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PROPÓSITO
Apresentar o conceito de avaliação institucional, com suas concepções, formatos e princípios,
cujo uso é fundamental para o desenvolvimento qualitativo da educação brasileira, para a
elaboração de políticas públicas mais efetivas de acordo com as diferentes realidades das
instituições.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, temos visto muitas discussões sobre avaliação de uma forma geral, com
destaque para as políticas de avaliação institucional, por sua importância no desenvolvimento
qualitativo da educação.
CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS DA
AVALIAÇÃO
Esse princípio tão importante precisa estar dentro dos limites permitidos pelas legislações e,
para isso, é necessário que as instituições educacionais tenham transparência prestando
contas dos seus fazeres à sociedade.
A avaliação institucional é, então, um dos elementos responsáveis por essa relação com a
sociedade, pois servem como parâmetro para que a sociedade possa balizar seu julgamento.
Que concepções e princípios norteiam a avaliação institucional?
Discutir avaliação institucional passa necessariamente por um debate sobre educação, pois as
diferentes concepções de avaliação dependem das concepções e visões de mundo, de
sociedade e de educação. Nesse sentido, podemos afirmar que a avaliação está mergulhada
em tensões e conflitos, pois ela não pode produzir certezas ou respostas finais, por mais que
possamos achar que sim. Dias Sobrinho (1997) afirma que não há um único modelo de
avaliação, mas diferentes avaliações.
Avaliar, em sua origem, é um ato diagnóstico. No entanto, sabemos que a avaliação passa
por diferentes perspectivas de acordo com os contextos e formas com que ela é concebida.
Pode ser instrumento de controle, de responsabilização etc. Segundo Dias Sobrinho (2000), na
avaliação institucional não cabe punição. Processos de avaliação educativa são construtivos,
provativos, antropológicos e obviamente pedagógicos.
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ATENÇÃO
Essa visão de avaliação institucional tem como pressuposto que a avaliação seja formativa,
proporcionando informações acerca do desenvolvimento de um processo de ensino, com a
finalidade de reorganizar as práticas institucionais e dos sujeitos. Para isso, é necessário que
este seja um processo permanente que tenha a função de inventariar, orientar, reforçar e
corrigir os aspectos avaliados. Deve ser incorporada ao ato do ensino e da aprendizagem, e
integrada às ações de formação, caracterizando-se como um importante instrumento de
melhoria da qualidade do ensino na medida em que permite a identificação de problemas.
A avaliação institucional possibilita uma reestruturação do processo educacional e a
introdução de mudanças na Instituição.
Finalidades
O SINAES tem como objetivo identificar o perfil institucional e o significado de sua atuação, por
meio de suas atividades, cursos, programas, projetos e setores, considerando as diferentes
dimensões institucionais, dentre elas, obrigatoriamente, as seguintes:
II
III
IV
V
As políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-administrativo, seu
aperfeiçoamento, o desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho;
VI
VII
VIII
IX
Autoavaliação
Coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada instituição e orientada pelas
diretrizes e pelo roteiro da autoavaliação institucional da Comissão Nacional de Avaliação da
Educação Superior (CONAES). A autoavaliação é uma reflexão da prática educativa realizada
pela própria instituição.
Avaliação externa
Momento de apreciação da realidade institucional pelas comissões do MEC, a fim de contribuir
para o autoconhecimento e o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pela IES.
INEP
(GADOTTI, 2010).
VOCÊ SABIA
Para que a avaliação seja formativa, ela precisa ser diagnóstica, e como “instrumento dialético
do avanço, terá de ser o instrumento de identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o
instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a
serem perseguidos” (LUCKESI, 1995). Ou seja, ela diagnostica para que as questões e os
problemas apresentados sejam sanados. De que adianta conhecer os problemas da instituição
escolar se não forem tomadas decisões e realizadas as mudanças necessárias?
De acordo com Libâneo (2008), faz-se necessário uma coleta de dados e informações, por
meio de diferentes instrumentos de verificação, para saber se os objetivos previstos estão
sendo atingidos. A avaliação institucional passa a ter, então, grande importância para o Projeto
Político Pedagógico (PPP), uma vez que é fundamental a realização de uma avaliação
contínua que ajude a rever sua filosofia, objetivos, finalidade, pressupostos e metas.
RELEMBRANDO
Vimos que a avaliação institucional precisa ser processual, com a participação de todos os
sujeitos que compõem a comunidade a ser avaliada, e global, levando em conta todas as
atividades desenvolvidas pela instituição. Ela pode ser usada também para avaliação do
desempenho da atividade profissional de docentes, gestores e demais funcionários, além de
ser destinada a análises de currículos ou programas de cursos.
Podemos afirmar que o maior fim de uma avaliação institucional pautada no diálogo, que passa
a ser o norte de toda ação de agentes internos e externos e na autoavaliação, é efetivamente o
sucesso dos estudantes.
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A avaliação institucional apresenta-se como um processo que dará oportunidade à escola, com
a participação de todos, de refletir sua prática e seu impacto de intervenção junto à
comunidade, uma forma de estabelecer compromissos com a sociedade, de estudar, propor e
implementar mudanças no cotidiano das escolas.
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
Os conceitos são definições de uma prática ou um modelo explicativo, formulados pelo campo
de produção da educação. Desse modo, estaremos acompanhados de pedagogos que se
debruçaram sobre essas questões.
Em uma instituição em que se organize uma CPA (Comissão Própria de Avaliação), deve ser
garantido que ela seja autônoma e possa circular com todo o conjunto da instituição, com o
papel de garantir esse rigor e independência.
EXEMPLO
EXEMPLO
Ristoff entende que o processo de avaliação institucional é investigativo. Olhar para fora,
perceber e reunir elementos. Nesse caso, a organização de uma comissão externa para
processamento, aferições, análise e registro dos dados coletados tem muito mais sentido.
EXEMPLO
Trindade observa o papel da avaliação institucional como uma ferramenta cuja função central é
a gestão educacional, que apoia a tomada de decisões, a consolidação de sua missão, valores
e objetivos.
EXEMPLO
Carvalho, na obra organizada por Dias, percebe a aproximação entre a instituição educacional
e as empresas. Então, o processo de avaliação institucional deveria estar atrelado a um setor
com foco em melhoria dos serviços — como serviço prestado, com características próprias,
precisa ser constantemente estabelecida uma troca com os clientes a fim de garantir o pleno
funcionamento do negócio. Então, ainda que formalmente se crie uma CPA, seu papel é
entendido como um cargo, um setor da engrenagem da empresa.
EXEMPLO
A proposta de Leite visa a observação de “futuro” — um grupo atento a reunir ideias,
tendências, coleta de dados, e consolidar, para suas devidas lideranças, a definição das ações
estratégicas. Uma vez mais se aproxima do princípio de gestão a formulação de uma CPA
como um grupo de auditoria interna, com a função específica de gerar informações
sistematizadas e estruturadas.
Por fim, Belloni coloca a função da avaliação entre as funções de Estado e instituições, como
um movimento que se aproxima da política pública. Logo, consolidar um ciclo informativo,
como o SINAES, gera um conjunto de informações complexas que podem ser analisadas e
direcionadas para a criação de políticas institucionais e públicas.
Ufa! Acabou? Não existem outros conceitos? Escolho um conceito, defino-o como a verdade e
ignoro os demais? Não! Essa não é a lógica dos conceitos. Todos esses autores estão em
diálogo.
Agora, vamos agora ouvir o professor Luís Claudio Dallier, com vasta experiência na
observação de avaliação institucional.
PENSANDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Neste vídeo, você verá uma reflexão sobre por que é necessário entender a presença contínua
da avaliação institucional na dinâmica de nossas instituições.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS SOBRE AS CONCEPÇÕES E CARACTERÍSTICAS DAS
AVALIAÇÕES INSTITUCIONAIS COMO POLÍTICA DE REGULAÇÃO DO
ESTADO, SOBRETUDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO NO BRASIL.
AVALIAR, EM SUA ORIGEM, É UM ATO DIAGNÓSTICO. ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE APRESENTA DUAS PERSPECTIVAS QUE ENVOLVEM
A ATUAÇÃO DAS AVALIAÇÕES COMO INSTRUMENTO, DE ACORDO COM
O CONTEXTO EM QUE SÃO CONCEBIDAS:
A) Controle e responsabilização.
D) Consumo e orientação.
E) Retorno e mensuração.
GABARITO
MÓDULO 2
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL NO BRASIL
A EXPERIÊNCIA DAS UNIVERSIDADES A PARTIR DA
CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS
— PAIUB E MAIS RECENTEMENTE COM O SISTEMA
NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
(SINAES), CRIADO PELA LEI N. 10.861, DE 14 DE
ABRIL DE 2004, OBEDECENDO ÀS DIRETRIZES
ESTABELECIDAS PELA COMISSÃO NACIONAL DE
AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR (CONAES)
COLABORARAM PARA A CONSTRUÇÃO DE UM
MODELO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARA O
ENSINO SUPERIOR QUE POSTERIORMENTE TEM
SERVIDO COMO PARÂMETRO PARA ORIENTAR AS
PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DAS
ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA EM TERRITÓRIO
NACIONAL.
(MOURA, 2017).
UMA BREVE HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
Neste vídeo, você verá um resumo sobre a história da avaliação institucional.
VOCÊ SABIA
COMENTÁRIO
O ENC foi conhecido pela sociedade como uma forma de classificar as universidades,
estabelecendo um parâmetro comparativo entre elas e desconsiderando questões de ordem
característica, pois não levava em conta o contexto local e institucional dos cursos. Esses
fatores contribuíram para o desempenho estudantil, mas não eram considerados pelo
ministério. Pinto (2016) colabora com essa visão da sociedade, pois os resultados eram
amplamente divulgados nas mídias impressa e televisiva, estimulando a concorrência entre as
instituições de ensino superior, uma vez que as classificava.
AVALIES
Autoavaliação, coordenada pela Comissão Própria de Avaliação de cada instituição de ensino
superior, além de avaliação externa realizada por comissões designadas pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), segundo as diretrizes
estabelecidas pela CONAES.
ACG
Avaliação dos cursos de graduação por meio de instrumentos e procedimentos que incluem
visitas in loco de comissões externas. A periodicidade dessa avaliação depende diretamente do
reconhecimento a que os cursos estão sujeitos.
ENADE
Avaliação aplicada aos estudantes no primeiro e no último ano do curso. Anualmente, o
Ministério da Educação, com base na indicação da CONAES, definirá as áreas que participarão
do ENADE.
Para finalizar, devemos refletir como o modelo de avaliação institucional proposto pelo SINAES
foi feito com a finalidade de melhoria da qualidade da educação superior, buscando orientar a
expansão universitária e sua oferta, aumentando, permanentemente, sua eficácia institucional
e sua efetividade acadêmica e social.
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA
EDUCAÇÃO BÁSICA
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Constituição Federal de 1988.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (BRASIL, 1988,
grifo do autor):
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VIII - Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos
termos de lei federal.
[...] § 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V e VI, a União terá acesso a todos os
dados e informações necessárias de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. (LEI
9.394, 1996)
O Plano Nacional da Educação (PNE) traz a avaliação como estratégia que permitirá o
monitoramento da evolução da qualidade dos nossos sistemas de ensino.
CONHEÇA OS ARTIGOS
Seção III - Avaliação institucional
Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no projeto político-pedagógico e
detalhada no plano de gestão, realizada anualmente, levando em consideração as orientações
contidas na regulamentação vigente, para rever o conjunto de objetivos e metas a serem
concretizados, mediante ação dos diversos segmentos da comunidade educativa, o que
pressupõe delimitação de indicadores compatíveis com a missão da escola, além de clareza
quanto ao que seja qualidade social da aprendizagem e da escola. (RESOLUÇÃO 4- CNE,
2010)
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Art. 53. A avaliação de redes de educação básica ocorre periodicamente, é realizada por
órgãos externos à escola e engloba os resultados da avaliação institucional, sendo que os
resultados dessa avaliação sinalizam para a sociedade se a escola apresenta qualidade
suficiente para continuar funcionando como está. (RESOLUÇÃO 4- CNE, 2010)
Segundo Moura (2017), apesar de a avaliação institucional estar expressa como uma das
diretrizes para a educação básica, esta, na prática, não é uma ação comum desenvolvida
em todas as escolas. Nota-se que a avaliação externa, por meio de testes em larga escala,
fica colocada como elemento central para o desenho de políticas de educação básica.
EXEMPLO
Em uma pequena escola de uma grande cidade, a direção decide ampliar e oferecer educação
infantil. Cuida com esmero dos processos burocráticos, consegue todos os documentos
necessários, contrata os professores indicados com cuidado. A diretoria também é dona da
escola e está lá todos os dias — como em outras milhares de escolas brasileiras. O tema
avaliação institucional ou interna é considerado um “problema de escola grande”.
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EXEMPLO
Já em uma grande escola do estado situada na capital, com dificuldades de violência, sexo,
drogas, percebemos uma logística de batalhão. Há o apelo pela realização de um processo
de avaliação institucional, mas esta é reconhecida como problema meramente burocrático, e
realizada apenas para atender a demanda da secretaria de educação.
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LOGÍSTICA DE BATALHÃO
Para entender a criação dos mecanismos e dinâmicas de avaliação de larga escala para
adequação de todos, vamos voltar à história. A utilização dessas avaliações externas em larga
escala é baseada em padrões de desempenho e do aumento progressivo das políticas de
responsabilização. Esse processo, denominado accountability, que, segundo Dias Sobrinho
(2002), é uma forma tecnocrática de valorar e um procedimento burocrático de exigir o
cumprimento de obrigações, tem como marco referencial as experiências reformistas ocorridas
na Inglaterra e nos EUA durante a década de 1980.
SAIBA MAIS
Para Schedler (apud Afonso, 2009), accountability apresenta três dimensões estruturais: de
informação, de justificação e de imposição ou sanção. Para Afonso (2009), o direito de pedir
informações e de exigir justificações é o pilar de sustentação da prestação de contas, pois para
que ambos se concretizem socialmente é necessário que haja a obrigação e o dever do
atendimento da solicitação. Portanto, a prestação de contas é constituída por duas dimensões:
informar e justificar, que respondem a indagações ou solicitações que sempre devem ser
seguidas de respostas orientadas pela transparência em atendimento ao direito às
informações, levando-se em conta princípios éticos e legais.
Outro ponto importante, como defende Afonso (2009), é que a prestação de contas não se
apresenta apenas como uma “atividade discursiva” que tem por fim a informação e a
justificação, mas contempla uma dimensão “impositiva”, “coactiva” ou “sancionatória”, o que
podemos designar de responsabilidade (PINHA, 2012).
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INGLATERRA
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EUA
Como salientado por Moura (2017), apesar de a avaliação institucional estar expressa como
uma das diretrizes para a educação básica, esta, na prática, não é uma ação comum
desenvolvida em todas as escolas. Constatamos que na educação básica os órgãos centrais
enquadram a avaliação externa como processo fundamentalmente regulatório, esvaziando a
dimensão formativa e democrática da autoavaliação.
Provinha Brasil
Prova Brasil
IDEB
Testes dos sistemas estaduais
Diante do já exposto, podemos afirmar que é necessário que as escolas desenvolvam em sua
prática avaliativa um contraponto a essa política hegemônica, de modo a vislumbrar mudanças
significativas quanto ao uso dos resultados dos testes sem rejeitar a avaliação externa.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) O processo accountability.
E) Reformar o ensino com base nas reformas inglesa e norte-americana ocorridas nas décadas
de 1980.
GABARITO
O PAIUB, na década de 1990, utilizou, pela primeira vez, a autoavaliação institucional para
autoverificação e diagnóstico de seus problemas e pontos de melhorias, trabalhando na
solução das dificuldades apontadas pela prática do cotidiano.
2. Estudamos que a avaliação externa em larga escala é utilizada pelo Estado como
padrão de desempenho e de responsabilização. Ao mesmo tempo, os resultados dessas
avaliações vêm sendo utilizados para:
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A educação é reconhecida como um dos fatores básicos para solucionar os desafios da
desigualdade social, junto com políticas públicas relacionadas à saúde, moradia, ao
deslocamento etc. A qualidade da educação em todos os níveis é, atualmente, um diferencial
das nações.
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Vimos que, para a escola desempenhar o papel esperado pela sociedade, enfatizam-se,
atualmente, os princípios da autonomia, permitindo que escola assuma sua própria gestão na
busca de encontrar a melhor sintonia com a comunidade que atende para desenvolver a
relevância social e econômica da educação que oferece. De outro lado, a autonomia das
escolas liberou os órgãos educacionais de suas antigas funções administrativas, substituindo-
as pelas funções de avaliação da qualidade e de assessoramento às redes de ensino.
A autonomia requer um processo transparente, associado à necessidade de avaliação do
aprendizado dos estudantes e da escola como um todo, pois somente assim é possível prestar
contas à sociedade e realimentar o processo educativo desenvolvido pela escola, revelando
erros e acertos que servem para redirecionar práticas e reformular as estratégias para atingir
os objetivos visados.
Uma ferramenta para o planejamento e gestão compartilhada da escola;
Um processo sistemático de prestação de contas à sociedade.
A avaliação institucional, interna e externa, pode ser uma forma de estimular a melhoria do
processo de ensino-aprendizagem e de evitar que a rotina descaracterize os objetivos
fundamentais do processo de avaliação institucional.
ATENÇÃO
Temos um ponto muito importante: uma escola é um CNPJ. Ela é uma empresa e os processos
de gestão, capital, modernização, estrutura de controle e qualidade devem fazer parte da
atividade. Quem milita pela educação precisa entender que o compromisso passa
necessariamente por medir, entender e fundamentar esse processo.
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A avaliação institucional deve contribuir para que a escola construa sua identidade,
preservando a pluralidade de ideias que constitui ou deve constituir qualquer espaço.
A ideia é garantir o melhor funcionamento dessa escola, com uma gestão participativa e
democrática, onde todos os segmentos têm voz. Organiza-se, a partir desse grupo, um
colegiado que deve comandar a avaliação institucional cujo papel é:
Disponibilizar e formular os resultados das pesquisas.
Apurar e levar aos executores e dar retornos aos beneficiários.
COMENTÁRIO
Infelizmente, a realidade mostra ainda uma noção equivocada de muitas escolas sobre a
avaliação como processo burocrático, apenas para efeito de cumprimento das regras, como
falsas nomeações, pouca dedicação e falta de planejamento atrelado ao PPP.
A avaliação institucional da escola deve ter, então, o objetivo de rever e aperfeiçoar o Projeto
Político Pedagógico da escola, promovendo a melhoria da qualidade nas áreas pedagógicas e
administrativas.
SENSIBILIZAÇÃO
a. Oferecer um salário extra para o professor com maior vínculo de gestão preencher e se
relacionar com os processos avaliativos.
b. Vencer a resistência da comunidade escolar e criar uma dinâmica de troca, reuniões, análise
de documentos e ações a serem organizadas.
RESPOSTA
DIAGNOSTICAR
RESPOSTA
AVALIAÇÃO INTERNA
Aspectos éticos.
Existem, dentro da autonomia das escolas, outros aspectos que podem ser mensurados, tais
como: uso de sistemas, disponibilização de atividades, satisfação dos alunos e pais. Nenhum
deles deve ser engessado. Essa é uma sugestão de observação de avaliação que pode ser
tremendamente útil a escola.
AVALIAÇÃO NACIONAL DO RENDIMENTO ESCOLAR (ANRESC)
Também chamada de Prova Brasil, diferencia-se da ANEB por:
ATENÇÃO
O resultado dessas avaliações é usado para calcular o Ideb, que também considera os dados
de fluxo escolar fornecidos pelo Censo Escolar e consiste, portanto, em um indicador da
qualidade do ensino oferecido nas escolas de todo o país. A partir de 2018, todas as escolas
que participarem da aplicação censitária do Saeb e que cumprirem os critérios determinados
terão seu Ideb calculado. O índice é divulgado a cada dois anos.
Segundo o portal do Inep, por meio desse indicador, as escolas podem formular (ou reformular)
seu Projeto Político Pedagógico (PPP), visando à "melhoria da qualidade, equidade e eficiência
do ensino".
No ano de 2018, o MEC anunciou algumas mudanças para o Saeb:
As provas, que antes tinham datas diferentes de aplicação, passarão a acontecer nos anos
ímpares, enquanto os resultados, nos anos pares;
Alunos a partir do 9º ano do ensino fundamental passarão a fazer provas também de Ciências
da Natureza e Ciências Humanas, mas o Ideb não considerará esses resultados, a fim de
continuar com a série histórica, já que nos anos anteriores tais áreas não foram contempladas;
A avaliação da alfabetização será antecipada para o 2º ano, visto que a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) prevê o fim do ciclo no 2º ano. Antes, essa avaliação era aplicada aos
alunos do 3º ano do ensino fundamental;
Serão criadas matrizes de avaliação para as novas áreas e segmentos a serem avaliados;
A partir das médias de desempenho nos exames do Saeb, calcula-se o Ideb, que considera
também o fluxo escolar dos alunos.
É importante destacar que o cálculo considera o desempenho dos alunos somente nas áreas
de Língua Portuguesa e Matemática, a fim de manter uma linha histórica de avanço.
Os resultados são disponibilizados para toda a população, que pode acompanhar a evolução
desse indicador ao longo dos anos.
(INEP, s.d.).
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL PARA EDUCAÇÃO BÁSICA
Neste vídeo vamos conhecer sobre impacto da avaliação institucional na Educação Básica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
2. A avaliação institucional deve contribuir para que a escola construa sua identidade,
preservando a pluralidade de ideias que constitui ou deve constituir qualquer espaço. A
avaliação institucional da escola deve ter, então, o objetivo de rever e aperfeiçoar:
A avaliação institucional serve para a escola estar sempre revisitando seu PPP e adequando
seus objetivos, revendo sua identidade institucional e respeitando a pluralidade de ideias que
compõem o espaço educacional.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você deu seus primeiros passos para conhecer os processos de avaliação institucional. Para
isso, foi necessário se inteirar sobre as diferentes concepções e os diversos princípios sobre o
tópico.
Constatamos também que a avaliação interna não é, ainda, uma prática nas escolas
brasileiras, deixando os processos avaliativos apenas para as avaliações externas e de larga
escala.
Bons estudos!
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AFONSO, A. J. Políticas avaliativas e accountability em educação: subsídios para um
debate ibero-americano. In: SISIFO / Revista de Ciências da Educação, n. 9, p. 57-70,
maio/ago., 2009.
EXPLORE+
Acesse o Programa de Apoio à Melhoria do Ensino Municipal, disponível na Biblioteca virtual
da Rede Acadêmica de Ciência Econômica da UFRJ (RACE)
Acesse os anais do Simpósio Nacional Sobre Avaliação Educacional: Uma Reflexão Crítica.,
publicados em outubro de 1993 pela CESGRANRIO.
CONTEUDISTA
Graça Regina Franco da Silva Reis
CURRÍCULO LATTES