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E-BOOK

NATAÇÃO
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Natação: atividade física ou esporte?

Nadar
1. intransitivo
mover-se na água ou sustentar-se sobre ela usando
recursos do próprio corpo (braços e pernas, nadadeiras,
cauda etc.).

2. intransitivo
praticar a natação como esporte, com pleno domínio de
sua técnica

Traduzindo” para a Educação Física

Mover-se na água ou sustentar-se sobre ela usando


recursos do próprio corpo (braços e pernas, etc.).

Natação Atividade física


Praticar a natação como esporte, com pleno domínio de
sua técnica

NataçãoModalidade esportiva

Atividade física
Qualquer movimento corporal produzido pelos músculos
esqueléticos que requeiram gasto de energia -
incluindo atividades físicas praticadas durante o
trabalho, jogos, execução de tarefas domésticas, viagens e
em atividades de lazer.” (OMS)

Caminhar no bairro
Musculação na academia
Treino de uma modalidade desportiva (ex.: natação)
Dançar no chuveiro
Limpar a casa
Nadar (independente de regras ou estilo)
Natação como atividade física
Mesmo como atividade física (sem regras, sem
treinamento...) tem seu valor!

Prevenção e controle de inúmeras patologias 


cardiopatias, dislipidemia, obesidade, câncer, ansiedade,
depressão...

Até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas


se a população em todo o mundo fosse mais ativa.

Custo global do sedentarismo  US$ 54 bilhões em


assistência médica e US$ 14 bilhões em perda de
produtividade.

Natação como modalidade esportiva


OMS, 2020:
Adultos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica
moderada a alta

Pessoas com doenças crônicas, com deficiências,


idosos, gestantes e mulheres no pós-parto devem
tentar seguir as recomendações sempre que possível
 avaliar caso a caso!
Crianças e adolescentes  média de 60 minutos/dia
física de intensidade moderada a alta (maior
prevalência aeróbia)

Atividade física
Qualquer movimento corporal produzido pelos músculos
esqueléticos que requeiram gasto de energia -
incluindo atividades físicas praticadas durante o trabalho,
jogos, execução de tarefas domésticas, viagens e
em atividades de lazer.” (OMS, 2020)

Caminhar no bairro
Musculação na academia
Treino de uma modalidade desportiva (ex.: natação)
Dançar no chuveiro
Limpar a casa
Nadar (independente de regras ou estilo)

Modalidade esportiva
Atividade competitiva institucionalizada que envolve
esforço físico vigoroso ou o uso de habilidades motoras
relativamente complexas, por indivíduos, cuja
participação é motivada por uma combinação de fatores
intrínsecos e extrínsecos”. (Barbanti, 2006)
Atividade competitiva: resultados, adversários,
campeonatos...

Institucionalizada: regras, diretrizes, entidades


representativas...

Esforço físico: gasto energético, atividade


musculoesquelética...

Habilidades relativamente complexas: conjunto de


movimentos próprios da modalidade, técnica,
refinamento...

Fatores intrínsecos: ser o melhor, ganhar dinheiro,


conquistar um recorde...

Fatores extrínsecos: um patrocinador, a torcida, a


presença da mídia...

O começo de tudo...
Histórico
Intuitivo, necessidade de deslocamento, sobrevivência,
uso militar...
Não é possível datar com precisão o início  milhares de
anos! Pinturas rupestres de cerca de 9.000 anos atrás.

Origem  povos e civilizações que se afixavam próximos à


lagos e rios (agricultura, sobrevivência, deslocamento...).

Cave of swimmers – deserto do Saara


Grécia antiga:

Parte do treinamento militar


Desenvolvimento físico (ideais da beleza)
“O homem educado” segundo Platão

Mitologia  o mito de Leandro e Hero

Esporte”  Jogos Ístmicos, disputados em homenagem ao


deus Poseidon (o deus dos mares e oceanos)
Roma antiga:
Valores próximos aos dos gregos: natação como
treinamento militar e educação

Natação como lazer  piscinas e termas de banho

Piscina, do latim pisces (peixe)  origem remonta a tanques


de criação
Idade Média

A natação quase desaparece

Domínio da Igreja Católica Apostólica Romana 


consequências:

Supressão do pensamento crítico e científico


Explicações atribuídas somente ao sobrenatural
Repressão às atividades corporais (“pecado”)
Falta de saneamento básico, noções de higiene e
tratamentos

Água abre os poros da pele e facilita as doenças.


Sujeira = camada de proteção
A Idade Moderna
Marco da passagem da Idade Média para a Moderna:
Renascimento

Ruptura com os ideais antigos e conservadores

Revolução Industrial  novas tecnologias

Incentivo às artes, à Ciência e ao pensamento

Ressurgimento da natação  primeiros registros sobre a


prática "O nadador ou a arte de nadar, um diálogo festivo e
divertido de ler" pelo alemão Nicholas Wymman (1538)
Surgimento e aprimoramento do nado peito em 1696 (séc. 17)

Na Inglaterra
Acontece o 1º campeonato em 1837  necessidade
de regras
Surge a 1ª federação de clubes que redige o 1º
regulamento

Parte dos Jogos Olímpicos desde a 1ª edição da Era Moderna


em 1896  somente homens
A Idade Contemporânea
Surgimento e aprimoramento dos estilos: costas (séc.
18), crawl (séc. 19) e borboleta (séc. 20)

Participação de mulheres em provas de natação  Jogos


Olímpicos de 1912 em Estocolmo, na Suécia

Participação brasileira nos Jogos somente em 1932 com


Maria Lenk

Realização de provas somente em piscinas a partir de


1930  25m ou 50m
Avanços metodológicos  como ensinar, para quem
ensinar, quando ensinar e o que ensinar.

Recursos tecnológicos  roupas e acessórios.

Esporte globalizado e institucionalizado, mas


democratizado?  vale a reflexão.
OS NADOS ALTERNADOS
Organizando as ideias...
A cronologia dos nados

Diferentes organizações de uma mesma ideia...

Ordem cronológica
Ordem alfabética
Ordem de qual estilo possui mais nadadoras
Ordem com base no gasto energético dentro de
60 minutos
Mil possibilidades!

Ordem quanto ação dos membros


superiores
O nado quanto ação dos membros superiores

Nados simultâneos

Nado peito

Nado borboleta
Nados alternados

Nado crawl

Nado costas

O nado crawl...
Definição
deslocamento humano na água caracterizado por uma
posição ventral do corpo e movimento alternativo e
coordenado das extremidades superiores e inferiores,
sendo o movimento das primeiras uma circundução
completa e o das segundas um batido, com uma rotação
da cabeça, coordenada com os membros superiores para
realizar a inspiração.”

Traduzindo” para a Educação Física


deslocamento humano na água caracterizado por uma
posição ventral do corpo (...).”
movimento alternativo e coordenado das extremidades
superiores sendo o movimento uma circundução
completa
Movimento que apresenta a
associação de adução/abdução e
extensão/flexão.

Extremidade distal desenha um


círculo no ar.

Traduzindo” para a Educação Física


A braçada e o movimento de circundução completa
Traduzindo” para a Educação Física
Fases da braçada

movimento alternativo e coordenado das extremidades


inferiores, sendo o movimento um batido

Ordem do movimento: quadril, joelho, tornozelo e pé.

Pernas com afastamento compatível ao quadril.

Pés apontados para dentro e em flexão plantar (“pé de


bailarina”).
com uma rotação da cabeça, coordenada com os membros
superiores para realizar a inspiração.”

Respiração lateralizada
2 etapas: rotação cervical e retorno à posição inicial
Parte do rosto permanece dentro da água: manutenção
da velocidade
O número de respirações varia conforme o grau de
treinamento do indivíduo

Mecânica respiratória do nado crawl:

Fase inspiratória Fase expiratória


Boca Boca e/ou nariz
A saída do bloco
Normalmente saída com mergulho a partir de um bloco
de saída

Objetivo: impulsionar o nadador à frente e assim ganhar


velocidade

Posição dos pés


no bloco:
Em paralelos 
grab
Um pé à frente do
outro  track start
Track start
Postura inspirada na saída do atletismo
Iniciado pelo nadador norte-americano Chris Jacobs
durante os Jogos Olímpicos de Seul em 1988.

Mudanças no formato do bloco  FINA, 2009.

Expectativa de facilitar a propulsão do atleta durante a


saída, maior velocidade durante a prova = novos recordes
A saída do bloco
O atleta tem que subir no bloco quando o árbitro geral dá
o apito longo.

No bloco: os atletas adotam posições de partida e


permanecem imóveis  ambos os pés à frente (grab) ou um
pé à frente e outro atrás (track start) .

Após, árbitro geral estende o braço ao árbitro de partida


autorizando a largada.

Largada = impulso do atleta em direção à piscina.

Caso a regra não seja respeitada o atleta pode ser


desclassificado
O nadador australiano Ian Thorpe se precipitou no
momento da largada e caiu na água antes da largada. Foi
desclassificado da prova durante as Olimpíadas de
Sydney, em 2004.

O nado costas...
Definição
deslocamento humano na água caracterizado por uma
posição dorsal do corpo e movimento alternativo e
coordenado das extremidades superiores e inferiores,
sendo o movimento das primeiras uma circundução
completa e o das segundas um batido; existindo um giro
no eixo longitudinal durante o nado.”
Traduzindo” para a Educação Física
deslocamento humano na água caracterizado por uma
posição dorsal do corpo (...)”

movimento alternativo e coordenado das extremidades


superiores sendo o movimento uma circundução
completa (...)”

6 fases:
Primeira varredura para baixo
Primeira varredura para cima
Segunda varredura para baixo
Segunda varredura para cima
Liberação
Saída
existindo um giro no eixo longitudinal durante o nado

movimento alternativo e coordenado das extremidades


inferiores, sendo o movimento um batido (...)”

Semelhante a do crawl.

Ordem do movimento: quadril, joelho, tornozelo e pé.

Pernas com afastamento compatível ao quadril.

Pés em flexão plantar (“pé de bailarina”).


Mecânica respiratória do nado costas:

Idealmente manter maiores períodos de apneia


Fase inspiratória: boca momento da circundução
em que o braço está fora da água
Fase expiratória: lentamente pelo nariz

A saída
Etapas:

1) Posicionamento
Corpo dentro da água, joelhos flexionados e mãos
segurando o agarre do bloco de saída.

2) Reação
Ao ouvir o sinal sonoro que permite o início do
movimento, o atleta deve lançar a cabeça e os braços
para traz e soltando as mãos do bloco.
3) Empurrão
Após o movimento de saída ser iniciado e o atleta soltar as
mãos do agarre, as pernas devem ser estendidas para que
possa tomar impulsão contra a parede

4) Voo
Afim de ganhar velocidade no movimento, o atleta toma
uma postura semelhante a de um arco.

5) Entrada na água e deslize


Após, o atleta em posição streamline inicia a entrada na
água deslizando e executando uma ligeira ondulação. Esse
movimento facilita o atleta a ficar na posição horizontal
de maneira mais rápida.
6) Ondulação
A regra permite o atleta realize ondulações submersas por
até 15 metros até iniciar o nado costas.

7) Break out e início do nado


O atleta após realizar as ondulações submersas aproxima
o corpo da superfície da água, iniciando simultaneamente
a braçada e a pernada. Ao final da primeira braçada, a
cabeça do atleta deve surgir na a superfície da água (break
out) e o nado costas ser de fato iniciado.
OS NADOS SIMULTÂNEOS
Organizando as ideias

A cronologia dos nados

Diferentes organizações de uma mesma ideia...


Ordem cronológica
Ordem alfabética
Ordem de qual estilo possui mais nadadoras
Ordem com base no gasto energético dentro de 60
minutos
Mil possibilidades
Ordem quanto ação dos
membros superiores
O nado quanto ação dos membros superiores

Nados alternados

Nados simultâneos
O nado peito...
Definição

Segundo Mansoldo (1996), deve-se levar em consideração o


grau de dificuldade e a faixa etária que será trabalhada, para
assim definir a ordem pedagógica que será utilizada.”

Traduzindo” para a Educação Física


deslocamento humano na água caracterizado por uma
posição ventral do corpo

movimento simultâneo, simétrico e coordenado das


extremidades superiores descrevendo o movimento como
uma trajetória circular (...)”

A braçada não acontece junto da pernada!


Fases:
Varredura para fora
Agarre (transição entre a fase propulsiva e a não
propulsiva)
Varredura para dentro
Finalização e recuperação
movimento simultâneo, simétrico e coordenado das
extremidades inferiores, descrevendo o movimento como
um pontapé (...).”

A pernada não acontece junto da braçada!


Fases:
Recuperação
Varredura para fora
Agarre
Varredura para dentro
Levantamento e deslize

com um movimento de ascensão e descenso de ombros e


quadris que, coordenado com os membros superiores
permite realizar a inspiração

com um movimento de subida e descida de ombros e


quadris que, coordenado com os membros superiores
permite realizar a inspiração.”
Etapas da fase respiratória:
Ao realizar a varredura para fora com os braços, o tronco e a
cabeça devem ser elevados para fora da água.

Simultaneamente, o momento que acontece a respiração


coincide com a finalização da pernada.

Com a cabeça para fora da água, olhando para frente, a


inspiração deve acontecer pela boca.

Após, ao retornar a cabeça para a água, o atleta deve expirar


o ar pelo nariz enquanto estende os braços para frente para
iniciar uma nova braçada.

O nado borboleta...
Definição
deslocamento humano no água caracterizado por uma
posição ventral do corpo e movimento simultâneo e
coordenado das extremidades superiores e inferiores,
sendo o movimento das primeiras uma circundução
completa e o das segundas um batido; com uma ondulação
de todo o corpo que, coordenada com os membros
superiores permite realizar a inspiração.”
deslocamento humano no água caracterizado por uma
posição ventral do corpo

movimento simultâneo e coordenado das extremidades


superiores, (...) sendo o movimento (...) circundução
completa (...)”
“Traduzindo” para a Educação Física
Fases:
Entrada e apoio (fase não-propulsiva)
Puxada (fase propulsiva)
Empurrada (fase propulsiva)
Recuperação (fase não-propulsiva)

“(...) movimento simultâneo e coordenado das extremidades


(...) inferiores, sendo o movimento (...) um batido (...)”
Um ciclo completo do nado borboleta é composto por uma
braçada e duas pernadas.

Fases:
Descendente da primeira pernada (fase propulsiva)
Ascendente da primeira pernada (fase não-propulsiva)
Descendente da segunda pernada (fase propulsiva)
Ascendente da segunda pernada (fase não-propulsiva)

movimento simultâneo e coordenado das extremidades


superiores e inferiores (...); com uma ondulação de todo o
corpo que, coordenada com os membros superiores permite
realizar a inspiração.”

Fases:
Entrada e apoio (fase não-propulsiva)
Puxada (fase propulsiva)
Empurrada (fase propulsiva)
Recuperação (fase não-propulsiva)
Fase respiratória – 2 etapas:

Puxada e respiração
1.1. Entrada e puxada das mãos água
1.2. Elevação do tronco e extensão da cervical para fora da
água
1.4. Empurre submerso das mãos + inspiração frontal pela
boca + pernada.

2. Recuperação aérea e Ondulação


2.1. Recuperação da braçada
2.2. Tronco e cabeça voltam para a água
2.3. Extensão dos braços para um novo ciclo de braçada ser
iniciado
2.4. Ondulação + deslize + expiração
A saída do bloco

Normalmente saída com mergulho a partir de um bloco de


saída.

Objetivo: impulsionar o nadador à frente e assim ganhar


velocidade.
Posição dos pés no bloco:
Em paralelos  grab
Um pé à frente do outro  track start

Track start
Postura inspirada na saída do atletismo
Iniciado pelo nadador norte-americano Chris Jacobs
durante os Jogos Olímpicos de Seul em 1988.
Track start

Mudanças no formato do bloco  FINA, 2009

Expectativa de facilitar a propulsão do atleta durante a


saída, maior velocidade durante a prova = novos recordes

A saída do bloco
O atleta tem que subir no bloco quando o árbitro geral dá o
apito longo.

No bloco: os atletas adotam posições de partida e


permanecem imóveis  ambos os pés à frente (grab) ou um
pé à frente e outro atrás (track start)

Após, árbitro geral estende o braço ao árbitro de partida


autorizando a partida

Largada = impulso do atleta em direção à piscina


Caso a regra não seja respeitada o atleta pode ser
desclassificado

O nadador australiano Ian Thorpe se precipitou no


momento da largada e caiu na água antes da largada. Foi
desclassificado da prova durante as Olimpíadas de Sydney,
em 2004.
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA E
SEGURANÇA AQUÁTICA
Conheça o seu aluno

Avaliação física
Aborde as variáveis fisiológicas padrão: capacidade
respiratória, peso, altura, composição corporal, flexibilidade,
força...
PRECISA SER CARO?  NÃÃÃÃO!!!
Capacidade respiratória  teste de caminhada de 6
minutos e escala de Borg
Força de membros superiores  teste de preensão
manual dinamômetro
Força de membros inferiores  teste de sentar e levantar
Capacidade funcional e marcha  teste timed up and go
Composição corporal  adipômetro
Anamnese COMPLETA
Histórico de patologias  restrição de movimentos,
risco de acidentes
Uso de medicamentos
Objetivos
Motivação
Faixa etária e estágio maturacional
Prática prévia de atividade física
Sequência Pedagógica
O que ensinar, quando ensinar, para quem ensinar?

Para se estabelecer a sequencia pedagógica - levar em conta:


O grau de dificuldade do que será trabalhado
A faixa etária dos alunos
O grau de treinamento (iniciante, alto rendimento...)

A sequência pode variar conforme o autor

Prevalecer sempre o bom senso!

Adaptação ao meio líquido

Consiste em ambientar o indivíduo ao meio líquido sempre


de forma gradual e respeitosa

Fase extremamente importante  preditor do que virá a


seguir

Alguns negligenciam essa fase  “ah, mas nós já somos


ambientados desde o útero da mãe”

Objetivo: estabelecer uma relação de segurança e prazer no


meio líquido
Apresentação ao meio
Importante transmitir segurança ao aluno
Se primeiro contato  momento chave para conquistar o
aluno e conhece-lo
Use as informações descobertas a seu favor  ex.: tema de
interesse  cativar o aluno  todos se beneficiam!
Se criança  ludicidade (música, historinha...)
Adaptação respiratória

Consiste em adaptar a mecânica respiratória na água  é


diferente do fisiológico!
Processo de inversão das vias  inspiração-boca /
expiração-boca/nariz
Contribui para a adaptação visual  enxergar dentro da
água
Prepara o indivíduo para a aprendizagem dos 4 estilos de
nado> crawl, costas, peito e borboleta
Correção de vícios  mergulhar tampando o nariz
Possibilidades - crianças:

1. Músicas e brincadeiras que estimulem o mergulho


parado no lugar  exemplos:
Pegar o brinquedo no chão da piscina
Ver o número que o professor mostrou com os dedos
Acenar para o colega

Possibilidades - crianças:

Deslocamentos + respiração com auxílio da borda,


material ou professor
Possibilidades - adultos:

Fazer respirações parado segurando na borda da piscina

Possibilidades - adultos:

Caminhar pela piscina pela borda fazendo respirações a


cada X passos
Fazer respirações parado afastado da borda da piscina
Possibilidades - adultos:

Caminhar pela piscina no sentido da raia fazendo


respirações a cada X passos  se necessário utilizar
material (prancha, espaguete...)

Avaliar:
Segurança no meio líquido
Noção de espaço
Equilíbrio

Flutuação
Capacidade de manter o corpo na superfície da água.

Fundamental  princípio de todos os nados!

Aumento da percepção do espaço que o corpo ocupa no meio


líquido.
Desenvolvimento das técnicas de flutuação:
Ventral
Dorsal
Vertical
Lateral

Grau de facilidade de execução também relacionada à


composição corporal
Nados alternados
Crawl e costas: alternados = similaridade com o caminhar
Propulsão membros inferiores e superiores
(pernada/braçada)
Coordenação: respiração + flutuação + propulsão
Saída
Virada

Nados simultâneos
Peito e borboleta:
Propulsão membros inferiores e superiores
(pernada/braçada)
Coordenação: respiração + flutuação + propulsão
Saída
Virada
Virada simples
Giro simples na parede
Executada nos nados simultâneos  a regra exige o toque
de ambas as mãos na parede (risco de desclassificação)
Virada olímpica
Movimento mais complexo
Executada nos nados alternados  a regra exige apenas o
toque na parede (risco de desclassificação)

Etapas:
Aproximação  ao se aproximar dos últimos 5m da piscina
(bandeirinhas), o atleta deve aumentar a velocidade do nado
(braçadas e pernadas).

Respiração  para iniciar a cambalhota (giro) o atleta deve


estar em apneia. Durante o movimento, o ar deve ser
expirado pelo nariz (para não entrar água!)
Giro  O movimento deve ser executado à uma distância
adequada da borda, nem tão perto (não ter espaço para o
giro) e nem tão distante (ficar longe da parede e não ser
possível tomar impulso). Ao final, as mãos devem estar
acima da cabeça para iniciar a posição de streamline.

Toque na parede  precisão e rapidez para tomar impulsão


na parede. Após, o atleta deve se manter na posição de
streamline por alguns segundos.

Streamline  alinhamento do corpo - postura:


1. Mãos sobrepostas
2. Braços estendidos acima da cabeça
3. Orelhas entre os braços
4. Pernas estendidas (glúteos contraídos)
Ondulações  após o impulso, o corpo deve deslizar na
água, no entanto, o movimento perderá velocidade após
alguns segundos. Nesse momento, devem ser iniciadas
ondulações.

Início do nado  ao término das ondulações, o nado é


restabelecido.
Segurança Aquática
Cuidados e precauções...
Informe a respeito dos trajes e acessórios a serem utilizados
(maiôs, shorts, óculos, touca e roupão)

Deixe claro que não é recomendada a utilização acessórios


(acidentes ou risco de perder dentro da água)

Recomendar que não sejam realizadas grandes refeições


próximo do horário da aula

A academia ou escola  fornecer uma instalação limpa, em


boas condições e revestida de materiais de suporte como
barras de acesso e piso antiderrapante

Antes de entrar na piscina:


1. Deixe claro quais são os níveis de profundidade
2. Se possível demonstre entrando na água.

Nos momentos de entrada e saída do ambiente da


piscina esteja atento à possíveis quedas ou escorregões
que resultem em acidentes. Solicite que apenas
caminhem, sem correr, especialmente crianças.
Materiais a serem utilizados

Materiais lúdicos e apropriados para a utilização dentro


da água.
Cores chamativas e contrastantes, que facilitem a sua
identificação no meio aquático
Não devem não apresentar peças frágeis ou muito
pequenas, que facilmente se perderão no fundo da
piscina – consequências:
1. Desinteresse (ficar procurando algo sem sucesso durante
um longo período)
2. Desconcentração (não consegue mais focar em outra
atividade senão recuperar o material perdido)
3. Frustração
4. Pequenos acidentes, como alguém pisar no objeto.

Primeiros socorros - afogamento


Definição
Ocorre mediante a aspiração de líquido em razão de
submersão.

Como consequência: privação de oxigênio  danos aos


tecidos, parada cardiorrespiratória.

A água entra nos pulmões e as pregas vocais sofrem


espasmo grave  bloqueio da respiração.

Uma das principais causas de morte acidental tanto de


adultos quanto de crianças (500.000 óbitos/ano).

6 estágios até o óbito.


Afogamento
Causas:
Acometimentos secundários: epilepsia, convulsão, mal
súbito
Intercorrências de doenças cardiopulmonares (infarto)
Traumas (empurrões, quedas, acidentes durante
mergulho)

Detecção - características clínicas:


Ausência da respiração
Ausência de movimentos respiratórios
Inconsciência
Imobilidade
Cianose: lábios, face, extremidades (unhas)
Como proceder:
Iniciar a manobra de ressuscitação cardiopulmonar
(RCP)

Chame o socorro imediatamente!

A manobra de RCP serve


como SUPORTE até a
chegada do serviço médico
especializado

Conduta – RCP:
Coloque a vítima em local plano em decúbito dorsal:
avaliar risco de lesão cervical
Ajoelhe-se próximo a seu rosto
Verifique há obstruções em suas vias aéreas (dente,
prótese, etc...)
Posicione uma de suas mãos na testa da vítima e a outra
em seu queixo, inclinando a cabeça para trás
Tampe as narinas da pessoa para que o ar ofertado não
escape

Faça um túnel com a sua mão e posicione a sua boca na da


pessoa, evitando que o ar saia  E UMA BOCA DIRETO NA
OUTRA, PODE?

Expire na boca da vítima, forçando o ar para dentro


dos pulmões
Ritmo lento e contínuo: ar na região abdominal (?)
Quando não estiver ofertando ar, afaste o seu rosto para
facilitar a respiração da vítima
Oferte ciclos de expirações e massagens cardíacas
A massagem cardíaca: utilizando os dedos indicador e
médio, localizar o apêndice xifoide. A manobra será
aplicada dois dedos acima.

Coloque uma mão sobre o dorso da outra, com os dedos


entrelaçados em flexão dorsal, e com os punhos em extensão
palmar.
Com os cotovelos estendidos em angulo reto, debruçado
sobre a vítima e usando o seu próprio peso, faça pressão
sobre o osso esterno de forma perpendicular sem apoiar-se
sobre as costelas.

Na compressão você deve fazer uma depressão aproximada


de 3 a 5 cm no adulto. Em crianças a região de compressão
cardíaca é a mesma do adulto, porém utiliza-se menor
força, e somente uma mão.

Manter a mão no local, de modo que o tórax possa retornar


ao normal.

Tempo de compressão e descompressão devem ser o


mesmo. A velocidade de compressões é de 100 vezes por
minuto para adultos e crianças.
Mantenha a vítima deitada, mesmo após recuperar-se e a
observe (risco de nova parada)

Aguarde o socorro

obrigada
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professora ANA ROBERTA
para o curso de "NATAÇÃO".

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