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Definição

Profª. Mª. Joise Simas


Palavra grega que significa
“ginástica na água”
Água
A água é um dos elementos essenciais da natureza

humana e do planeta Terra, pois sem ela não haveria


vida.
Temos uma ligação extremamente forte com a água
Água
Ao considerar que o ser é gerado nove meses no

líquido amniótico e ainda que o elemento água é


constituinte essencial do corpo, afirma-se que a água é
habitat ancestral dos seres vivos (MARTINEZ, 2000).
Água
 Nosso corpo é composto por 75% de água.
Utilização da água pelas antigas civilizações
Iron (2000) registra que em 2.400 a.C. a cultura proto-

índia já possuía instalações higiênicas, e que os


egípcios, assírios e muçulmanos usavam a água com
fins curativos e terapêuticos.
Há registros que em 1.500 a.C. os hindus usavam a

água para combater a febre. • As cultura grega,


hebraica, romana e cristã também utilizavam a água
para cura individual, religiosa e social, cuja finalidade
era limpar o corpo terreno de doenças e o corpo
espiritual dos pecados (DE VIEVILLE,200).
Grécia antiga: água como meio de cura – Hipócrates

(460-375 a.C.);
Roma: banhos para higiene e prevenção de lesões nos

atletas (330 d. C.): hidroterapia em piscinas públicas;


Civilizações japonesas e chinesas faziam menção

honrosa e de adoração à água corrente, além da


imersão por períodos prolongados. Massagens e
movimentos feitos em banheiras e piscinas.
Índia tratamentos terapêuticos Medicina Ayurveda;

Métodos utilizados: Jala neti – Limpeza das vias


aéreas.
Ingestão de água morna : período da manhã em jejum.
China utilização da água como um dos cinco

elementos;
Observação da natureza para os tratamentos.
Egito, tratamentos terapêuticos através dos banhos e

óleos essenciais, ervas;

Banhos utilizados pela nobreza, e os sacerdotes,

momentos de rituais e respeito aos Deuses.


Heródoto (446 a.C.), médico grego, publicou o

“Tratado sobre Águas Quentes e Saúde”.


Em 334 a. C. os lacedemônios (espartanos)
estabeleceram o primeiro sistema de banhos públicos,
seguidos dos gregos que também desenvolveram
centros de banhos e recreação perto de fontes naturais.
No Séc. I a.C., na Roma Antiga, as termas passaram a ser um

costume romano, um ato tão importante na vida social de Roma


como as artes.

Os romanos utilizavam os banhos para atletas, para higiene e

prevenção de doenças. • Os romanos frequentavam diariamente


as termas e permaneciam nas suas dependências por várias horas.
Os romanos mais ricos, eram acompanhados por um ou mais
escravos.
Os grandes Thermae romanos ofereciam, além do

ritual do banho, outras atividades como alimentação,


venda de perfumes, bibliotecas e salas de leitura,
performances teatrais e musicais. Era um espaço para
exercícios e competições esportivas, (corridas,
levantamento de peso leve e lutas).
Os Romanos criaram quatro tipos de banhos:
Tepidarium – local do banho morno. Sua função era preparar o corpo para entrar no

caldarium, e depois resfriá-lo para entrar no frigidarium (água fria).


Caldarium – local extremamente quente e cheio de vapor, sendo a água aquecida pelo

hipocausto (porão por onde o ambiente era aquecido). Era o local mais quente na
sucessão dos quartos de banho das termas, pela ordem do Caldarium passava-se para o
Tepidarium e dali para o Frigidarium.
Frigidarium - local onde tomava-se o banho frio. Consistia, basicamente numa piscina

para imersão até a altura do ombro. Sua função era fechar os poros após o banho quente.
Sudatorium – Cômodo das termas onde os banhistas sentavam-se para, com o calor ali

produzido, provocar o suor. Nestas salas o aquecimento dava-se por um sistema,


semelhante a chaminés, que partia de lareiras dispostas no ambiente, aquecendo as
paredes laterais.
Piscinas imensas foram criadas no Império Romano, como a

piscina do Imperador Caracala que media 135.680 m². • Suas


atividades eram voltadas para aspectos intelectuais além de
tornarem-se centros de saúde, higiene, repouso, atividades
recreativas e de exercícios onde os banhos não eram só para
atletas, mas também para a nobreza. Caracala hoje é utilizada
para concertos musicais e montagens operísticas
(IRON,2000).
Infelizmente com o declínio do Império Romano

houve o banimento dos banhos públicos pelos cristãos,


e por volta do ano 500 d.C foi extinto.
De centros para uma vida saudável, eles se
transformaram em centros para uma vida dissoluta e,
com a degeneração dos costumes, alguns se tornaram
enormes prostíbulos.
Homero indicava a água para aliviar a fadiga, curar

lesões e combater a melancolia (IRION,200).


Por várias décadas, houve a ruína da hidroterapia e só

no século XV é que gradualmente voltou-se a utilizar a


água com fins terapêuticos (IRON,2000).
Hidroterapia: mãe da hidroginástica
O que é?
“É um programa de condicionamento, desenvolvido na

água, que inclui exercícios do tipo aeróbios e exercícios


para o desenvolvimento da resistência muscular
localizada, força muscular e flexibilidade.”
Autores afirmam que a hidroterapia era, frequentemente,

utilizada na recuperação de atletas com problemas


musculares, idosos e acidentados, antes do surgimento das
sessões com formato de uma aula de Hidroginástica.
Outros dizem que tudo começou com o próprio Dr. Kenneth

Cooper, e a teria criado no início da década de 60. Mas outros


relatam que ele apenas contribui, mas não criou.
Mercês Nogueira Paulo, publica seu primeiro trabalho sobre

hidro em 1983 (ainda quando residia nos Estados Unidos), no


ano seguinte (1984) ministra o primeiro curso de "ginástica
aquática" na ACM em São Paulo. A partir daí começou a
desenvolver a "ginástica aquática" para brasileiros. Adaptou a
ginástica aquática ministrada nos EUA e Europa para nossa
realidade e necessidades (hoje o mundo todo trabalha desta
forma).
Em 1984, Terri Lee lança nos EUA o livro, Aquacises -

Terri Lee's Water Workout Book, tornando-se uma


manual para a hidroginástica, contendo 210 páginas de
exercícios e sequências para praticantes. Segundo
Mercês Nogueira Paulo, outros livros já haviam sido
publicados desde 1958.
A hidroginástica teve a sua ascensão no Brasil e no

mundo no início da década de 80, devido ao elevado


número de lesões provocado pela prática da ginástica
aeróbica e assim vários especialistas dos Estados
Unidos começaram a estudar os exercícios aquáticos a
fim de minimizar o impacto encontrado nas atividades
feitas em sala de aula. 
Em 1988 foi ministrado o primeiro curso com intenção

de divulgar esta nova maneira de "exercícios aquáticos" -


Tal curso foi ministrado na Raia 4 (São Paulo) pela Profa.
Mercês Nogueira Paulo e pela Profa. Elisabeth Mattos.
Participaram deste curso profissinais que se encantaram
com a nova atividade e passaram a divulgá-la. O sucesso
deste curso (tiveram na primeira edição 140 alunos)
obrigou-as a reprogramar no ano seguinte.
O curso seguinte, foi o Primeiro Curso Brasileiro de Ginástica

Aquática ministrado também pelas Profas. Mercês Nogueira Paulo


e Elisabeth Mattos. Deste curso participaram alunos de grande
"VALOR" para o desenvolvimento científico desta modalidade - a
partir daí começaram a trabalhar com esta atividade e escrever
artigos e, felizmente, têm trazido verdadeiras pérolas para o nosso
conhecimento - entre eles: Prof. Luiz F. Kruel, Prof. Ricardo
Mendes, Profa. Ilana Filkentein, Profa. Maria Cristina Darahem e
também aqueles citados no curso anterior.
Paralelamente a este curso (o evento iniciou 1 dia após

o final do 1º Curso Brasileiro de Ginástica Aquática)


receberam o Prof. Americano Joseph Krassevec com o
curso denominado hidroaeróbica (mesmo nome do
seu livro de 1989) que contou com a participação de
todos os já citados e também - é claro- teve também a
participação da Profa. Mercês Nogueira Paulo.
O nome hidroginástica acabou sendo incorporado por ser

um nome "que se vende bem" e trata-se de uma


metodologia específica criada pelo Prof. Roberto Pavel.
Tal nome foi criado pelo Prof. J. Kleber e deve ser dado a
ele esta referência. Tudo então tornou-se "hidroginástica",
mas quase nunca se refere a metodologia desenvolvida
pelo prof. Pavel ou prof. J. Kleber.
Em 1991 a Raia 4 trouxe a Profa. Peggy Buchanan, professora

credenciada pela IDEA, com a colaboração da M2000, para o


curso denominado Aquamotion, em São Paulo.
Tendo como proposta uma atividade física que prometia

eliminar os riscos de lesões, principalmente, das articulações


dos joelhos, trabalhando o condicionamento aeróbico com a
mesma eficiência de uma aula de Ginástica Aeróbica,
Corrida ou Natação. Eram pautados em movimentos da
própria Ginástica Aeróbica, coreografados ou não.
Em meados dos 90, estudiosos como o Dr. Luiz Fernando

Kruel, coordenador de um Grupo de Pesquisa em Atividade


Aquática na URGS, Ricardo Mendes e Roberta Rosas,
desenvolveram excelentes trabalhos tanto em águas rasas
(Shallow-water), quanto em águas profundas (Deep-water),
fazendo estourar em todo o Brasil a propagação desta
maravilhosa atividade. Tais pesquisas serviram e servem,
atualmente, como parâmetro para programas de treinamentos
aquáticos com diversos objetivos e vêm cativando milhares de
adeptos desde então.
A partir deste momento, no Brasil, diversas variações de

hidroginástica foram criadas por excelentes profissionais para


fins de condicionamento cardiorespiratório, emagrecimento,
fortalecimento geral, flexibilidade, relaxamento e recreação,
cativando e atraindo cada vez mais hidro-praticantes.
Atualmente, a hidroginástica é estudada no mundo todo e

futuristas já apontam a água como o meio mais propício para


a prática de atividades físicas e juram ser ela o alvo de
maiores investimentos no mercado financeiro do fitness para
os próximos anos.
No Brasil, a hidroginástica chegou a 27 anos, sendo

desenvolvida em vários locais como: clubes,


academias, spas, etc..., apresenta-se sobre vários
programas denominados como hidroaeróbica,
hidropower, aquanástica, hidrofitness, hidroesporte,
fitness aquático etc...
Quem pode praticar
A hidroginástica pode ser praticada por homens,
mulheres, jovens e idosos que buscam se exercitar; pessoas
ocupadas e que tem pouco tempo para fazer exercícios,
atletas em treinamento, gestantes, pessoas que estão se
recuperando de alguma lesão, magros, gordos, pessoas
com algum tipo de deficiência e aqueles que querem uma
outra opção para os seus programas normais de exercícios. 

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