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GRADUAÇÃO
Autoavaliação
Essa primeira etapa é conduzida pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), que articula um estudo
reflexivo da IES. Sua função é coordenar o processo interno da instituição.
Dessa forma, a autoavaliação contribui para a identificação dos meios e recursos necessários para a
melhoria da IES. Além disso, as CPAs tem a finalidade de analisar os acertos e os erros do próprio
processo de avaliação.
Os critérios precisam seguir um roteiro geral, proposto em nível nacional. As CPAs devem ser
cadastradas no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), uma
instituição vinculada ao Ministério da Educação.
Avaliação externa
Essa avaliação é feita por membros externos, designados pelo Inep. A comissão é formada por
profissionais pertencentes à comunidade acadêmica e científica. Além de analisarem a autoavaliação
de cada IES, eles também fazem suas próprias observações.
A avaliação externa leva em consideração diversos pontos, como:
infraestrutura e instalações;
acervo da biblioteca;
gestão da instituição;
qualidade do corpo docente, levantando número de professores mestres e doutores;
pesquisa e responsabilidade social.
Isso significa que essa avaliação compara os objetivos, resultados e pontos declarados pela instituição
em sua autoavaliação com aquilo que os avaliadores observam sobre a realidade institucional.
Como são avaliadas as estruturas físicas das IES?
Muitas IES ao se prepararem para serem avaliadas pelo MEC se preocupam apenas com os aspectos
didáticos, pedagógicos e com o corpo docente, porém as estruturas físicas representam um importante
critério para conseguir uma boa avaliação.
Como os critérios de avaliação do percurso didático-pedagógico e a avaliação do corpo docente são
variáveis de acordo com o curso, confira aqui como, de maneira geral, é feita a avaliação do MEC.
Para atingir a nota 4 do Ministério da Educação quanto à infraestrutura, é verificado se a instituição
atende às necessidades de seus cursos, considerando:
O conforto das instalações para os estudantes durante as aulas;
Se os espaços passam por manutenções regulares;
Se existem recursos de comunicação e TI necessários para as atividades que serão realizadas; e
Se existe possibilidade de flexibilização da configuração dos espaços, a fim de potencializar a
aprendizagem.
Já para obter o conceito 5 no sistema de pontuação do MEC, a sala de aula precisa disponibilizar para
os estudantes recursos para além dos acima descritos.
4 dicas de infraestrutura para a avaliação do MEC
Levando em consideração os aspectos de avaliação do MEC, confira agora 4 dicas para melhorar
a avaliação da sua instituição de ensino quanto à estrutura:
1. Garanta o conforto das instalações;
2. Realize manutenções frequentes;
3. Invista em recursos de comunicação e TI;
4. Pense em estruturas que possam ser alteradas de acordo com as necessidades.
Entenda cada item:
1. Garanta o conforto das instalações
Os estudantes passam parte significativa do seu dia em sala de aula ou aproveitando os espaços da
universidade para estudar.
Assim, as estruturas físicas adequadas melhoram o desempenho dos estudantes, e por isso é
necessário que o espaço de sala de aula seja adaptado às necessidades e aos diversos tipos corporais
dos estudantes.
Outros fatores que devem ser levados em conta em conta quando o assunto é conforto:
Limpeza da sala;
Acústica adequada;
Espaços acessíveis e inclusivos;
Espaços bem iluminados; e
Ventilação dos ambientes.
2. Realize manutenções frequentes
As instituições de ensino recebem centenas e até milhares de estudantes todos os dias, fazendo com
que os espaços sejam utilizados por vezes repetidas. Tudo isso desgasta não só o espaço físico, mas
também a mobília das faculdades e centros universitários.
Por isso, é fundamental realizar manutenções frequentes a fim de identificar possíveis melhorias e
até mesmo substituições, caso sejam necessárias
Nesse contexto, o MEC possui quatro indicadores de qualidade para avaliação da educação superior:
Conceito Preliminar de Cursos (CPC), Índice Geral de Cursos (IGC), Indicador de Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e Conceito Enade.
Conceito Preliminar de Cursos (CPC)
O Conceito Preliminar de Curso é um dos índices de avaliação do MEC, calculado e divulgado no
ano seguinte à realização do Enade, que avalia o desempenho dos estudantes, levando os resultados do
Exame em consideração.
Além disso, o CPC avalia o processo formativo e a qualidade do corpo docente, infraestrutura,
instalações e recursos didático-pedagógicos.
Procedimentos adotados
Como forma de minimizar possíveis problemas de estimativa, alguns procedimentos foram adotados:
Considerou-se computar a nota média do curso, tanto no desempenho do ingressante quanto no
desempenho do concluinte, apenas daqueles estudantes com notas maiores que zero;
Retirou-se das estimações cursos com menos de 10 participantes ou com taxa de participação
inferior a 20% dos selecionados;
O objetivo de complementar a informação de perfil dos estudantes que um determinado curso
recebe, foi incluído o nível de escolaridade do pai dos estudantes ingressantes e concluintes do
curso;
Contornar possíveis problemas causados pela evasão dos estudantes ao longo do curso, inclui-
se nas estimações a razão entre o número de concluintes e o de ingressantes do curso;
Para o caso das áreas avaliadas pela segunda vez, considera-se o número de ingressantes do
curso referente ao ano da avaliação da área no ciclo anterior;
Para o caso das áreas avaliadas pela primeira vez, consideram-se as informações de ingressante
do mesmo ano de referência da avaliação.
Para atingir uma boa nota é preciso observar a relação existente entre o perfil dos ingressantes e dos
estudantes concluintes do mesmo curso. Assim, conhecendo o desempenho dos estudantes que
ingressam na IES, é possível extrair uma estimativa de qual será o resultado esperado na avaliação de
desempenho dos estudantes ao final do curso.
Nesse cenário, a IES precisa ter consciência para aceitar e entender que nem todos os itens
determinantes para o resultado do IDD são passíveis de atuação direta da instituição.
Variáveis como problemas de ordem pessoal do aluno, que podem prejudicar os resultados, seja
pontualmente ou ao longo do curso, são mais difíceis de sanar, mas também são passíveis de suporte.
No entanto, a maioria dos aspectos para essa conjuntura são de inteira responsabilidade da instituição
e do serviço ofertado. Por isso a importância do IDD na avaliação do MEC.
Como consultar o IDD da minha IES?
Para consultar o IDD da sua IES, você pode acessar a aba “Dados abertos”, depois clicar em
“Indicadores de Qualidade da Educação Superior” no portal do Inep.
O que o desempenho calculado no IDD reflete na IES?
Nesse contexto, uma avaliação crítica da IES diante dos resultados do IDD permite que ela possa
utilizar o indicador como uma ferramenta única e poderosa de medição da sua qualidade de ensino e
detectar possíveis falhas nos seus recursos pedagógicos e cronogramas de conteúdo.
Uma instituição em busca de qualidade não abre mão de um reposicionamento estratégico a partir
desses resultados. Nunca é demais lembrar, que esses indicativos são um medidor oficial do governo,
mas podem ser também recursos de avaliação para a própria IES.
Criação de curso
Para dar início à oferta de um curso de graduação, a instituição de educação superior depende
de autorização de curso superior pelo Ministério da Educação.
A exceção são as universidades e centros universitários que, por terem autonomia, não dependem de
autorização para funcionamento de curso superior.
Contudo, essas instituições devem informar à secretaria competente os cursos abertos para fins de
supervisão, avaliação e posterior reconhecimento (Art. 28 do Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006).
Isso significa, naturalmente, que um bom desempenho na avaliação do MEC é também imprescindível
para a IES criar um curso.
Reconhecimento
O reconhecimento de curso MEC deve ser solicitado pela instituição quando o curso de graduação
tiver completado 50% de sua carga horária. O reconhecimento de curso é uma condição necessária para
a validade nacional do diploma.
É preciso frisar que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional de
Saúde têm prerrogativas para se manifestar junto ao Ministério da Educação no ato de reconhecimento
dos cursos de graduação em Direito, Medicina, Odontologia e Psicologia. Isso acontece também nos
processos de autorização.