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4º Ano Pós-Laboral
Abril de 2022
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Luísa Francisco Massuanganhe
4º Ano Pós-Laboral
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
Conclusão......................................................................................................................................12
Bibliografia....................................................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema “ Necessidades Educativas Especiais” actualmente nossas
escolas é frequentado por muitos alunos com NEE. Ao longo dos tempos sempre houve alunos
com maior dificuldade de aprendizagem no seu percurso escolar que nem sempre tiveram direito
à educação. As escolas têm de encontrar formas e meios de responder com eficácia às
necessidades educativas de uma população escolar heterogénea, devendo ser construído um
espaço de aceitação que a todos responda de forma diferenciada. Há a necessidade e o dever de
lutar pela igualdade de oportunidades das crianças com NEE.
Esse tema na disciplina ou cadeira de estagio pedagógico é pertinente na medida em que vai nos
permitir ir ao estagio pedagógico sabendo que os alunos são diferentes e existem aqueles que
requerem um certo tratamento extra porque o nível de aprendizagem não é o mesmo com os ditos
alunos normais, ou seja, vai nos permitir identificar quais são as necessidades especiais que um
aluno com NEE precisa para atingir as suas potencialidades, porque nem sempre as NEE
vinculadas as dificuldades de aprendizagem significa que o aluno tem défice de inteligência,
mais sim requer outras formas de metodologia para a lecionação desses tipos de alunos, ou seja,
requer uma outra abordagem metodológica,
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender as necessidades educativas especiais.
E tem como objectivos específicos, contextualizar e apresentar o conceito de NEE; identificar os
tipos de NEE, indicar o papel do professor na promoção de uma dedução inclusiva
Em relação a metodologia esse trabalho é de cariz que pesquisa bibliográfica, onde ira-se
confrontar várias lliteraturas ou bibliografias que abordam sobre o tema a ser tratado. Entre tanto,
para além desta página introdutora o presente trabalho é estruturado em desenvolvimento onde
ira-se debruçar de todos os conteúdos respeitando as ordens dos típicos explícitos do plano
analítico da disciplina para esta temática, conclusão onde de forma breve ira-se trazer algumas
ilações entendidas sobre o tema abordado e bibliografia onde ira-se trazer as matérias
consultados para a relação deste trabalho.
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O conceito de NEE surge pela primeira vez, em 1978, com o relatório “Warnock”. Este refere-se
ao ensino ministrado em classes especiais ou unidades de ensino para crianças com determinados
tipos de deficiência, abarcando também a noção de qualquer forma adicional de ajuda desde o
nascimento até à maturidade para superar a dificuldade educacional, o que não acontecia antes da
implementação deste documento.
Este relatório fica conhecido com o nome de “Warnock” em reconhecimento a Helen Mary
Warnock que presidiu uma investigação durante quatro anos numa escola de educação especial
inglesa. Esta investigadora estudou e analisou grupos de crianças com deficiência e outras sem
deficiência chegando à conclusão de que para se ter dificuldades de aprendizagem não está
implícito ser deficiente, pois as crianças sem deficiência podem apresentar problemas e
distúrbios na aprendizagem.
Segundo este documento “o conceito de Necessidades Educativas Especiais, engloba não só
alunos com deficiências, mas todos aqueles que, ao longo do seu percurso escolar possam
apresentar dificuldades específicas de aprendizagem”. (Warnock, 1978, p.36 apud
Izquierdo,2006)
A Declaração de Salamanca veio então alargar o termo NEE que constava no relatório
“Warnock Report”. A orientação do documento remete ao princípio da inclusão e ao
reconhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir uma “Escola para Todos”.
As escolas têm de adaptar-se a todas as crianças independentemente, das suas condições físicas,
sociais, linguísticas ou outras. Assim sendo, o conceito de NEE inclui “crianças com deficiência
ou sobredotados, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas
ou nómadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou
grupos desfavorecidos ou marginais.” (Declaração de Salamanca, 1994, p.6)
Deste modo, todos aqueles que se encontrem em desvantagem, devido a deficiência, problemas
de saúde mental ou de aprendizagem, sobredotação, crianças de rua ou em situação de risco,
pertençam a minorias étnicas ou culturais, ou outras (Correia, 2003), são abrangidos por este
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conceito que reforça a necessidade de se criarem condições que permitam a inclusão destes
indivíduos num processo de aprendizagem acessível e universal.
Necessidades educativas especiais são aquelas que têm certos alunos com dificuldades
maiores que o habitual (mais amplas e mais profundas) e que precisam, por isso, de
ajudas complementares específicas. Determinar que um aluno apresenta N.E.E. supõe
que, para atingir os objectivos educativos, necessita de meios didácticos ou serviços
particulares e definidos, em função das suas características pessoais. (BRENNAM, 1990).
Os alunos com NEE são todos aqueles que necessitam de apoio educativo especial em algum
momento do seu percurso escolar, independentemente da sua duração ou gravidade, e assumindo que
a finalidade da educação tem que ser igual para todas as crianças, quer sejam deficientes ou não.
O princípio em que se baseia a escola inclusiva é o de que todos os alunos devem aprender
juntos, “sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que
apresentem.” (Declaração de Salamanca, 1994, p.11)
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As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades dos seus alunos,
adaptando-se aos diversos estilos e ritmos de aprendizagem de modo a assegurar uma educação
de qualidade, utilizando currículos adequados, modificações organizacionais, estratégias
pedagógicas, uso de recursos e cooperação com a comunidade.
Uma Necessidade Educativa Especial temporária exige uma modificação parcial do currículo de
acordo com as características do aluno, que se mantém durante determinada fase do seu percurso
escolar. Podem traduzir-se em problemas de leitura, escrita ou cálculo ou em dificuldades ao
nível do desenvolvimento motor, perceptivo, linguístico ou socioemocional.
Segundo Correia 1999, p.51) as Necessidades Educativas Especiais podem ser de:
Carácter intelectual: enquadram-se neste grupo alunos com deficiência mental, que
manifestam problemas globais de aprendizagem, bem como os indivíduos dotados e
sobredotados, cujo potencial de aprendizagem é superior à média.
Carácter processológico: abrange crianças e adolescentes com dificuldades de
aprendizagem relacionadas com a recepção, organização e expressão de informação.
Estes alunos caracterizam-se por um desempenho abaixo da média em apenas algumas
áreas académicas, e não em todas, como no caso anterior.
Carácter emocional: Neste grupo encontram-se os alunos com perturbações emocionais
ou comportamentais graves (ex: psicoses) que põe em causa o sucesso escolar e a
segurança dos que o rodeiam.
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Carácter motor: Esta categoria abarca crianças e adolescentes cujas capacidades físicas
foram alteradas por um problema de origem orgânica ou ambiental, que lhes provocou
incapacidades do tipo manual e/ou de mobilidade. Podemos citar a paralisia cerebral, a
espinha bífida, a distrofia muscular, amputações, poliomielite e acidentes que afectam a
mobilidade.
Carácter sensorial: Este grupo abrange crianças e adolescentes cujas capacidades visuais
ou auditivas estão afectadas. Quanto aos problemas de visão podemos considerar os
cegos (não lhes é possível ler, e por isso utilizam o sistema Braille) e os amblíopes (são
capazes de ler dependendo do tamanho das letras). Relativamente aos problemas de
audição, temos os surdos (cuja perda auditiva é maior ou igual a 90 decibéis) e os
hipoacústicos (cuja perda auditiva se situa entre os 26 e os 89 decibéis).
Para além destes grupos podemos ainda indicar as crianças e adolescentes com problemas de
saúde (que podem estar na origem dificuldades de aprendizagem - diabetes, asma, hemofilia,
SIDA), com problemas provocados por traumatismo craniano e os autistas.
Ainda na prespectiva de Correia, 1999, p.51) De modo facilitar a comunicação entre aqueles que
lidam com estas crianças, agrupam-se geralmente as Necessidades Educativas Especiais nas
seguintes categorias:
Problemas motores
Dificuldades de aprendizagem
Cegos-surdo
Deficiência mental
Deficiência auditiva
Perturbações emocionais graves;
Problemas de comunicação
Deficiência visual
Multideficiência
Dotados e sobredotados
traumatismo craniano
Outros problemas de saúde
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Segundo Piaget, Bruner e Hunt o desenvolvimento das crianças e adolescentes com necessidades
educativas especiais processa-se através de uma sequência de estádios idêntica à dos alunos
“normais”. Contudo, este desenvolvimento dá-se a um ritmo mais lento nas áreas de
aprendizagem em estas crianças e adolescentes apresentam problemas. Segundo estes autores o
seu desenvolvimento será favorecido por um ambiente de aprendizagem activo e está
condicionado pelo tipo de interacção com o meio que a rodeia.
Piaget defende ainda que deve existir um ajustamento construtivo entre o estádio de
desenvolvimento da criança e o ambiente de aprendizagem, através de uma prática educativa
cuidada designada por “processo de equilibração”.
Os estudos desenvolvidos por Harold Skeels ou pelo Programa Perry para a Pré-escolar indicam
que o funcionamento intelectual e o desenvolvimento geral das crianças com NEE podem ser
influenciados por um ambiente rico e estimulante que induz aumentos consideráveis no
funcionamento cognitivo destas crianças.
Assim, os objectivos educativos para as crianças com Necessidades Educativas Especiais devem
ser semelhantes aos objectivos educacionais das outras crianças, ou seja: melhorar a cognição e a
capacidade de resolução de problemas.
De uma forma geral, para atender os alunos com NEE no sistema educativo, torna-se necessário
que a escola aplique as seguintes estratégias:
Promoção de uma cultura de escola e de sala de aulas que percebe, aprecie e se adapte à
diversidade;
Existência de uma liderança forte;
Desenvolvimento e promoção de oportunidades de desenvolvimento profissional;
Desenvolvimento de uma planificação sistemática;
Implementação de práticas de colaboração entre alunos, professores e outros membros da
escola;
Implementação de práticas educativas flexíveis;
Implementação de apoios de qualidade, através de serviços multidisciplinares;
Realização de avaliação frequente e sistemática
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É um grande desafio aos professores o processo de inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com um
olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-aprendizagem.
Para que as escolas atendam ao processo de inclusão, os alunos com necessidades educacionais
especiais devem ser incluídos no ensino regular, onde o cujo processo de ensino precisa de uma
revisão, a fim de atender as demanda individuais de cada aluno, independentemente de suas
particularidades e diferenças, de modo a adequar e organizar o Currículo Escolar e o Projeto
Político Pedagógico da instituição, contemplando a diversidade de sua comunidade escolar,
formando um equilíbrio entre o desenvolvimento dos conteúdos previstos e a socialização de
todos os envolvidos
Segundo Fernandes (2006) o professor desempenha um papel importante na NEE pois ele deve
estar atento a todas situações e aplicar metodologias tendo em conta cada particularidade, como
se observar abaixo: :
Alunos surdos, que, por suas necessidades linguísticas diferenciadas, precisam conhecer
a língua de sinais e exigem profissionais intérpretes;
Alunos com deficiência visual, que necessitam de recursos técnicos, tecnológicos e
materiais especializados;
Alunos com deficiência física neuromotora, que exigem a remoção de barreiras
arquitetônicas, além de recursos e materiais adaptados à sua locomoção e comunicação;
Alunos com deficiência intelectual, que demandam adaptações significativas no
currículo escolar, respeitando-se seu ritmo e estilo de aprendizagem;
Alunos com condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos, psiquiátricos e
psicológicos que demandam apoios intensos e contínuos, além de atendimentos
terapêuticos complementares à educação;
Alunos com altas habilidades/superlotação, que, devido às motivações e aos talentos
específicos, requerem enriquecimento, aprofundamento curricular e/ou aceleração de
estudos. (FERNANDES, 2006,p. 30)
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Conclusão
Findo o trabalho, pode-se inferir que Cada aluno tem o seu ritmo de aprendizagem que deve ser
respeitado. Deste modo, a escola, de hoje e do futuro, bem como os seus currículos devem estar
preparados para responder, de forma convincente, à problemática do aluno, de acordo com as
suas particularidades e não vice-versa. O currículo deverá ser aberto e flexível, e onde se
verifique um trabalho participativo e cooperativo.
À escola cabe criar as condições ideais para que o ensino de crianças e adolescentes, com NEE,
se realize num ambiente o menos restritivo possível e igual ao das crianças ditas “normais”. O
percurso escolar destas crianças deverá, sempre que possível, processar-se no estabelecimento de
ensino na sua área de residência.
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Bibliografia
Correia, Luis Miranda. (1999). Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares.
Porto: Porto Editora
BRENNAM, W. K. O Currículo para Crianças com Necessidades Especiais. Lisboa, APM. 1990.
Freire, S. (2008). Um olhar sobre a inclusão. Revista da Educação. vol. XVI, n.º 1
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