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CURSOS DE FORMAÇÃO

DA A25A E ASSOCIAÇÃO DOS


PROFESSORES DE HISTÓRIA

DESCOLONIZAÇÃO
I
O QUE É A DESCOLONIZAÇÃO
1. Colonização e descolonização
2. Descolonização, um processo complexo, prolongado e faseado:
 fase da tomada de consciência;
 fase da luta de libertação: patamar político; patamar armado;
 fase da transferência do poder;
 fase da independência;
 fase da consolidação da identidade nacional.

3. Os vícios de perspectiva do colonizador que o levam a confundir a


globalidade da descolonização com a fase da transferência do poder, a única
em que participa:
 perspectiva condicionada;
 perspectiva distorcida;
 perspectiva redutora.

4. Colonizado, protagonista do processo de descolonização

5. Independência, conquista do colonizado e não concessão do colonizador


II
FECHOS DAS TRÊS ETAPAS DO CICLO DO IMPÉRIO:
ORIENTE, BRASIL, ÁFRICA
CONSTANTES

1. Ocorreram em períodos de profunda crise na metrópole

2. Corresponderam ao contexto internacional de cada época e ao quadro


de valores em jogo nos respectivos espaços
3. Verificaram-se em períodos de isolamento externo de Portugal

4. Modalidades da transferência do poder corresponderam aos processos


históricos ou aos modelos de descolonização das respectivas épocas
III
ESTRATÉGIA PORTUGUESA NA TRANSFERÊNCIA DO PODER

1. Objectivos:
 respeito pelas Resoluções da ONU;
 recusa do neocolonialismo e do abandono;
 assegurar cooperação futura;
 defesa dos interesses dos portugueses.

2. Condicionamentos:
 13 anos de guerra;
 coordenação dos ML: MAC, FRAIN, CONCP;
 ruptura no sistema político;
 processo revolucionário;
 pouco empenhamento político e civil: “nem mais um soldado para as colónias”;
 estrutura militar desgastada;
 interferências externas;
 contradições JSN/MFA: círculo vicioso.
III
ESTRATÉGIA PORTUGUESA (Continuação)

3. Tarefas globais:
 romper o círculo vicioso: Lei 7/74, Comunicado Gov. Port./SG ONU;
 reconhecimento do direito à independência;
 negociar cessar-fogo;
 negociar transferência do poder.

4. Tarefas específicas em cada colónia:


 a tratar em cada caso.

5. Os resultados da estratégia portuguesa:


 cumpridos os objectivos;
 excepção: defesa dos interesses dos portugueses.
IV
INTERFERÊNCIAS EXTERNAS

1. Rodésia (Moçambique)
2. África do Sul (Angola e Moçambique)
3. República Democrática do Congo (Angola)
4. URSS e outros países do PV (Angola)
5. Cuba (Angola)
6. Indonésia (Timor)
7. Austrália (Timor)
8. Estados Unidos da América (Angola, Moçambique e Timor)
9. ONU e OUA
V
AS COLÓNIAS DO ATLÂNTICO

1. Guiné

2. Cabo Verde

3. São Tomé e Príncipe

4. Angola
VI
GUINÉ
1. Independência já proclamada em 24 Set 73
2. Situação militar muito desfavorável para Portugal
3. MFA forte: pressão sobre Lisboa
4. Significado especial para Spínola
5. PAIGC comum com Cabo Verde
6. PAIGC único ML reconhecido
7. Outras associações políticas frágeis
8. Contactos locais entre militares e guerrilheiros
9. Acordo em Argel em 26 Ago 74:
- Portugal conseguiu separação Guiné e Cabo Verde;
- PAIGC conseguiu reconhecimento do direito de Cabo Verde à independência.
10. Perturbações pós-independência:
- antigos militares das forças portuguesas;
- golpe de Nino Vieira.
VII
CABO VERDE

1. Não houve guerra de libertação


2. PAIGC comum com a Guiné
3. Desenvolvimento cultural
4. PAIGC único ML reconhecido
5. Instabilidade a seguir ao 25 de Abril
6. Acordo em Lisboa em 19 Dez
74
7. Eleições por sufrágio directo e universal em 30 Jun 75
8. Independência em 5 Jul 75 declarada pela AN eleita
VIII
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

1. Não houve guerra de libertação

2. Passado colonial violento (Batepá)


3. MLSTP único ML reconhecido:
- membro da CONCP.

4. Radicalização política no período de transição

5. Acordo em Argel em 26 Nov 74


6. Eleições por sufrágio directo e universal em 30 Jun 75
7. Independência em 12 Jul 75 declarada por AN eleita
IX
ANGOLA
1. Guerra controlada
2. Desenvolvimento económico (petróleo)
3. Colonização mais numerosa
4. Cabinda
5. Três ML legitimados
6. Estados limítrofes
7. Principal alvo do neocolonialismo
8. Dificuldades pós-25 de Abril:
- nomeação Silvino Silvério Marques;
- projecto Spínola: Lages, Sal, forças vivas;
- perturbação social.
9. Rosa Coutinho (afirmação MFA)
10. Tentações rodesianas
11. Separatismo em Cabinda
ANGOLA (continuação)
12. Estratégia portuguesa:
- anular tentações rodesianas;
- impedir separatismo de Cabinda;
- sequência negocial com ML:
. negociações unilaterais;
. negociações entre os ML dois a dois;
. negociação tripartida;
. cimeira Portugal – Angola.

13. Acordo do Alvor


14. Período de transição:
- guerra civil;
- internacionalização do conflito;
- fuga dos portugueses;
- Nakuru;
- Suspensão do Acordo do Alvor.
15. Independência a 11 Nov 75
16. Perturbações pós-independência:
- guerra civil;
- intervenções externas:
. conflito L-W;
. conflito regional.

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