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Lucas João Bassopa

O papel das instituições de garantia de qualidade na monitoria e avaliação da


implementação da política.

Licenciatura em Ensino Básico, em Habilitações de Supervisão Inspecção e Gestão das


Escolas Básicas.

Universidade Licungo
Beira
2021
Lucas João Bassopa

O papel das instituições de garantia de qualidade na monitoria e avaliação da


implementação da política.

Monitoria e Avaliação educacional

Licenciatura em Ensino Básico, em Habilitações de Supervisão Inspecção e Gestão das


Escolas Básicas.

Trabalho de carácter investigativo a ser entregue no


departamento de Educação, sob orientação de Dra. Júlia
Cuaira

Universidade Licungo
Beira
2021
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................2

2. O papel das instituições de garantia de qualidade na monitoria e avaliação da


implementação da política..........................................................................................................3

2.1. A monitoria e avaliação...............................................................................................3

2.2. Importância de M&A do sistema educativo na melhoria da qualidade de ensino......3

2.3. Instituições de Garantia da Qualidade.........................................................................4

2.4. Melhoria através da Inspecção....................................................................................5

2.5. Funções da Inspecção..................................................................................................5

2.6. Estrutura da Inspecção.................................................................................................6

3. Conclusão............................................................................................................................9

4. Referências bibliografias..................................................................................................10
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1. Introdução
O cenário da educação é a arma mais poderosa que tem o Homem para criar uma ética, para
criar uma consciência, para criar um sentido do dever, um sentido da organização, da
disciplina e da responsabilidade. Assim a escola como centro de socialização, deve cumprir
com o mecanismo para controlar a eficácia e eficiência, para orientar, regular e dirigir o
processo educativo dum jeito estimulante do desenvolvimento e ao serviço da qualidade da
aprendizagem em correspondência com sua missão. Portanto o presente trabalho, tem com o
propósito de analisar o papel das instituições de garantia de qualidade na monitoria e
avaliação da implementação da política. Neste âmbito, olhamos a monitoria e avaliação
pedagógica como uma actividade altamente contextualizada.

Ao longo do desenvolvimento da pesquisa serão apresentados os conceitos da monitoria e


avaliação, as instituições de garantia de qualidade, para além de serem apresentados os
conteúdos sobre a inspecção serão destacados as estruturas destas. É de realçar que, para a
concretização do presente trabalho, foi necessário algumas consultas bibliográficas em que
tratam sobre esta problemática.
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2. O papel das instituições de garantia de qualidade na monitoria e avaliação da


implementação da política
As Políticas são orientadas para a satisfação dos direitos ou necessidades dos cidadãos ou
grupos específicos de cidadãos, assim a monitoria e avaliação dos sistemas educativo estão
patente nesta afirmação. Portanto antes de debruçarmos aqui sobre a monitoria e avaliação de
sistema educativo, é necessário realçar os seus conceitos chave a respeito:

2.1. A monitoria e avaliação


Segundo MINED, (2011 citado em Santos, 2018, p.5) a monitoria “é um conjunto de
actividades que serve para observar, lembrar, documentar, visualizar, controlar, recomendar,
evidenciar o que está certo e informar sobre o que está errado”

A avaliação tem como o foco principal a melhoria permanente da qualidade, é uma função
que se revela de grande impacto nas instituições e na comunidade, ao contribuir para a
promoção da qualidade do ensino, investigação, acção cultural e extensão. Loiola & Natha,
(2009).

Nas perspectivas de Silva, (1989) o termo sistema pode definir-se de uma forma ampla e
formal como um conjunto de elementos distintos que interagem uns sobre os outros em
função de um determinado fim. O sistema educativo é, assim, constituído por um conjunto de
elementos orientados para fornecer o desenvolvimento pleno e harmonioso dos indivíduos, o
progresso social e a democratização da sociedade.

Em outras palavras, conforme os autores acima pode se afirmar a Monitoria e Avaliação no


Sector da Educação são produtos de um esforço conjugado de técnicos do Ministério da
Educação (MINED). De acordo com Santos, (2018) a monitoria de avaliação do sistema
educativo tende a melhorar controlo e a eficiência dos sistemas de protecção social
relacionados em primeiro lugar com os objectivos internos do sistema educativo e bem como,
comprovar o valor e a eficácia (relacionada, em primeiro lugar com os objectivos externos do
sistema educativos.

2.2. Importância de M&A do sistema educativo na melhoria da qualidade de


ensino
É de realçar aqui que um bom sistema de Monitoria e Avaliação do sistema educativo
promove um ciclo de aprendizagem contínua, promove a transformação na protecção social e
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melhora a prestação de serviços, de preferência, é provocado pela procura permanente da e


confere a mesma importância às funções de monitoria e avaliação. Além disso, um quadro de
Monitoria e Avaliação educativo harmoniza os indicadores em todos os programas de
protecção social em que pode ajudar a superar possível fragmentação ao nível político e
programático no ensino, ao mesmo tempo beneficiando-se em termos de custos de sinergias
de capacidades Santos, (2018).

Já para Santos, a monitoria tem por objectivo de contribuir para a obtenção dos resultados
desejados nos programas dos sitemas educaivos, porem, aprimora a gestão dos programas,
promovendo a aprendizagem organizacional, auxilia na tomada de decisão das instituições
que contribuem par o ensino e subsidia as avaliações dos programas e planos de governo
(2005).

2.3. Instituições de Garantia da Qualidade


Segundo Silva (1989, p.15), instituições de garantia da qualidade “pode ser entendida como
um termo global que se refere às políticas, procedimentos e práticas concebidos para obter,
manter ou melhorar a qualidade em áreas específicas, e que dependem de um processo de
avaliação.

Assim, esta avaliação pode centrar-se em várias vertentes: como nas escolas, directores de
escolas, professores e outro pessoal educativo, programas, autoridades locais ou ainda no
desempenho do conjunto do sistema educativo.

De acordo com CNAQ, (2016) o Decreto 64/2007, de 31 de Dezembro refere as seguintes


funções das instituições de garantia da qualidade:

 Implementar e supervisionar o sistema educativo;


 Assegurar a harmonia, a coesão e a credibilidade do sistema educativo através da
realização de avaliações externas;
 Participação na promoção de garantia da qualidade do ensino;
 Estabelecimento de parcerias com outras entidades homólogas.
Nas perspectivas de Mosha et al., (2003), as instituições que tende oferecer a garantia da
qualidade são:

Instituições de certificação – é a aprovação atribuída por uma autoridade relevante que


representa o interesse quer do público quer dos alunos a uma instituição, tendo em conta a
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existência de programas e um sistema de garantia da qualidade que assegure a oferta de


qualificações estabelecidas e padrões educacionais para um particular período de tempo.

Instituições de governação – podem ser os conselhos de escola ou comités de escola que são
normalmente utilizados. Esta instituição é responsável perante o país e as autoridades da
educação pela maneira como a escola funciona e para que a escola ofereça educação de
qualidade aos alunos.

Instituições de desenvolvimento Curricular - estão encarregues de conceber, desenvolver,


monitorar e avaliar os curricula para o ensino primário, secundário e formação de professores.
Mais especificamente, desenvolvam, analisam, iniciam e promovem as mudanças de acordo
com os propósitos e objectivos educacionais do país.

Portanto, o subsistema de avaliação constitui o ponto de partida do sistema de garantia da


qualidade no ensino. Este integra normas, mecanismos e procedimentos que são operados
pelas próprias instituições de ensino com vista a analisarem, interpretarem e sintetizarem as
dimensões que definem a instituição de ensino e de modo a identificarem alternativas para a
melhoria da qualidade do ensino, aprendizagem e da gestão institucional. CNAQ, (2016).

2.4. Melhoria através da Inspecção


Tendo em conta o quadro político na actualidade, de acordo com Afonso, (2002), o inspector
é visto como um fiscalizador de normas, o qual se expressa de forma coerciva e autoritária,
comprometendo um bom clima relacional com as escolas e os professores. Sheerens, Cees e
Thomas (2003, citado em Cabral, 2010, p.12), referem que “debater o valor da inspecção
educativa refere se um meio de atingir a qualidade na educação e como um ponto de partida
para melhorar o sistema de ensino, uma vez que o assunto é o interesse de todos os
intervenientes no processo educativo”.

Deste modo, assiste-se o fim da inspecção onde são feitos relatórios sobre a qualidade para os
vários parceiros, sugere que o modelo da inspecção dá ênfase à responsabilidade. Contudo,
isto não as escolas usam a inspecção para promover o desenvolvimento. Mas isso só pode ser
feito através de um equilíbrio entre a pressão que o exercício da inspecção exerce sobre as
escolas e o apoio que a escola recebe de forma a realizar o seu potencial Mosha et al., (2003).
Assim, num sistema centralizado, a inspecção possuía uma função mediadora entre as
autoridades ministeriais e as comunidades escolares, surgindo como um órgão de verificação
da legalidade dos procedimentos dos diversos agentes educativos e como uma entidade que
assegurava a fiscalização do cumprimento dos regulamentos normativos emitidos pelo poder
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central Afonso, (2002). O autor ainda acrescenta que, a intervenção inspectiva contribui na
melhoria das tarefas de verificação da conformidade técnica legal e da execução das políticas
educativas decididas a nível central.

2.5. Funções da Inspecção


De acordo com Cabral, (2010) a inspecção-geral de educação delega as funções de
conhecimento, controlo, auditoria, avaliação, provedoria e acção disciplinar e
desenvolvimento de actividades internacionais.

Portanto, este acompanhamento consiste essencialmente na observação e acampamento de


acção educativa das escolas, com o propósito de obter maior conhecimento da forma como as
políticas educativas são implementadas no sistema educativo Lucas, (2008). Assim, pretende-
se que desenvolvam melhores práticas administrativas e organizacionais da escola.

As funções de inspecção, visam ainda verificar e garantir o desempenho das


actividades educativas das unidades organizacionais ou dos segmentos do sistema
educativo através de cumprimento das disposições legais, para além de identificar
quais os factores que condicionam a sua eficácia, considerando os meios e serviços
disponíveis e prestados Cabral, (2010, p. 27).

Com tudo, nas ideias de Lucas, (2008) refere que, através da qual a instituição, servida de
profissionais tecnicamente competentes, trata de obter as evidências ou comprovações
relativas ao processo educativo através da inspecção. A essa função é inerente a função de
análise e valorização técnica do sistema educativo em geral e do sistema escolar, em
particular, posto que os factos apurados permitem à Inspecção fundamentar propostas
tecnicamente sustentáveis para o aprimoramento do serviço educativo.

Mosha et al., (2003) refere que os inspectores têm a função de assegurar que a política da
educação, as leis e regulamentos sejam respeitados; inspeccionar as escolas e aconselhar os
responsáveis pela educação sobre matérias relacionadas com a qualidade do ensino e
aprendizagem; aconselhar os responsáveis da educação sobre todo o desenvolvimento escolar;
iniciar e conduzir a pesquisa sobre a educação e disseminar a informação com o propósito de
melhorar os padrões de ensino nas escolas; agir como uma ligação entre as escolas, outras
instituições e o ministério da educação; realizar visitas de supervisão para melhorar a
qualidade de ensino nas escolas e analisar os programas e dirigir seminários para melhorar o
desempenho.
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2.6. Estrutura da Inspecção


De acordo com Mosha et al., (2003) a estrutura da inspecção é marcada pelo formato do
sistema de educação em que este organizado, isto é, centralizado ou descentralizado.
Num sistema centralizado de educação consiste no estabelecimento de uma autoridade global,
em princípio governamental ou estatal, que regule e presida às actividades de todas as
unidades do sistema integrado, em outras palavras pode se afirmar que este sistema é de
forma vertical. Já para o sistema descentralizado o mecanismo de prestação de contas da
inspecção é mais horizontal e diagonal entre a inspecção, as instituições de educação, os
gestores e administradores a nível zonal, distrital, da escola e da comunidade. Mosha et al.,
(2003).
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MINISTRO DA EDUCAÇÃO

INSPECTOR CHEFE DA
EDUCAÇÃO

OUTROS
DEPARTAMENTOS DO
MINISTÉRIO DA
E
EDUCAÇÃO
S

C
ADJUNTO DO INSPECTOR O
CHEFE DA EDUCAÇÃO
L

INSPECTORES DE ZONA

INSPECTORES DISTRITAIS

Ilustração 1: estrutura de Inspecção, Elaborado por Mosha et al., (2003, p. 78).


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3. Conclusão
Como conclusão, a monitoria e a avaliação devem sempre tomar em conta o objectivo de
reduzir as disparidades, as problemáticas enfrentadas nas escolas. Como se pode ver
claramente no ciclo, a monitoria acontece ao mesmo tempo em que acontece a implementação
das actividades, enquanto a avaliação faz parte das actividades relacionadas com o processo
de planificação.

Para além disso, como nos referimos, o objectivo desta pesquisa é de analisar o papel das
instituições de garantia de qualidade na monitoria e avaliação da implementação da política.
Assim sendo, da análise, leituras feitas nas referências bibliográficas, a maioria dos autores
argumentam que a inspecção, a monitoria e avaliação tem um impacto positivo no Processo
de Ensino Aprendizagem, pois regula o comportamento e contribui para a organização da
escola.
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4. Referências bibliografias
Afonso, N. (2002). A avaliação do serviço público de educação: Direito do cidadão e dever
do Estado. In Conselho Nacional de Educação (Ed.). Qualidade e avaliação da educação:
Lisboa Ministério da Educação/CNE.

Mosha, J. Herme., Galabawa, C. Justinian., Alphonce, Ndibalema., Dachi, Hillary., & Komba,
Willy. (2003). Modulo de monitoria e avaliação da política, planos e programas
educacionais. In The Department of Educational Planning and Administration (EPA):
Tanzânia.

Cabral, Paula Ana. (2010). Inspecção em educação: controlo e/ou supervisão. Universidade
de Acores. Ponto Delgada.

Lucas, Clara. (2008). A intervenção da inspecção na educação. Lisboa: Ministério da


Educação/IGE.

Concelho Nacional de Avaliação de Qualidade-CNAQ (2016). Sistema nacional de


avaliação, acreditação e garantia de qualidade do ensino superior. Maputo, Moçambique:
CNAQ.

Silva, Bento (1989). Sistema Educativo. In Cadima Ribeiro (coord.), Distrito de Braga -
Demografia, Educação, Economia, Património, Política.

Santos, J. Junior. (2018). Avaliação da monitoria da progressão por ciclos de aprendizagem


no ensino Primário em Moçambique: o caso do Distrito de angoche em Nampula.
ITER/SCIENTA.

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