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29/10/2023, 15:53 Natação

NATAÇÃO

HIDROGINÁSTICA E ESPORTES
AQUÁTICOS
Autoria: Dr. Daniel Vicentini de Oliveira
Revisão técnica: Me. Tiago Henrique Nunes Ferreira

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Introdução

Olá, estudante!
Nesta unidade da disciplina de natação, vamos mergulhar no mundo da hidroginástica e de outros esportes aquáticos. Você
conhece o histórico da hidroginástica no mundo? Sabe como ocorreu sua chegada ao Brasil? Os tópicos a seguir nos
responderão essas perguntas.
A hidroginástica pode proporcionar diversos benefícios a seus futuros alunos. Porém, para que eles possam usufruir das
vantagens desse exercício físico tão importante, você precisa conhecer os diferentes materiais que podem ser utilizados nas
aulas, bem como compreender posicionamentos, principais exercícios e formas de aplicação da prática.
Considerando outros esportes aquáticos, o que você sabe sobre polo aquático e nado artístico? Esses também serão alvos de
nosso estudo a seguir. O polo aquático ainda é pouco praticado no Brasil, mas faz parte dos jogos olímpicos. Assim, é
importante conhecer suas regras e saber como caracteriza-se. Por fim, encerraremos a unidade conhecendo as regras e
premissas básicas do nado artístico.
Bons estudos!

Tempo estimado de leitura: 50 minutos.

3.1 Hidroginástica

A hidroginástica, de forma geral, é uma modalidade de exercício físico realizada em ambiente aquático. Contempla diversos
movimentos corporais, utilizando a água como meio de resistência à movimentação. Alguns materiais podem ser incluídos
nesses exercícios, como veremos nesta unidade. De alguns anos para cá, o termo fitness aquático tem sido utilizado, pois
várias submodalidades de hidroginástica foram criadas.
Sabemos que somente o fato de realizar exercícios na água já pode proporcionar uma agradável sensação de prazer. Além
disso, há diversas vantagens psicológicas e fisiológicas, como podemos observar a seguir.

O ambiente é relaxante.

Não existe o desconforto da transpiração.

É atrativo para pessoas com dificuldade de realizar exercícios fora da água.

Não existe preocupação excessiva com performance, pois não há espelhos em que os alunos
possam observar-se.

Melhora a autoconfiança, pois os alunos conseguem realizar exercícios dentro da água que não
seriam possíveis fora dela.

Envolve a maioria dos grupos musculares (agonistas e antagonistas), pois há um equilíbrio nas
fases de tensão e relaxamento.

Facilita a execução dos movimentos, possibilitando maior amplitude articular.

Diminui o impacto nas articulações.

Diminui o peso corporal total, devido à ação da força de flutuação.

3.1.1 Introdução à hidroginástica


A história da hidroginástica se imbrica à história do homem em contato com o meio líquido, sendo considerada uma evolução
da hidroterapia. Vem desde a época dos romanos, entre 460 e 375 a.C., quando diversos tipos de banhos eram utilizados,
desde os frios até os mais quentes. Os banhos se relacionavam mais aos hábitos de vida, costumes locais e algo de sagrado
(KLAR; LIMA, 2009).

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Durante os séculos XVIII e XIX, na Europa, os banhos mornos eram utilizados como uma forma de hidroterapia. Com o passar
do tempo, começaram a ser utilizadas várias temperaturas da água. Por volta de 1722, na Alemanha, os banhos mornos
ganharam o objetivo de aliviar espasmos musculares e promover relaxamento. Em Edimburgo (Escócia), no ano de 1779,
empregou-se o banho frio no tratamento da febre.

VOCÊ O CONHECE?
Em 1830, Vincent Pressnitz (1799-1851) usou a água fria para a realização de exercícios vigorosos, pois traziam diversos
benefícios para o corpo. Pressnitz era um pastor. Ele ficou muito conhecido por transformar um ambiente florestal em um local
para banhos externos.

De fato, a hidroginástica começou a ser desenvolvida de maneira sistemática nos spas ingleses, sendo levada para os Estados
Unidos na década de 1960, por meio da Associação Cristã de Moços (ACM). Atualmente, ela é difundida em outros países da
Europa, no Japão e no Brasil. Com o passar do tempo, foi adquirindo particularidades e acolhendo um número cada vez maior
de adeptos.
A hidroginástica é uma forma de condicionamento físico constituída de exercícios aquáticos específicos, baseados no
aproveitamento da resistência da água como sobrecarga (AEA, 2014). Resumindo, podemos afirmar que a hidroginástica
derivou da hidroterapia, surgiu na Alemanha para atender, inicialmente, grupos de pessoas com mais idade, que precisavam
praticar uma atividade física segura, sem riscos de lesões articulares. As primeiras aulas se assemelhavam muito àquelas de
ginástica aeróbica, pois ambas foram introduzidas e mais divulgadas no Brasil no final dos anos 1980.

3.1.2 Benefícios e indicações


A hidroginástica é uma modalidade de exercício divertida, agradável, eficaz e estimulante, além de ser cômoda e segura. Os
exercícios no solo oferecem muitos benefícios, mas quase sempre vêm acompanhados por dores, superaquecimento,
transpiração e sensação de exaustão. A água permite que se alcance todos os excelentes benefícios dos exercícios, com a
vantagem de eliminar os efeitos colaterais. Depois da hidroginástica, o aluno geralmente se sente revigorado e cheio de
energia (KLAR; LIMA, 2009).
Fazer exercícios na água ajuda a eliminar a autocrítica em relação aos movimentos, pois ninguém pode ver o que estamos
fazendo. Não é preciso ter medo de não se sair bem ou de ser observado por outros alunos.
Além disso, com o avanço dos anos, muitas pessoas se tornam incapazes de realizar exercícios das maneiras tradicionais,
devido a pequenas alterações no corpo. Quando isso ocorre, a hidroginástica passa a ser a opção ideal. Por isso, a população
idosa ainda é uma das grandes adeptas da prática. A flutuação na água permite que o idoso se movimente sem machucar-se,
praticando a modalidade com o vigor que desejar, sem o choque do impacto que está associado ao exercício de solo (AEA,
2014).
Submerso na água até a altura dos ombros, o aluno experimentará uma perda aparente de 90% do peso. Isso significa que, se
ele pesar 70 quilos, estará fazendo os exercícios como se pesasse aproximadamente sete quilos. Essa perda aparente de
peso reduz drasticamente a tensão nas articulações. É por isso que a hidroginástica é para muitas pessoas, idosas ou não, a
atividade de condicionamento mais segura que há (LUCCHESI, 2013).

VOCÊ SABIA?
A hidroginástica também possui desvantagens: ainda existem poucas pesquisas, o que torna o trabalho um tanto subjetivo. Os
métodos para avaliar as atividades realizadas em meio líquido não são específicos e isso dificulta a interpretação dos resultados.
Muitos profissionais ainda estão despreparados e a excelência da prática depende muito da consciência corporal dos alunos.

A prática da hidroginástica promove a melhoria dos componentes da aptidão física relacionada à saúde, ou seja, a
composição corporal, o condicionamento cardiorrespiratório, a força muscular e a flexibilidade.

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3.2 Materiais utilizados

Existe um crescente número de equipamentos disponíveis para treinamento. Alguns deles são utilizados em terra e podem ser
levados ao ambiente aquático, outros são desenvolvidos especificamente para utilização na água. São eles: luvas, halteres
flutuantes, cinturão flutuante, macarrões, barbatanas para as mãos e tornozelos, bolas de borracha, aquafins, paraquedas,
pranchas, ergômetros aquáticos (como esteiras, bicicletas e ski), bicicletas de spinning aquático, equipamentos de resistência
acoplados à borda, remos de plástico, pranchas de espuma, tubos de borracha, pranchas de neopreme, pullbuoy, pés de pato,
entre outros.
Alguns desses equipamentos são mais úteis em aulas de hidroginástica, outros em aulas de natação. Após encontrar os
equipamentos que você considerar ideais, o próximo passo é aprender a utilizá-los. Isso envolve o entendimento da função,
propósito, limitações, propriedades, fatores de segurança e biomecânica do equipamento. Se você compreender a
biomecânica e as propriedades, estará no caminho certo. A segurança e as limitações podem ser entendidas a partir daí
(LUCCHESI, 2013).
Os equipamentos aquáticos se dividem em cinco categorias gerais. São elas: equipamentos flutuantes, de arrasto, de pesos,
de elásticos e de flutuação. É importante considerar os movimentos assistidos e resistidos, a relação dos agonistas e
antagonistas, tipos de contrações musculares e o efeito que cada equipamento tem em movimento mono e multiarticular
(KLAR; LIMA, 2009).

3.2.1 Equipamento flutuante


Estes são bem específicos do ambiente aquático e são feitos de material denso, tipo espuma, que flutua na água. Embora
sejam leves fora do ambiente aquático, podem criar muita resistência dentro dele.

Figura 1 - Prancha
Fonte: Faak, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste em uma fotografia de diversas pequenas pranchas próprias
para flutuação. Elas estão apoiadas em uma parede, apresentam-se nas cores
azul, amarelo e rosa, e possuem formato arredondado na parte superior.

Os equipamentos flutuantes interagem com as forças de flutuação. Sabemos que o vetor de flutuação é vertical, voltado para
cima e afeta o movimento na direção da superfície e do fundo da piscina.

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Figura 2 - Halteres flutuantes


Fonte: Begalphoto, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem é uma fotografia de um par de halteres flutuantes, posicionados à
beira de uma piscina. Eles apresentam as cores branca e azul no material
flutuante cilíndrico e uma barra preta para segurá-los.

Qualquer movimento na direção do fundo da piscina com um objeto flutuante é resistido pela flutuação e, geralmente, é uma
ação muscular concêntrica. Esse movimento vai contra a tendência do objetivo de flutuar ou de ser auxiliado pela flutuação
(KLAR; LIMA, 2009).

Figura 3 - Aquatubo
Fonte: Fon thachakul, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste na fotografia de alguns tubos aquáticos coloridos. Eles estão
à beira de uma piscina, dentro de um cesto plástico verde, e apresentam as
cores azul, rosa e amarelo.

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O músculo tem que gerar força à medida que volta ao seu comprimento normal para controlar o movimento para cima,
facilitado pela flutuação (AEA, 2014).
Nas aulas de hidroginástica e natação, os materiais flutuantes mais utilizados são a prancha (figura 1), os halteres flutuantes
(figura 2) e o tubo aquático ou macarrão (figura 3).

3.2.2 Equipamento pesado


As ações musculares para equipamentos pesados na água são bastante similares às ações em terra. Equipamentos pesados
afundam na água e são influenciados pela força da gravidade. O vetor da gravidade, assim como o da flutuação, é vertical,
mas apontado para baixo. Embora os efeitos da gravidade estejam diluídos na água, seguem afetando os equipamentos. A
diferença é que um peso de 4,5 kg, por exemplo, pesa menos na água do que em terra (KLAR; LIMA, 2009).
Qualquer movimento realizado para cima, contra a força da gravidade, recebe resistência e, geralmente, é uma ação muscular
concêntrica. Qualquer movimento realizado para baixo é assistido pelas forças da gravidade e, geralmente, consiste em uma
ação muscular excêntrica. Quando comparadas, as ações musculares com equipamentos flutuantes e as com equipamentos
pesados são opostas.
Equipamentos flutuantes e pesados se complementam bem em programas de exercícios. É difícil trabalhar deltoides,
abdutores de quadril, iliopsoas e eretores da coluna, por exemplo, com equipamentos flutuantes na água, a menos que você
force posições desconfortáveis para os alunos.

Figura 4 - Halteres
Fonte: Byjeng, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste na fotografia de dois halteres na cor vermelha, pesando um
quilo cada. Eles estão à frente de um fundo branco, um apoiado sobre o outro.

A maioria dos movimentos para esses músculos citados é assistida pela flutuação, assim, eles trabalham como antagonistas.
Utilizando-se equipamentos resistidos (pesados), como halteres (figura 4), eles são trabalhados sem problemas. Por outro
lado, é difícil trabalhar adutores de quadril, latíssimo do dorso, abdome e glúteo máximo em pé na água e com pesos.
Equipamentos flutuantes trabalham facilmente esses músculos. Por isso, é muito importante planejar seu programa de
resistência na água ao utilizar algum tipo de equipamento (LUCCHESI, 2013).

3.2.3 Equipamento de arrasto


Equipamentos de arrasto satisfazem a equação de equilíbrio muscular mais simplesmente do que os equipamentos flutuantes
ou pesados. Ao colocar um equipamento de arrasto, você estará apenas aumentando as forças de arrasto da água. A equação
muscular é a mesma para o movimento na água sem equipamento, porém, de forma aumentada. Assim, usa-se contrações
concêntricas em qualquer direção do movimento (KLAR; LIMA, 2009).
Equipamentos de arrasto, geralmente, aumentam a área de superfície ou a turbulência para criar uma resistência adicional
para a ação muscular. Por aumentar a área de superfície, esses equipamentos podem se tornar incômodos e reduzir o arco de
movimento. A mobilidade e as forças de resistência são mais consistentes com o deslocamento natural na água.

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O que é importante notar com relação ao vetor da força de arrasto é que ele é sempre oposto ao movimento. Diferente das
forças de flutuação e de gravidade, que sempre têm vetores de forças verticais, a força de arrasto pode, potencialmente, estar
em qualquer direção, dependendo do movimento realizado.
A quantidade de resistência criada por um equipamento de arrasto é baseada na área de superfície frontal ou no tamanho,
velocidade e aceleração, área de superfície projetada, turbulência e densidade da água.
A força de arrasto varia linearmente com e proporcionalmente à área projetada. Se você escolhe um equipamento com área
duas vezes maior, provavelmente a força de arrasto também será duas vezes maior. Da mesma forma, um equipamento que é
três vezes maior, terá uma força de arrasto três vezes maior.
Velocidade reativa é a rapidez que o objeto é movido na água. É o fator mais significativo em relação às forças de arrasto em
função do quadrado: se você dobrar a velocidade do movimento, a força aumentará quatro vezes. Da mesma forma, se você
triplicar a velocidade do movimento, a força aumentará nove vezes (LUCCHESI, 2013).
Uma vez que a velocidade do movimento é um componente significativo da força de arrasto total, será difícil exigir que todos
os alunos desenvolvam a mesma velocidade. Na maioria dos casos, o próprio indivíduo deve determinar suas velocidades. A
regulação da velocidade ditada pelos batimentos por minuto, teoricamente, vai funcionar apenas com alunos igualmente
condicionados ou com a mesma capacidade. Por isso, a aula requer um planejamento adequado de padrões de movimentos e
transições, assim como variações para as diferentes capacidades (SIMÕES; FIORANTE; CERRI et. al., 2010).
A turbulência também afeta o desempenho de um equipamento de arrasto. Redemoinhos e outras irregularidades da água
causam um grande aumento das forças de arrasto. A aspereza, as irregularidades, os perfis e os buracos da superfície
contribuem para o aumento da turbulência.

Figura 5 - Luva
Fonte: Frantic00, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste na fotografia de uma pessoa vestindo uma luva aquática. É
possível visualizar apenas seu braço direito e parte do tronco. A luva é azul e
preta, possui tecido entre os dedos, assemelhando-se a pés de pato.

Um exemplo de equipamento de arrasto são as luvas (figura 5). Estas aumentam o arrasto das mãos e dos braços pela água,
aumentando a resistência e a carga para a parte superior do dorso. Elas apresentam uma grande variedade de formas,
tamanhos e materiais. O tipo de material irá afetar seu arrasto: os mais porosos, como o elastano, permitirão que mais água
passe pela luva e o arrasto não será tão intenso quanto nas luvas de neopreme ou de borracha. Você, futuro professor, deve
escolher o tipo de luva mais adequado ao objetivo desejado.

3.2.4 Equipamento de borracha (elásticos)


A ação muscular criada por equipamentos de borracha é virtualmente a mesma, independentemente do ambiente. Qualquer
ação muscular para longe do ponto de ancoragem é resistida e concêntrica. Qualquer ação muscular para junto do ponto de
ancoragem é assistida e excêntrica.
Equipamentos de borracha são geralmente feitos de faixas ou tubos. A posição da ancoragem determina o grupo muscular
que será trabalhado. Por exemplo, se você ancorar ou segurar a faixa abaixo do cotovelo, trabalhará o bíceps braquial
concentricamente e excentricamente. Se você ancorar ou segurar a faixa acima do cotovelo, o movimento de flexão e

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extensão trabalhará o tríceps concentricamente e excentricamente (LUCCHESI, 2013).

Figura 6 - Elástico ( rubber)


Fonte: Constantine Pankin, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste em uma ilustração de um equipamento elástico que pode ser
utilizado com as mãos para gerar resistência ao movimento de abertura de
braços. O elástico é verde, formando argolas com o auxílio de suportes plásticos
pretos. É possível segurar essas argolas, usando a manopla plástica.

Muitos tipos de equipamentos de borracha foram desenvolvidos, incluindo faixas e tubos com manoplas. Eles apresentam
diversos modos de ancoramento, que pode ser realizado com o próprio corpo ou com alguma fonte externa (porta, escada da
piscina, parceiro etc.).

VAMOS PRATICAR?

Agora é hora de praticar e usar sua criatividade. Imagine que em uma das partes da sua
aula de hidroginástica convencional você terá que trabalhar os músculos flexores do
cotovelo, ou seja, o bíceps braquial e o braquial. Reflita sobre qual material você deverá
utilizar para atingir esse objetivo e descreva a forma de realização do exercício.

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3.3 Métodos de ensino e montagem de aulas

Ao elaborar uma aula de hidroginástica, vários fatores devem ser considerados para que todas as vantagens que o ambiente
aquático oferece possam ser exploradas. Entender e respeitar o ambiente aquático é fundamental para o planejamento de
aulas eficientes, com otimização de resultados.
De acordo com Lucchesi (2013), podemos utilizar diferentes posições de trabalho, explorando ao máximo suas possibilidades
e variações. Na água, são quatro as posições básicas. Clique nos recursos a seguir para conhecê-las.

1
Rebote ou saltitamento

A maioria dos movimentos de hidroginástica é realizada em rebote, quando ocorre


pequenos saltitamentos de uma perna para outra, resultando numa “fase aérea”, ou
seja, os dois pés se encontram fora do chão em determinado momento.

2
Suspensa

Nessa posição, os movimentos são realizados em suspensão, sem tocar os pés no


fundo da piscina. Normalmente, utiliza-se algum material flutuante como forma de
auxílio.

3
Posição neutra

Os ombros permanecem na linha de superfície da água o tempo todo. Durante toda


a execução do movimento os ombros não saem da água. Normalmente, ocorre uma
flexão mais acentuada dos joelhos (dependendo da estatura do praticante).

4
Ancorada

Um dos pés estará sempre em contato com o fundo da piscina, não existindo, dessa
forma, a “fase aérea” que ocorre no rebote.

Em relação ao posicionamento das mãos e dos pés na água, este afeta a intensidade do esforço necessário aos músculos
ativos. Podemos intensificar ou facilitar o trabalho, dependendo do posicionamento das mãos e dos pés, pois sabemos que
quanto maior a superfície de atrito em contato com a água, maior será a resistência oferecida ao movimento.
As mãos podem ser posicionadas em forma de concha, servindo como um remo curto para puxar mais água; lateralmente,
criando uma resistência mínima; ou espalmadas, aumentando a superfície de contato com a água e oferecendo mais
resistência ao movimento. Lembre-se de unir essas informações com os princípios da flutuação e do arrasto já descritos
anteriormente, assim, conseguirá explorar ainda mais esses recursos.

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O posicionamento dos pés também exerce fundamental importância no movimento a ser realizado dentro da água.
Geralmente, o pé em dorsiflexão sobrecarrega musculaturas específicas, como os músculos posteriores da coxa; e o pé em
plantiflexão, os músculos anteriores da coxa.
Já em relação aos principais movimentos, são várias as combinações e os exercícios propostos nas aulas de hidroginástica.
Devemos lembrar que dar aulas no deque é um desafio ainda maior, pois o professor deverá executar os movimentos
transmitindo aos alunos idosos a sensação de estar dentro da água. É o que chamamos de executar os movimentos em
rebote. Se você, professor, executar os movimentos como se estivesse dando uma aula de ginástica no solo, esperando que
os alunos entendam, fará com que as turmas fiquem desmotivadas, pois terão a impressão de que não conseguem
acompanhar seu ritmo.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS


(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)

Geralmente, o professor de hidroginástica ministra a aula fora da piscina. Por isso, precisa conhecer
e compreender os diferentes posicionamentos utilizados nas aulas. A forma como o professor
demonstra os posicionamentos é muito importante para que o aluno entenda o que deve ser feito.

Considerando isso, analise as afirmativas a seguir.

I. A maioria dos movimentos de hidroginástica é realizada em rebote.


II. Na posição suspensa, os movimentos são realizados sem tocar os pés no fundo da piscina.
III. Na posição neutra, os ombros permanecem acima na linha de superfície da água o tempo todo.
IV. Quando um dos pés estiver em contato constante com o fundo da piscina e o outro não, o aluno
estará em posição ancorada.

Está correto o que se afirma em:

a. I e II.

b. III e IV.

c. II, III e IV.

d. I, II e IV.

e. I, III e IV.

VERIFICAR

A seguir, confira algumas boas ideias de movimentos a serem ensinados em aulas de hidroginástica. Lembrando que todos
eles podem ser realizados com ou sem equipamentos.

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Membros inferiores

Caminhada ou corrida e suas variações de direção; skip: pequenos saltos anteroposteriores; slide:
deslizamento dos pés no fundo da piscina para frente e para trás (sem saltar); polichinelos; twist:
saltar e girar o corpo de um lado para o outro; polo: movimento em sustentação (com ou sem auxílio
de material); elevação de calcanhares alternados tocando à frente e atrás; elevação de joelhos em
alternação e suas variações de direção; elevação dos joelhos simultaneamente à frente, com as
pernas unidas (posição neutra); elevação dos joelhos simultaneamente à frente, com afastamento das
pernas; saltitamento anteroposterior; pêndulo lateral; pêndulo anteroposterior; chutes alternados para
frente; chutes alternados para trás; chute cruzado; chute alternado lateral; chutes ancorados em
diferentes direções; chutes simultâneos à frente; chutes simultâneos lateralmente (posição neutra).

Exercícios em suspensão – membro inferior

Adução e abdução de quadril; batimentos de pernas de costas; batimentos de pernas de crawl


lateralmente; bicicleta.

Saltos

Salto abdutor; salto adutor; salto anteroposterior; salto tocando os calcanhares.

Membros superiores

Adução e abdução dos ombros; adução e abdução horizontal dos ombros; flexão e extensão de
ombro; flexão e extensão de cotovelos; supino invertido (em suspensão); crucifixo em pé (horizontal);
crucifixo em suspensão.

Agora que você já conhece uma série de movimentos possíveis, vamos adentrar as questões mais relevantes acerca do
processo de elaborar e conduzir as aulas de hidroginástica.

3.3.1 Elaboração e condução de aulas


Diversas técnicas de montagem e variações dos programas de hidroginástica podem ser aplicadas. É indispensável que você,
professor, tenha a preocupação de reavaliar constantemente suas aulas, reconhecer as facilidades e dificuldades dos seus
grupos, buscar cursos de atualização e sempre estar se especializando para ensinar com qualidade. Além disso, a criatividade
é muito importante para elaboração de novas aulas de hidroginástica.

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VOCÊ QUER VER?


O vídeo intitulado “Todos os movimentos básicos da hidroginástica”, do canal Hidro Action, é muito interessante para compreender
melhor como posicionar cada membro. Não deixe de assistir!

Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=xmkbc0tn-W0&t=15s)

A estrutura segue o padrão convencional das aulas de ginástica em solo. A questão sobre o tempo a ser destinado para cada
parte ainda é controversa, pois isso depende também das características de cada turma, formato do programa, temperatura
da água, dentre outros fatores. Uma aula de hidroginástica, geralmente, tem de 45 a 60 minutos de duração.

É a fase de preparação do corpo para o trabalho na água. Tem como objetivo


Aqueciment elevar, gradativamente, a frequência cardíaca do aluno. Nessa etapa, devem
o ocorrer movimentos simples, podendo-se misturar alongamentos estáticos e
dinâmicos. Pode durar de cinco a dez minutos.

É a fase principal da aula, em que o objetivo central será desenvolvido. Aqui é


recomendado trabalhar de forma contínua, objetivando-se atingir a frequência
Treinament cardíaca alvo do treinamento, recomendada para os trabalhos aeróbicos. Os
o exercícios realizados nessa etapa devem ser mais vigorosos e intensos, mas
cardiorrespi sempre respeitando o nível de condicionamento de cada aluno e características
ratório do grupo. Você, professor, deve permitir o desenvolvimento de algumas
capacidades físicas (força, resistência, equilíbrio, coordenação motora etc.).
Pode durar de 20 a 30 minutos, geralmente.

Nessa fase, o foco é o trabalho de grupos musculares específicos, com o


objetivo de aumentar a força e a resistência muscular. Pode-se utilizar
Condiciona
acessórios/equipamentos específicos para atingir esse objetivo. É interessante
mento
que os movimentos sejam realizados de forma dinâmica, combinando
muscular movimentos de membros inferiores e superiores para evitar a diminuição da
frequência cardíaca. Pode durar de 10 a 15 minutos, em média.

Relaxament O objetivo principal dessa etapa é a diminuição gradativa da frequência


oe cardíaca e o alongamento dos principais músculos solicitados na aula.
Exercícios de socialização e recreativos também podem ser propostos. Pode
alongament
durar de três a cinco minutos, em média.
o

Após saber mais sobre a condução e suas etapas, chegou a hora de nos aprofundarmos nos aspectos específicos da
montagem das aulas, conhecendo métodos de rotina coreográfica. Acompanhe os próximos tópicos com atenção.

3.3.2 Estrutura de montagem de aulas de hidroginástica


O professor de hidroginástica deve conhecer as possibilidades e as técnicas de montagem das suas rotinas de exercícios,
assim poderá ministrar aulas dinâmicas, diferentes, eficazes, seguras e divertidas.
Elaborar a aula com antecedência, montando um planejamento semanal e mensal para cada turma, é um exemplo de
organização de um bom professor de hidroginástica. Vários são os métodos para elaboração de rotinas coreográficas, confira
a seguir.

Progressão linear (estilo livre)

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Esse método é ideal para aulas de iniciantes, pois é um estilo de rotina coreográfica em que uma série de
movimentos é executada sem padrão definido. Passa-se de um movimento para o outro sem combiná-
los. Eles podem ou não serem repetidos durante a aula.

Adição
É considerado um método simples, que permite ao professor elaborar pequenas rotinas coreográficas.
Ensina-se o movimento A, depois se ensina o movimento B e, então, repete-se a sequência A + B,
adicionando a cada momento um novo movimento.

Pirâmide
Aqui o número de repetições para cada movimento é diminuído e/ou aumentado. Normalmente, utiliza-se
esse método para ensinar combinações de movimentos mais difíceis.

Blocos
Nesse método, ensina-se um padrão já completo de movimentos, elaborados como uma coreografia, por
meio da construção de blocos. Normalmente, o profissional coreografa uma sequência para cada
música. Os alunos repetem aquela combinação quantas vezes o professor julgar necessário ou até a
música acabar. Os alunos aprendem pela repetição. Isso costuma funcionar bem com grupos
intermediários ou avançados. É importante que as combinações sejam simples para que os alunos
consigam as executar sem maiores dificuldades.

Lembre-se: o conhecimento e a criatividade devem estar sempre presentes na hora de elaborar uma nova aula de
hidroginástica. Use todos os saberes e aposte em ideias diferentes em seus planejamentos.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS


(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)

As aulas de hidroginástica podem ser bem diversificadas, visto que o professor possui muitas
opções na hora de estruturar as sessões e pode usar sua criatividade para propor as práticas aos
alunos. Considerando isso, analise as afirmativas a seguir.

I. No método de bloco, o número de repetições para cada movimento é reduzido ou ampliado.


II. O método de adição é considerado simples, permitindo ao professor elaborar pequenas rotinas
coreográficas.
III. A progressão linear é um método também conhecido como estilo livre. É ideal para turmas de
iniciantes.
IV. Quando o professor ensina o movimento A, depois o B e repete a sequência A + B, está aplicando
o método de adição.

Está correto apenas o que se afirma em:

a. I e II.

b. III e IV.

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c. II, III e IV.

d. I, II e IV.

e. I, III e IV.

VERIFICAR

Já verificamos os detalhes sobre estrutura de montagem e condução das aulas de hidroginástica, agora, avançaremos nos
estudos verificando alguns dos estilos possíveis.

3.3.3 Estilos de aulas de hidroginástica


O treinamento em circuito é um dos mais fáceis de ser aplicado para os professores que estão iniciando na hidroginástica,
pois, normalmente, destina-se um tempo para cada sessão de exercícios, sem exigir que se trabalhe na frase musical
(coreografia). Nesse programa, combinam-se as etapas de treinamento cardiorrespiratório com as de condicionamento
muscular, alternadamente. Porém, isso não é uma regra. Sugere-se de três a cinco minutos para a etapa cardiorrespiratória e
um a dois minutos para a etapa localizada. Deve-se incluir a utilização de vários equipamentos aquáticos.
A coreografia aquática consiste em programas de aula que incluem movimentos coreografados combinados com a música.
As rotinas são elaboradas respeitando um número específico de repetições e ritmo musical já preestabelecidos. É mais
aplicada para alunos avançados, pois exige concentração e coordenação motora.
As aulas no formato deep water são realizadas na parte funda da piscina, com auxílio de coletes e acessórios que garantam a
flutuação do corpo na posição vertical. Normalmente, fazem parte do programa de clubes, sendo muito requisitadas por
atletas, na reabilitação de lesões, por ser uma atividade que permite que os indivíduos pratiquem um trabalho intenso no
sentido cardiorrespiratório, mantendo os níveis de condicionamento físico, com impacto nulo nas articulações. São exercícios
realizados sem impacto, porém intensos, atraindo pessoas bem condicionadas.
O treinamento intervalado, por sua vez, é composto de vários ciclos que alternam exercícios de alta e baixa intensidade
durante a etapa de condicionamento cardiorrespiratório da aula. É indicado para grupos de nível intermediário e avançado.
Outra possibilidade é o programa de exercícios utilizando step aquático, uma plataforma onde o aluno realiza movimentos de
subida e descida durante uma etapa da aula. É ideal para ser utilizado nas aulas em circuito, especialmente se houver um
número limitado desse material.
Já o hidro jump é um programa que utiliza o minitrampolim aquático como recurso material. São realizados os movimentos
tradicionais de uma aula de minitrampolim, combinados com os específicos da hidroginástica. Isso causa um estímulo ósseo
e muscular de forma dinâmica e divertida, fortalecendo os membros inferiores e a musculatura abdominal. O praticante
impulsiona o corpo, dá saltos e treina o equilíbrio. Tudo isso acompanhado por uma coreografia, ou não, capaz de estimular o
ganho de força muscular, funcionando como treino cardiovascular. É necessário ter atenção à segurança do aluno nesse tipo
de material, que deve ser específico para o ambiente aquático.
A bike aquática é um programa de ciclismo na água. O material utilizado (bike aquática) tem um custo elevado para compra e
manutenção. Essa modalidade traz diversos benefícios, como a melhoria do condicionamento cardiorrespiratório e da força
muscular dos membros inferiores.

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Figura 7 - Bike aquática


Fonte: AMA, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste em uma fotografia com a câmera submersa na piscina. Há
quatro pessoas em cima de bicicletas aquáticas. É possível visualizar os corpos
apenas da cintura para baixo. O fundo da piscina é de azulejos azuis claros e
escuros.

O water running, por sua vez, é um tipo de programa que combina variações de corrida dentro da água. É fácil de executar e de
ensinar, pois a coreografia exigida é mínima. É muito procurado nas reabilitações de lesões, pois o praticante se exercita com
impacto mínimo nas articulações.

ESTUDO DE CASO
Rosa tem 67 anos e recebeu um diagnóstico de osteoartrite de quadril e joelho. Além disso, está um pouco acima do peso. Ela
iniciou a prática de hidroginástica após recomendação de seu reumatologista. Por ter osteoartrite, Rosa apresenta quadros de dor
e rigidez articular, e diminuição da amplitude de movimento do quadril e do joelho. A água será excelente, visto que na piscina ela
desfrutará da diminuição do peso corporal e poderá se exercitar com mais segurança e eficiência.

Por fim, o treinamento de força é um programa que utiliza equipamentos específicos para aumentar a resistência, a
intensidade dos exercícios propostos, a sobrecarga e, consequentemente, o ganho de força muscular. Para que os resultados
sejam satisfatórios, é fundamental a consciência corporal dos alunos, focando na técnica correta dos movimentos para que os
objetivos propostos sejam atingidos.

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VAMOS PRATICAR?

Imagine que alguns de seus alunos de hidroginástica apresentam desconforto e dor no


punho ao realizar alguns movimentos de membros superiores. Sabendo que existem
alguns posicionamentos de mãos a serem utilizados nas aulas, escolha um que você
possa indicar a esses alunos, diminuindo a resistência da água nos membros superiores,
especialmente nas mãos.

3.4 Polo aquático

O polo aquático é um esporte que se originou em meados do século XIX, na Inglaterra. Essa modalidade era praticada de
forma lúdica em lagos e rios. Como teve uma grande quantidade de adeptos, começou a ser realizada também em locais
institucionalizados. Ao desenvolver-se, passou a se caracterizar como uma junção de diversos componentes oriundos de
outros esportes, como rúgbi, futebol e natação.

3.4.1 Introdução ao polo aquático


O polo aquático (figura 8) é um esporte coletivo praticado na água e entre duas equipes. O jogo é composto por quatro tempos
em que cada equipe tenta marcar gols, arremessando a bola contra o time adversário. No final do jogo, a equipe que tiver
marcado mais gols vence a partida.

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Figura 8 - Polo aquático


Fonte: BrunoRosa, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste em uma fotografia de uma partida de polo aquático. É
possível visualizar um jogador dentro da piscina, posicionado à frente da
goleira, pronto para arremessar a bola ao gol com a mão. Ele usa uma touca
branca. Ao fundo, há uma rede amarela e azul e o goleiro à sua frente,
desfocados.

Cada equipe conta com sete jogadores, seis de campo e um goleiro. Com exceção desse último, os demais participam em
papéis defensivos e ofensivos. Vale lembrar que o polo aquático é jogado em piscina profunda, fazendo com que os jogadores
não toquem o fundo. Durante o jogo, os atletas devem nadar, movimentando-se pela piscina, usando a técnica de chute de
batedor de ovos, arremessando a bola e atirando no gol.

3.4.2 Regras
São várias as regras do polo aquático e, geralmente, são relacionadas a questões que cobrem o jogo, os equipamentos, os
procedimentos e a arbitragem. Quem rege o esporte e suas regras são os seguintes órgãos: Organização Internacional de
Governança para as Regras; Federação Internacional de Natação (FINA); National Collegiate Athletic Association (NCAA);
National Federation of State High School Associations (NFHS).

VOCÊ QUER LER?


Para conhecer a fundo as diretrizes do esporte, confira o documento “Regras oficiais: polo aquático”, elaborado pela FINA e a
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

Acesse (https://cbda.org.br/_uploads/polo/RegrasOficiaisPoloAquatico2017_2021.pdf)

Muitas vezes, os jogadores que estão no campo podem ocupar diversas posições ao longo do jogo. São elas: dois pilotos, um
centro-costas, um centro para frente, e dois jogadores de ala. Esses são os chamados “jogadores de utilidades”. As posições
ofensivas (de ataque) constituem as duas alas, um centro para frente, um "ponto" e dois condutores.
O jogador que inicia com a asa ofensiva até o lado direito do goleiro adversário é denominado de um. Atuando no sentido anti-
horário é chamado de dois. Movendo-se na mesma direção, o jogador pontual é o três. No próximo plano é o quatro, na asa
final é o jogador cinco, e no buraco é o jogador seis.

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O jogador de centro se posiciona em frente ao goleiro da equipe adversária, realizando tiros explosivos de perto. Geralmente,
as posições defensivas são as mesmas, mas mudam de ataque para defesa.
O goleiro participa no bloqueio de arremessos contra o gol, orientando a defesa sobre imponentes falhas e ameaças. Ele inicia
o jogo ofensivo passando a bola pela piscina para o atacante. O goleiro é o único jogador que possui a capacidade de dar um
soco na bola com o punho cerrado e de a tocar com as duas mãos.

3.5 Nado artístico

O nado artístico é um esporte que surgiu no início do século XX, a partir de uma evolução de espetáculos na água
protagonizados por Annette Kellerman (1886-1975). Ela era uma atleta de natação australiana que passou a mostrar
acrobacias e graciosidade na água pelo mundo todo.
Em pouco tempo, o nado artístico ganhou a adesão dos Estados Unidos e da Europa, culminando com a integração do esporte
à FINA, em 1952. Já em 1953, o esporte foi incluído no Mundial de Esportes Aquáticos e, em 1984, nos Jogos Olímpicos de
Los Angeles (EUA). Trata-se de um esporte aquático com características de leveza e graça, sendo muito conhecido como balé
aquático e praticado apenas por mulheres.

3.5.1 Introdução ao nado artístico


O nado artístico exige técnica muito aprimorada nas coreografias. Essas ocorrem em sintonia com o som subaquático e são
avaliadas em rotina livre e em figuras. Na categoria de figuras, a avaliação é baseada na técnica e na execução dos
movimentos exigidos.

Figura 9 - Nado artístico


Fonte: Microgen, Shutterstock, 2021.

#PraCegoVer
A imagem consiste na fotografia de duas atletas de nado artístico. Uma delas
aparece desfocada, mais ao fundo. Ambas mantêm a mesma pose, com os
braços fora da água e a parte posterior da cabeça tocando a superfície da água.
Elas vestem maiô preto e touca branca.

O nado artístico é dividido em cinco categorias: infantil A (de nove a 10 anos), infantil B (de 11 a 12 anos), juvenil (de 13 a 15
anos), júnior (de 16 a 17 anos) e sênior (acima dos 18 anos). Apenas a partir da categoria júnior é possível competir.

3.5.2 Regras

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Em competições, sejam elas nacionais ou internacionais, as rotinas ou coreografias estão divididas em quatro tipos de provas
diferentes: solo (uma competidora), dueto (duas competidoras e uma reserva), equipe (oito competidoras e duas reservas) e
combinada (dez competidoras). Em jogos Pan-americanos e Olímpicos, as provas são disputadas em duetos e equipes. Já em
campeonatos mundiais e na Copa do Mundo, ocorrem disputas do tipo solo, dueto e equipe.

VOCÊ QUER LER?


O nado artístico também apresenta muitas regras específicas. Para saber mais sobre elas, confira o documento “Nado
Sincronizado”, organizado pelo Ministério do Esporte e o instituto Inteligência Esportiva.

Acesse (http://www.inteligenciaesportiva.ufpr.br/site_api/arquivos/nado-sincronizado.pdf)

Nas competições, geralmente, constam as etapas de rotina técnica e livre, porém, dependendo da quantidade de países
participantes, pode haver uma fase preliminar e/ou final.
Nas provas de rotinas técnicas, uma sequência de elementos previamente estipulados deve ser cumprida, respeitando sua
ordem. Além de elementos obrigatórios, podem ser inseridas partes híbridas e/ou figuras. As partes híbridas correspondem a
uma combinação de figuras e posições corporais de risco, além de movimentos combinados que constam na regra.
Já na rotina livre, não há elementos obrigatórios, portanto, as atletas definem, junto com a técnica, como elaborar a rotina de
modo a transmitir o tema, valorizar o potencial da equipe e convencer os juízes sobre a sua excelência.
A escolha da música é totalmente livre em qualquer uma dessas rotinas, assim como os movimentos realizados na borda para
apresentar o tema. Estes não podem ultrapassar o tempo e não podem formar torres ou pirâmides, visto que todas as atletas
devem estar tocando o solo. Elas têm no máximo 30 segundos para caminhar da entrada até a posição estática e , então,
executar os movimentos de borda e entrar na água.
Em todas as competições, as notas de rotinas são dadas por duas bancas de juízes, que julgarão os componentes técnico e
artístico.
As piscinas para competições oficiais devem ter extensões de 25 metros de largura por 50 metros de comprimento e três
metros de profundidade.

TESTE SUAS HABILIDADES


(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)

Hidroginástica
Com o conteúdo estudado até o momento, vamos fazer um treino de habilidades sobre hidroginástica?
Nossos objetivos com essa prática são:

observar uma aula de hidroginástica básica;

conhecer os diferentes tipos de materiais;

refletir sobre sua aplicação no ambiente prático.

Para realizar a prática de hidroginástica, siga as etapas abaixo:


1. Assistia ao seguinte vídeo: https://youtu.be/V4wkO5I9X1w (https://youtu.be/V4wkO5I9X1w).
2. Repita os exercícios em casa (fora da piscina). Use materiais alternativos, por exemplo: no lugar do espaguete, segure uma
toalha enrolada; no lugar do halter, segure um recipiente plástico.

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3. Entreviste um praticante de hidroginástica e fazer algumas perguntas, como: quais os benefícios que a hidroginástica te
trouxe? Por que você escolheu a hidroginástica e não a ginástica? Você considera a música importante para as aulas de
hidroginástica? Quantas vezes por semana você pratica a hidroginástica?
4. Crie 4 exercícios:

descreva em qual posição esse exercício será realizado;

descreva o material utilizado e identifique o tipo de material;

descreva detalhadamente o exercício;

descreva quais seriam as formas de aumentar a intensidade desse exercício.

5. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as dificuldades encontradas e depois escreva o relatório do treino de habilidades
para entregar.

Nesta atividade, é importante que você treine a demonstração dos exercícios


da hidroginástica, pois os alunos que estão dentro da água terão seus
movimentos como referência para realizar os exercícios. Preste muita atenção
na execução correta do movimento e no tempo em que você o demonstra, visto
Feedback
que, além de estarem sincronizados com a música, devem respeitar o “tempo
da água”, ou seja, seus alunos realizarão os movimentos em uma velocidade
menor dentro da água. Assim, demonstre como se você estivesse na água e
adapte o tempo da música para essa execução. Treine bastante a habilidade!

CONCLUSÃO

Finalizando esta leitura, aprendemos que a hidroginástica é uma excelente modalidade de exercício físico. Também pudemos
estudar os princípios de montagem das aulas de hidroginástica e os materiais que podem ser utilizados. Além disso,
abordamos o polo aquático e o nado artístico, compreendendo suas principais características.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

compreender o que é a hidroginástica, quais são seus benefícios e formas de montagem das
aulas;

estudar a diversidade de materiais utilizados nas aulas de hidroginástica;

compreender o polo aquático e o nado artístico por meio da abordagem de suas principais
características.

Clique para baixar conteúdo deste tema.

Referências
AEA. Fitness aquático: um guia completo para profissionais. 6. ed. São Paulo: Manole, 2014.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YG1gpvPBdPPyKu5BsacArA%3d%3d&l=WUrewKKXQEkbEfkwJIihlw%3d%3d&cd=imFb… 20/21
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BRASIL. Ministério do esporte. Inteligência esportiva. Nada sincronizado. [s. l.], [s. d.]. Disponível em:
http://www.inteligenciaesportiva.ufpr.br/site_api/arquivos/nado-sincronizado.pdf
(http://www.inteligenciaesportiva.ufpr.br/site_api/arquivos/nado-sincronizado.pdf). Acesso em: 23 jul. 2021.

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO; CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS. Regras


oficiais: polo aquático. [s. l.], 2017-2021. Disponível em:
https://cbda.org.br/_uploads/polo/RegrasOficiaisPoloAquatico2017_2021.pdf
(https://cbda.org.br/_uploads/polo/RegrasOficiaisPoloAquatico2017_2021.pdf). Acesso em: 23 jul. 2021.

KLAR, A.; LIMA, W. Atividades aquáticas. 2. ed. São Paulo: Literativa, 2009.

LUCCHESI, G. A. Hidroginástica: aprendendo a ensinar. São Paulo: Ícone, 2013.

SIMÕES, R.; FIORANTE, F.; CERRI, A. et. al. Hidroginástica: proposta de exercícios para idosos. São Paulo: Phorte,
2010.

TODOS os exercícios básicos da hidroginástica: Hidro Action. [s. l.], 2019. 1 vídeo (7 min e 52 s). Publicado pelo
canal Hidro Action. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xmkbc0tn-
W0&t=15s&ab_channel=HIDROACTION (https://www.youtube.com/watch?v=xmkbc0tn-
W0&t=15s&ab_channel=HIDROACTION). Acesso em: 23 jul. 2021.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YG1gpvPBdPPyKu5BsacArA%3d%3d&l=WUrewKKXQEkbEfkwJIihlw%3d%3d&cd=imFb… 21/21

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