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Biografia
Além da enfermagem, sua profissão formal, exerceu clandestinamente atividades
políticas visando a independência de Angola, vindo a ser preso pela PIDE em 1959 no
seguimento da detenção no aeroporto de Luanda. Tendo sido desterrado para o Campo
de Concentração de Tarrafal em Cabo Verde onde ficou de 1960 a 1972.
Foi julgado pelo Tribunal Militar e condenado a doze anos de prisão maior,
medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis e perda de direitos
políticos por quinze anos. Na prisão começou a escrever suas histórias. Em liberdade,
manteve a sua actividade politica e depois de alcançada a independência de Angola,
exerceu as funções de Ministro da Saúde, Comissário provincial de Luanda e
Embaixador da República Popular de Angola na Polónia, foi deputado à Assembleia
Nacional pelo MPLA, posteriormente vindo a ser "reformado" por motivos de idade não
mais compatível ao exercício da função. Aos 89 anos Uaenhenga Xitu morre por motivo
de doença.
Os Livros
Eminente contador de ‘estórias’ populares, a narrativa de Uanhenga Xitu, está
despida do rigor literário, pois a preocupação primária do autor é estabelecer uma
ligação semiótica com o seu povo, que o estimula a escrever. A sua vivência na senzala
transformou-o num homem solidário e interessado com as necessidades humanas. Numa
entrevista, Uanhenga Xitu afirmou que "o que me preocupa é a situação social do
povo". Em 2006 recebe a distinção do Prêmio de Cultura e Artes na categoria de
literatura pela qualidade do conjunto da sua obra literária, causando-lhe uma enorme
surpresa. Sendo assim, o homenageado e culto escritor angolano entrou na lista dos
melhores autores da história literária Angolana.
Obras de Uanhenga Xitu