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LEI DE BASES DA

FUNÇÃO PÚBLICA
Inovaçõ es e Medidas de Reforma que
impactam na Gestã o do Capital Humano
da Funçã o Pú blica.

© 2022. Todos os direitos reservados.


PERFIL DO FORMADOR
______________________
Adriano André Maleca
______________________
 Licenciado em Direito
 Professor Universitário com a categoria de Assistente (ensino superior)
 Pós –Graduado em Didáctica do Ensino Superior
 Formador da ENAPP
 Quadro do Sénior do Governo Provincial do Cuanza Norte
 Antigo Director do Gabinete de Recursos Humanos

ramoshardwerista@hotmail.com; ramos.gaspar@cuanzanorte.gov.ao

Cuanzanorte.gov.ao
Governo Provincial do Cuanza Norte
É MISSÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA
a) Prestar serviço pú blico, em conformidade com o disposto na
Constituiçã o e na lei;
b) Considerar o utente do serviço pú blico como elemento central que
beneficia deste serviço para satisfaçã o das suas necessidades;
c) Obter os maiores níveis de eficiência e eficá cia da administraçã o
pú blica na prestaçã o de serviço publico, optimzando os recursos
disponíveis;
d) Considerar o utente do serviço pú blico como parceiro dos
funcioná rios e agentes administrativos no desempenho das tarefas
comunitá rias;

e) Aplicar permanentemente as boas prá ticas de gestã o do capital


humano, material e tecnoló gico, visando a constante modernizaçã o
administrativa e, por essa via, alcançar o bem-estar econó mico e
social das populaçõ es.
São objectivos da função pública, dentre outros os
seguintes:
a) Assegurar de forma eficiente e eficaz um serviço
de qualidade aos cidadã os, orientando a sua
acçã o por uma cultura de serviço publico;
b) Modernizar e melhorar continuamente a
qualidade dos serviços pú blicos;
c) Conceber e executar medidas de politicas que
visam a eficiência e eficá cia profissional e o bem-
estar social dos funcioná rios e agentes
administrativos
A Função Pública rege-se, dentre outros, pelos
seguintes princípios:
a) Interesse publico n) Publicidade
b) É tica e deontologia profissional o) Finalidade
c) Igualdade p) Motivaçã o
d) Legalidade q) Moralidade
e) Justiça r) Racionalidade
f) Proporcionalidade s) Segurança jurídica
g) Imparcialidade t) Responsabilidade profissional
h) Responsabilizaçã o u) Urbanidade
i) Probidade administrativa v) Respeito pelos direitos e
j) Respeito pelo patrimó nio publico interesses legalmente protegidos e
k) Eficiência e eficá cia a garantia da ampla defesa dos
particulares.
l) Rigor
m)Transparência
Definições, para efeito do disposto, na funçã o entende-se
por:
a) Funçã o Pú blica - conjunto de atribuiçõ es permanentes ou transitó rias
de carater profissional, exercidas por funcioná rios e agentes nos
ó rgã o, organismos e serviços da administraçã o publica, mediante
qualquer uma das modalidades de vínculo de emprego pú blico.

b) Funçã o- conjunto de postos de trabalho, inseridos num determinado


ó rgã o, organismo ou serviço com objectivo idê ntico ou semelhante no
que diz respeito as suas principais actividades e responsabilidades,
que exigem dos seus titulares um determinado perfil mínimo de
qualificaçã o, experiência e outros requisítos;

c) Carreira- conjunto hierarquizado de categorias da mesma natureza, a


que os funcioná rios ingressam ou acedem de acordo com a
qualificaçã o, antiguidade e o mérito evidenciado no desempenho
profissional;
ENQUADRAMENTO

Porquê da LEI DE BASES DA FUNÇÃO PÚBLICA ?

 Necessidade de revisã o da anterior Lei n.º 17/90, de 20 de Outubro,


sobre os princípios a observar na administraçã o Pú blica, no sentido de
adequa-la ao actual contexto constitucional e de modernizaçã o e
simplificaçã o administrativa, vigente há 32 anos.

 Esta medida surge no â mbito do Programa de Reforma Administrativa


(PREA), onde o Estudo sobre a Macroestrutura da Administraçã o
Pú blica Angolana, do período de 2000-2017, apresentou
expressamente esta medida, dentre as recomendaçõ es que hoje se
encontram em execuçã o a nível da Reforma Administrativa.

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FUNDAMENTOS
 Constituição da República de Angola: Justifica-se a revisã o da
presente Lei no sentido da sua adequaçã o ao actual contexto
constitucional, pois nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 165.º da
referida Lei Magna, à Assembleia Nacional compete legislar, com
reserva relativa, sobre as Bases da Funçã o Pú blica.

 O actual contexto político, social e económico:, a necessidade de


tornar a Lei ú til e exequível no actual contexto político, social e
econó mico marcado pela simplificaçã o e de modernizaçã o
administrativa a fim de promover a produtividade, a competitividade
da Funçã o Pú blica e o crescimento econó mico.

 Boas práticas de gestão e tendências internacionais: Estudos


comparados demonstram a necessidade em se evitar a dispersã o
legislativa e o excesso de legislaçã o avulsa em gestã o, bem como fazer-
se maior integração entre o regimes de Pú blicos e Privados.

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MISSÃO, OBJECTIVOS
E PRINCÍPIOS DA
FUNÇÃO PÚBLICA

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ÂMBITO INSTITUCIONAL E PESSOAL DA FUNÇÃO PÚBLICA

O artigo 2.º da Lei de Bases da Funçã o Pú blica (LBFP) aclaram que as suas
normas aplicam-se :
a) Aos ó rgãos, serviços, organismos e instituiçõ es administrativas que
integram a Administraçã o Pú blica que estejam na dependência
orgâ nica e funcional do Presidente da Repú blica;
b) Aos ó rgã os, serviços, organismos administrativos da Assembleia
Nacional, dos Tribunais, da Procuradoria Geral da Repú blica;
c) Aos Ó rgã os e Serviços das Forças Armadas Angolanas, da Segurança e
da Ordem Interna, com as adaptaçõ es decorrentes dos seus estatutos, e
legislaçã o específica
d) A LBFP aplica-se ainda, subsidiariamente, à s Entidades
Administrativas Independentes (Ex. BNA, Agências
Reguladoras,
ERCA,etc.) e as Autarquias Locais.
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ÂMBITO INSTITUCIONAL E PESSOAL DA FUNÇÃO PÚBLICA

Exclui-se, do â mbito de aplicaçã o da LBFP, as Empresas Públicas,


qualquer que sejam, pois regem-se pela Lei de Bases do Sector Empresarial
Pú blico, Lei n.º 11/13, de 3 de Setembro.

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DEVERES, DIREITOS,
LIBERDADES E
GARANTIAS DOS
FUNCIONÁRIOS
PÚBLICOS E AGENTES
ADMINISTRATIVOS

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DEVERES, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS

A LBFP, veio consagrar, além dos deveres e obrigaçõ es legais e contratuais,


dos Funcioná rios Pú blicos, Agentes Administrativos e Trabalhadores no
exercício de funçõ es pú blicas, um conjunto de direitos, liberdades e
garantias, (Art. 7.º - 9.º) com destaque para:
a) Dever de Proteger os Dados Pessoais dos Cidadã os, que tomem
contacto com os dados pessoais dos cidadã os em virtude das funçõ es
que exercem(al. b) do n.º 1 do art. 7.º);
b) Proibiçã o de fazer mau uso ou partilha de informaçõ es privilegiadas
da entidade em que prestam serviço ou a que possam ter acesso por
causa ou no exercício das suas funçõ es, (al.c) do n.º2 do art. 7.º);

c) Proibiçã o de pressionar, ameaçar ou assediar moral ou sexualmente


funcioná rias, bem como os subordinadas e utentes (al.d) do n.º 2 do
art. 7.º);

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DEVERES, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS

d) Protecçã o eficaz em matéria de segurança, higiene e saú de no trabalho,


(al.g) do art. 9.º);

e) O exercício do direito à greve e a aderir livremente a


associaçõ es profissionais e sindicais (al.n) do art. 9.º);

f) Respeito da sua intimidade, imagem e dignidade no trabalho (al.j) do


art. 9.º).

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CONSTITUIÇÃO,
MODIFICAÇÃO,
SUSPENSÃO E
EXTINÇÃO DA
RELAÇÃO JURÍDICO-
LABORAL NA
FUNÇÃO PÚBLICA

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REQUISITOS DE INGRESSO NA FUNÇÃO PÚBLICA

Sobre os requisitos gerais de ingresso ou provimento na Funçã o Pú blica, a


LBFP destaca-se( art.11.º ):
a) Nacionalidade Angolana;
b) Ter idade igual ou superior a 18 anos – Passa a ser permitido que,
todos os cidadã os que tenham idade igual ou superior a 18 anos de
idade, possam candidatar-se a uma vaga de emprego na funçã o pú blica,
nã o estabelecendo qualquer limite má ximo de anos de idade;
c) Não ter sido aposentado ou reformado.

OBS: O Executivo irá adequar a legislaçã o da Segurança Social à estas


regras um vez que existe um Prazo de Garantia de Contribuiçõ es (180
meses ou 15 anos) para que o funcioná rio/trabalhador possa adquir o
Direito à Reforma.

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CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURIDICA DE EMPREGO NA FUNÇÃO PÚBLICA

Nos termos do art. 10.º da LBFP, a relação jurídico-laboral na Funçã o


Pú blica constitui--se com base em acto de nomeaçã o ou através de contrato
de trabalho pú blico.
A nomeação constitui, agora, a regra de ingresso na Função Pública,
diferente da regra anterior que estabelecia o Contrato Administrativo de
Provimento. Portanto, os concorrentes positivamente avaliados e que
preencham as vagas nos concursos pú blicos de ingresso sã o nomeados
provisoriamente para um período de um (1) ano, para posteriormente
exercerem funçõ es no quadro definitivo.

Está proibido o provimento probató rio por via de contrato.


A nomeação provisória converte-se automaticamente em definitiva,
decorrido o período de um (1) ano, mas deve ser precedida da avaliação
positiva de desempenho.

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O Contrato de Trabalho Público (CTP) constitui uma excepção e tem lugar,
apenas, nas situaçõ es especiais, nomeadamente ( art.13.º ):
a) Substituição de funcionário ausente, que se encontre temporariamente
impedido de prestar serviço por motivos de doença prolongada, mobilidade
ou em comissão de serviço, em outro ó rgão, organismo ou serviço da
Administração Pú blica;
b) Substituição de funcionário que esteja suspenso por força de um processo
judicial ou disciplinar;
c) Realização de trabalhos sazonais ou ocasionais de curta duração;
d) Realização de formação especializada, estágios profissionais
ou curriculares em ó rgãos, organismos e serviços pú blicos;
e) Desenvolvimento de projectos de investimento não inseridos
nas actividades normais dos ó rgãos, organismos ou serviços;
f) Realização de necessidades extraordinárias ou para a implementação de
projectos ou programas urgentes e prioritários.
OBS: O Executivo irá aprovar e publicar o Modelo/Minuta do CTP e Regulamentar o
regime de Está gios Profissionais e Curriculares.

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O regime jurídico do Contrato de Trabalho Público, esta estabelecido
nos artigos 13.º a 18.º, 82.º e 85.º todos da LBFP
O CTP vigora no prazo de até 24 (vinte e quatro) meses e caduca
automaticamente, vencido o respectivo prazo, cessando sem qualquer
formalidade o processamento de salá rios e outras regalias financeiras
ou patrimoniais a expensas do Estado.
Os titulares dos ó rgã os, organismos ou serviços da Administraçã o
Pú blica devem assegurar o cumprimento do disposto no nú mero
anterior, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e financeira por
meio do processo de reintegraçã o de fundos, sem prejuízo da
responsabilidade solidária dos gestores do capital humano.

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MODIFICAÇÃO DA RELAÇÃO JURIDICA DE EMPREGO NA FUNÇÃO PÚBLICA

Destacamento Transferências

O prazo de destacamento de um A mobilidade, por transferência, não


funcionário pú blico é de três (3) está condicionada à participação
anos, sendo prorrogável por uma em concurso público, recaindo
ú nica vez.se extravasar o limite do apenas a funcionários do quadro
prazo de prorrogaçã o este é definitivo providos
colocado em situaçã o por
disponibilidade permanente de na nomeação.
A transferência consiste na
entidade de destino e extingue-se o nomeaçã o definitiva do funcioná rio
vínculo no quadro de origem para lugar vago do quadro de outro
Durante o destacamento, o ó rgã o, organismo ou serviço, da
funcioná rio suspende a sua relaçã o mesma categoria e carreira, ou de
jurídica laboral no quadro de carreira diferente desde que, neste
origem, mas pode optar por auferir caso, se verifique a identidade ou
a remuneração e regalias que lhe afinidade de funções e idênticas
forem mais favoráveis. habilitações.

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Interinidade Substituição

A interinidade é a designação A substituição consiste na designação


temporária de um funcionário para o temporária de um funcionário para o
exercício de uma função cujo titular se exercício de um cargo vago por
encontra ausente ou impedido por impedimento temporário ou ausência
razões extraordinárias, tais como: por
motivos de serviço, saú de, formação ou justificada do titular do cargo, por
período não superior a seis meses.
A nomeação interina não carece de
posse, sendo lavrado, apenas, o termo O funcionário só pode substituir o
de início de funçõ es e não pode ser titular de uma categoria
superior a seis meses. Findo o prazo o imediatamente superior à sua. A
lugar é declarado vago e preenchido substituição quando seja superior a
pelo funcionário interino, convertendo- 60 dias carece de homologação do
se automaticamente em definitiva. titular máximo do ó rgão, serviço ou
O interino assume a totalidade das organismo e é remunerável 4. A
obrigaçõ es da função e tem o direito de substituição é da competência do
usufruir, na plenitude, as regalias titular do ó rgão com competência
inerentes à função. para nomear.
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Requisição Suspensão

Os órgãos, organismos e serviços A relação jurídica laboral na Função


da Administração Pública podem Pú blica pode, a todo o tempo, ser
suspensa através de Licenças, nos
requisitar outros funcionários
termos do artigo 89.º da FBFP.
(Ex.: ó rgã os de Defesa, Segurança e
Ordem Interna) ou trabalhadores As Licenças Limitada e Ilimitada,
são as que implicam a perda total das
do Sector Empresarial Público ou
remuneraçõ es e suspendem a
Privado para o exercício de funçõ es contagem da antiguidade para efeitos
pú blicas, em casos de Greve ou de carreira, diuturnidade e reforma.
situaçõ es que ponham em causa a
Estas licenças são concedidas
prossecuçã o do interesse pú blico. mediante Despacho do titular máximo
Lei n.º 33/20, de 17 de Agosto – do ó rgão ou serviço pú blico e Estes
não podem ser providos em lugares
Lei da Requisição Civil.
do quadro dos ó rgãos e serviços
abrangidos pela LBFP.

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PREFERÊNCIA E PRIORIDADE NA MOBILIDADE DO CÔNJUGE OU UNIDO
DE FACTO (Artigo 26.º)

Os casos de mobilidade do cô njuge ou unido de facto, em razã o de


uma das modalidades de modificaçã o da relaçã o jurídica, sobretudo
quando tenha filhos menores de 18 anos, conferem ao funcioná rio o
direito a que o seu cô njuge ou unido de facto, que seja igualmente
funcioná rio, possa ser transferido, destacado ou permutado para a
mesma localidade, beneficiando do direito de preferência no
preenchimento das vagas existentes.

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ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES PÚBLICAS

O exercício de Funçã o Pú blica pode ser acumulado com outra funçã o


pú blica quando nã o exista incompatibilidade entre elas ou haja
manifesto interesse pú blico.
Há manifesto interesse pú blico, que justifica a acumulaçã o de
funçõ es pú blicas nos seguintes casos:
a) Inerência de funçõ es;
b)Actividades de representaçã o de Departamentos Ministeriais ou
de serviços pú blicos;
c) Participaçã o em comissõ es ou grupos de trabalho;
d)Participaçã o em ó rgã os consultivos, ó rgã os fiscais ou outros
ó rgã os colegiais, nos termos da lei;

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e)Actividades de cará cter ocasional e temporá ria que possam
ser consideradas complemento da funçã o;
f)Actividade docente ou de investigaçã o científica, em
instituiçõ es pú blicas ou privadas;
g) Realizaçã o de conferências, palestras, acçõ es de formaçã o e outras
actividades de idêntica natureza.

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ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS

A título remunerado ou nã o, em regime de trabalho autó nomo, nã o


podem ser acumuladas, pelo funcioná rio pú blico ou por interposta
pessoa, funçõ es pú blicas com funçõ es ou actividades privadas que: .
a) Sejam legalmente consideradas incompatíveis com as funçõ es
pú blicas;
b)Sejam desenvolvidas em horá rio sobreposto, ainda
que parcialmente ao das funçõ es pú blicas;
c)Comprometam a isençã o e a imparcialidade exigidas
pelo desempenho das funçõ es pú blicas;
d)Provoquem prejuízo para o interesse pú blico ou para os direitos e
interesses legalmente protegidos dos cidadã os.

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REGIME DOS
TITULARES DE
CARGOS DE
DIRECÇÃO E CHEFIA,
CARGOS POLÍTICOS
OU ELECTIVOS

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TITULARES DE CARGOS DE DIRECÇÃO E DE CHEFIA (Art.50.º)

A nomeaçã o para o exercício de cargo de chefia deve recair


exclusivamente para os funcioná rios do quadro definitivo.
A nomeaçã o para o exercício de cargo de direcção deve, em regra,
recair para os funcioná rios do quadro definitivo.
Excepcionalmente, o provimento para cargos de direcçã o pode
incidir sobre pessoal recrutado fora da Funçã o Pú blica, mediante
concurso pú blico, desde que reú na os seguintes requisitos:
a) Ter nacionalidade angolana, princípios de liderança exemplar e
experiência profissional comprovada mínima de 10 anos;
b) Ter aptidõ es técnicas e profissionais para o exercício do cargo;
c) Ter habilitaçõ es literá rias para o exercício do cargo.

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CARTA DE MISSÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS
TITULARES DE CARGOS DE DIRECÇÃO E CHEFIA (Art.53.º)

No momento do provimento, o titular de cargo político competente e


o pessoal titular de cargos de direcçã o e de chefia superior assinam
uma carta de missão que constitui um compromisso de gestão
em que, de forma explícita, são definidos os objectivos
devidamente quantificados e calendarizados, a atingir no
decurso de exercício de funções.

A avaliaçã o negativa relativamente ao grau de concretizaçã o dos


objectivos constantes da carta de missã o, nos termos da lei aplicável
à gestã o de desempenho dos titulares de cargos de direcçã o e chefia,
determina a nã o renovaçã o da comissã o de serviço ou a respectiva
cessaçã o antecipada.
NB: Será aprovado e publicado uma minuta/modelo de Carta de Missã o.

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DIREITO À PROMOÇÃO NA CARREIRA

Houve a extensã o do Direito à Promoção na Carreira para os


funcioná rios pú blicos que sejam titulares de cargos de Direcçã o e
Chefia que estejam, em comissã o de serviço, em cargo político ou
electivo nos Ó rgã os de Soberania, no Sector Empresarial Pú blico ou
Privado, ao serviço do Estado, bem como aos Consultores nos
Gabinetes do Membros do Executivo e Equiparados, que sejam do
quadro definitivo. ( Art. 54.º e 135.º LBFP).

Excepcionalmente, beneficiam ainda da promoçã o na carreira, os


titulares de cargos de direcçã o e chefia que tenham exercido o cargo
durante dois anos e nove meses, salvo nos casos de incumprimento
dos objectivos fixados na carta de missã o.

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REGIME DE
DURAÇÃO DA
PRESTAÇÃO DE
TRABALHO

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DURAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE TRABALHO (ART. 56.º A 58.º DA LBFP)

Houve a reduçã o do período normal de trabalho na Funçã o Pú blica


corresponde a 35 horas semanais, sendo 7 horas diárias. em regime
de horá rio contínuo, e vai das 8h as 15h, de Segunda a Sexta-feira.
Os ó rgã os e serviços pú blicos devem proporcionar aos seus
funcioná rios um período de descanso de pelo menos 45 minutos, para
descanso e refeiçã o, considerado, para todos os efeitos, como tempo de
trabalho, sem prejuízo do atendimento permanente aos utentes.

Estas regras nã o abrangem os funcioná rios


que laborem em regime de turnos, em regime
de isençã o de horá rio e/ou de sobreposiçã o
de horá rio, teletrabalho, etc.

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TELETRABALHO NA FUNÇÃO PÚBLICA (Art.59.º LBFP)
O funcioná rio pú blico pode realizar as actividades inerentes à sua funçã o,
na totalidade ou em parte, em regime de teletrabalho, utilizando, para o
efeito, meios tecnológicos e de comunicações disponibilizados pelo
serviço a que pertence.
Os períodos em teletrabalho sã o considerados, para os devidos efeitos,
nomeadamente relacionados com os períodos de trabalho e de descanso,
como equivalentes a tempo de trabalho presencial.
O horá rio de realizaçã o dos períodos de trabalho em regime de
teletrabalho é estipulado pelo ó rgã o, organismo ou serviço, em igualdade
de circunstâ ncias, com as formas de prestaçã o de trabalho presencial.
As condiçõ es de prestaçã o do serviço pú blico em regime de teletrabalho
sã o os previstos no Decreto Presidencial n.º 52/22, de 17 de Fevereiro,
que regula o Exercício da Actividade Laboral em Regime de Teletrabalho.

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Muito Obrigado!
REGIME DAS FALTAS,
FÉRIAS E LICENÇAS
LABORAIS

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REGIME JURÍDICO DAS FALTAS (Art. 64.º a 76.º da LBFP)

As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

O funcioná rio é obrigado a fornecer a prova dos motivos


invocados para a justificação da falta à entidade pú blica com a
antecedência mínima de cinco (5) dias úteis, fundamentando o
motivo da ausência, o período necessá rio, exibindo, nessa altura,
notificaçã o, requisiçã o, convocató ria ou outro documento idó neo que
sirva de comprovativo para o efeito.

Constitui infracçã o disciplinar grave a prestaçã o pelo funcioná rio de


falsas declaraçõ es relativas à justificaçã o de faltas.

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FALTAS
JUSTIFICADAS
MOTIVOS JUSTIFICATIVOS N.º DE DIAS CONSEQUÊNCIAS EFEITOS

FALECIMENTO DE FAMILIARES 10 Dias úteis Remuneradas Conta para Antiguidade


DIRECTOS * e Reforma
FALECIMENTO DE PARENTES* 5 Dias úteis Remuneradas ----
CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES LEGAIS 2 Dias por mês Remuneradas ----
Ate 8 Dias por ano
PRESTAÇÃO DE PROVAS ESCOLARES O n.º de dias de provas Remuneradas ----
ACIDENTE, DOENÇA OU ASSISTÊNCIA O n.º de dias necessários Remuneradas ----
FAMILIAR INADIÁVEL
ACTIVIDADES CULTURAIS OU O n.º de dias necessários Remuneradas ----
DESPORTIVAS OFICIAIS
ACTIVIDADE SINDICAL * 4 Dias úteis por mês Remuneradas ----

FORMAÇÃO PROFISSIONAL O n.º de dias necessários, Remuneradas ----


não superior a 6 meses
PARTICIPAÇÃO EM ELEIÇÕES O n.º de dias necessários Remuneradas ----

FALTAS AUTORIZADAS 2 Dias por mês Remuneradas ----

* Se o funcionário precisar de mais dias, tem ainda direito a dispor do tempo indispensável para
a deslocação, sem remuneração.

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REGIME JURÍDICO DAS FÉRIAS (Art. 77.º a 87.º da LBFP)

O período de férias é de 22 dias úteis em cada ano, nã o sendo


contados, como tal, os dias de descanso semanal e de feriados.
Ao período de férias previsto no nú mero anterior é acrescido
três
(3) dias úteis de férias por cada 10 anos de
serviço efectivamente prestado.
 Na determinaçã o dos meses completos de trabalho contam-se os
dias de efectiva prestaçã o de serviço e ainda os dias de falta
justificada com direito à remuneraçã o e os dias de licenças.
 Na aferiçã o dos dias de férias complementares, os intervalos
contam (11 a 19;21 a 29;etc) e aplica-se a todos que tenham
requisitos, em homenagem ao princípio “favor laboris” ou do
tratamento mais favorável ao trabalhador, como critério geral de
interpretaçã o e aplicaçã o das normas laborais.
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VIOLAÇÃO DO DIREITO À FÉRIAS (Art.86.º LBFP)

 Há lugar à Compensação Remuneratória a favor do funcioná rio


pú blico ou agente administrativo, sempre que a entidade pú blica
impeça, fora do â mbito legal ou contratual, o gozo das férias. Neste
caso, o funcioná rio deve receber a título de compensaçã o o triplo
da remuneraçã o correspondente ao período em falta, o qual deve
gozar até ao I Trimestre do ano civil subsequente.

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PAUSA LABORAL COLECTIVA (Art. 87.º LBFP)

Anualmente, no período que vai de 23 de Dezembro a 3 de Janeiro


do ano seguinte., o Presidente da Repú blica, na veste de Titular do
Poder Executivo, pode decretar pausa laboral colectiva dos serviços
pú blicos.

Durante o período de pausa laboral colectiva, deve ser assegurado o


funcionamento dos serviços mínimos.

A pausa laboral colectiva nã o abrange os funcioná rios que laboram


em regime de turno.

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REGIME JURÍDICO DAS LICENÇAS (Art. 88.º a 109.º da LBFP)

A licença pode revestir as seguintes modalidades:

a) Licença por doença;


b) Licença parental;
c) Licença por tutela e por adopçã o;
d) Licença em situaçã o de risco clínico durante a gravidez;
e) Licença por interrupçã o da gravidez;
f) Licença de casamento;
g) Licença de bodas de prata e de ouro;
h) Licença por luto;
i) Licença limitada;
j) Licença Ilimitada.

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LICENÇAS POR DOENÇA

As licenças por doença sã o


concedidas com base em
relató rio médico, por período de
até 30 dias prorrogáveis uma
ú nica vez pelo mesmo período.
O funcioná rio pú blico ou agente
administrativo com enfermidade
grave confirmada que requeira
dispensa do trabalho, por
período superior ao previsto, é
submetido à Junta Médica, a
quem compete dispensa
superior à quele período.

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LICENÇAS PARENTAL

A licença parental compreende as seguintes modalidades:


a) Licença exclusiva da mã e;
b) Licença exclusiva do pai;
c) Licença parental a gozar pelo pai por impossibilidade da mã e;
d) Licença parental a gozar por quem cuide de pessoas
com
necessidades especiais;
e) Licença parental a gozar por quem cuide por impossibilidade dos
progenitores.

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LICENÇA PARENTAL EXCLUSIVA DA MÃE

A funcioná ria parturiente tem direito a uma licença por um período


de até 90 dias. Na eventualidade de nascimento mú ltiplo, o período
de licença é acrescido de mais 30 dias por cada gemelar, e as suas
férias anuais podem ser acumuladas à licença se esta solicitar.
Findo o prazo , a funcioná ria parturiente tem direito a beneficiar do
regime de teletrabalho por um período de até 90 dias.
As funcioná rias grávidas gozam do direito a dispensa do serviço para
consultas pré-natais pelo tempo e nú mero de vezes clinicamente
determinados.
A mã e que comprovadamente amamenta o filho tem o direito a ser
dispensada por 2 horas por em cada dia de trabalho enquanto
durar ou até o filho perfazer 18 meses, sem diminuiçã o do salá rio.

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LICENÇA PARENTAL EXCLUSIVA DO PAI

Por ocasiã o do nascimento do


filho, o funcioná rio pai tem
direito a ausentar-se por sete (7)
dias úteis, que podem ser
gozadas seguidas ou
interpoladamente desde o dia do
nascimento do filho ou dentro
dos 15 dias, mas a ausência ao
serviço por motivo
nascimento do de filho
participada nodeve
pró prio
ser dia em
que ocorrer e justificada por
escrito logo que o funcioná rio se
apresente ao serviço.

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 Licença parental a gozar pelo pai ou familiar por
impossibilidade da mãe - Em caso de incapacidade física, psíquica
ou morte da parturiente, o funcioná rio ou trabalhador pai, ou familiar
por ausência do pai, goza do restante período da licença de
maternidade que ainda nã o tenha decorrido, com direito a
remuneraçã o devida.
 Licença parental a gozar por quem cuide de pessoas com
necessidades especiais - O funcioná rio que, comprovadamente, tiver
sob sua responsabilidade cuidar de pessoa com necessidades especiais
tem direito a ser dispensado do trabalho pelo tempo e nú mero de vezes
clinicamente recomendado.
 Licença parental a gozar por quem cuide por impossibilidade
dos progenitores - Em caso de incapacidade física, psíquica ou morte
dos progenitores, o funcioná rio que tenha sob sua responsabilidade
cuidar de recém-nascido, goza do restante período da licença que ainda
nã o tenha decorrido, com direito a remuneraçã o.

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LICENÇA POR TUTELA E/OU POR ADOPÇÃO

Em caso de tutela ou adopçã o de menor de até cinco anos, o tutor ou


o adoptante tem direito a licença de 45 dias. Porém, se a tutela ou
adopçã o for mú ltipla, o período de licença é acrescido de mais 15
dias.
O adoptante nã o tem direito a licença em caso de adopçã o de filho
do cô njuge ou de pessoa com quem viva em uniã o de facto.
Em caso de incapacidade ou falecimento
do adoptante durante a licença, o cô njuge
sobrevivo, que nã o seja adoptante e com
quem o adoptante viva em comunhã o de
mesa e habitaçã o, tem direito a licença
correspondente ao período nã o gozado,
ou a um mínimo de 10 dias.

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LICENÇA DE CASAMENTO

Por ocasiã o do seu casamento, o funcioná rio pú blico ou agente


administrativo, tem direito a uma licença de 10 dias úteis., mantém
todos os direitos inerentes ao cargo ou funçã o que desempenha.

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LICENÇA DE BODAS DE PRATA E DE OURO

A requerimento do funcioná rio pú blico ou agente administrativo é


concedida uma licença de três (3) dias de calendário por ocasiã o
das bodas de prata e de ouro. o funcioná rio mantém todos os direitos
inerentes ao cargo ou funçã o que desempenha.

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LICENÇA LIMITADA

O funcioná rio, com mais de três (3) anos de serviço efectivo, pode
requerer licença limitada até um período de seis (6) meses, a gozar
seguida ou interpoladamente, invocando o motivo justificado. O
prazo pode ser prorrogado até um (1) ano, e a vaga ser preenchida
interinamente.
Enquanto o funcioná rio permanecer na situaçã o de licença limitada
nã o pode exercer qualquer funçã o ou cargo nos serviços pú blicos.
A licença limitada implica a perda total das remuneraçõ es e
suspende a contagem da antiguidade para efeitos de carreira,
diuturnidade e reforma.
Apó s o termo da licença limitada nã o é permitida outra, excepto a
ilimitada

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LICENÇA ILIMITADA
Os funcioná rios, com provimento definitivo e pelo menos cinco (5) anos de
serviço efectivo prestado à entidade pú blica, ainda que interpoladamente,
podem requerer a licença ilimitada.
A licença Ilimitada nã o pode ter duraçã o inferior a um (1) ano nem exceder
dez (10) anos, seguidos ou interpolados.
A concessã o de licença ilimitada determina a abertura de vaga e a
suspensã o do vínculo com a entidade pú blica, a partir da data do despacho
do titular má ximo da instituiçã o e implica a perda total da remuneraçã o,
suspende a contagem da antiguidade para efeitos de carreira, diuturnidade
e reforma e nã o pode ser provido em lugar do quadro de outro ó rgã o e
serviço pú blico.
Se o funcioná rio nã o tiver requerido o regresso à actividade, uma vez
esgotado o período má ximo de licença, o vínculo existente extingue-se, sem
prejuízo dos direitos de aposentaçã o ou reforma que já tenha adquirido.

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MUITO OBRIGADO

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