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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE CURSO DE

GRADUAÇÃO

O que é a avaliação do MEC?


A avaliação do MEC é realizada periodicamente tanto em instituições de educação básica quanto no
ensino superior, a fim de atestar a qualidade do aprendizado em cada uma delas.
O Ministério da Educação é o órgão governamental federal cuja responsabilidade é garantir a
regulamentação e fiscalização da educação em todo o território nacional.
Foi criado em 1930 pelo governo do então presidente Getúlio Vargas, com o nome de Ministério dos
Negócios da Educação e Saúde Pública.
A sigla MEC, bastante conhecida hoje em dia, surgiu apenas em 1953, quando a área de Saúde adquiriu
autonomia e surgiu o Ministério da Educação e Cultura, com o objetivo de assegurar o ensino de
qualidade no país.
Uma vez que o Ministério da Educação tem a função de cuidar de todo o sistema educacional brasileiro,
desde a educação infantil até o ensino superior, passando pela elaboração e execução da Política
Nacional de Educação, ele realiza avaliações nas instituições. Elas servem como base para o
desenvolvimento de políticas públicas.
Para analisar a educação básica em larga escala, há a Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Básica (Saeb). Essas são avaliações para diagnóstico desenvolvidas pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Elas visam a verificar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro, por meio
de testes padronizados e questionários socioeconômicos.
Mas vamos focar, nesse artigo, na avaliação do MEC voltada à educação superior, cujo objetivo é
analisar: as instituições em si, os cursos e o desempenho dos estudantes.
Quais são os processos de avaliação do MEC?
A avaliação do MEC é feita por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(Sinaes), composto pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), pela Avaliação de
Cursos de Graduação e pela Avaliação Institucional, que é realizada por avaliadores in loco
O principal objetivo da avaliação do Ministério da Educação é assegurar a qualidade das IES e o bom
desempenho acadêmico de seus alunos, garantindo que o ensino superior do Brasil seja de alto nível,
levando em consideração padrões brasileiros e mundiais. Na prática, isso significa também a formação
de profissionais de qualidade que serão inseridos no mercado de trabalho.
Além disso, o Sinaes tem como função promover o aprofundamento dos compromissos e
responsabilidades sociais das instituições. Isso acontece por meio da valorização de sua missão
pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação
da autonomia e da identidade institucional.
Como surgiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes)?
O Sinaes consiste em um mecanismo de avaliação criado pelo MEC para realizar o
acompanhamento de todas as instituições brasileiras que oferecem educação de nível superior.
Criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, ele é pautado por três componentes, como
indicamos anteriormente: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos
estudantes.
Cabe ao Sinaes avaliar todos os aspectos que envolvem esses três eixos, o
que inclui:
 Ensino;
 Pesquisa;
 Extensão;
 Responsabilidade social;
 Gestão da instituição;
 Corpo docente;
 Instalações;
 Desempenho dos alunos.
Os processos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação da
Educação Superior (Conaes), sendo que a operacionalização é de responsabilidade do Inep.
Quais são os objetivos da avaliação do MEC?
A avaliação do MEC tem como objetivo:
 Identificar o mérito e valor das instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões
de ensino, pesquisa e extensão, gestão e formação;
 Melhorar a qualidade da educação superior, orientando a expansão da oferta;
 Promover a responsabilidade social das instituições de educação superior, respeitando a sua
identidade institucional e autonomia.
Sendo assim, as informações obtidas com o Sinaes são usadas:
 Pelas IES para orientar a sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social;
 Pelos órgãos governamentais, para orientar o desenvolvimento de políticas públicas;
 E pelos estudantes, pais de alunos e público em geral, para orientar decisões ligadas à realidade
dos cursos e das instituições.
Como funciona a avaliação do MEC?
O Ministério da Educação avalia questões institucionais das IES, além de ensino, administração da
instituição, pesquisa, extensão, desempenho dos alunos, responsabilidade social, corpo docente e
instalações físicas.
Os três principais indicativos de qualidade avaliados são:
 Conceito Preliminar de Curso (CPC): este indicativo leva em consideração os resultados dos
cursos superiores.
 Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC): este índice leva em consideração os
resultados das IES como um todo.
 Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): leva em consideração os resultados
relacionados ao desempenho dos estudantes das instituições avaliadas por meio do Enade. Esse
exame é aplicado aos alunos de cursos de graduação, ao final do primeiro e do último ano de
curso.
A avaliação de qualidade das IES considera dez dimensões, sendo elas:
 Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);
 Política para ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão;
 Responsabilidade social da IES;
 Comunicação com a sociedade;
 As políticas de pessoal, carreiras do corpo docente e de técnico-administrativo;
 Organização de gestão da IES;
 Infraestrutura física;
 Planejamento de avaliação;
 Políticas de atendimento aos estudantes;
 Sustentabilidade financeira.
Porém, a avaliação dos cursos considera apenas três dimensões, sendo elas:
 Organização didático-pedagógica;
 Perfil do corpo docente;
 Instalações físicas.
Quais são os instrumentos de avaliação do MEC?
A avaliação proposta pelo Sinaes conta com algumas etapas e instrumentos, são elas: a autoavaliação
e a avaliação externa.
Confira a seguir:

Autoavaliação
Essa primeira etapa é conduzida pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), que articula um estudo
reflexivo da IES. Sua função é coordenar o processo interno da instituição.
Dessa forma, a autoavaliação contribui para a identificação dos meios e recursos necessários para a
melhoria da IES. Além disso, as CPAs tem a finalidade de analisar os acertos e os erros do próprio
processo de avaliação.
Os critérios precisam seguir um roteiro geral, proposto em nível nacional. As CPAs devem ser
cadastradas no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), uma
instituição vinculada ao Ministério da Educação.
Avaliação externa
Essa avaliação é feita por membros externos, designados pelo Inep. A comissão é formada por
profissionais pertencentes à comunidade acadêmica e científica. Além de analisarem a autoavaliação
de cada IES, eles também fazem suas próprias observações.
A avaliação externa leva em consideração diversos pontos, como:
 infraestrutura e instalações;
 acervo da biblioteca;
 gestão da instituição;
 qualidade do corpo docente, levantando número de professores mestres e doutores;
 pesquisa e responsabilidade social.
Isso significa que essa avaliação compara os objetivos, resultados e pontos declarados pela instituição
em sua autoavaliação com aquilo que os avaliadores observam sobre a realidade institucional.
Como são avaliadas as estruturas físicas das IES?
Muitas IES ao se prepararem para serem avaliadas pelo MEC se preocupam apenas com os aspectos
didáticos, pedagógicos e com o corpo docente, porém as estruturas físicas representam um importante
critério para conseguir uma boa avaliação.
Como os critérios de avaliação do percurso didático-pedagógico e a avaliação do corpo docente são
variáveis de acordo com o curso, confira aqui como, de maneira geral, é feita a avaliação do MEC.
Para atingir a nota 4 do Ministério da Educação quanto à infraestrutura, é verificado se a instituição
atende às necessidades de seus cursos, considerando:
 O conforto das instalações para os estudantes durante as aulas;
 Se os espaços passam por manutenções regulares;
 Se existem recursos de comunicação e TI necessários para as atividades que serão realizadas; e
 Se existe possibilidade de flexibilização da configuração dos espaços, a fim de potencializar a
aprendizagem.
Já para obter o conceito 5 no sistema de pontuação do MEC, a sala de aula precisa disponibilizar para
os estudantes recursos para além dos acima descritos.
4 dicas de infraestrutura para a avaliação do MEC
Levando em consideração os aspectos de avaliação do MEC, confira agora 4 dicas para melhorar
a avaliação da sua instituição de ensino quanto à estrutura:
1. Garanta o conforto das instalações;
2. Realize manutenções frequentes;
3. Invista em recursos de comunicação e TI;
4. Pense em estruturas que possam ser alteradas de acordo com as necessidades.
Entenda cada item:
1. Garanta o conforto das instalações
Os estudantes passam parte significativa do seu dia em sala de aula ou aproveitando os espaços da
universidade para estudar.
Assim, as estruturas físicas adequadas melhoram o desempenho dos estudantes, e por isso é
necessário que o espaço de sala de aula seja adaptado às necessidades e aos diversos tipos corporais
dos estudantes.
Outros fatores que devem ser levados em conta em conta quando o assunto é conforto:
 Limpeza da sala;
 Acústica adequada;
 Espaços acessíveis e inclusivos;
 Espaços bem iluminados; e
 Ventilação dos ambientes.
2. Realize manutenções frequentes
As instituições de ensino recebem centenas e até milhares de estudantes todos os dias, fazendo com
que os espaços sejam utilizados por vezes repetidas. Tudo isso desgasta não só o espaço físico, mas
também a mobília das faculdades e centros universitários.
Por isso, é fundamental realizar manutenções frequentes a fim de identificar possíveis melhorias e
até mesmo substituições, caso sejam necessárias

3. Invista em recursos de comunicação e TI


Todos os equipamentos que venham para somar ao aprendizado dos estudantes são bem-vindos.
Por isso, é essencial que as salas de aulas contem com computadores, projetores e demais ferramentas
tecnológicas que incentivam a comunicação e a troca de conhecimento entres os estudantes.
Embora esse investimento possa parecer custoso, o retorno pedagógico é imenso, podendo ajudar não
só na avaliação de estrutura como na avaliação didático-pedagógica do MEC.
4. Pense em estruturas que possam ser alteradas de acordo com as necessidades
O mobiliário de uma Instituição de ensino precisa ser pensado de maneira que possa ser configurado
de acordo com as necessidades dos cursos e das aulas.
Nesse sentido, trabalhos em grupo, discussões e debates exigem configurações espaciais diferentes.
Assim, as carteiras, mesas e bancadas devem atender a essas necessidades.
Censo da Educação Superior
O Censo da Educação Superior também é realizado pelo Inep. Trata-se de um instrumento de
pesquisa das IES que coleta informações sobre infraestrutura, vagas oferecidas, candidatos, matrículas,
ingressantes, concluintes e docentes.
Para tanto, utiliza as informações do cadastro do sistema e-MEC, que veremos em detalhes
adiante. Nele, são mantidos os registros de todas as instituições de educação superior, seus cursos
e locais de oferta
Os objetivos do Censo incluem:
 Oferecer informações estatísticas confiáveis, que ajudem a conhecer e
acompanhar o sistema brasileiro de educação superior.
 Subsidiar o Ministério da Educação com informações estatísticas para as
atividades de acompanhamento e avaliação, programas de expansão e de
melhoria da qualidade deste nível de ensino, entre outros;
 Disponibilizar dados para o cálculo de indicadores que fundamentam a
formulação e a implementação de políticas públicas;
 Contribuir com o trabalho dos gestores das IES e demais gestores de governo,
de instituições de âmbito público ou privado, pesquisadores, especialistas e
estudantes do Brasil e de outros países, bem como de organismos
internacionais.
Cadastro de cursos e instituições
Essa avaliação é feita pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), órgão
colegiado de coordenação e supervisão do Sinaes. Na avaliação, as informações sobre o cadastro das
IES e de seus cursos são levantadas e disponibilizadas para acesso público.
Entre as atribuições do Conaes, estão também: propor e avaliar as dinâmicas, procedimentos e
mecanismos da avaliação institucional, de cursos e de desempenho dos estudantes; e, anualmente,
submeter à aprovação do MEC a relação dos cursos cujo os estudantes farão o Enade.
Juntos, todas esses instrumentos possibilitam que sejam atribuídas notas, ordenadas numa escala com
cinco níveis, que são divulgadas para consulta do público.
O que é o e-MEC?
De acordo com o Ministério da Educação, o e-MEC é um portal eletrônico de acompanhamento dos
processos que regulam a educação superior no Brasil.
Criada em 2007, a plataforma tem por objetivo tornar todas estas solicitações mais rápidas e eficientes.
As IES podem fazer pedidos de regulamentação e acompanhar o andamento deles de forma
totalmente on-line.
O portal também incorpora o Cadastro e-MEC. Esta ferramenta é uma base de dados oficial e única de
informações das IES subordinadas ao sistema federal de ensino, e dos cursos de graduação e pós por
elas oferecidos.
Quais informações podem ser consultadas no e-MEC?

Por meio do e-MEC, você pode consultar informações essenciais para o


funcionamento de sua IES. Confira abaixo as funcionalidades do portal:
 Cadastro e-MEC: saber se uma IES é credenciada pelo MEC;
 Consultar notas da IES e dos cursos por ela oferecidos;
 Solicitar e acompanhar pedidos de credenciamento MEC e recredenciamento institucional;
 Processos de aditamento de atos autorizativos;
 Solicitar e acompanhar pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento de curso MEC;
 Acesso a manuais de instrução, na aba “Documentos de Apoio ao Sistema”;
 Inscrições para o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (BASis);
 Tirar dúvidas sobre os processos do MEC, na aba “Perguntas Frequentes”.

Como saber se uma IES é credenciada pelo MEC?


Para verificar se uma instituição é credenciada pelo MEC, você deve entrar no e-MEC, plataforma
digital que oferece um banco de dados, agrupando todas as IES brasileiras.

Confira o passo a passo para checar o credenciamento:


1. Acesse o portal e-MEC;
2. Clique na aba “Consulta avançada”, e selecione “Instituição de Educação
Superior”;
3. Preencha o quadro com pelo menos uma informação a respeito da IES (quanto
mais dados você fornecer, mais específicos serão os resultados);
4. Digite o código de verificação ao final da tela;
5. Clique em pesquisar;
6. Se a IES estiver credenciada pelo MEC, ela aparecerá nos resultados.
Quais são os indicadores de qualidade das IES?
Como citamos anteriormente, muitos alunos ingressantes na educação superior consultam
os indicadores de qualidade do MEC na hora de decidir pela IES. Afinal, ter uma boa nota é sinônimo
de ter um bom ensino, além de boa infraestrutura e um corpo docente qualificado.

De acordo com a Portaria Normativa nº 840, de 34 de agosto de 2018, compete ao


Inep definir, calcular e divulgar, em ato próprio, os indicadores da educação superior,
provenientes de suas bases de dados e de outras bases oficiais que possam ser
agregadas a fim de subsidiar as políticas públicas voltadas para o setor.
Art. 62. Compete ao Inep propor, calcular e divulgar Indicadores de Qualidade da Educação
Superior, segundo metodologias específicas, aprovadas pela Conaes, registradas anualmente em
notas técnicas.
 1º Os insumos utilizados para fins de cálculo e divulgação dos Indicadores de Qualidade da
Educação Superior serão provenientes do Enade e/ou de outras bases de dados oficiais.
 2º Serão considerados válidos, para fins de cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação
Superior, todos os resultados dos estudantes com presença devidamente registrada no local de
aplicação de prova designado pelo Inep e que tenham realizado o Enade nas condições de
aplicação previstas nos documentos constitutivos do Exame.

Nesse contexto, o MEC possui quatro indicadores de qualidade para avaliação da educação superior:
Conceito Preliminar de Cursos (CPC), Índice Geral de Cursos (IGC), Indicador de Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e Conceito Enade.
Conceito Preliminar de Cursos (CPC)
O Conceito Preliminar de Curso é um dos índices de avaliação do MEC, calculado e divulgado no
ano seguinte à realização do Enade, que avalia o desempenho dos estudantes, levando os resultados do
Exame em consideração.
Além disso, o CPC avalia o processo formativo e a qualidade do corpo docente, infraestrutura,
instalações e recursos didático-pedagógicos.

Entenda o peso de cada um destes aspectos na nota final do Conceito


Preliminar de Curso:
 Desempenho dos estudantes (20%): medido por meio das notas dos estudantes concluintes
do curso no Enade.
 Valor agregado pelo processo formativo (35%): medido por meio do IDD (Indicador de
Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado). Para esse cálculo, é considerado o
desempenho do aluno e as suas características no momento em que entra e sai do curso, e os
demais elementos variados que afetam o seu desempenho enquanto estudante.
 Corpo docente (30%): baseado em informações obtidas a partir do Censo da Educação
Superior sobre a titulação e o regime de trabalho dos docentes vinculados aos cursos avaliados.
Neste caso, são levados em conta fatores como a proporção de mestres (7,5% do conceito), a
proporção de doutores (15%) e a de professores em regime de trabalho parcial ou integral
(7,5%).
 Percepção discente sobre as condições do processo formativo (15%): mensurado a partir
das respostas do Questionário do Estudante (que os alunos preenchem durante o Enade). Nesse
quesito, são avaliadas e consideradas informações referentes à organização didático-pedagógica
da instituição de educação superior. Entram também a sua infraestrutura, as instalações físicas
e as oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional.
Escala de notas do CPC
A escala de notas do CPC varia de 1 a 5. É importante ressaltar que notas abaixo de 3 são consideradas
insatisfatórias. Já as instituições que alcançam pontuação 5 se tornam referência para outras IES.
Entenda as notas:
 Notas 1 e 2: o rendimento da instituição é abaixo da média, sendo insatisfatório.
 Nota 3: a instituição cumpre minimamente os requisitos exigidos pelo MEC, sendo considerado
dentro da média.
 Nota 4: as instituições que atingem nota 4 estão acima da média, entregando mais do que o
mínimo exigido pelo Ministério da Educação.
 Nota: 5: é considerado resultado de excelência, alto nível de qualidade. As instituições que
conquistam nota 5 se tornam referência para outras IES.
As instituições que alcançarem notas 1 e 2 no CPC são automaticamente incluídas no cronograma de
visitas dos avaliadores do INEP. Notas a partir de 3 podem optar por não receber a visita dos
avaliadores, transformando o CPC em conceito permanente.
Os resultados do CPC são divulgados pelo Ministério da Educação para consulta pública.
Índice Geral de Cursos (IGC)
O Índice Geral de Cursos representa a nota da instituição como um todo, e o cálculo é realizado
anualmente. O IGC analisa três aspectos:
 Média dos CPCs: neste aspecto, é levado em consideração as notas dos últimos três CPCs,
além do número de matriculados em cada um dos cursos computados;
 Avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu: neste aspecto, é levada em
consideração a média dos programas de pós-graduação stricto sensu, que são
atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que é
vinculado ao Ministério da Educação. Também são consideradas as últimas três notas.
 Distribuição dos estudantes: este aspecto leva em consideração a distribuição de estudantes
nos diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação stricto sensu.
Assim como o CPC, o resultado do Índice Geral de Cursos também é apresentado por notas de 1 a 5 e
a média menor que 3 é considerada insatisfatória. Caso a IES obtenha notas 1 ou 2, ela poderá recorrer.
Se a nota final continuar abaixo da média, a instituição não poderá abrir novos cursos ou ampliar o
número de vagas para aqueles que já são oferecidos.
As notas do IGC significam:
 Notas 1 e 2: rendimento abaixo da média, considerado insatisfatório.
 Nota 3: os requisitos exigidos pelo Ministério da Educação foram minimamente atendidos,
dentro da média.
 Nota 4: acima da média. A instituição está entregando mais do que o mínimo exigido pelo
MEC.
 Nota: 5: considerado resultado de excelência, alto nível de qualidade, se tornando referência
para outras IES.
Os resultados do IGC são divulgadas pelo Ministério da Educação para consulta pública.
Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD)
O Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) é um índice de qualidade
que corresponde ao valor agregado pelo processo formativo dos alunos.
Para resumir, o IDD é uma boa métrica para avaliar o quanto o ensino superior acrescenta ao
conhecimento do estudante.
Ele se aplica a todas as instituições, seja no ensino presencial ou a distância, que tiveram pelo menos
dois alunos se formando e realizando a prova do Enade e dois alunos ingressando no mesmo curso.
Além disso, é importante ter em mente que esse indicador representa 35% do total do CPC.
Com o resultado, é possível observar o desenvolvimento dos estudantes desde o momento do ingresso
no curso de graduação avaliado até a sua conclusão.

Três principais fatores podem ser levados em conta como determinantes


do desempenho dos concluintes de cursos de graduação:
1. Características de desenvolvimento do estudante concluinte ao ingressar na Educação Superior;
2. Qualidade das condições do processo formativo oferecido pelos cursos;
3. Outros elementos variados que afetam o desempenho do estudante (que são levados em
consideração numa equação que utiliza um termo de erro).

Como esse índice é obtido?


De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os conceitos 1 e 2 são considerados baixos, o
conceito 3 é considerado regular e os níveis 4 e 5 são classificados como altos. Tanto o IDD como o
conceito Enade apresentam uma distribuição concentrada no nível 3 (regular).
Sua instituição precisa ter no mínimo 2 estudantes participantes do Enade com informações
recuperadas da base de dados do Enem no período entre o ano de ingresso no curso avaliado e os 3
anos anteriores.
É necessário também que esse número atinja, pelo menos, 20% (vinte por cento) do total de estudantes
concluintes participantes do Enade com dados recuperados do Enem.
Como é feito o cálculo do IDD?
Desde 2014, o IDD é calculado individualmente, ou seja, ele compara o desempenho de um mesmo
estudante no início, com a nota do Enem, e no final do curso, com a nota do Enade. Isso é possível
porque o Inep passou a incorporar nas avaliações e análises as informações no nível dos indivíduos,
por meio do CPF.
A nota usada no cálculo do IDD é a média ponderada das notas de formação geral e de conteúdo
específico, com pesos de 0,25 e 0,75, respectivamente. As notas de FG e de CE indicam a quantidade
de acertos em uma escala de 0 a 100. Após isso, subtrai-se a média dos cursos e se divide pelo desvio
padrão das médias dos cursos por área.
Assim, o índice se baseia numa métrica relativa na qual valores positivos indicam que o desempenho
médio dos ingressantes é superior ao esperado e valores negativos apontam que o desempenho médio
é inferior ao esperado.

Procedimentos adotados
Como forma de minimizar possíveis problemas de estimativa, alguns procedimentos foram adotados:
 Considerou-se computar a nota média do curso, tanto no desempenho do ingressante quanto no
desempenho do concluinte, apenas daqueles estudantes com notas maiores que zero;
 Retirou-se das estimações cursos com menos de 10 participantes ou com taxa de participação
inferior a 20% dos selecionados;
 O objetivo de complementar a informação de perfil dos estudantes que um determinado curso
recebe, foi incluído o nível de escolaridade do pai dos estudantes ingressantes e concluintes do
curso;
 Contornar possíveis problemas causados pela evasão dos estudantes ao longo do curso, inclui-
se nas estimações a razão entre o número de concluintes e o de ingressantes do curso;
 Para o caso das áreas avaliadas pela segunda vez, considera-se o número de ingressantes do
curso referente ao ano da avaliação da área no ciclo anterior;
 Para o caso das áreas avaliadas pela primeira vez, consideram-se as informações de ingressante
do mesmo ano de referência da avaliação.
Para atingir uma boa nota é preciso observar a relação existente entre o perfil dos ingressantes e dos
estudantes concluintes do mesmo curso. Assim, conhecendo o desempenho dos estudantes que
ingressam na IES, é possível extrair uma estimativa de qual será o resultado esperado na avaliação de
desempenho dos estudantes ao final do curso.
Nesse cenário, a IES precisa ter consciência para aceitar e entender que nem todos os itens
determinantes para o resultado do IDD são passíveis de atuação direta da instituição.
Variáveis como problemas de ordem pessoal do aluno, que podem prejudicar os resultados, seja
pontualmente ou ao longo do curso, são mais difíceis de sanar, mas também são passíveis de suporte.
No entanto, a maioria dos aspectos para essa conjuntura são de inteira responsabilidade da instituição
e do serviço ofertado. Por isso a importância do IDD na avaliação do MEC.
Como consultar o IDD da minha IES?
Para consultar o IDD da sua IES, você pode acessar a aba “Dados abertos”, depois clicar em
“Indicadores de Qualidade da Educação Superior” no portal do Inep.
O que o desempenho calculado no IDD reflete na IES?
Nesse contexto, uma avaliação crítica da IES diante dos resultados do IDD permite que ela possa
utilizar o indicador como uma ferramenta única e poderosa de medição da sua qualidade de ensino e
detectar possíveis falhas nos seus recursos pedagógicos e cronogramas de conteúdo.
Uma instituição em busca de qualidade não abre mão de um reposicionamento estratégico a partir
desses resultados. Nunca é demais lembrar, que esses indicativos são um medidor oficial do governo,
mas podem ser também recursos de avaliação para a própria IES.

Enade: avaliação do MEC para os estudantes


O rendimento dos alunos é avaliado por meio do conceito Enade. Esse Exame é realizado
periodicamente pelo Inep e aplicado aos estudantes de cursos de graduação, ao final do primeiro e do
último ano de curso.
O Enade leva em consideração fatores como:
 O Exame conta com conteúdos programáticos estabelecidos na grade curricular dos cursos de
graduação. Ou seja, aspectos específicos dos cursos e a qualidade do ensino.
 O Enade considera também as necessidades do mercado de trabalho, avaliando o estudante que
irá ingressar nele.
 A qualidade do curso também é avaliada por meio do desempenho dos alunos das instituições.
 Os resultados precisam estar dentro do nível mínimo de qualidade exigido pelo Ministério da
Educação.
Na prática, o Enade é uma prova composta por 40 questões que analisam conhecimentos, competências
e habilidades, avaliando o rendimento dos estudantes de cursos de graduação.
O Exame é dividido em duas partes, sendo a primeira delas chamada de Formação Geral, que contém
questões sobre diversos temas de conhecimento geral e importantes para os brasileiros.
Já a segunda parte é o Componente Específico, que conta com questões para que o estudante comprove
os conhecimentos adquiridos durante a graduação, além de habilidades voltadas para o curso em que
está inserido.
Conceito Enade
O Conceito Enade avalia os cursos de graduação por meio dos resultados obtidos pelos estudantes no
Enade. Para tanto, considera os conteúdos que o curso se propõe a ensinar e as habilidades e
competências desenvolvidas pelo estudante durante a sua formação.
O Conceito Enade estipula um conceito comparativo entre o curso oferecido pela sua IES em relação
às demais. É concedido às instituições que tiverem dois ou mais estudantes participantes do Enade.
O cálculo desse conceito considera os dados do desempenho individual dos estudantes nas provas de
Formação Geral e Componente Específico, assim como o número de alunos participantes de cada curso
por IES.
A parte de Componente de Conhecimento Específico contribui para 75% da nota final, enquanto a de
Formação Geral para 25%.
Para um resultado mais justo do conceito, o Inep estipula que todas essas médias sejam padronizadas.
Sendo assim, é considerado um desempenho médio nacional e também um desvio padrão, calculado
por meio dos resultados de todas as instituições participantes.
Assim como o Conceito Preliminar de Cursos e o Índice Geral de Cursos, o resultado do Enade também
é divulgado por meio de uma escala que varia de 1 a 5. Da mesma forma, as instituições que obtêm
nota 3 estão dentro do mínimo exigido pelo Ministério da Educação. Já as notas inferiores, são
consideradas abaixo das expectativas, sendo insatisfatórias. E, por fim, as notas 4 e 5 são resultados
acima da média exigida pelo Ministério da Educação.

Quais são os impactos da avaliação do MEC?


Realizar uma formação superior é um investimento para os estudantes e suas famílias. Sabemos que o
empenho nos estudos não é suficiente, e que há recursos financeiros que são dedicados a esse processo.
É por isso que os alunos costumam ser bastante criteriosos ao escolher uma instituição de educação
superior. Eles buscam opções bem avaliadas e que lhes assegurem uma qualificação adequada para o
mercado de trabalho.
Portanto, é a partir de uma boa avaliação do MEC que as IES garantem o seu funcionamento e oferta
de cursos. Além de atestar a qualidade da instituição, a avaliação positiva do MEC contribui para
a captação e retenção de alunos.
Uma performance insatisfatória pode implicar em desde um processo de supervisão do Ministério da
Educação até a sujeição a sanções, se não houver melhorias.
Diante disso, é importante ter em mente que a continuidade das atividades da instituição e, mais do que
isso, de seu crescimento e reconhecimento no mercado podem ficar comprometidos frente a aspectos
como: instabilidade financeira, precarização da oferta de cursos e falta de compromisso para resolver
os problemas identificados.
Para se tornar referência diante da concorrência, a sua IES deve investir tempo e recursos para garantir
um ensino de qualidade.

Uma boa avaliação do MEC é fundamental para:


Credenciamento
O credenciamento MEC é um ato autorizativo emitido pelo Ministério da Educação que possibilita a
oferta de educação superior por uma instituição. Trata-se de um reconhecimento formal da validade da
IES.
O MEC indica que as instituições de ensino podem ser credenciadas como universidade, faculdade ou
centro universitário.
Inicialmente a IES é credenciada como faculdade. O credenciamento como universidade ou centro
universitário, com as respectivas prerrogativas de autonomia, depende do credenciamento específico
de instituição já credenciada, em funcionamento regular e com padrão satisfatório de qualidade.
O primeiro credenciamento da instituição tem prazo máximo de três anos, para faculdades e centros
universitários, e de cinco anos, para as universidades.
Conforme vimos anteriormente, o credenciamento da instituição de educação pode ser consultado pelo
e-MEC.

Criação de curso
Para dar início à oferta de um curso de graduação, a instituição de educação superior depende
de autorização de curso superior pelo Ministério da Educação.
A exceção são as universidades e centros universitários que, por terem autonomia, não dependem de
autorização para funcionamento de curso superior.
Contudo, essas instituições devem informar à secretaria competente os cursos abertos para fins de
supervisão, avaliação e posterior reconhecimento (Art. 28 do Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006).
Isso significa, naturalmente, que um bom desempenho na avaliação do MEC é também imprescindível
para a IES criar um curso.
Reconhecimento
O reconhecimento de curso MEC deve ser solicitado pela instituição quando o curso de graduação
tiver completado 50% de sua carga horária. O reconhecimento de curso é uma condição necessária para
a validade nacional do diploma.
É preciso frisar que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional de
Saúde têm prerrogativas para se manifestar junto ao Ministério da Educação no ato de reconhecimento
dos cursos de graduação em Direito, Medicina, Odontologia e Psicologia. Isso acontece também nos
processos de autorização.

A renovação do reconhecimento deve ser solicitada pela IES ao final de


cada ciclo avaliativo do Sinaes, junto à secretaria competente.
Como se preparar para a avaliação do MEC?
Você já percebeu como é importante ter uma boa pontuação na avaliação do MEC, não é mesmo?

E é possível preparar a instituição para que esse objetivo seja alcançado.


Para isso, é fundamental investir em pontos estratégicos e estar atento às
exigências do Ministério da Educação. Temos algumas dicas
importantes:
1. Invista na qualidade do ensino;
2. Invista no corpo docente;
3. Invista em infraestrutura e instalações;
4. Dê suporte aos alunos;
5. Ofereça treinamentos para os colaboradores;
6. Prepare-se para a visita do MEC;
7. Reflita sobre os resultados do CPC, IGC e Enade.
1. Invista na qualidade do ensino
O primeiro passo é investir na qualidade dos cursos ofertados. Quando um estudante ingressa na IES,
é importante que ele tenha o melhor ensino possível para garantir a formação de um bom profissional.
Além disso, esse é um dos principais critérios de avaliação do MEC e, por isso, precisa ser visto como
prioridade pelas instituições.
Tenha atenção a grades curriculares e conteúdos programáticos, pois ambos devem ser construídos
de forma estratégica.
Além de atender às demandas de formação, contemplando os conhecimentos teóricos e práticos
necessários, é fundamental observar o trabalho realizado por instituições prestigiadas.
A sua IES deve contar com equipes dedicadas à pesquisa e à validação continuada dos cursos
oferecidos pela instituição.
2. Invista no corpo docente
Contar com professores qualificados na IES é um ponto fundamental para alcançar bons resultados na
avaliação do MEC. Além disso, ter profissionais mestres e doutores no corpo docente é um grande
diferencial.
Lembre-se também de que uma boa gestão de docentes tem impacto na satisfação e no desempenho
dos alunos. Isso é fundamental para que a sua instituição de educação mantenha a qualidade e
competitividade no mercado.
O corpo docente deve ser engajado e bem preparado para oferecer uma formação estruturada e alinhada
às necessidades dos estudantes que estão se preparando para o mercado de trabalho.
3. Invista em infraestrutura e instalações
Investir em uma infraestrutura de qualidade é outro ponto muito importante. A IES precisa atender
minimamente às exigências do MEC, mas pode mostrar mais quando o assunto é ter um campus
acessível e com boas instalações.
Leve em consideração temas como: acessibilidade para estudantes com deficiência, investimento em
computadores e equipamentos de qualidade, acesso à internet e uma biblioteca atualizada e qualificada.
Utilizar ferramentas virtuais também é importante para tornar as aulas mais interativas e tornar mais
fácil a troca de informações com os alunos, especialmente quando falamos em ensino a distância.
4. Dê suporte aos alunos
Entender as necessidades dos estudantes e dar suporte a eles é uma boa estratégia para alcançar bons
resultados na avaliação do MEC, especialmente para os alunos que vão realizar o Enade. Uma boa
opção é oferecer ferramentas que auxiliem na preparação para o Exame.
Procure também investir em novas tecnologias que facilitem a comunicação entre os estudantes e o
corpo docente. Plataformas de bate-papo, troca de mensagens, e-mails e fóruns de discussão podem ser
aliados para a ampliação dessa troca. A comunicação é chave para que o processo de ensino seja
eficiente e produtivo.
Em outras palavras, é necessário mover esforços para promover um atendimento de qualidade ao
corpo estudantil.
5. Ofereça treinamentos para os colaboradores
Contar com colaboradores preparados para melhor atender a todos e atualizados é fundamental. Por
isso, investir em treinamentos e qualificações dos profissionais que trabalham na IES pode ser um
grande diferencial que impactará nos requisitos para alcançar uma boa pontuação na avaliação do MEC.
6. Prepare-se para a visita do MEC
Garantir que a instituição esteja seguindo minimamente todos os requisitos de avaliação do Ministério
da Educação é indispensável. Confira todos os detalhes para que não haja surpresas e dores de cabeça
quando chegar o momento da visita dos avaliadores.
7. Reflita sobre os resultados do CPC, IGC e Enade
As avaliações realizadas pelo MEC devem ser vistas como uma contribuição para que as instituições
percebam seus erros e acertos. Entender e refletir sobre as notas alcançadas é fundamental para que
melhorias sejam feitas na IES.
Como funciona a avaliação do MEC nas bibliotecas da IES?
A infraestrutura das instituições é um ponto fundamental para garantir uma boa avaliação do MEC. Por
isso, é imprescindível investir em laboratórios, oficinas e equipamentos de qualidade.
Além disso, a biblioteca também está inserida como requisito no processo avaliativo, levando em
consideração o espaço físico, o acervo e os serviços ofertados por ela.
É fundamental que a biblioteca priorize a atualização das obras oferecidas aos alunos. Isso tanto para
atender às exigências do Ministério da Educação quanto para garantir que os estudantes tenham
material de qualidade para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e pesquisas.

Todos os critérios de avaliação das bibliotecas devem atender minimamente às


exigências do Ministério da Educação. Se a IES apresentar mais do que o exigido,
isso conta como ponto positivo que contribui para o bom desempenho da
instituição na nota do MEC. Os principais requisitos avaliados são:
1. Espaço físico;
2. Bom atendimento e qualidade dos serviços oferecidos;
3. Acervo qualificado.
Compreenda a seguir cada requisito:
1. Espaço físico
A biblioteca precisa ser um bom ambiente. E isso inclui a facilidade de acesso físico e acadêmico, e,
especialmente, ser inclusiva para pessoas com deficiência. Além disso, é avaliado o conforto do
ambiente e os equipamentos e recursos oferecidos, como computadores e acesso à internet.
Para facilitar a busca pelos livros, é importante que a biblioteca seja bem organizada e tenha
sinalizadores indicando onde estão dispostos cada tipo de material.
A busca eletrônica e um(a) bibliotecário(a) preparado(a), que saiba onde encontrar os livros, ajudam a
tornar a experiência na biblioteca mais rápida e satisfatória para alunos e pesquisadores, otimizando o
tempo.
2. Bom atendimento e qualidade dos serviços oferecidos
Contar com bons profissionais é fundamental. Para aqueles que trabalham dentro da biblioteca, os
bibliotecários, é indispensável que sejam bem treinados, tratem os usuários muito bem e estejam
sempre dispostos a ajudar.
Além disso, é importante que o(a) bibliotecário(a) organize o acervo e saiba onde procurar os livros
desejados pelos estudantes.
3. Acervo qualificado
Ter um acervo completo e de qualidade é indispensável para adquirir uma boa avaliação do MEC.
Além de atuais, os materiais precisam ser de interesse de pesquisadores e estudantes e condizentes
com os cursos ofertados pela instituição.
Para agregar ainda mais valor, as bibliotecas digitais são ótimas opções para que o acesso ao acervo da
IES seja mais fácil e rápido. Esse tipo de ferramenta possibilita que a pesquisa seja feita de qualquer
lugar e a qualquer hora, sendo necessário apenas estar conectado à internet.
Como preparar a biblioteca da IES para a avaliação do MEC?
Assim como os outros requisitos avaliados, é possível, sim, que a biblioteca da instituição esteja
preparada para a avaliação do MEC. Para isso, é fundamental investir em um bom acervo, qualificado
e com títulos que atendam a alunos e pesquisadores, obedecendo minimamente as exigências do
Ministério da Educação. Além disso, contar com um sistema que facilite a identificação dos livros e
profissionais treinados para melhor atender os estudantes é indispensável, como citamos anteriormente.
Outro ponto importante é garantir que a biblioteca seja um lugar tranquilo, acessível e que proporcione
conforto para todos. Isso porque ela é um ambiente de pesquisa e desenvolvimento de trabalhos
acadêmicos. Quanto melhor a percepção dos estudantes, melhor para a IES na busca por uma boa
avaliação do MEC.
Para melhorar ainda mais a experiência dos estudantes em relação à biblioteca da instituição, é
importante destacar que o investimento não deve ser apenas no acervo físico.
Hoje em dia, contar com uma biblioteca digital é muito importante. E isso não é apenas um diferencial,
é também um ponto altamente recomendado pelo MEC e até uma exigência em alguns casos. Isso
porque, desde 2017, a atualização de diversas normas da Educação Superior passou a exigir o
tombamento e informatização do acervo físico.
Mas as IES precisam levar em consideração que, assim como a biblioteca física, a biblioteca digital
precisa ter qualidade e excelência e atender os critérios de avaliação do Ministério da Educação.
Por isso, contar com um gerenciamento preocupado com a organização, referências e distribuição de
conteúdo qualitativo é fundamental.

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