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Os textos publicados neste caderno trazem os resultados da pesquisa “Chamada Nutricional de crianças
menores de 05 anos de idade residentes no semi-árido e assentamentos da Região Nordeste e do Norte de
Minas Gerais”, que foi realizada durante a segunda etapa da Campanha de Vacinação de 2005, e contou com
a participação de 1.100 prefeituras municipais e 10 governos estaduais, além do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF) e de 12 universidades públicas.
116 p. ; 28 cm.
ISSN 977180807504-0
CDD – 330.981
Junho de 2006
1
Técnicas do Departamento
de Nutrição da Universidade
Federal do Rio Grande do
Norte.
2
Pesquisadoras do Núcleo de
Alimentação e Nutrição da
Secretaria Estadual de Saúde
Pública do Rio Grande do
Norte.
Chamada Nutricional: um estudo sobre a situação nutricional das crianças do semi-árido brasileiro 91
Tabela 1 - Distribuição (%) segundo variáveis sócio-demográficas.
Crianças menores de cinco anos do Estado do RN, 2005.
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Para verificação dos distúrbios nutricionais antropométricos foram
considerados os seguintes indicadores preconizados pela World Health Organization
- WHO (1995): Estatura para Idade (E/I), que reflete períodos de desnutrição
prolongados em algum momento desde a concepção, que levaram à desaceleração
do processo de crescimento longitudinal; Peso para Estatura (P/E), que reflete a
proporcionalidade das dimensões corporais, indicando situação atual; e Peso para
Idade (P/I), que se constitui na relação antropométrica que vem sendo utilizada a
mais tempo no estudo da desnutrição infantil (inclusive adotada no cartão da
criança pelo Ministério da Saúde - MS), sendo de grande utilidade para o
acompanhamento clínico de triagem, devido à facilidade da tomada de medida e à
rápida variação com mudanças agudas nas condições metabólicas e de saúde.
Os resultados quanto à prevalência dos distúrbios nutricionais antropométricos
estão dispostos na Tabela 3. Entre os déficits nutricionais, a baixa estatura foi a
mais evidenciada (5,5%), sendo ligeiramente superior entre os meninos (6,0%)
quando comparada às meninas (5,0%). Na análise por idade há uma tendência de
aumento da cronicidade do déficit nutricional, embora inexplicavelmente na idade
de três anos haja uma brusca redução desta prevalência.
Quanto aos déficits ponderais (P/I e P/E), pode-se constatar que a prevalência
observada foi baixa (2,3% para déficit de P/I e 1,6% para déficit de P/E), considerando
que o limite aceito como satisfatório pela WHO é de 2,3%. Isto se constitui em
grande avanço no perfil nutricional desta população, confirmando que as formas
agudas dos déficits nutricionais antropométricos têm reduzida expressão
epidemiológica no Estado.
Há evidências que entre um e dois anos de idade há agravamento dos déficits
nutricionais, mais evidenciados nos indicadores P/I e P/E, devido aos condicionantes
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Conclusão
WHO. World Health Organization. Physical status: the use and interpretation
of anthropometry. Genebra: WHO, 1995. 439 p.
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