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Entre os antigos egípcios é onde encontramos os mais antigos relatos sobre o hábito
de se tomar banho. Segundo documentos de mais de 3000 anos, o ato de tomar banho
era sagrado e parecia ser uma forma de purificar o espírito do indivíduo. Não por
acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos especialistas, o
ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias e pragas comuns à
Antiguidade.
Nos séculos XVI e XVII, as noções de saúde e doença mais uma vez se tornou uma
afronta ao hábito de se tomar banho regularmente. Nessa época, os médicos
acreditavam que as doenças consistiam em manifestações malignas que tomavam o corpo
do indivíduo por meio de suas vias de entrada. A partir dessa premissa, a classe
médica concluiu que o banho em excesso alargava os poros da pele e, com isso,
deixava o sujeito suscetível a uma doença.
Somente no século seguinte, com a ascensão da ciência iluminista, que o banho foi
redimido como um meio de se cuidar da saúde. Contudo, as várias décadas de uma
cultura avessa ao contato do corpo com a água conseguiu manter certa resistência ao
banho. Em vários relatos do século XIX, temos a descrição de doentes que foram
obrigados a tomar banho à força.