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Corfebol

Caracterização da modalidade

O corfebol é praticado por duas equipas mistas, constituídas por


quatro jogadores masculinos e quatro jogadores femininos efetivos
e um máximo de oito suplentes. Os elementos de um dos sexos só
podem marcar os elementos do mesmo sexo.

Objetivo:

Introduzir a bola no cesto adversário e evitar o contrário. A bola só


pode ser jogada com as mãos e não é permitido dar passos com
a bola nem driblar.
Terreno de jogo

O terreno de jogo apresenta 40 metros


de comprimento por 20 metros de largura.

A B
Área a castanho escuro:
A - Espaço restritivo a todos os jogadores,
com exceção do portador da bola, durante
a marcação de um livre;
B - Espaço restritivo a todos os jogadores,
com exceção do portador da bola, durante
a marcação de uma penalidade.
Regulamento

Duração da partida:
A duração das partidas é definida pelas regras da competição em que o jogo se insere.
A duração recomendada é de duas partes de 30 minutos, com 10 minutos de intervalo.
As interrupções da partida não devem ser incluídas no tempo de jogo.

Sinalética de árbitro

Desconto de tempo: O número de descontos


de tempo é definido pelas regras da competição
em que a partida se encontra inserida,
tendo cada um deles a duração de 60 segundos.

Desconto de tempo
Regulamento

Início e reinício de jogo:


O jogo inicia-se com um passe executado por um atacante num ponto dentro da sua zona
de ataque, perto do centro do campo, após sorteio com moeda ao ar.
A segunda parte inicia-se novamente com um passe, executado pela equipa contrária à
que iniciou a partida.
Sempre que há um golo, a equipa que o sofreu reinicia a partida da mesma forma.

Sinalética de árbitro:

Bola fora:
• Toca ou ultrapassa as linhas limite do terreno de jogo;
• Toca o solo, uma pessoa ou um objeto fora do terreno
de jogo;
• Toca no teto ou num objeto acima do terreno de jogo.

Bola fora
Regulamento

Reposição da bola em jogo:


Efetuada no local onde a infração foi cometida. O jogador tem 4 segundos para
repor a bola em jogo, não podendo marcar golo.
Nenhum jogador pode tocar na bola até que ela percorra, no mínimo, 2,5 metros,
medidos pelo chão.
Se, ao repor a bola em jogo, o jogador ultrapassar os quatro segundos ou tocar,
ou ultrapassar uma linha limítrofe, o árbitro atribui o recomeço de jogo à equipa
adversária.

Sinalética de árbitro:

Violação dos quatro segundos


Regulamento

Jogadores:

No jogo de corfebol são colocados dois jogadores de cada sexo e de cada


equipa, em cada meio-campo. Cada equipa tem quatro elementos
defensores e quatro elementos atacantes.

Substituições:
Cada equipa pode efetuar até quatro substituições. Se um jogador for
expulso pelo árbitro, pode ser substituído por um dos suplentes.
O jogador substituído não poderá voltar a entrar no jogo.
Regulamento

Golo:
É considerado golo quando a bola entra completamente, de cima para
baixo, no cesto que está posicionado na zona de ataque de uma das
equipas, ou se for certo que a bola passaria completamente, de cima para
baixo, através do cesto, mas é reenviada de baixo para cima por um
jogador defensivo.
Caso a bola seja enviada para o próprio cesto é assinalado golo para
a equipa adversária.

Tempo limite na zona de ataque:


• Na zona de ataque, cada equipa dispõe de 25 segundos para fazer
tocar a bola no cesto, através da execução de um lançamento;
• Caso seja marcada violação do tempo-limite, o árbitro deve atribuir
o recomeço de jogo para a equipa defensora;
• O recomeço de jogo é marcado no local onde o atacante tinha
a posse de bola, no momento em que foi assinalada a violação.
Regulamento
Sinalética de árbitro:
Mudança de zona:

Sempre que sejam marcados dois golos,


os jogadores mudam as suas funções.
Os atacantes tornam-se jogadores
defensivos e os jogadores defensivos
tornam-se atacantes.

Aparelho de shot-clock: Mudança de zonas após dois golos

O tempo que cada equipa tem para lançar ao cesto é controlado por um
relógio, colocado num local claramente visível fora da zona de jogo.
Os relógios devem ser controlados a partir da mesa de jogo.
Regulamento
Sinalética de árbitro:
Faltas:
Infrações punidas com recomeço de jogo:
• Tocar a bola com o membro inferior ou o pé e bater a bola com o
punho;
• Correr com a bola;
• Entregar a bola na mão de outro jogador da mesma equipa;
• Jogo passivo;
• Bater ou tirar a bola das mãos de um adversário;
• Empurrar, agarrar ou obstruir um adversário.

Infrações punidas com um livres/penalidade: Correr com a bola


• Defender um adversário que já esteja a ser defendido por outro
jogador (quando cometida por um defensor) – livre.
• Empurrar, agarrar ou obstruir um adversário (quando é infração
grave) – livre.
• Defender um adversário do sexo oposto no ato de lançamento
ou de passe (quando cometida por um defensor) – penalidade.

Lançamento de uma posição defendida


Regulamento

Marcação de livre:

O marcador do livre deve colocar a bola em jogo em menos de 4 segundos.


Não pode lançar diretamente ao cesto e terá de passar a bola a um colega
que se encontre fora da área restrita ao lançamento.

Posição defendida:

O atacante não pode executar lançamento de uma posição defendida


quando o jogador defensivo:
• está entre o atacante e o poste;
• está virado e a olhar para o atacante;
• está com o braço levantado;
• tenta bloquear a bola.
Revisão de conteúdos do 3.º Ciclo
Passe de peito e passe de ombro

Passe de peito:
• Bola segura com as duas mãos, mantendo
os cotovelos junto ao tronco;
• Realizar a extensão dos membros superiores,
finalizando com a rotação externa dos pulsos.

Passe de peito

Passe de ombro:
• Segurar a bola com uma mão, armando o
membro superior à altura da cabeça.
• Fazer um ângulo de aproximadamente 90 graus,
entre o braço e o antebraço.
• Extensão do membro superior, executando
o passe numa trajetória tensa na direção do peito
Passe de ombro
do colega.
Receção e passe e corte

Receção:
• Efetuar a receção em deslocamento,
procurando afastar-se do jogador defensivo
mais próximo;
• Realizar a receção com as duas mãos,
fletindo os membros superiores no momento
de contacto.
Receção

Passe e corte:
Após realização de passe, corte em linha
reta na direção do cesto, mantendo sempre
o contacto visual com a bola.

Passe e corte
Lançamento na passada e lançamento parado

Lançamento na passada:
• Corrida enquadrada na direção
do cesto, bola segura nas duas mãos, à frente
do corpo e acima da cintura;
• Elevação vertical, com elevação do joelho
do membro inferior livre e elevação dos membros
superiores;
• Bola lançada no ponto mais alto, com membros
superiores em extensão.

Lançamento parado:
• Pega da bola com as duas mãos à altura do peito,
com os cotovelos ligeiramente afastados do tronco,
apontando para o solo;
• Extensão completa dos membros superiores
e dos membros inferiores;
• Terminar o lançamento com os membros inferiores mais
acima do que para a frente, com os polegares virados para
baixo.
Lançamento de penalidade e desmarcação

Lançamento de penalidade:
• Enquadramento com o cesto, colocando
o membro inferior de impulsão ligeiramente
avançado;
• Elevação do joelho do membro inferior livre
e elevação dos membros superiores.
• Bola lançada no ponto mais alto, com
membros superiores em extensão.

Desmarcação:
Ocupar de forma equilibrada o espaço de jogo,
criando linhas de passe em rutura ou de apoio
ao jogador com bola.
Ressalto e posição defensiva base

Ressalto:
• O jogador deve procurar colocar-se entre o cesto e o adversário
direto, ganhando a posição.
• Estar sempre com atenção à trajetória da bola.

Posição defensiva base:

• Flexão dos membros inferiores, com um


membro inferior à frente e outro atrás.
• Tronco ligeiramente inclinado, mantendo
um membro superior em extensão à frente,
para marcar o adversário.
Imagem tirada do Manual

Ações técnicas e táticas


Posição de assistência

A posição do jogador assistente é determinada pelo atacante quando


se encontra perto do cesto, na zona frontal ou lateral.
Esta posição permite-lhe ter uma visão do jogo, tentando receber
a bola e passá-la a um colega desmarcado. Para isso, coloca-se dois
a três metros à frente do cesto.

Passe do assistente:
Passe efetuado pelo jogador em posição de assistência para um
colega que se encontre numa posição que possibilite a ação
de finalização.
Defesa ao jogador com bola

Assim que a bola se aproxima e entra na posse do opositor direto, o jogador defensivo deve
encurtar a distância que o separa dele. A aproximação não deve ser brusca, nem deve
saltar para impedir o lançamento.
A manutenção de uma posição base ativa permite uma reação rápida a qualquer ação
do atacante.

Interceção:
Dada a especificidade
da modalidade, onde não é permitido
o contacto físico, esta é uma das ações
mais importantes no sistema defensivo.
Permite anular a ação ofensiva
da equipa adversária.
Ataque

Ataque organizado 4:0:


Neste sistema atacante, os jogadores ocupam
o campo de uma forma equilibrada, mantendo
livre a zona central próxima do cesto. As ações
de desmarcação são fundamentais para obter
espaços livres favoráveis à finalização.

Ataque organizado 2:2:


A utilização deste sistema de ataque
caracteriza-se pela presença de um jogador na
zona do cesto, permitindo uma variação tática
que se pode revelar mais eficaz.
Ataque

Possíveis combinações táticas do sistema 2:2:


Princípios táticos elementares
Princípios específicos ofensivos e defensivos

Desmarcação:
Tem como principal objetivo provocar desequilíbrios na defesa, de modo a que se
consigam situações de vantagem que permitam a finalização.

Deslocamentos: movimentação de forma mais ofensiva possível, dando origem


a frequentes mudanças de direção e de velocidade, de acordo com a sua leitura de jogo
(posição da bola, companheiros, adversários e cesto).

Enquadramento ofensivo: orientação facial para o cesto, de modo a, no momento


de receção da bola, saber o que se passa no jogo e decidir se lança ou passa a bola –
dupla ameaça.

Explorar o espaço de jogo: aproveitar toda a área de jogo, quer frontal ao cesto quer à
sua retaguarda, evitando a aglomeração em torno do portador da bola ou cesto
e procurando o espaço vazio.

Movimentar-se com os olhos na bola: enquanto se mantêm em deslocação,


ter a preocupação de não parar nem se esconder atrás do jogador defensivo, para criar
linhas de passe claras. Deve ser sempre feita com os olhos na bola, quer ela se
encontre em fase de trajetória aérea ou na posse de um companheiro.
Princípios específicos ofensivos e defensivos

Corte:
É uma das consequências da desmarcação e consiste na ação que
o jogador atacante executa ultrapassando o seu defesa direto
na direção do cesto para finalizar.

Reajustamento:
Ação resultante do corte em direção ao cesto. Quando o jogador
«corta» para o cesto, o espaço deixado livre pela sua ação deve ser
imediatamente ocupado por outro jogador. Isto permite que
o portador da bola tenha sempre duas linhas de passe.

Finalização:
O atacante com posse da bola, se tiver espaço (sem estar «defendido»)
e com o cesto ao seu alcance, deve lançar.
Princípios específicos ofensivos e defensivos

Ressalto:

Ação que tem como objetivo garantir a posse de bola sempre que
existe um lançamento não concretizado, dando deste modo
continuidade ao ataque.

Defesa:

Em ação defensiva, o jogador defensivo deverá procurar marcar o seu


adversário, estando entre este e o cesto, procurando criar o máximo
de dificuldade e opor-se ao lançamento.

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