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(do 9 nos ficheiros)

3- Política colonial
Fim do colonialismo baseado na produção de produtos primários a partir dos anos 50 –
passagem do “pacto colonial” para uma economia “desenvolvimentista”.

(relembrar as bases do colonialismo europeu que vinham do século XVIII)

- Reforço da colonização branca

- Aumento dos investimentos públicos e privados (com abertura ao capital estrangeiro)

(doc. 11)

- Inclusão do desenvolvimento das colónias nos Planos de Fomento (criação de


infraestruturas, desenvolvimento dos sectores agrícola, mineiro e industrial, virados
para a exportação) (doc. 11)

- Forte crescimento económico após o início da guerra colonial (1961) como forma de
legitimar a posse dos territórios do Ultramar (em especial de Angola e Moçambique)

Tentativa de manter o Império Colonial

10- A Questão Colonial

1 - Alteração da conjuntura internacional com a II Guerra Mundial e a Carta das Nações Unidas

Reconhecimento progressivo das independências das antigas colónias europeias

(1ª fase- colónias asiáticas, após 55 e durante a década de sessenta colónias africanas)

Necessidade de revisão da política colonial do Estado Novo (para resistir à dinâmica


histórica e manter intacto o território imperial)
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- Em termos ideológicos – Abandono da ideia da “mística do império” substituída pela


teoria do lusotropicalismo assente na ideia da singularidade da colonização portuguesa
defendida pelo sociólogo brasileiro Gilberto Freire (sem convicções racistas, os portugueses
adaptaram-se à vida noutros continentes e fundiram as culturas através da miscigenação)
(doc. 19A)

Sem opressão, a colonização portuguesa cumpria o papel histórico de


Portugal como nação evangelizadora (doc. 19B)

- Em termos jurídicos – Revogação do Acto Colonial (1951) e integração dos estatutos


dos territórios na Constituição portuguesa (Portugal legalmente deixava de ter colónias; estas
passaram a Províncias Ultramarinas, em igualdade com qualquer província do continente: o
Império era substituído pelo Ultramar (doc. 20A/B/C)

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Resolução 1514 da ONU aprovada em 1960 (página72) (11ºE)

A nível externo o colonialismo português cedo é contestado (protestos na ONU; pr s dos


próprios EUA), mas a nível interno não sofre contestação (à exceção do PCP, a partir de
1957otesto) até ao início da guerra colonial

- A questão interna sobre a guerra colonial inicia-se após o princípio da guerra em Angola
(1961)

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- Tese integracionista – Na sequência do lusotropicalismo, defendia um Ultramar


plenamente integrado no Estado Português (doc. 21 B)

- Tese federalista – Face à pressão internacional e aos custos da guerra, defendia a


progressiva autonomia das colónias a caminho de uma federação de Estados, que
salvaguardasse os interesses portugueses (doc. 21A)

- Luta armada ← Recusa do regime em reconhecer a autonomia das colónias faz radicalizar os
movimentos de libertação (anos 50 e 60) (doc. 22A/B – doc. 23)

(Índia: invasão de Goa, Damão e Diu pela União Indiana em 1961)

- Angola: UPA, depois FNLA (Holden Roberto) (62), MPLA (Agostinho Neto) (56)
e UNITA (Jonas Savimbi) (66) → Início da
guerra no Norte em Março de 1961 - UPA)
- Moçambique: FRELIMO (Eduardo Mondlane) (62) (início da guerra
em 1964)

- Guiné: PAIGC (Amílcar Cabral) (56) (início da guerra em 1963)

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Guerra em três frentes distantes provoca um enorme desgaste no país

(dossiê pags. 105-107) – “A guerra de guerrilha” – características da Guerra colonial.

- Mobilização de 7% da população activa

- Grande número de baixas (8000 mortos, 100 mil feridos e incapacitados)

- 40% do Orçamento do Estado gasto na defesa

- Entrada de Portugal na ONU (1955) fez surgir o problema do império português, agravando o
isolamento internacional de Portugal que se recusava a aceitar a descolonização

- Condenações na Assembleia Geral e no Conselho e Segurança das Nações Unidas por


Portugal não respeitar a Carta e a resolução 1514 (doc. 24 1./2.)

- Guerra colonial na década de 60 acentua a condenação da comunidade internacional


devido à recusa o regime em reconhecer o direito à autodeterminação dos povos

- Hostilidade dos EUA à política colonial portuguesa (a atitude portuguesa desviava os


povos de Angola e Moçambique de Portugal e da NATO) levou ao financiamento de
alguns grupos nacionalistas e à elaboração de sucessivos planos de descolonização
recusados por Salazar (que consegue manter a sua posição colonial) (doc. 24C)

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- Política do “orgulhosamente sós” assume o isolamento internacional de Portugal

(doc. 24 B)

- Campanha diplomática tenta convencer os aliados ocidentais de que os movimentos


de libertação eram agentes o comunismo internacional

- Utilização a base das Lajes nos Açores como pressão sobre os EUA

- Descontentamento crescente em Portugal devido ao desgaste da guerra

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