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Abordagem dos efeitos da imersão associados à cinesioterapia na Reabilitação Aquática, das técnicas e
dos acessórios específicos e do tratamento em um setor aquático adaptado.
PROPÓSITO
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Conhecer os fatores considerados para a elaboração das sessões de Fisioterapia Aquática usando
materiais apropriados e os princípios e propriedades físicas da água na Reabilitação Aquática
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
A Fisioterapia Aquática vem cada vez mais desenvolvendo técnicas e filosofias de trabalho e
conquistando um lugar especial na reabilitação, o que a levou em 2014 a se tornar uma especialidade da
Fisioterapia, e não mais um recurso aplicado, passando a ser uma forma independente de intervenção.
A definição estabelecida pelo COFFITO do que seria compreendido pelo termo Fisioterapia Aquática é
muito abrangente, incluindo o uso de turbilhão, gelo, compressas, entre outras. Uma das formas de o
fisioterapeuta atuar nesta área é por meio da hidrocinesioterapia (terapia através de movimentos
realizados na água), que será o nosso objeto de estudo neste módulo.
COFFITO
Quem não se lembra de na infância ter sido pego por uma chuva inesperada e de como essa lembrança
nos traz alegria? Ou como é agradável ficar um tempo em uma banheira de hidromassagem, ou até
mesmo tomar um banho após um dia de trabalho?
Muitas vezes, essas sensações agradáveis já são um excelente atrativo para a escolha da Reabilitação
Aquática e um aliado neste processo, ajudando a amenizar o que, certas vezes, pode ser doloroso e
difícil para o paciente, pelo próprio processo da doença instalada, ou pela lesão sofrida.
A sessão de Reabilitação Aquática pode ser um dos melhores momentos do dia deste paciente. Isso
porque a realização de exercícios gera liberação de substâncias químicas relacionadas ao prazer, como
a endorfina. Além disso, em um ambiente aquático, conseguimos realizar diversos movimentos que, em
solo, são impossíveis quando sujeitos à ação da gravidade. Na água, com a redução do peso corporal,
conseguimos ser “livres” das amarras de um corpo limitado por comprometimentos físicos instalados.
ENDORFINA
Para melhor compreensão das formas de intervenção, vamos iniciar pelo que chamamos de Reabilitação
Aquática geral, apresentando as técnicas e as diferenças quanto às formas de execução dos
movimentos em solo e na água e, por fim, os grupos que consideramos especiais para o tratamento na
piscina.
MÓDULO 1
Conhecer os fatores considerados para a elaboração das sessões de Fisioterapia Aquática usando
materiais apropriados e os princípios e propriedades físicas da água na Reabilitação Aquática
Quando o paciente tem dificuldade de caminhar, sobrepeso, dores, restrições articulares ou, até mesmo,
incapacidade de se manter em pé, a ação da gravidade sobre o seu corpo passa a ser um grande
inimigo, sendo a opção pelo tratamento em um ambiente aquático, muitas vezes, a melhor indicação.
Isso porque estes fatores dificultam, ou até mesmo impedem, o tratamento Fisioterapêutico em solo.
Ao associarmos a flutuação com a água aquecida, temos como resultado a redução da sobrecarga
articular, reduzindo a dor e o tônus muscular, o que aumenta consequentemente a capacidade de
movimentação.
Devemos sempre lembrar que o ambiente aquático é bastante diferente do terrestre, e isso se reflete nos
tipos de contrações musculares e no esforço necessário para cada tipo de exercício. Outro fator
importante é a consideração das propriedades físicas da água, seus efeitos e suas interferências nos
movimentos, estando estes fatores relacionados também com as indicações e contraindicações para a
reabilitação em ambiente aquático.
ATENÇÃO
O equipamento aquático escolhido deve estar de acordo com o objetivo do tratamento –flutuação,
resistência, amplitude de movimento, propriocepção, deslizamento, deslocamento na água – além do método
a ser aplicado. Além dos equipamentos, dependendo do objetivo, devemos considerar a profundidade da
piscina e a temperatura da água. Ainda temos que atender a segurança e o conforto, sendo necessário evitar
equipamentos que não tenham um bom ajuste no paciente para a execução dos movimento.
Em sequência, vamos analisar os fatores que devem ser considerados no planejamento de uma sessão
de Reabilitação Aquática.
Na água, o empuxo, que é uma força vertical de baixo para cima exercida no corpo pelo líquido, interfere
nos tipos de contrações musculares, sendo um fator determinante para a diferença de análise do tipo de
contração.
O mesmo movimento realizado no solo sofrerá tipos de contrações e demandas musculares diferentes
do exercício realizado na água.
Podemos utilizar como exemplo o músculo bíceps braquial. Durante a flexão do cotovelo, este músculo
atua concentricamente (contração com encurtamento) e, no retorno da flexão até a posição inicial,
ocorre a contração excêntrica (contração com tensão) quando realizado o movimento em solo, com um
halter nas mãos, por exemplo.
Fonte: Shutterstock
Figura 1: Exercício de flexão da articulação do cotovelo.
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Figura 2: Halter flutuante confeccionado em E.V.A.
O exercício executado na piscina será facilitado no momento da flexão do cotovelo pelo empuxo e, no
retorno, quando é realizada a extensão da articulação, terá maior resistência para vencer o empuxo
ocorrendo uma contração concêntrica do músculo tríceps braquial, sendo maximizado este efeito se for
utilizado um halter aquático. Neste caso, quando utilizamos halter aquático, a resistência não se dá pelo
peso do halter, mas, sim, pela flutuação, turbulência e área de arrasto.
Na figura abaixo, podemos verificar que, quando é realizado o movimento de abdução do ombro (A), a
flutuação auxilia o deslocamento do membro superior, enquanto, no retorno, ou seja, no movimento de
adução (B), existe uma maior resistência a ser vencida, que é gerada pelo empuxo, associada aos
halteres flutuadores.
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Figura 3: Na figura A, ocorre solicitação dos músculos abdutores; na figura B, ocorre solicitação dos
músculos adutores.
Fonte: Shutterstock
Figura 3: Na figura A, ocorre solicitação dos músculos abdutores; na figura B, ocorre solicitação dos
músculos adutores.
Ocorre raciocínio diferente quando são utilizados halteres para realizar exercícios em solo, onde
teríamos a contração concêntrica dos músculos deltoide e supraespinhal na abdução e, no retorno à
posição inicial (adução), a contração seria excêntrica dos mesmos músculos.
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Figura 4: Abdução e retorno da abdução em solo.
O empuxo, que é uma força de sentido contrário ao da gravidade, isto é, de baixo para cima, é um fator
determinante para a redução do peso corporal, facilitando a prática de exercícios quando o paciente
apresenta dificuldade de suporte corporal por lesões, dor ou limitações físicas.
O empuxo também é utilizado como resistência quando fazemos movimentos em sentido contrário (de
cima para baixo), permitindo fortalecimento com redução da sobrecarga articular.
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Figura 5: Pós-operatório da articulação do joelho sendo um fator limitante para a marcha.
ATENÇÃO
Os diferentes níveis de imersão estão diretamente relacionados ao suporte de peso. Quando o corpo está
imerso até os ombros, ocorre uma redução de 90% do peso corporal, ou seja, uma pessoa de 60 Kg
sustentará somente 6 Kg do peso corporal, o que reduz a sobrecarga articular e facilita a realização dos
exercícios propostos.
Figura 6: Corpo imerso na altura dos ombros gera 90% de redução do peso corporal.
Figura 7: Corpo imerso na altura da cintura gera entre 75% a 60% de redução do peso corporal.
A pressão hidrostática, que é a pressão exercida pelo meio líquido no corpo que está submerso, é outra
propriedade física relevante. Quanto mais profunda a imersão, maior será a pressão hidrostática, ou seja,
quando o paciente está em posição ortostática (em pé) na piscina, os membros inferiores receberão
uma maior pressão do que a região do tórax, por exemplo, sendo uma excelente indicação para redução
de edemas.
Além de a pressão hidrostática proporcionar analgesia (Teoria das Comportas) e reduzir edemas por
facilitação do retorno venoso, outro efeito positivo se dá em relação à função respiratória, pois gera
resistência na caixa torácica, de forma a fortalecer os músculos da inspiração e auxiliar na expiração.
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Figura 8: Edema de membro inferior esquerdo por redução de movimentação, e membro inferior
direito com prótese.
A viscosidade é a força de atrito entre as moléculas da água, gerando resistência ao fluxo. A partir desta
propriedade, para aumentar a resistência ao movimento, basta aumentar a sua velocidade, ocasionando
a turbulência (que consiste no fluxo aleatório das moléculas de água). Sabemos que, quanto maior a
velocidade do movimento, maior a resistência.
Também podemos usar a turbulência para realizar trabalhos quando objetivamos alcançar melhora no
nível de equilíbrio estático e dinâmico, e para gerar o que chamamos de esteira, que facilita o
deslocamento do paciente na água. O efeito de esteira ocorre quando o fisioterapeuta se coloca na
frente vencendo a resistência da água. A esteira ocorre quando um objeto se move na água, criando uma
diferença de pressão, que fica maior na frente (o fisioterapeuta, por exemplo) e menor atrás desse objeto
(o paciente).
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
EQUILÍBRIO DINÂMICO
Durante a marcha, quando deslocamos o nosso centro de gravidade de uma base estável para
outra base estável, temos um exemplo de equilíbrio dinâmico.
Podemos comparar com a facilitação gerada pela mãe pata aos seus patinhos. Quando ela nada, gera
uma pressão negativa, facilitando o deslocamento dos filhotes na água.
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Figura 9: Esteira formada pela turbulência facilitando o deslocamento dos filhotes.
Em uma análise bioquímica, podemos dizer que, durante a imersão, ocorre o aumento do limiar de dor,
devido à diminuição de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), e bloqueio das terminações nervosas
e, em uma perspectiva mecânica, temos a pressão hidrostática gerando estímulos táteis, aplicando-se,
neste caso, a Teoria das Comportas.
A temperatura da água aquecida, associada ao empuxo, com redução da ação da gravidade são os
principais fatores neste sentido.
O empuxo gera redução do peso corporal, diminuição da dor e redução do tônus muscular. Com isso,
criamos a possibilidade de realizar exercícios e movimentos que, em solo, não seriam possíveis,
acelerando, portanto, o processo de reabilitação através de uma intervenção precoce, quando ainda a
lesão está em fase aguda, sem indicação de descarga do peso corporal, por exemplo.
Como decorrência lógica dos benefícios listados acima, podemos concluir que a hidrocinesioterapia é
um excelente recurso para aumento da amplitude articular, recuperação das atividades funcionais,
independência funcional e consequente aumento da autoestima e bem-estar.
REDUÇÃO DE EDEMAS
A pressão hidrostática e o empuxo são as propriedades físicas que estabelecem relação direta com este
efeito, principalmente, em membros inferiores, uma vez que a pressão que as moléculas de água
exercem sobre o corpo tem uma relação direta com a profundidade. Aliado a isso, há redução da ação
da gravidade devido ao empuxo, facilitando o retorno venoso e o retorno linfático.
EQUILÍBRIO E PROPRIOCEPÇÃO
O equilíbrio tem seu trabalho estimulado desde a entrada do paciente na água, por se encontrar em um
ambiente diferente do vivenciado, gerando a necessidade de ajustes posturais. O deslocamento,
principalmente, em posição ortostática, gera o movimento aleatório das moléculas de água (turbulência),
sendo necessário que o paciente busque ficar estável nestes deslocamentos.
INTERAÇÃO SOCIAL
Muitas vezes, aquele paciente que está em casa, isolado, com limitações físicas, quando vai para uma
sessão de Reabilitação Aquática, experimenta um rompimento deste isolamento, tendo contato com
pessoas diferentes, seja o fisioterapeuta, seja outros pacientes, sendo a piscina um local onde é possível
dividir e interagir com situações semelhantes.
Existem limitações que impedem o paciente de andar ou até mesmo de ficar em pé em solo. Porém,
quando imersos em água aquecida, são capazes de executar essas ações, o que facilita a interação
social.
Por este motivo, podemos ter um atendimento individualizado, porém, organizado de forma que possa
ser atendido mais de um paciente ao mesmo tempo, com a presença de um ou dois fisioterapeutas e um
estagiário na piscina, por exemplo. Além disso, podemos planejar atendimentos em grupo para
pacientes que apresentem a mesma indicação terapêutica.
Todo este movimento em prol da socialização pode um ser um fator crucial para incentivar a
continuidade do tratamento, o que acaba transformando este ambiente em um local acolhedor e
motivador.
Contraindicações
Embora a hidrocinesioterapia seja uma excelente indicação para as mais diversas patologias, existem
contraindicações para o tratamento em água, muitas vezes, por condições físicas do paciente
associadas às propriedades físicas da água. As contraindicações podem ser divididas em:
Contraindicações absolutas
As contraindicações absolutas são aquelas que o paciente não pode ser submetido à Fisioterapia
Aquática, como fístulas cutâneas, feridas abertas, processos infecciosos ou inflamatórios do trato
respiratório, otites, conjuntivite, náusea ou vômito, doenças infecto contagiosas, como tuberculose,
micose, muita debilidade física, doenças cardíacas graves, hipotensão e hipertensão descontrolada,
incontinência urinária e fecal, convulsões e epilepsias não controladas, menorragia, menstruação sem
proteção interna, capacidade vital significativamente limitada (inferior a 1.500 ml) insuficiência renal
grave e febre.
FÍSTULA
É a comunicação entre a pele e um órgão interno, como a fístula traqueocutânea, que é uma
comunicação entre a traqueia e a pele.
MENORRAGIA
CAPACIDADE VITAL
As pequenas feridas abertas podem ser uma contraindicação relativa se não estiverem infectadas e as
suas características permitirem a utilização de proteção impermeável como o tegaderm, sendo exemplo
de uma condição que requer cuidado. No pós-operatório, é recomendado que os exercícios em piscina
sejam feitos após a retirada dos pontos e com a pele já cicatrizada, para evitar o risco de infecções.
ATENÇÃO
A osteoporose não é uma contraindicação, uma vez que geramos sobrecarga nos exercícios realizados
na piscina e sem o risco da queda, porém, quando temos pacientes com quadros mais severos, passa a
ser uma condição que requer cuidado, principalmente na entrada e saída da piscina e nos espaços do
setor.
EQUIPAMENTO AQUÁTICO
O paciente recebe um diagnóstico cinético-funcional, para então ser traçado o plano de tratamento,
lembrando que esta avaliação deve ser em solo e na água.
Solo - Para avaliar as verdadeiras demandas para as atividades da vida diária (AVDs), as capacidades
motoras e cognitivas, e entender o contexto psicossocial em que vive, como se tem algum cuidador, se
tem escadas em casa, apoio da família, ou seja, o contexto ambiental para contribuirmos com o nosso
atendimento.
Água - A avaliação na água também é muito importante, pois, quando entramos com o paciente neste
ambiente, percebemos a sua adaptação ao meio líquido. É neste momento que entram os equipamentos,
tanto os externos, como elevador de transferência, rampas ou escadas, corrimãos, quanto os
equipamentos que serão utilizados dentro da piscina.
A escolha do equipamento dependerá do objetivo do tratamento e do método a ser empregado.
Se queremos trabalhar com o paciente em decúbito dorsal para promover o seu deslizamento na água,
alongamento, tração ou até mesmo fortalecimento, devemos utilizar colete cervical, colete lombar,
Fonte: Shutterstock
Figura 10: Paciente com flutuadores possibilitando deslizamento e trações.
Fonte: Shutterstock
Figura 11: Nadadeiras utilizadas para aumentar a resistência em exercícios dos membros inferiores.
Quando o objetivo é o fortalecimento com o paciente em pé, podemos utilizar halteres e caneleiras em
E.V.A. ou em material plástico, de diferentes formatos e tamanhos, considerando que a resistência
estará relacionada à área de arrasto da água, à velocidade e à turbulência gerada pelo equipamento ao
ser movido na água. As nadadeiras são uma excelente opção para gerar grande resistência, quando
trabalhamos com atletas, por exemplo, na fase final da reabilitação.
O step especialmente projetado para ser utilizado em piscinas é indicado quando queremos simular
degraus, ou realizar um trabalho com o paciente mais elevado na piscina, para reduzir o efeito da
flutuação, por exemplo.
Bicicletas e esteiras subaquáticas feitas em aço inoxidável podem ser uma ótima opção, se não
Temos ainda brinquedos que podem ser fixados na parede da piscina, e os que flutuam para realização
de atividades lúdicas infantis. Existem métodos desenvolvidos especificamente para estimular o
desenvolvimento psicomotor infantil, como o Hallwick, que foi criado para ensinar crianças com
paralisia cerebral a nadar.
HALLWICK
O Método Halliwick foi criado por James McMillan, em 1949, na cidade de Londres. Realizado em
ambiente aquático, onde sua filosofia como abordagem terapêutica busca a promoção do bem-
estar de estruturas físicas e função corporal, o que melhorará o aprendizado motor e a
independência funcional.
ATENÇÃO
Os benefícios gerados para as crianças são inúmeros, como alívio da dor no pós-operatório da articulação do
quadril, realização de posturas que, muitas vezes, não são possíveis de serem realizadas em solo, preparação
para aquisição da marcha e da postura ortostática. Pode ainda auxiliar na adequação do tônus postural,
principalmente, na redução da hipertonia, pelo somatório do aquecimento da água com a flutuação. Quando
atendemos o público infantil, é importante adaptar o ambiente com cores, e objetos estimulantes para a
idade.
Podemos utilizar ainda em nossas sessões os grandes colchões flutuantes que facilitam a estabilização
de gestantes, quando não é adequado o uso do cinto flutuador e, para crianças, quando realizadas
atividades em grupo. As sapatilhas com sola antiderrapante são uma boa alternativa para pacientes que
possam sentir alguma instabilidade e insegurança, facilitando as atividades realizadas em pé na piscina,
como a marcha e a corrida.
A melhor profundidade na reabilitação é algo que dependerá muito do método escolhido. Por exemplo,
nos exercícios que usam flutuadores e o fisioterapeuta auxilia na execução, devendo para tal
permanecer com os pés afastados para ter uma base mais estável, o ideal é que tenha uma
profundidade em torno de 0,90 a 1,20m (FORNAZARI, 2012).
Segundo Biasoli e Machado (2006), a profundidade de 1,35 m é ideal para grande parte dos tipos de
terapia, considerando que a água estando na altura do processo xifoide gera uma redução do peso
corporal em até 70%, o que já é significativo para a redução das sobrecargas articulares e consequente
facilitação dos exercícios.
Não podemos nos esquecer da pressão hidrostática sobre o tórax, com o nível da água na altura dos
ombros, por exemplo, que ocasiona uma resistência para os movimentos inspiratórios, podendo
dificultar a respiração e gerar desconforto ao paciente.
ATENÇÃO
A temperatura ideal para a piscina com finalidade terapêutica oscila entre 32 e 34 oC, mas dependendo do
método empregado, como os que propõem relaxamento com movimentos passivos, o aquecimento da água
pode chegar a 36 °C.
No tratamento voltado para o paciente com diagnóstico de esclerose múltipla e síndrome de Down, a
temperatura deve ser mais amena, para não haver uma diminuição, ainda maior, do tônus muscular
nesses pacientes.
SEGURANÇA E CONFORTO
Quando avaliamos, devemos considerar qual a relação do paciente com o meio aquático, se já existe
uma adaptação ou uma fobia a este ambiente. Caso o paciente não tenha uma boa relação com
piscinas, devemos deixar claro que ele terá todo o suporte pelo fisioterapeuta e que passará por uma
fase de adaptação inicial. É importante neste momento manter o contato físico e visual com o paciente.
Quando optamos por utilizar equipamentos, como flutuadores, estes devem garantir uma posição
Obviamente, além da segurança e do conforto na piscina, todo o setor deve ser planejado ou adaptado,
de forma a permitir o deslocamento do paciente e seu possível acompanhante, com pisos
antiderrapantes, corrimãos no acesso à piscina e no seu interior e banheiros adaptados.
Não podemos nos esquecer da atenção para a higiene, uma vez que trabalhamos com temperatura mais
elevada, o que colabora para a proliferação de micro-organismos e fungos, tanto na piscina quanto nos
equipamentos.
RECOMENDAÇÃO
O uso do ozônio para tratar a água das piscinas pode ser uma opção, sendo um gás natural com amplo
espectro de ação sobre vários micro-organismos e que, a princípio, não irrita os olhos, a pele ou a mucosa
dos usuários.
DURAÇÃO DA SESSÃO
A duração da sessão indicada é entre 20 e 50 minutos, pois devemos considerar se já existe uma
adaptação ao ambiente aquático, a condição clínica do paciente e como ele poderá reagir aos efeitos
fisiológicos da imersão.
Devemos também considerar que, na água, ocorre uma maior excreção de sódio e potássio, o que pode
levar a uma desidratação. Uma imersão muito prolongada aumenta a necessidade de urinar, e a pressão
hidrostática sobre o tórax pode, inicialmente, gerar dificuldade para os movimentos inspiratórios,
ocorrendo desconforto e ansiedade.
ELABORANDO UMA SESSÃO DE
HIDROCINESIOTERAPIA
Todo paciente encaminhado para a hidroterapia deve passar por uma avaliação em solo e na água, pois
sabemos que avaliar é fundamental para traçar os objetivos a curto e a longo prazo. O fisioterapeuta
deve verificar se as contraindicações estão excluídas e se existe alguma condição que requer cuidado.
No entanto, quando falamos em avaliação, devemos dar uma abordagem mais ampla que a física,
motora, indicações e contraindicações. É preciso lembrar que vivemos inseridos em um ambiente e que
o meio pode influenciar positiva ou negativamente a doença.
É sempre uma grande vitória quando conseguimos inserir centros de reabilitação aquáticos em
serviços de saúde voltados à comunidade, oportunizando a todos o contato com a piscina terapêutica.
Dentro desta evolução da Fisioterapia, na abordagem social, devemos saber que o fisioterapeuta deve
adotar a Classificação Internacional de Funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF), segundo recomenda
a Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme determinação da Resolução nº 370 do COFFITO de
2009.
SAIBA
MAIS
O CIF é um instrumento de avaliação biopsicossocial e não somente biomédico. Deixamos de ter um foco
nas alterações físicas e funcionais, ou seja, na doença em si, e passamos a considerar fatores como a
execução de tarefas pelo indivíduo, como tomar banho, a sua participação como a inclusão, aceitação e
acesso a recursos, e ainda os fatores ambientais que constituem o ambiente físico e social em que o
paciente vive.
Portanto, devemos incluir na avaliação os conceitos da CIF para um atendimento eficaz e que faça
diferença na vida do paciente e de sua família, possibilitando ainda através dos dados coletados a sua
utilização como uma ferramenta clínica, de pesquisa e de políticas públicas, como apontar a dificuldade
de acesso por falta de transporte até a necessidade real de ampliação do atendimento Fisioterapêutico.
Já em uma abordagem física, podemos aplicar diversos modelos de avaliações. Os critérios como
Outro fator que deve ser considerado é a indicação da conciliação da terapia em solo com a terapia
aquática, para adaptar o paciente às atividades diárias com as sobrecargas geradas pela ação da
gravidade.
Veremos a seguir um roteiro de avaliações proposto por Barbosa et al. (2006), que traz adaptações para
sua aplicação na Fisioterapia Aquática, sendo um modelo exemplificativo do que pode ser utilizado na
prática clínica.
Data: ___/___/___ *
Avaliador:___________Supervisão: ________
Diagnóstico clínico:___________ (pode ser o CID, por exemplo: CID 10 - Q90 que corresponde ao código
Diagnóstico Fisioterapêutico:______________
I PARTE: SOLO
DADOS PESSOAIS:
Nome:_____________________
NOME SOCIAL
Pode ser que o paciente tenha identificação com nome e gênero diverso do descrito em
documento de identificação. Neste caso, o nome social deve ser utilizado.
2. Sexo:
Masculino ( )
Feminino ( )
Idade:____________(relevante para a escolha do teste de avaliação mais indicado, informação útil para a
Profissão:________________ (a que realmente se ocupa, não somente a que tem formação, para identificar
Estado Civil:
Endereço.:_____________
Telefone.: ____________
emergência)
Especialidade:________
Tel.:______________
cuidados, como uma cirurgia cardíaca, ou movimentos que devem ser evitados ou mais controlados,
como a abdução do quadril após artroplastia)
Uso de medicamento:
( ) Não
( ) Sim
Qual?____________
Muitas vezes, é relatado câimbra após a utilização do medicamento ou fraqueza muscular, o que pode
comprometer a execução dos exercícios, devendo esta condição ser levada ao médico para reavaliação.
Registro da doença, com seus sintomas, quando iniciou e se houve evolução ou períodos de remissão.
Informações sobre a história médica do paciente, mesmo das condições que aparentemente não
estejam relacionadas com a doença atual.
Essas informações fornecidas no roteiro permitem um raciocínio sobre possíveis relações com os
sintomas apresentados, como alguma cirurgia que deixou no corpo uma grande cicatriz que pode ter
gerado resistência tecidual, restrição de movimento e consequente dor.
Dados vitais:
Pressão arterial
Frequência cardíaca
Peso
Altura
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Figura 12: Avaliação postural no plano frontal.
Avaliação postural: A avaliação postural é fundamental para que se possa traçar um plano de
intervenção. Podemos dividir esta avaliação em estática e dinâmica. A avaliação estática pode ser
realizada no plano frontal e sagital para identificação de desvios posturais.
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Figura 13: Avaliação da marcha.
A avaliação dinâmica é realizada para observação dos ciclos da marcha, como fase de apoio e de
balanço.
0 - Ausência de contração
1 - Tremulação de contração
5 - Normal
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Figura 14: Avaliação da amplitude articular da articulação do ombro.
Mobilidade articular: Pode ser através de uma observação subjetiva visual, conforme apresentada na
figura, podendo ser validada essa observação de forma objetiva através do emprego do goniômetro.
GONIÔMETRO
Fonte: Shutterstock
Figura 15: Medida do perímetro do braço.
Testes especiais: Avaliar sensibilidade, testes palpatórios, de rigidez ou resistência muscular durante os
movimentos, causados por alteração de tônus, e a perimetria (medidas da circunferência das segmentos
corporais), podendo indicar uma hipotrofia de um membro em relação ao outro, sendo uma
consequência após prolongado tempo de imobilização ou desuso.
As imobilizações podem ser ativas e passivas. As imobilizações passivas são aquelas feitas por gesso,
tala, ou qualquer dispositivo que imobilize o segmento corporal, já as imobilizações ativas são as
realizadas pelo próprio paciente, que, por sentir dor durante o movimento, prefere não mover o membro,
criando uma postura antálgica (alteração postural como forma de adaptação à dor).
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Figura 16: Exemplo de imobilização passiva.
Fonte: Shutterstock
Figura 17: Exemplo de imobilização ativa, quando vemos que a dor restringe a movimentação
normal.
Avaliação da intensidade da dor: A dor é um sintoma, ou seja, um dado subjetivo variando sua
Ex: 0__1__2__3__4__5__6__7__8__9__10
CLASSIFICAÇÃO DA DOR
Nota
Dor ausente ou sem dor.
Zero
Nota
Dor presente, havendo períodos em que é esquecida.
Três
Nota
A dor não é esquecida, mas não impede exercer atividades da vida diária.
Seis
Nota A dor não é esquecida e atrapalha todas as atividades da vida diária, exceto
oito alimentação e higiene.
Nota A dor persiste mesmo em repouso, está presente e não pode ser ignorada, sendo o
Dez repouso imperativo.
II PARTE: AQUÁTICA
( ) Elevador de transferência
Fonte: Shutterstock
Figura 18: Elevador de transferência.
( ) Sim
( ) Não
ATENÇÃO
Quando o paciente tem receio de estar na água, ou até mesmo fobia (medo exagerado), pode ser usada
técnicas para entrada e de adaptações mentais em meio aquático.
Verificar a capacidade de flutuabilidade, marcha e corrida, por exemplo, estas habilidades devem ser
avaliadas para auxiliar no planejamento dos exercícios de acordo com as capacidades pré-existentes,
servindo de parâmetro para a reavaliação.
Força muscular:
Recomenda-se que solicite a máxima velocidade possível para o paciente na execução do movimento.
Ex: 0__1__2__3__4__5__6__7__8__9__10
CLASSIFICAÇÃO DA DOR
É preciso pensar no mecanismo gerador da dor, como, por exemplo, saber se a dor é irradiada, em que
momentos do dia mais incomoda, se alivia com algum movimento, ou seja, a classificação da dor ajuda
a pensar no diagnóstico e no tratamento, sendo importante na decisão terapêutica.
Embora os exercícios realizados na piscina apresentem uma demanda muscular diferente dos exercícios
executados no solo, os tipos de movimentos realizados na água seguem o mesmo raciocínio do
atendimento em solo, podendo ser:
Passivo
Ativo
Ativo-assistido
5 a 10 minutos de aquecimento
5 a 10 minutos de relaxamento
As séries e as repetições vão sendo acrescidas conforme a evolução do paciente, o mesmo ocorre com
a duração das sessões, que vão sendo adequadas conforme o caso clínico.
Figura 19: Observar a base látero-lateral que gera maior estabilidade para a realização de exercícios
Figura 20: É necessário que os halteres estejam submersos para aproveitarmos ao máximo as
Figura 22: Exercício realizado em grupo é indicado para atividades preventivas com indicações clínicas
Posição semissentada sem apoio posterior, com imersão no nível dos ombros. Com os ombros
flexionados à 90º e cotovelos em extensão. Atividade: Expirar lenta e prolongadamente pela boca sobre
a água, com boca imersa e posteriormente com boca e nariz imersos.
Em posição ortostática com as costas apoiadas na parede.Atividade: Elevar um dos membros inferiores,
manter extensão do joelho e flexão dorsal do tornozelo.
Este movimento também pode ser utilizado para fortalecimento dos músculos reto femoral, tensor da
fáscia lata e iliopsoas na flexão do quadril e, no retorno (extensão), glúteo máximo e isquiostibiais, e
ainda uma contração isométrica do músculo quadríceps para manutenção do joelho em extensão. O
exercício pode ser potencializado com a colocação de uma caneleira flutuadora na parte distal da perna
(tornozelo).
Atividade: Realizar um passo largo à frente, manter o joelho da perna da frente em flexão, e o joelho da
perna de trás em extensão, mantendo os pés em contato com o chão da piscina.
Os exercícios da marcha na água possuem uma mecânica muscular diferente da executada em solo,
porém, são extremamente válidos por envolver músculos e transferências dinâmicas que também são
solicitadas em solo.
altamente estimulantes para a neuroplasticidade cerebral e, nesta atividade, temos essas duas
variáveis envolvidas: marcha para trás gerando um estímulo não usual e o ambiente aquático.
NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL
Novas sinapses que ocorrem a partir de estímulos. A plasticidade neural é um objetivo nas
reabilitações.
do tronco.
Em posição semissentada.
Atividade: Iniciar em adução até 90º de abdução horizontal. É importante observar que os ombros
devem estar submersos para aproveitar os benefícios proporcionados pelas propriedades físicas da
água.
A) Pacientes com febre alta, alterações cutâneas e descompensações cardíacas devem utilizar a água
B) Pacientes com dor, limitação de arco de movimento, diminuição de força muscular e edema podem
C) Pacientes com alterações neurológicas só devem utilizar a piscina se apresentarem boa condição
cognitiva.
D) Pacientes com alterações reumáticas beneficiam-se dos exercícios aquáticos pelo maior atrito
E) Pacientes com alterações respiratórias não devem fazer exercícios na piscina já que o ambiente
COLAR ESTEIRA
ESCADAS HIDROTONE
CERVICAL SUBAQUÁTICA
HORIZONTAL
estações submersas.
de estações submersas.
equipamentos recreativos.
de estações submersas.
de estações submersas.
GABARITO
A redução da força muscular por uma imobilização, seja ativa (o próprio paciente protege o segmento
corporal não realizando movimentos), seja passiva (como gesso e talas), gera rigidez e consequente
redução de amplitude, prejudicando as atividades diárias e, certamente, causando mais dor. Para
quebrar esse ciclo vicioso, de dor → redução de movimentos → fraqueza muscular → redução da
amplitude articular → e aumento da dor, devemos estimular a realização de exercícios que, neste caso,
a piscina terapêutica seria uma excelente indicação, pela facilitação proporcionada por suas
propriedades físicas.
2. Os equipamentos utilizados nas sessões de hidroterapia acentuam os efeitos das propriedades
físicas da água, auxiliam na sustentação do paciente e podem tornar a terapia mais lúdica. No quadro
Esteira
Escadas Colar cervical Hidrotone
subaquática
Elevadores de
Colete pélvico Palmar Step (degraus)
transferência
abaixo, referentes aos tipos de equipamentos aquáticos, assinalando uma alternativa correta:
Os equipamentos são fundamentais para otimizar as propriedades físicas da água, como gerar maior
resistência, flutuação, realização de atividades lúdicas, além de facilitar a entrada e saída da piscina.
Podemos citar os elevadores de transferência para acesso, coletes para flutuação, hidrotone gerando
MÓDULO 2
De acordo com o efeito desejado, podemos optar por diversas formas de intervenção na água, sempre
redução da dor. Por todos esses fatores, a eleição da Reabilitação Aquática é uma excelente opção de
tratamento e prevenção nas mais diversas patologias, quadros clínicos e faixas etárias.
a fisioterapia pode trazer inúmeros benefícios, como preparar uma melhor condição física com redução
cuidadores no pré-operatório, para evitar a síndrome do imobilismo, que se caracteriza por um receio
ATENÇÃO
Lembrando que a mesma patologia pode se manifestar de formas diferentes entre dois indivíduos, devido
ao contexto social, às experiências anteriores à lesão, ao suporte familiar e até mesmo às questões
psicológicas frente à doença. Por isso, o atendimento, a avaliação e os objetivos devem ser sempre
A hidrocinesioterapia pode ser usada em diversas áreas, abordando atualizações trazidas pelo III
ABORDAGENS DIFERENCIADAS DA
HIDROCINESIOTERAPIA EM DIVERSAS ÁREAS
EXERCÍCIOS AQUÁTICOS NA DOR NEUROPÁTICA
A dor neuropática é aquela causada por lesão ou doença do tecido nervoso, como as lesões
traumáticas de nervos periféricos, como o membro fantasma e a dor do coto. Porém, embora estes
pacientes apresentem a dor por causa neuropática, eles podem também apresentar a dor nociceptiva,
em decorrência da fraqueza muscular, espasticidade (que aumenta tensão nos tendões e nas enteses),
DOR NOCICEPTIVA
ENTESES
COMENTÁRIO
O mesmo movimento deficitário por questões neurológicas pode ser suficiente para gerar um processo de
cronificação da dor. A inatividade física é um fator por si só facilitador da dor. Precisamos de um paciente
ativo e engajado, sendo uma grande estratégia para a diminuição da dor através da utilização do movimento.
Não podemos esperar a dor passar, para iniciar o trabalho de movimento, por isso, a água aquecida
com todo mecanismo de redução da dor é uma grande aliada no tratamento do paciente neurológico. O
benefício do efeito térmico, que é o resultado do calor, merece destaque atuando na vasodilatação,
BETA-ENDORFINA
Seus efeitos principais, ao serem lançados na corrente sanguínea, são diminuição da sensação
Foi observado efeito positivo no tratamento da sintomatologia dolorosa nos pacientes com
fibromialgia, hérnia de disco e dor lombar e síndromes dolorosas pós-afecções do sistema nervoso
As fibras musculares responsáveis pela manutenção postural atuam constantemente para nos
equilibrar contra a ação da gravidade, ou seja, para nos manter eretos, por isso, é necessário um
musculares.
VOCÊ
SABIA
A teoria de que os nossos músculos são interligados por fáscias, formando grandes cadeias mestras, como
a cadeia posterior que tem a função de oposição à ação da gravidade, teve origem na França, sendo
O ambiente aquático torna-se excelente para a promoção da saúde postural, pois o empuxo alivia o
miofascial e ainda possibilita a tração da coluna vertebral quando posicionamos o paciente com
É de extrema importância que o fisioterapeuta faça orientações posturais para que o paciente tenha
consciência nas suas atividades diárias, pois precisamos de um paciente colaborador para que se
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Figura 31: Orientações posturais quanto à forma de sentar-se, essencial para pacientes que passam
horas sentados no posto de trabalho.
A Síndrome de Down pode gerar uma alteração das funções cognitivas e das habilidades motoras, que
afetada, a criança pode apresentar hipotonia, distúrbios de equilíbrio e dificuldades para a coordenação
dos movimentos.
HIPOTONIA
O termo hipotonia refere-se a uma diminuição do tônus muscular, sendo considerado, na grande
O tratamento na piscina terapêutica já foi por muitos anos uma contraindicação no tratamento da criança
com Síndrome de Down, devido ao aquecimento da água e ao relaxamento proporcionado, o que poderia
movimentação gerada pelo ambiente aquático supera a hipotonia, sendo observado em estudos que
crianças e adolescentes têm uma melhora com esta abordagem de tratamento, inclusive no que diz
respeito ao tônus.
lúdico, postural e cognitivo. Deve ser facilitado o controle postural de tronco, e habilidades dos
temos condições ideais para a estimulação sensório-motora deste paciente, além de estarmos em um
ambiente agradável e lúdico. Pode ser uma opção o atendimento coletivo, com a participação de
pacientes com a mesma faixa etária e indicações clínicas semelhantes, passando a ser um fator
ATENÇÃO
A hipotonia e a lassidão ligamentar geram dificuldade de vencer a ação da gravidade e adquirir as etapas
adolescentes e adultos que apresentam a síndrome de Down, favorecendo o trabalho de equilíbrio com
uso da viscosidade e turbulência. Além desses benefícios, podemos apontar ainda os efeitos sobre o
Devemos atuar de forma preventiva para minimizar as complicações ortopédicas ou, quando já
instaladas, realizar um trabalho de redução da dor e melhor alinhamento corporal. As alterações podem
Escoliose
Instabilidade da articulação do quadril
Hipotonia
Sedentarismo
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Figura 32: As etapas do desenvolvimento motor infantil precisam ser conhecidas pelo
fisioterapeuta para o atendimento pediátrico.
neste processo. As doenças cardíacas podem cursar muitas vezes com a síndrome, havendo diversas
formas clínicas de manifestação, porém, quando se apresentam da forma mais leve e controlada, não
Dentre as condições que requerem cuidado, temos a instabilidade atlanto-axial, que acomete
aproximadamente 15% das crianças com síndrome de Down, sendo um movimento maior que o usual
entre a primeira e a segunda vértebra cervical. Na maioria das vezes, é detectada em radiografias após
os três anos de idade. Por isso, devemos ter cuidado nos movimentos que envolvam a região cervical
diagnóstico.
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Figura 33: Exercício com suporte de flutuadores com paciente posicionado em prona, estimulando a
sustentação do tronco, controle postural, e facilitando a movimentação dos membros inferiores.
Fonte: Shutterstock
Figura 34: Articulação atlanto-axial que pode apresentar instabilidade na síndrome de Down.
localização e direção através da utilização dos sentidos remanescentes, como o tato e a audição.
complicações que podem surgir pela redução da mobilidade são a obesidade, o diabetes, a hipertensão
e o risco de quedas, sendo uma função do fisioterapeuta orientar o paciente e a família quanto a
hábitos saudáveis, estimulando a prática das atividades físicas, deixando claro que essas mudanças
Os exercícios em ambiente aquático podem ser lúdicos e tridimensionais, ou seja, movimentos que se
aproximem da vida diária, e ainda sendo feitos de forma segura, uma vez que a viscosidade enquanto
propriedade física da água gera um tempo de reação maior para recuperar o equilíbrio e retomar a
posição.
condicionamento cardiorrespiratório, uma indicação pode ser a corrida, a bicicleta aquática e ainda
acrescentar o uso de caneleiras aquáticas para aumentar a resistência durante as atividades aeróbicas.
Essas atividades podem ser realizadas em profundidades menores para aproximar os exercícios das
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Figura 35: Exercício de condicionamento físico em bicicleta aquática, sendo executado de forma
segura e com redução de sobrecarga.
ATENÇÃO
Como resultado do estudo, foi verificado aumento da força muscular em membros superiores e inferiores e
ganho de flexibilidade. Estes ganhos refletiram na melhora no teste de velocidade da marcha, na capacidade
inspiratória e da qualidade de vida, concluindo que um protocolo adaptado para deficientes visuais pode ser
Por definição da Organização Mundial de Saúde, é considerado idoso o indivíduo a partir dos 60 anos
de idade. Segundo dados de IBGE (2019), o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa
etária, o que representa 13% da população do país. A perspectiva é que esse percentual dobre nas
próximas décadas.
Macedo et al. (2019) realizaram um estudo sobre idosos com fratura do fêmur que utilizaram o serviço
de saúde pública, entre 2007 e 2016, em todas as regiões do país e seus respectivos estados.
pública que onera o Estado e gera consequências danosas para os pacientes, ou até a morte.
um excelente recurso, tanto na prevenção, manutenção da saúde e reabilitação nas disfunções físicas
relacionadas ao envelhecimento.
RECOMENDAÇÃO
DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS
As propriedades físicas da água como empuxo, reduzindo as sobrecargas sobre as articulações por redução
de peso corporal, e a viscosidade que reduz o medo da queda vão permitir a execução de movimentos e
exercícios que não poderiam ser feitos em solo.
Sabemos que os exercícios são uma forma de intervenção não farmacológica que atua no sistema
auxiliando ainda no metabolismo ósseo, controle do peso corporal e melhora nas reações de equilíbrio.
Por todos esses motivos, devemos sempre incentivar a prática de atividade física, independentemente
do risco de quedas. Ainda, temos o benefício da socialização, podendo ser uma excelente opção as
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Na doença de Parkinson, temos uma classe de sintomas que podem gerar menor repercussão para o
movimento como o tremor, rigidez e a postura flexionada, e alguns que geram maior dificuldade para a
ATENÇÃO
No programa de reabilitação do movimento funcional, devemos pensar nestes sintomas e como eles podem
intervenções específicas, como a que denominamos de “balance”, que consiste em respostas posturais
antecipatórias que foram desenvolvidas ao longo da vida através de uma reserva cognitiva e motora, para se
membros inferiores realizados através de agachamentos, por exemplo, e atividades do músculo tríceps
da perna que podem agir de forma estratégica nos ajustes posturais. Devemos ainda trabalhar
nas atividades diárias. Estes objetivos são facilitados na água aquecida, por possibilitarem a redução
movimentos como a marcha passa a necessitar de um maior esforço e, consequentemente, ocorre uma
ativação do córtex frontal, relacionado ao cognitivo, para auxiliar em tarefas que antes eram feitas de
O cérebro passa a se ocupar com tarefas que antes eram realizadas de forma automática, levando a um
prejuízo no desempenho da função cognitiva. Como resultado, ocorre uma dificuldade para a execução
de duplas tarefas, como andar e atender o celular, devendo no programa de reabilitação criar situações
que exijam dupla tarefa, com toda a segurança e facilitação do movimento proporcionado pela água.
É importante planejar uma sessão para este paciente com obstáculos, como steps, gerar desequilíbrio
com turbulência e, enquanto ele busca o equilíbrio para permanecer em pé, fazemos com que ele
realize lançamentos e recepções de bolas com as mãos (dupla tarefa). É interessante solicitar marcha
para trás e fazer perguntas simples para que ele responda enquanto se exercita (estímulo cognitivo e
motor).
PERGUNTAS SIMPLES
Podemos perguntar nomes de bichos, nomes de pessoas, exemplos de bichos que sejam do mar,
RECOMENDAÇÃO
DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS
Podemos ainda fazer movimentos de rotação de tronco e membros superiores de forma geral para gerar
instabilidade, para que, nas atividades diárias, ao utilizar os membros superiores, ele não se desequilibre.
Uma forma de facilitar a execução dos exercícios quando associamos vários componentes motores é
segmentar os movimentos, iniciando com a marcha para frente, para trás e para os lados, depois,
acrescentar à marcha movimentos dos membros superiores para então trocar de lados (girar).
As solicitações de tarefas motoras que exigem uma concentração e direcionamento cognitivo devem
ser propostas, durante os exercícios, como pegar objetos de determinadas cores que estão flutuando
na água, fazer determinados movimentos de membros superiores enquanto se desloca, entre outros,
técnicas adequadas geram mudanças funcionais e estruturais do sistema nervoso, estimulando desta
forma a plasticidade neural positiva. A doença de Parkinson, que é uma doença neurodegenerativa, é
acompanhada de uma perda da neuroplasticidade, sendo os exercícios físicos uma das melhores
Os exercícios aquáticos na saúde da mulher são indicados para gestantes, alterações ginecológicas,
ATENÇÃO
A hidrocinesioterapia em relação à mulher gestante pode ser extremamente benéfica. Atua na prevenção do
excesso de peso, na prevenção da lombalgia, redução das queixas relacionadas às varizes e aos edemas de
membros inferiores, facilitando ainda o trabalho do parto e pós-parto. Algumas desordens também podem
ser evitadas, como a diabetes gestacional, tudo isto facilitado pelas propriedades físicas da água, como o
podem ser prevenidas se iniciarmos um programa de exercícios na água precocemente, ainda no início
da gestação. Na piscina, os músculos do assoalho pélvico também podem ser treinados em ambiente
aquático no tratamento de patologias que repercutem nesta musculatura, como a incontinência urinária
de esforço, as disfunções sexuais e a dor crônica pélvica, muitas vezes, causada por desequilíbrio nos
Fonte: Shutterstock
podemos exercitar a força e a resistência desta musculatura, sendo etapas de um processo pedagógico
do movimento, tendo a temperatura aquecida como um facilitador para estas etapas na redução do
quadro álgico.
São interessantes exercícios sentados sobre a bola suíça (deve ser enchida com água também para
que não flutue) dentro da piscina trabalhando a consciência perineal, de forma que a mulher possa
perceber a musculatura que deve ser exercitada com movimentos de anteroversão, retroversão e
percepção dos ísquios. Os mesmos exercícios podem ser realizados com o suporte do flutuador de
espuma (macarrão).
EXEMPLO
Temos ainda a mulher atleta que tem um histórico, desde a Grécia antiga, de dificuldades e luta para sua
inserção no esporte, mas que tem cada vez mais se envolvido e destacado em práticas desportivas. Porém,
muitas vezes, os acessórios utilizados no esporte não se adaptam ao corpo feminino, passando por
diversas situações que geram impacto negativo como o selim de bicicletas, afetando a saúde pélvica da
mulher ciclista. Merecendo ainda um olhar específico para questões relacionadas à incontinência urinária e
Interação social
Comunicação
Linguagem
Na comunicação social, que é ampla, pode-se envolver a capacidade da fala, dificuldade em iniciar
interesses fixos e estereotipados sem função, a criança só faz uma coisa o dia inteiro, hipo ou hiper-
Temos um histórico de modelo de atendimento em que o físico vinha em primeiro lugar, utilizando
métodos especializados para tratar as dores e a fadiga. Porém, ao analisar a relação que o terapeuta
estabelece com o paciente na água, percebemos que vai além do tratamento físico, pela relação de
entendido como algo que deve ir além das técnicas e dos objetivos físicos, sendo importante respeitar
o momento do paciente, e não agir, neste caso, de forma cartesiana, devendo abordar o paciente em
todas as dimensões.
CARTESIANA
tempo, o atendimento da Fisioterapia Aquática alcançou as crianças, nos ensinando a trabalhar com o
ideal, pois é capaz de permitir várias sensações e ações à medida que favorece a percepção sensorial e
ATENÇÃO
Quando traçamos a conduta de intervenção, devemos pensar onde essa criança pode apresentar maior
déficit, por exemplo: coordenação motora global e fina, equilíbrio do tronco, e prejuízo da integração verbal
e não verbal da fala. Sabemos que a falta de vivências motoras gera exclusão, por isso, as funções motoras
Diversos estudos mostram que exercícios físicos de intensidade moderada e atividades aeróbicas
podem contribuir para a diminuição das estereotipias e melhorar as funções cognitivas. Portanto, estes
As atividades aquáticas, muitas vezes, são realizadas com maior facilidade do que em solo. Com isso é
cognitivas. Técnicas com água evidenciam melhora motora, comportamental, nas habilidades
aquáticas, diminuição das estereotipias, aumento da força muscular, melhora do equilíbrio, ganho de
da criança com o espectro autista, sempre lembrando que as atividades realizadas em água devem ser
Trata-se de uma patologia relacionada à má-formação congênita do tubo neural, estando a medula, as
raízes nervosas e as meninges expostas, o que leva a uma paralisia flácida e à alteração sensitiva
abaixo do nível da lesão. Pode ser descoberta no período intrauterino, havendo a possibilidade de um
procedimento cirúrgico corretivo enquanto ainda está na barriga da mãe, ou logo nos primeiros meses
Fonte: Shutterstock
As crianças podem chegar ao serviço de reabilitação com atraso psicomotor, mas, muitas vezes, não
pela gravidade da lesão, e sim por falta de estímulo, até por uma proteção da família pelo processo
cirúrgico que a criança foi submetida. Por isso, é extremamente necessária a orientação da família.
ATENÇÃO
As crianças com mielomeningocele apresentam predisposição para alergia ao látex, por estarem em contato
desde bebês com sondas, luvas e outros materiais, devendo o fisioterapeuta estar atento na escolha dos
orientadas a realizarem o esvaziamento antes da entrada na piscina. Se a criança estiver passando por
desenvolvimento psicomotor ela se encontra. Por exemplo, avaliando se a criança em prono já eleva a
Podemos ainda aplicar o teste de Thomas para avaliar o encurtamento dos flexores do quadril, bem
como o teste Galeazzi, que é empregado para verificar se há diferença de comprimento nos membros
inferiores, se há uma luxação ou subluxação de quadril por alteração da força dos músculos da
do pé.
Figura 39: Teste de Thomas para avaliar se o paciente tem encurtamento do músculo iliopsoas.
É possível haver outras alterações associadas que devem ser observadas dentro e fora da piscina, a fim
habilidades motoras, podemos traçar um plano de intervenção. Lembrando que a avaliação deve ser
ATENÇÃO
A entrada das crianças na água deve receber uma atenção especial, uma vez que, geralmente, iniciam o
tratamento ainda muito pequenas, podendo apresentar uma resistência à entrada na piscina, que é um
Uma pequena banheira ao lado da piscina pode ser colocada para estabelecer o vínculo com o
fisioterapeuta, ou até mesmo a mãe ou o cuidador do paciente pode entrar na piscina nesta fase inicial
de adaptação.
Os objetivos do tratamento são fortalecer e estimular a musculatura que está preservada, de acordo
com o nível da lesão, pois, dependendo do segmento da coluna vertebral afetado, a criança pode
Fonte: Wikimedia
Figura 41: Pé torto congênito, deformidade ortopédica que pode estar associada à
mielomeningocele.
Quando a lesão ocorre a nível torácico, gerando menor controle muscular do tronco para baixo,
devemos estimular o controle cervical, rolar, transferências de decúbito para sentado e vice-versa, até
o arrastar como forma de deslocamento. Quando crianças maiores tentam o controle de tronco para
uma possível manutenção da postura sentada, permite a liberação dos membros superiores. Algumas
habilidades podem ser limitadas, como a postura de gato, que pode ser executada pela criança, mas
sem força de sustentação pelos músculos do quadril e de forma compensatória, o que acaba não sendo
um movimento funcional.
Devemos ainda evitar contraturas e deformidades ortopédicas, pois, uma vez instaladas, essas
Os exercícios em ambiente aquático também são indicados para a reabilitação imediata após lesão em
atletas, acelerando o seu retorno e na prevenção de lesões, evitando o seu afastamento e todos os
Pós-operatório
A reabilitação em piscina é uma excelente opção por permitir movimentos com redução de sobrecarga
muscular, facilitados pelo empuxo, auxiliando na regressão de edemas por atuação da pressão
hidrostática e com redução do medo de se movimentar, o que é comum após procedimentos cirúrgicos,
associado ainda à melhor vascularização tecidual pela água aquecida e redução da dor.
Pré-operatório
menor tempo que a realizada em solo, reduzindo a formação de aderências teciduais e de atrofias
causadas pelo desuso prolongado. Não podemos esquecer as lesões neurológicas, principalmente as
que causam espasticidade, como a paralisia cerebral e o acidente vascular encefálico. A água propicia
que, em solo, não seriam possíveis. Existe uma gama de indicações para diversas patologias, sendo os
VERIFICANDO O APRENDIZADO
E) Facilitação do ortostatismo.
A) A flutuabilidade é umas das propriedades da água que pode ser manipulada conforme o quadro
apresentado pelo paciente, tornando o exercício mais ou menos fácil. Por exemplo, quanto maior o
B) A hipotonia e a lassidão ligamentar geram uma dificuldade de vencer a ação da gravidade e adquirir
as etapas relacionadas ao desenvolvimento motor, sendo a piscina uma facilitadora destes movimentos
C) A profundidade da imersão do corpo afeta o funcionamento do sistema cardiovascular, por isso não
hidroterapia.
Quanto maior a área da superfície e a velocidade do movimento realizado, menor será a resistência.
E) A redução da carga imposta aos membros inferiores e coluna vertebral na água favorece o treino de
marcha, por exemplo. A flutuabilidade trabalha em direção oposta à gravidade, portanto movimentos
realizados em terra contra a gravidade serão mais dificultados quando executados em meio aquático,
GABARITO
1. Existem efeitos terapêuticos e fisiológicos dos exercícios realizados na piscina aquecida que trazem
funcionais.
2. A Fisioterapia Aquática utiliza as propriedades físicas do meio aquático para que indivíduos com
A hidrocinesioterapia foi por muito tempo contraindicada para o tratamento de pessoas com Síndrome
de Down, porque era entendido que a água aquecida reduziria um tônus que já se apresenta hipotônico,
porém, atualmente, sabemos que os benefícios dos exercícios facilitados pelo ambiente aquático
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos que os exercícios realizados fora da piscina podem, em sua maioria, ser praticados no
ambiente aquático. Porém, há determinadas vantagens criadas pelas propriedades físicas da água,
como: redução do peso corporal, aumento do tempo de reação para o equilíbrio, minimização do medo
vascularização tecidual. Estímulos táteis causados pela pressão hidrostática também ajudam a reduzir
a informação dolorosa.
A água facilita ainda o manuseio do terapeuta com o paciente na água, porém, não podemos
desconsiderar que um ambiente aquecido e úmido é propício para a proliferação de bactérias. Por isso
velocidade dos movimentos, bem como os equipamentos utilizados durante a realização dos
permitindo a socialização, bem como a atuação em diversas especialidades, como pediatria, ortopedia,
Vimos que avaliações devem ser feitas em solo, e os objetivos devem ser traçados para permitir a
transferência das habilidades adquiridas na água para as atividades diárias do paciente, sendo a água
um ambiente facilitador para a promoção da saúde em toda a sua amplitude, como cognitivo, motor,
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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EXPLORE+
Para saber mais sobre este tema, acesse o site da Associação Brasileira de Fisioterapia Aquática
(ABFA).
CONTEUDISTA
CURRÍCULO LATTES