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Escola Básica e Secundária com Pré-Escolar e Creche do Porto Moniz

Guerra Colonial Portuguesa


Grupo: Madalena Gonçalves (Nº7); Manuela Cristo (Nº9);
Maite da Silva (Nº8); Matilde da Silva (Nº2)
Disciplina: História A
Ano/Turma: 12º LH
Data de entrega:
Índice
Introdução:............................................................................................................................2
• Exército enviado para a guerra das colónias portuguesas.......................................4
 Consequências do pós-guerra colonial.....................................................................4
 Entrada de Portugal na ONU.....................................................................................4
 Descolonização, quem acabou a guerra colonial?................................................5
 As colónias.....................................................................................................................5
Angola.................................................................................................................................6
Guiné-Bissau.....................................................................................................................6
Moçambique.....................................................................................................................7
O PAPEL DAS MULHERES NA GUERRA COLONIAL....................................................7
 Curiosidades.................................................................................................................8
Bibliografia:..........................................................................................................................9

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Introdução:

A Guerra Colonial Portuguesa foi um período de confrontos entre as Forças


Armadas Portuguesa e as forças organizadas pelos movimentos de libertação
das antigas colónias – Angola, Guiné-Bissau, e Moçambique que decorreu entre
1961 e 1974. Esta guerra contribuiu de forma decisiva para o 25 de Abril, sendo o
acontecimento mais marcante na nossa história na segunda metade do século
XX, visto que a Revolução dos Cravos em Portugal pôs fim à ditadura do Estado
Novo, que resultou em grande parte dos desenvolvimentos políticos, sociais
militares, e legais da guerra.

O início deste episódio da história militar portuguesa e da história do


colonialismo português ocorreu em Angola, a 15 de Março de 1961, na zona que
viria a designar-se por Zona Sublevada do Norte, que corresponde
aos distritos do Zaire, Uíje e Quanza-Norte. A mudança do rumo político do
país permitiu que se pusesse fim a uma guerra que durava há treze anos e dar
início ao processo de descolonização. Os novos dirigentes anunciavam
a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de
independência das colónias. Entre 1974 e 11 de novembro de 1975 o Estado
português negoceia com os movimentos de libertação a transição para a
independência dos territórios africanos sob o domínio colonial português.

Durante o conflito armado, o Estado Novo aumentou progressivamente a


mobilização das forças armadas portuguesas, nos três teatros de operações, de
forma proporcional ao alargamento das frentes de combate que, no início da
década de 1970, atingiria o seu limite crítico. O Estado Novo defendia desde o
seu princípio a integridade dos territórios coloniais portugueses. A guerra
sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que o regime
considerava território nacional por via da revisão constitucional de 1951.

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Nas colónias europeias sempre existiram movimentos de oposição e resistência
à presença das potências coloniais. Porém, ao longo do século XX, o sentimento
nacionalista fortemente impulsionado pelas primeira e segunda guerra mundial
era patente em todas as movimentações europeus, pelo que não será
surpreendente notar o seu alastramento às colónias, já que também muitos dos
seus nativos nelas participaram, expondo o paradoxo da celebração da vitória
na luta pela libertação, em território colonial, ainda submetido e dependente.
Províncias ultramarinas portuguesas em África no período da Guerra do
Ultramar.

Por outro lado, também as grandes potências emergentes da II Guerra Mundial,


os Estados Unidos e a União Soviética, alimentavam quer ideologicamente,
quer materialmente a formação de grupos de resistência nacionalistas, durante
a sua disputa por zonas de influência. É neste contexto que a Conferência de
Bandung, em 1955, irá conceder voz própria às colónias, que enfrentavam os
mesmos problemas e procuravam uma alternativa ao simples alinhamento no
conflito bipolar que confrontava as duas grandes potências. Eram, assim,
chamadas a considerar com outra legitimidade as reivindicações do chamado
Terceiro Mundo, quer para manter o equilíbrio nas relações internacionais da
Guerra Fria, quer para canalizar os sentimentos autonomistas para seu
benefício, como zona de influência. A influência externa nas colónias perdia a
orientação meramente separatista e desestabilizadora, e caminhava para um
efetivo apoio nas relações com os países colonizadores.

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• Exército enviado para a guerra das colónias portuguesas

O exército mandado para a guerra colonial


portuguesa foi o das Forças Armadas.

Para a guerra colonial foram 800 mil homens


portugueses e 500 mil africanos, que foram
incorporados nas tropas portuguesas.

Foram para a guerra, ao todo, 149 mil


homens.

Ao longo dos 13 anos da guerra colonial houve


movimentos de autodeterminação e independência
como: UPA (União dos Povos Angolanos); a MPLA
(Movimento Popular de Libertação da Angola), e a
FNLA (Frente Nacional de Libertação da Angola).

 CONSEQUÊNCIAS DO PÓS-GUERRA COLONIAL


As consequências do pós-guerra colonial foram:

- Milhares de feridos e milhares de soldados mortos;

- Foram gastas enormes quantias de dinheiro em armamentos e outros fins;

- Stress, ansiedade, depressão e incapacidade física (soldados).

 ENTRADA DE PORTUGAL NA ONU


ONU: Organização das Nações Unidas.
O objetivo da ONU é: - manter a paz e a
segurança internacionais; -desenvolver relações
amistosas entre as nações; - realizar a

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cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter
econômico, social, cultural e humanitário; (etc)

Portugal entra para a ONU em 14 de dezembro de 1955.

A entrada de Portugal na ONU significava uma exposição internacional a sua


política ultramarina, que passou a ser motivo de críticas por parte da
comunidade internacional.

A Carta das Nações Unidas previa a autodeterminação dos territórios


administrados por potências coloniais.

A posição de Portugal na ONU e 1974 foi muito frágil devido as propostas feitas
sobre a descolonização que Portugal sempre rejeitava.

 Descolonização, quem acabou a guerra colonial?


A descolonização Portuguesa não tem autores. Depois tornou-se no facto cuja
autoria ninguém reivindica e cuja responsabilidade todos enjeitam.

Após a Segunda Guerra Mundial vemos que as antigas potencias europeias


foram obrigadas a promover o processo de descolonização.

Os governos de Salazar e Marcelo Caetano não aceitavam o fim da prática


colonial afirmando que os territórios africanos entravam no conceito de nação
formada por diferentes povos e diferentes territórios espalhados pelo mundo.

Em contrapartida, os governos lusitanos se


inspiravam nos princípios de
autodeterminação e independência para
exigirem a formação de nações
independentes. Contudo, não sendo
possível uma via de negociação pacífica, a
Guerra Colonial Portuguesa teve o seu
início e continuidade a partir da formação
de
várias frentes de luta.

 As colónias

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Guerra Colonial Portuguesa em Angola

Um marco importante que levou a criação de três momentos de libertação de


Angola que ajudaram a declarar a sua independência foi o dia 11 de novembro
de 1975, sendo estes momentos:

1. o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), em Luanda;


2. a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), em Ambriz;
3. a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), em
Huambo.

ANGOLA
O Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA)

Em 11 de novembro de 1975, os três movimentos de libertação de Angola


declaravam a independência. Contudo, apenas a declaração do MPLA foi
reconhecida pela comunidade internacional.

O Movimento popular de libertação da Angola é criado em 1956 por Agostinho


Neto, Mário de Andrade e J. Pinto de Andrade.

Em 1966 a sua importância é mais visível, visto que o seu papel na ação da
União nacional para a independência Total de Angola foi fundamental com o
aumento do número de militares.

A Frente Nacional de Libertação da Angola (FNLA)

Em 10 de outubro de 1954 é fundado um movimento político com o nome de


União das Populações do Norte de Angola (UPNA), tendo sido chamado
inicialmente por União dos Povos Angolanos (UPA).

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA),

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) é um partido


fundado em 1966 por contradição as organizações da FNLA (Frente Nacional
de Libertação de Angola) e do GRAE (Governo de Resistência de Angola no
Exílio).

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GUINÉ-BISSAU
Em 19 de setembro de 1956 foi fundado um partido político que tinha como
objetivo defender a independência de cabo Verde e Guiné Portuguesa de
Portugal, conhecido pela sigla PAIGC.

A guerra pela independência começa oficialmente em 23 de janeiro de 1963,


com o início de um conjunto de atitudes que levou à guerra na região de Tite.
As forças Portuguesas estavam perante um adversário muito bem organizado e
militarmente eficiente devido a ajuda da PAIGC.

Na atualidade temos pequenos vestígios daquele tempo, como por exemplo as


comemorações do dia 20 de janeiro, em que se celebra os Heróis Nacionais e os
Combatentes da Liberdade da Pátria.

MOÇAMBIQUE
Em 1964 é fundado oficialmente um partido político de extrema importância,
designado por Frente de Libertação de Moçambique, conhecida pela acrónimo
FRELIMO. Esta iniciou uma luta armada contra o Estado Novo, pois este não
reconheceu as pretensões autonomistas e independentistas existentes no
território.

A 25 de junho de 1975 foi anunciada a independência de Moçambique.

Em 1989 a FRELIMO abandonou o marxismo-leninismo, pois acreditavam que


aquele tipo de política não coincidia com as ideologias da realidade africana.

A revisão da Constituição, em 1990, permitiu a abertura ao multipartidarismo.

O PAPEL DAS MULHERES NA GUERRA COLONIAL


Na guerra colonial de Portugal, que durou 13 anos, as mulheres tiveram um
papel importante no decorrer desta guerra que transformou a História e o
território português.

Durante a guerra, o regime português utilizou as mulheres na construção e


transmissão da ideia de família e de apoio essencial na missão “civilizadora” nas
colónias.

Nesta época um dos papeis de grande maioria das mulheres era de submissa
aos maridos, e por isso, principalmente aquelas que eram casadas com militares
Portugueses (sobretudo oficiais), acompanhavam os seus maridos em longas

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missões em África. Apesar de não estarem na sua terra natal, estas mantinham
as tarefas do feminino tradicional ligadas à maternidade e à manutenção do lar.

Nas frentes de combate, as mulheres tinham o papel de socorrer e assistir os


feridos, estabilizando –os e acompanhando no transporte até Lisboa.

Contudo, as mulheres que não podiam acompanhar os seus maridos e


familiares, nos territórios em guerra, ficavam em Portugal «ficando assim de
fora todo o amplo corpo de mulheres – mães, mulheres, irmãs e noivas – que
ficaram em Portugal compondo a home front de todas as guerras». Estas ainda
assumiram o papel dos homens, ao irem trabalhar nas fábricas de munições e
em outras, tais como, professoras, enfermeiras, costureiras, etc., de modo a que
se mantivesse alguma normalidade.

 Curiosidades

 O general António de Spínola


apercebeu-se do impasse na guerra
colonial na Guiné-Bissau e escreveu
o livro Portugal e o Futuro, editado
em fevereiro de 1974;
 Nó cego, escrito por Carlos Vale
Ferraz. Foi oficial do Exército,
tendo cumprido comissões em
Angola, Moçambique e Guiné.

Manuel João Batista Rosa é um ex-militar que participou


na guerra das colonias portuguesas.

• É licenciado em gestão pela Universidade da


Madeira (UMA). Entrou no exército em 1973, no
curso de Oficiais Milicianos em Mafra.
• Participou no 25 de abril na EPAM (Escola Prática
de Administração Militar).

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• Foi professor durante 43 anos na Escola Francisco de Franco.
• É contabilista na respetiva Ordem.
• Escreveu um livro designado por “Memórias” que relata sobre a guerra
colonial portuguesa (em Cabinda).

Ao longo deste livro, Manuel Rosa vai nos contando sobre o


ensino primário e secundário, sobre a geração de 60 da sua
terra natal (Santana), sobre a sua ida para Lisboa, fala sobre
a recruta, o 25 de abril.

Relata também sobre a descolonização de Cabinda, sobre as


forças independentistas de Angola. Escreve também de
como houve um alívio depois da guerra colonial ter acabado,
e de como trouxe consequências para os soldados como: a
depressão, a ansiedade, a incapacidade física.

Bibliografia:

https://observador.pt/especiais/quem-realizou-descolonizacao/

https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerras-coloniais-1.htm

https://cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt/a-descolonizacao-portuguesa-
foi-um-66709

https://vilanovaonline.pt/2017/10/25/guerra-colonial-portuguesa-uma-historia-
por-contar-aspetos-nao-revelados-a-situacao-dos-prisioneiros-de-guerra/

https://arquivo-ligacombatentes.defesa.gov.pt/details?id=7

file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/2491-Texto%20do%20artigo-6748-1-10-
20120321.pdf

https://pt.slideshare.net/jorgediapositivos/guerra-colonial-1

https://www.dw.com/pt-002/cronologia-1961-1969-in%C3%ADcio-da-guerra-
colonial-e-viragem-no-destino-das-col%C3%B3nias/a-17280932

https://ensina.rtp.pt/explicador/as-consequencias-do-processo-de-
descolonizacao/

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https://www.google.com/search?
q=guerra+colonial+portuguesa+mortos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2a
hUKEwijpObbs7P9AhV1hP0HHR4nB_8Q_AUoAXoECAIQAw&biw=1536&bih=7
54&dpr=1.25

https://www.google.com/search?
q=portugal+na+onu&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=2ahUKEwjtw-

https://www.google.com/search?q=for
%C3%A7as+armadas+nas+colonias&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUK
EwiIlMWgs7P9AhXiWqQEHQugC4EQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=75
4&dpr=1.25

https://www.todamateria.com.br/fim-do-imperio-portugues-na-africa/

chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://digitalis-
dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/36736/1/Descolonizacao%20Portuguesa.pdf

Digitalização - Acordo entre o Estado Português e a Frente Nacional de Libertação de


Angola - "FNLA", o Movimento Popular de Libertação de Angola - "MPLA" e a União
Nacional para a Independência Total de Angola - "UNITA". - Arquivo Histórico da
Presidência da República - Archeevo (presidencia.pt) ( consultado no dia 10/02/2023 as
12:45h)

https://www.defesa.gov.pt/pt/defesa/organizacao/comissoes/cphm/rphm/edicoes/
ano1/n12021/fimimperio /(dia 26/02/2023 as 8:00)

https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/10257/2/Cunha%2C%20Paulo
%202013%20Guin%C3%A9%20Bissau%20As%20imagens%20coloniais.pdf (consultado
no dia 28/02/2023as 00:19h) https://media.rtp.pt/descolonizacaoportuguesa/pecas/s-
tome-e-principe-12-de-julho-de-1975/

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