Você está na página 1de 23

A Avaliação Educacional, e suas implicações para a função social da escola, e para o

desenvolvimento integral dos estudantes.

Linha de Pesquisa: História e Política da Educação


Grupo de Pesquisa: Gestão e Avaliação Educacional

Maceió/AL,2023.
Título:A Avaliação Educacional, e suas implicações para a função social da escola, e
para o desenvolvimento integral dos estudantes.

1. Justificativa

Nos dias atuais, o cenário educacional brasileiro, necessita ser visto como espaço
para a criação, contradição, surgimento de novos conhecimentos, sem deixar de lado sua
ligação com o panorama político, social, econômico e cultural. Nesta perspectiva, as práticas
de gestão escolar, devem ser baseadas em princípios democráticos, de efetivação de direitos
de aprendizagem, que devem considerar o estudante, o centro do processo criativo, almejando
assim, o seu desenvolvimento integral. A Constituição Federal de 1988 determina em seu
artigo Art. 205, que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Desse
modo, a escola como viés da democracia, estabelece práticas fundadas na garantia dos direitos
de aprendizagem e de desenvolvimento das crianças e adolescentes brasileiros. Nesse
contexto, a avaliação configura-se como um dos pilares para a obtenção de resultados
educacionais qualitativos (podendo se dividida em dois contextos: interno/institucional e
externo/ governamental), e o processo avaliativo pode favorecer e orientar as políticas
públicas educacionais e a tomada de decisões nas instituições escolares.
Em linhas gerais a gestão educacional é mais ampla que a escolar, que tem
princípios diferentes da gestão pedagógica, que se difere da gestão dos processos de
aprendizagem. E as avaliações externas também seguem essa mesma lógica. Elas evidenciam
as aprendizagens em diferentes contextos e se destinam à compreensão desse cenário
nacional, estadual e municipal, por unidade escolar e por estudante.
Compreendendo que são diferentes fatores que interferem e influenciam na
aquisição do conhecimento, no ambiente escolar, e almejando compreender as implicações do
IDEB para a função social da escola, no contexto das politicas educacionais, elaborou-se esse
Projeto, que tem como objeto de pesquisa o estudo do caso, dos índices educacionais da
Escola Municipal de Educação Básica Porfírio Moreira Soriano Neto, localizada no município
de Capela/AL. Visto que, esta instituição de ensino, apresenta baixo aproveitamento dos
estudantes, quando comparados aos índices do Brasil. Esse trabalho tem a pretensão de
compreender a seguinte problematização (questionamentos): Porque muitos alunos passam
2
pela educação infantil, e chegam ao 5º ano do ensino fundamental, sem consolidar seu ciclo
de alfabetização? Como o processo avaliativo pode contribuir e orientar as políticas públicas
educacionais e a tomada de decisões nas instituições escolares? Como melhorar os resultados
das avaliações internas e externas? O que fazer para evitar a reprovação e a evasão escolar?
Como mediar o processo de ensino e aprendizagem, e promover uma educação de qualidade?
Assim, concebendo a relevância científica e social, que é promover na prática o
desenvolvimento integral dos discentes, pautado, em uma gestão escolar (centrada na
formulação de melhorias para a comunidade atendida pela instituição, nos eixos
administrativos, pedagógicos e financeiros), interligada a gestão pedagógica (modelo de
gestão que tem como centro os processos de organização pedagógica,) e a gestão de processos
de aprendizagem (modelo direcionado ao acompanhamento dos processos de ensino e
aprendizagem individual, voltado ao acompanhamento dos ciclos formativos, do acesso e da
permanência dos alunos nas unidades escolares) foi elaborado esse Projeto, que aponta
questões existentes no chão da escola, cuja moção para intervenção pedagógica, interfere no
modo de construção das propostas educacionais, vivenciadas na unidade escolar, da
organização administrativa e pedagógica, do currículo escolar e na forma de avaliação.
Neste contexto, a gestão escolar, se insere em uma conjuntura de processo político
administrativo, que leva aos gestores a atuarem em várias frentes de trabalho, em um processo
de gerência que exige dele diversas habilidades para lidar com a gestão da escola, a gestão
educacional, a administração escolar e o fazer pedagógico.As concepções sobre os processos
de o que aprender; para que aprender; como ensinar; como promover redes de aprendizagem
colaborativa e como avaliar o aprendizado, justifica a sua elaboração. Pois, o caminho da
aquisição do conhecimento deve ser percorrido, contando com dois importantes cuidados:
alinhamento dos projetos interdisciplinares com o PPP e contemplando as diretrizes da
BNCC, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento de competências pelos
estudantes.

A efetivação de uma escola de qualidade se apresenta ainda, como um complexo e


grande desafio. Visto que, nas últimas décadas, no país, registraram-se avanços em termos de
acesso e cobertura, sobretudo no caso do ensino fundamental. Todavia, é evidente, a
necessidade de melhoria no tocante a uma aprendizagem qualitativa. Em sumo, esse projeto
tem como bojo compreender e propor ações, que aprimorem o processo de ensino-
aprendizagem, dos alunos da escola (publico alvo: aluno daeducação infantil, alunos do

3
ensino fundamental I,), melhorando assim os índices educacionais ainda muito baixo quando
comparado a outras instituições. Outro aspecto relevante é a necessidade de entender as
mudanças organizacionais do processo educacional, em decorrência do modelo gerencial de
educação, pactuado desde a década de 1990, que evidencia questionamentos existentes no
contexto escolar, que interferem no modo de construção das propostas educacionais, da
organização administrativa e pedagógica (currículo/avaliação, etc.), e viabilizam uma
concepção de educação de caráter quantitativo e mercadológico, que vai de encontro ao
modelo de avaliação posto na LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e com
princípios elucidados na Constituição de 1988.

2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral

 Compreender como o processo avaliativo pode favorecer e orientar as políticas


públicas educacionais e a tomada de decisões nas instituições escolares, tomando como
subsidio a relevância do IDEB e suas implicações para função social da escola pública,
e como objeto de estudo, os índices educacionais, da Escola Municipal de Educação
Básica Porfírio Moreira Soriano Neto.

2.1. Objetivos Específicos

 Compreender a importância de uma gestão democrática e participativa;


 Contribuir para a melhoria dos indicadores educacionais da instituição;
 Observar os resultados das avaliações externas, e as metas projetadas, elencando ações
que podem contribuir para melhorar os índices educacionais daquela unidade escolar;
 Coletar informações que caracterizem a gestão democrática, a gestão administrativa, a
comunidade escolar, e o trabalho pedagógico desenvolvido naquele ambiente escolar;
 Compreender a importância da avaliação educacional, para o desenvolvimento de
Politicas Públicas voltadas para o aprimoramento do processo de ensino-
aprendizagem;
 Conhecer o Projeto Político Pedagógico da Escola, e as atividades desenvolvidas nos
eixos administrativos, pedagógicos e financeiros, que interferem no desenvolvimento
integral dos alunos;

4
 Analisar como a gestão democrática pode contribuir para o aprimoramento do
processo de ensino-aprendizagem.
 Propor avaliações sistemáticas de desempenho escolar para os estudantes (avaliação
diagnóstica, avaliação formativa e avaliação cumulativa), que contribuam para o
monitoramento e aprimoramento das praticas de ensino;
 Propor aulas de reforço/nivelamento no contra turno, (tais como: oficinas de Língua
Portuguesa e Matemática, simulados/aulões para os alunos do 5º ano do ensino
fundamental);
 Sugerir a utilização degrupos de WhatsApps, das turmas da instituição, como recurso
para exibir vídeos educativos de curta duração;
 Sugerir a formação de grupos de estudos com os docentes, promovendo momentos de
reflexão e de troca de experiências;
 Realizar busca ativa com ações direcionadas para os estudantes que não retornaram ou
estão com reiteradas faltas, ou mesmo abandonaram a escola.
 Fomentar o trabalho pedagógico no desenvolvimento das competências e habilidades
seguindo as orientações da BNCC, do Referencial Curricular de Alagoas e da Proposta
Pedagógica do Município;
 Desenvolver Projetos Interdisciplinares, com a finalidade de aprimorar a leitura, a
escrita, a consciência critica e o fortalecimento do vínculo com a Comunidade Escolar;

3. Fundamentação Teórica

A educação é um direito de todos e visa garantir o pleno desenvolvimento


humano a partir de um contínuo processo de ensino-aprendizagem. É uma prática social, que
se estende além da escola, com foco em desenvolver e transmitir conhecimentos, valores e
cultura. Cabe ao Estado assegurar acesso universal, permanência e qualidade na educação, em
todos os níveis, concebendo uma política educacional de forma sistêmica, da creche à pós-
graduação. Sendo importante ressaltar que, pela sua importância e magnitude, a Educação
deve ser uma Política de Estado, jamais de governo, pois esses são transitórios. Assim,
fundamentado no Art. 206, da Constituição Federal de 1988, o ensino será ministrado com
base nos seguintes princípios:

5
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos da lei federal (CF, 1988).

Corroborando com a constituição Federal de 1988, outro dispositivo jurídico que


regulamenta e preconiza o desenvolvimento integral do discente, é a Lei de Diretrizes e Bases
(Lei n° 9394/1996), que retrata que a educação é inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Neste contexto,
a Educação precisa ser integral, e deve garantir o desenvolvimento dos sujeitos em todas as
suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural e se constituir como projeto
coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades
locais,tendo como foco a formação de sujeitos críticos, autônomos, e responsáveis consigo
mesmos e com o mundo. Nesta perspectiva, Luck (2009), afirma que o gestor escolar, deve
ter em sua jornada uma visão sistêmica e abrangente de escola, mobilizando os talentos,
desenvolvendo as competências, habilidades e atitudes dos participantes da comunidade
escolar, na promoção de educação de qualidade.
O Plano Nacional de Educação(PNE), criado pela Lei 13.005/2014, estabeleceu
20 metas para garantir acesso à educação de qualidade no Brasil, até 2024. Na prática, trata-se
de uma importante estratégia de planejamento do Governo Federal para a educação brasileira.
O plano foi construído a partir de consultas a diversos setores da sociedade, isso porque o
PNE atende o princípio da gestão democrática e participativa da educação, previsto também
na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB). Foi elaborado com foco em conter as desigualdades sociais e econômicas que
persistem há décadas no país em relação ao aprendizado e às oportunidades de crianças e
jovens. Portanto, o PNE é um importante norteador para a implementação de políticas
públicas educacionais, que visam diminuir as desigualdade e combater a precarização das

6
condições de trabalho dos professores . Está alinhado com a Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas, para o desenvolvimento sustentável.
Entretanto, o nível de aprendizagem no país ainda está distante das exigências do
mundo atual. É o que mostram as avaliações internacionais como o PISA (Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes), que vem constatando nos últimos anos baixo
desempenho de alunos brasileiros em leitura, matemática e ciências. Outro aspecto
significativo é que embasado em relatórios do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira) o PNE cumpriu muito pouco das 20 metas previstas em lei,
evidenciando, que a educação brasileira está em desacordo com o previsto em lei.
Todavia, a explicitação de dimensões, fatores e indicadores de qualidade da
educação e da escola têm ganhado importância, na agenda de governos, movimentos sociais,
pais, estudantes e pesquisadores do campo da educação. Entretanto, argumentar sobre tais
questões, remete à apreensão de um conjunto de determinantes, que interferem nesse
processo, no âmbito das relações sociais, envolvendo questões macroestruturais, como
concentração de renda, desigualdade social, educação como direito, entre outras. Envolve,
igualmente, questões concernentes à análise de sistemas e unidades escolares, bem como ao
processo de organização e gestão do trabalho escolar, que implica aspectos como condições
de trabalho, processos de gestão da escola, dinâmica curricular, formação e profissionalização
docente. Em outras palavras, é fundamental ressaltar que a educação se articula a diferentes
dimensões e espaços da vida social sendo, ela própria, elemento constitutivo e constituinte das
relações sociais mais amplas. A educação, portanto, é perpassada pelos limites e
possibilidades da dinâmica pedagógica, econômica, social, cultural e política de uma dada
sociedade.
Assim, objetivando, aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, pautado na
equidade, a avaliação deve ser um dos pilares para a obtenção de resultados educacionais
qualitativos.Para Veloso (2020), as avaliações possuem múltiplos propósitos e contextos
distintos quando se pensa em uma "avaliação da aprendizagem e para a aprendizagem".
Dentre eles, orientar as intervenções pedagógicas, prever o monitoramento do estudante,
aprimorar o processo de ensino e aprendizagem e fornecer feedbacks a cada estudante
(aluno/família), percebendo as características individuais e coletivas. Nesta perspectiva,
a avaliação educacional é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho
do professor, ela deve acompanhar todos os passos do processo de ensino e aprendizagem

7
. LIBÂNEO (1991; p196) define avaliação como uma componente do processo de
ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a
correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em
relação às atividades didáticas seguintes. Podendo ainda ser entendida como um processo
dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo. Partindo
desse pressuposto, a avaliação pode ser dividida, em dois contextos, interno/institucional
eexterno/ governamental.
Assim, a avaliação interna diz respeito aos processos inerentes à implementação
das ações, a nível de unidade escolar, como o monitoramento do projeto político-pedagógico,
por exemplo. E requer do gestor a incorporação de ações contínuas de reflexão acerca do
gerenciamento das ações na própria escola. Isso permite a constatação dos desafios e
oportunidades a nível apenas da unidade escolar, possibilitando o planejamento de atividades
que subsidiem o aprimoramento das práticas escolares como um todo.
Enquanto, a avaliação externa, no contexto macro, pode ser compreendida como a
análise e (re)formulação de políticas públicas mais abrangentes, de caráter mais integrador e
articulado. Sendo a União, por meio de seus órgãos colegiados, como o Ministério da
Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE) a maior responsável pelo
acompanhamento desse percurso avaliativo. Podem-se definir essas avaliações como
monitoramentos realizados por órgãos institucionais que aplicam testes (provas) baseados em
descritores e índices de qualidade educacional a nível nacional e internacional. Essas
avaliações são estruturadas em um contexto externo ao da instituição, pois se destinam a
avaliar como se dá o processo educacional naquele espaço educativo, partindo de um
pressuposto e do entendimento de políticas públicas educacionais efetivas e mais amplas.
Em linhas gerais, o Governo Federal, por meio do Ministério de Educação
(MEC), lançou em 2007 o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), com objetivo de
melhorar a educação oferecida aos alunos das instituições públicas. Para identificar quais são
as redes municipais e estaduais que apresentam maiores fragilidades no desempenho escolar,
necessitando de maior atenção e apoio financeiro e de gestão, o PDE dispõe de um
instrumento denominado Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Ideb
configura-se como um termômetro de qualidade da educação básica, nas escolas do Brasil,
combinando dois indicadores: fluxo escolar (passagem dos alunos pelas séries sem repetir,
avaliado pelo Programa Educacenso) e desempenho dos estudantes (avaliado pela Prova
Brasil nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática). Nesta perspectiva, embasado nos

8
últimos resultados das avaliações externas, da Escola Municipal de Educação Básica Porfírio
Moreira Soriano Neto, e diante do desafio da superação do déficit de aprendizagem
(consolidação do ciclo de alfabetização, dificuldades na leitura, escrita, interpretação de
textos, raciocínio lógico, resolução de problemas, etc.), surgiu esse Projeto de Pesquisa. Nesse
sentido, ao se elucidar uma escola com o viés da democracia, com princípio de gestão escolar,
estabelecem-se práticas fundadas na garantia dos direitos de aprendizagem e de
desenvolvimento das crianças e adolescentes, transpondo assim, as áreas de desafios e
transformando-as em resultados positivos para aescola.
As avaliações externas como o Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas -
Saveal (que avalia o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes) e o Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica – Saeb (onde o Ideb Avalia a qualidade da educação e
projetou metas para serem alcançadas a cada dois anos nas redes de ensino do país até 2021)
demonstram a necessidade de elevar o aproveitamento dos estudantes e consequentemente os
índices educacionais. A tabela 01, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
“Anísio Teixeira”, apresenta o resultado do Ideb Observado e as Metas Projetadas, para essa
instituição escolar:

Tabela 01 - IDEB – 2007 a 2021 – EMEB. PORFÍRIO MOREIRA SORIANO NETO 5º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

201
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2021 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
9
Escola

ESCOLA
MUL E ED
BASICA
3.0 3.5 3.6 2.7 3.9 3.6 4,8 3.2 3.5 3.8 4.1 4.4 4.7 5.0
PORFIRIO 3,9
MOREIRA
S NETO

Fonte: MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio


Teixeira. Disponível em http://ideb.inep.gov.br/resultado/

Tendo como respaldo o resultado do Ideb Observado e as Metas Projetadas, para essa
instituição escolar, entre os anos de 2013 e 2021, fica elucidado à necessidade de ações
voltadas, para minimizar as dificuldades de aprendizagem dos discentes. Sendo significativo
enfatizar, que o Ideb, é calculado com base no aprendizado dos alunos em língua portuguesa e
matemática (média de proficiência da prova Saeb) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).
9
Neste contexto, a Escola Porfirio Moreira Soriano Neto, obteve em 2021, uma nota de
aprendizado de 4,93 (resultante da média de proficiência em língua portuguesa de 176,37 e
em matemática de 197,22), descrita no Gráfico 01:

Gráfico 01- Evolução da Nota do SAEB – EMEB. PORFÍRIO


MOREIRA S. NETO

Fonte: IDEB 2021, INEP. Disponível em https://qedu.org.br/brasil/ideb

O Gráfico 02 apresenta o fluxo escolar, da instituição, e as oscilações dos índices


de aprovação e reprovação, sendo necessário enfatizar, que em virtude da pandemia do Covid
19, no ano letivo de 2019, o índice de aprovação foi de 100%.

Gráfico 02- Evolução do Fluxo – EMEB. PORFÍRIOM. S. NETO

Fonte: IDEB 2021, INEP. Disponível em https://qedu.org.br/brasil/ideb

10
Partindo do pressuposto de que o Ideb é proveniente do nível de aprendizado,
atrelado ao fluxo, ou melhor, ao nível de aprovação em todos os anos escolares, é essencial a
implementação de ações voltadas para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem,
conforme descreve a imagem a seguir:

Imagem 01- Como foi calculado o Ideb da EMEB. Porfírio Moreira


no ano letivo de 2021?

Fonte: IDEB 2021, INEP. Disponível em https://qedu.org.br/brasil/ideb

Ao observar o Gráfico 01, o Gráfico 02 e a Imagem 01, evidencia-se que não


basta apenas um ano escolar, ter um nível elevado de conhecimento, é essencial que todas as
turmas evoluam significativamente, aprimorar o ensino, reduzir/erradicar a reprovação, e
combater a evasão. Nessa perspectiva, a escola precisa exercer seu papel social, e promover
todas as formas de ensino para que o estudante desenvolva aprendizagens bem sucedidas,
ondeo docente desempenha papel primordial como mediador no processo de construção do
conhecimento. Desse modo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB Nº 9.394/96),
estabelece como dever do Estado garantir padrões mínimos de qualidade do ensino e a
obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para
casos de baixo rendimento escolar, como política educacional.
Outro aspecto relevante, é que se deve considerar a influência de fatores externos(tais
como: vulnerabilidade socioeconômica; falta de estrutura familiar; ausência de
comprometimento dos pais/responsáveis;déficits de aprendizagem;movimento migratório dos
pais, em busca da subsistência; dentre outros) que interferem no processo de ensino e
aprendizagem. Todavia, considerando a complexidade desse processo, sabe-se que os
resultados em um grupo de estudantes não são homogêneos erequer trabalhos e atendimentos
pedagógicos específicos. Há os estudantes que necessitam de mais tempo ou de outras formas

11
e metodologias para aprender. Assim, a ações propostas nesse projeto de pesquisa,elencam
uma proposta de intervenção,com embasamento no PNE (Plano Nacional de Educação), na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9.394/96), nas Diretrizes Curriculares
Nacionais,na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no Referencial Curricular de
Alagoas, na legislação vigente do Município,no Projeto Político Pedagógico (PPP), e no
Plano de Açãoda instituição escolar.

Em uma perspectiva mais ampla, a aprendizagem pode ser entendida como um


processo de aquisição do conhecimento a partir de diferentes experiências e mediada por
fatores endógenos e fatores exógenos. Desse modo, é importante enfatizar as contribuições de
alguns estudiosos que versam sobre o processo de ensino-aprendizagem. Para Piaget, o
desenvolvimento cognitivo do sujeito está dividido em dois aspectos: aspecto
psicológico/espontâneo e aspecto psicossocial, onde o estudante avança em estágios pré-
estabelecidos. Já Vygotsky enfatiza que o sujeito se desenvolve a partir das relações sociais, e
tais relações, se significativas, possibilitam a apropriação dos elementos da cultura humana
(material e simbólica) e, nesse sentido, garantem um processo de ensino-aprendizagem mais
humanizador. Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o psiquismo humano que é
constituído por três dimensões integradas e interdependentes: motora, cognitiva e afetiva.

Embasado nesse contexto, observa-se que existem inúmeras reflexões teóricas que
pretendem explicar os processos de aquisição das aprendizagens, umas tradicionais e outras
inovadoras, mas que será com o desenvolvimento de práticas pedagógicas, a partir de
seqüências de atividades, que essas aprendizagens serão, de fato, consolidadas. De modo
geral, as teorias procuram esclarecer os mecanismos comportamentais, sociais, cognitivos,
afetivos e motores, mas exigem uma ação externa pedagógica, realizada pelos docentes com
supervisão da coordenação pedagógica, e uma formação contínua que instrumentalize a ação
docente. Nessa direção deve-se assegurar e ampliar as aprendizagens relativas aos estudantes,
pois, observaram-se estudantes, que apresentam defasagem e/ou dificuldades de
aprendizagens em relação aos conteúdos ministrados e prescritos no currículo escolar.

Em linhas gerais, o objeto de estudo, ou seja, a instituição de ensino, recebeu o


nome Porfirio Moreira Soriano Neto desde a sua criação em 2003, está localizada no
município de Capela/AL, e funcionou por muitos anos na Avenida Robson Medeiros de Melo.
Entretanto, com a criação do Conjunto Residencial Otávio Gomes da Silva, o prefeito da
época, observando a necessidade da construção de uma escola, transferiu a instituição para
12
esse novo endereço. Atualmente, a escola, funciona em três turnos e atende 320 alunos, sendo
41 alunos na Educação Infantil, 115 alunos no Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), e 164
alunos da EJAI (Fonte: EDUCAPELA). Em relação ao quadro funcional a unidade escolar
possui 43 funcionários, que exercem as funções de: diretor, coordenador pedagógico,
professores, monitores/facilitadores, assistente administrativo, auxiliares de serviços
administrativos e vigilantes, que participam ativamente do processo educacional (Fonte:
Boletim Informativo).

A educação, configura-se como um processo permanente de desenvolvimento e


aprendizagem, em que o sujeito interage para a construção de conhecimentos e saberes;
possibilitando a formação de um ser humano autônomo, transformador da realidade,
comprometido com o seu desenvolvimento e o da coletividade, através do aprender a
aprender, a conviver, a ser, a pensar e agir com consciência crítica. Nessa perspectiva, esse
projeto de pesquisa almeja compreender como o processo avaliativo pode favorecer e orientar
as políticas públicas educacionais e a tomada de decisões nas instituições escolares, e qual a
relevância do IDEB e suas implicações para função social da escola pública.

4. Metodologia

O estudo em pauta considera que a avaliação, é um instrumento que norteia as


diversas práticas pedagógicas no sentido de diagnosticar, favorecer e gerar dados para
gestores, professores, familiares e estudantes, acerca das aprendizagens dos estudantes, onde o
Brasil realiza esse monitoramento por meio de alguns instrumentos. Assim, a gestão
educacional é mais ampla que a escolar, que tem princípios diferentes da gestão pedagógica,
que se difere da gestão dos processos de aprendizagem. E as avaliações externas também
seguem essa mesma lógica. Elas evidenciam as aprendizagens em diferentes contextos e se
destinam à compreensão desse cenário nacional, estadual e municipal, por unidade escolar e
por estudante. Nessa perspectiva, levando-se em consideração que no país existem muitas
instituições públicas, com características subjetivas e intrínsecas, delimitou-se a Escola
Porfírio Moreira Soriano Neto, como estudo de caso.
A abordagem utilizada será a sócio interacionista, que visa ofertar ao estudante à
oportunidade de construir sua aprendizagem, com intervenções pertinentes, proporcionando o

13
desenvolvimento do aluno nas diversas fases. Nesse contexto, no primeiro momento serão
coletados os dados da instituição, relacionados aos índices de aprendizagem, caracterização, e
público-alvo, resultados das avaliações externas, com intuito de conhecer aspectos
relacionados à gestão, a aprendizagem e a Comunidade Escolar.
Após a coleta e análise das informações será elaborada uma proposta de
intervenção com intuito de aprimorar o processo do ensino, contemplando assim um plano de
recuperação de aprendizagem, onde serão trabalhadas atividades diversificadas visando à
participação de todos os alunos, priorizando a leitura, a escrita, o raciocínio lógico
(contemplando oficinas de Língua Portuguesa e de Matemática). Pois, cada nova
oportunidade que a escola oferece ao docente (seja através de formação, diálogos, palestras,
etc.) e ao estudante (reforço/nivelamento) amplia e fortalece conhecimentos em uma relação
dialética e dialógica com os atores nele envolvidos, visto que os conhecimentos são
apreendidos em processos contínuos, e sistemático.
A tabela a seguir apresenta Ações da Proposta de Intervenção, que se configuram
como elementos utilizados pelo poder público para guiar as políticas educacionais vigentes no
país.
Tabela 02 – Ações da Proposta de intervenção.

Ações daProposta Recursos/


deIntervenção Estratégias Prazo de excursão MateriaisNecessários
Mapear os motivos da evasão escolar. Será desenvolvida Os recursos usados diversos
Realizar projetos interdisciplinares. durante todo o ano contemplando desde visita in
Estreitar/Melhorar o relacionamento letivo, pois o processo loco, palestras, oficinas,jogos
com os pais para evitar
a evasão escolar. escolar é dinâmico. didáticos, vídeos, filmes,
Investir na capacitação dos educadores
músicas, cartazes e etc.
(solicitação feita a SEMEC).
Combater a evasão Avalie o Projeto Pedagógico.
escolar Organizar um esforço acolhedor para os
estudantes;
Realização de visitas domiciliares aos
alunos faltosos, em parceria com a
equipe do Busca Ativa e com o
Conselho Tutelar, objetivando a
conscientização dos pais/responsáveis
que lugar de crianças é na escola.

Promover prática pedagógica inclusiva. Será desenvolvida Os recursos usados serão


Preparar o aluno para a vida, não para a durante todo o ano diversos contemplando desde o
prova.
letivo, pois o processo acompanhamentoin loco, como
Utilizar indicadores para prever e evitar
a reprovação. escolar é dinâmico. a utilização de recursos como
Atuar na prevenção, com aulas de oficinas,jogos didáticos,
reforço/nivelamento diferenciadas.
Monitorar as faltas dos alunos. vídeos, filmes, músicas,
Aplicar avaliações diagnosticas
14
formativas e acumulativas, com intuito cartazes, atividades adequadas
Minimizar o índice de de analisar os resultados, propondo um diferenciadas em sala (de
reprovação escolar planejamento estratégico. acordo com o nível de
Promover sequências de atividades
conhecimento) e etc.
pedagógicas que auxiliem o reforço e o
nivelamento das aprendizagens
(recomposição de aprendizagem);
Promover atenção individualizada,
trabalhando com, etc.;
Monitorar o trabalho desenvolvido
pelos professores;
Desenvolver atividades de Será desenvolvida Os recursos usados serão
Intermedia o processo recomposição de aprendizagens. durante enquanto existir diversos contemplando,
de alfabetização de Propor uma reflexão sobre a prática demanda. todos os recursos existentes
crianças, jovens, adultos pedagógica vivenciada na instituição; na instituição (alfabeto
e idosos. Explorar diferentes tipos de móvel, bingos, fantoches,
agrupamentos. jogos de rimas, jogos de
Promover momentos de estudo memória com
coletivo. escrita/desenho, ábaco,
Promover sequências de atividades material dourado, livros, etc)
pedagógicas que auxiliem o reforço e o e os produzidos pelos
nivelamento das aprendizagens professores. As atividades
(recomposição de aprendizagem);
serão diversificadas visando
Identificar o que cada criança da turma
já sabe. à participação de todos os
Realizar atividades com foco no alunos, priorizando a leitura,
sistema de escrita e em práticas de a escrita, o raciocínio lógico
linguagem
(contemplando oficinas de
Utilizar projetos didáticos para
alfabetizar. Língua Portuguesa e de
Trabalhar com sequências didáticas. ... Matemática).Também serão
realizadas, palestras, para o
aprimoramento do processo
de ensino-aprendizagem.
Desenvolver uma gestão escolar, Será desenvolvida Os recursos usados serão
pautada na gestão de processo de durante todo o ano diversos contemplando, todos
aprendizagem. Onde será desenvolvidas letivo, pois o processo os recursos existentes na
avaliações internas (diagnosticas, escolar é dinâmico. instituição (alfabeto móvel,
formativas e cumulativas) que servirão bingos, fantoches, jogos de
como base para o planejamento da rimas, jogos de memória com
pratica pedagógica. escrita/desenho, ábaco, material
Proporcionar educação Promover sequências de atividades dourado, livros, etc) e os
de qualidade pedagógicas que auxiliem o reforço e o produzidos pelos professores.
nivelamento das aprendizagens Asatividades serão
(almejando a recomposição de diversificadas visando à
aprendizagem) participação de todos os alunos,

15
priorizando a leitura, a escrita,
o raciocínio lógico
(contemplando oficinas de
Língua Portuguesa e de
Matemática).Também serão
realizadas, palestras, para o
aprimoramento do processo de
ensino-aprendizagem.

Em sumo, serão necessários para implementação da proposta de intervenção,


avaliações (de diagnóstico, e formativa), planejamento/replanejamento, monitoramento e
recursos didáticos diferenciados que atendam a diversidade existente em sala de aula, visto
que cursar o mesmo ano escolar, não se configura está em um mesmo nível de conhecimento.
Assim, esse projeto, será desenvolvido a partir da coleta de dados, analises, pesquisa, e
elaboração de uma proposta de intervenção que deverá ser apresentado aos funcionários
daquela unidade escolar, com foco na implementação na pratica pedagógica, almejando o
desenvolvimento integral dos alunos e consequentemente a elevação do IDEB, daquela
instituição

3. Desenvolvimento

A gestão pedagógica abrange todo o processo educativo e é soberana sobre


qualquer outro aspecto da gestão escolar. Assim, todas as demais esferas de atuação do gestor
devem estar a serviço da dimensão pedagógica de seu trabalho, com vistas a garantir a
aprendizagem dos alunos e professores. Assim, para fazer uma gestão pedagógica de
excelência, o gestor precisa: focar no aprendizado de todos os alunos (gestão de processo de
aprendizagem); preconizar as diretrizes do Projeto Político Pedagógico; estabelecer as
diretrizes do currículo da escola; compreender a escola como uma comunidade de
aprendizagem; incentivar e apoiar a implementação de projetos e iniciativas inovadoras;
estabelecer parâmetros orientadores para a coordenação pedagógica e utilizar os indicadores
de qualidade (Com o objetivo de permitir um diagnóstico, os indicadores são indicados para
indicar a qualidade da escola, destacando-se como indicadores de qualidade o ambiente
educativo, a gestão integradora e o Projeto Político Pedagógico).

16
A escola centrada na aprendizagem de todos os alunos é uma escola onde todos os
alunos aprendem, desenvolvendo suas competências cognitivas, socioemocionais e seus
valores. Fazer gestão escolar com foco na aprendizagem é um grande desafio, e através dos
indicadores, pode-se construir um mapa que permita indicar os pontos fracos e fortes da
escola, de forma que todos saibam profundamente como está à escola e tenham condições de
refletir e elaborar propostas para busca qualidade.Para que isso aconteça o gestor, juntamente
com sua equipe docente, precisa ter um compromisso ético com a aprendizagem de todos na
perspectiva da educação integral, conforme preconiza a BNCC.

Com intuito de aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, a candidata à


gestora apresenta sua proposta de intervenção, que tem como foco o desenvolvimento integral
dos alunos. Sendo necessário enfatizar que para que a aprendizagem se materialize na prática
é essencial à participação de todos os entes envolvidos. Em sumo, as práticas de gestão
escolar estão situadas em princípios democráticos, de efetivação de direitos de aprendizagem,
que devem considerar o estudante o centro do processo criativo e reconfiguração do cenário
educacional brasileiro. Neste contexto, o Plano de Ação a seguir, é embasado em gestão de
processos de aprendizagem.

17
4.1- PLANO DE AÇAO
Tempo médio
Diagnóstico Metas Ações de realização Responsáveis
(situações problemas) (meses)
 Alunos em processo  Alfabetizar 95% das crianças que Gestão de Processos de Aprendizagem De julho a Professores,
de consolidação do não consolidaram seu ciclo de Aplicação de Avaliação Diagnóstica, Avaliação Dezembro (Ano Monitores,
ciclo de alfabetização; Formativa e Avaliação Cumulativa; letivo de 2023) Coordenador
alfabetização. Agrupar os alunos de acordo com os níveis de Pedagógico,
 Melhorarem 90% o domínio da conhecimento; (Essa ação Diretor.
leitura e da escrita, possibilitando Promover sequências de atividades pedagógicas que também será
autonomia dos alunos, durante a auxiliem o reforço e o nivelamento das aprendizagens realizada
realização das atividades; (recomposição de aprendizagem); durante todo o
Promover atenção individualizada, trabalhando com jogos Ano Leitvo de
 Capacitar os alunos para realização pedagógicos, alfabeto móvel, empréstimos de livros, etc.; 2024)
de avaliações internas e externas, Monitorar o trabalho desenvolvido pelos professores;
almejando90% de resultado
satisfatório;
Alunos sem domínio Reduzir em 90% as Gestão de Processos de Aprendizagem De julho a Professores,
de leitura (fluência), dificuldades de leitura e Proporcionar o reforço escolar, em horário contrário, Dezembro (Ano Monitores,
com dificuldade de interprestarão textual; através de Atividades Complementares (alunos do 1º letivo de 2023) Coordenador
interpretação textual Ano ao 5º Ano); (Essa ação Pedagógico.
e raciocínio lógico Conseguir que 90% desses Realização de práticas de Leitura (de forma presencial e também será
matemático; alunos estejam motivados e virtual) observando a fluência, ritmo e entonação. realizada
18
Utilização de recursos diversificados. durante todo o
capazes de realizar as Realização de Oficinas de Língua Portuguesa e Ano Leitvo de
Alunos que não avaliações internas e Matemática (realização de simulados/aulões); 2024)
assimilaram os externas; Realização de Atividades de reforço/nivelamento
descritores de (Estudo Dirigido).
Língua Portuguesa e
Matemática (Ideb).
 Monitoramento do Evitar e reduzir em 90% a  Monitorar a frequência dos discentes; De julho a Professor,
Fluxo reprovação e a evasão escolar  Combater a repetência e a evasão escolar, com aulas de Dezembro (Ano Diretor, Coordenador
reforço/nivelamento no contra turno, (Contemplando letivo de 2023) Pedagógica, Equipe
estudos de recuperação e recomposição de do BuscaAtiva, e
aprendizagem); (Essa ação Conselheiros
 Realização de visitas domiciliares em parceria com a também será Tutelares
equipe do BuscaAtiva e com o Conselho Tutelar, realizada
objetivando a conscientização dos pais/responsáveis que durante todo o
lugar de crianças é na escola. Ano Leitvo de
2024)

19
4. Avaliação

Pensar em uma escola com o viés da democracia, parte do princípio de que a


gestão escolar também estabelece práticas fundadas na garantia dos direitos de aprendizagem
e de desenvolvimento das crianças e adolescentes.Para transpor as áreas de desafios e
transformá-las em resultados positivos para a escola, avaliar deve ser um dos pilares para a
obtenção de resultados educacionais qualitativos. (podendo-se dividir a avaliação em dois
contextos: interno/institucional e externo/ governamental).Assim, as avaliações internas
requerem do gestor a incorporação de ações contínuas de reflexão acerca do gerenciamento
das ações na própria escola. Isso permite a constatação dos desafios e oportunidades a nível
apenas da unidade escolar, possibilitando o planejamento de atividades que subsidiem o
aprimoramento das práticas escolares como um todo. Já a avaliação no contexto macro
(externa), pode ser compreendida como a análise e (re)formulação de políticas públicas mais
abrangentes, de caráter mais integrador e articulado.

. As avaliações possuem múltiplos propósitos e contextos distintos. A diferença


entre uma e outra proposta avaliativa está na percepção de como se dá a aprendizagem dos
estudantes e como cada uma das propostas fornece subsídio para o professor retomar e refinar
a sua prática pedagógica. Todavia a avaliação aqui descrita, objetiva se pensa em uma
"avaliação da aprendizagem e para a aprendizagem". Onde o professor, munido de resultados
advindos das intervenções avaliativas realizadas, ao longo do percurso formativo de cada
estudante, pode intervir nas bases e nas condições reais de ensino e de aprendizagem. Nesta
perspectiva, a gestão de processos de aprendizagem, tem a meta de fornecer subsídios, para
orientar as intervenções pedagógicas, prever o monitoramento do estudante, aprimorar o
processo de ensino e aprendizagem e fornecer feedbacks a cada estudante (aluno/família),
percebendo as características individuais e coletivas.

Em sumo, a avaliação sugerida nessa Proposta de Intervenção é institucional, pois,


tem como foco o monitoramento do processo do ensino-aprendizagem e a aquisição do
conhecimento por parte do aluno. Onde serão desenvolvidas avaliações diagnósticas,
formativas e cumulativas. Esse processo avaliativo será efetuado com os resultados das
avaliações e em caráter formativo, almejando descobrir qual o melhor caminho para aquisição
do conhecimento. Pois, a aprendizagem é um processo continuo que requer dos entes

20
envolvidos planejamento, mudança de postura, busca pelo conhecimento, formação e
aprimoramento da prática pedagógica, e monitoramento, pois,o mundo encontra-se em
constantes transformações.

21
5. REFERÊNCIAS

 BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (2018). Brasília,


MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
 BRASIL. LEI n.º 9394, de 20.12.96 estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. In: Diário da União, ano CXXXIV, n. 248, 23.12.96.
 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, Senado. 1998.
 BRASIL. Plano Nacional de Educação. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf
 CAPELA. Lei Municipal Nº 842/2016, de 05 de maio de 2016.
 CAPELA. Lei Municipal 986/2023, de 05 de maio de 2023
 CAPELA. Plano de Ação. Escola Municipal de Educação Básica Porfírio Moreira
Soriano Neto(2021).
 CAPELA. Projeto Político Pedagógico – PPP. Escola Municipal de Educação
Básica Porfírio Moreira Soriano.
 CAPELA. Proposta Pedagógica do Município.
 Diretrizes Curriculares Nacionais, disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-
nacionais-2013-pdf&Itemid=30192
 FILHO, Irineu A. Tuim; PONCE, Rosiane de Fátima; ALMEIDA, Sandro
Henrique Vieira de. As compreensões do humano para Skinner, Piaget, Vygotski e
Wallon: pequena introdução às teorias e suas implicações na escola. Psicol.educ.,
São Paulo , n. 29, p. 27-55, dez. 2009. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
69752009000200003&lng=pt&nrm=iso.
 MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Disponível em http://ideb.inep.gov.br/resultado/
 Referencial Curricular de Alagoas disponível
emhttps://drive.google.com/file/d/1L2KOaefXwHuA0o8d9QCIfIJzsNzBVcLj/
view

22
 LUCK, Heloísa Dimensões de gestão escolar e suas competências. Heloísa
Lück. – Curitiba: Editora Positivo, 2009. ISBN - 978-85-385-0027-disponivel em
https://avamec.mec.gov.br/#/instituicao/seb/curso/14703/unidade/8129/acessar?
continue=false

 LIBÂNEO, José (1985); A Prática Pedagógica de Professores da Escola Pública. São


Paulo.Apud Wikipédia Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia
%C3%A7%C3%A3o_educacionalVELOSO 2020, Palestra e material disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=R5Nih199Hns&t=1577s
https://drive.google.com/file/d/1kd80PGJylUrpiOPuAxe_Ay6UbjrZvNYk/view
 Gráfico 01- Evolução da Nota do SAEB – EMEB. PORFÍRIO. Disponível
emhttp://cdn.novo.qedu.org.br/escola/27230643-escola-mul-e-ed-basica-porfirio-moreira-s-
neto/ideb
 Gráfico 02- Evolução do Fluxo – EMEB. PORFÍRIOM. S. NETO. Disponível em
http://cdn.novo.qedu.org.br/escola/27230643-escola-mul-e-ed-basica-porfirio-moreira-s-neto/
ideb
 Imagem 01- Como foi calculado o Ideb da EMEB. Porfírio Moreira no ano letivo de 2021?
Disponível em http://cdn.novo.qedu.org.br/escola/27230643-escola-mul-e-ed-basica-porfirio-
moreira-s-neto/ideb

23

Você também pode gostar