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Rugby de 7 - Sevens

Caracterização da modalidade

Jogo desportivo coletivo onde cada equipa é constituída por sete jogadores
efetivos, mais cinco jogadores suplentes/substitutos.

Objetivo:

Transportar a bola para lá da linha de meta do adversário, colocando-a no solo.


Caracterização da modalidade

Os jogadores progridem no terreno de jogo correndo com bola, pontapeando-a


para a frente ou realizando passes para colegas colocados atrás da linha
do portador da bola. Só o portador da bola pode ser placado.

Em posse de bola, a equipa deve procurar deslocar-se em zonas do terreno


de jogo menos ocupadas, explorando espaços entre os adversários.

Terreno de Jogo:
Regulamento

Duração da partida:

As partidas de rugby de sevens têm, excluindo o tempo perdido


e o prolongamento, uma duração total de 14 minutos, divididos por duas
partes de 7 minutos com 1 minuto de intervalo.

Numa competição com eliminatórias, terá uma duração de 20 minutos


com dois minutos de intervalo.

Se no final do tempo regulamentar subsistir um empate, haverá lugar à


realização de dois períodos de 5 minutos cada. Se alguma equipa
conseguir marcar ponto durante este prolongamento, será declarada
vencedora e a partida chegará ao fim.
Regulamento

Início e reinício de jogo:

O jogo inicia-se com um pontapé de ressalto no centro do terreno de jogo,


executado por um jogador da equipa atacante, que anteriormente procedeu à
escolha desta ação em sorteio. A equipa defensiva deverá estar colocada
a uma distância mínima de 10 metros da linha central do campo. A segunda
parte inicia-se da mesma forma, com a bola a pertencer à equipa contrária.
Regulamento

Bola em jogo e bola fora: Sinalética de árbitro:

Uma bola é considerada fora quando:


• não sendo transportada por um jogador, toca
numa linha lateral ou no solo, sobre ou para
além da linha lateral;
• sendo transportada por um jogador, a bola
ou o jogador toca numa linha lateral ou no solo
para além desta linha;
• um jogador agarra a bola e tem um dos pés
sobre ou para além da linha lateral.

A bola não é considerada fora quando:


• um jogador agarra a bola, sem esta bater no
solo, com os dois pés dentro da área de jogo,
mesmo que se encontre numa posição para
além das linhas laterais ou das linhas laterais
de meta. Assistente – bola fora
Regulamento

Reposição da bola em jogo:

1. Paralelamente ao ponto onde foi executado o pontapé quando:


• um jogador estiver colocado fora da sua área de 22 metros e pontapear
a bola diretamente para fora;
• um jogador receber a bola fora da área de 22 metros, deslocar-se para
dentro desta e pontapear a bola.

2. No local de saída da bola quando:


• o jogador, estando na sua área de 22 metros, pontapear a bola
diretamente para fora;
• o jogador se encontrar em qualquer zona do terreno de jogo e pontapear
a bola tocando no solo ou num adversário antes de sair do terreno de jogo.
Regulamento

Reposição em jogo por alinhamento (Touche):


A bola é lançada para o meio de duas filas de jogadores de ambas as equipas
(alinhamento).

Pontuação: Sinalética de árbitro:

Ensaio:
Quando um jogador atacante faz um toque
no solo na área de validação adversária
(5 pontos).

Ensaio
Regulamento

Pontuação (cont.): Sinalética de árbitro:


Golo:
Sempre que a bola transponha a barra transversal
da baliza por entre os postes.

Pontos obtidos através do golo:


• Pontapé de transformação (2 pontos): Após a marcação de
um ensaio, a equipa pode optar pela marcação de um pontapé
de transformação, pontapeando a bola aos postes através de
um pontapé de ressalto.

• Pontapé de penalidade e pontapé livre (3 pontos): Após


infração, o jogador pode pontapear a bola através de um
pontapé de ressalto.

• Pontapé de ressalto (dropped goal – 3 pontos): Numa


situação de jogo corrente, um jogador pontapeia a bola através
de um pontapé de ressalto. Pontapé de penalidade
Regulamento

Fora de jogo:
Quando um jogador se encontra à frente do colega de equipa que
transporta a bola e intervém de forma direta na continuidade da ação de
jogo.

Placagem:
É considerada «placagem» quando o jogador portador da bola é agarrado
por um ou mais adversários e é atirado ao chão.
Esta ação pode ser executada em qualquer parte do terreno de jogo, mas é
ilegal placar um jogador sem bola, bem como fazê-lo acima do nível dos
ombros.

Toque ou passe para a frente:


Quando ocorrer um toque ou passe para diante, deverá ser assinalada
a infração, com formação ordenada.
Regulamento

Formação ordenada (Mêlée):

Ocorre após uma paragem de jogo por uma infração menos grave.
É formada dentro do terreno de jogo no ponto onde a falta foi cometida.
Se este ponto estiver situado a menos de cinco metros das linhas laterais
e de meta, será formada a cinco metros dessas linhas.

Sinalética de árbitro:

Formação ordenada (Mêlée)


Regulamento

Jogo ilegal:
• Obstrução;
• Agressão e pisar;
• Placagem alta;
• Placar um adversário sem bola.

Vantagem:
A lei da vantagem pode ser aplicada pelo árbitro após infração, desde que
a equipa que sofreu a infração não retire desvantagem dessa ação.
Nessa situação, o árbitro não interrompe a partida, mantendo a sua fluidez.

Área de validação:
Se um jogador atacante realiza um toque no solo
dentro da área de validação é assinalado ensaio.
Se um jogador defensor realizar um toque no solo
dentro da área de validação é toque de meta,
sendo então realizado um pontapé a partir dos 22
metros pela equipa defensora.
Revisão de conteúdos do 3.º Ciclo
Passe direto e passe cruzado

Passe direto:
• Transportar a bola com as duas mãos.
• Virar-se de lado para o jogador defensivo, para ficar
de frente para o recetor.
• Seguir com as mãos a direção do passe.
• Passar para a área alvo à altura do peito na frente
do recetor.

Passe cruzado:
• Transportar a bola com as duas mãos.
• Mudar de direção (bater o pé).
• Trocar de corredor (entre dois jogadores).
• Rotação do tronco.
Passe em contacto e receção

Passe em contacto:
• Manter o queixo levantado.
• Adotar uma posição baixa, firme e estável.
• Manter o corpo entre o jogador defensivo e a bola.
• Enquadrar o tronco na direção do movimento
de passe.

Receção:
• Estender os membros superiores e agarrar a bola
rapidamente.
• Cotovelos aproximados, em forma de «cesto», onde
a bola deve encaixar.
• Agarrar a bola com os dedos e as mãos.
Encaixe de bola e pontapé de ressalto

Encaixe de bola:
• Estender os braços na direção da bola.
• Apanhar a bola entre os membros superiores e o peito.
• Na ação de receção, amortecer a bola com a flexão do tronco.

Pontapé de ressalto:
• Segurar a bola com as duas mãos para que
o seu eixo longitudinal esteja alinhado com o pé.
• Apoio no pé livre, em linha com o alvo.
• Pontapear a bola, atingindo-a no eixo
longitudinal, por baixo.
Pontapé de balão, ensaio e toque de meta

Pontapé de balão:
Assemelha-se ao pontapé de ressalto, contudo, o pontapé realiza-se antes da bola
ressaltar no solo.

Ensaio:
Ação realizada por um atacante. Executado de pé,
com uma flexão do tronco à frente, ou em mergulho,
pressionando com as mãos a bola contra o solo.

Toque de meta:
Executado de pé, por um defensor, com uma
flexão do tronco à frente, realizando pressão
com as mãos sobre a bola no solo.
Técnicas de evasão

Condução de bola e mudanças de direção:


• Correr para a frente, transportando a bola com
as duas mãos, sempre que possível.
• Mudança de direção rápida com troca de pés, perto
do defesa.

Repulsão (hand off): Finta:


• A bola está colocada na mão mais afastada Aproximação ao defensor e mudança de
do jogador defensivo. direção para evitar a placagem. O
• O membro superior livre, em extensão, executa um movimento deve ser realizado
contacto forte com o adversário. suficientemente perto do
defensor para lhe reduzir o tempo de reação.
Placagem

Placagem por trás:

Deve ser efetuada na linha da cintura, utilizando o ombro como


superfície de impacto e abraçando o portador da bola.

Placagem pela frente:

Deve assumir-se uma posição baixa, efetuando


o contacto com um ombro na zona entre a cintura e a anca
e abraçando em seguida o portador da bola.
Formação ordenada

Formação ordenada:
Na constituição da formação ordenada são necessários três elementos de cada equipa,
alinhados.
O jogador que se encontra no meio é o talonador (responsável por tentar tirar a bola na
formação ordenada), os que se encontram nas pontas são os pilares.

Postura:
Os jogadores devem manter os
membros inferiores afastados à largura
dos ombros. Os pilares devem ter o pé
exterior adiantado, mantendo os ombros
acima das ancas, numa posição que
permita exercerem uma força frontal.
Formação ordenada

Formação ordenada (cont.):

Pré-encaixe: Encaixe da formação:


As pegas e as ligações entre os jogadores Os jogadores devem colocar-se
devem ser firmes, colocando o peso do corpo desalinhados em relação ao encaixe nos
nas pontas dos pés. Deve assegurar-se que adversários.
cada pilar está suficientemente próximo para Os pilares devem usar os braços para se
tocar o ombro do pilar adversário. ligar ao pilar adversário e não devem
realizar a extensão completa dos membros
inferiores.
Formação espontânea

Quando um jogador é placado pelos adversários, os seus companheiros devem


colocar-se atrás dele para organizar uma formação espontânea, de onde a bola é
retirada para que o ataque continue. Se a bola estiver no solo, denomina-se formação
espontânea no solo, ou ruck. Se a bola não estiver no solo, é designada formação
espontânea de pé, ou maul.

Ruck:
• Os jogadores de apoio devem manter a cabeça e os
ombros acima da linha da anca.
• Os jogadores de apoio ao portador da bola e os seus
adversários empurram-se, de modo a passarem por
cima e para lá da bola, numa tentativa de a conquistar.

Maul:
• O portador da bola mantém-se em pé e disponibiliza
a bola após contacto.
• O primeiro apoiante tira a bola e prossegue o
movimento empurrando o colega para a frente.
Alinhamento

• O saltador deverá subir os membros superiores para aumentar a altura do salto, tentando desviar ou
segurar a bola e protegendo a bola na descida.

• Os jogadores que fazem a elevação do colega (apoio ao saltador) devem posicionar-se,


inicialmente, numa posição agachada com as costas direitas e os membros inferiores fletidos à
largura dos ombros.

• No momento da elevação, devem mover-se realizando a extensão dos membros inferiores e


superiores, mantendo uma posição corporal sólida e firme.

• Finalmente, devem acompanhar o saltador até ao solo.


Marcação individual e zonal

Marcação individual:
Deve estar-se concentrado nos jogadores e não na bola. Cada defensor defende o adversário que
ocupa o seu posto específico. Quando é ultrapassado pelo seu adversário direto, deve ser
compensado defensivamente pelo colega mais próximo.

Marcação zonal:

Cada defensor ocupa-se de um corredor longitudinal do campo,


que defende indiferentemente de quem for o adversário. Deve,
ainda, posicionar-se de forma a ver a bola e os atacantes.
O jogador mais recuado, por norma, o ponta, será responsável
pelo último atacante e pelo jogo de «pé», isto é, encaixar as bolas
pontapeadas pelo ataque.
Em situações de inferioridade numérica, a defesa deve ter uma
atitude menos pressionante, tentando conduzir o jogo para a linha
lateral. Em situações de superioridade numérica, a defesa deve
possuir uma atitude mais pressionante, de modo a aproveitar
a vantagem para recuperar a posse de bola.
Princípios táticos elementares
Objetivos e Princípios específicos ofensivos

Objetivos ofensivos: Objetivos defensivos:


• Obter a bola; • Disputa da posição;
• Obter e manter a posição; • Fechar espaços;
• Penetração. • Placar o portador da bola;
• Recuperar a bola.

Princípios específicos ofensivos:


Avançar: Os jogadores atacantes procuram utilizar toda a largura do campo, na tentativa
de finalizar o processo ofensivo, através das ações técnicas de evasão.

Continuidade: A equipa em processo atacante procura manter a continuidade de jogo, através


das técnicas de passe e receção em corrida, e das formações de maul e ruck.

Apoio ofensivo: Sempre que o portador da bola entra em contacto ou efetua penetração
na defesa, os restantes jogadores devem garantir-lhe apoio de modo a criar soluções ofensivas
para a continuidade do ataque. Este pode ser efetuado no eixo (dois jogadores), interior e
exterior (três jogadores) e em losango (quatro jogadores).

Pressão ofensiva: A pressão ofensiva, eficaz, resultará da aplicação sistemática das ações
associadas aos três princípios anteriores.
Princípios específicos defensivos

Contenção: Em situações de inferioridade numérica, é essencial recuar, esperando pelo


apoio interno na defesa de modo a igualar o número de jogadores.

Pressão defensiva: Procurar fazer recuar a equipa atacante até perto da sua linha
de meta. Pretende-se que cometa erros técnicos e táticos, levando a uma consequente
perda de posse de bola.

Equilíbrio: Cobrir os espaços entre defesas e evitar a penetração ofensiva.

Apoio defensivo: O apoio mais comum é realizado ao defensor do portador da bola,


na tentativa de recuperar a posse da mesma.

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