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INTRODUÇÃO

Dizer sim ou não ao Aborto, ou a interrupção da gestação, é uma decisão em que se


encontram algumas das sociedades actuais, que por influência religiosa, estão impedidos de
adoptar uma posição quanto a legalização do aborto.
Com este estudo, pretendo contribuir o máximo possível na consciencialização das
práticas abortivas que levam muitas vezes a morte muitas mulheres, pretendo também
encontrar uma solução, que possa ser válido como motivo de permissão do aborto em casos
particulares e de alto rico à mãe.
Neste trabalho, no primeiro capítulo faço uma abordagem sobre a definição do
aborto; no segundo capítulo é retratado os tipos de aborto, que serão desenvolvidos em seis
subcapítulos; no terceiro capítulo apresento os países a favor do aborto, o quarto capitulo o
movimento contra a legalização do aborto; o cristianismo e o aborto é retratado no quinto
capitulo; o sexto capitulo, levanta a problemática local sobre o aborto se é permitido ou não
em Angola. Consequências do aborto, está no capítulo sétimo.
Os métodos usados na pesquisa deste trabalho é o método de recolha de
informações através de bibliografias que apresentam o tema em estudo, foi assim que
consultamos diversa obras que retratam o aborto.

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CAPITULO I - DEFINIÇÃO DO ABORTO

Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de


um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada.  Isto pode
ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação, e consequente
fim da actividade biológica do embrião ou feto, mediante uso de medicamentos ou
realização de cirurgias.
O aborto induzido, quando realizado por profissionais capacitados e em boas
condições de higiene é um dos procedimentos mais seguros da medicina actual.  Entretanto,
o aborto inseguro, feito por pessoas não-qualificadas ou fora de um ambiente hospitalar,
resulta em aproximadamente 70 mil mortes maternas e cinco milhões de lesões maternas
por ano no mundo.  Estima-se que sejam realizados no mundo 44 milhões de abortos
anualmente, sendo pouco menos da metade destes procedimentos realizados de forma
insegura.  A incidência do aborto se estabilizou nos últimos anos,  após ter tido uma queda
nas últimas décadas devido ao maior acesso a panejamento familiar e a métodos
contraceptivos.  Quarenta por cento das mulheres do mundo têm acesso a aborto induzido
em seus países (dentro dos limites gestacionais).
Historicamente, o aborto induzido vem sendo realizado através de diferentes
métodos e seus aspectos morais, éticos, legais e religiosos ainda são objecto de
intenso debate em diversas partes do mundo.

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CAPITULO II – TIPOS DE ABORTO

Quanto ao tipo o aborto pode ser: Aborto espontâneo, Aborto induzido, Aborto
terapêutico, Aborto sub-clínico, Aborto precoce e o Aborto tardio.

Subcapítulo 2.1 - Aborto Espontâneo

Como o próprio nome indica, o aborto espontâneo não é um método de aborto


induzido, ocorrendo geralmente sem qualquer aviso ou sem qualquer indicação prévia. Por
norma acontece quando o feto não é viável ou a gravidez não tem as condições necessárias
ao correcto desenvolvimento do feto. É uma reacção natural do próprio organismo da mãe.
Grande parte destes abortos não coloca a vida da mãe em perigo. Verifica-se por
vezes uma perda de sangue ou uma perda parcial do feto/placenta que torna necessária
uma hospitalização para se realizar uma intervenção médica de modo a remover o que resta
da placenta e que está em processo de degradação dentro do útero. Mas mesmo quando
este procedimento é necessário, existe um perigo reduzido para a mãe porque o colo do
útero (abertura do útero) já não está rígido e está parcialmente aberto. A infecção é rara e a
possibilidade de se encontrarem vestígios do feto são remotas.
Aborto acontece devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria dos
abortamentos espontâneos é causada por uma incorrecta replicação dos cromossomas e
por factores ambientais. Também por ser denominado aborto involuntário ou casual.

Subcapítulo 2.2 - Aborto Induzido

O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária


da gravidez, ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos. A ética
deste tipo de abortamento é fortemente contestada em muitos países do mundo mas é
reconhecido como uma prática legalmente reconhecida em outros locais do mundo, sendo
inclusive suportada pelo sistema público de saúde. Os dois pólos desta discussão passam
por definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na concepção, no
nascimento ou em um ponto intermediário) e na primazia do direito da mulher grávida sobre
o direito do feto ou embrião.

Subcapítulo 2.3 - Aborto Terapêutico

 Aborto provocado para salvar a vida da gestante;

 Para preservar a saúde física ou mental da mulher;

 Para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congénitos que


seriam fatais ou associados com enfermidades graves;

 Para reduzir selectivamente o número de fetos para minorar a possibilidade de riscos


associados a gravidez os múltiplos;

 Aborto electivo: aborto provocado por qualquer outra motivação;

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Subcapítulo 2.4 - Aborto sub-Clínico

Abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação.

Subcapítulo 2.5 - Aborto Precoce

Entre quatro e doze semanas.

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CAPÍTULO III – PAÍSES A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO

Um dos efeitos mais palpáveis da revolução sexual dos anos 60 foi a legalização do
aborto na Inglaterra, nos Estados Unidos, na França e na Itália na década seguinte. As
mulheres que conquistaram o mercado de trabalho e assumiram novos papéis na família
ganharam também o direito de decidir sobre quando ter filhos.
A oferta de métodos anti-concepcionais não foi suficiente para garantir esse direito,
pois não existe contraceptivo 100% seguro. Por mais cuidadosa que seja a mulher, ela pode
engravidar sem querer, e segundo defendem os partidários do argumento da liberdade de
escolha, deve ter o direito de decidir levar a gestação adiante ou não. "A legalização do
aborto dignifica as mulheres.
É justo que uma mulher tenha de abrir mão de uma carreira que está começando a
construir ou abandonar a universidade concorrida por conta de uma gravidez precoce? É
justo para a criança carregar para a vida toda o ônus de ser fruto de uma relação eventual
ou de um casal que não poderia sustentá-la com dignidade?

É possível defender a legalização do aborto com um argumento biológico. Essa é a


tese do médico e professor de Bioética Marcos de Almeida, da Universidade Federal de São
Paulo. Segundo ele, a ideia de que a vida deva ser protegida pelo Estado desde a
concepção não resiste à análise do que ocorre quotidianamente no organismo das
mulheres. De todos os óvulos fecundados naturalmente, apenas 27% resultam em bebés. A
maioria dos embriões é expulsa durante a menstruação sem que a mulher se dê conta
disso. Essa eliminação se dá em uma fase muito primitiva, em geral quando o ovo tem de 16
a 32 células (quando é chamado de mórula), ou no estágio seguinte, até cinco dias (quando
é chamado blástula). "Se existe uma vida a valorizar desde a concepção, então teríamos o
dever moral de resgatar essas pequenas mórulas e blástulas e tentar salvá-las", diz
Almeida. Os religiosos costumam dizer que, nesse caso, a expulsão seguiu a vontade da
natureza, e não há o que fazer. Almeida discorda. "A medicina faz a toda hora o contrário do
que a natureza manda. Não é assim quando salvamos um bebe super prematuro? Esse
ponto de vista não me convence", afirma.
Se não é na fecundação, como prega a Igreja Católica, quando começa a vida? O
professor diz que não há um marco abrupto. O desenvolvimento do embrião é um processo
complexo. Os fetos amadurecem em graus diferentes ao longo do tempo. Na visão de
Almeida, o embrião passa a existir como pessoa a partir da ocorrência de conexões entre os
neurônios (sinapses). "Isso se dá por volta das 18 semanas de gestação. Só aí o feto pode
ter o que chamamos de vida de relação e expressar sofrimento"

PAÍSES QUE LEGALIZARAM O ABORTO


África do Sul Albânia Austrália Austria
Bangladesh Bélgica Búlgaria Canadá
China Cingapura Cuba Dinamarca
Eslováquia Estados Unidos Finlândia França
(Parte do país)
Holanda Hungria Inglaterra Israel (com alguma
restrições)
Itália Iuguslávia Japão Noruega
República Checa Romênia Russia Suécia
Taiwan Tunisia  Turquia  Vietnan
Zambia

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CAPÍTULO IV – MOVIMENTOS CONTRA A LEGALIZAÇÃO

Ele se refere ao direito à vida, embora a lei não especifique quando essa vida
começa. Para o jurista Ives Gandra da Silva Martins, supernumerário da organização
católica Opus Dei, não seria preciso especificar. "Isso não foi colocado no texto da
Constituição, mas era absolutamente desnecessário. A vida só pode começar num
determinado momento. No momento em que somos um zigoto, somos únicos. Não é mais
ninguém", afirma. "Se essa vida não deve ser preservada, o Projeto Tamar também não tem
de proteger os ovos das tartarugas porque elas não são tartarugas."

O aborto é condenado pelas principais religiões seguidas no Brasil. Católicos, boa


parte dos evangélicos e espíritas partilham a idéia de que a vida existe desde a concepção
e, portanto, não poderia ser interrompida intencionalmente. No mês passado, o Movimento
Nacional em Defesa da Vida, que reúne fiéis de várias religiões, realizou uma manifestação
contra o aborto na Praça da Sé, no centro de São Paulo. O público foi estimado em 11 mil
pessoas. "É errado dizer que o bebê faz parte do corpo da mulher, e assim ela poderia fazer
o que quiser. Eles não têm o mesmo DNA nem o mesmo sangue", diz a advogada Marília de
Castro, coordenadora do comitê paulista da entidade.

Dias antes do evento, outdoors espalhados por São Paulo convocavam a população
a se manifestar contra a proposta de aborto até os nove meses de gestação - embora o
projeto de legalização que tramita no Congresso tenha o propósito de permitir o aborto
apenas até o terceiro mês. "A lei não menciona o aborto até os nove meses, mas na prática
ele será realizado até os nove meses. No atendimento de saúde pública, vão perguntar para
as mulheres pobres: 'Você tem condições de ter este filho? Não? Então, aborta' ", diz
Marília.

Na opinião de Humberto Leal Vieira, presidente da Associação Nacional Pró-Vida e


Pró-Família, um grupo ligado à Igreja Católica, o argumento religioso não é o único entre os
que condenam a legalização. Para ele, há um interesse racista no aborto. "Ele seria uma
forma de eliminar negros e pobres e, com isso, criar uma raça superior", diz. Vieira afirma
que, se o aborto for legalizado no Brasil, haverá um comércio de partes do feto. "Nos
Estados Unidos existe um mercado de órgãos utilizados em pesquisas. Iríamos instituir esse
comércio no Brasil", afirma.

Em sua visão pessoal, a freira católica Ivone Gebara, de 62 anos, filósofa, teóloga e doutora
em Ciências Religiosas pela Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, não concorda
com o aborto. Mas defende a legalização para mães sem condições financeiras. Por essa
posição, ela foi sentenciada ao silêncio pelo Vaticano. "A violência do aborto é uma questão
conflituosa para mim. Respeito o argumento de que a vida tem valor a partir da concepção.
Mas, se tenho na minha frente uma menina de 12 anos que foi estuprada, sou obrigada a
olhar o mundo em que estou", diz. Ela mora há 20 anos em Camaragibe, periferia do Recife.
Em sua trajetória, especializou-se em orientar adolescentes pobres que vivem o dilema do
aborto.

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CAPITULO V – O CRISTIANISMO E O ABORTO

Para as pessoas religiosas a ligação entre a moralidade e religião tem um


âmbito prático imediato que se centra em questões morais particulares. Os
ensinamentos das escrituras e da igreja são considerados pelos crentes como
autoritários, determinando as posições morais que têm de tomar. Para citar um
exemplo notável, muitos crentes pensam que não tem outra opção que não seja
opor-se ao aborto, uma vez que ele é condenado tanto pela igreja como pelas
escrituras.

As pessoas tomam primeiro decisões sobre as questões morais e, em


seguida, interpretam as escrituras, ou a tradição da igreja, de maneira a sustentar a
conclusão moral a que já tinham chegado. Claro que isto não acontece em todos os
casos, mas parece justo dizer que muitas vezes. Um caso obvio é o do aborto.

No debate corrente sobre a moralidade do aborto, as questões religiosas


nunca estão longe do centro da discussão. Os religiosos conservadores defendem
que o feto é um ser humano desde o momento da concepção e, consequentemente,
dizem que matá-lo é realmente uma forma de homicídio. Não acreditam que deve
ser a mãe a decidir se aborta, porque isso seria o mesmo que dizer que ela é livre
para cometer um homicídio.

A principal premissa nos argumentos dos conservadores é que o feto é um


ser humano desde o momento da concepção. O ovo fertilizado não é meramente um
ser humano potencial, mas um verdadeiro humano com todo o direito à vida. Os
liberais, claro, negam isto dizendo que, pelo menos durante as primeiras semanas
de gestação, o embrião não é um ser humano completo.

O debate acerca do estatuto do feto é muitíssimo complicado, mas o que nos


interessa aqui é apenas uma pequena parte dele. Como é que os conservadores
tentam sustentar a sua posição de que o feto é, desde o momento da concepção,
um ser humano? Que provas apresentam eles para sustentar esta posição? Muitas
vezes recorrem à autoridade religiosa: dizem que, independentemente de como a
opinião laica possa considerar o feto, a posição cristã é a de que o feto é desde o
começo um ser humano.

Tudo isto aponta para uma conclusão comum. O certo e o errado não são
para ser definidos em temos da vontade de Deus; a moralidade é uma questão de
razão e de consciência e não fé religiosa; e em qualquer caso, as considerações
religiosas não fornecem soluções definitivas para os problemas morais específicos
que nos confrontam. Numa palavra, a moralidade e a religião são diferentes. Porque
esta conclusão é tão oposta à sabedoria convencional pode parecer anti-religiosa.
Portanto, deve ser realçado que esta conclusão não foi alcançada questionando a
validade da religião. Os argumentos apresentados não presumem que o cristianismo
é falso; eles mostram simplesmente que ainda que um tal sistema seja verdadeiro, a
moralidade permanece um assunto independente.

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CAPÍTULO VI – O ABORTO EM ANGOLA, LEGAL OU ILEGAL?

A problemática levantada no presente trabalho, está longe de vir a ser defendida


positivamente no ordenamento jurídico angolano, existe no nosso código penal actual, do
artigo 139.º à 141.º disposições que criminalizam a prática do aborto, e tem como interesse
tutelado a vida intra-uterina (a vida do feto), a normalidade da formação da vida e o
nascimento.  
Ao abrigo do Código Penal vigente no país, o aborto é punido com pena de prisão
que vai dos dois aos oito anos, salvo quando cometido para ocultar a desonra da mulher ou
quando esta decida abortar em virtude de relações sexuais forçadas.
De acordo com o Código Penal angolano, “a licitude do aborto terapêutico resulta do facto
de haver um conflito de interesses entre a vida da mãe e a do feto e, embora a vida humana
seja igual, entende-se que a mãe, por ser autónoma e já ter forma acabada da vida humana,
deve ser privilegiada em detrimento da vida do feto”.
Em carta dirigida, este ano, ao Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas, o
Governo angolano informa que o homicídio contra pessoas humanas com vida autónoma
em Angola é punido mais severamente que o aborto.

A carta do Governo angolano responde a uma recomendação do Comité dos Direitos


Humanos das Nações Unidas para a revisão das leis do aborto em diversos países. Na
missiva, o Executivo revela: “Acolhemos bem a recomendação do Comité para rever a
legislação sobre o aborto no sentido de permitir que ele seja feito por razões terapêuticas e,
em caso de gravidez, resultante de estupro ou incesto” revela a carta.

O Projecto do Código Penal em discussão refere no artigo 144º que a interrupção de


gravidez não punível prevê a possibilidade de aborto consentido pela mulher grávida nas
mais variadas situações, nas primeiras dez semanas de gravidez, em caso de risco de vida
da mulher, nas primeiras 16 semanas, em caso de possibilidade de malformação ou doença
do feto nas primeiras 24 semanas ou nos casos em que a gravidez tenha resultado de uma
relação forçada.

A proposta de lei, para além de estabelecer prazos em que o aborto é permitido,


exige que o mesmo seja feito por um médico, numa unidade hospitalar oficial e com o
consentimento da mulher.  O novo diploma legal impõe aos médicos a obrigação de prevenir
a mulher grávida das implicações do acto de interrupção da gravidez.  

A legalização do aborto no país, nos termos previstos no anteprojecto de revisão do


Código Penal, está a ser contestada por muitas igreja e alguns sectores conservadores da
sociedade angolana que são contrários a qualquer cedência nesta matéria.
No documento, os prelados católicos alertam os cristãos e os angolanos em geral, a
ter em conta que o aborto é contra a lei divina e os valores identitários da cultura nacional,
que protegem a vida e por isso, lê-se “nenhuma criatura se pode arrogar ao direito de
suprimi-la sob qualquer pretexto”.
O bispo de Saurimo e porta-voz da CEAST, Dom José Manuel Imbamba, disse que a
discussão sob a despenalização do aborto em Angola contraria os festejos manifestados
aquando da abolição da pena de morte no país.

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CAPÍTULO VII - CONSEQUÊNCIAS PARA A SOCIEDADE

Um estudo polémico de Steven Levitt da Universidade de Chicago e John


Donohue da Universidade Yale associa a legalização do aborto com a baixa da taxa de
criminalidade na cidade de Nova Iorque e através dos Estados Unidos. Tal estudo
apresenta, com base em dados de diversas cidades norte-americanas e com significância
estatística, o possível efeito da redução dos índices de criminalidade onde o aborto é legal.
Ainda segundo os autores, estudos no Canadá e na Austrália apontariam na mesma
direcção.

O recurso a abortos ilegais, segundo os defensores da legalização, aumentaria a


mortalidade maternal. Tanto a mortalidade quanto outros problemas de saúde seriam
evitados, segundo seus defensores, quando há acesso a métodos seguros de aborto.
Segundo o Instituto Guttmacher, o aborto induzido ou interrupção voluntária da gravidez tem
um risco de morte para a mulher entre 0,2 a 1,2 em cada 100 mil procedimentos com
cobertura legal realizados em países desenvolvidos. Este valor é mais de dez vezes inferior
ao risco de morte da mulher no caso de continuar a gravidez. Pelo contrário em países em
desenvolvimento em que o aborto é criminalizado as taxas são centenas de vezes mais
altas atingindo 330 mortes por cada 100 mil procedimentos.

Como consequências negativas da legalização do aborto na sociedade, apontam-se,


entre outras: a banalização de sua prática, a disseminação da eugenia, a submissão a
interesse mercado lógicos de grupos médicos e empresas farmacológicas, a diminuição da
população, o controle demográfico internacional, a desvalorização generalizada da vida, o
aumento de casos de síndromes pós-aborto.

Em pelo menos um ponto os partidários da legalização e os que a condenam


concordam: mulher nenhuma merece passar por um aborto. Por mais simples e rápido que
possa parecer, o ato de arrancar um feto do útero por aspiração é brutal. Os outros métodos
(leia o quadro na sequência da matéria) são ainda mais violentos. Eles provocam alterações
físicas e deixam marcas psicológicas. "Mulher nenhuma se esquece do aborto.

O aborto causa sempre um grande trauma, diz a psicóloga Teresa Cristina Rebello,
do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo. "A mulher opta por ele
achando que o efeito na vida não será tão grande. Mas ele é devastador", afirma Teresa.
Ela diz que, em muitos casos, a dor permanece por toda a vida. A mulher pode sentir culpa,
abandono, ter impulsos suicidas. Muitas desenvolvem depressão, pânico, transtornos de
ansiedade. Ficam com baixa auto estima, passam a se preocupar demais com a morte. "Os
grupos pró-aborto colocam o ato como um direito, um benefício que deve ser garantido à
mulher. Mas isso não é nenhum benefício. A mentalidade pro-aborto vê a gravidez como
doença. Isso degrada a imagem da mulher.

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CONCLUSÃO

A vida humana é o bem mais precioso, irreparável e insubstituível, preserva-la é


dever de todos. Mas, problemática do sim ao aborto está longe de vir a ser uma realidade
vivida entre os angolano.
Importante é o papel que a as Igrejas, têm na protecção do Direito a Vida (intra-
uterina), dai que estamos completamente longe de se pensar em uma despenalização do
aborto.
A diminuição do custo e a facilidade de acesso aos métodos anticoncepcionais
femininos e masculino poderiam ter reduzido o aborto , ele seria praticado apenas para
salvar a vida da mãe ou na circunstância do feto ter sido gerado por estupro ou ser inviável
por um grave defeito na formação. O aborto continua sendo um dilema e um risco para a
saúde de quase um milhão de mulheres.

As complicações decorrentes de abortos mal- realizados, sem condições de higiene


ou segurança, representam a 4°causa de morte materna. Na década de 80 , chegava a 4
milhões o número de mortes no Brasil por ano. Hoje 40% da população mundial vive em
países onde o aborto é totalmente permitido, 0,5% vive em países onde é extremamente
proibido, 59,5% vive em países onde é permitido em casos excepcionais.

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BIBLIOGRAFIA

1. ARAÚJO, J. Aborto sim ou não? Juntos pela Vida. Lisboa: Editorial Verbo, 1999.
Pág. 7 à12.
2. CORREIA, Gomes F. e MENDES, V. O Aborto e a IVG: O Sim e o Não. Porto: Legis
Editora, 2007. Pág. 5 à 8.
3. CUNHAL, A. O Aborto, causas e soluções. Porto: Campo de Letras, 1997 Pág. 18.
4. Jornal de Angola. André dos Anjos. Edição de 12 de Setembro, 2013.

INTERNET

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aborto
http: //www.aborto.com

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