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Tema: A Descolonização
O processo descolonizador
É a 10 de maio de 1974 que a ONU e a OUA apelam à
Junta de Salvação Nacional para consagrarem o princípio da
independência das colónias. Durante os meses seguintes, a
OUA interfere no processo negocial exigindo a
independência de todos os territórios.
A lei n.º 7/74 (A lei de descolonização), é aprovada pelo
Conselho de Estado que reconhece o direito das colónias à
independência.
São reforçadas então as negociações com o PAIGC (para a
Guiné e Cabo-verde), a FRELIMO (para Moçambique) e o
MPLA, a FNLA e a UNITA (para Angola), únicos movimentos
que Portugal reconhece para representarem o povo dos
respetivos territórios.
O acordo de alvor
A 15 janeiro de 1975 foi assinado o acordo de Alvor, esta
cimeira foi responsável por juntar a delegação do estado
português com a dos três movimentos que lutavam pela
independência de Angola: MPLA, a FNLA e a UNITA. Este
acordo foi estabelecido com o propósito de equilibrar o
poder entre os três movimentos, o governo português
queria transferir de forma pacífica o poder.
Ao longo de 60 artigos, ficaram claros vários pontos do
compromisso assumido por todos, criou-se assim um
governo provisório rotativo até a realização de eleições, em
outubro.
Os retornados
Retornados é a designação dada aos cidadãos portugueses
que após a Descolonização portuguesa de África, e a
respetiva independência das colónias dos PALOP (Cabo
Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e
Moçambique), tiveram de voltar para Portugal com o fim do
império português. Por mais que essa seja a definição que
mais se encontra, na realidade, muitos dos retornados
nunca tinham sequer estado em Portugal, já que vários
eram filhos ou netos de portugueses, que nasceram nas
colónias.
Objetivos do IARN
O Instituto de apoio ao retorno dos nacionais (IARN) foi
criado em Portugal após a Revolução de 25 de Abril de 1974,
com o intuito de prestar apoio às pessoas que regressavam
ou fugiam das antigas colónias portuguesas. Numa fase
inicial da descolonização, foi responsável pelo pagamento
de alojamento em regime de pensão completa, transporte
de pessoas e bagagens para os respetivos destinos. Cada
adulto podia trocar 5.000 escudos com a apresentação do
bilhete ou da guia de desembaraço, a partir de 1976 deixou
de o fazer.
FRETILIN (Frente
Revolucionária de Timor-Leste
Independente) foi a que ficou em
primeiro lugar, com cerca de 55%
dos votos.
Apoios da Indonésia
A Questão de Timor-Leste tomou uma proporção realmente
grande. Vários países e organizações decidiram tomar as suas
conclusões sobre o assunto e escolher um lado.
No caso da Indonésia, que estabeleceu o seu poder em
Timor-Leste com brutalidade e barbaridade, contou com o
apoio dos Estados Unidos, dos Países Baixos, da Coreia do
Sul, de Taiwan e da Austrália, que reconheceu a anexação
pela Indonésia. Além disso, também teve o apoio de duas
organizações timorenses, a UDT(União Democrática
Timorense) e a APODETI(Associação Popular Democrática
Timorense).
Apoios de Timor-Leste
Com a gravidade desta guerra entre a Indonésia e
Timor-Leste, o assunto chegou à mesa da ONU (Organização
das Nações Unidas).
Após avaliarem a situação com cuidado, a ONU decidiu
que seria mais sensato apoiar Timor-Leste. A organização
condenou a integração do território e continuou a
considerar Portugal como potência administrante. Para
além do apoio da ONU, a China, a União Soviética, a Suécia,
Moçambique, Cuba e como é lógico, o seu principal
apoiante, Portugal, ficaram do lado de Timor.
Bibliografia
UM NOVO TEMPO DA HISTÓRIA - HISTÓRIA A - 12.º ANO
de Célia Pinto do Couto, Maria Antónia Monterroso
Rosas
REIS, António (coord.), 1995, Portugal 20 anos
de Democracia, Lisboa, Círculo dos Leitores
MATTOSO, José (dir.), 1993 – História de
Portugal, Vols. VIII, Lisboa, Círculo de Leitores
TELO, António José, 2007 – História
Contemporânea de Portugal, do 25 de Abril à
Atualidade, Vol. 1, Queluz, Ed. Presença