ou falada. - Pense em traduzir o que
9
alterações de genéticas. RESUMIDAMENTE: você diz sobre o que o aluno pode
nomes de doenças ver.
e condições que já 1. COMUNICAÇÃO 5. Estabelecer comunicação da
existiam. Nas crianças com autismo, é possível encontrar também um escola/casa - No início do ano
espetro de gravidade muito variável ao nível de comunicação, escolar, se reunir com pais do aluno
Nesse manual, o desde a ausência total de comunicação até uma linguagem fluente. para discutir a forma e modelo para
autismo, assim Estas crianças geralmente não compensam as dificuldades de a comunicação escola / casa.
como a Síndrome linguagem verbal com a comunicação através dos gestos. Muito 6. Conscientizar os colegas sobre
de Asperger, foi precocemente, em vez de pedirem o que desejam, apontando ou os alunos com TEA - O
9
(Diagnostic and Statiscal Manual of Mental Disorders, Fouth Edition, Text Revision, cit in Correia, 2008c).
10
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/autismo, 12/08/2015. 13:00h
11
http://autismoerealidade.org/ferramentas-de-apoio/instrumentos-diagnosticos/sinais-de-alerta/12/08/2015. 13:13h
41
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incorporado a um olhando, as crianças levam a mão do adulto ao que pretendem, Treinamento de conscientização dos
novo termo médico sem estabelecer contacto visual ou então eles próprios vão buscar, colegas pode aumentar
e englobador, parecendo muito autónomas. significativamente a compreensão
chamado de É frequente a ecolalia imediata (repetição do que ouvem) e diferida do aluno com TEA. É importante
Transtorno do (repetição de frases decoradas, muitas vezes fora do contexto) em perguntar aos pais como e se eles
Espectro do idades acima dos dois anos. Deste modo, a criança com autismo gostariam de permitir informações
Autismo (TEA). Com poderá: sobre seu filho para ser
essa nova definição, Não olhar para os outros; compartilhado.
a Síndrome de Não seguir o apontar de outra pessoa, não olhando na direção 7. Programação visual - Dependendo
Asperger passa a indicada; da idade ou nível de habilidade do
ser considerada, Não usar gestos na comunicação (acenar sim ou não com a aluno, a programação visual pode
portanto, uma forma cabeça); ser composto de objetos,
mais branda de Não comunicar com o propósito de partilhar interesses com os fotografias, símbolos de imagem ou
autismo. Dessa outros, apontando para os objetos ou trazendo-os para junto palavras.
forma, os pacientes dos adultos. 8. A assistência no comportamento
são diagnosticados e muita compreensão - Alunos
apenas em graus de 2. INTERAÇÃO SOCIAL com TEA ocasionalmente têm
comprometimento, Nas crianças com autismo verificam-se sempre dificuldades de dificuldades com o comportamento
dessa forma o interação social, muito embora de gravidade variável. causado por fatores como
diagnóstico fica Num espetro extenso, podem manifestar-se somente através de ambientes irritantes ou sensoriais,
mais completo. uma diminuição ligeira da utilização de comportamentos como o frustração por não ser capaz de
olhar, a mímica facial, a postura e os gestos, da partilha do prazer e comunicar, questões de saúde,
O Transtorno do dos interesses com os outros, ou ainda no desenvolver relações perceções incorretas de situações
Espectro Autista é sociais com os seus pares, sem envolvimento nas brincadeiras sociais, etc. Tenha em mente que o
definido pela coletivas. aluno com TEA pode não perceber
presença de No outro extremo de gravidade estarão os indivíduos que parecem o mundo como os outros fazem.
“Défice ignorar a existência dos outros, isolando-se com frequência. Deste 9. Trabalhar com um assistente -
persistentes na modo, a criança com autismo poderá: Muitas vezes, os alunos com TEA e
comunicação Não prestar atenção aos adultos; outras deficiências de
social e na Não sorrir em resposta ao sorriso ou a um comentário do desenvolvimento beneficiam de
interação social adulto; assistente de ensino de apoio para
em múltiplos ajudá-los a participar de tarefas
Não responder quando o adulto chama pelo seu nome;
contextos, acadêmicas, bem como atividades
Não tomar a iniciativa de interagir com adultos ou com outras
atualmente ou por sociais. Assistentes de ensino
crianças;
história prévia”, de também ajudam a controlar
Não mostrar contentamento em jogos interativos com o adulto;
acordo com o ambiente e experiência do aluno
DSM-V. Não imitar acções do adulto (não acenar adeus); para reduzir os níveis de dificuldade
Não mostrar interesse pelas outras crianças ou em iniciar e comportamental.
manter. Equipe colaborativa e
participativa - Não há força nos
números. Para melhor atender os
3. COMPORTAMENTOS E INTERESSES alunos em ambientes inclusivos,
As crianças com autismo apresentam frequentemente uma trabalhar em colaboração com todos
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preocupação muito intensa com um determinado brinquedo, os funcionários que prestam
atividade ou interesse, sem uma utilização simbólica ou funcional serviços para o Aluno. Cada
(podem passar muito tempo a alinhar brinquedos ou outros objetos, membro da equipe traz a sua
a apagar e acender as luzes, a abrir e fechar gavetas…). própria experiência e conhecimento
Podem também encontrar prazer ou conforto em repetir para trabalhar com os alunos com
determinadas rotinas ou rituais de forma muito marcada (vestir autismo. Organizar horários
sempre pela mesma ordem; fazer o mesmo percurso de carro específicos em que todos os
para o infantário…). membros da equipe podem se unir
Por vezes, quando a sua rotina sofre alterações, reagem com para planejar, discutir o progresso
birras. do aluno, e dar apoio um ao outro.
Muitas crianças apresentam ainda estereotipias motoras
(movimentos repetitivos, não funcionais), com as mãos (sacudir
as mãos; contorcer os dedos) ou com o corpo (balançar ou
girar).
Muitas crianças com autismo apresentam ainda respostas
12
sensoriais muito marcadas.
12
http://www.cadin.net/autismo-sinais-de-alerta/12/08/2015. 13:22h
43
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12. Necessidades Educativas Especiais Intelectuais
Tomando por base LUCKASSON et al, (1992), vamos definir alguns conceitos que
nos parecem importantes quando falamos de deficiência mental.
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Autonomia pessoal - Comportamentos de higiene/alimentação/vestir/despir.
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12.3. Quadro de Necessidades Educativas Especiais Intelectuais
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funcional em qualquer assistência de MECP2 - A síndrome de Rett é uma diagnosticada ao nascimento ou logo após. Extensivo: Aqueles denotam um
área do permanente. causa comum de RM em meninas, com Por idade pré-escolar, que mostram atrasos envolvimento regular (diário), pelo menos
funcionamento uma prevalência na Suécia de 1:10.000 no desenvolvimento motor e pouca ou nalguns contextos específicos (casa,
humano, considerada 3º. Moderada – a1:15.000. Os primeiros sintomas da nenhuma capacidade de se comunicar. escola, trabalho,..), não se encontrando
abaixo da média geral Q.I. entre 36 e síndrome ocorrem após 6 a 18 meses de Com o treinamento, eles podem aprender definido o período de tempo de aplicação.
das pessoas pelo 52 desenvolvimento normal, quando a algumas habilidades de autoajuda, como
sistema social onde Os deficientes mentais criança exibe perda da fala, movimentos forma de alimentar e banhar-se. Eles Permanente: Apoios caracterizados pela
se insere a pessoa. moderados são estereotipados de contorção das mãos, geralmente aprendem a andar e ganhar constância e pela alta intensidade; sendo o
aqueles que são crises epilépticas, irregularidades uma compreensão básica de expressão à estilo permanente e denotando uma maior
capazes de aproveitar respiratórias e instabilidade autonômica, medida que envelhecem. Adultos que são intrusão do que os restantes.
os programas de treino e evolui para deterioração motora tardia. severamente retardados podem ser capaz
sistematizados. Estes de seguir as rotinas diárias e realizar
apresentam muitos Síndrome do X-frágil - A síndrome do X- tarefas simples, mas eles precisam ser
problemas frágil é a causa hereditária mais comum dirigido e viver em um ambiente protegido. RECURSOS
neurológicos. de RM no sexo masculino8, com uma Retardo profundo o Profissionais
prevalência estimada de 1:4.000 meninos Apenas algumas poucas pessoas com o Outras pessoas
4º. Leve – Q.I. e 1:6.000 meninas29. O exame físico retardo mental têm QI de 0 a 24 e são o Tecnologia
entre 53 a 70 revela orelhas proeminentes e face considerados severamente retardado o Serviços
alongada. mental. Sua condição é geralmente
A deficiência mental diagnosticada no nascimento, e eles podem FUNÇÕES
leve constitui o grande Malformações cerebrais - Uma série de ter outros problemas médicos e necessitam o Amizades
volume de população. malformações cerebrais foram descritas de cuidados de enfermagem. As crianças o Ensino
Cerca de 85% dos em crianças com RM, incluindo que são profundamente retardado precisam o Planeamento financeiro
deficientes estão neste displasias do córtex cerebral, displasia do ser continuamente supervisionadas. Essas o Emprego
plano, o que exige uma corpo caloso, ventrículomegalia e crianças apresentam atrasos em todos os o Comportamento
assistência adequada. anormalidades cerebrais e cerebelares aspectos do desenvolvimento. Com o o Saúde
menores. treinamento, eles podem aprender a usar o Assistência em casa
Portanto, de acordo suas pernas, mãos e maxilares. Adultos o Acesso e uso de recursos da
com a Organização Erros inatos do metabolismo - que estão profundamente retardado comunidade
Mundial de Saúde, (fenilcetonúria, galactosemia e geralmente aprendem alguma fala e pode
desde 1976, as hipotireoidismo). aprender a andar FINALIDADES
pessoas deficientes Aumento do nível das
eram classificadas Desnutrição proteico-calórica - competências adaptativas /
como portadoras de desnutrição no início da vida pós-natal capacidades funcionais.
Deficiência Mental leve, reduz a taxa de crescimento do sistema Maximização de ações
moderada, agudo- nervoso central e o número de neurônios relacionada com o bem-estar
grave e profunda. e produz um córtex cerebral mais fino, físico, psicológico ou funcional, e
mielinização deficiente, arborização com a saúde.
dendrítica pobre e vá- rias alterações nas · Aumento da participação na
espinhas dendríticas. comunidade: presença, escolha,
competência, respeito, e
contribuição.
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RENZULLI (1979) apud CORREIA Como referem TOURÓN e REYERE (2000), a educação dos
OS ALUNOS Os Sobredotados são de (2008c) afirma que a sobredotação sobredotados não pode ser considerada uma questão de
SOBREDOTADOS alguma maneira, aqueles deve congregar pelo menos 3 elitismo nem de segregação, pois seria tão injusto tratar de
alunos que têm uma factores essenciais: forma diferente aqueles que são iguais como tratar de forma
flexível capacidade de se igual aqueles que são diferentes.
As crianças e os adaptarem a um Uma capacidade mental superior
adolescentes ambiente de à média. As crianças sobredotadas devem ser incluídas em turmas do
sobredotados são aprendizagem Superlotação é a
Uma grande força de vontade ensino regular.
aqueles identificados relativamente aos demais aptidão para
traduzida por um superior Para conseguir sucesso educativo, as crianças sobredotadas
por pessoas colegas de classe ou da atividades
envolvimento na tarefa devem usufruir de um plano de desenvolvimento e de
qualificadas escola. Estes são muito intelectuais, artísticas
(motivação). estratégias educativas diversificadas planificadas pelo professor
profissionalmente mais curiosos e criativos ou esportivas que
Uma capacidade criativa elevada do ensino regular.
que, devido a um que, de alguma maneira parecem ser inatas,
que permita ao indivíduo produzir, Os professores do ensino regular devem possuir formação e
conjunto de aptidões criam desconforto em uma vez que a pessoa
visualizar, dramatizar ou ilustrar conhecimentos para identificar e trabalhar com crianças
excecionais, são professores que por superdotada parece
superiormente uma ideia. sobredotadas.
capazes de atingir um razoes várias, apresentar tais
alto rendimento. encontram-se menos habilidades sem que
Sinais Positivas Perante um aluno sobredotado, o professor do ensino regular deve:
Essas crianças e preparados para o se possa explicar
adolescentes processo educativo. como aprenderam. Criar situações problema que impliquem a investigação e a
requerem programas Contudo, tais Pode mostrar capacidades procura de soluções.
e/ou serviços O WORLD COUNCIL for aptidões ou artísticas ou intelectuais Perante um aluno sobredotado, o professor do ensino regular
educativos GIFTEN and TALENT habilidades também superiores. deve oferecer liberdade de escolha nos temas a abordar;
específicos, dentro da CHILDREN (s/data cit. são desenvolvidas Pode mostrar um elevado nível Ajudar a gerir o insucesso;
designada “Educação por POCINHO, 2009) através de esforço de curiosidade. Evitar rotinas e repetições;
para a sobredotação”, define a pessoa pessoal e é um erro Pode preferir trabalhar Deve estimular a criatividade na produção artística, facultando
diferentes daqueles sobredotada como pensar que pessoas autonomamente. os meios necessários para tal;
que os programas aquela que apresenta superdotadas não É capaz de se concentrar por Aumentar o grau de responsabilidade face ao cumprimento de
escolares normais potencialidade ou precisam ser longos períodos de tempo. objetivos;
proporcionam, para desempenho elevados, ensinadas, elas É capaz de trabalhar sobre Promover debates sobre temáticas de interesse geral;
que lhes seja possível numa ou mais das apenas precisam de problemas até à sua resolução. Estimular a superação de limites de uma determinada tarefa.
maximizar o seu seguintes áreas: uma educação É criativo ou inventivo.
potencial no sentido capacidade intelectual diferenciada que É capaz de generalizar ideias Aprendizagem
de virem a prestar geral, aptidão atenda a sua através de um conjunto de Respeitar o ritmo de aprendizagem do aluno;
uma contribuição académica específica, demanda de circunstâncias.
Facultar informação variada sobre temas do seu interesse,
significativa, quer em pensamento criativo ou conhecimento. Resiliente, altruísta, assertivo, promovendo o pensamento divergente e encorajando a
relação a si mesmos, produtivo, elevada empático, autêntico, tolerante, pesquisa e a busca de mais informação;
quer em relação à capacidade motora, sensível, etc.
Estimular o prazer pela observação, recorrendo, por exemplo, a
sociedade em que se talento para as artes
livros, imagens, filmes, visitas de estudo;
inserem. (CORREIA, musicais, dramáticas e Sinais Negativos
Oferecer liberdade de escolha nos temas a abordar;
2008c) visuais e capacidade de
Promover experiências diversificadas tanto ao nível das
liderança. Pode mostra-se intolerante, para
vivências como da experimentação de materiais e técnicas;
com os outros.
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Pode mostrar um comportamento Estimular a aquisição de novas competências;
irregular. Estimular o espírito crítico e criativo;
Pode manifestar dificuldades em Criar situações problema que impliquem a investigação e a
integrar-se com os outros. procura de soluções;
Pode manifestar desinteresse na Enriquecer o seu vocabulário.
realização de tarefas escritas.
Pode parecer aborrecido. Motivação
Pode exigir muito tempo de Explorar temas do interesse do aluno;
atenção do professor. Reconhecer e elogiar o trabalho do aluno;
Pode revelar-se dominador na Estimular a procura de mais conhecimentos;
relação com os colegas. Ajudar a gerir o insucesso;
Apático, insensível, etc. Encorajar e permitir o trabalho autónomo ajudando apenas
quando solicitado;
Evitar rotinas e repetições;
Permitir a definição de objetivos e a tomada de decisões;
Promover o desenvolvimento do espírito autocrítico para que
procure evoluir.
Criatividade
Estimular a criatividade na produção artística, facultando os
meios necessários para tal;
Respeitar o ritmo de trabalho;
Promover o uso de diferentes materiais e técnicas;
Estimular a sua sensibilidade pela harmonia, beleza, estética e
originalidade;
Promover situações que lhe permitam fantasiar e imaginar.
Liderança
Promover o desenvolvimento da capacidade de liderança;
Aumentar o grau de responsabilidade face ao cumprimento de
objetivos;
Promover a partilha de saberes e o intercâmbio de opiniões;
Promover a relação com os pares;
Permitir e favorecer o contato com pessoas de diversos
contextos sociais, económicos e culturais;
Promover atividades que lhe permitam assumir o papel de
liderança.
Atividades artísticas
Incentivar o desenvolvimento de uma atitude autocrítica face
aos trabalhos realizados;
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Incentivar o espírito crítico;
Promover o interesse pelo trabalho dos colegas e vice-versa;
Incentivar à criação de trabalhos originais;
Facultar e promover a utilização de diferentes técnicas e
materiais;
Respeitar o seu ritmo na execução dos projetos;
Diversificar os temas apresentados, incentivando a
originalidade.
Comunicação
Promover debates sobre temáticas de interesse geral;
Incentivar ao relato oral de acontecimentos em grande grupo;
Promover a autoestima e a autoconfiança;
Promover a interação entre pares;
Promover o enriquecimento do vocabulário com recurso à
leitura, invenção e recontagem de histórias;
Desenvolver atividades criativas que permitam o
desenvolvimento de capacidades orais.
Planeamento
Incentivar à planificação autónoma de trabalhos desde o início
à conclusão dos mesmos;
Incentivar a procura de vários métodos e materiais alternativos
para atingir objetivos e realizar tarefas;
Estimular a superação de limites de uma determinada tarefa;
13
Promover a responsabilidade.
Autor, 2015
13
BRANDÃO, 2012, p.61-64
51
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13. Quadro de Necessidades Educativas Especiais Sensoriais Auditivas e Visuais
14
Os termos dB e frequência são utilizados para descrever o nível do som e os números de ciclos de uma onda sonora em um segundo. A escala de decibéis é uma escala
logarítmica, em que a duplicação da pressão do som corresponde a 6 decibéis no aumento de nível. É importante entender que o termo dB pode ter diferentes significados e não tem
uma unidade fixa como as relacionadas a voltagem, metro, e afins. A unidade de dB vai depender do contexto em que ela é utilizada. Exemplos de diferentes intensidades de som
expressas em dB (HL), ou seja, em decibéis de nível do som: 30 dB: Sussurro suave; 60 dB. Conversão normal; 80 dB: rádio no volume bem alto; 90 dB: Tráfego urbano; 110 dB:
Trovoadas altas; 120 dB: Banda de rock; 140 dB: Motor à jato em movimento e 180 dB: Decolagem de foguete.
52
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a uma ser percebidos através da as repetidas e
comunidade audição residual, a criança prolongadas e a
minoritária utiliza a visão como primeira exposição frequente a
linguística e modalidade para a barulho muito alto
cultural. Existem aprendizagem e também podem causar
perdas auditivas comunicação. deficiência auditiva.
de carácter
definitivo.” Hipoacusia – É uma perca Embora tenham sido
auditiva que torna necessárias,
identificados mais de cem
CORREIA (2008c), algumas adaptações.
causas para a perda
refere ainda que o Compreende e responde à
termo técnico auditiva, a causa exata é
fala e a outros estímulos
para designar desconhecida para cerca de
auditivos, geralmente com a
surdez ou perda ajuda do aparelho auditivo. 50% das crianças em todo o
auditiva é As aptidões de linguagem e mundo.
hipoacusia. As da fala, embora possam
perdas de audição revelar um atraso ou ser
definem-se deficientes, desenvolvem-se
segundo o seu sobretudo através do canal
tipo e grau. auditivo. (Correia, 2008c)
53
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cegas e as Inclinação lateral da cabeça possa segui-lo.
portadoras de CEGUEIRA E BAIXA VISÃO Colocação da cabeça muito próximo do livro ao Ao sair de uma sala, informe o(a) cego(a); é
visão parcial ou ler ou escrever, manter o material muito perto desagradável para qualquer pessoa falar
reduzida (em Deste modo, e tendo em conta ou muito longe para o vazio.
Portugal usa-se, a opinião de Correia (2008c), Franzir constantemente as sobrancelhas ao ler Não evite palavras como "cego", "olhar" ou
por vezes, o termo dividimos a deficiência visual ou escrever "ver", os (as) cegos (as) também as usam.
ambliope para em duas partes distintas: Piscar os olhos em excesso Ao explicar direções para uma pessoa cega,
designar este Esfregar excessivamente os olhos seja o mais claro e específico possível. Não
grupo). Cegueira: Acuidade visual Fechar, cobrir uma vista ou inclinar a cabeça se esqueça de indicar os obstáculos que
binocular corrigida entre 1/20 e Falta de gosto pela leitura ou falta de atenção existem no caminho.
1/50 ou com um campo visual
Fadiga incomum ao terminar uma tarefa visual. Como algumas pessoas cegas não têm
com ângulo <10º (N=180º). memória visual, não se esqueça de indicar
Uso do dedo ou lápis como guia.
Ausência total de as distâncias em metros (por exemplo: "uns
Não gosta, evita, pestaneja muito, tem
visão ou simples vinte metros para a frente"). Mas se não
dificuldade em actividades que requerem a
perceção luminosa. sabe como orientar uma pessoa cega, diga
utilização da visão.
Esbarra em objetos. algo do género: "eu gostaria de ajudar, mas
Baixa Visão: parcial (acuidade como é que devo descrever as coisas?", Ele
visual no melhor olho e com (a) lhe dirá.
Nas queixas da criança associadas ao uso dos
correção entre 1/10 e
olhos Ao guiar um(a) cego(a) para uma cadeira,
3/10 e sem problemas no guie a sua mão para o encosto da mesma, e
campo visual). Dores de cabeça
informe, se a cadeira tem braços ou não.
Residual Náuseas ou vertigens
(acuidade Num restaurante, é de boa educação que
visual <1/10 e um Ardor ou coceira nos olhos
você leia o cardápio e os preços.
campo visual <ou = Visão turva a qualquer momento
Uma pessoa cega deve ser tratada com o
20º). Dores oculares
mesmo respeito que os “não cegos”.
Apesar das limitações Uma criança pode responder melhor a
usa ou é OUTROS SINAIS
tarefas que lhe foram atribuídas quando a
potencialmente capaz professora está relativamente perto dela, ou
de usar a visão para o Atenção diminuída: Se um aluno não prestar
a tarefas escritas de preferência àquelas que
planeamento e ou atenção na classe é possível que ele ou ela
exigem resposta oral.
execução de uma não possam ouvir o que está sendo dito ou os
tarefa. sons que a criança escuta, podem ser
distorcidos. Devido a estas reações a criança
ou torce o que o professor diz ou não faz
esforço para ouvir e prestar atenção. Muito
raramente um aluno pode mostrar-se
excecionalmente atento prestando muita
atenção numa tentativa de entender o que está
sendo dito.
Mau desenvolvimento da fala: imatura, fala
fora do comum ou distorcida pode ser devido `a
perda auditiva. Ou a criança fala em tom muito
alto ou em voz suave.
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Dificuldade de seguir instruções: Uma
criança que tenha uma dificuldade fora do
comum em seguir instruções orais pode ter
uma possível limitação de audição.
O aluno pode virar a cabeça ou incliná-la de
lado prestando grande atenção para escutar
melhor.
Problemas de audição podem fazer com que a
criança observe o que os outros alunos estão
fazendo antes de começar seu trabalho ou olhe
para os colegas ou professores em busca de
pistas.
Uma criança pode ter dificuldade de escutar
textos lidos por outros ou a criança pode pedir
a seus colegas ou professores que falem mais
alto.
Algumas vezes pode dar uma resposta
inadequada a uma pergunta feita ou não
conseguir responder.
As crianças com perda auditiva preferem
trabalhar em grupos pequenos, sentar-se numa
área relativamente tranquila da classe ou na
fileira da frente.
O aluno pode ainda mostrar-se acanhado e
introvertido ou parecer ser teimoso e
desobediente como reação a sua perda de
audição.
O aluno pode parecer relutante em participar de
atividades orais, pode deixar de rir com piadas
ou compreender algo engraçado.
O aluno pode ter tendência a isolar-se de
atividades sociais.
O aluno pode interpretar expressões faciais,
movimentos corporais e informações
contextuais em vez de linguagem falada e
assim algumas vezes tirar conclusões falsas.
O aluno pode queixar-se de dores de ouvido,
resfriados, garganta inflamada ou amigdalite
recorrente.
O aluno pode apresentar alguma secreção dos
ouvidos.
Autor, 2015
55
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14. As Necessidades Educativas Especiais Motrizes
A deficiência motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser congénita
ou adquirida, transitória ou permanente. Dependendo de cada problemática e
severidade, as pessoas com deficiência motora podem ser consideradas como
alunos com Necessidades Educativas Especiais. Estes poderão apresentar
limitações ao nível das articulações e estrutura óssea, da função muscular e do
movimento (reflexos motores, reações motoras involuntárias, controlo do movimento
voluntário, movimentos involuntários e padrões de marcha).15
15
Folheto Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais. Deficiência Motora: Informação para
Docentes e Alunos. Universidade de Évora. S/d.
56
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13.1. Quadro de Necessidades Educativas Especiais Motrizes
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desenvolvimento de fibras Infeções; 2. NA ESCOLA
musculares e outras. Nascimento prematuro;
Uso de forces para extrair a criança. A sala de aula deve ser espaçosa,
4. Esclerose múltipla: doença permitindo o acesso a pessoas em cadeira
degenerativa que ataca o Período pós-parto: de rodas;
sistema nervoso,
Os alunos que se deslocam em cadeira de
provocando rigidez dos Infeções no cérebro como meningite e
rodas devem ter mesas adaptadas, mais
membros e dificuldades de encefalite, inflamações e abscessos no
altas do que as dos colegas;
locomoção. cérebro, traumatismo no crânio (quedas ou Quando incapaz para retirar apontamentos
outros acidentes), parada cardíaca, infeção nas aulas, deve ser concedida a
5. Espinha bífida: ocasionada hospitalar e fator RH (quando o sangue do
possibilidade do estudante com deficiência
pela má formação da coluna bebê não combina com o da mãe).
motora gravar as aulas;
vertebral e da medula
espinhal, durante a Paralisia (paralisia cerebral) Os alunos com deficiência motora devem
formação do feto. estar relativamente próximos do docente;
Acidentes; Os alunos com deficiência motora deverão
Trombose; ficar numa posição em que consiga ler as
6. Amputações: pessoas Paraparesia;
amputadas também são anotações do quadro e interagir com os
Monoplegia; colegas, ou seja, na frente e no centro;
incluídas no grupo das
Monoparesia, O aluno com deficiência motora deve usar
portadoras de deficiência
física, tanto as que Tetraplegia, recursos como o computador ou máquina de
nasceram sem um membro, Etraparesia, escrever de maneira a acompanhar os
perderam-no em um Triplegia colegas;
acidente ou precisaram tirá- Triparesia, O aluno com deficiência motora deve
lo por motivo de saúde, Hemiplegia, sempre ficar perto de um colega para servir
como um problema Hemiparesia, de auxílio;
circulatório ou de gangrena. Ostomia, Deve-se promover o máximo de
Amputação ou ausência de membro, etc independência no âmbito das capacidades e
limitações do aluno, mas atendendo sempre
às necessidades inerentes a cada caso de
deficiência, pois cada caso é um caso e
deve-se encontrar sempre uma solução
específica adequada.
Autor, 2015
A escola é muito importante para qualquer criança, mas é ainda mais importante para a criança com deficiência. É na escola que a
criança aprende a confiar em si mesma, percebendo que é capaz de realizar a maioria das atividades, embora levando um pouco
mais de tempo.
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Referências Bibliográficas
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NEE - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 ……………. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco