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1 INTRODUÇÃO
Por que avaliar? A finalidade básica da avaliação: que sirva para intervir,
para tomar decisões educativas, para observar a evolução e o progresso da
criança e para planejara se é preciso intervir ou modificar determinadas situações,
relações ou atividades nas aulas.
Não se pode planejar avaliação, as estratégias e as situações utilizadas,
sem considerar o ensino, as situações ou as atividades que vamos propor em
aula.
A avaliação que se faz das crianças, nessa idade, pode ter conseqüências
e influências decisivas no seu processo de aprendizagem e de crescimento.
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O vocábulo “avaliar” origina-se do latim “valere”, que significa: ser forte, ter
valor. No senso comum, “avaliar” é empregado no sentido de atribuir valor a um
objeto. Assim, a avaliação permite diversos significados, tais, como: verificar,
calcular, medir, apreciar, classificar, diagnosticar, entre outros.
Avaliar, segundo Luckesi (1998), significa: Determinar a valia ou o valor de;
apreciar ou estimar o merecimento de: avaliar um caráter; avaliar um esforço; etc.
Com esta significação, a avaliação se encerra com a determinação de um juízo de
valor sobre a realidade.
Dentro da perspectiva pedagógica, esta acepção não é suficiente, pois,
segundo Luckesi (1998), a avaliação do aproveitamento escolar precisa ser
praticada como uma atribuição de qualidade dos resultados da aprendizagem dos
alunos e percebida como um ato dinâmico, que precisa ter como objetivo final
uma tomada de decisão que vise a direcionar o aprendizado para o pleno
desenvolvimento do educando. Essa visão é ampliada, quando se considera que
"avaliar é ser capaz de acompanhar o processo de construção de conhecimento
do educando, para ajudar a superar obstáculo"
Perrenoud (2001), por sua vez, afirma que a avaliação tradicional, além de
produzir fracasso, empobrece o processo de ensino-aprendizagem, induzindo os
professores a utilizarem didáticas conservadoras.
Na literatura, encontram-se concepções de avaliação com posturas e
procedimentos radicalmente diferenciados. Atualmente, verifica-se, nas práticas
escolares, a presença de duas concepções avaliativas opostas que se
sobressaem: avaliação classificatória e avaliação formativa, consideradas por
diversos autores como avaliação positivista e avaliação dialética.
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visões de educação diferentes, havendo com isto uma contra posição entre
teoria e prática.
O educador deve lutar para criar uma nova mentalidade junto aos
alunos, aos colegas educadores e aos pais, superando o senso comum
deformado a respeito da avaliação. O trabalho de sala de aula está inserido
numa totalidade e é muito difícil se concretizar uma transformação quando o
coletivo não está envolvido.
As expectativas dos professores sobre os seus alunos têm uma grande
influência sobre seu rendimento na escola – o juízo e as valorizações que
fazemos dos nossos alunos, freqüentemente, estão permeados por diferentes
fatores que, às vezes, não têm nada a ver com uma observação cuidadosa e
objetiva ((simpatia ou graça, vontade de aprender, obediência, físico,...)
Desse modo, a avaliação resultaria em uma ação renovadora e
precursora de qualidade, medindo a construção do homem. O educador não
pode mais atuar como juiz dando o veredicto a réus (alunos), professores e
alunos não são culpados de nada, são apenas atores que fazem parte do
universo educacional.
mesmos e do outro que divide o espaço social conosco, avaliação nos permite a
humanização.
A partir de uma análise da história da avaliação, perceber – se que: “A
teoria da avaliação educacional, no Brasil, sofreu uma grande influência dos
estudos norte-americanos. A partir dos anos 60, principalmente, foi muito ampla
a divulgação da proposta de Ralph Tyler conhecida como” avaliação por
objetivos”. Essa proposta passou a ser referencial teórico - básica nos
cursos de formação de educadores, causando até hoje grande e duradoura
repercussão nos meios educacionais. No enfoque avaliativo deste teórico,
Logo pode - se afirmar a falta de uma avaliação que contemple os dois lados:
quem avalia – o educador e quem é avaliado – o educando, e claro tendo em
mente de que quem avalia sempre estará se avaliando. logo...
... a questão que deve ser feita é se tal correção favorece a compreensão
e o desenvolvimento da autonomia dos alunos. Ou seja, se o fato de o
educador apontar ou ratificar suas respostas contribui para a
possibilidade de o estudante tomar consciência das contradições
(HOFFMANN, 1996:77).
Assim o professor tem o poder, é ele quem diz quem é nota “dez ou
zero”, ou quem é promovido a série seguinte ou não, são rituais que fazem
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... o ponto de partida para que a avaliação seja vista como meio
para se chegar ao fim vem a partir de um alto nível de
conscientização, tendo como meta principal à mudança da prática.
Sabemos que esse é um processo demorado e gradativo e que
requer mudanças de posturas do professor e da escola como um
todo.
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4 TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Vygotsky, por sua vez aborda esta relação a partir de duas perspectivas:
1) a relação geral entre o aprendizado x desenvolvimento e 2) os aspectos
específicos dessas relações quando a criança atinge a idade escolar. Em sua
analise Vygotsky toma como ponto de partida o fato de que o aprendizado das
crianças começa antes delas entrarem na escola, ou seja, qualquer
situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem
sempre uma história prévia.
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Na escola, têm contato com conceitos que não estão relacionados com
suas experiências imediatas com a realidade- eles são mais abstratos,
distantes de seu cotidiano. Este encontro entre conceitos cotidianos e conceitos
científicos cria uma contradição, que se supera na medida que o aluno
exercita os conceitos em pauta.
Superar tal situação, no entanto, não significa abandonar o conceito
científico pelo cotidiano (e vice-versa), pelo contrário, o aluno superará tal
situação criando um conceito novo, conceito este que se constrói a partir de uma
síntese entre ambos os tipos de conceitos.
Ao exercitarem estes novos conceitos, com a ajuda do professor, o
aluno terá a oportunidade de avaliar se os mesmos lhe permite uma
interpretação desta realidade; tal situação possibilita a emergência de
nova contradição e, conseqüentemente, a criação de um novo conceito
(nova síntese), e assim, o processo se desenvolve, movido pela construção
/ superação de novas teses e sínteses.
Nesse sentido, tal processo possibilita, paulatinamente, aos
alunos transformarem os conceitos cotidianos em científicos, e estes em
cotidianos, de tal modo que eles passarão, ao longo do tempo, a interpretar a
realidade a partir destes últimos (conceitos científicos).
Tal perspectiva nos permite analisar passo a passo o processo de
aprendizagem do aluno numa dimensão histórica, ou seja, nos revela as
mudanças cognitivas do aluno ao longo de seu contato com conteúdos
escolares (perspectiva cotidiana). Tais mudanças se expressam pela
reorganização constante tanto conceitos cotidianos como científicos
(perspectiva cumulativa). Vale lembrar, no entanto, que tal processo não é
uniforme ele ocorre em avanços e retrocessos, projetando as possibilidades
do aluno para o futuro (perspectiva diagnóstica / prognostica).
Tal análise também deve contemplar o desenvolvimento das funções
psicológicas que estão implicadas nas atividades propostas pelo professor,
pois serão através destas atividades que a criança desenvolverá o seu
pensamento, linguagem, atenção voluntária, as memórias, estabelecerá
relações correlações, etc...
O processo ensino-aprendizado, no entanto, não se encerra na
relação professor x aluno. Rockwell (1985).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
WERTSCH, James V.; RIO, Pablo del & ALVAREZ, Amélia. Sociocultural
studies: history, action, and mediation. In: Westsch, Jams V.; Rio, Pablo
del & Alvarez, Amélia (eds). Sociocultural studies of mind. New Cork:
Cambridge University Press, 1995, p.11-34.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
4 TEORIAS DA APRENDIZAGEM........................................................................34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................54
6 REFERÊNCIAS....................................................................................................57