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DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO E

INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Pós-Graduação Educação Especial Domínio Cognitivo e Motor


Departamento de Psicologia e Educação 2021-2022
DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

SUMÁRIO

• EDUCAÇÃO INCLUSIVA - Contexto Atual do Sistema Educativo


Português ;

• EDUCAÇÃO ESPECIAL – novo paradigma;

• O que são NE;

• Evolução do Conceito de Necessidades Educativas Especiais;

• Intervenção

Pós-Graduação Educação Especial Domínio Cognitivo e Motor


Departamento de Psicologia e Educação 2021-2022
Educação Inclusiva
no Contexto Atual
do Sistema Educativo Português
aproximação ao conceito
EDUCAÇÃO INCLUSIVA

https://www.youtube.com/watch?v=70EvnSfn0Tk
O que é a Educação Inclusiva?

1. Dimensão Ética
2. Dimensão Política
3. Dimensão Prática

São dimensões que resultam de uma dinâmica


que se interconecta com vista à concretização de
inclusão.
Considerações Iniciais …
• Trabalhar a inclusão é um desafio para as escolas
como também para os sistemas educativos.
• Alguns autores defendem que a inclusão não é uma
evolução da integração, mas um desafio que se
afirma como novo paradigma.
• Muitas escolas não estão preparadas e a formação
e prática dos profissionais de educação é, também,
colocada em causa.
• O desenvolvimento da Educação Especial
processou-se em paralelo com a evolução a nível
social, económico e cultural.
Considerações …

• Consideramos a evolução do conceito de inclusão


escolar, desde a originária visão asilar de pessoas
com deficiências, assinalando momentos
significativos desse caminho vem a culminar, na
atualidade, na ideia de um sistema escolar único e
de qualidade para todos, com ou sem deficiência
e/ou necessidades educativas especiais, baseado
na crença social de que as aprendizagens serão
mais significativas para todos.
Considerações …
• Por outro lado, fica a ideia de inclusão escolar como utopia
educativa necessária à orientação de uma praxis educativa
centrada em estratégias educativas diversificadas e
diferenciadas, cabendo aos profissionais da área refletir à
consecução dessa lógica de atuação.

• Considera-se em jeito de conclusão que a ideia de


educação inclusiva, resulta da interconexão de uma tríade
dimensional: ética, política e prática que impõe um desafio
às escolas e seus profissionais e, ao sistema educativo, no
seu todo.
https://www.youtube.com/watch?v=0kDL5kxDg_A&t=10s
• O conselho nacional de educação (1999, p.29), alerta

para o princípio consensual de que todos os alunos

devem aprender juntos, dando especial ênfase às novas

conceções sobre necessidades educativas especiais do

capítulo I da declaração de Salamanca e enquadramento

da ação na área das necessidades especiais, no ponto 7:


O princípio das escolas inclusivas consiste em todos os alunos

aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das

dificuldades e das diferenças que apresentam. estas escolas devem

reconhecer e satisfazer as necessidades dos seus alunos, adaptando-se

aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom

nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma

boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de

recursos e de uma cooperação com as respetivas comunidades. é

preciso, portanto um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o

conjunto de necessidades especiais dentro da escola.


DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Novo Paradigma …

• Educação Especial já não é mais concebida


como um sistema educacional paralelo ou
segregado, mas como um conjunto de medidas
que a escola regular põe ao serviço de uma
resposta adaptada à diversidade dos alunos.

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Mais ou menos conseguida, com avanços e recuos, esta mudança
denominada por educação inclusiva, “(…) cobre variadas tentativas de
atender à diversidade total das necessidades educacionais dos alunos nas
escolas” (Pacheco, Eggertsdóttir e Marinósson, 2007. p.14). Os mesmos
autores (2007, p.15), destacam que:

• As práticas pedagógicas numa escola inclusiva precisam

refletir uma abordagem mais diversificada, flexível e

colaborativa do que uma escola tradicional. a inclusão

pressupõe que a escola se ajuste a todas as crianças que

desejam matricular-se na sua localidade, em vez de esperar

que uma determinada criança com necessidades educativas

especiais se ajuste à escola (integração).


Esta nova abordagem educativa coloca a criança com NEE no centro
do processo educativo, devendo a escola ajustar-se a ela centrando a
sua capacidade no atendimento das NEE reveladas pelas crianças.

• Nesta perspetiva, citamos alguns elementos comuns que

sobressaíram do estudo apresentado por Pacheco, Eggertsdóttir e

Marinósson (2007, p.16), quanto ao valor da pedagogia centrada

na criança: “(…) um certo grau de instrução individualizada, uma

visão holística do individuo e uma compreensão sobre a

aprendizagem significativa como um processo social, em que os

pontos fortes e a competência de cada criança são trabalhados”.


DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Constatação…

• Na sequência da formação dos docentes, é


notória a “carência” de experiências
metodológicas de cariz predominantemente
prático e de concretização em contextos reais
educativos.

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INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

“A inclusão de alunos com necessidades


educativas especiais, na classe regular, implica o
desenvolvimento de ações adaptativas visando a
flexibilização do currículo, para que este possa
ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de
aula atendendo às necessidades individuais dos
alunos”.

Será que a Escola está preparada para isto?

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https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA

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INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

A maior parte das Necessidades Educativas


Especiais só se manifesta em idade pré-
escolar/escolar, e normalmente é o responsável
pelo processo ensino aprendizagem que observa
que determinado comportamento ou
incapacidade não é normal para determinada
faixa etária ou ano de escolaridade.

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INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Este é o ponto de partida do processo de


diagnóstico de uma possível referenciação,
sendo muito importante que o alerta seja dado
o mais precocemente possível, para uma
posterior intervenção.

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INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Desde o diagnóstico à intervenção, consoante a


existência de docentes especializados na escola
e a eficiência dos médicos a consultar, pode
passar um ano letivo, prejudicando o processo
de evolução e aprendizagem do aluno.

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https://www.youtube.com/watch?v=wNPnRdd
UJ00&ab_channel=RubensLacerdadeS%C3%A1

3/26/2022 22
DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROPOSTA DE REFLEXÃO …

• O que são NEE?

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O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS
A expressão NEE vem responder ao princípio da progressiva
democratização das sociedades, refletindo o postulado na filosofia da
integração e proporcionando uma igualdade de direitos,
nomeadamente no que diz respeito à não discriminação tendo em
conta as características intelectuais, sensoriais, físicas e
socioemocionais da criança e do adolescente em idade escolar.
(Correia, 2009, p.45 cit. por Batalha, 2012, p.5)

Relatório Warnock, 1978) - um aluno com necessidades educativas


especiais é aquele que evidencia:

“Qualquer incapacidade (física, intelectual, emocional, social ou uma


combinação destas), que afeta a capacidade de aprendizagem a tal ponto,
que são necessários alguns ou todos os meios de acesso ao currículo
(adaptado ou especial), isto é, condições de aprendizagem adequadas para
que possa beneficiar de uma educação eficaz”.
(Warnock, 1978, p.41 cit. por Batalha, 2012, p.5)
O QUE SÃO NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS

• Uma criança tem necessidades educativas

especiais quando a sua problemática não lhe

permite atingir, da mesma forma que os outros,

aquilo que lhe é ensinado normalmente na escola

ou jardim-de-infância.
Quais as causas das NEE’s?
São muito variadas e podem associar-se entre si:

• Deficiência mental de grau variado (As deficiências ligeiras são muitas vezes só detetadas após o início
da escolaridade).

• Atrasos de linguagem ou problemas de articulação.

• Dificuldades específicas de aprendizagem, limitadas a uma só área: a leitura (dislexia), a escrita


(disgrafia e disortografia) ou o cálculo (discalculia). estas situações estão ligadas a problemas do
funcionamento do sistema nervoso e existe muitas vezes uma tendência familiar para o seu aparecimento.

• Problemas emocionais e do comportamento, por exemplo um bloqueio intelectual causado por


ansiedade ou depressão ou uma perturbação de hiperatividade que impede a criança de se concentrar e
realizar as tarefas.

• Problemas familiares que perturbam a criança e interferem na sua disponibilidade para a aprendizagem.

• Problemas socioculturais com pertencer a uma cultura diferente, a um grupo étnico minoritário, a um
meio social adverso.

• Problemas de visão ou audição que, se são ligeiros, podem ter passado despercebidos até então.
Legislação Fonte: http://www.dge.mec.pt/legislacao-3

• Portaria N.º 1102/97, 3 novembro


Garante as condições de educação para os alunos que frequentam as
associações e cooperativas de ensino especial
https://dre.pt/application/file/675110
• Portaria N.º 1103/97, 3 novembro
Garante as condições de educação especial em estabelecimentos de
ensino particular
https://dre.pt/application/file/675114
• D.L. N.º 3/2008, 7 janeiro
Define os apoios especializados a prestar na educação pré -escolar e
nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e
cooperativo
https://dre.pt/application/file/386935
• Lei N.º 21/2008, 12 maio
Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º
3/2008, de 7 de Janeiro, que define os apoios especializados a prestar
na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos
sectores público, particular e cooperativo
https://dre.pt/application/file/249150
• D.L. N.º 93/2009, 16 abril
Aprova o sistema de atribuição de produtos de apoio a pessoas
com deficiência e a pessoas com incapacidade temporária
https://dre.pt/application/file/603804
• D.L. N.º 281/2009, 6 outubro
Cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância
https://dre.pt/application/file/491335
• Portaria N.º 192/2014, 26 setembro
Regula a criação e manutenção da base de dados de registo do
Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio
https://dre.pt/application/file/57531578
• Resolução da Assembleia da República N.º 17/2015, 19
fevereiro
Aplicação das recomendações do conselho nacional de educação
relativamente ao enquadramento legal da educação especial
https://dre.pt/application/file/66536644
• Despacho N.º 5291/2015, 21 maio
Estabelece a rede nacional de Centros de Recursos de
Tecnologias de Informação e Comunicação para a Educação
Especial (CRTIC) como centros prescritores de produtos de apoio
do Ministério da Educação e Ciência no âmbito do Sistema de
Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA), as suas atribuições,
constituição e competências da equipa, bem como a
responsabilidade pela monitorização da atividade destes Centros
https://dre.pt/application/file/67271120
• Portaria N.º 201-C/2015, 10 julho
Regula o ensino de alunos com 15 ou mais anos de idade, com
currículo específico individual (CEI), em processo de transição
para a vida pós-escolar, nos termos e para os efeitos conjugados
dos artigos 14.º e 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro,
na sua redação atual, e da Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto,
regulada pelo Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, e revoga a
Portaria n.º 275-A/2012, de 11 de setembro
https://dre.pt/application/file/69773363
• Portaria N.º 7617/2016, 8 junho
Cria um grupo de trabalho com o objetivo de apresentar um relatório
com propostas de alteração ao Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de
janeiro, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, e
respetivo enquadramento regulamentador, incluindo os mecanismos de
financiamento e de apoio, com vista à implementação de medidas
que promovam maior inclusão escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais.
https://dre.pt/application/file/675110

» Decreto-Lei n.º 54/2018 INCLUSÃO


» Decreto Lei 55 2018 Flexibilização Curricular
» Lei n.º 116/2019 de 13 de setembro
Evolução do Conceito de Necessidades Educativas Especiais

• O conceito de necessidades educativas especiais é fruto de

uma evolução histórica e política, que ocorre paralelamente

com o progresso da abordagem e visão social, que nos tem

conduzido por diferentes contextos desde a segregação, à

integração, à igualização de oportunidades e, presentemente,

à inclusão (conselho nacional de educação, 1999)


A inclusão acontece quando se


aprende com as diferenças
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e não com as desigualdades.
Paulo Freire
Conduziram à necessidade urgente de
Grandes transformações:
encontrar respostas para a crescente
sociais, políticas e económicas heterogeneidade de alunos

Foi neste século que a Educação Especial passou


por grandes reformulações e que foi sujeita a uma série
No decorrer
da de revisões progressivas da teoria educativa e de muitas

Segunda decisões legais históricas que assentaram num propósito


Metade simples: “a escola está à disposição de todas as crianças
do Século em igualdade de condições e é obrigação da
XX comunidade proporcionar-lhes um programa público e
gratuito adequado às suas necessidades” (Correia, 1999).
A Educação Especial sofreu grandes mudanças,
passando de uma perspetiva segregacionista para uma
perspetiva de inclusão de TODAS as crianças no ensino
regular.

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A criação de escolas inclusivas …

… implica desenvolver nos diferentes atores educativos


uma nova maneira de ver e respeitar a diferença
EM A frequência do ensino regular é hoje um direito ao qual
as crianças não podem ser privadas, pois todos devem
PLENO aprender num contexto onde, à partida, a igualdade de
SÉCULO oportunidades esteja garantida, de forma a combater
XXI, eficazmente o abandono escolar.

Qualquer estabelecimento
de ensino é frequentado
por crianças com
A inclusão na
escola regular de Estratégias Por parte:
Por parte:
necessidades especiais de diversificadas e
alunos SistemaSistema
Educativo
Educativo
com necessidades inovadoras na procura
aprendizagem o que, de de respostas mais Da escola
Da escola
especiais de
aprendizagem adequadas
acordo com a legislação Dos professores
Dos professores
implica:
em vigor, exige à Escola
estar preparada para dar
uma resposta eficaz às
suas problemáticas.
No decorrer do percurso escolar

Algumas crianças precisam de um apoio específico


que tenha em conta as suas necessidades e interesses

Entramos numa problemática e procura constante

Descobrir:
Qual a melhor forma para ajudar estas crianças a
aprenderem, não descorando as suas características e
necessidades educativas específicas
O facto de a criança com Necessidades Especiais de Aprendizagem

estar integrada numa sala do ensino regular

não lhe trará forçosamente sucesso a nível escolar.

É importante o papel:
Com o Decreto-Lei n.º54/2018, de
da escola,
6 de julho, o Estado vem afirmar que a
do professor do ensino regular,
escola inclusiva não é uma utopia e
do professor do ensino especial
… pretende que a educação seja um direito
efetivo de Todos e não um privilégio para
alguns.

“A escola inclusiva implica


cooperação”
(Fernando Araújo, secretário de Estado, in Manual de Apoio à
Prática do Decreto-Lei 54/2018, de 6 de julho).
EXCLUSÃO SEGREGAÇÃO INTEGRAÇÃO

INCLUSÃO
O
PERCURSO
A abordagem histórica da Educação Especial está dividida em
HISTÓRICO
quatro fases, de um percurso, ao qual estão subjacentes conceções e
DA
práticas, no caso da inclusão, entendida como Educação Inclusiva, a
EDUCAÇÃO formação de professores é um dos fatores fundamentais à sua
ESPECIAL: implementação.
.
DEFICIENTES HANDICAP NEE

► O paradigma da
Inicialmente tratados por alunos portadores de deficiência,
Educação Inclusiva,
mais tarde portadores de handicap e, até há pouco tempo,
EVOLUÇÃO não faz "distinção" de
eram os alunos com necessidades educativas especiais
DO alunos
(NEE).
► Afasta a conceção de
CONCEITO
que é necessário
DE
Decreto-Lei 54/2018, de 6 de julho categorizar para intervir
NEE
► O uso da sigla NEE
deixa de ser utilizada →
Alunos com Necessidades Especiais de Aprendizagem é substituído pelo
ou
Alunos enquadrados na legislação da Educação Inclusiva
conceito de "Educação
Inclusiva“
EDUCAÇÃO Para que possamos entender mais sobre a Educação Especial,
torna-se importante referir alguma legislação que foi decisiva nesta
INCLUSIVA:
evolução de construção da Escola Inclusiva.

LEGISLAÇÃO
▪ A Declaração Universal dos Direitos da Criança;
▪ A Declaração de Salamanca;7 de julho de 1994 ;
▪ Relatório de Warnock Report (1978);
▪ Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86);
▪ Decreto-Lei n.º 319/91, de 23 de agosto;
▪ O Decreto-Lei n.º3/2008, de 7 de janeiro;
▪ Decreto-Lei nº54/2018, de 6 de julho: Inclusão ;e
▪ Decreto-Lei nº55/2018, de 6 de julho: Flexibilização.
ESCOLA INCLUSIVA
E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Professor do Ensino
Especial
Professor do
Ensino Regular

41
Todos

Colaboração entre
Professores
Pedagogia
Diferenciada

Ambiente
de
Inclusão
A docência é uma das Platão, na sua obra
profissões mais antigas e A República,
mais importantes alertava para a
importância do papel do
professor na formação
do cidadão.
O
PROFESSOR Dia Mundial dos
DO Professores
5 de Outubro
ENSINO
REGULAR
Em Portugal, o
estatuto de docente é Por todo o País,
definido existem vários
pelo Ministério da sindicatos de
Educação, responsável professores.
pela política geral de
educação.
…está sim em permanente aprendizagem,
num processo evolutivo, ao longo do qual as
experiências vão ganhando dava vez mais Tendo
sentido. sempre como
A objetivo o
Formação sucesso
de escolar do seu
aluno.
Um constante investigador, que vai:
SER • procurando;
PROFESSOR • experimentando;
• aprendendo;
não está
concluída
com a o grande desafio que se coloca ao Há uma crescente
conclusão professor hoje é a diferenciação nas responsabilidade
da sua suas práticas pedagógicas para dar do professor do
resposta à diversidade cultural, social, ensino regular
Licenciatura… étnica e linguística dos alunos, cada vez na inclusão de
mais presente nas escolas portuguesas. crianças com NEA
É necessário que os professores possam utilizar técnicas e
metodologias alternativas de intervenção, que sejam capazes de
perspetivar a classe numa vertente de diversidade e não de
homogeneidade, isto é onde se aceitam e reconhecem e valorizam as
diferenças individuais.
A colocação de uma
criança com
O processo de inclusão deve inserir-se numa
necessidades cultura colaborativa e cooperativa.
educativas especiais
numa sala de aula O professor do Novas práticas, novas técnicas
de trabalhos de grupo. Devem desenvolver uma
ensino regular atitude otimista e positiva.
regular implica ao confrontar-se
com crianças
muito mais do que a portadoras de Com metodologias
diferentes. Diferentes estratégias e
necessidades ajudas específicas.
sua mera presença. diferenciadas na
sua sala de aula,
terá também que Competências de
trabalho colaborativo
se confrontar : com outros profissionais. Colaborar com os pais e
desenvolver.
A
DECLARAÇÃO Os conhecimentos e as competências exigidas aos
DE professores são essencialmente as relacionadas com um
SALAMANCA
Ensino de Qualidade:

A Declaração de
Salamanca (1994) ▪ a capacidade de saberem avaliar
que realça as necessidades especiais:
igualmente a
mudança inevitável ▪ saber adaptar currículos;
do papel do ▪ saber utilizar a ajuda
professor perante as tecnológica:
inovações sentidas A capacidade de
com as escolas ▪ saber utilizar métodos de ensino
responder às características
inclusivas. individualizados. individuais dos seus alunos,
independentemente da
deficiência que apresentem.
Contribui para a Envolve os alunos
Parte ativa da promoção de ativamente na
equipa competências sociais e construção da sua
multidisciplinar. emocionais. aprendizagem.

Papel nos processos Adequação das


de gestão dos
ambientes de sala
metodologias de PAPEL DO
ensino e de
de aula. aprendizagem.
No trabalho PROFESSOR DE
interdisciplinar e na
monitorização da ENSINO ESPECIAL
Tem um papel Na definição de implementação de
essencial no processo percursos de melhoria medidas de apoio à NA ESCOLA
de flexibilidade das aprendizagens. aprendizagem.
curricular.
INCLUSIVA

Promove o desenvolvimento das Na avaliação das


áreas de competências inscritas aprendizagens.
no Perfil dos alunos à saída da
escolaridade obrigatória (a Na constituição de grupos
capacidade de resolução de de alunos consoante as suas
problemas, o relacionamento Adaptação dos necessidades e
interpessoal, os pensamentos recursos e materiais. potencialidades.
crítico e criativo, a cidadania).
A
intervenção
De acordo com a sua
do professor de ▪ através do trabalho colaborativo com
especialidade:
os diferentes intervenientes no processo
Educação educativo dos alunos;

Especial ▪ apoia os docentes na


definição de estratégias de
diferenciação pedagógica;

A intervenção
▪ pelo apoio direto prestado aos
do professor de ▪ no reforço das aprendizagens
alunos que terá, sempre, um caráter
educação complementar ao trabalho desenvolvido em
sala de aula ou em outros contextos
especial ▪ na identificação de múltiplos
educativos.
realiza-se de meios de motivação,
representação e expressão.
duas formas:
A filosofia inclusiva exige mudanças radicais no que diz respeito: ao papel do
educador ou professor, passando estes a intervir mais diretamente com os alunos
Necessidades Especiais de Aprendizagem; ao papel do psicólogo, que deve trabalhar
mais diretamente com os educadores ou professores; ao papel de todos os outros
Colaboração agentes educativos e também dos pais, que devem assumir uma participação mais
ativa no processo de aprendizagem do aluno.
e
cooperação
entre
Professores Segundo Lipsky e Gartner (1996, citados por Correia, 2005) refere que em vez de
se esperar que o professor possua todo o conhecimento e sabedoria necessários
para o atendimento de todos os alunos da classe, deve sim ser disponibilizado um
sistema de apoio que o assista e que o torne capaz de resolver problemas, de uma
forma cooperativa e colaborativa.

Procurar
soluções criativas
Os professores da classe regular devem relacionar-se e
para
colaborar, sempre que possível, com os professores de
determinados
educação especial e com os outros profissionais de educação. problemas
FORMAÇÃO A Declaração de
DE Essa formação
Salamanca consigna que não se deve limitar
PROFESSORES apenas aos
a preparação adequada
professores, mas
de todo o pessoal A formação contínua de
sim a todos os
A formação educativo constitui o professores é fundamental agentes educativos
responsáveis pela
inicial dos docentes factor chave na para a atualização e
educação desse
necessita de ser promoção de escolas especialização de indivíduos e aos
auxiliares da ação
complementada com inclusivas. Quando a competências dos docentes.
educativa.
formação profissional escola insere no seu seio Face a uma sociedade cada
adequada, que deve ser alunos com vez mais exigente em
pragmática, necessidades educativas padrões de qualidade, os
experimental, especiais, essa formação níveis de exigência crescem
competente, para auxiliar torna-se emergente para freneticamente ao ritmo dos
Otimizar
os professores a novos desafios e realidades. oportunidades de
que as prestações aprendizagem
aperfeiçoarem a sua arte educativas sejam as
e a conhecerem melhor o mais adequadas
ser que lhes foi entregue. (Correia)
Ler e analisar

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