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CONCURSO PREFEITURA

SETE DE SETEMBRO-RS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
SERVENTE

CURSO ESPECIALISTA EM CONCURSOS PÚBLICOS


1
Higiene: construção
histórica do conceito

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Higiene é uma palavra que veio da Grécia. Vem de hygeinos,
que significa, em grego, “o que é são”, “o que é sadio”. Antes,
em sua origem, era um adjetivo usado para qualificar a saúde.
As pessoas deviam ter uma “saúde higiênica”. Depois, a pala-
vra virou um substantivo, um conjunto de hábitos que se deve
ter para conseguir o bem-estar e a saúde.

A palavra higiene pode ser também entendida como a limpeza


corporal, o asseio. Pode denominar, ainda, uma parte da me-
dicina que busca preservar a saúde, estabelecendo normas e
recomendações para prevenir as doenças.

Algumas práticas religiosas muito antigas têm relação com a


higiene e com a saúde. A circuncisão, por exemplo, teria sur-
gido na África há mais de 5 mil anos. Essa retirada cirúrgica
A circuncisão é uma operação do prepúcio é, até mesmo, relatada pela Bíblia. A circuncisão
cirúrgica que consiste na
remoção do prepúcio, uma já era conhecida e praticada na época de Abraão e, ainda hoje,
prega que recobre a cabeça do meninos judeus e muçulmanos do mundo inteiro são circun-
pênis. Essa remoção, chamada
também exérese do prepúcio, cidados.
peritomia (do grego peri, “em
torno”, e tomia, “corte”) ou Para os antigos filósofos judeus, a circuncisão garantiria uma
postectomia, é praticada há
mais de 5 mil anos, e realizada
maior higiene ao órgão genital masculino, evitando uma sé-
atualmente em clínicas rie de doenças. Para os judeus, a circuncisão tem importância
com condições de higiene e
assepsia. Muitos homens no
religiosa. Para os mulçumanos, ela significa uma purificação
mundo são circuncidados, por corporal. Entretanto, seja por imposições religiosas, seja por
motivos religiosos e também
conseqüência de mudanças culturais, as práticas de higiene
por razões de higiene.
alteram-se com o passar do tempo. Hoje em dia, povos que
não praticam a circuncisão não são julgados menos higiênicos
por isso. Assim, o conceito de higiene vem mudando ao longo
da história da humanidade.

Na sociedade ocidental, há muitos séculos, as normas de lim-


peza e higiene vêm sendo modificadas. Nas casas dos ricos da
Roma antiga havia água corrente e banheiros com chuveiros.
A partir da queda do Império Romano, a Europa tornou-se imun-
da, pois o sistema sanitário que aquela civilização havia cons-
A peste bubônica também é truído foi destruído pelos invasores bárbaros. Na Idade Média,
conhecida como peste negra. até os reis usavam a água de poço e só lavavam as mãos e o
Esta denominação surgiu
num dos momentos mais rosto. Havia uma enorme quantidade de pulgas e piolhos.
aterrorizantes da história da
humanidade. Esta doença Em 1347, pulgas contaminadas chegaram ao Sul da Itália, mais
dizimou cerca de 25 milhões
de pessoas na Europa no
precisamente na Sicília, agarradas nos pêlos dos ratos. Elas se
século XIV. A peste é causada espalharam de tal forma que, em poucas semanas, se estima
pela bactéria Yersinia pestis
e apesar de ser comum
que 25 por cento da população local contraiu peste bubônica.
entre roedores, como ratos e A partir daí, por causa das péssimas condições de higiene,
esquilos, pode ser transmitida
por suas pulgas para o
a peste passou rapidamente para o continente e devastou a
homem. Europa no século XIV.
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Nessa época, o verão europeu era marcante por causa dos

IMPORTANTE
cheiros fortes que envolviam cidades e vilarejos sem esgotos.
Os franceses combatiam essa cheiro ruim, não com banhos
ou lavagens das ruas, mas com perfumes fortes. Até hoje os
franceses são famosos por seus perfumes, no entanto a ori-
gem dessa fama não é tão bacana assim.

Na Idade Média, um jarro servia para lavar as mãos à mesa.


Ainda não existiam os talheres, mas, mesmo assim, as pessoas
civilizadas tinham que higienizar as mãos. Os médicos da Ida-
de Média diziam que era suficiente, para a limpeza corporal,
a lavagem das mãos e do corpo. A preocupação das pessoas
era manter asseado o que fosse visível. A atenção e a hospita-
lidade de quem recebia uma pessoa em sua casa era demons-
trada quando o dono da casa oferecia água para as mãos do
visitante.

Havia, no período medieval, muitos mitos e fantasias a respei-


to da limpeza, da higiene e da saúde. Nem aristocratas nem
pobres gostavam de tomar banho. Uma rainha da Espanha,
Isabella, orgulhava-se do fato de ter tomado apenas dois ba-
nhos na vida, um ao nascer e outro no dia de seu casamento.
Raramente, a população trocava de roupa. Pessoas refinadas
usavam óleos perfumados de rosa e madressilva. Para ter um
bom hálito, era comum que as pessoas mascassem canela e
erva-doce, entre outras.

Nos séculos XVI e XVII, considerava-se que a água era ca-


paz de penetrar no corpo das pessoas e causar doenças.
A água quente, ainda por cima, era apontada como capaz de
enfraquecer o organismo, abrindo os poros para a entrada de
ar doentio e impedindo o crescimento das crianças. A rainha
Elizabeth I, da Inglaterra, tomava um banho a cada três meses
e era considerada uma mulher de hábitos estranhos. Luís XIII,
da França, tomou seu primeiro banho aos sete anos de idade.
Nessa época, a população de seu país tomava, em média, um
banho por ano.

No século XVII, até mesmo os critérios de limpeza eram defi-


nidos pelos livros sobre boas maneiras. Não era um caso de
higiene pessoal, como entendemos hoje. De acordo com as
posses das pessoas, as bacias e os jarros de lavar as mãos
eram feitos de determinado material. Tanto poderiam ser fei-
tos de simples barro cozido, como de porcelana, prata, esta-
nho e até de ouro.

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Como já foi dito, nesse período, os franceses já eram famo-
sos pelos seus fortes perfumes. Luiz XIV, o Rei-Sol, por conta
disso, disfarçou com perfumes a falta de banho. Ele adiou o
máximo que pode o seu primeiro banho. Os nobres, em vez
de banharem-se, preferiam trocar de roupas, mais de uma
vez por dia. Quem vivesse no século XVIII, além de tomar ba-
nho muito raramente, tinha que colocar pó-de-arroz nos cabe-
los, em vez de lavá-los com água e sabão. Além disso, anda-
vam pela rua aos saltos, para evitar pisar nos excrementos.

A palavra higiene, na sociedade ocidental, só teve


um destaque maior na vida das pessoas no início do
século XIX. Nessa época, os médicos passaram a escre-
ver textos de higiene que incentivavam o uso do sabão.
Mas, é bom que se diga, no Oriente, principalmente entre
os muçulmanos, lavar o rosto, as mãos e os pés era, nessa
época, um ritual religioso obrigatório, há muitos e muitos
anos. Então, é bom deixar bem claro que eram os europeus
que tinham medo da água até o século XIX. Na verdade,
os europeus da época consideravam, quase que exclusi-
vamente, o corpo como a origem do pecado.

Como a Europa, em geral, até o século XIX, tinha esses seus


costumes, eles chegaram ao Brasil com os portugueses. Mas,
aqui, a história foi diferente. Nossos colonizadores foram, aos
poucos, adotando o banho, influenciados pelos índios. Nos-
sos antepassados indígenas tomavam banho diariamente e,
muitas vezes, mais de uma vez por dia. Eles utilizavam os rios,
os lagos e as cachoeiras para seus banhos e, mesmo assim,
não ficavam doentes. Ao contrário dos portugueses da época,
sujos e mal-cheirosos, os índios eram fortes, saudáveis e as-
seados. O banho, até mesmo, está presente em muitos rituais
religiosos dos índios brasileiros.

Em muitas cidades brasileiras, no século XIX, já havia o ba-


nho quente. Nas casas, o pessoal utilizava a bacia com água
quente para o banho, lavando o rosto e a cabeça, primeiro.
Sentados, em seguida, lavavam o tronco. Em pé, novamente,
lavavam pernas e pés. E, assim, completavam um ritual que já
era uma preocupação com a higiene pessoal muito superior à
de seus antepassados.

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No início do século XX, banheiro dentro de casa era luxo de

IMPORTANTE
ricos. Somente a partir de 1920 houve uma melhoria, com a
utilização de encanamentos para os esgotos. A partir de então,
as pessoas preocupadas com a higiene passaram a incluir os
banheiros de madeira nos lares. Depois vieram os banheiros
construídos com ladrilhos de cerâmica e o ferro fundido es-
maltado. Na década de 1930 surgiram os conjuntos coloridos
de pia, privada e bidê. Na década de 1950 passou-se a utilizar
o plástico.

Nos dias atuais, por conta da ligação cultural com


nossos índios, o brasileiro adora tomar banho. Mas, é
claro, a higiene corporal não é apenas isso. Inclui também
a lavagem rápida de partes do corpo; o corte dos cabelos;
a depilação; o corte das unhas; o trato de barba, bigode,
cavanhaque e costeletas; o uso de roupas limpas.

Tanto nas residências, quanto nos prédios públicos, e espe-


cialmente nas escolas, as instalações hidráulicas e sanitárias
deveriam ser capazes de fazer, com qualidade, a distribuição
da água e do esgotamento dos dejetos. E você sabe que não
são poucas as escolas que possuem instalações sanitárias de-
predadas e maltratadas. Aqui entre nós, não é verdade que,
quando chega uma visita na escola, evitamos que ela utilize
os banheiros de alunos?

Por isso mesmo, os hábitos de limpeza do povo de nosso país


não podem ser considerados tão bons. Tomamos uma grande
quantidade de banhos por ano. Consumimos muito sabone-
te e xampu. O brasileiro é considerado um dos povos mais
limpos do mundo. Contudo, urinar em locais públicos, como
praças, ruas e calçadas, não pode ser considerado um bom
hábito. Muito menos entupir vasos sanitários e cestos de lixo
com papel higiênico. E o nosso povo ainda tem hábitos ruins
como esses.

Nossa gente, como se diz, também não é muito chegada a


escovar bem os dentes. Até a turma da classe média, com
recursos para comprar os melhores produtos, não sabe usar
corretamente as escovas de dente. Usa a pasta de dentes por
poucos segundos e é só. Todavia, os dentistas consideram
ideal um tempo mínimo de um minuto e meio de escovação
bem feita. E isso não é a mesma coisa que fazer movimentos
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bagunçados com a escova só para criar espuma, perfumar a
boca e fazer “aaaahhhh!”.

Lavar as mãos após ir ao banheiro é um hábito que muita gen-


te não tem. No Brasil, com tanta abundância de água, até nos
hospitais e nos postos de saúde existe uma deficiência na hi-
giene. Algumas pesquisas estimam que apenas de 10 a 15
por cento dos funcionários desses locais lavam as mãos ade-
quadamente antes de executar suas tarefas. O brasileiro, em
geral, ao lavar as mãos com água e sabão, tem pressa, mesmo
depois de ir ao banheiro.

“Faltando a estética, a higiene é inviável”


Foto: Danilo Monlevade.

1. Tente lembrar-se de sua infância. Como


eram os banheiros de sua casa e das que você
freqüentava? Dentro ou fora de casa? Com que tipo
de equipamentos? Para uso de todos da família ou
com alguma separação? Como evoluíram o formato e
os equipamentos dos “sanitários”? Responda em seu
memorial.
2. Em sua escola, existem banheiros separados para
professores, funcionários e alunos? Se a escola é uma
“casa de educação”, não seria mais coerente os edu-
cadores transmitirem na prática e na convivência para
os educandos seus hábitos higiênicos? Discuta com
seus colegas. Tente defender essa idéia na reunião
do conselho escolar. Use este exercício na prática
profissional supervisionada.
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Higiene e educação

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As doenças causadas pela água de má qualidade matam uma
criança a cada 15 segundos. Quem nos dá essa má notícia
é o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), uma
Entre no sítio da Unicef e
agência das Nações Unidas que busca promover a defesa dos
descubra outros trabalhos da direitos das crianças em 158 países e é a única organização
agência.
www.unicef.org.br
mundial que se dedica especificamente às crianças. Por isso
mesmo, torna-se preocupante quando o Unicef afirma que es-
sas doenças que chegam pela água estão associadas a muitas
outras e, também, à má nutrição.

São muitos os lugares do mundo nos quais os alu-


nos faltam às aulas ou saem da escola por causa dessas
doenças que vêm na água que bebem. As mãos sujas por
falta d’água também causam problemas do mesmo tipo.
Crianças são as principais vítimas das baixas condições
de higiene em um mundo onde centenas de milhões de
pessoas lutam pela sobrevivência.

Sem água de qualidade para consumo e sem acesso a instala-


ções sanitárias mínimas, as diarréias comuns afetam as crian-
ças menores de 5 anos das comunidades carentes em todo
o mundo. Diariamente, mais do que a maioria das doenças,
essas diarréias matam muitas crianças. Elas são a segunda
causa da mortalidade infantil no planeta, causando a morte de
aproximadamente 4.500 crianças por dia.

A qualidade da educação é profundamente ligada à disponibi-


lidade de água potável, por conta da importância da higiene.
As doenças consomem energia das crianças e, conseqüente-
mente, diminuem fortemente sua capacidade de aprendiza-
gem. A falta de instalações sanitárias adequadas nas escolas
é um obstáculo a mais para crianças que buscam escapar da
pobreza. Por causa de doenças que podem até levar à morte,
as comunidades pobres diminuem a perspectiva de construí-
rem um futuro melhor para seus filhos, mesmo matriculando-
os em escolas. Daí a importância de não somente os prédios
escolares serem higiênicos e servidos por água potável, como
também de a proposta pedagógica incluir a educação ambien-
tal e sanitária dos estudantes, com extensão às suas famílias
e residências.

Caso contrário, o subdesenvolvimento torna-se crônico. Isso


quer dizer que essa pobreza é uma conseqüência do fato de
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que as crianças continuarão morrendo cedo, crescendo fra-

IMPORTANTE
cas. As péssimas condições dos países em desenvolvimento
fazem com que os dias “perdidos” na escola e no trabalho
representem uma perda de produtividade anual de bilhões de
dólares.

Nos países da América Latina existem imensas desigualdades


nos serviços de água e saneamento. É possível constatar es-
sas desigualdades tanto entre as regiões de cada país, quanto
entre os vários países da região. Os serviços de água e sane-
amento são muito piores para as crianças nas áreas rurais do
que para as que vivem nas cidades. Em toda a região, a po-
breza e a exclusão social significam que os grupos indígenas
e minoritários são privados, em muito maior escala, do seu
direito a estes serviços.

A saúde, conforme é entendida pela Organização Mundial de


Saúde (OMS), é um estado de completo bem-estar. Isso signi-
fica estar bem nos aspectos físico, mental e social. Em outras
A Organização Mundial
palavras, saúde não é apenas a ausência de doenças e, sim, da Saúde (OMS) é uma
um bem que pertence ao indivíduo e à coletividade. É, tam- agência especializada em
saúde, fundada em 7 de
bém, relacionada com a qualidade de vida da sua comunidade abril de 1948 e subordinada
e de sua família. A legislação brasileira deixa claro que a saúde à Organização das Nações
Unidas. Sua sede é em
é um direito de todos e um dever do Estado (Constituição Fe-
Genebra, na Suíça. A OMS
deral, artigo 196), a ser garantida por meio de políticas sociais tem por objetivo desenvolver
e econômicas. Indiretamente, portanto, a legislação está falan- ao máximo possível o nível
de saúde de todos os povos.
do da higiene e da educação.

A educação deve ser um fator de promoção e proteção à saú-


de, bem como estimular a criação de estratégias para a con-
quista dos direitos de cidadania. Sendo assim, a escola deve
ajudar a capacitar os indivíduos para uma vida mais saudável.
A educação não deve se limitar a apenas informar, pois somen-
te se tornará efetiva quando promover mudanças de compor-
tamentos. A comunidade escolar não deve apenas contribuir
para que os alunos adquiram conhecimentos relacionados
com a saúde. Uma coisa seria ensinar higiene e saúde. Outra
coisa é agir no sentido de que todos os que estão no ambiente
escolar adquiram, reforcem ou melhorem hábitos, atitudes e
conhecimentos relacionados com higiene e saúde.

A comunidade escolar deve discutir a relação entre higiene,


saúde e condição de vida. Como é um direito da população vi-
ver em condições adequadas de higiene e saúde, a educação
deve ser capaz de alterar os hábitos e os comportamentos dos
cidadãos. A prática educativa deve abranger toda a comuni-
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dade escolar, uma vez que devemos estar em condições de
reivindicar nossos direitos. É preciso aumentar a competência
dos indivíduos para tomar decisões em todos os setores em
que a participação das comunidades é fundamental. A comu-
nidade escolar deve ser preparada para discutir as relações
entre saúde, higiene e alimentação, levando em consideração
as condições de vida e os direitos dos cidadãos. Feita de ma-
neira crítica e contextualizada, a difusão dos conhecimentos
sobre esse tema beneficia toda a comunidade.

Uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura


“Luiz de Queiroz” (USP/Esalq), em Piracicaba, SP, no intui-
to de levantar dados quanto à aceitação da merenda escolar
“Análise do Impacto que é oferecida aos alunos mostrou resultados interessan-
das Novas Diretrizes
Estabelecidas pelo Programa tes. Aproximadamente 33,6% dos escolares da amostra per-
Nacional de Alimentação tencem a famílias cuja renda familiar per capita não atinge o
Escolar na Operacionalização
e Atendimento do Público- salário-mínimo. Mas, mesmo entre os alunos que participam
Alvo”. Disponível em www. do programa, 66,2% declararam rejeitar alguns pratos e, em
esalq.usp.br.
geral, os estudantes optam pela refeição gratuita somente
quando são atendidos em suas preferências. Os motivos mais
citados para a recusa da merenda escolar foram: “não gos-
to” (40,1%), “não tenho vontade/fome” (30,4%), “trago lanche
de casa” (5,5%), “compro lanche na cantina” (6,3%) e “tenho
nojo” (5,9%).

À primeira vista, parece que somente a resposta “tenho nojo”


tem a ver com higiene. Mas, pensando bem, podemos consi-
derar bem provável que muitos alunos que responderam “não
gosto”, “trago lanche de casa” ou “compro lanche na cantina”
talvez façam esse tipo de escolha por causa da higiene tam-
bém. E, certamente, por motivos de falta de educação alimen-
tar e de planejamento científico dos cardápios. Ainda mais que
25% dos alunos reclamaram das características do refeitório
e 20% rejeitam talheres, copos e canecas, feitos de plástico,
que são criticados (22%) por conta do cheiro que apresentam
com o passar do tempo. Os pratos, feitos de polipropileno,
foram rejeitados por cerca de 60% dos entrevistados e 13,4%
condenaram as condições de higiene do refeitório. A maioria
dos alunos declarou que adquire alimentos na cantina mesmo
quando consomem a merenda.

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Um estabelecimento que vende ou distribui ali-
mentos, como a cantina escolar, está sujeito às nor-
mas sanitárias. Essas normas exigem a presença de um
responsável técnico pelo estabelecimento e pelo uso de
práticas adequadas, tanto para lidar com os alimentos,
quanto com a higiene pessoal, bem como o correto arma-
zenamento de produtos e descarte de lixo. E quando o
estabelecimento de ensino permite que terceiros explo-
rem sua cantina, também é responsável por ela.

A higiene alimentar protege os alimentos contra contamina-


ções que podem ser ocasionadas por organismos minúscu-
los, como as bactérias e as substâncias químicas tóxicas ou
venenosas. Os cuidados no preparo dos alimentos – lavagem
cuidadosa e cozimento adequado, por exemplo – são capazes
de eliminar organismos causadores de doenças sérias.

Por isso mesmo, quem manipula alimentos deve


se preocupar muito com a higiene. E estamos falando,
também, da higiene pessoal. Afinal, as bactérias podem
chegar aos alimentos por meio de mãos, braços, rosto e
cabelos mal-lavados. Essas pessoas devem conhecer mui-
to bem os procedimentos de higiene alimentar e de higie-
ne pessoal, além das causas e das conseqüências de uma
intoxicação alimentar. Devem, acima de tudo, ter cons-
ciência da sua responsabilidade com uma permanente
busca de um perfeito manuseio dos alimentos.

A falta de higiene em um estabelecimento de ensino pode cau-


sar a interdição da cantina e, conseqüentemente, a demissão
de funcionários do estabelecimento. A lei permite que sejam
aplicadas multas pesadas para os proprietários e prevê o pa-
gamento de indenizações às vítimas. Sempre é bom lembrar
que a propagação de epidemias pode ser facilitada pela falta
de higiene e a escola não é uma exceção. Ao contrário, pelas
aglomerações comuns nos pátios e nas salas de aulas, a falta
de cuidados com a higiene pessoal, alimentar e das instala-
ções escolares pode ajudar uma doença a espalhar-se. Pode
causar, até mesmo, mortes na escola e fora dela.
A escola que possui condições sanitárias adequadas torna-se
um modelo para os alunos. E não só para eles. Professores,
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funcionários e toda a comunidade são influenciados pelo exem-
plo da escola. Contudo, para que sejam obtidos bons resulta-
dos é preciso mudar hábitos, dando prioridades à combinação
de educação, à higiene e ao saneamento. Para isso, a disponi-
bilidade e a manutenção dos equipamentos escolares são es-
senciais.
Um bom programa de saneamento e higiene escolar deve in-
cluir o uso e a manutenção adequada das instalações, assim
como a melhoria das instalações sanitárias. Isso implica a in-
corporação dos funcionários na definição de metas a serem
atingidas, na elaboração de atividades a serem executadas, na
implementação e na manutenção do programa.
Especial cuidado se deve ter com a correta destinação do lixo
produzido na escola. O ideal é a coleta seletiva, diária no caso
dos “orgânicos”. O entorno da escola deve ser conservado lim-
po, como exemplo para a comunidade. “Xô mato, xô entulho!”

“Inclusão sim, entulho não!”


Foto: Danilo Monlevade.

1. Se 4.500 crianças morrem no mundo por dia


em conseqüência da diarréia, quantas morrem por
hora? E por mês? E por ano? Registre os resultados no
seu memorial.
2. Converse com as merendeiras (e futuras técnicas em
alimentação escolar) de sua escola e discuta as condi-
ções higiênicas da cozinha, da cantina e do refeitório.
E você acha que deve haver cantina escolar onde se co-
mercializem alimentos? Por que sim ou por que não?
Transforme esta atividade em parte de sua PPS.

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Higiene no trabalho do
funcionário

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As ações que praticamos para manter a saúde física e mental
e prevenir doenças formam, em seu conjunto, aquilo que, de
modo simplificado, se pode chamar de higiene. Desse modo,
falar sobre os hábitos higiênicos do funcionário em seu am-
biente de trabalho é, com certeza, falar sobre os hábitos de hi-
giene pessoal do indivíduo. Qualquer trabalhador é, também,
cidadão. Não porque more em uma cidade, mas porque ele
possui direitos e deveres que são definidos pelas leis do seu
país.

Conforme já foi dito aqui, a saúde é um estado de completo


bem-estar, ou seja, estar bem nos aspectos físico, mental e
social. Ao contrário do que muita gente pensa, a saúde é um
bem que pertence ao indivíduo e à coletividade, fundamen-
talmente ligada à qualidade de vida das comunidades e das
famílias. O direito constitucional à saúde deve ser garantido
ao cidadão, mas, também, pelo cidadão.

Portanto, se, por um lado, cada brasileiro tem garantido seu


direito à saúde no texto da nossa Constituição, que deve ser
materializado por meio de boas políticas sociais e econômi-
cas, por outro lado, ele, cidadão brasileiro, deve fazer sua par-
te. É isso mesmo, pois a higiene pessoal é uma contribuição
do indivíduo para o bem-estar da família, da coletividade e da
sociedade como um todo.

Muitos microorganismos habitam nosso corpo.


Uns são úteis para a nossa saúde, outros são nocivos.
É possível que alguns que são úteis passem a ser nocivos,
dependendo das condições internas e externas ao nosso
organismo. O contrário também é possível. Tudo depende
da manutenção de um equilíbrio entre a mente e o corpo.
Por isso, é necessário dar especial atenção às boas práti-
cas de higiene e ao bom comportamento pessoal, pois,
desse modo, estaremos cuidando do nosso interior e do
nosso exterior. Afinal, sempre faremos parte do mundo
exterior de outras pessoas.

Para que possamos fazer a nossa parte, devemos:

• usar sempre roupas limpas: você não imagina quantos


microorganismos nocivos uma vestimenta de qualquer
natureza pode carregar. Recentemente, em um programa

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de TV,1 uma reportagem alertou os espectadores quanto

IMPORTANTE
ao perigo representado pelo hábito que muitos profissio-
nais da saúde têm de sair do hospital usando o mesmo
jaleco com o qual trabalham. A reportagem mostrou que
aquela peça do uniforme profissional pode carregar mi-
croorganismos altamente nocivos à saúde. A coisa é tão
séria que o governo britânico vai proibir os médicos do
Reino Unido de usarem jalecos de manga comprida, gra-
vatas, relógios e jóias.

O programa mostrou que, na prática, bactérias e outros agen-


tes microscópicos de doenças pegam “carona” na roupa, prin-
cipalmente nas mangas e nos bolsos do jaleco. O mau hábito
pode fazer com que doenças cheguem tanto da rua para os
pacientes do hospital quanto do hospital para pessoas fora
dele. Você pode pensar: “Ah, mas isso é no hospital, onde há
muita gente que já está fraquinha e, por isso, vulnerável às
infecções”. E, na escola, na sua casa, no ônibus, nas calçadas,
nos elevadores, nos shoppings? Será que você tem condição
de saber quando alguém está mais frágil, a ponto de pegar
uma doença transmitida por um microorganismo que você
carrega na sua roupa? Lembre-se que existem bactérias muito
resistentes a antibióticos, capazes de causar otites, faringites
ou até pneumonia. E elas podem estar nas suas roupas!

• usar calçados adequados: isso depende da função que o


profissional exerce. Para aqueles que manipulam alimentos,
por exemplo, é importantíssimo o asseio e os bons hábitos
de higiene. Eles devem sempre estar com uniforme de cor
clara, proteção na cabeça, unhas aparadas e sem esmalte,
sem relógios, sem pulseiras e, entre outras coisas, usando
calçados fechados. Porém, essa prática pode causar proble-
mas quanto à higiene dos pés. Isso porque, com o uso pro-
longado de calçados fechados, a umidade e o calor podem
contribuir para o surgimento de microorganismos nocivos,
principalmente fungos, causadores das frieiras e micoses.

O pé precisa respirar. O popular chulé, que os médicos cha-


mam de bromidrose plantar, é causado pelo suor excessivo
na planta dos pés e agravado pela falta de higiene. Os ado-
lescentes sofrem mais com o chulé, mas ele é democrático.
Para chulé não há diferença de sexo, idade, condição financei-
ra ou grau de instrução. O excesso de suor nos pés pode estar
relacionado com doenças, como hipertiroidismo, diabetes e

1
Programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, levado ao ar em 28 de outubro de 2007.
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obesidade. Muitas vezes, o chulé vem acompanhado de mico-
ses, alergias e eczemas.

Esse mau cheiro é o resultado da ação de bactérias que se


alimentam do suor e de materiais que estão em cima da pele.
Para ficar livre do chulé, é preciso lavar muito bem os pés to-
dos os dias e enxugá-los totalmente antes de colocar as meias,
que devem ser trocadas diariamente. Devemos secar os pés
completamente, inclusive entre os dedos, e usar meias de al-
godão, pois elas não retêm o suor. E atenção: se não quiser
ter chulé, jamais use sapatos sem meias. Outra coisa: se o seu
calçado já tem chulé, danou-se! Quando o mau cheiro chega
ao calçado, é melhor livrar-se dele. Lave sempre seu calçado
e deixe-o secar totalmente, de preferência ao sol, pelo menos
uma vez por mês.

• manter as mãos sempre limpas e as unhas curtas: mãos


sujas e unhas mal-cuidadas transmitem doenças, como,
por exemplo, verminoses. Verminoses são doenças cau-
sadas por vermes e protozoários. Esses visitantes indese-
jáveis costumam entrar no nosso organismo e, pior, per-
manecer durante todo o tempo, causando muitas doenças.
A contaminação ocorre de várias formas. As principais são
a ingestão de alimentos ou água contaminada e a penetra-
ção na pele através de pequenos ferimentos. Unhas sujas e
mal-tratadas são muito interessantes para esses sujeitos.

O número de casos dessas doenças é sempre bem maior nas


áreas de baixas condições socioeconômicas e carência de sa-
neamento básico. Por isso, devemos exigir das autoridades
que essas deficiências sejam eliminadas. Porém, temos de,
mais uma vez, fazer a nossa parte. Devemos lavar bem as mãos
sempre que usar o banheiro e antes das refeições. Conservar
as mãos sempre limpas, as unhas aparadas e evitar colocar a
mão na boca. Beber somente água filtrada ou fervida. Lavar
bem os alimentos antes do preparo, principalmente aqueles
consumidos crus. Andar calçados, mantendo a casa e o ter-
reno em volta dela limpos, evitando a presença de moscas e
outros insetos. Comer apenas carne bem passada. Não deixar
as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água
poluída. Comer somente em lugares limpos e higiênicos.

Tudo isso e mais: o aspecto das unhas conta na apresentação


de qualquer pessoa, especialmente no caso das mulheres. Os
problemas que afetam as unhas e as cutículas, apesar de, na
maioria das vezes, não serem graves, provocam desconfor-
16
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to e preocupação, pois são indícios da falta de asseio, além

IMPORTANTE
de ser um indicativo de como “anda” a saúde. Na ânsia de
manter as cutículas bem aparadas, muitas mulheres acabam
exagerando no cuidado ou fazendo-o de maneira inadequada,
causando inflamações, irritações e até enfraquecimento das
unhas e deformidades.

• tomar banho diariamente: já falamos sobre o hábito do


banho, em um capítulo anterior. Vimos que os nobres eu-
ropeus preferiam encharcar-se de perfume a tomar banho
e que, naquela época, as pessoas acreditavam que a água
amolecia nosso corpo, provocando doenças e atrapalhan-
do o crescimento das crianças e dos jovens. Para muitos,
era um único banho por ano! No Brasil, dizem os historia-
dores, o rei dom João VI, pai de dom Pedro I, só concordou
em tomar banho depois que teve uma ferida inflamada na
perna, e o médico real o convenceu a se banhar ou não fi-
caria curado.

Nossa pele é uma barreira natural à entrada de


microorganismos no corpo. A camada mais exter-
na da pele, a epiderme, funciona como se fosse uma
capa. As células que a formam são cobertas por uma
camada da substância denominada queratina, que não
deixa passar água para o lado de dentro. Os poros são
pequenos buraquinhos por onde sai o suor. As glândulas
sebáceas estão na base dos nossos pêlos e recobrem toda
a superfície do corpo, exceto a palma da mão e a sola dos
pés. Nossa pele é trocada, diariamente, sendo que muitas
células mortas devem ser eliminadas. Sobre nossa pele
existem as bactérias comensais, isto é, bactérias que vi-
vem conosco e, em geral, não causam doenças. Elas, ao
contrário, não permitem que outros microorganismos
mais perigosos à saúde se agarrem na pele e, se fo-
rem poucas, podemos adoecer.

Quando não tomamos banho regularmente, permitimos que


os resíduos naturais da pele se acumulem. Eles são prove-
nientes do suor, do sebo e das células mortas. Nesse caso,
as bactérias comensais podem multiplicar-se descontrolada-
mente. Quando isso acontece, nossa pele é danificada e passa
a ser permitida a entrada de bactérias mais nocivas em nosso
corpo. Dessa forma, abrem-se feridas na nossa pele, permi-
17
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tindo a entrada de microorganismos indesejados. Quando a
gente começa a cheirar mal, pode ser que muitas bactérias e
restos de pele tenham se acumulado. Assim, devemos tomar
banho não apenas para ficar cheirosos, mas, principalmente,
por questões de saúde.

• cuidar da higiene bucal: a higiene bucal é a melhor forma


de prevenção de cáries, inflamação nas gengivas, mau há-
lito e outros problemas na boca. Ela é necessária para que
as pessoas possam manter a saúde de seus dentes e boca.
Os dentes, quando estão saudáveis, têm menos cáries, são
limpos e não há quase nenhum depósito de placa bacteria-
na. As gengivas saudáveis são rosas e firmes. Para que se
possa atingir um estado de saúde bucal adequada, a esco-
vação dos dentes deve ser freqüente e cuidadosa. O uso
de fio dental, também, pois ele ajuda a prevenir o acúmulo
das placas e do tártaro, que podem ocasionar cáries. Ain-
da mais que, se a cárie aparecer, o tratamento pode custar
caro.

Os dentes devem ser escovados no mínimo duas vezes por


dia, de preferência sempre depois das refeições e antes de
dormir. O uso da escova de dente é o meio mais eficaz e mais
simples para a higiene bucal. A escova deve ser lavada em
água corrente, cada vez que for usada, e guardada em local
limpo. Em geral, ela deve ser trocada a cada dois ou três me-
ses de uso, pois quando as cerdas estão amassadas e tortas
não alcançam seu objetivo, que é limpar a superfície dos den-
tes e as gengivas

Quando vamos escovar os dentes, não é necessário colocar


uma grande quantidade de creme dental ou pasta de dentes.
Isso só vai aumentar sua despesa, pois não é a pasta que limpa
os dentes e, sim, a escova. A pasta apenas deixa na boca seu
sabor e, na maior parte dos casos, uma pequena quantidade
de flúor. Esse elemento químico ajuda a prevenir a formação
de cáries.

O ideal é você escovar seus dentes após as refeições.


Mas, se não for possível, ao menos limpar os dentes ao
acordar e antes de dormir. Isso é o mínimo que você pode
fazer para tentar manter uma boa higiene bucal. Lembre-
se que as bactérias se aproveitam do seu sono para ficar
atacando seus dentes enquanto você dorme.

18
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O essencial não é o número de vezes que se escova os dentes.

IMPORTANTE
O importante é remover as placas bacterianas. Por isso, uma
higiene bucal bem feita só será conseguida quando dedicar-
mos cerca de 5 minutos para a escovação, com uma escova
em bom estado e fazendo do jeito que o dentista ensina.

Resumindo, a higiene e a segurança no trabalho são duas ati-


vidades intimamente relacionadas. Ambas têm como objetivo
proporcionar condições de trabalho capazes de manter os tra-
balhadores com um bom nível de saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a


saúde como sendo “um estado de bem-estar físico, men-
tal e social e não somente a ausência de doença e de
enfermidade”.

A partir de um ponto de vista não necessariamente médico, a


higiene no trabalho combate as doenças profissionais, identi-
ficando os fatores que podem afetar tanto o ambiente de tra-
balho quanto o trabalhador, procurando eliminar ou reduzir OIT – http://www.oitbrasil.
os riscos. Já a segurança no trabalho, também de um ponto org.br/
OMS – http://www.opas.
de vista não necessariamente médico, combate os acidentes org.br/
de trabalho, eliminando as condições perigosas e educando
preventivamente os trabalhadores.

“Higiene: ato individual ou ato coletivo?”


Foto: Alessandro Guimarães Pereira.

19
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A última unidade deste módulo será sobre segurança no tra-
balho. Mas, para chegar até lá, precisamos penetrar em uma
reflexão urgente a respeito de algo a que não nos acostuma-
mos, por mais que nos cerque e nos penetre, no campo, na
cidade e na escola: a violência, exatamente o contrário de se-
gurança.

E se as enfermidades são a violência à saúde, e a hi-


giene uma das armas para combatê-la, quais serão nossas
armas para vencer a violência e a insegurança que assola
nosso espaço de trabalho, nosso espaço educativo?

“O espaço escolar, sem higiene, não é espaço educativo.”


Foto: Alessandro Guimarães Pereira.

Reúna três funcionários e liste, com eles,


um rol de fatos e de posturas de educadores e de
educandos que comprometem a higiene da escola. Dis-
cuta que ações seriam possíveis para sua escola ser
“Nota Dez” em higiene.

20
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4
Segurança: construção
histórica do conceito

21
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O tema da segurança na escola, hoje mais presente que nunca
no cotidiano e na literatura especializada, tem íntima relação
com outro, que atormenta dia e noite nossa sociedade: o da
violência.

Os noticiários de jornais e TV, as rodas de conversas de todas


as classes sociais parecem se ocupar cada vez mais com os
registros e comentários sobre todo tipo de violência e inse-
gurança. Não somente fatos que descrevem conflitos pesso-
ais – homicídios, assaltos, suicídios, roubos, furtos, estupros,
brigas –, mas também acontecimentos mais amplos e que en-
volvem grupos, comunidades ou toda a sociedade. Além das
guerras entre nações, guerrilhas por motivos políticos, dispu-
tas sangrentas por posse de bens e influências e, ultimamen-
te, violências construídas pela própria modernidade, como as
decorrentes de abusos e infrações no trânsito, que, a cada dia,
vitimam milhares de inocentes.

A escola, por se situar num espaço urbano cada vez mais po-
puloso e conturbado, acaba sendo também uma vítima das
violências da sociedade. Mas ela também contém, em si mes-
ma, relações de força nem sempre harmônicas, que geram
violências internas, contribuindo para comprometer a segu-
rança que deveria ser uma de suas características básicas.

Nesta unidade do módulo, vamos aprofundar os conceitos de


segurança e de violência, na perspectiva histórica e filosófica,
a fim de termos uma fundamentação suficiente para construir
o tecido do espaço educativo no mundo real e na perspectiva
da mudança social que necessariamente implica todo projeto
de educação.

A palavra “violência” deriva de um pequenino ter-


mo latino – vis – que significa “força”. Grosso modo, “vir-
tude” seria a força do bem, “violência”, a força do mal.

Na natureza já se observam “desequilíbrios” de forças, com


efeitos destrutivos: as águas impetuosas de uma enchente
ou das ondas do mar, o ímpeto dos vendavais, o perigo dos
raios. Diante desses obstáculos à sua segurança, o homem
defende-se, domina e disciplina a natureza. Construiu muros e
redes de captação de águas pluviais, diques, canais; inventou
moinhos de vento, caravelas, estruturas de aço e de cimento
armado, até mesmo pára-raios. No interior do corpo humano,
22
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localizou forças destrutivas, como bactérias, vírus e corpos

IMPORTANTE
estranhos, combatidos pelos medicamentos, pelos raios X,
pelas cirurgias. Contra essas violências biológicas, construiu
uma segurança de saúde, no contexto da “seguridade social”.
Até na relação mais íntima da natureza com o corpo humano
– a alimentação − na ingestão de minerais, vegetais e animais,
cercou-se o homem de cuidados cada vez maiores, traduzi-
dos hoje no que se chama de “segurança alimentar”. Tanto
o exagero na comida, quanto a imoderação no consumo de
bebidas alcoólicas são consideradas violências, porque nos
rendemos a forças destrutivas da integridade de nosso corpo:
daí o julgamento imemorial de todas as sociedades em conde-
nar a gula e os rituais públicos ou solitários de embriaguez.
Um exemplo muito recente da construção do conceito de se-
gurança refere-se ao trato com os bebês. Na onda de indus-
trialização que tomou conta dos séculos XIX e XX, inventaram-
se os “leites artificiais”, como substitutos mais científicos do
leite materno e mais adequados ao preparo de mamadeiras, a
que as crianças poderiam ter acesso, independentemente da
presença das mães. As conseqüências dessa luta de forças
entre a sede do lucro de empresas e a conduta biologicamen-
te correta, longamente preparada pela evolução da natureza e
da sociedade, evidenciaram-se com a “insegurança” da saúde
dos bebês, ou seja, com o aparecimento de doenças físicas
e psicológicas causadas pela falta do aleitamento materno.
Hoje, quando as fábricas não precisam tanto da força de tra-
balho das mulheres, e estas já podem planejar a geração de
filhos, voltou-se a valorizar o “equilíbrio de forças” que repre-
senta o aleitamento, fonte de segurança muito mais eficiente
que as fórmulas mais sofisticadas dos leites em pó.
Percebe-se, por esses exemplos, que violência e segurança se
constituem não somente em conceitos articulados, como reali-
dades que se vinculam intimamente uma à outra. Ou seja: não
há segurança onde há violência. Não se constrói segurança
jogando a violência “pra baixo do tapete”. Ilhas de segurança
não educam. Impõe-se abrir os olhos para as violências, es-
truturais e conjunturais, se se deseja segurança de verdade, a
que a humanidade deu um nome mais forte: paz.

Vejam que interessante: do substantivo “paz”, de-


riva o verbo “pacificar”, construir relações respeitosas e
equilibradas. Já do substantivo “segurança”, temos “se-
gurar”, que não significa exatamente pacificar, extirpar a
violência, mas conter, cercar, aprisionar forças conside-
radas ofensivas.
23
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Essas considerações são essenciais para introduzirmos no
tema da violência e da segurança nas escolas. Segurança rima
com vigilância, prevenção e punição. Adiante comentaremos
o livro de Michel Foucault Vigiar e punir, muito relacionado à
“disciplina” nas escolas. No entanto, “pacificar” combina mais
com dialogar, exercer a diplomacia, a negociação, a mediação
de conflitos. Uma segurança que convive, que se adapta, que
se conforma com as violências, é uma pseudo-segurança e
não cabe num projeto educativo, embora possa fazer parte do
processo de socialização. Assim como a construção de mura-
lhas e fossos ao redor dos palácios só considerava as ameaças
militares externas ao mundo feudal e não enfrentava a violên-
cia interna das desigualdades entre nobres e servos, também
corremos o risco de erigir muros em volta de nossas escolas
para construir uma “ilha escolar de segurança”, sem dialogar
com as verdadeiras violências da comunidade e da sociedade
para as quais educamos as crianças e os adolescentes.

Antes de aprofundarmos o tema das violências na sociedade


atual e nas comunidades onde estão nossas escolas, vamos
conhecer um pouco as idéias de um grande filósofo inglês,
Thomas Hobbes, que resumiu com rara perspicácia o pensa-
mento ocidental sobre a segurança. Sua obra prima é Leviatã,
ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil,
escrita em 1651.

Parte ele da constatação de que as pessoas, embora egoístas


O despotismo é e egocêntricas, se sentem inseguras diante do poder e da for-
qualquer manifestação de
autoridade que tende à ça física e militar superior às suas. Assim, acuadas pelo medo
tirania e à opressão. Já a e cansadas de se defender e sofrer, elas renunciam à liberdade
Monarquia é uma forma de
governo em que o chefe de individual e celebram um “contrato social”, submetendo-se a
Estado tem o título de rei ou uma autoridade supostamente acima dos contendores: o Es-
rainha.
tado.

Este Estado, “soberano, surgido das fontes profundas do


Medo, para prover a segurança individual e coletiva na Terra”
– nas palavras de uma alta patente militar do Brasil, o general
Golbery do Couto e Silva [chefe do Serviço Nacional de In-
formação (SNI) e ideólogo da doutrina da “segurança nacio-
nal” ao tempo da Ditadura] − exerce seu poder de controle e
repressão e se justifica como dono da doutrina e da ciência,
inclusive na forma do despotismo e da Monarquia. Somente
a unidade e a concentração do poder garantiriam a paz e a
segurança. Esta é a essência da doutrina liberal sobre a segu-
rança.

24
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E o que pensamos nós hoje sobre segurança e sobre as
violências?

A fonte do atual pensamento, das teorias avançadas sobre es-


tes temas não é mais a sensação do medo, porém a afirmação
dos direitos. Direitos individuais, direitos civis e direitos so-
ciais, que já estudamos em módulos anteriores e aqui rapida-
mente recordamos.

Direitos individuais são os da preservação da vida,


da liberdade, da manifestação do pensamento, de ir e
vir no espaço nacional.
Direitos civis são os que regulam as relações de cada
cidadão com os demais e com o Estado. Direito de ele-
ger os governantes e ser eleito, de ser defendido quando
acusado de delito, de preservar sua intimidade, de ter seu
domicílio inviolado.
Direitos sociais, também assegurados pela Constituição,
são os que conduzem à satisfação de necessidades de
inclusão na sociedade, como cidadãos plenos, tais como
à educação, à saúde, à habitação, ao trabalho, ao lazer, à
segurança (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, artigos 6o e 7o).

Você está lembrado das três fases da educação escolar brasi-


leira, a elitista, a seletiva e a democrática? A primeira concep-
ção de segurança é anterior a Hobbes, a simples prática da
dominação do mais forte, da elite senhorial, à qual se aliara a
igreja. A segunda concepção é a liberal, do contrato social, que
coincide com a educação também liberal, dita “para todos”,
mas seletiva e, ao final das contas, excludente da maioria. Já
a terceira concepção é a segurança fundada nos direitos, de-
mocrática como a educação hoje se propõe ser, na Constitui-
ção Federal e na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), inclusiva a A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDB) define
ponto de se adaptar às diferenças humanas, sejam elas quais e regulariza o sistema
forem. de educação brasileiro
com base nos princípios
presentes na Constituição
Evidentemente, essa concepção democrática de segurança, Federal. A primeira LDB foi
que considera a desigualdade entre as pessoas e a negação criada em 1961, seguida por
uma versão em 1971, que
dos direitos como violências fundantes da insegurança, não vigorou até a promulgação
está dada: ela precisa ser construída na cabeça de educadores da mais recente em 1996.
25
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e educandos e na prática escolar. Podemos até concordar que,
como “produto social”, a segurança é um “equilíbrio de for-
ças”. Daí o velho ditado: se queres a paz, prepara-te para a
guerra. Mas, como processo e projeto educativo, a segurança
é a “arte da mediação dos conflitos para a garantia dos direi-
tos e construção da paz”.

“No princípio era o terreno só de uma escola, com muro de 1,20 m.


Hoje, o muro mais baixo, pintado de branco, é do Posto de Saúde.
E o muro da escola ficou mais alto e mais escuro...”
Foto: Danilo Monlevade.

Vocês têm problemas de “segurança” em


sua escola? A direção e o conselho escolar dialo-
gam com as autoridades da segurança pública de sua
cidade, de seu bairro? Faça uma visita à delegacia de
polícia, acompanhado de mais dois funcionários e tente
conversar com o delegado sobre medidas de segurança
que devem ser adotadas. Anote em seu memorial.

26
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5
Segurança na
sociedade e na
comunidade

27
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Como dizíamos no módulo 10, sobre o espaço educativo, o
técnico em meio ambiente e em manutenção da infra-estrutu-
ra escolar engloba várias funções que hoje se ocupam com a
materialidade da escola. Uma destas funções – a da limpeza
e higiene da escola – foi tratada nas três primeiras unidades
deste módulo. Três outras deram origem a cargos ligados à
segurança, em muitas redes de ensino: a dos zeladores, a dos
vigias e a dos porteiros. Estas três funções têm uma coisa em
comum, que é tratar da integridade das pessoas e da proteção
dos bens públicos que constituem o espaço escolar, também
chamado de “patrimônio público”. Como dizem alguns, eles
estão ali para “defender” os alunos e os bens da escola.

Defender de quê? Defender de quem?

É forçoso, portanto, num primeiro momento encarar as


questões da violência da sociedade e da comunidade – as
fontes externas da insegurança – sob pena de a escola se
ver forçada a se isolar do mundo exterior. E não estaria
acontecendo exatamente isso em muitos casos?

Vamos considerar as violências da sociedade brasileira mais


amplas e comuns a todas as situações dos cursistas. Depois,
as violências das comunidades, que quase sempre existem,
em maior ou menor grau, embora de formas diferentes.

As violências sociais foram construídas historicamente e, em


seu tempo de origem, nem sempre eram consideradas vio-
lências. Podemos hoje imaginar violência maior que a escravi-
dão, negação de direitos de algumas pessoas diante de outras,
posse e domínio de uma fração da sociedade sobre outra?
O escravo, além de ser comprado e vendido, poderia até per-
der a vida na mão de seu senhor. No Brasil, formalmente, tive-
mos escravos de 1534, quando chegaram ao Nordeste os pri-
meiros africanos para trabalhar nos canaviais e nos engenhos,
até 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei
Áurea. Na realidade, temos pessoas vivendo em situações de
privação de liberdade até hoje. Essa violência gerava outras,
como o analfabetismo das crianças e dos adultos negros, sua
mortalidade precoce, a separação dos membros das famílias.
E a própria abolição gerou outra violência, que foi o desem-
prego em massa dos “libertos”, que não tinham acesso ao tra-
balho e à propriedade da terra. Mas essa insegurança secular
28
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era só sentida pelos africanos e seus descendentes. Os bran-

IMPORTANTE
cos, na maior parte das vezes, no alto de suas casas-grandes e
sobrados, não eram afetados em sua segurança pela violência
que eles mesmos cometiam sobre os escravos. Por sua vez,
os escravos, no Brasil, em vez de se revoltarem, como fez Es-
pártaco em Roma, fugiam e se refugiavam nos quilombos.

Quando os imigrantes europeus e asiáticos vieram para cá, já


gozaram de outras condições de vida: ou viraram assalariados
nas fazendas e nas indústrias, ou ganharam terras em colônias
agrícolas, usufruindo de uma segurança que não tinham em
seu país.

Ainda hoje, milhões de brasileiros, na zona rural, não têm a


propriedade de terras para trabalhar e, nas cidades, não pos-
suem casa para morar, obrigados que são a pagar aluguéis
desproporcionais a seus ganhos ou a morar em barracos im-
provisados em favelas. Em contrapartida, muitos outros pos-
suem extensos latifúndios, com milhares de hectares de terra,
cultivados ou não. E outros muitos moram em amplas man-
sões ou apartamentos, ostentando luxo e riqueza desnecessá-
ria ao gozo dos direitos humanos.

“Extremo 1: quanto mais proteção, mais segurança. Será?”


Crédito:<http://www.technoservices.com.br>. Acesso em: 14 dez. 2007.

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“Extremo 2: quanto menos proteção, mais insegurança. Será?”
Crédito: Projeto Vertentes do Português Rural do Estado da Bahia. Disponível em: <http://
www.vertentes.ufba.br/cinzento.htm>. Acesso em: 14 dez. 2007.

Essas desigualdades não seriam, em si mesmas,


violências? O que sobra para uns não seria a causa da
carência dos outros? Você não se sentiria agredido se,
numa noite de Natal, não tivesse recursos para fazer uma
ceia, comer um panetone e dar um presente para seu fi-
lho, sabendo que outros cidadãos esbanjam milhares de
reais em comilanças e bebidas e repartem entre si rega-
los e mimos de alto preço? Essas desigualdades, além de
serem violências, não seriam causa de reações violentas
dos que não têm e passam a praticar furtos, roubos e
assaltos?

As desigualdades se expressam hoje pelas diferenças sala-


riais, inclusive entre os servidores públicos. No topo, estão
salários que valem até sessenta vezes as remunerações da
base. Os salários dos funcionários pouco passam do valor do
salário mínimo. Por quê?

Quanto aos salários de mercado, o abismo é colossal: existem


profissionais “de sucesso”, como apresentadores de TV, joga-
dores de futebol, modelos, publicitários, atores, cujos salários
são duzentas vezes maiores que o salário-mínimo ganho por
milhões de cidadãos. Mas as desigualdades de “vencimentos”
30
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dos funcionários públicos talvez exprimam mais violência,

IMPORTANTE
porque elas são institucionalizadas, amparadas em lei e pro-
vêm do mesmo cofre que se fecha para remunerar as carrei-
ras desprestigiadas e se escancaram para sustentar os “altos
funcionários”. É preciso que todos os servidores públicos, em
especial os da educação, entendam que, uma vez apurada a
receita destinada a um setor (como os 25% para a manutenção
e desenvolvimento do ensino ou os 20% do Fundeb, no caso
da educação estadual), é preciso um ato político diferente de
distribuição dos recursos. Se continuar como tem acontecido,
reajustes salariais maiores para quem ganha mais provocam
aumentos menores para que ganha menos; reajustes lineares
ou iguais para todos conservam as injustas diferenças sala-
riais hoje existentes; somente reajustes maiores para os que
ganham menos podem reduzir as diferenças. E como con-
seguir isso? Pela luta sindical, pelas progressões na carreira,
propiciadas pelo avanço na formação escolar e profissional.
É claro que o aumento da riqueza do país, que resulta em
maior arrecadação da União, dos Estados e dos Municípios,
o aperfeiçoamento da gestão e a modernização tecnológica
podem criar um clima favorável à diminuição das diferenças,
mas não a garantem.
Cumpre notar que a humanidade tem evoluído bastante, tanto
na redução das desigualdades, quanto na superação de al-
gumas normas jurídicas que discriminavam os pobres, crimi-
nalizando seus atos, como violentos, e abafavam os crimes
dos ricos, os chamados “colarinhos brancos”. Com efeito, não
somente em países socialistas, como Cuba, China e Vietnam,
as diferenças salariais diminuíram ao preço da redução geral
de seu valor, como também nos países “socialdemocratas”
(Canadá, Suécia, França, Alemanha e outros) conseguiu-se
conciliar o crescimento geral das remunerações com a dimi-
nuição das desigualdades entre salários, principalmente en-
tre as remunerações de funcionários públicos. Aqui no Brasil
também houve avanços na punição de crimes de capitalistas
e de superfuncionários públicos. Mas subsistem enormes de-
sigualdades. Principalmente nas grandes cidades, provocam
contrastes violentos que estão na raiz da chamada “violência
urbana”, que alimenta a criminalidade e induz a sociedade a
multiplicar ações de prevenção e repressão, baseadas no uso
de sofisticadas barreiras defensivas e de armamento cada vez
mais caro e eficaz, a custos crescentes para o poder público
e para os cidadãos; estes últimos obrigados muitas vezes a
contratar serviços de segurança privada – o que é um contra
senso, mesmo na visão liberal de Hobbes.

31
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Felizmente, nosso país tem ficado longe das guerras nas últi-
mas décadas e só tem engajado suas forças armadas em mis-
sões de paz, como a que atualmente lidera no Haiti. Mas não
podemos desconsiderar a violência bélica, ou seja, os conflitos
Thomas Hobbes defendia
a idéia de que os homens
sangrentos entre sociedades nacionais. Já passamos, no sé-
só podem viver em paz culo XIX, por sérias beligerâncias na América do Sul, que cria-
se concordarem em ram hostilidades e inimizades por muitos anos, hoje superadas
submeter-se a um poder
absoluto e centralizado. graças a muitas ações de paz, incluindo os eventos culturais
De acordo com Hobbes, a e desportivos. Na Segunda Guerra Mundial, fomos induzidos
sociedade necessita de uma
autoridade à qual todos os
a participar com milhares de soldados na reconquista da Itália
membros devem render o para os aliados, contra os países do Eixo – Alemanha, Itália
suficiente da sua liberdade e Japão. Este conflito gerou insegurança para os imigrantes
natural, de forma que a
autoridade possa assegurar desses países no Sul e no Sudeste do Brasil, onde foram hos-
a paz interna e a defesa tilizados.
comum.
As maiores experiências de violência social foram as das duas
ditaduras que marcaram o Brasil, de 1937 a 1945, sob Getúlio
Vargas, e de 1964 a 1985, sob cinco generais presidentes. Nes-
te período, foram suspensos vários direitos individuais e civis,
e milhares de brasileiros e brasileiras sofreram a repressão da
violência, da prisão, da tortura e da morte. Vale a pena ler Me-
mórias do cárcere, de Graciliano Ramos, e Brasil, nunca mais,
de vários autores que testemunham as atrocidades do regime
ditatorial, ainda vivas na memória de muitos brasileiros. Con-
traditoriamente, esses períodos foram também marcados pela
expansão de conquistas de direitos, tanto trabalhistas, sob Ge-
túlio, quanto educacionais e previdenciários, sob os militares.
Infelizmente, em ambos os períodos, observou-se a explosão
migratória para as cidades e o inchaço das metrópoles, que
passaram a constituir o ambiente propício para o crescimento
das violências e da insegurança. É irônico que nesses períodos
se cultivou, por parte do Estado, a preocupação quase doentia
da “segurança nacional”, como se tivéssemos ameaçados por
algum inimigo interno. Na realidade, a grande inimiga da paz
era e continua a ser a injustiça das profundas desigualdades
sociais e econômicas. Para combatê-las, é preciso começar da
consciência de cidadania, objetivo da educação, e procurar o
aumento da escolaridade geral da população, preparando-a
para o trabalho qualificado, que incorpora ciência e tecnologia
e possibilita a difusão das riquezas geradas na sociedade.

Áurea Guimarães, pesquisadora da violência nas escolas, ba-


seada em referencial teórico de Michel Maffesoli, expõe as
violências fundadoras, que classificam em:

a) violência dos poderes instituídos, como as que expusemos


anteriormente;

32
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b) violência anômica, uma reação latente que indica um “que-

IMPORTANTE
rer-viver” alternativo à ordem, que pode se exprimir em for-
mas extremas de crueldades e desordens;

c) violência banal, aparentes passividades e conformismos,


na realidade astúcia e prudência que trabalha a mudança
“por baixo”, sem confronto.

Não pretendemos que você, funcionário ou funcionária, de-


core essa classificação teórica, nem mesmo se preocupe em
analisar sua prática tendo como base essas distinções con-
ceituais. O importante é que os funcionários tenham acesso a
um conhecimento mais científico da questão, que percebam
a complexidade do problema. Mais importante ainda, que en-
tenda a violência como um conflito estrutural, que não se ex-
tirpa da sociedade, mas que exige um processo dialético de
superação e convivência.

Nessa perspectiva, reflitamos ainda a respeito de uma


conclusão de Áurea Guimarães: “A ordem é necessária,
cabendo ao professor estabelecer os limites da realidade,
as obrigações escolares. Nesse sentido, [o educador] de-
sempenha um papel violento e ambíguo: tem a função de
estabelecer os limites das obrigações, das normas, porém,
ao mesmo tempo, desencadear outros dispositivos para
que o aluno, ao se diferenciar dele, tenha autonomia so-
bre seu próprio aprendizado e sobre sua própria vida”.

No espaço educativo, assim como é incorreto fazer da escola


uma “ilha de segurança”, defendida da sociedade, também é
impossível se trabalhar na perspectiva de uma sociedade sem
violências, sem conflitos, na qual a escola pudesse um dia pa-
cificamente se integrar.

Também é bom entender que é preciso captar os nós críticos da


produção da violência, sob pena de não conseguirmos romper
uma espécie de círculo vicioso em que a escola ficasse enre-
dada. Tomemos um exemplo em outra área, que pode ajudar a
compreensão desta matéria. Recentemente, foi publicada nos
jornais matéria que narrava o fato de cidadãos comuns, usuá-
rios dos serviços de transporte público, terem queimado dois
ônibus coletivos numa grande cidade. Sem dúvida, um ato de
violência. Mas que motivo os haveria levado a este extremo?
33
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O repórter informou que era a terceira vez, em uma semana,
que o ônibus da empresa do mesmo horário da manhã que-
brava e deixava os passageiros ao sabor da sorte ou de via-
jar em pé 30 minutos depois, com prejuízos na pontualidade
ao trabalho. Qual das duas violências foi causa da outra: atear
fogo aos ônibus ou deixar os passageiros sem transporte por
negligência na manutenção dos veículos? É bem verdade que
há outras formas menos drásticas de se reagir a uma violência
e de se requerer direitos, como, nesse caso, acionar o Ministé-
rio Público e o Poder Judiciário. Mas, assim como a sociedade
se organiza e pune drasticamente quem viola as leis do trânsito
com altas multas e cassação da licença de dirigir, ao mesmo
tempo em que faz campanhas educativas, o povo – muitas ve-
zes descrente das soluções legais – usa de reações violentas
para coibir as próprias causas da violência. Algo parecido com
as vacinas e os soros antiofídicos, em que introduzimos as pró-
prias bactérias e os venenos das cobras para nos protegermos
de sua ação às vezes mortal.

A violência social que chega às escolas, como on-


das concêntricas, tem de ser analisada em suas rela-
ções com os poderes instituídos, em sua anomia e em
sua banalidade, para que possamos identificar a cadeia de
causalidades múltiplas que a trazem à educação escolar,
passando, até mesmo, pelo “filtro” da comunidade onde
a escola está inserida.

Passemos agora às violências que acontecem nas comunida-


des, entendidas como os entornos das escolas, como raio de
sua influência e atuação.

Nas comunidades rurais, a maior violência é a que deriva de


conflitos fundiários, envolvendo a luta pela posse e pela pro-
priedade de terras. Em situações de insegurança desse tipo, é
quase impossível o funcionamento normal de escolas, sujei-
tas à ação de jagunços ou à pressão psicológica das famílias,
seja dos proprietários, seja dos posseiros. Já evoluímos mui-
to nesse conflito – às vezes positiva, outras vezes negativa-
mente – não tanto pelas conquistas da reforma agrária e pela
organização dos trabalhadores sem-terra, mas principalmente
pela hegemonia do agronegócio, que despovoou as zonas ru-
rais e fixou seus trabalhadores, os bóias-frias, nas periferias
de pequenas, médias e grandes cidades. Temos, entretanto,
34
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de um lado, exemplos significativos de afirmação de proje-

IMPORTANTE
tos de “educação do campo”, que constroem a identidade de
suas escolas por meio de um trabalho de superação cultural
e existencial dos conflitos. De outro lado, subsistem ainda os
esforços dos “extensionistas rurais”, que muito contribuíram
na incorporação de novas tecnologias no campo. Mais impor-
tante ainda é a presença e a ação do sindicalismo rural, como
agente educativo e de desenvolvimento dos trabalhadores do
campo – autônomos, arrendatários e assalariados. É interes-
sante notar que, em muitas comunidades rurais, o grau de
integração social e de respeito pelo valor da escola como bem
público e comunitário é tanto que dispensa a presença for-
mal de zeladores e vigias nas escolas. Esse “clima” constrói-se
também pelo multiuso dos prédios escolares para atividades
culturais, esportivas e religiosas da comunidade.

E, nas comunidades urbanas, como estão as violências? Nes-


sa questão, nossa primeira tentação é apresentar os dados
das delegacias de polícia, derivados dos “boletins de ocorrên-
cia”. Eles retratam uma cruel realidade: o crescimento con-
tínuo dos registros de todo tipo de violência. Assassinatos,
estupros, agressões contra mulheres e crianças, tráfico de
drogas, roubos, furtos, assaltos, seqüestros, suicídios. Uma
das conseqüências é o aumento do aparato policial e da jus-
tiça, acompanhado do incremento da população carcerária,
tanto nas prisões locais, junto às delegacias, quanto nas peni-
tenciárias. O que mais preocupa os educadores, entretanto, é
o envolvimento de jovens e adolescentes nas atividades cri-
minosas e no “encarceramento” da paisagem e dos espaços
das comunidades, que criam e propagam um ambiente de in-
segurança generalizado. As relações pacíficas de vizinhança
– que fundamentam a comunidade – estão sendo substituídas
pelos muros altos, pelas grades e portões de aço, pelas cercas
elétricas, pelas câmeras de TV, pela incomunicabilidade das
pessoas, pelos vidros fumês dos automóveis, pela presença e
pela ronda de policiais e “seguranças” privados, por tudo que
separa e lança suspeitas. Não admira que muitos desses apa-
ratos se incorporam aos espaços escolares, naquela atitude a
que nos referíamos no início do capítulo: a escola “defende-
se” das ameaças e das práticas violentas da comunidade que
a cerca. E afinal, quem seriam esses agressores senão seus
próprios alunos ou seus familiares?

35
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Na situação-limite temos o bairro, a favela, a comu-
nidade controlada pelos traficantes, pelo crime organi-
zado, entre os quais não raro se encontram alunos ma-
triculados na escola que gostaríamos que fosse segura. A
solução será construir a “ilha de segurança”, com muros
de 2 metros, pontas de prego ou cacos de vidro, guarita
de quartel, guardas ou vigias armados, vistoria na fila de
chegada, blitz na saída, cerca elétrica e câmera de TV?

Como educadores, pensamos que não. Estaremos sendo in-


gênuos, alienados, idealistas? Então, como não “brincar” com
a vida? Antes de passarmos ao capítulo em que se tentará
responder a esses desafios, uma constatação importante: nas
médias e nas grandes cidades, a maioria dos professores não
mora na comunidade da escola onde trabalha, e muito me-
nos matricula nela seus filhos; diríamos que eles pertencem a
“outro mundo”, não se identificam com a comunidade local,
talvez mesmo se considerem de “outra classe social”; já com
os funcionários acontece o contrário, pois moram perto da es-
cola, nela matriculam suas crianças e adolescentes e sentem-
se parte do bairro e da comunidade. Talvez essa observação
seja uma “dica” para abordarmos as próximas questões.

Pesquise em sua cidade e em sua escola


quais são os maiores salários e os menores salá-
rios. Coloque-os em dois quadros, um para as fun-
ções públicas e outro para as atividades de mercado.
Pesquise também como é a arrecadação de Imposto de
Renda de Pessoa Física, na internet, ou com um profes-
sor de contabilidade. Finalmente, procure no sítio do
Ministério da Fazenda quanto foi a arrecadação do Im-
posto sobre Grandes Fortunas de 2006, previsto no ar-
tigo 153, inciso VII, da Constituição Federal. Escreva
suas conclusões no memorial.

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6
Segurança na escola

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Nesta unidade, vamos trabalhar três conceitos: a disciplina es-
colar, o vandalismo e a segurança na escola.

Para o primeiro, nos baseamos em Vigiar e punir e em outras


obras de M. Foucault, bem como em pesquisas de autores
Michel Foucault foi um brasileiros e franceses; para o segundo, em estudos recentes
filósofo e professor de
história dos sistemas de de pesquisadores de escolas públicas; para o terceiro, vamos
pensamento no Collège de transpor para o módulo recentes discussões do autor com
France de 1970 a 1984.
profissionais da educação e da segurança que, até mesmo,
o animaram a assumir a redação da parte deste módulo que
trata da segurança.

“Não são apenas os prisioneiros que são tratados como crian-


ças, mas as crianças como prisioneiros. Nesse sentido, é ver-
dade que as escolas se parecem um pouco com as prisões...”
(FOUCAULT, Microfísica do poder).

Quando eu era pequeno, aluno do curso primário, havia no bo-


letim “notas” de avaliação de português, matemática e de ou-
tras áreas de conhecimento. Nestas, eu ia bem. Mas em “com-
portamento”, vocês viram que não aprendi a me “disciplinar”!
No ginásio, onde não havia mais nota de comportamento, fui
punido, levei uma suspensão. A escola, como o hospital, o
quartel, a fábrica, vira espaço de controle, vigilância, onde to-
dos são enquadrados em funções, têm de ter disciplina. Daí
a violência instituída do espaço escolar e dos educadores e a
violência represada e revidada dos estudantes.

Para que vença a ordem, fixam-se não somente regras de


comportamento, como punições a desvios em relação a:

a) Tempo: atrasos, ausências, interrupções de tarefas.

b) Maneira de ser: grosseria, desobediência.

c) Discursos: tagarelice, insolência.

d) Corpo: sujeira, gestos disconformes.

e) Sexualidade: imodéstia, indecência.

A coerção exercida pela vigilância e pela discipli-


na visa mais à normalidade do processo escolar do que
aos resultados de aprendizagem ou mesmo de educação.
Os aparelhos disciplinares hierarquizam os “bons” e os
“maus”. Pode-se dizer que, na escola, o poder de punir
torna-se natural e legítimo.
38
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É claro que evoluímos muito da escola elitista para a seletiva,

IMPORTANTE
e da seletiva para a democrática. Hoje, o direito à educação
escolar e o princípio do acesso e da inclusão sobrepujam o
“direito” a certas punições, como a suspensão e a expulsão.
Nesse sentido, poderíamos dizer que as conclusões de Fou-
cault, que expusemos anteriormente, estariam superadas.
Mas, na prática, na sua escola, estão mesmo?
Nesse sentido, ajuda-nos muito a reflexão de três cientistas fran-
ceses: Clara Colombier, Gilberto Mangel e Margarida Perdriault,
que escreveram um ótimo livro a respeito de como encarar a vio-
lência pela construção de uma disciplina democrática no marco
da pedagogia institucional. Todo o texto é baseado em fatos e
experiências concretas. Na quarta parte – intitulada “Do cão de
guarda à garantia da lei”, eles colocam uma proposta provocati-
va. É preciso partir não da disciplina da caserna, do quartel, mas
da disciplina da “feira-livre”, do mercado público. Não se trata
de punir os infratores ou “agüentar” sua violência no cotidiano
da escola, mas de os educadores se disporem a uma postu-
ra de aprendizagem com a realidade, de descoberta de novas
condutas, de formação. No livro, escrito para professores, mas
perfeitamente adequado aos funcionários comprometidos com
a educação, os autores constroem toda uma nova atitude, como
se fosse um estágio de aprendizado, uma experimentação do
novo e não como se a violência fosse um dado externo de que
os educadores se devem defender ou como se os estudantes
violentos fossem “feras” a serem por eles domadas.

“Escola: separação das pessoas ou superação dos conflitos?”


Foto: Alessandro Guimarães Pereira.

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Elenque as punições previstas no regi-
mento escolar. Converse com alguém da direção
e faça um levantamento dos alunos punidos com me-
didas mais graves no presente ano. Faça seus comentá-
rios no memorial.

Passemos a considerar as depredações e o vandalismo.

“Vândalos” eram povos que invadiram os territórios ocupados


pelos “civilizados” romanos. Eles e outros que não falavam
latim e não tinham bom “comportamento” eram considerados
“bárbaros”. Nas nossas escolas, os tratamos de bagunceiros,
baderneiros e até de marginais. A Justiça considera a muitos
como “infratores”.

Novamente recorremos a Áurea Guimarães, a pesquisadora


que estudou profundamente o que se passava em escolas pú-
blicas nas décadas de 1980 e 1990. Ainda hoje, primeira déca-
da do século XXI, convivemos com pichações, depredações,
vandalismos, quebradeiras nas escolas, frutos não somente de
ações externas, como dos próprios alunos, não é verdade?

Ninguém de nós gosta de uma escola depredada; nem os


“piores” alunos, como descobriu Áurea em sua pesquisa. Mas
é preciso que nossa ação não seja amadora, primária, imedia-
tista. Para isso, precisamos aprofundar as razões pelas quais
acontecem essas violências. Vale a pena ler essas pesquisas,
bem como o resultado de outros estudos, principalmente os
coordenados por Miriam Abramovay, que parte das “vulne-
rabilidades sociais”. A pobreza (ou as diferenças de posse da
riqueza), as carências de toda ordem, a falta de perspectiva de
trabalho, as discriminações, a disseminação das drogas lícitas
e ilícitas, tudo isso forma uma “caldo de cultura” que leva às
violências nas salas de aula, nos recreios, nos esportes, no
entorno da escola, e que transbordam nas depredações.

Como fez Bernard Charlot, é preciso contextualizar o vandalis-


mo no conjunto da “violência escolar”:

a) Agressões físicas: golpes, ferimentos, violência sexual, rou-


bos, crimes.

b) Incivilidades: humilhações, palavras grosseiras, falta de


respeito.
40
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c) Violência simbólica ou institucional: percurso escolar com

IMPORTANTE
reprovações, conteúdos sem sentido prático, desarticula-
ção do currículo com o mundo do trabalho, relações de po-
der dos professores sobre os alunos, insatisfação dos edu-
cadores com salários e condições de trabalho; indiferença
e “desinteresse” dos alunos.

Não podemos simplesmente abominar o vandalismo e tomar


providências de fora para dentro, como intervenções externas
e autoritárias.

“Ontem, um ingênuo alambrado. Hoje, muro alto, portão de aço e arame farpado.
Amanhã, as cores do mural irão frutificar?”
Foto:Alessandro Guimarães Pereira.

Compare sua escola com outra de sua ci-


dade e veja qual está mais depredada. Localize os
espaços que têm mais sinais de vandalismo e relacione
com a presença ou não de educadores, com a aplicação
ou não de punições, com a realização ou não de repa-
ros e pinturas. Comente com os colegas e, após ouvir
suas opiniões, redija o relatório.

Que fazer então?

Vou partir de um exemplo. Por tudo o que expusemos até


agora, você deve pensar que não sou a favor de escolas
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cercadas com muros altos, muitos menos “coroados” com ca-
cos de vidro ou arame farpado.

Mas não conclua que, se eu fosse eleito diretor, derrubaria


logo o muro com todos os seus complementos. Até pouco
tempo atrás, o que eu faria era levar a questão ao Conselho
Escolar, depois de um papo com a “galera de dentro e de fora”
da escola e de entrevistas com autoridades da segurança do
local. Feito esse comentário em uma capacitação de tutores,
recebi uma sugestão que vale a pena comentar. E por que
não convidar os alunos supostamente “vândalos” para pintar
o muro com motivos de sua criatividade, começando da parte
interna e continuando pela externa? Sacou?

Quando fui tirar fotos de escolas numa região considerada


“violenta” do Distrito Federal, não é que encontrei um muro
transformado em mural? Uma repressão transformada em ex-
pressão?

Não se trata, portanto, de “reprimir” a repressão, de


punir o passado, mas de construir o novo sobre o existente.

Em outro passeio que fiz a Planaltina de Goiás, para tirar foto-


grafias para o Profuncionário, percebi a diferença: os banhei-
ros dos professores eram bem mais limpos e conservados do
que os dos alunos. E perguntei para duas professoras: se aqui
é uma escola onde os professores educam os alunos, porque
eles estão separados na hora de cultivar a higiene pessoal? As
duas responderam: “Gente, nunca havíamos pensado nisto”.
Nesse caso, não tenho dúvidas: se os professores passassem
a freqüentar os sanitários dos meninos e as professoras as das
meninas, os educadores iriam logo perceber que falta papel
higiênico, e os educandos iam levar um agradável “choque
de respeito”. Daí nasceriam outras reflexões e ações. Ou você
acha que não?

Assim como consideramos alguns alunos bons e


outros maus, já usamos nosso tempo para pensar que
os alunos também nos avaliam e nos consideram bons ou
maus? Vocês se lembram do Orlando Carpino, do módulo
I? Não podemos ser bons ou maus vigias? Bons ou maus
zeladores? Bons ou maus inspetores de alunos? Ou,
42
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sendo mais correto, não podemos melhorar mais

IMPORTANTE
nossa prática de educadores encarregados do zelo e da
vigilância – ou seja, da segurança – de nosso espaço esco-
lar para torná-lo realmente educativo?

“Cumpre-nos agora fazer algumas reflexões sobre a seguran-


ça na escola, independente das relações sociais”. No Módulo
16 são expostas especificações e normas de uso de extinto-
res de incêndio, de materiais de construção e acabamento
dos prédios escolares. Nem sempre o bonito, e até mesmo
o que consideramos higiênico em nossas residências, como
os pisos encerados ou revestidos de cerâmica vitrificada, são
adequados para ambientes externos e internos das escolas,
freqüentados por crianças, deficientes físicos e idosos. Ainda
mais quando os espaços “brigam” com os tempos escassos e
com os passos acelerados.

Um item fundamental da segurança da escola diz respeito à


presença de pára-raios e à conveniente distância de fios elé-
tricos de alta tensão. Se na cidade existe um agrupamento de
cidadãos encarregados da defesa civil, é importante convidá-
los para uma visita de inspeção ao prédio e ao terreno da es-
cola.

Outro item, de que já tratamos sob o olhar das relações com a


comunidade, refere-se à acessibilidade de estranhos ao inte-
rior da escola. O princípio fundamental é que todos são bem
vindos, porque a escola é uma educadora da comunidade.
Mas a regra fundamental é que, no dia a dia, ninguém deve
adentrar o prédio da escola ou o terreno de uso dos estudan-
tes sem ser convidado ou sem ter um propósito de colaborar
com o processo educativo. Aí, a tentação é a de se construir
um muro e se colocar um vigia no portão. Para se tentar fazer
valer a regra, pode-se anular o princípio. Não há receita má-
gica para garantir a segurança do ambiente escolar. Ela deve
ser matéria de contínua discussão, principalmente nas reu-
niões de seu conselho deliberativo, em que o diálogo entre
profissionais da educação, educandos e pais vai construir o
caminho da solução dos mais complicados problemas. Mas
não nos esqueçamos: a segurança nas escolas depende de
superarmos continuamente as violências na comunidade e na
sociedade. Daí a necessidade de praticarmos também nossa
cidadania, seja pelo engajamento nos movimentos sociais do
bairro e da cidade onde moramos, seja pela participação em
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instâncias políticas mais amplas, que definem as regras da
sociedade. Alguém me disse há dias que a tendência atual
no mundo globalizado é a de que aumentem ainda mais as
diferenças salariais, até mesmo entre os servidores públicos.
Você já pensou? Para os que ganham mais, talvez seja uma
boa notícia. Embora, hoje, como sempre, quem está bem de
vida seja alvo mais comum da criminalidade. E para os funcio-
nários de escolas, lá embaixo na tabela, um pouco acima do
salário-mínimo, como fica?

Ficará melhor ou pior na exata medida da participação dos


funcionários nas mobilizações do sindicato, nas reuniões e
nos projetos dos vereadores e dos deputados. Numa demo-
cracia, a solução passará sempre pela mobilização e pela par-
ticipação!

1. Paute no Conselho Escolar uma discus-


são sobre a “separação” entre o espaço da escola
e o espaço da comunidade, seja por muro, portão
fechado, ou outros meios – à luz da proposta pedagó-
gica. Anote bem as opiniões dos estudantes, dos pais,
dos professores, dos funcionários e da direção. Reflita
sobre os objetivos do Projeto Escola Aberta do MEC – se
eles estão contemplados no cotidiano da escola.
2. Você é a favor ou contra o uso de armas pelo porteiro
e pelos vigias da escola? Por quê? Entreviste um vigia
de sua escola e um colega de outra escola e perceba
as semelhanças e diferenças de sua mentalidade e
da organização da segurança dos dois estabeleci-
mentos.

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7
Segurança no trabalho

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Estamos chegando ao final deste módulo. Até aqui o tema da
segurança foi abordado em sua concepção geral e em suas
relações com a educação. Resta enfocá-lo no que se refere à
segurança do próprio exercício de trabalho dos funcionários.

Nas escolas jesuíticas, os irmãos coadjutores eram membros


integrantes da ordem religiosa. Participavam, portanto, dos
cuidados que também cercavam os padres em sua tarefa edu-
cativa, com uma série de medidas de proteção à sua saúde e à
integridade física, a começar da residência comum em prédios
sólidos, de uma alimentação saudável e de todos os cuidados
possíveis com sua saúde.

Já no período das aulas régias, de 1772 a 1834, os serviços


de apoio nas escolas eram executados por escravos e escra-
vas, para quem era negada qualquer rede de proteção física e
social. Dividiu-se com muita nitidez o trabalho limpo e mental
dos professores e o serviço sujo e braçal dos “funcionários”.

Com a República e a progressiva extensão de direitos a toda a


população, estenderam-se lentamente aos funcionários as be-
nesses de que gozavam os professores, no contexto de cada
um. As secretarias das escolas foram cada vez mais bem equi-
padas, a ponto de contarem hoje com modernos sistemas de
informática; as bibliotecas e os laboratórios, por sua própria
natureza, beneficiaram-se dos avanços tecnológicos. E seus
funcionários foram indiretamente atingidos pelo processo de
modernização, que tende a aliviar o esforço do trabalho hu-
mano.

Bem diferente foi a sorte das merendeiras e dos encarregados


de vigilância e limpeza. Até recentemente, podíamos encon-
trar escolas onde as cozinheiras trabalhavam em ambientes
acanhados, sob a alta temperatura dos fogões, obrigadas a
manusear enormes panelas, com peso superior à sua força.
Os servidores da conservação e da limpeza eram muitas ve-
zes submetidos a condições irracionais de trabalho, tendo de
fazer o asseio de salas de aula em poucos minutos, entre os
turnos de estudo dos alunos, arrastando móveis, levantando
poeira, restabelecendo a “ordem” militar das carteiras enfilei-
radas, lavando sanitários às pressas. Os vigias, cada vez mais
assustados com a ocorrência de assaltos e invasões do es-
paço escolar, desumanizavam-se em sua conduta, inclusive
pelo porte ostensivo de armas de fogo, obrigados a assumir
atitudes autoritárias e arrogantes, longe de uma conduta de
educador.
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Algumas medidas paliativas foram tomadas, tais como o uso
de vestuário adequado para as merendeiras, de capacetes
de proteção para os que executavam serviços de manuten-
ção nos prédios, e precaução quanto a doenças profissionais, Medidas paliativas são
aquelas medidas que servem
como as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e as depressões para atenuar um mal ou
psicológicas que atingem tanto professores quanto funcioná- protelar uma crise.
rios submetidos ao estresse das violências internas e externas
à escola.

“Uso de equipamento e proteção individual – E.P.I.: o funcionário é um educador, por isso


mesmo deve ser exemplo para os futuros trabalhadores.”
Crédito: Escola Tomaharu Timbara em Valinhos-SP. Disponível em: <www.valinhos.sp.gov.br>.
Acesso em: 14 dez. 2007.

O resultado de tudo isso foi o comprometimento da saúde e


da segurança no trabalho, que foi objeto de uma pesquisa do
Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, encomen-
dada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Edu-
cação (CNTE). O organismo mais acreditado para lidar com as
questões da segurança e da saúde no trabalho é a Organiza-
ção Internacional do Trabalho (OIT).

É importante que os funcionários acessem seu sítio


na internet – www.oit.org.br – para ler seus documentos,
conhecer suas pesquisas e resoluções.

O principal trabalho da OIT é lutar para que os países elaborem


e pratiquem uma política nacional de segurança no trabalho.
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As empresas privadas têm sido pioneiras na descoberta e no
uso de equipamentos, materiais e práticas que colaboram na
segurança do trabalho. Dos restaurantes industriais das gran-
des fábricas, por exemplo, tem derivado uma série de itens de
segurança para os trabalhadores envolvidos. Das plantas da
construção civil têm-se originado equipamentos de proteção
física ou de facilitação do esforço de trabalho de pedreiros,
serventes, eletricistas, encanadores. Dos escritórios das gran-
A ergonomia é o estudo
científico das relações entre des firmas, têm surgido soluções ergonômicas e anatômicas
homem e máquina, visando para o trabalho sedentário. Ora, os funcionários de escolas
a uma segurança e eficiência
ideais no modo como um e também participam, uns de uma forma, outros de outra, des-
outra interagem, otimizando sas situações de trabalho material que é intensivamente exigi-
as condições de trabalho
humano por meio de do nas empresas.
métodos da tecnologia e do
desenho industrial. Entretanto, essas iniciativas esparsas precisam ser enfeixadas
por uma política nacional de segurança que, no caso das es-
colas, o Brasil ainda não tem.

E o que é uma “política pública”?


É um conjunto de intenções e ações com as quais os
poderes públicos respondem a necessidades ou “deman-
das” da sociedade.
Por exemplo. A sociedade necessita de médicos? Então os
poderes públicos elaboram leis, decretos, resoluções (in-
tenções) e constroem universidades, instituem cursos,
contratam professores, equipam laboratórios, recrutam
funcionários (ações) para atender à demanda.

Quanto à segurança no trabalho, podemos levantar demandas


e formular perguntas concretas.

Demandas. Quantos funcionários estão em atividades nas es-


colas federais, estaduais e municipais? Em que funções? Quais
são as necessidades específicas para executarem seu trabalho
com segurança? Quais os itens de vestuário previstos? Quais
são as tendências de novos equipamentos e materiais de se-
gurança para uso nos espaços escolares e nas atividades dos
funcionários? O que dizer sobre extintores de incêndios e hi-
drantes? Que especificações prediais se requerem para obter
padrões de insolação, ventilação, temperatura e outras condi-
ções de convivência e trabalho nas escolas?

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Só para refletir. Quantas escolas no Brasil têm extin-
tores de incêndio suficientes para garantir a segurança
do prédio? Quantos funcionários que exercem funções
de segurança ostensiva nas escolas têm condições de
defesa pessoal? Aliás, um vigia na escola deve usar arma
habitualmente? Quantos funcionários que trabalham em
bibliotecas e laboratórios estão protegidos contra fungos
e outros agentes invasivos de sua saúde? Onde se locali-
zam os aparelhos de ar condicionado nas escolas e nos
órgãos da educação?

Nesta unidade do módulo, não nos compete propor um re-


ceituário de atitudes, materiais e equipamentos de proteção e
segurança, dada a especificidade de cada função e as diferen-
ças regionais que se encontram nas escolas brasileiras. Mas
é importante induzir todos a uma reflexão sobre o que deve
ser feito e sobre o que falta ser feito e reunido em uma políti-
ca municipal de segurança, uma política estadual de saúde e
segurança e uma política nacional de ação contra a violência e
a favor da segurança na sociedade e na escola. Cursar o Pro-
funcionário faz essa diferença: sempre pensar antes de fazer.
E pensar juntos, para construirmos juntos nossa identidade e
alcançar os objetivos da educação pública.

Faça um levantamento dos equipamentos


e materiais de segurança que você e seus colegas
percebem faltar na escola. Identifique também os pro-
blemas de segurança no trabalho oriundos de defeitos
de projeto e de construção no prédio escolar. Encami-
nhe para as autoridades competentes. Registre no
memorial.

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Você pode acessar os FRPTXHPRVDOXQRVFRQWDPGLDVSRUDQRSDUDFRQVWUXLU
números da educação VXDFLGDGDQLDHVXDIHOLFLGDGH
básica brasileira no sítio
do Instituto Nacional 4XHP HUDP WLD +HOHQD H 6HX &DUSLQR" 7LD +HOHQD HUD D bi-
de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio bliotecária da Escola NormalGH3LUDVVXQXQJD(PPLQKDLQ
Teixeira(INEP), no endereço IkQFLDHXSDVVDYDIpULDVHPVXDFDVDHPXLWDVYH]HVHODPH
eletrônico http://www.
inep.gov.br/estatisticas/ OHYDYDSDUDDHVFROD(XÀFDYDQXPDVDODPXLWRJUDQGHGRVH
JXQGRDQGDUFKHLDGHOLYURVUHYLVWDVHMRUQDLV8PSRXFRGH
PHXJRVWRSHODOHLWXUDGHYRj7LD+HOHQD&RPRQmRHUDDOXQR
GDHVFRODPDVVHXVREULQKRSDUDPLPHODHUDDPDLVLPSRU
WDQWHHGXFDGRUDGR1RUPDO$LPSRQrQFLDGDTXHOHSUpGLRH
DSURIXVmRGHOLYURVHVWDQWHVHPHVDVPHPDUFDUDPGHÀQLWL
YDPHQWH(PTXDOTXHUFLGDGHSDUDPLPDHVFRODpRSUpGLR
PDLVLPSRUWDQWH(GHQWURGDHVFRODDELEOLRWHFDpRQGHVH
JXDUGDPWRGRVRVWHVRXURVGRVDEHUDVDODPDLVULFDHDWUDHQ

51
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IMPORTANTE
WHTXHQRVUHYHODRSDVVDGRHRIXWXUR6HUiTXHSDUDRXWURV
HVWXGDQWHVWDPEpPQmRSRGHULDVHUDVVLP"

Seu Carpino era inspetor de alunosQR&ROpJLR(VWDGXDO&XOWR


j&LrQFLDHP&DPSLQDVRQGHÀ]RVTXDWURDQRVGR*LQiVLR
TXHFRUUHVSRQGHPDRVDQRVÀQDLVGRHQVLQRIXQGDPHQWDOGH
KRMH(UDXPVHQKRUGHPHLDLGDGHPDLVEDL[RTXHDOWRXP
SRXFRFRUFXQGDRTXHOKHGDYDRDUGHSHVVRDVRIULGD7LQKD
RGHYHUGHFXLGDUGD´GLVFLSOLQDµQRVUHFUHLRVSiWLRVHFRUUH
GRUHV$OJRDQWLSiWLFRPDVTXHHOHID]LDFRPPXLWD
PDQVLGmR(PERUDWLYHVVHSRUREULJDomRQRVFRUUL
JLUHUDLQFDSD]GHQRVRIHQGHU8PEHORGLDHXIXL
H[SXOVRGDDXODGHUHOLJLmRGDGDSRUXPDHVWDJLiULD
GD8QLYHUVLGDGH&DWyOLFD)LTXHLFRODGRjSRUWDHV
SHUDQGRTXHRVLQDOGRUHFUHLRPHOLYUDVVHGHDOJX
PDSXQLomR1mRpTXH6HX&DUSLQRPHYLX"(Oi
IXLHXSDUDD'LUHWRULDRQGH'U7HOrPDFRPH
DSOLFRXWUrVGLDVGHVXVSHQVmR&RXEHDLQGD
D6HX&DUSLQRPHOHYDUDWpRSRUWmRRQGHHQ
WUHOiJULPDVPHGLVVH´-RmR]LQKRORJRYRFr
ÀOKR GH 'RQD $OGD WmR ERQ]LQKR QmR PHUHFLD
LVVRµ9RFrHQWHQGHX"(OHVRIUHXPDLVGRTXHHX
HHXDSUHQGLPXLWRPDLVDDPDUD'HXVHDRSUy[L
PRFRPVXDVOiJULPDVGRTXHFRPRV'H]0DQGD
PHQWRVTXHDHVWDJLiULDUHFLWDYD

'H &DPSLQDV YDPRV SDUD 0DWR *URVVR SDUD FRQKHFHU RX


WUDVWUrVIXQFLRQiULDVGHHVFRODD-RVHÀQDD/DtGHVHD0DULD
Faustina.

(P PDUoR GH  IXL DWp %DXUX H GH Oi GH WUHP QRWXUQR
SDUD&DPSR*UDQGHKRMHFDSLWDOGR0DWR*URVVRGR6XO2V
VHWHFHQWRVTXLO{PHWURVDWp&XLDEiHPHVWUDGDGHWHUUDDUHLD
HEDUURIRUDPYHQFLGRVHPYLQWHKRUDVSRUXP{QLEXVFRUD
MRVRHFKHLRGHSHVVRDVLQHVTXHFtYHLV²FRPRXPVHQKRUTXH
OHYDYDXPSDSDJDLRTXHDSUHQGLDRQRPHGRVSDVVDJHLURV

'H&XLDEiIXLSDUD'LDPDQWLQRVHGHGD3UHOD]LDGRV-HVXtWDV
ORFDORQGHÀFDYDPPLVVLRQiULRVFRPRVTXDLVLULDWUDEDOKDUSRU
GRLV DQRV /i KDYLD XP LQWHUQDWR SDUD PHQLQDV H XPD GHODV
WLQKDROKRVD]XLVHVHFKDPDYD-RVHÀQD

7UrVDQRVGHSRLVYLUHLGLUHWRUGHXPD(VFROD([SHULPHQWDOHP
1RYD0DULOkQGLD 07 FRPDPLVVmRGHLPSODQWDURVQRYRVcur-
rículos À[DGRVSHOD5HIRUPDGH(QVLQRSUHYLVWDQD/HL)HGHUDO
Qž  GH  GH DJRVWR GH  1DV VpULHV LQLFLDLV GR ž
JUDX KRMH HQVLQR IXQGDPHQWDO DV PDWpULDV GHYHULDP VHU GH 52
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VHQYROYLGDVVREIRUPDGHDWLYLGDGHVIXJLQGRGRDQWLJRPpWR
GRGH´H[SOLFDUSRQWRVµHGHH[LJLUTXHRVDOXQRVGHFRUDVVHPR
FRQWH~GR'DjVpULHSURSXQKDPVHDV´iUHDVGHHVWXGRµ
&RPXQLFDomR H ([SUHVVmR 0DWHPiWLFD H &LrQFLDV H (VWXGRV
Para conhecimento de 6RFLDLVHDV´SUiWLFDVGHWUDEDOKRµSDUDDVRQGDJHPGDVDSWL
como a legislação mudou, G}HVGRVDOXQRVYLVDQGRDXPDLQLFLDomRjYLGDSURGXWLYD
você pode acessar a Lei
Federal nº 5.692, de 11 de
agosto de 1971, no sitio 4XDOQmRIRLPLQKDVXUSUHVDTXDQGRGHVFREULTXHD-RVHÀQD
https://www.planalto.gov. ~QLFD MRYHP FRP R ž *UDX FRPSOHWR QD FLGDGH WLQKD VLGR
br/ccivil_03/Leis/L5692.htm
Mas atenção! Esta Lei foi QRPHDGDVHFUHWiULDGD(VFROD5DSLGLQKRHODHQWURXHPPHX
revogada. ULWPRHHPPLQKDSURSRVWDGHOHYDUDVpULRDLPSODQWDomRGR
LGHiULR GD 5HIRUPD GH (QVLQR (PERUD HOD VH GHGLFDVVH jV
HVFULWXUDo}HV DRV UHJLVWURV GH DYDOLDomR H D RXWUDV IXQo}HV
WUDGLFLRQDLVGHXPDVHFUHWDULDHVFRODUUHYHORXVHXPDFRJHV
WRUDPDUDYLOKRVDWRWDOPHQWHLGHQWLÀFDGDFRPDproposta pe-
dagógica da escola-XQWRVUHGLJLPRVRRegimento Escolar,
Em todo o curso é tratada SHoD QHFHVViULD DWp KRMH SDUD D DXWRUL]DomR GR HVWDEHOHFL
a questão do Conselho
(VFRODU(VSHFLÀFDPHQWH
PHQWRMXQWRDR&RQVHOKRH6HFUHWDULDGH(GXFDomR(PSOHQD
na Unidade III, você GLWDGXUD PLOLWDU FRQVHJXLPRV GDU XP FDUiWHU GHPRFUiWLFR j
pode encontrar mais
informações.
RUJDQL]DomRGDHVFRODDVGHFLV}HVHUDPWRPDGDVHPFROHJLD
GRVHDSDUWLFLSDomRGDFRPXQLGDGHHUDWRWDODWpQDVFROKHLWDV
Os conselhos escolares
são órgãos colegiados
HQRVOXFURVGDKRUWDHVFRODUSODQWDGDQDEHLUDGRULRTXHED
compostos por QKDYDDSHTXHQDFLGDGH
representantes das
comunidades escolar (PÀQVGHHP$UHQiSROLV07RVSURIHVVRUHVHRVIXQ
e local, que têm como
atribuição deliberar FLRQiULRVHOHJHUDPPHGLUHWRUGDHVFRODHVWDGXDO7RPHLSRVVH
sobre questões HPIHYHUHLURGHQRVHXQRYRSUpGLRLQDXJXUDGRSHVVRDO
político-pedagógicas,
DGPLQLVWUDWLYDVÀQDQFHLUDV PHQWHSHORJRYHUQDGRU(UDXPDHVFRODEHPPDLRUFRPPDLV
no âmbito da escola. São GHPLODOXQRVGDSUpHVFRODjRLWDYDVpULHGRž*UDX
instâncias de participação
e decisão, espaços de
1RSULPHLURHQFRQWURGR&RQVHOKR(VFRODUyUJmRGHOLEHUDWL
discussão, negociação
e encaminhamento das YRPi[LPRFRPUHSUHVHQWDQWHVGHSURIHVVRUHVIXQFLRQiULRV
demandas educacionais. SDLV H DOXQRV TXH VH UHXQLD WRGD VHJXQGDIHLUD j QRLWH WR
Possibilitam a participação
social e promovem a PDPRVYiULDVGHFLV}HVDSULQFLSDOGHLPSODQWDURžJUDXH
gestão democrática. Cabe VHSRVVtYHOXPFXUVRGHOLFHQFLDWXUDFXUWDSDUDIRUPDomRGH
aos Conselhos, também,
analisar as ações a SURIHVVRUHVGHSUiWLFDVDJUtFRODVHLQGXVWULDLV(QWUHDVRXWUDV
empreender e os meios a XPDEDVWDQWHSROrPLFDDGHPXGDUPRVDIRUPDGHWUDEDOKR
utilizar para o cumprimento
GDVÀQDOLGDGHVGDHVFROD GDPDQXWHQomRGDLQIUDHVWUXWXUDGDHVFRODQRYLQKDHPIROKD

53
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IMPORTANTE
PDVVHP´FDUDGHHVFRODµ2REMHWLYRHUDWUDQVIRUPDUWRGDD
iUHDGHGH]PLOPHWURVTXDGUDGRVHP´HVSDoRHGXFDWLYRµ

$tHQWUDD/DtGHVQDKLVWyULD(ODH'RQD1HQrHUDPVHUYLGRUDV
HQFDUUHJDGDVGDOLPSH]D2TXHDOXQRVHSURIHVVRUHVVXMDYDP Paulo Reglus Neves
HODVOLPSDYDP7RGRVDQWRGLDXPDPHVPLFHeYHUGDGHTXHD Freire nasceu no dia 19
de setembro de 1921,
HVFRODGHSRLVGDVDXODVÀFDYD´XPEULQFRµFKmRVEULOKDQGRH no Recife. O autêntico
EDQKHLURVFKHLURVRV0DVTXHLGpLDVHYDORUHV´HQWUDYDPµQD trabalho de educação
por ele desenvolvido
FDEHoDHQRVFRUDo}HVGRVDOXQRVGRV´HGXFDQGRVµ"7DOYH] foi muito utilizado no
DOJRSDUHFLGRFRPRVHQWLPHQWRGRVVHQKRUHVGDVFDVDVJUDQ Brasil em campanhas
de alfabetização e, por
GHVHPUHODomRDRVHVFUDYRVGR%UDVLOFRORQLDORPXQGRpGLYL isso, ele foi acusado
GLGRHQWUHRVTXHVXMDPHRVTXHOLPSDPHQWUHRVGRPLQDGR de subverter a ordem
instituída, sendo preso
UHVHRVGRPLQDGRVHQWUHRVRSUHVVRUHVHRVRSULPLGRV após o Golpe Militar
de 1964. Exilou-se
'RLVDQRVDQWHVSRUVHUWDPEpPSURIHVVRUGD8QLYHUVLGDGH primeiro no Chile. Em
1969, trabalhou como
WLQKD OLGR FRP PHXV DOXQRV Educação como Prática da Li- professor na Universidade
berdadeGH3DXOR)UHLUHOLYURTXHDQWHFHGHXDPedagogia do de Harvard. Durante
os 10 anos seguintes,
OprimidoVHXPDLRUVXFHVVRFRPUHSHUFXVVmRPXQGLDOSDUD foi Consultor Especial
DVWHRULDVGDHGXFDomR5HVXPLQGRDLQÁXrQFLDGH3DXOR)UHL do Departamento de
Educação do Conselho
UHHPPLQKDSUiWLFDD/DtGHVHDVRXWUDV´VHUYHQWHVµSRUGH
Mundial das Igrejas,
FLVmRGR&RQVHOKR(VFRODUUHIHUHQGDGDSRUXPD$VVHPEOpLD em Genebra (Suíça).
GH3DLVH0mHVFRPPDLVGHWUH]HQWDVSHVVRDVSUHVHQWHVQmR Nesse período, deu
consultoria educacional
LULDPPDLVOLPSDUDVVDODVGHDXOD'HL[DULDPjEHLUDGDSRUWD junto a vários governos
YDVVRXUDVEDOGHVHSDQRVSDUDRSURIHVVRUHRVDOXQRVID]H do Terceiro Mundo. Em
1980, depois de 16 anos
UHPDOLPSH]DQHFHVViULD(ODVVHHQFDUUHJDULDPGH´FRRUGH de exílio, retornou ao
QDUµWRGDDFRQVHUYDomRHDGHFRUDomRGRDPELHQWHHVFRODU Brasil. Em 1989, tornou-se
Secretário de Educação
WUDQVIRUPDQGRRVGH]PLOPHWURVTXDGUDGRVHP´HVSDoRHGX no Município de São
FDWLYRµ Paulo. Foi reconhecido
mundialmente pela sua
práxis educativa por
(PPHQRVGHWULQWDGLDVDHVFRODJDQKRXKRUWDHMDUGLPIRLDU meio de numerosas
ERUL]DGDHRVFRUUHGRUHVSDVVDUDPDWHUYDVRVGHSODQWDVHVD homenagens; a ele foi
outorgado o título de
doutor Honoris Causa, por
vinte e sete universidades.
Faleceu no dia 2 de maio
de 1997, em São Paulo,
vítima de um infarto
agudo do miocárdio.

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PDPEDLDVSHJDQGRORJRDIDPDGHHVFRODPDLVERQLWDGDUHJLmR
7mRERQLWDFRPRD/DtGHVTXHVHHVTXHFHXGDYDVVRXUDHSDV
VRXDGHVÀODUWUDEDOKDQGR RXWUDEDOKDUGHVÀODQGR" QXPOLQGR
FRQMXQWRD]XOXQLIRUPHGHWRGDVDVIXQFLRQiULDVFRQIHFFLRQDGR
JUDWXLWDPHQWHSHODVDOXQDVGH3UiWLFDV,QWHJUDGDVGR/DU

(D0DULD)DXVWLQD"9RFrHVWiFXULRVR"1DVHJXQGDXQLGDGH
ela será a estrela.

9DPRVUHÁHWLUVREUHDOJXPDVUHDOLGDGHVHDOJXQV
conceitos que foram ingredientes das histórias desses
funcionários que me educaram para a felicidade.

1. Escolas Públicas²+RMHQR%UDVLODHGXFDomRHVFRODUSRGH
VHURIHUHFLGDHPHVFRODVS~EOLFDVPDQWLGDVHDGPLQLVWUD
GDVSHORVJRYHUQRV IHGHUDOHVWDGXDOHPXQLFLSDO VHPSUH
JUDWXLWDVHHVFRODVSULYDGDVPDQWLGDVSRUSHVVRDVRXHP
SUHVDVRQGHTXDVHVHPSUHRVDOXQRVRXVXDVIDPtOLDVSD
JDPPHQVDOLGDGHV$VHVFRODVSULYDGDVSRGHPVHUDVSDU
WLFXODUHVHPVHQWLGRHVWULWRFRPÀQVOXFUDWLYRVHDVVHP
ÀQV OXFUDWLYRV FRPR DV FRPXQLWiULDV FRQIHVVLRQDLV UHOL
JLRVDV HÀODQWUySLFDV(VVHVFRQFHLWRVHVWmRFRQWLGRVQRV
DUWLJRVHGD/HLQžGHWDPEpPFKDPDGD
/HLGH'LUHWUL]HVH%DVHVGD(GXFDomR1DFLRQDO /'% (P
SHOR&HQVR(VFRODUHVWDYDPPDWULFXODGRVQDVYiULDV
HWDSDV GD HGXFDomR EiVLFD  DOXQRV HP HVFRODV
S~EOLFDVHHPHVFRODVSULYDGDV

Em seu município, além das escolas pú-


EOLFDVH[LVWHPHVFRODVSULYDGDV"7HQWHFODVVLÀFiODV
nas quatro categorias acima. Quantos alunos estão ma-
triculados nas escolas públicas? Quantos nas escolas
privadas?

2. Educação Básica – $ SULPHLUD /'% GR %UDVLO IRL D /HL Qž


GH3RUHODH[LVWLDPRSUpSULPiULRTXHLQFOXtD
RV MDUGLQV GH LQIkQFLD R FXUVR 3ULPiULR FRP GXUDomR GH
55
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IMPORTANTE
TXDWUR D VHLV DQRV R FXUVR *LQDVLDO GH TXDWUR DQRV H R
FXUVR &ROHJLDO (VWH ~OWLPR WLQKD YiULDV RSo}HV R FLHQWtÀ
FRRFOiVVLFRRQRUPDORLQGXVWULDORDJUtFRODHRFRPHU
FLDO3DUDVHWHUDFHVVRDR*LQiVLRQmREDVWDYDFRPRKRMH
FRQFOXLU R TXDUWR DQR SULPiULR KDYLD XP ´H[DPH GH DG
PLVVmRµSDUHFLGRFRPRV´YHVWLEXODUHVµGHKRMHUHDOL]DGRV
SDUDDFHVVRDRVFXUVRVVXSHULRUHV3HORDUWLJRGDDWXDO
/'% D HGXFDomR HVFRODU FRPS}HVH GD HGXFDomR EiVLFD
IRUPDGDSHODHGXFDomRLQIDQWLOSHORHQVLQRIXQGDPHQWDOH
SHORHQVLQRPpGLRHGDHGXFDomRVXSHULRU

Em seu município, você conhece pessoas que


se submeteram ao exame de admissão? Entreviste-as,
SDUDVHQWLUXPSRXFRDVGLÀFXOGDGHVTXHHODVHQIUHQWD-
ram e perceber como a educação brasileira mudou em
quarenta anos.

3. Escola Normal – 2VSULPHLURVSURIHVVRUHVQR%UDVLOHUDP


UHOLJLRVRVFRPXPDORQJDIRUPDomRKXPDQtVWLFDHGLGiWLFD
'HSRLVSDVVDPRVSRUXPDpSRFDHPTXHDV&kPDUDV0X
QLFLSDLVUHFUXWDYDPSDUDVHUSURIHVVRUHVSULPiULRVSHVVR Para ter acesso a todas as
leis e decretos federais,
DVVHPTXDOTXHUIRUPDomRSURÀVVLRQDO%DVWDYDVDEHUOHU acesse o sítio: <www.
HVFUHYHUHFRQWDU(PIRLIXQGDGDDSULPHLUD(VFROD presidencia.gov.br> e
clique em “legislação”.
1RUPDO QR %UDVLO ² QD FLGDGH GH 1LWHUyL HQWmR FDSLWDO GD
3URYtQFLDGR5LRGH-DQHLUR²GHVWLQDGDjIRUPDomRGHSUR Você pode acessar a Lei
nº 9.394 (Lei de Diretrizes
IHVVRUHV H SURIHVVRUDV SULPiULDV 1R LQtFLR GD 5HS~EOLFD e Bases da Educação)
GHHPGLDQWHHVSDOKDUDPVHDV(VFRODV1RUPDLVSRU no endereço eletrônico
https://www.planalto.gov.
todo o Brasil, nas capitais dos Estados e nas cidades prin br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
FLSDLV$GH3LUDVVXQXQJD63HUDXPDGHODV&RPD/HLQž
GHWHQWRXVHFULDUDSURÀVVLRQDOL]DomRFRPSXO
VyULDHPQtYHOGHžJUDXRXVHMDDH[LJrQFLDGHTXHWRGRV
RVFXUVRVGHVVHQtYHOLQFOXtVVHPREULJDWRULDPHQWHXPDKD
ELOLWDomR RX WHUPLQDOLGDGH SURÀVVLRQDO &RP LVVR R FXUVR
QRUPDOVHWUDQVIRUPRXHP´KDELOLWDomRSDUDRPDJLVWpULRµ
(PD/'%DGPLWLXQRDUWLJRRFXUVRQRUPDOHP
QtYHOPpGLRFRPRXPDGDVDOWHUQDWLYDVGHIRUPDomRGRV
SURIHVVRUHVGDHGXFDomRLQIDQWLOHVpULHVLQLFLDLVGRHQVLQR
IXQGDPHQWDO

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Em seu Município, já existiu Escola Nor-
mal ou curso de habilitação para o magistério?
Ainda existe alternativa de formação de professores
em nível médio? Entreviste uma professora formada em
nível médio, que depois tenha feito curso superior, e
pergunte a importância de cada fase de formação para
sua atuação como docente.

4. Inspetor de Alunos e Suspensão – 6HYRFrFRQVXOWDURGL


FLRQiULR R TXH p PXLWR UHFRPHQGiYHO QHVVH FXUVR  YHUi
TXHDVSDODYUDV´LQVSHWRUµH´VXVSHQVmRµWrPYiULRVVLJQLÀ
FDGRVHVmRVXEVWDQWLYRVTXHQmRVHRULJLQDPGDSUiWLFDHV
FRODU´,QVSHFLRQDUµWHPPDLVDYHUFRPLQYHVWLJDUDVXEV
WkQFLDGRVHOHPHQWRVFRPSURYDUDTXDOLGDGHGHSURGXWRV
3RLVEHPGXUDQWHPXLWRWHPSRDDYDOLDomRGRGHVHPSH
QKRGRVDOXQRVQDVHVFRODVHDOHJDOLGDGHGDVHVFRODVQR
VLVWHPDHUDPDOYRGHVVHV´ROKHLURVµTXHPDLVLQWLPLGDYDP
HDSDYRUDYDPGRTXHFRQWULEXtDPSDUDDTXDOLGDGHGRSUR
FHVVRHQVLQR²DSUHQGL]DJHP1DVVDODVGHDXODRVDOXQRV
ÀFDYDPVRERROKDUGRVSURIHVVRUHVTXHVHVHQWDYDPHP
´FiWHGUDVµHPQtYHOVXSHULRUDRGRVDOXQRV1RUHVWDQWHGR
Você pode conhecer o
Estatuto da Criança e do HVSDoRHVFRODUSUHFLVDYDPVHU´YLJLDGRVµFRPRVHID]QDV
Adolescente no endereço SHQLWHQFLiULDV 7DO HUD R SDSHO UHSUHVVLYR GRV ´LQVSHWRUHV
eletrônico http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/ GH DOXQRVµ +RMH RV DOXQRV WrP JDUDQWLGR R GLUHLWR D GX
Leis/L8069.htm ]HQWRVGLDVHDRLWRFHQWDVKRUDVOHWLYDVDQXDLV$QWLJDPHQ
WHXPDGDVSXQLo}HVGLVFLSOLQDUHVHUDD´VXVSHQVmRµSHOD
TXDORHVWXGDQWHÀFDYDSURLELGRGHIUHTHQWDUDHVFRODSRU
WUrVRXPDLVGLDV1DSUiWLFDHUDXPDSUHVVmRSDUDRVSDLV
DSOLFDUHPXPFDVWLJRDGLFLRQDOTXHFRUULJLVVHRPDXFRP
SRUWDPHQWRGRVDOXQRV9RFrMiRXYLXIDODUGHFUXFLÀFDomR
H´SDXGHDUDUDµHPDPERVRFRQGHQDGRHUDVXVSHQVRHQ
WUHRFpXHDWHUUD2XPHOKRUHQWUHRLQIHUQRHDWRUWXUD
$LQGDEHPTXHRVWHPSRVPXGDUDPHKRMHWHPRVPpWR
GRVPDLVKXPDQRVGHFRQYHQFHUQRVVRVDOXQRVDWHUXPD
ERDFRQGXWD(OHVVmRSURWHJLGRVSHOR(VWDWXWRGD&ULDQoD
HGR$GROHVFHQWH /HLQžGH 

(P VHX PXQLFtSLR H[LVWHP SHVVRDV TXH GHL[DUDP GH HV


WXGDU SRU PDXVWUDWRV QD HVFROD" 9RFr Mi VRIUHX DOJXPD
SXQLomR FRQVLGHUDGD GHVXPDQD" 6HUi TXH DLQGD H[LVWHP
SURIHVVRUHVHIXQFLRQiULRVTXHDGPLWHPDVXVSHQVmRDH[
SXOVmRRXDWUDQVIHUrQFLDFRPSXOVyULD"

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'HVGH D SULPHLUD SiJLQD GHVWH PyGXOR HVWDPRV IDODQGR GH
HGXFDomRGHHGXFDGRUHVGHHGXFDU6HUiTXHHVWDPRVHQ
WHQGHQGRDPHVPDFRLVD"9DPRVDSURIXQGDUHVVDLGpLD

“Ninguém educa ninguém. Todos


nos educamos”
3DXOR)UHLUH

“A educação, mais que processo, é projeto”


&DUORV5REHUWR-DPLO&XU\

“Cinqüenta milhões de alunos são educados pelos


professores e funcionários das escolas públicas na
educação básica”
-RmR0RQOHYDGH

“Êta Saci, mal-educado!”


0RQWHLUR/REDWR

“Naquela tarde, nada aprendi de educação na


escola, senão o que eram a corrupção e a
delação”
0DFKDGRGH$VVLV

1DSULPHLUDXQLGDGHSURPHWLFRQWDUDKLVWyULDGH0DULD)DXV
WLQD9DPRVOiD$FRUL]DOSHTXHQDFLGDGHGH0DWR*URVVRD
VHVVHQWDTXLO{PHWURVGDFDSLWDO&XLDEi

(VWDPRVHP2HVWDEHOHFLPHQWRRQGHHODWUDEDOKDFRP
FHUFD GH TXLQKHQWRV DOXQRV GD SUpHVFROD j RLWDYD VpULH GR
(QVLQR )XQGDPHQWDO FKDPDVH Escola Estadual de 1º Grau
Dom Antonio Campelo)LFDQDSUDoDSULQFLSDOTXDVHjEHLUD
GR5LR&XLDEiRQGHXPDSHTXHQDEDOVDWUDQVSRUWDYHtFXORVH
SHVVRDVGHXPDPDUJHPjRXWUDeQHVVHULRTXH0DULD)DXV
WLQD XPD GDV GXDV PHUHQGHLUDV GD HVFROD SHJD iJXD EHP
FHGRSDUDDEDVWHFHURVÀOWURVGHEDUURXVDGRVSHODFRPXQL
GDGH7DQWRRGHVXDFDVDFRPRRVGDHVFRODGHFDGDVDOD
GH DXOD (OD H 'RQD %HQHGLWD SUHSDUDP D PHUHQGD WRGRV RV
GLDV1DPDLRULDGDVYH]HVXPSUDWRTXHQWHFRPRFDUQHFRP
DUUR]ULVRWRGHIUDQJRRXPDFDUURQDGDWXGRWHPSHUDGRFRP
DVYHUGXUDVGDKRUWDHVFRODU

1RVSULPHLURVDQRVGHVHXWUDEDOKRDPHUHQGDQRturno ma-
tutinoHUDVHUYLGDjVQRYHHPHLDQRUHFUHLR0DVPXLWRVDOX
QRVFKHJDYDPjHVFRODHPMHMXP1XPDUHXQLmRGRConselho
59
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IMPORTANTE
EscolarIRLGHFLGLGRTXHRKRUiULR
GD UHIHLomR VHULD DQWHFLSDGR SDUD
DV RLWR KRUDV )RL SUHFLVR TXH DV
PHUHQGHLUDV FKHJDVVHP PDLV
FHGR PDV FRPSHQVRX $V SUR
IHVVRUDV QRWDUDP D GLIHUHQoD QD
SURQWLGmR DOHJULD H GHVHPSHQKR
das crianças. Maria Faustina per
FHEHXFRPRDVLPSOHVDomRGHFR
]LQKDUHGLVWULEXLUDPHUHQGDPDLV
FHGR FRQWULEXLX SDUD D HGXFDomR
das crianças.

0DULD)DXVWLQDHVWiPDLVIHOL]$Wp
PHVPR SRUTXH SRGH YROWDU EHP
antes para casa e preparar o al
PRoRSDUDRPDULGRHDÀOKDUDGD(ODpXPDPXOKHUVRIULGD
4XHPDYrSHUFHEHTXHQHODFRUUHVDQJXHGDÉIULFDGD$Pp
ULFDHGD(XURSD8PDPHVWLoDVRUULGHQWHLUUHTXLHWDSDUHFH
WHUXPDPLVVmRPDLRUTXHVXDVIRUoDVTXHVXDIUDJLOLGDGH(OD
VyIH]DVpULHGRž*UDXFRUUHVSRQGHQWHDRDQWLJRFXUVR
SULPiULR 'L]HP TXH SDUD PHUHQGHLUD QmR SUHFLVD GH PDLV
HVWXGR0DVHODSHUFHEHTXHQmRpEHPDVVLPDJRUDPHVPR
WHYHWDQWDYRQWDGHGHLUjUHXQLmRTXHR6LQGLFDWRSURPRYHX
SDUDGLVFXWLUDYDORUL]DomRGRVIXQFLRQiULRVGHHVFROD4XHP
IRL"$9HU{QLFDTXHWHPž*UDXHWUDEDOKDQDVHFUHWDULD9RO
WRXWRGDIDFHLUDGHSRLVGHVHLVGLDVGHYLDJHPHHVWDGDHP
&DPSLQDV63'LVVHTXHHVWmRSURSRQGRDSURÀVVLRQDOL]DomR
GRVIXQFLRQiULRV6HUiTXHHODVyFRPDVpULHSRGHUiVH
SURÀVVLRQDOL]DUPHOKRUDURVDOiULR"(ODHVWiMXQWDQGRXPGL
QKHLULQKRSDUDDIRUPDWXUDGRÀOKRPDLVYHOKRR*HUFLQR6H
GHSHQGHUGHODWRGRVRVFLQFRÀOKRVYmRSHORPHQRVWHUPL
nar o 2º Grau.

2SDLSRXFRDMXGD$JRUDPHVPRHOHQmRHVWiHPFDVDIRL
SDUD RV ODGRV GR $UDJXDLD WUDEDOKDU HP GHUUXEDGDV SDUD
SODQWDUSDVWRVSDUDRVID]HQGHLURV9ROWDHPRXWXEURSDUDD
´SROtWLFDµ1HVVHDQRDHOHLomRGHSUHIHLWRYDLVHUEHPGLIH
UHQWHDOpPGRVFDQGLGDWRVGRVSDUWLGRVGHVHPSUHRFROHJD
GHWUDEDOKRGD0DULD)DXVWLQDRSURIHVVRU-RmRWDPEpPYDL
GLVSXWDUD3UHIHLWXUD4XHYHUJRQKD-RmRDIH]SDVVDURQWHP
9HLRXPPRoRGH&XLDEiFRPXPDÀOPDGRUDHQmRpTXHR
-RmRDHVFROKHXSDUDHQWUHYLVWDUQRPHLRGD3UDoDQDKRUDGR
UHFUHLRGRVDOXQRV"´)LTXHLWmRDWRUGRDGDTXHQmRVHLRTXH
HOHSHUJXQWRXHRTXHHXUHVSRQGL6yPHOHPEURTXHTXDQ
60
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GRHXLDVDLQGRSDUDEXVFDUiJXDQRULRPHGLVVH¶0DULDFRP
HVVHVRUULVRYRFrSRGLDVHHOHJHUYHUHDGRUDSHOR3DUWLGRGDV
7UDEDOKDGRUDV·µ

2DQRGHIRLPXLWRLPSRUWDQWHSDUDR%UDVLO'HSRLVGH
PDLV GH YLQWH DQRV GH GLWDGXUD R SDtV JDQKRX XPD FRQVWL
WXLomR GHPRFUiWLFD (OD DVVHJXURX DRV FLGDGmRV EUDVLOHLURV
QRYRVHLPSRUWDQWHVGLUHLWRV1mRVyGHHOHJHUSUHIHLWRVGRV
PXQLFtSLRV JRYHUQDGRUHV GRV (VWDGRV H SUHVLGHQWH GD 5H
S~EOLFD2VWUDEDOKDGRUHVWLYHUDPUHFRQKHFLGRVHDPSOLDGRV
VHXVGLUHLWRVDXPDUHPXQHUDomRGLJQDHDFRQGLo}HVKXPD
QDV GH WUDEDOKR 2V VHUYLGRUHV S~EOLFRV DQWHV SURLELGRV GH
VHVLQGLFDOL]DUSXGHUDPVHRUJDQL]DUHPVLQGLFDWRV&RPRMi
IRLGLWRQD8QLGDGH,HPD$VVRFLDomRGRV3URÀVVLRQDLV
GD(GXFDomRGH0DWR*URVVRTXHFRQJUHJDYDRVHGXFDGRUHV
GDVHVFRODVS~EOLFDVQDHGXFDomREiVLFDWUDQVIRUPRXVHHP
6LQGLFDWRR6LQWHS07

2TXHWHPLVVRDYHUFRPD0DULD)DXVWLQD"7HPWXGRDYHU
QmRVyFRPHODPDVFRPDKLVWyULDGDHGXFDomRQR%UDVLOH
FRPRQRVVRFXUVR(ODIRLFRQYLGDGDDVHVLQGLFDOL]DUHDV
VLPLQVHULXVHHPXPJUDQGHPRYLPHQWRRGDXQLÀFDomR e
SURÀVVLRQDOL]DomRGRVWUDEDOKDGRUHVHPHGXFDomR

(ODFRPHoRXDVHVHQWLUQmRVRPHQWHXPDWUDEDOKDGRUDTXH
JDQKDYD VDOiULR FRPR PHUHQGHLUD PDV XPD HGXFDGRUD DO
JXpP LQWHJUDGD D XPD FDWHJRULD TXH UHLYLQGLFDYD PHOKRULDV
SDUDVLHSDUDDHVFRODS~EOLFD(PR6LQWHSIRUPXORXDV
SULPHLUDVSURSRVWDVGHFXUVRVWpFQLFRVSDUDDSURÀVVLRQDOL]D
omRGHIXQFLRQiULRV1R&RQJUHVVRGH$UDFDMX 6( HP
TXDQGRIRLIXQGDGDD&RQIHGHUDomR1DFLRQDOGRV7UDEDOKDGR
UHV HP (GXFDomR &17(  TXH VXFHGHX D &RQIHGHUDomR GRV
3URIHVVRUHVGR%UDVLO &3% LQFRUSRUDQGRDRVSURIHVVRUHVRV
´HVSHFLDOLVWDVHPHGXFDomRµHRVIXQFLRQiULRVGHHVFRODVFR
PHoRX D FLUFXODU D WHVH GH TXH RV IXQFLRQiULRV QmR VRPHQ
WHGHYLDPVHUFRQVLGHUDGRVHGXFDGRUHVFRPRGHYHULDPWHU
XPDIRUPDomRHVSHFtÀFDHPXPSULPHLURPRPHQWRSRUPHLR
de cursos técnicos em nível médioHQRIXWXURHPQtYHOVX
perior.

0DULD)DXVWLQDDVVLPFRPR'RQD%HQHGLWDQHPWLQKDPFRQ
FOXtGRRHQVLQRIXQGDPHQWDO3RGHULDPHODVVRQKDUFRPDSUR
ÀVVLRQDOL]DomRHPQtYHOPpGLR"

1HVVHSRQWRDKLVWyULDGDHGXFDomRHP0DWR*URVVRHDKLVWy
ULDGH0DULD)DXVWLQDVHGLVWDQFLDP'HSRLVGHPXLWDOXWDR6LQ
WHSFRQVHJXLXWDQWRQDUHGHHVWDGXDOGH0DWR*URVVRFRPR 61
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IMPORTANTE
QDUHGHPXQLFLSDOGH&XLDEiDRIHUWDGHFXUVRVGHSURÀVVLR
QDOL]DomRSDUDRVIXQFLRQiULRVGHHVFROD(PUHFHEHUDP
RGLSORPDGHWpFQLFRVHPDGPLQLVWUDomRHVFRODUHPXOWLPHLRV
GLGiWLFRVWUH]HQWRVIXQFLRQiULRV3HOR3URMHWR$UDUD$]XOPDLV
GHTXDWURPLOIXQFLRQiULRVIRUDPSURÀVVLRQDOL]DGRVHPWRGDV
DVUHJL}HVGR(VWDGR1R'LVWULWR)HGHUDOHQR$FUHDLQGDQD
GpFDGDGHFHQWHQDVGHIXQFLRQiULRVYLUDPVXUJLUGLDQWH O Parecer CNE/CEB n.º
16/2005 traz a proposta
GHOHVDRSRUWXQLGDGHGHHVWXGDUPDLVHPQtYHOIXQGDPHQWDOH de Resolução que inclui,
PpGLRHWDPEpPGHVHSURÀVVLRQDOL]DURXVHMDREWHUXPDIRU nos quadros anexos à
Resolução CNE/CEB n.º
PDomRSURÀVVLRQDOSRUPHLRGHKDELOLWDomRHPQtYHOPpGLR 4, de 1999, como 21ª
ÉUHD3URÀVVLRQDODiUHD
(VVHV FXUVRV GH SURÀVVLRQDOL]DomR QD iUHD GH HGXFDomR VH de Serviços de Apoio
FRQVWLWXHP SHOD LQWHJUDomR GH FRQWH~GRV WpFQLFRV HVSHFtÀ Escolar.

FRVGHFDGDKDELOLWDomRDXPEORFRGHPDWpULDVSHGDJyJLFDV Esta área compreende


&DUDFWHUL]DP VHXV FRQFOXLQWHV FRPR HGXFDGRUHV 3DUD LVVR atividades em nível
técnico, de planejamento,
DOpP GDV PDWpULDV GH HVWXGR FRQFRUUHP WUH]HQWDV KRUDV GH execução, controle e
HVWiJLRVXSHUYLVLRQDGRHPDPELHQWHVHVFRODUHV avaliação de funções
de apoio pedagógico
e administrativo nas
$WXDOPHQWHSRUIRUoDGR3DUHFHUQžGD&kPDUDGH(GX escolas públicas e
FDomR%iVLFDGR&RQVHOKR1DFLRQDOGH(GXFDomR &1( SRGHP privadas de educação
básica e superior.
VHURUJDQL]DGRVFXUVRVWpFQLFRVSDUDTXDWURKDELOLWDo}HVJHVWmR
HVFRODUPXOWLPHLRVGLGiWLFRVDOLPHQWDomRHVFRODUHPDQXWHQomR As funções de secretaria
escolar, alimentação
GHLQIUDHVWUXWXUDVHPHLRDPELHQWHHVFRODUHV2FXUUtFXORGHQRV
escolar, multimeios
VRFXUVRR3URIXQFLRQiULRWHPFRPREDVHRVGLVSRVLWLYRVGD5H didáticos e infra-
VROXomR&(%&1(QžTXHLQWHJUDDV'LUHWUL]HV1DFLRQDLV estrutura dão origem às
KDELOLWDo}HVSURÀVVLRQDLV
VREUHD(GXFDomR3URÀVVLRQDOHP1tYHO0pGLR mais correntes na área.

$TXLYROWDPRVDRFHQWURGDVUHÁH[}HVGHVVDXQLGDGHDHGX
cação.

62
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1RVGLDVGHKRMHTXDQGRVHIDODHPHGXFDomRDJHQWHSHQVD
ORJR HP escola 2 DWR SHVVRDO GH HGXFDUVH H D DomR VRFLDO
GH HGXFDU VmR DQWHULRUHV D HOD RFRUUHP HP RXWURV HVSDoRV
VRFLDLV3RUH[HPSORTXDQGRXPDFULDQoDFULDGDQDIDPtOLD
SDVVDDHQWHQGHUTXHGHYHHVFRYDURVGHQWHVDSyVDVUHIHL
o}HV HOD HVWi VH HGXFDQGR HVWi IRUPDQGR XP KiELWR FXOWL
YDQGRXPYDORU4XDQGRDWHOHYLVmRUHSHWHVHJXLGDPHQWHTXH
RVSDLVGHYHPOHYDUVHXVÀOKRVSDUDYDFLQDUDVRFLHGDGHHVWi
HGXFDQGRUHIRUoDQGRXPYDORUQDSRSXODomR(PDPERVRV
FDVRVDHVFRODQmRLQWHUIHULX(H[LVWLXHGXFDomRSRUTXHRFRU
UHXXPDWRFXOWXUDOIRUPDWLYR

2%UDVLOTXHFRQKHFHPRVFRPHoRXFRPDFKHJDGDGRVSRU
WXJXHVHVHPHFLQTHQWDDQRVGHSRLVHOHVIXQGDUDP
QRVVR SULPHLUR FROpJLR QD %DKLD 0DV Mi HVWi SURYDGR TXH
PDLVGHWULQWDPLODQRVDQWHVVHUHV
KXPDQRVKDELWDYDPRWHUULWyULREUD
VLOHLUR 3HOR PHQRV QR 3LDXt RQGH
IRUDPGHVFREHUWRVYHVWtJLRVGHDQWL
JDVFXOWXUDVLQGtJHQDV'XUDQWHWRGR
HVVH WHPSR RV tQGLRV QmR WLQKDP
HVFRODPDVWLQKDPHGXFDomR

E Maria Faustina, onde estão os seus


VRQKRVHRVHXVRUULVR"

0DULD )DXVWLQD FRP DTXHOH VRUULVR


VyGHODDTXHODDOHJULDTXHVXEVWLWXtD
DWpDPHUHQGDTXHjVYH]HVIDOWDYD
QD (VFROD GH $FRUL]DO HGXFRXPH
(QVLQRXPHFRPVXDYLGDHVXDPRUWHTXHHVFRODpOXJDUGH
VHFXOWLYDUIHOLFLGDGH(XHUDSURIHVVRUHODIXQFLRQiULD0DV
HPFRQWDWRFRPHODIXLHGXFDGRSRUHODDVVLPFRPRSRUWDQ
WRVRXWURVIXQFLRQiULRV

0DULD)DXVWLQDHUDPXLWRDOHJUH*RVWDYDGHGDQoDU8PDQRL
WHDRVDLUGRFOXEHWHYHGHSDVVDUSHORPHLRGHXPDEULJD
8PDSHGUDFRPTXHDOJXpPSURFXUDYDDWLQJLURXWURDOJXpP
DFHUWRXHPFKHLRVXDFDEHoD&KHJRXPRUWDD&XLDEi2VHX
VRIULPHQWRQmROKHURXEDYDRVRUULVR1mRHQYHOKHFHXSDUD
QmRSHUGrORHQWUHDVUXJDVGRVRIULPHQWR(GXFRXPH(GX
FRXQmRVyRVÀOKRVFRPRDWDQWRVDOXQRVGH$FRUL]DO

63
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IMPORTANTE
9DPRVUHÁHWLUDJRUDVREUHPDLVDOJXQVFRQFHLWRV

5. Currículo²8PDGDVIRUPDVGHGHVFUHYHUDHGXFD
omRHVFRODUpD´WUDQVPLVVmRVLVWHPiWLFDGDFXOWXUDGHXPD
VRFLHGDGHµ 2UD D FXOWXUD FRPSUHHQGH R DF~PXOR GH FR
QKHFLPHQWRVFLHQWtÀFRVDUWtVWLFRVWHFQROyJLFRVEHPFRPR
RVYDORUHVGHXPSRYR1mRFDEHULDQRVDQRVOHWLYRVHQRV
KRUiULRVHVFRODUHVWRGDDFXOWXUDGHXPDVRFLHGDGH(QWmR
DVDXWRULGDGHVHVFROKHPGHWHUPLQDGRV´FRQWH~GRVµHRVRU
JDQL]DP HP ´PDWpULDV GH HQVLQRµ RX ´iUHDV GH HVWXGRµ D
TXHVHGiRQRPHGHFXUUtFXORRXVHMDDVSDUWHVGDFXOWXUD
TXHRDOXQRpREULJDGRDSHUFRUUHU1R%UDVLORFXUUtFXORGD
HVFRODSULPiULDHVHFXQGiULD HQVLQRIXQGDPHQWDOHHQVLQR
PpGLR SRXFRPXGRXGHDWpKRMH0DVDVFRQFHSo}HV
HDVIRUPDVWrPVLGRDOYRVGHPXLWDVUHIRUPDVLQFOXLQGRD
GHKRMHMiSDUFLDOPHQWHVXSHUDGD

Em bibliotecas de sua cidade, você teria acesso


a livros didáticos do início do século XX e das déca-
das posteriores? Procure manuseá-los e perceba as di-
ferenças e as semelhanças com os usados atualmente.
Num curso a distância, como o Profuncionário, qual a
importância dos módulos impressos?

6. Regimento Escolar e Proposta Pedagógica da Escola – 8PD


GDV JUDQGHV GLIHUHQoDV QD RUJDQL]DomR GD HGXFDomR HVFR
ODUHQWUHRSHUtRGRDXWRULWiULRHRGHPRFUiWLFR²LQDXJXUDGR
SHOD&RQVWLWXLomRGHHSHOD/'%GH²pRIRUPDWR
GHUHJXODomRMXUtGLFDGDHVFROD$WpDHVFRODVHHVWUX
WXUDYD H IXQFLRQDYD VRE RV GLVSRVLWLYRV GH XP 5HJLPHQWR
,QWHUQRDPDLRUSDUWHGDVYH]HVGHIRUPDWR~QLFRHPFDGD
VLVWHPDGHHQVLQR6XDVUHJUDVDOpPGHHODERUDGDVGHIRUD
SDUDGHQWURHUDPH[WUHPDPHQWHOHJDOLVWDVGHIRUPDDLQLELU
HDEDIDUDVGHFLV}HVGHFDGDHVFROD'XUDQWHRSURFHVVRGH
UHGHPRFUDWL]DomRGRSDtV ² PXLWDVUHGHVPXQL
FLSDLVHHVWDGXDLVHVWLPXODUDPVXDVHVFRODVDHODERUDUVHX
SUySULR3URMHWR3ROtWLFRSHGDJyJLFR 333 FRPSDUWLFLSDomR
GHSURIHVVRUHVIXQFLRQiULRVSDLVHDOXQRV(VVHPRYLPHQWR
64
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UHVXOWRX QmR QR GHVFDUWH GRV UHJLPHQWRV LQWHUQRV PDV QD
LQVWLWXFLRQDOL]DomRGHXPDQRYDFXOWXUDDGDHODERUDomRGR
TXHD/'%FKDPRXGH3URSRVWD3HGDJyJLFDGD(VFROD 33( 
DTXDOGLIHUHQWHPHQWHGRUHJLPHQWRQmRSUHFLVDQHPGHYH
VHUDSURYDGDSRUDOJXPyUJmRVXSHULRUGDUHGHRXGRVLVWH
PD7DQWRDVHVFRODVS~EOLFDVFRPRDVSULYDGDVWrPGHID]HU
HUHID]HUFRQWtQXDHSDUWLFLSDWLYDPHQWHVXD33(

$HVFRODHPTXHYRFrDWXDFRQWDFRPXPD33(RXXP333"
4XHPSDUWLFLSRXGHVXDHODERUDomR")RLDSURYDGRSHOR&RQ
VHOKR(VFRODU"4XDLVVmRRVUHSUHVHQWDQWHVGRVIXQFLRQiULRV
QR &RQVHOKR (VFRODU" 9RFr WHP DOJXPD H[SHULrQFLD FRPR
FRQVHOKHLUR D "

7. Escola Estadual – $VHVFRODVS~EOLFDVQR%UDVLOSRGHPVHU


FULDGDVPDQWLGDVHDGPLQLVWUDGDVSHOD8QLmRSHOR'LVWULWR
)HGHUDOSHORVHVWDGRVHSHORVPXQLFtSLRV([LVWHPPDLVGH
GX]HQWDVPLOHVFRODVS~EOLFDVQRSDtV$PDLRULDDWpSRXFR
WHPSRHUDPHVWDGXDLV(ODVFRPHoDUDPDVHUFULDGDVHP
GHSRLVTXHR$WR$GLFLRQDOj&RQVWLWXLomRGR,PSpULR
GR%UDVLOGHVFHQWUDOL]RXSDUDDVSURYtQFLDV DQWLJRQRPHGRV
HVWDGRV DUHVSRQVDELOLGDGHGHRIHUHFHUHQVLQRSULPiULRH
VHFXQGiULRjVFULDQoDVHDRVMRYHQV&RPD3URFODPDomRGD
5HS~EOLFDHPGHQRYHPEURGHDVHVFRODVHVWDGX
DLVPXOWLSOLFDUDPVHHSDVVDUDPDFRQVWLWXLUFRPDVHVFR
ODVPXQLFLSDLVGRUHVSHFWLYR(VWDGRRVLVWHPDHVWDGXDOGH
HQVLQR (VVH VLVWHPD WLQKD FRPR yUJmR QRUPDWLYR R &RQ
VHOKR(VWDGXDOGH(GXFDomRDRTXDOFRPSHWLDFUHGHQFLDU
HVFRODVDXWRUL]DUHUHFRQKHFHUFXUVRV3HOD&RQVWLWXLomRGH
RV0XQLFtSLRVTXHMiFRQWDYDPFRPVXDSUySULDUHGH
GHHVFRODVSXGHUDPLQVWDODUVLVWHPDVGHHQVLQRSUySULRV
FRPRUHVSHFWLYR&RQVHOKR0XQLFLSDOGH(GXFDomR

Em seu município existem escolas estadu-


ais e municipais? Qual delas tem mais alunos ma-
triculados? Você conhece algum(a) conselheiro(a) mu-
nicipal de educação? Seu Município constitui-se num
sistema de ensino autônomo?

8. Turno Matutino – $HGXFDomRHVFRODUpRIHUHFLGDHPHWD


SDVHPRGDOLGDGHV$SULPHLUDHWDSDDGDHGXFDomRLQIDQWLO
GHVGREUDVHHPFUHFKHVSDUDFULDQoDVFRPDWpWUrVDQRVH
SUpHVFRODVSDUDHVWXGDQWHVGHTXDWURHFLQFRDQRV2HQVL
QRIXQGDPHQWDOGXUDQRYHDQRV2HQVLQRPpGLRHPJHUDO
pRIHUHFLGRHPWUrVDQRVPDVFRVWXPDGXUDUPDLVTXDQGR 65
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IMPORTANTE
pLQWHJUDGRjHGXFDomRSURÀVVLRQDO 'HFUHWRQžGH
 FRPRQRFDVRGDIRUPDomRGHWpFQLFRVDJUtFRODVH
LQGXVWULDLV$QWLJDPHQWHDWpPDLVRXPHQRVRVHQVL
QRV IXQGDPHQWDO H PpGLR HUDP RIHUHFLGRV HP LQWHUQDWRV
VHPLLQWHUQDWRVHH[WHUQDWRVVHPSUHFRPRIXQFLRQDPHQ
WR GH DXODV H HVWXGRV HP MRUQDGDV GH VHWH D QRYH KRUDV
GLiULDV(UDRTXHKRMHVHFKDPDGHWXUQRLQWHJUDO&RPD
H[SORVmRGHPDWUtFXODVSRUYROWDGHDVHVFRODVHVWD
GXDLVGHVGREUDUDPVHHP´WXUQRVµPDWXWLQRYHVSHUWLQRH
QRWXUQR H FRP LVVR SXGHUDP RIHUHFHU R WULSOR GH YDJDV
,QIHOL]PHQWHHVVDGHFLVmRQmRIRLDFRPSDQKDGDGHRIHUWD
GHUHFXUVRVÀQDQFHLURVSURSRUFLRQDLV(SLRUPXLWRVSUR
IHVVRUHVFRPHoDUDPDGREUDUDMRUQDGD(VVHVGRLVIDWRUHV
OHYDUDPjSHUGDGDTXDOLGDGHGRHQVLQRHGDDSUHQGL]DJHP
1DVGpFDGDVGHHHVFRODVRIHUHFLDPTXDWURHDWp
FLQFRWXUQRV(VVHDEXVRGHWHUPLQRXTXHHPD/HL
GH'LUHWUL]HVH%DVHVGD(GXFDomRÀ[DVVHRPtQLPRGHTXD
WURKRUDVGHDXODVGLiULDVHPGX]HQWRVGLDVOHWLYRVDQXDLV
RTXHUHVXOWDHPXPFXUUtFXORPtQLPRGHRLWRFHQWDVKRUDV
(VVHWHPSRGLiULRHDQXDOpXPGLUHLWRGHWRGRHVWXGDQWH
1HQKXPDGHVFXOSDSRGHWHUDDXWRULGDGHTXHQmRJDUDQWLU
HVVH GLUHLWR D WRGRV 'Dt D LPSRUWkQFLD GD À[DomR GH XP
FDOHQGiULRHVFRODUTXHUHVJXDUGDQGRGLDVGHIpULDVSDUD
RVSURÀVVLRQDLVGDHGXFDomRSUHYHMDDOJRFRPRGLDV
OHWLYRVSDUDGHIHQGHUGHSRVVtYHLVLPSUHYLVWRVRGLUHLWRGRV
DOXQRVjDSUHQGL]DJHP

Níveis Etapas Modalidades


  5HJXODU
 (GXFDomRLQIDQWLO (GXFDomRHVSHFLDO
(GXFDomREiVLFD FUHFKHHSUpHVFROD 
(GXFDomRLQGtJHQD
Educação especial
 (QVLQRIXQGDPHQWDO (GXFDomRLQGtJHQD
  (GXFDomRSURÀVVLRQDO
 (QVLQRPpGLR (GXFDomRDGLVWkQFLD
  (GXFDomRGHMRYHQVHDGXOWRV

Graduação
(GXFDomRVXSHULRU (VSHFLDOL]DomR 5HJXODU
 0HVWUDGR (GXFDomRDGLVWkQFLD
 'RXWRUDGR (QVLQRQRWXUQR

66
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Você conhece, em seu município ou em outro lu-
gar, alguma escola que funcione em tempo integral?
Você já ouviu falar dos CIEP’s do Rio de Janeiro? Ou
dos CAIC’s do tempo do ex-presidente Itamar Franco?
9RFrVDEHRTXHVLJQLÀFDPHVVDVVLJODV"1RDQRSDVVD-
do, sua escola cumpriu com exatidão os duzentos dias
letivos, com quatro horas de atividades diárias?

Quadro evolutivo da legislação da educação básica no Brasil


Data Lei Assunto
&ULDHQVLQRSULPiULRJUDWXLWR
 ,PSHULDO
SDUDPHQLQRVHPHQLQDV
/HLVRUJkQLFDVGRHQVLQR
'HD 'LWDGXUD9DUJDV SULPiULRVHFXQGiULR
QRUPDOHSURÀVVLRQDO
'LUHWUL]HVHEDVHVGD
 
educação nacional.
5HIRUPDGRHQVLQRGHžH
 
žJUDXV
&ULDKDELOLWDo}HVEiVLFDVQR
 
žJUDX
'LUHWUL]HVHEDVHVSDUDD
 
HGXFDomREiVLFDHVXSHULRU
Institui o ensino
H H IXQGDPHQWDOGHQRYHDQRV
a partir de seis de idade.

67
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68
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9RFr VDELD TXH QDV GX]HQWDV PLO HVFRODV IHGHUDLV HVWDGXDLV
HPXQLFLSDLVGR%UDVLOWUDEDOKDPPDLVGHXPPLOKmRGHIXQ
FLRQiULRVQmRGRFHQWHV"6HVRPDUPRVRVTXHWUDEDOKDPHP
yUJmRV GRV VLVWHPDV GH HQVLQR 0LQLVWpULR GD (GXFDomR VH
FUHWDULDVHVWDGXDLVHPXQLFLSDLVGLUHWRULDVUHJLRQDLVHWF VmR
TXDVHPLOKmR

'L]LDVHKiDOJXPWHPSRTXHDPDLRULDGRVIXQFLRQiULRVHUD
VHPLDQDOIDEHWD 5HDOPHQWH VH WLYHVVH VLGR IHLWR XP FHQVR
GRVIXQFLRQiULRVGDVHVFRODVHVWDGXDLVHPXQLFLSDLVHP
FHUWDPHQWHPDLVGDPHWDGHQmRKDYLDFRQFOXtGRRHQVLQRIXQ
GDPHQWDO+RMHDVLWXDomRHVWiEHPGLIHUHQWH&RPDDSRVHQ
WDGRULDGHPLOKDUHVGHIXQFLRQiULRVSRXFRHVFRODUL]DGRVFRP
RLQJUHVVRGHRXWURVPLOKDUHVSRUFRQFXUVRVS~EOLFRVHPTXH
VHH[LJLXSHORPHQRVRHQVLQRIXQGDPHQWDOHFRPDRIHUWD
GHFXUVRVGHHQVLQRIXQGDPHQWDOHPpGLRQDPRGDOLGDGHGH
HGXFDomRGHMRYHQVHDGXOWRV (-$ HVWLPRTXHRVPLOKmR
GHIXQFLRQiULRVHVWDULDPDVVLPGLVWULEXtGRV
Escolaridade Fund. Profissional
Fundamental Médio Superior
Incomp. Médio
Funcionários 400.000 300.000 395.000 5.000 100.000
$PpGLDGHHVFRODULGDGHGRVEUDVLOHL
URVFRPPDLVGHTXLQ]HDQRVpGHVHWH
DQRV GH HVWXGR e XPD PpGLD PXLWR
EDL[DSRUTXHQmRDWLQJHQHPRVQRYH
52 DQRVGRHQVLQRIXQGDPHQWDOREULJDWy
ULR 1RV SDtVHV HXURSHXV D HVFRODUL
dade dos adultos passa de doze anos,
UNIDADE 5²)XQFLRQiULRVHPSULPHLUROXJDUFLGDGmRV(VFRODULGDGH

H QD $UJHQWLQD H HP &XED FKHJD D


RQ]H$HVFRODULGDGHHQWUHRVIXQFLR
QiULRVGHHVFRODPHOKRURXPDVWDOYH]
QHP DWLQMD WDPEpP RV QRYH DQRV $
FDWHJRULD DGYRJD TXH WRGRV WHQKDP
DHGXFDomREiVLFDFRPSOHWDTXHFRU
responde a onze anos de escolarida
GHDRHQVLQRPpGLRFRQFOXtGR

2 TXH D /'% SUHJD SDUD WRGRV RV FL


GDGmRV²DHGXFDomREiVLFD²RVIXQ
FLRQiULRV GH HVFRODV WDPEpP WrP GH
WHUFRPRGLUHLWRGHFLGDGDQLDHGHYHU
EiVLFDHVXSHULRU

SURÀVVLRQDO

Art. 22 A educação básicaWHPSRUÀQDOL-


dades desenvolver o educando, assegu-
69
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IMPORTANTE
rar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e
em estudos posteriores.

Art. 32 O ensino fundamental obrigatório, com duração de


9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se
aos 6 (anos) de idade, terá por objetivo a formação bási-
ca do cidadão, mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo


como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escri-
ta e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema


político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,


tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilida-
des e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de


solidariedade humana e de tolerância recíproca em que
se assenta a vida social.

Art. 35 O ensino médioHWDSDÀQDOGDHGXFDomREiVLFDFRP


GXUDomRPtQLPDGHWUrVDQRVWHUiFRPRÀQDOLGDGHV

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimen-


tos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o
prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do


educando, para continuar aprendendo, de modo a ser
FDSD] GH VH DGDSWDU FRP ÁH[LELOLGDGH D QRYDV FRQGL-
ções de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – o aprimoramento do educando como pessoa humana,


incluindo a formação ética e o desenvolvimento da auto-
nomia intelectual e do pensamento crítico;

,9²DFRPSUHHQVmRGRVIXQGDPHQWRVFLHQWtÀFRWHFQROyJL-
cos dos processos produtivos, relacionando a teoria com
a prática, no ensino de cada disciplina.

70
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Vamos pensar. No mundo de
hoje, século XXI, na sociedade do
conhecimento, baseada na troca eletrônica de
informações, alguém poderá ter como objetivo
de formação escolar o simples ensino fundamental,
que corresponde ao curso primário do início do
século XX? Como ser um consumidor crítico, como
ser um intérprete de notícias e de situações que
H[LJHPRFRQKHFLPHQWRFLHQWtÀFR"&RPRGHFLGLU
entre um parto normal e um cesariano, sobre o uso
dos diferentes contraceptivos, sobre as diversas
DOWHUQDWLYDVGHRFXSDomRGHSURÀVVmRGHFXOWXUD
HGHOD]HU"&RPRÀVFDOL]DUQRVVRVJRYHUQDQWHV
como impedir os desvios de verbas públicas, sem
conhecimento mais profundo dos códigos e
linguagens a que só temos acesso no ensino
médio?

O ensino médio é uma necessidade, como a luz


elétrica, o telefone, a televisão, o computador, a internet.

(pQHFHVViULRXPHQVLQRPpGLRGHTXDOLGDGHSDUDSUHSDUDU
DGROHVFHQWHVMRYHQVHDGXOWRVDID]HUXVRFRUUHWDPHQWHFRP
OLEHUGDGH H UHVSRQVDELOLGDGH GH WRGRV HVVHV LQVWUXPHQWRV
QRYRV TXH D FLrQFLD H D WHFQRORJLD QRV RIHUHFHP FDGD YH]
PDLVVRÀVWLFDGRV

3DUDRVDWXDLVIXQFLRQiULRVTXHDLQGDQmRFRQFOXtUDPRHQVLQR
PpGLR²FHUFDGHVHWHFHQWRVPLO²DSULPRUGLDOUHLYLQGLFDomR
QDVHVFRODVRQGHWUDEDOKDPpYLDELOL]DUDPDWUtFXODQDHGXFD
Lembremos-nos: os
colégios dos jesuítas omRGHMRYHQVHDGXOWRVMXQWRjVHFUHWDULDGHHGXFDomRHVWD
tinham muito maior GXDO RX PXQLFLSDO GH IRUPD TXH QR PHQRU SUD]R SRVVtYHO
qualidade que as aulas
régias porque os primeiros SRVVDPWHUHPVHXFXUUtFXORDHGXFDomREiVLFDFRPSOHWD
contavam com um grupo
de coadjutores, com (HQWmRFRQFOXtGRRHQVLQRPpGLRDFDERXDFDPLQKDGDGD
especialidades técnicas,
que completavam com FLGDGDQLD"1mR6mRQHFHVViULRVPDLVGRLVDYDQoRVRGDSUR
educação integral o ensino ÀVVLRQDOL]DomRRXVHMDGDPDWUtFXODHPXPFXUVRSURÀVVLRQD
que os padres davam nas
salas de aula. OL]DQWHGHQtYHOPpGLRTXHFDSDFLWHRIXQFLRQiULRHPXPDGDV
TXDWURLGHQWLGDGHVTXHMiFRQKHFHPRV WpFQLFRHPDOLPHQWD
omRHVFRODUWpFQLFRHPJHVWmRHVFRODUWpFQLFRHPPXOWLPHLRV
GLGiWLFRVHWpFQLFRHPPHLRDPELHQWHHPDQXWHQomRGDLQIUD
HVWUXWXUDHVFRODU HRGDIRUPDomRHPQtYHOVXSHULRU

2 3URIXQFLRQiULR p XPD SURSRVWD GH &XUVR 7pFQLFR HP 1t 71


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IMPORTANTE
YHO0pGLRDGLVWkQFLD0DVTXDOTXHUGDVTXDWURKDELOLWDo}HV
SURÀVVLRQDLVDTXHUHIHULPRV RXPHVPRRXWUDLQGLFDGDSHOD
GHPDQGDGHWUDEDOKRGRUHVSHFWLYRVLVWHPDGHHQVLQR SRGH
VHURIHUHFLGDHPFXUVRVSUHVHQFLDLVVHMDGHRIHUWDUHJXODULQ
WHJUDGDVXEVHTHQWHRXFRQFRPLWDQWHDRFXUVRPpGLRVHMD
GHRIHUWDSDUFHODGDHPPyGXORVVHPDQDLVRXPHQVDLVDGDS
WDGRVjUHDOLGDGHGHWUDEDOKRGRVIXQFLRQiULRV%DVWDTXHXPD
HVFRODGHHQVLQRPpGLRHVWDGXDORXPXQLFLSDODVVXPDDSUR
SRVWDRIHUHoDRFXUVR DWpPHVPRSRUPHLRGHFRQYrQLRFRP
DOJXPD HQWLGDGH SURÀVVLRQDO  UHVSRQVDELOL]HVH SHOD DYDOLD
omRHHPLWDRGLSORPDGHFRQFOXVmR

7HPRVFHUWH]DGHTXHFKHJDUiRGLDHPTXHQmRVRPHQWHRV
IXQFLRQiULRV GH HVFROD HP H[HUFtFLR PDV RV DGROHVFHQWHV H
MRYHQV WHUmR D RSRUWXQLGDGH GH HVFROKHU XP GHVVHV FXUVRV
SURÀVVLRQDOL]DQWHVGHQtYHOPpGLRFRPRKRMHHVFROKHPRGH
7pFQLFR HP &RPSXWDomR GH 7pFQLFR HP (QIHUPDJHP GH
7pFQLFRHP$JURSHFXiULDGH7pFQLFRHP6HFUHWDULDGR,VVR
GHSHQGHDOpPGDVSROtWLFDVS~EOLFDVGRLQWHUHVVHGHHVWDGRV
HPXQLFtSLRVHPRIHUHFHURFXUVRGDGHPDQGDGRVVLQGLFDWRV
GHWUDEDOKDGRUHVHPHGXFDomRHGDVSUySULDVHVFRODVFRP
SURPHWLGDVFRPDTXDOLGDGHGRHQVLQR

9RFr UHSDURX TXH Mi H[LVWHP FHUFD GH FHP PLO IXQFLRQiULRV
QmRGRFHQWHVTXHWrPGLSORPDGHJUDGXDomRVXSHULRU"6mR
IRUPDGRV HP $GPLQLVWUDomR 3HGDJRJLD (FRQRPLD /HWUDV
'LUHLWR +LVWyULD *HRJUDÀD 0DWHPiWLFD (VWDWtVWLFD ,QIRUPi
WLFD H RXWUDV JUDGXDo}HV $ PDLRULD GHOHV LQJUHVVRX QD FDU
UHLUDGHIXQFLRQiULRVHPDHVFRODULGDGHVXSHULRU3RUTXHVH
VXEPHWHUDP D WDQWRV VDFULItFLRV SDUD REWHU HVVHV GLSORPDV"
0XLWDVIRUDPDVUD]}HVLQFOXLQGRDGHSRVVLELOLGDGHVGHJD
QKRVÀQDQFHLURV8PDGHODVpTXHQHQKXPFLGDGmRVHFRQIRU
PDHPÀFDUSDUDGRHPVXDHVFRODULGDGH7RGRVTXHUHP
REWHUPDLVFRQKHFLPHQWRVPDLVGRPtQLRGDFLrQFLDH
GD FXOWXUD SRGHQGR DWp VH KDELOLWDU D XPD WURFD GH
RFXSDomR1mRVmRSRXFRVRVTXHFRPHoDUDPFRPR
IXQFLRQiULRV QDV HVFRODV H KRMH VmR SURIHVVRUHV
9RFr PHVPR GHYH FRQKHFHU DOJXP SURIHVVRU TXH
Mi IRL IXQFLRQiULR 2 TXH DFRQWHFH KRMH FRP PXLWRV
IXQFLRQiULRV" (OHV H HODV JRVWDP GR TXH ID]HP PDV
JRVWDULDPGHDSHUIHLoRDUVHXVFRQKHFLPHQWRVHVHXWUD
EDOKRHPXPQtYHOVXSHULRU

-iIRLGLWRDQWHULRUPHQWHTXHRFXUVRGH3HGDJRJLDSUHSDUD
YD´DGPLQLVWUDGRUHVLQVSHWRUHVHSODQHMDGRUHVHVFRODUHVµ
²IXQo}HVHGXFDWLYDVQmRGRFHQWHVGHQtYHOVXSHULRU 72
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 1mRWHPRVG~YLGDVGHTXHGDTXLDSRXFRVDQRVDFXPXODQ
GRVHXPERPQ~PHURGHIXQFLRQiULRVKDELOLWDGRVSURÀV
VLRQDOPHQWHFRPRWDLVHPQtYHOPpGLRVXUJLUiDGHPDQGD
VXÀFLHQWHSDUDDRIHUWDGHJUDGXDo}HVRXOLFHQFLDWXUDVHP
QtYHOVXSHULRUWDLVFRPRQXWULFLRQLVWDHVFRODUHQJHQKHLUR
HGXFDFLRQDOJHVWRUHVFRODUFRPXQLFDGRUHPHGXFDomRH
RXWURVGHDFRUGRFRPDHYROXomRGDVSURSRVWDVSHGDJyJL
cas das escolas.

 $TXLFRQFOXtPRVHVVDXQLGDGHVHPG~YLGDDFRQTXLVWDGD
FLGDGDQLDGRVIXQFLRQiULRVSDVVDSHODHGXFDomRSHUPDQHQ
WH)XQFLRQiULRGHHVFRODDOJXPDSDUDFRQTXLVWDUVXDFLGD
GDQLDWHUiDVDWLVIDomRRXVHVHQWLUiFRPSOHWRFRPDSUR
ÀVVLRQDOL]DomRHPQtYHOPpGLR$VVLPFRPRDVSURIHVVRUDV
SULPiULDVFRQTXLVWDUDPDIRUPDomRHPQtYHOVXSHULRUGLDV
YLUmRHPTXHRVIXQFLRQiULRVGDVHVFRODVGR%UDVLOFRPR
RVGH&XEDHGHYiULRVSDtVHVHXURSHXVWHUmRGLSORPDVGH
QtYHOVXSHULRUQmRGHJUDGXDo}HVHVWUDQKDVPDVHVSHFtÀ
FRVHFRQVWLWXLQWHVGHVXDSURÀVVmRHVSHFtÀFDQDHGXFDomR
escolar.

 3DVVHPRVDPDLVTXDWURFRQFHLWRV

17. Qualidade²$SDODYUDTXDOLGDGHKRMHpXVDGDHPUHODomR
DWRGRVRVEHQVHVHUYLoRV([LVWHDPDQWHLJDGHPDLRURX
PHQRU TXDOLGDGH $ URXSD 2 IHLMmR H R DUUR] VmR FODVVLÀ
FDGRVHPWLSRH2DYLmRWHPSULPHLUDFODVVHHFODV
VH HFRQ{PLFD GH DFRUGR FRP D TXDOLGDGH GRV VHUYLoRV
RFRQIRUWRGDSROWURQD4XDQGRHXHUDSHTXHQRRVWUHQV
TXH QRV OHYDYDP SDUD R PHVPR OXJDU WLQKDP YDJ}HV GH
VHJXQGDFODVVHGHSULPHLUDFODVVHHXPHVSHFLDOFKDPDGR
SXOOPDQ7DPEpPHQWUHDVHVFRODVH[LVWHPXPDVFRPPDLV
TXDOLGDGHTXHRXWUDV(PJHUDODVGRVEDLUURVFHQWUDLVRX
GDFODVVHPpGLDWrPPDLVTXDOLGDGHTXHDVGDVSHULIHULDV
RX GD ]RQD UXUDO 3URIHVVRUHV PDLV EHP IRUPDGRV H PDLV
H[SHULHQWHV ELEOLRWHFDV PDLV VRUWLGDV SUpGLRV PDLV EHP
FXLGDGRV 'L]HP TXH DV HVFRODV SULYDGDV RX SDUWLFXODUHV
WrPPDLVTXDOLGDGHTXHDVS~EOLFDV(HQWUHDVS~EOLFDVDV
IHGHUDLVVmRPHOKRUHVTXHDVRXWUDV-iQDVXQLYHUVLGDGHV
pRFRQWUiULRDVS~EOLFDVWrPPDLVTXDOLGDGHTXHDVSDUWL
FXODUHV$ÀQDORTXHpTXDOLGDGH"

73
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IMPORTANTE
Para você, o que seria qualidade na edu-
cação escolar? E o que seria qualidade do ensi-
no? Uma criança pobre está condenada a receber uma
educação de menor qualidade? Por que sim ou por que
não? Eu, professor, e você, funcionário(a), podemos in-
ÁXHQFLDU QD PHOKRULD GD TXDOLGDGH GD HVFROD RQGH
trabalhamos? Como?

/HLGH'LUHWUL]HVH%DVHVGD(GXFDomR /'% $DWXDO/'%


/HL Qž  IRL REMHWR GH JUDQGHV GLVSXWDV LGHROy
JLFDVHQWUHH(ODVHRULJLQRXGHXPSURMHWRGR
'HSXWDGR2FWiYLR(O\VHRGH0LQDV*HUDLVTXHVHLQVSLURX
HP GLVFXVV}HV DFDGrPLFDV SULQFLSDOPHQWH GR HGXFDGRU
No sítio: <www.mec.
'HUPHYDO6DYLDQL'XUDQWHDWUDPLWDomRGHVVDOHLTXDQGR
gov.br> você encontrará
DLQGDHUDXPSURMHWRQD&kPDUDGRV'HSXWDGRVWUDYRXVH não somente as notícias
XPDUHQKLGDOXWDHQWUHRVTXHGHIHQGLDPDVXSUHPDFLDGD sobre educação, como
as orientações sobre
HVFRODS~EOLFDJUDWXLWDHODLFDHRVTXHSDUWLDPGDOLEHUGD programas e links para os
GHGRHQVLQRGDHVFROKDGDVIDPtOLDVHQWUHHVFRODVHVWDWDLV órgãos educacionais (CNE,
INEP, etc.).
HSDUWLFXODUHV2VSULPHLURVUHXQLGRVQR)yUXPHP'HIHVD
GD(VFROD3~EOLFD²TXHH[LVWHDWpKRMH²HVWDYDPPDLVSUy
[LPRV GR SHQVDPHQWR VRFLDOLVWD RV VHJXQGRV GR LGHiULR
OLEHUDO  8PD GLVSXWD HQWUH RV TXH GHIHQGHP D HGXFDomR
HVFRODUFRPRGLUHLWRGHWRGRVHGHYHUGR(VWDGRHRVTXH
D FRQVLGHUDP FRPR VHUYLoR D VHU RIHUHFLGR SHOR JRYHUQR
RX SRU HPSUHViULRV SDUD D HVFROKD GDV IDPtOLDV 4XDQGR
IRLSDUDR6HQDGRPXLWRVGRVGLVSRVLWLYRVQHJRFLDGRVSH
ORVJUXSRVHPFRQÁLWRIRUDPVXEVWLWXtGRV1RÀQDODLQGD
QR6HQDGRHGHYROWDj&kPDUDGRV'HSXWDGRVRWH[WRIRL
QRYDPHQWH DOWHUDGR UHVXOWDQGR QXPD OHL TXH SULPD GH
XP ODGR SHOD ÁH[LELOLGDGH GRV VLVWHPDV GH HQVLQR H GDV
HVFRODV H SRU RXWUR SRU PHFDQLVPRV FHQWUDOL]DGRV GH À
QDQFLDPHQWRHDYDOLDomR$/'%UHJXODDVGLYHUVDVHWDSDV
HDVPRGDOLGDGHVGRHQVLQRFUHFKHVSUpHVFRODVHQVLQR
IXQGDPHQWDO HQVLQR PpGLR HGXFDomR HVSHFLDO HGXFDomR
GHMRYHQVHDGXOWRVHGXFDomRDGLVWkQFLDHGXFDomRLQGt
JHQDHHGXFDomRVXSHULRU+iGRLVFDStWXORVXPVREUHRV
SURÀVVLRQDLVGDHGXFDomRHRXWURVREUHRÀQDQFLDPHQWRGR
HQVLQRS~EOLFR

74
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Na biblioteca de sua escola existem exemplares
GD /'%" 4XH DUWLJRV GHOD Mi IRUDP PRGLÀFDGRV GH
D"9RFrFRQKHFHDOJXPDELEOLRJUDÀDVREUHD
LDB? Leia o texto da lei e destaque os dispositivos cujo
VLJQLÀFDGRYRFrSUHFLVDULDDSURIXQGDU

19. Coadjutores – $SDODYUD´FRDGMXWRUµVLJQLÀFDRTXHDMXGD


RXWUHPDGHVHPSHQKDUXPDDomReVLQ{QLPDGHDX[LOLDUe
SUy[LPDGHVXSRUWHDSRLR2SLORWRGLULJHRY{RGHXPDDH
URQDYH(OHpRFRPDQGDQWH3DUDDMXGiORH[LVWHRFRSLORWR
-iDVFRPLVViULDVDWHQGHPDRVSDVVDJHLURVGXUDQWHRY{R
1mRVmRDX[LOLDUHVGRFRPDQGDQWHRXGRSLORWR([HUFHPRX
WUDDomR2FRSLORWRHVWiHVFDODGRSDUDVXEVWLWXLURFRPDQ
GDQWHHPVHXVLPSHGLPHQWRV2VIXQFLRQiULRVGHHVFRODQmR
VmRSURIHVVRUHVQHPVHXVVXEVWLWXWRVPDVVmRHGXFDGRUHV
7rP RXWUDV IXQo}HV SDUD DV TXDLV RV SURIHVVRUHV QmR HV
WmR SUHSDUDGRV 3RGHP HYHQWXDOPHQWH RFXSDU R OXJDU GH
XPD SURIHVVRUD FXLGDQGR GH XPD VDOD GH DXOD SRU DOJXQV
PLQXWRVGHVGHTXHHODOKHVSDVVH´RTXHID]HUµ&RPRXPD
SURIHVVRUDSRGHWDPEpPHYHQWXDOPHQWHH[HFXWDUXPDWD
UHIDHVSHFtÀFDGHXPIXQFLRQiULR$JUDQGHGLIHUHQoDHQWUH
DHGXFDomRHOLWLVWDGRVMHVXtWDVHGDVDXODVUpJLDVHDGH
PRFUiWLFDGHKRMHpTXHRVIXQFLRQiULRVQmRVmRVXEDOWHUQRV
DRVSURIHVVRUHVPDVLJXDLVSRUVHUHPHGXFDGRUHVHGLIH
UHQWHV HP UD]mR GDV IXQo}HV HVSHFLDOL]DGDV TXH H[HUFHP
+LVWRULFDPHQWHDWpKRMHKiXPDWHQGrQFLDGHPXLWRVIXQFLR
QiULRV´SHJDUHPJRVWRµSHORPDJLVWpULRSHODGRFrQFLDHVH
WRUQDUHPSURIHVVRUHVDWpPHVPRFXUVDQGRXPDJUDGXDomR
GH3HGDJRJLDRXXPDOLFHQFLDWXUD2VGRLVFRDGMXWRUHVMHVX
tWDVTXHYLHUDPFRPR3DGUH0DQXHOGD1yEUHJDDFDEDUDP
WDPEpPVHQGRSURIHVVRUHV

Você percebe que em muitas escolas os fun-


cionários são subalternos aos professores? Por quê?
Após entrevistá-los, responda: como se comportam os
funcionários que representam a categoria no Conselho
Escolar? Com independência? Com criatividade? Você
já leu a PPE ou o PPP de sua escola? Participou de sua
elaboração?

75
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IMPORTANTE
20. Salário, Assalariado – 2VSULPHLURVSURIHVVRUHVDVVDODULD
GRVQDKLVWyULDGR%UDVLOIRUDPRVGDVDXODVUpJLDVGHSRLV
GDH[SXOVmRGRVMHVXtWDV0DVQDTXHOHWHPSRRVSRXFRV
IXQFLRQiULRVHUDPHVFUDYRVHHVFUDYDV)XQFLRQiULRVDVVD
ODULDGRVVySDVVDUDPDH[LVWLUQRWHPSRGR,PSpULRTXDQ
GRD&RUWHHDVSURYtQFLDVLQVWLWXtUDPJUDQGHVHVFRODVTXH
SUHFLVDYDPGHDOJXQV´DX[LOLDUHVµFRPRHVFULWXUiULRVH´EH
GpLVµRVLQVSHWRUHVGHDOXQRVGHHQWmR-iQR6pFXOR;;
FRPHoDUDPDVHUDGPLWLGRVPLOKDUHVGHIXQFLRQiULRVHIXQ
FLRQiULDVSRUSUiWLFDVFOLHQWHOtVWLFDVRXPHULWRFUiWLFDV1R
SULPHLUR FDVR SRU LQGLFDomR SROtWLFD GH DXWRULGDGHV HVWD
GXDLVHPXQLFLSDLVHQRVHJXQGRSRUPHLRGHFRQFXUVRV
S~EOLFRV2VIXQFLRQiULRVIRUDPHQTXDGUDGRVHPFDUUHLUDV
JHUDLVGRVVHUYLGRUHVS~EOLFRVHHPDOJXQV(VWDGRVH0XQL
FtSLRVQDFDUUHLUDXQLÀFDGDGRVSURÀVVLRQDLVGD(GXFDomR
1RFDVRGR'LVWULWR)HGHUDOHOHVFRQWDPFRPXPDFDUUHLUD
HVSHFtÀFDDFKDPDGD´FDUUHLUDDVVLVWrQFLDµ6HRVVDOiULRV
GRV SURIHVVRUHV VmR UHFRQKHFLGDPHQWH EDL[RV LPDJLQHP
RV GRV IXQFLRQiULRV 2 PRYLPHQWR GH VLQGLFDOL]DomR H GH
SURÀVVLRQDOL]DomR VmR PHFDQLVPRV SROtWLFRV H VRFLDLV GH
DÀUPDomRGDFDWHJRULDHGHYDORUL]DomRVDODULDOGRVIXQFLR
QiULRV $ XQLÀFDomR VLQGLFDO FRP RV SURIHVVRUHV WDPEpP
pXPSDVVRSDUDDYDORUL]DomRJHUDOGRVHGXFDGRUHV0DV
WDQWR RV IXQFLRQiULRV QDV HVFRODV TXDQWR VXDV OLGHUDQoDV
QRVVLQGLFDWRVSUHFLVDPVHFRORFDUDRODGRGRVSURIHVVRUHV
QDOXWDVHPTXDOTXHUFRPSOH[RGHVXEDOWHUQLGDGHRXLQIH
rioridade.

Em sua cidade, é visível a diferença sa-


larial entre professores e funcionários? Como isso
VHUHÁHWHQDVUHODo}HVGHQWURGHVXDHVFROD"9RFrVH
sente à vontade em freqüentar a “sala dos professores”?
Você conhece a tabela salarial dos funcionários de esco-
la da rede estadual e da rede municipal? Quais são as
principais diferenças?

76
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O PAPEL DOS FUNCIONÁRIOS COMO
EDUCADORES
1DXQLGDGHDQWHULRUUHÁHWLPRVVREUHRIXQFLRQiULRFRPRFL
GDGmRSULQFLSDOPHQWHVREUHVHXGLUHLWRjHGXFDomREiVLFDH
superior.
$JRUDYDPRVQRVSHUJXQWDUDWpTXHSRQWRIXQFLRQiULRVHIXQ
FLRQiULDVGHHVFRODVmRHGXFDGRUHV"
(PSULPHLUROXJDUVmRHGXFDGRUHVSRUTXHVmRPHPEURVGD
VRFLHGDGHKXPDQDTXHpHVVHQFLDOPHQWHHGXFDGRUD5HIRU
oDPHVVHSDSHOHPPXLWRVFDVRVSRUVHUHPSDLVHPmHVD
TXHPFRPSHWHHGXFDURVÀOKRVFRRUGHQDUDPLVVmRHGXFDWL
YDGDIDPtOLD

Reparemos bem: nós não temos como escapar de


nosso papel de educador.

$VFDQJDFHLUDVGR1RUGHVWHFRPR0DULD%RQLWDGH/DPSLmR
H'DGiGH&RULVFRTXDQGRSDULDPHUDPIRUoDGDVDHQWUHJDU
VHXÀOKRRXVXDÀOKDSDUDRXWURVFULDUHPMiTXHHVWDYDPVRE
D FRQVWDQWH SHUVHJXLomR GD SROtFLD H DV YLFLVVLWXGHV GD FDD
WLQJDHGRFDQJDoR0DVQHPSRULVVRGHL[DUDPGHVHUPmHV
GHVHXVÀOKRVHHGXFDGRUDVGDVRFLHGDGHDWpKRMHHODVVmR
H[HPSORGHGHVWHPRUHGHOLEHUWDomRIHPLQLQDHPERUDWDP
EpPFDUUHJXHPDIDPDGDPDOYDGH]D

Mas aqui não estamos falando de ser


educador ou educadora em geral, na sociedade, e
sim, na escola. Os funcionários e as funcionárias são
educadoras escolares?

De alguma forma, não resta dúvida de que são, por


pertencerem ao corpo de trabalhadores das escolas,
agências formais de educação. Mas, reparem:
“coadjutores, auxiliares, administrativos, servidores,
pessoal de apoio”. Não é assim que são chamados e
reconhecidos?

$VFULDQoDVTXDQGRFKHJDPjHVFRODFKDPDPSURIHVVRUDV
SRUWHLUDVPHUHQGHLUDVHVHUYHQWHVGH´WLDVµQmRpYHUGDGH"
(ODVQmRID]HPGLVWLQomRHQWUHGRFHQWHVHQmRGRFHQWHV3DUD
HODVWRGDVHWRGRVVmRDGXOWRVUHVSRQViYHLVSRUVHXFXLGDGR
HGXFDomR H DWp FRUUHomR -i R PXQGR RÀFLDO D EXURFUDFLD 77
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IMPORTANTE
ID]HVVDGLVWLQomRRSURIHVVRUpHGXFDGRURVRXWURVVmRVHXV
DX[LOLDUHVVHXDSRLRVHXVXSRUWHeFRPRVHSDUWLFLSDVVHP
HPPHQRUHVFDODHFRPPHQRUUHVSRQVDELOLGDGHGDPLVVmR
HGXFDWLYDGRSURIHVVRU

3UHFLVDPRVPXGDUHVVDFRQFHSomR3URIHVVRUHVIXQFLRQiULRV
DVVLPFRPRRVGLUHWRUHVRVFRRUGHQDGRUHVVmRHGHYHPVHU
WRGRVHGXFDGRUHVFRPIXQo}HVGLVWLQWDV

Aos professores compete o papel de garantir a


aprendizagem dos alunos, por meio das atividades
de ensino. Às merendeiras, a educação alimentar;
aos encarregados da limpeza e manutenção, a
educação ambiental; às auxiliares de bibliotecas, dos
laboratórios, de vídeos, a educação para a cultura, para
a comunicação, para o lazer; aos que trabalham nas
secretarias, a educação para a gestão democrática,
para a responsabilidade cidadã.

eFODURTXHHVVDQRYDFRQFHSomRQmRVHHIHWLYDGDQRLWHSDUD
R GLD 0DV p QHFHVViULR TXH ÀUPHPRV XPD SRVLomR FODUD H
GHÀQLWLYD1mRpRGLSORPDGHSURIHVVRUTXHRWRUQDHGXFD
GRUPDVRVHXFRPSURPLVVRFRPRDSUHQGL]DGRGRDOXQRD
DWLWXGHGLDQWHGRVYDORUHVDSHUtFLDHPVHDWXDOL]DUFRQVWDQWH
PHQWHQRGRPtQLRGHVHXVFRQKHFLPHQWRV$OJXpPGXYLGDGH
TXHXPSURIHVVRUTXHWUDÀTXHGURJDVRXQmRWHQKDRPtQLPR
HPSHQKRHPTXHRVDOXQRVDSUHQGDPQmRpHGXFDGRU"3UR
FHGHQGRDVVLPPHVPRVHQGRSURIHVVRUGHL[DGHVHUHGXFD
GRU3RGHVHUFRQVLGHUDGRXPGHVHGXFDGRU

7HPRV GH DSURIXQGDU D GHVFULomR GD LGHQWLGDGH GRV IXQFLR


QiULRV FRPR HGXFDGRUHV HVFRODUHV 9HMDPRV FDGD XPD GDV
KDELOLWDo}HVSURSRVWDVQR3URIXQFLRQiULR

1. Técnicos em alimentação escolar ou


educadores alimentares?
2. Técnicos em gestão escolar ou educadores da
democracia?
3. Técnicos em multimeios didáticos ou educadores da
comunicação?
4. Técnicos em manutenção da infra-estrutura escolar
ou educadores ambientais?
78
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$VVLP FRPR QmR H[LVWH R SURIHVVRU DEVWUDWR PDV SURIHVVR
UHV FRQFUHWRV GH DOIDEHWL]DomR JHRJUDÀD LQJOrV (-$ HWF 
QmRH[LVWHRIXQFLRQiULRDEVWUDWRPDVIXQFLRQiULRVFRQFUHWRV
²DPHUHQGHLUDRVHFUHWiULRDDX[LOLDUGHELEOLRWHFDR]HODGRU
²FXMRVSHUÀVHVWDPRVHPSHQKDGRVHPPXGDUQDSHUVSHFWLYD
GDVTXDWURLGHQWLGDGHVGDSiJLQDDQWHULRU

&DGDSURIHVVRUFRQFUHWRUH~QHSHORPHQRVWUrVFRQMXQWRVGH
FRPSHWrQFLDVDGHHVSHFLDOLVWDQXPGHWHUPLQDGRFDPSRGH
FRQKHFLPHQWR JHRJUDÀD SRU H[HPSOR  D GH KDELOLWDGR QD
PHWRGRORJLDGRHQVLQR²DSUHQGL]DJHPHDGHHGXFDGRUHVFR
ODURXVHMDGHDOJXpPSUHSDUDGRHFRPSURPHWLGRFRPDHGX
FDomRHFRPDSURSRVWDSHGDJyJLFDGDHVFRODRQGHWUDEDOKD

7DPEpP R IXQFLRQiULR SUHFLVD UHXQLU QR PtQLPR WUrV FRQ


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FDPSR GH FRQKHFLPHQWR WpFQLFR 1XWULomR SRU H[HPSOR  D
GHKDELOLWDGRQDPHWRGRORJLDGHVXDIXQomRHGXFDWLYDHVSHFt
ÀFDDGHHGXFDGRUHVFRODURXVHMDDOJXpPSUHSDUDGRHFRP
SURPHWLGRFRPDHGXFDomRHFRPDSURSRVWDSHGDJyJLFDGD
escola onde atua.

9RFr SHUFHEH TXH


VHU IXQFLRQiULR
FRPR HGXFDGRU
HVFRODU p PXLWR
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ULU QR DWHQGLPHQWR
aos alunos e aos
SDLV VHU VHQVtYHO
DRV SUREOHPDV
das crianças e dos
adolescentes, ser
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FRP RV HVWXGDQWHV
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tes espaços escola
UHV"6HUHGXFDGRU
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IXQFLRQiULR LPSOLFD FRPSHWrQFLDV PDLV FRPSOH[DV ² H[DWD
PHQWHDVTXHHVWDPRVWHQWDQGRGHVHQYROYHUFRPHVVHFXUVR
HTXHFHUWDPHQWHYRFrSUHFLVDUiDSHUIHLoRDUHPVXDHVFROD
HPVXDYLGDHVHDHGXFDomREUDVLOHLUDHYROXLUFRPRGHVHMD
PRVYRFrLUiGLVFXWLUHDSURIXQGDUQXPIXWXURFXUVRVXSHULRU
GHJUDGXDomRRXSyVJUDGXDomR 79
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IMPORTANTE
Vamos agora a mais alguns conceitos:

21. Financiamento da Educação²6HHPVXDFLGDGHH[LVWHP


HVFRODV SDUWLFXODUHV TXH FREUDP PHQVDOLGDGHV EHP GLIH
UHQWHV XPD 5  H RXWUD 5  ² SRU H[HPSOR 
YRFrGHYHWHUUHSDUDGRTXHQDVPDLVEDUDWDVRVSURIHVVR
UHVWrPVDOiULRVPHQRUHVTXHQDVPDLVFDUDV$WpRVDOiULR
GRVSRXFRVIXQFLRQiULRVGHDPEDVWDPEpPWrPGLIHUHQoDV
HPERUDPHQRUHV6LPSOHVPHQWHSRUTXHRVDOiULRGRVWUD
EDOKDGRUHVHPHGXFDomRSURYpPGDUHFHLWDGHFDGDHVFROD
QmRp"1RFDVRGDVHVFRODVS~EOLFDVDFRLVDIXQFLRQDGH
PDQHLUDVHPHOKDQWH6HDDUUHFDGDomRGHLPSRVWRVGHXP
HVWDGRRXPXQLFtSLRpPXLWRPDLRUTXHGHRXWURHPUHOD
omRDXPQ~PHURLJXDOGHPDWUtFXODVRJRYHUQRPDLVULFR
SRGHUiSDJDUVDOiULRVPDLVDOWRV3RUH[HPSORRVDOiULRGH
SURIHVVRUHV H IXQFLRQiULRV GH 6mR 3DXOR H GH 5RUDLPD p
PDLRUGRTXHRGD%DKLDHGR3DUi$VÀQDQoDVSRGHPVHU
FRPSDUDGDVSRUTXHRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGHUDOGL]
TXHGRVLPSRVWRVFRPSUHHQGLGDVDVWUDQVIHUrQFLDV
GHYHPVHUJDVWRVFRPD0DQXWHQomRHR'HVHQYROYLPHQWR
GR(QVLQR 0'( 2UDRDUWGD/'%DFUHVFHQWRXGXDV
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SRGHVHUDXPHQWDGRSHOD&RQVWLWXLomRGHFDGDHVWDGRRX
/HL 2UJkQLFD GH FDGD PXQLFtSLR VHJXQGR TXH HVVHV LP
SRVWRVYLQFXODGRVj0'(VySRGHPVHUJDVWRVQRHQVLQR
S~EOLFR$VVLPVHH[SOLFDSRUTXHRVVDOiULRVGR$FUHVmRRV
PDLRUHVGRSDtVGHSRLVGR'LVWULWR)HGHUDO$&RQVWLWXLomR
GR$FUHGHWHUPLQDTXHRSHUFHQWXDOSDUD0'(VHMDGH
-iR3LDXtTXHWDPEpPWHPGHDSOLFDUDUUHFDGDSRX
FRSRULVVRRVVDOiULRVVmRPXLWREDL[RVSRUOi

Muita atenção! Para


melhorar o salário, é
preciso que o Estado
ou Município arrecade
bastante, evitando as
isenções, as sonegações
e os desvios de verbas.

80
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Você sabe quanto seu Estado arrecada por
mês de ICMS? E o Fundo de Participação dos
Estados, quanto está rendendo por aí? No seu Mu-
nicípio, existem duas transferências fundamentais
SDUDÀQDQFLDUDHGXFDomR)XQGRGH3DUWLFLSDomRGRV
Municípios (FPM) e Imposto sobre a Circulação de Mer-
cadorias e Serviços (ICMS). Quanto a prefeitura recebeu
com as transferências no mês passado? E a arrecada-
ção municipal de Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre
Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), de quanto foi? Faça
o cálculo dos 25% desses montantes e veja que o di-
nheiro para a educação não é tão pouco assim. E por
que o salário dos funcionários é tão baixo? Procure a
Secretaria Municipal de Finanças ou a Câmara de
Vereadores.

22. Sindicato – 2YDORUGRVVDOiULRVQDVHPSUHVDVSULYDGDVQmR


GHSHQGHVRPHQWHGHVHXIDWXUDPHQWRGDUHFHLWDGDYHQGD
GHSURGXWRVRXGDRIHUWDGHVHUYLoRV2VWUDEDOKDGRUHVRUJD
QL]DPVHHPVLQGLFDWRVHOXWDPDWpPHVPRFRPJUHYHVSDUD
DUUDQFDUXPDPHOKRULDVDODULDOGRVSDWU}HV1DVLQVWLWXLo}HV
S~EOLFDVWDPEpPpLPSRUWDQWHDRUJDQL]DomRGRVVHUYLGRUHV
1DiUHDGDHGXFDomRDYLQFXODomRGHYHUEDVj0'(IDFLOLWDD
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*URVVR$QWHVTXHRVIXQFLRQiULRVVHLQWHJUDVVHPj$VVRFLD
omR0DWRJURVVHQVHGH3URÀVVLRQDLVGH(GXFDomR $03( 
HOHVJDQKDYDPRVDOiULRPtQLPR'HSRLVFRPDXQLÀFDomR
HDWUDQVIRUPDomRGD$03(HP6LQWHS07RVIXQFLRQiULRV
FRQVHJXLUDPWDQWRQDUHGHHVWDGXDOTXDQWRQDPXQLFLSDOGH
Entre o sítio da CNTE na &XLDEi GXDV JUDQGHV FRQTXLVWDV D SURÀVVLRQDOL]DomR SRU
internet: www.cnte.org.br.
Nele você encontrará a lista PHLR GRV TXDWUR FXUVRV DJRUD RIHUWDGRV SHOR 3URIXQFLRQi
de todos os sindicatos de ULR H R HQTXDGUDPHQWR QD /HL 2UJkQLFD GRV 3URÀVVLRQDLV
trabalhadores da educação
com seus endereços GD(GXFDomRID]HQGRYDOHUVXDSURJUHVVmRIXQFLRQDOFRP
postais e eletrônicos, além FRQVHTHQWHPHOKRULDVDODULDO(P6mR3DXORH[LVWHXPVLQ
de notícias que certamente
são de seu interesse. GLFDWRHVSHFtÀFRGRVIXQFLRQiULRVD$)86(6LQGLFDWRGRV
)XQFLRQiULRV H 6HUYLGRUHV GD (GXFDomR HP %UDVtOLD WDP
EpPR6LQGLFDWRGRV$X[LOLDUHVGH$GPLQLVWUDomR(VFRODUGR
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81
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IMPORTANTE
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RUJDQL]DomRGRVHGXFDGRUHVS~EOLFRVVREVXDVÀOHLUDVHQD
XQLÀFDomRGRVWUDEDOKDGRUHVHPXPD~QLFDHQWLGDGHD&HQ
WUDOÓQLFDGRV7UDEDOKDGRUHV &87 

Você é sindicalizado? Como estão organizados


os funcionários das escolas estaduais e municipais em
sua cidade? Você já fez uma greve? Como reagiram seus
familiares? Entreviste um líder sindical e saiba quais são
as reivindicações do sindicato para professores e fun-
cionários.

23. Constituição – 9RFrGHYHWHUSHUFHELGRTXHYiULDVYH]HV


QHVWH FXUVR UHFRUUHPRV j &RQVWLWXLomR )HGHUDO 7RGRV RV
SDtVHVWrPFRQVWLWXLo}HV(ODVVmRD/HL0DLRUD&DUWD0DJ
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,PSpULRRXWRUJDGDSRU'3HGUR,HPDGD3ULPHLUD
5HS~EOLFDGHDGHDSyVD5HYROXomRGHH
R0RYLPHQWR&RQVWLWXFLRQDOLVWDGH6mR3DXORHPD
GHFKDPDGDGR(VWDGR1RYRDGHTXHUHVWDX Você pode acessar a
Constituição Federal de
URXDGHPRFUDFLDDSyVDGLWDGXUDGH*HW~OLR9DUJDVDGH 1988 no endereço eletrônico
TXHUHJXORXDGLWDGXUDPLOLWDU$WXDOPHQWHHVWDPRV https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Constituicao/
QDVpWLPDDFKDPDGD&RQVWLWXLomR&LGDGmSURPXOJDGDHP Constitui%C3%A7ao.htm
GHRXWXEURGHHTXHMiVRIUHXFLQTHQWDHPHQGDV
(ODWHPGH]DUWLJRVHVSHFLDOPHQWHGHGLFDGRVjHGXFDomR
GRDR2pWDOYH]RPDLVLPSRUWDQWHSRUTXH
GLVS}HVREUHDVJDUDQWLDVGR(VWDGRHGXFDomRLQIDQWLOSDUD
FULDQoDVDWpFLQFRDQRVHQVLQRIXQGDPHQWDOREULJDWyULRH
JUDWXLWRSDUDDVFULDQoDVHSDUDRVTXHQmRRFRQFOXtUDPQD
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GLGiWLFR DOLPHQWDomR WUDQVSRUWH H VD~GH SDUD RV DOXQRV
GRHQVLQRIXQGDPHQWDO7XGRLVVRpPXLWRERQLWRPDVVy
VHWRUQDUHDOLGDGHVHH[LVWHPUHFXUVRVÀQDQFHLURVS~EOLFRV
VXÀFLHQWHV H VH RV FLGDGmRV UHLYLQGLFDP RUJDQL]DPVH H
OXWDPSDUDHIHWLYDUVHXVGLUHLWRV
82
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Você já leu a Constituição Federal? E a
Constituição de seu Estado? Existem exemplares
da Lei Orgânica do Município na biblioteca da esco-
la? Escreva para um senador, ou deputado federal, pe-
dindo-lhe que mande para sua escola uma Constituição
atualizada. Faça o mesmo com um deputado estadual e
um vereador. Pesquise quantas vezes nela aparece as
palavras “funcionário” e “servidor público” ou pro-
ÀVVLRQDLVGDHGXFDomR

24. Educação Superior – 1RPHVPRDUWGD&RQVWLWXLomR)HGH


UDOJDUDQWHVHo ´DFHVVRDRVQtYHLVPDLVHOHYDGRVGRHQVLQRGD
SHVTXLVDHGDFULDomRDUWtVWLFDVHJXQGRDFDSDFLGDGHGHFDGD
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OHLURVFRQWDPFRPDVLQVWLWXLo}HVGHHGXFDomRVXSHULRUFRP
FXUVRVGHJUDGXDomRHSyVJUDGXDomR HVSHFLDOL]DomRPHVWUD
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SURYDUQRVVDFDSDFLGDGHVHMDSRUPHLRGDSUySULDFRQFOXVmR
GRHQVLQRPpGLRVHMDSHODDSURYDomRQXPFRQFXUVRVHOHWLYR
YHVWLEXODU 2HVTXLVLWRpTXHDFRQFRUUrQFLDHPDOJXQVFXUVRV
pWmRJUDQGHTXHSRUPHOKRUTXHQRVVDLDPRVQDVSURYDVpGL
ItFLOVHFODVVLÀFDUHQWUHRVSULPHLURVTXHFRQVHJXHPDYDJDWmR
DOPHMDGD'DtTXHDFODVVLÀFDomRQmRHVWiVHQGRIHLWDSRUFUL
WpULRGHFDSDFLGDGHPDVSRUFDXVDVHFRQ{PLFDVTXHPpULFR
SDJDXPERPFROpJLRSDUWLFXODUGHHQVLQRPpGLRRXXPERP
FXUVLQKRHHQWUDQDXQLYHUVLGDGHS~EOLFD6HUHSURYDGRHPVHX
YHVWLEXODUUHFRUUHDXPDIDFXOGDGHSDUWLFXODURQGHSDJDDWp5
GHPHQVDOLGDGH3RUHVVDVHRXWUDVUD]}HVR0LQLVWp
ULRGD(GXFDomRSURS{VDR&RQJUHVVR1DFLRQDOXPDUHIRUPD
GDHGXFDomRVXSHULRU1D$PpULFD/DWLQDRVSDtVHVGHOtQJXD
HVSDQKRODWrPXQLYHUVLGDGHVGHVGH$VQRVVDVSULPHLUDV
QR5LRGH-DQHLURHHP6mR3DXORGDWDPGHDQRVGHSRLV
$LQGDQmRÀ]HUDPFHPDQRV1D$UJHQWLQDHQD%ROtYLDRVDOX
QRVTXHWHUPLQDPRHQVLQRPpGLRLQJUHVVDPDXWRPDWLFDPHQWH
QDVXQLYHUVLGDGHV3RUTXHR%UDVLOQmRID]DVVLP"

Você conhece algum funcionário ou funcio-


nária de escola que tenha feito um curso superior?
Faça uma entrevista e pergunte o que mudou em sua
YLGD9RFrWHPXPÀOKR D RXLUPmR m PHQRUTXHFRP-
pletou ou faz um curso superior? E você, sonha com
isso? Quais seriam os cursos superiores mais adequa-
GRVjVXDSURÀVVmR"(TXDOpRTXHOKHGHVSHUWDPDLV
desejo? Existem cursos superiores em sua cidade?
Quais? 83
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FERNANDA MARIA DE BRITO CUNHA
FLÁVIO AUGUSTO BERNARDES DA SILVA
MARCO ANTONIO CORREA ALFREDO
RENATA DE CAMPOS RICCI

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA O SERVIÇO DE


LIMPEZA – ABORDAGEM TÉCNICA E PRÁTICA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE


MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
2010

84
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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA O SERVIÇO DE
LIMPEZA – ABORDAGEM TÉCNICA E PRÁTICA

SUMÁRIO

Introdução 08
Classificação das Áreas:
Critica 09
Semi-crítica 09
Não critica 09
Tipos de Limpeza:
Limpeza concorrente 10
Limpeza terminal 10
Métodos e Equipamentos de Limpeza de superfície:
Limpeza Manual Úmida 11
Limpeza Manual Molhada 11
Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira elétrica 11
Limpeza Seca 12
Protocolo de Higienização das Mãos 12
Protocolo de Limpeza Concorrente 14
Protocolo de Limpeza Terminal 15
Protocolo dos Procedimentos corretos das etapas:
Espanação 16
Varrição 17
Lavagem 18
Limpeza de teto 18
Limpeza de janela 19
Lavagem de parede 19
Limpeza de portas 21
Limpeza de pias 21
Limpeza de sanitários 22
Limpeza de móveis e utensílios de aço cromados e fórmicas 23

85
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Produtos de limpeza e desinfecção 23
Protocolo de uso de EPI 25
Protocolo de coleta de lixo 26
Princípios básicos na operacionalização do processo de limpeza 29
Conclusão 31
Referências 32

86
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INTRODUÇÃO

A iniciativa do presente estudo partiu da observação da prática das atividades


laborais dos funcionários do Serviço de Limpeza da Faculdade de Odontologia de
São José dos Campos (FOSJC) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (Unesp), que até o momento não disponibilizam de referencial
teórico para embasar suas atividades. Acredita-se que a atividade laboral
fundamentada em bases científicas pode evitar o desperdício de produtos, o
desgaste e a corrosão precoce de artigos e superfícies, contribuir para a saúde
ocupacional dos funcionários, evitando exposição a agentes químicos, biológicos,
riscos ergonômicos e para a saúde ambiental.
O presente trabalho tem por objetivo elaborar um manual para o Serviço de
Limpeza da FOSJC, onde serão descritos os tipos de limpeza, freqüência que as
mesmas devem ser executadas e a descrição de protocolos de trabalho.
O processamento descrito neste trabalho, refere-se aos métodos de limpeza e
desinfecção de superfícies, que engloba os mobiliários, bancadas, pias, equipos,
computadores, pisos, paredes, divisórias, portas e maçanetas, tetos, janelas, vidros,
equipamentos elétricos, instalações sanitárias, grades de aparelho de ar
condicionado, ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro, aparelho telefônico e
outros.
Para iniciar este trabalho, faz-se necessário apresentar algumas definições:

LIMPEZA

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a


aplicação de agentes químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período
de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as superfícies fixas (verticais e
horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto. Com o
objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a freqüência

87
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necessária de limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das
áreas para o adequado procedimento de limpeza.

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

ÁREAS CRÍTICAS - são as que oferecem maior risco de transmissão de


infecções, ou seja, áreas onde se realizam procedimentos invasivos e/ou que
possuem pacientes de risco ou com sistema imunológico comprometido, como UTI,
clinicas, salas de cirurgias, pronto socorro, central de materiais e esterilização, áreas
de descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.

ÁREAS SEMICRÍTICAS - são áreas ocupadas por pacientes com doenças


infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas
ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento, como
sala de pacientes, central de triagem etc.

ÁREAS NÃO-CRÍTICAS - são todas aquelas áreas não ocupadas por


pacientes e onde não se realizam procedimentos clínicos, como as áreas
administrativas e de circulação.

88
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DESENVOLVIMENTO

Este é um trabalho qualitativo de levantamento bibliográfico, onde foram


utilizadas as seguintes palavras-chave: Serviços de Limpeza, Biossegurança e
Higiene Hospitalar
Frente ao rico referencial teórico encontrado e considerando o tipo de
atividade que a FOSJC presta a sua comunidade (assistencial, educação e
pesquisa), passamos a relacionar e definir os tipos de limpeza que deverão ser
aplicadas nas diferentes áreas e nas situações específicas.

TIPOS DE LIMPEZA

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a


manutenção do asseio, o abastecimento e a reposição dos materiais de consumo
diário (sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha interfolhado etc.), a coleta de
resíduos de acordo com a sua classificação, higienização molhada dos banheiros,
limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários,
proporcionando ambientes limpos e agradáveis.

Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da


Unidade, objetivando a redução da sujidade e, conseqüentemente, da população
microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação ambiental. É realizada
periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semi-crítica e não-
crítica), com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos em cronograma

89
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mensal. Inclui todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em todas as
superfícies horizontais e verticais, das áreas críticas, semi-críticas, não-críticas,
infra-estrutura e área comum.
Deverá ser realizada ao final de cada procedimento envolvendo pacientes.

MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES

Limpeza Manual Úmida

Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas


umedecidas em solução detergente, com enxágüe posterior com pano umedecido
em água limpa. No caso de pisos é utilizado o mesmo procedimento com mops ou
pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de paredes, divisórias,
mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito
esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação. Panos e mops
utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e
guardados secos por medidas de higiene e conservação. É importante ressaltar que
a limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada
para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é necessária a
utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades, como a
mecanizada.

Limpeza Manual Molhada

O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e


esfregar com escova ou esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo,
enxaguar várias vezes com água limpa em sucessivas operações de empurrar com
o rodo ou mop para o ralo.

Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira automática

90
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É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para
soluções de detergente que é dosado diretamente para a escova o que diminui o
esforço e risco para o trabalhador.

Limpeza Seca

Consiste-se na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de


vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador.
A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como
estacionamentos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza
seca, esta deve ser feita com aspirador.

1. PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Ato simples e fundamental para prevenção e controle de infecção nos


serviços de saúde.
Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com técnica correta, pode
interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da
área da saúde.
Praticada entre procedimentos, antes e após o atendimento individual, ao
adentrar e antes de sair do ambiente de trabalho, antes e após uso do banheiro.
Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, devem-se higienizar as
mãos. Após o uso de luvas também, pois essas freqüentemente têm micro
perfurações.
Devem ser retirados os acessórios que podem servir de reservatório para
microorganismos (anéis, pulseiras, relógios de pulso). As unhas devem estar sempre
aparadas, pois podem abrigar microorganismos causadores de infecção.

PASSO A PASSO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

91
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1. Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem
encostar-se à pia ou lavatório.

2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, os espaços interdigitais,


polegar, articulações, unhas e extremidades, dedos, punhos.

3. Enxaguar as mãos

4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.

A descrição da maneira correta de lavar as mãos está ilustrada no anexo 01

http://vocesabendomais.blogspot.com/2009_08_01_archive.html

92
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2. PROTOCOLO DA LIMPEZA CONCORRENTE

Freqüência que deverá ser realizada a limpeza concorrente:


Classificação das áreas Freqüência Observação

Áreas Críticas 1x por dia Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Semi-Crítica 1x por dia Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Não-Crítica 1x por dia ou dias Data e horário pré


alternados estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas externas 2x por semana Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

MÉTODO:

Método - Limpeza úmida para todas superfícies,


utilizando baldes de cores diferenciadas
(um contendo solução detergente e outro
água limpa);
- Trocar a solução dos baldes, a cada
ambiente;
- Limpeza banheiro: lavar;

Técnica - Iniciar sempre da área mais limpa

93
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para a mais suja;
- Utilizar movimento único, em um só
sentido, para a limpeza de todas as
superfícies;
- Do mais distante para o mais próximo;
- Do fundo para a porta;

3. PROTOCOLO DA LIMPEZA TERMINAL

Freqüência que deverá ser realizada a limpeza terminal:

Classificação das áreas Freqüência Observação

Áreas Críticas Semanal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Semi-Crítica Quinzenal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Não-Crítica Mensal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas comuns Mensal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas externas Semanal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

MÉTODO:
Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza.
Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente, sempre

94
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do lado de fora.
Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedimento de
limpeza.
Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de matéria
orgânica conforme as normas vigentes.
Trocar as luvas para execução das demais etapas.
Recolher os sacos de lixo do local, separados, fechando-os com dois nós e
depositando-os, seguindo o Manual de Gerenciamento de Resíduo.
Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da
sujidade.
Realizar o enxágüe e sempre que necessário, realizar fricção com álcool 70%.
Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução detergente.
Proceder a limpeza do piso com solução padronizada.
Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e por último o
piso e ralos (não esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel higiênico,
o espelho, a válvula de descarga). Reorganizar o ambiente
Desprezar as soluções dos baldes, no local indicado pela chefia imediata.
Realizar a higienização dos baldes.
Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente, em local
específico.
Repor os sacos de lixo, conforme Manual de Gerenciamento dos Resíduos.
Retirar e lavar as luvas.
Lavar as mãos.
Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiênico).

4. PROTOCOLO DAS ETAPAS DOS PROCEDIMENTOS

Espanação

• Material (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção


individual)
Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa.
Umedecer o pano no balde com água, torcê-lo para retirar o excesso da solução.
Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando-o no balde
para lavar.

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Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frouxamente
de maneira que absorva mais facilmente a sujidade.
Começar sempre limpando de cima para baixo
Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre as superfícies e remova-as
completamente.
Utilizar solução desinfetante nas áreas criticas e semi-criticas.
Verificar a harmonia do local antes de sair
Lavar e guardar todo material de limpeza
Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

Varrição

• Material (balde, esfregão, mops, água, equipamentos de proteção


individual, sinalização de segurança).

A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensamente nas áreas de
maior trafego. Não utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evitando a suspensão
de partículas contaminantes.
Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa.
Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário.
Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água
Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da área,
trabalhando progressivamente em direção a saída, sempre em linhas paralelas.
Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas na área a
ser limpa.
Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou resíduos.
Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho. Após o
seu uso lavar e pendurar para secar.
Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando acidentes.

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Nas clínicas odontológicas só realizar a limpeza do piso após terminar a limpeza
dos equipamentos.

Lavagem

• Material (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas


ou vassoura de piaçava, água, solução detergente e desinfetante,
equipamentos de proteção individual, sinalização de segurança)
Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento.
Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em sentido
lateral com uso de maquina ou vassoura.
Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas.
Remova a água e o sabão com rodo e sear inicialmente com mop, torcendo o
excesso em um balde. Evitar que a solução corra para outras dependências.
Proceder ao enxágüe.
Secar com rodo e mop limpo e seco
Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não chegam até o
mesmo.
Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos banheiros
que devem ser lavados da entrada para o fundo.

LIMPEZA DE TETOS

Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a


limpeza do teto. A operação deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando
sempre a ordem de cima para baixo e do fundo para a porta. Limpe os cantos
removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.

• Material (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança)

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Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em água.
Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou envolve-lo em
um rodo.
Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área seja limpa.
Trocar a água da limpeza sempre que necessário
Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local indicado

LIMPEZA DE JANELAS

• Material (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada,


equipamento de proteção individual, óculos de segurança)

Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as telas.


Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido.
Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza.
Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna.
Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua mão para
a direita. Quando alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente
abaixo e continuar a limpeza dessa forma.
Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos
recomendados para lavagem.
Inspecionar seu trabalho, limpe e guarde todo material
Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda-los de forma adequada.

LAVAGEM DE PAREDES

Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta

Parede de Pintura Lavável

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• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução
detergente/desinfetante, equipamento de proteção individual, óculos de
segurança)

Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo
Utilizar escada para limpeza
Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso.
Passar o pano com auxilio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para
baixo.
Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de limpeza no
local.
Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água,
torcendo-o para retirar o excesso. Realizar o enxágüe, com pano úmido, repetindo
a ação.
Repitir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos retos de cima
para baixo em toda a área, a fim de secá-lo.
Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material

Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir


imaginariamente a parede ao meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico

• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução


detergente/desinfetante, equipamento de proteção individual, óculos de
segurança)

Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão)


Mergulhar a esponja na solução, esfregando-a em movimentos únicos.

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Iniciar a operação pela parte mais alta.
Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos de cima
para baixo.
Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxilio de um pano, realizando
movimentos paralelos de cima para baixo.
Inspecionar seu trabalho e limpar todo material
Guardar os utensílios utilizados.

LIMPEZA DE PORTAS

Realizar essa operação após a limpeza das paredes.

• Material (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza)

Iniciar a operação com o material no local.


Com auxilio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimentos
paralelos de cima para abaixo.
Aplicar a solução de limpeza com outro pano
Remover o sabão com pano umedecido.
Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho.
Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras
Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

LIMPEZA DE PIAS

• Material (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva,


luvas de borracha, jarro, pano macio)

Juntar o material e levá-lo a área desejada.
Coloque as luvas de borracha

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Molhar a esponja na solução de limpeza
Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras
Enxágüar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um jarro)
Utilizar escovas de cerdas para remoção da sujeira aderida
Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba
Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

LIMPEZA DE SANITÁRIOS

• Material (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou


escova, luvas de borracha, pano e vassoura, equipamento de proteção
individual)

Calçar luvas de borracha


Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga
Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso.
Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo atingir o
mais fundo possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto realiza a
limpeza dos lavatórios.
Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso.
Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza
desejada.
Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhados na
solução detergente, tomando especial cuidado com as dobradiças
Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro
Puxar a descarga para o enxágüe final do interior do vaso
Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante.
Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

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LIMPEZA DE MÓVEIS E UTENSILIOS DE AÇO CROMADOS E FORMICAS

Superfícies diferentes dos moveis seguir a técnica básica de limpeza geral


Pano macio e solução de água e sabão neutro em balde
Utilizar esponjas macias ou escovas de cerdas macias para remoção da sujidade
aderida.
Realizar fricção com leve pressão, utilizando sempre sentido único nos
movimentos.
Remover com pano macio úmido, trocando a fase do pano e trocando a água
quantas vezes forem necessárias, até que a água esteja limpa.
Realizar a desinfecção com álcool 70% quando for recomendado.

PRODUTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso,


precisa estar de acordo com as determinações da Comissão de controle e infecção
da instituição se houver. A sua seleção também deverá considerar os seguintes
critérios:
• Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer
corrosão ou ataque químico.

• Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.

• Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando


microrganismos envolvidos, com ou sem matéria orgânica presente.

• Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.

• Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios


existentes.

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• Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre
em contato direto com funcionários, considerar a irritação dérmica e
toxidade.

Produtos Químicos

Todos os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.


O ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os usuários,
demonstrando como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde e/ou para as
áreas a serem limpas, com o uso de medidas simples como a utilização de EPI
(Equipamento de Proteção Individual)
Em qualquer diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as
orientações do fabricante para obter o resultado esperado. As diluições devem ser
feitas com muito cuidado, evitando respingos de produtos concentrados, tanto no
auxiliar de limpeza como no ambiente onde está sendo feita a manipulação. Alguns
produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele, olhos,
mucosas e até queimaduras nos operadores. Deve-se estar atentos às dosagens
recomendadas, uma vez que nas dosagens manuais podem ocorrer erros na
diluição, o que inclusive compromete a eficácia do produto. O recipiente onde está
sendo diluído o produto deve estar limpo e ser lavado entre a diluição de um produto
e outro. As diluições devem ser feitas sempre acrescentado ao produto água e não
ao contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à diluição.
O armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não
apresente calor ou frio excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme
outras orientações do fabricante, além de sempre estarem devidamente
identificados. Produtos são conhecidos por seus nomes e não por suas cores. Um
cuidado adicional é o de armazenar a solução de uso em recipientes fechados,
evitando a contaminação do mesmo.
Engano comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é achar que
misturar produtos aumenta eficácia, o que não é verdade. Essa mistura pode

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produzir gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos a saúde e ao meio
ambiente, sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a
aplicação.

5. PROTOCOLO DO USO DE EPI

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra


umidade gerada pelo aerossol e respingos provenientes
dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e
superfícies, e de acidente térmico, mecânico e químico. O
AVENTAL
impermeável deve ser usado nos procedimentos de
limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, sendo que
para o profissional de limpeza protege a roupa contra
umidade.

Indicada para área de isolamento, recolhimento de


MÁSCARA resíduo, diluição de produtos, vidrarias de laboratório, etc.
OBS.: A máscara não deve ser tocada com as mãos
enluvadas

Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de


superfícies quando houver risco de contaminação por
secreções, aerossóis e produtos químicos. Protege os
PROTETOR OCULAR
olhos do impacto de partículas volantes, de luminosidade
intensa, de radiação ultravioleta e de respingos de
produtos químicos e material biológico. Deve ser
confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir

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lavagem com água e sabão e desinfecção quando
indicada.

BOTAS Indicada para as atividades de lavagem em geral

Para a proteção das mãos, sendo usadas duas


colorações:
VERDE - usadas nas superfícies onde a sujidade é maior

LUVAS DE (Ex: lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de mobiliários,


BORRACHA janelas, tubulações na parte alta, etc.).
AMARELA – usadas em mobiliários (Ex: cama do
paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais, pias,
etc).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo


profissional.
Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando for atingido por
sangue/secreções, deve ser higienizado após o uso. Diariamente os calçados, luvas
e avental de borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos e armazenados em
local arejado.

6. PROTOCOLO DE COLETA DE LIXO

Recolher o lixo antes de qualquer tipo de limpeza.


As lixeiras deverão ser esvaziadas ao atingir 2/3 de sua capacidade.
Lavar as lixeiras diariamente e sempre que necessário.
O lixo deve ser recolhido sempre que for necessário.
Acondicionar o resíduo biológico (Resolução 306-ANVISA, 358 CONAMA e NT
426001 - COMLURB) em saco plástico branco leitoso.
Acondicionar o resíduo comum (Resolução 306-ANVISA e 358 CONAMA e NT

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426001 - COMLURB) em saco plástico nas cores verde, azul ou outra cor que o
EAS (estabelecimento de assistência a saúde) recomendar.
O EAS que adotar o sistema de reciclagem, acondicioná-los em sacos
transparentes ( Lei municipal 3273 de.2001 -COMLURB).
Manter os recipientes de lixo em locais afastados do tráfego de pessoas e
fechados.
Não colocar sacos de lixo pelos corredores, os mesmos devem ser
armazenados no container do abrigo interno e encaminhados para o abrigo
externo. No setor que não dispor de abrigo interno os resíduos deverão ser
transportados (em container) para o abrigo externo.
As caixas para materiais perfurocortante,deverão ser transportadas em
container específico, alternando com os outros tipos de resíduos.
Não desprezar o conteúdo de um saco de lixo em outro saco maior.
O carrinho que transporta o lixo não deve ser deixado nos corredores e nem em
outro local de acesso a paciente, funcionários e ao público.
No caso de haver derramamento de resíduos no piso ou em outra superfície, o
mesmo deverá ser removido. Em seguida, proceder a técnica de limpeza do
local, seguida por desinfecção quando necessário.

A descrição dos tipos de resíduos está ilustrada na figura 02.

106
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http://www.resol.com.br/cartilha9/pdf/manual_do_funcionario.pdf

107
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PRINCÍPIOS BÁSICOS NA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE
LIMPEZA

• Utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sempre.


• Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado.
• Iniciar a limpeza pelo teto ou áreas mais altas.
• Proceder a varredura úmida.
• Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de
pessoal enquanto procede a limpeza do outro.
• Usar a técnica de dois ou três baldes:
• Área crítica, usar três baldes:
• Balde 1: Água pura;
• Balde 2: Água e sabão;
• Balde 3: Com solução padronizada desinfetante
• Área semi-crítica e não-crítica, usar dois baldes:
• Balde 1: Água pura
• Balde 2: Água e sabão.
• Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em
movimentos de vai e vem.
• Nos banheiros, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda
água suja (contaminada).
• Todo material usado para limpeza (baldes, panos, vassouras etc.), deverá ser
limpo e guardado em local apropriado.
• Não utilizar material de limpeza de pisos e banheiros, na limpeza de móveis e
de outras superfícies.
• Ao término da limpeza de cada área, o material deverá ser lavado em água
corrente, com detergente neutro, assim como proceder à troca da água e/ou
da solução utilizada.
• Manter todos os pisos higienizados.

108
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• Os equipamentos metálicos ou de madeira, devem ser limpos com água e
pano úmido, usando detergente conforme a necessidade.
• Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem ser limpos com pano seco.
• Os corredores devem ser limpos após todas as outras superfícies.
• As águas devem ser renovadas de sala para sala, os panos devem ser
higienizados de superfície para superfície.
• Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas calçando as luvas
de trabalho.

109
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NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 05, de 07 de maio de 1982 17/05/82
Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 14/03/83
Portaria DSST n.º 05, de 28 de outubro de 1991 30/10/91
Portaria DSST n.º 03, de 20 de fevereiro de 1992 21/02/92
Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992 21/05/92
Portaria DNSST n.º 06, de 19 de agosto de 1992 20/08/92
Portaria SSST n.º 26, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94
Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001 17/10/01
Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003 28/03/04
Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004 10/12/04
Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006 06/12/06
Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 22/12/06
Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 27/08/09
Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009 13/11/09
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010 08/12/10
Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014 24/07/14
Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015 17/04/15
Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017 07/06/17
Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018 Repub. 26/10/18

(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)


6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual -
EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos,
que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou
utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho
ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve
fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.

6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados
como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a
ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP,
sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e

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trabalhadores usuários. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:


a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)

6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010)

6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:


a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; (Alterado pela
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
b) solicitar a emissão do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde do trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; (Alterado pela Portaria
SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos
dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e
demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando quando for o
caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento,
a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original. (Inserido pela Portaria SIT n.º
194, de 07 de dezembro de 2010)
l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência. (Inserida pela
Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018)

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6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA
devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria específica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de
dezembro de 2010)

6.9 Certificado de Aprovação - CA

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:


(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no
âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante
justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o
lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o
número do CA.

6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou
importador, devendo esta constar do CA.

6.9.3.2 A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela pessoa com deficiência feita pelo fabricante
ou importador detentor do Certificado de Aprovação não invalida o certificado já emitido, sendo desnecessária a
emissão de novo CA. (Inserido pela Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018)

6.10 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.10.1 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:


a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e
g) cancelar o CA.

6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros
requisitos.

6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:


a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.

6.12 e Subitens
(Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)

ANEXO I
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

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A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1 - Capacete

a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

b) capacete para proteção contra choques elétricos;

c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

A.2 - Capuz ou balaclava

a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;

b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;

d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com uso de água.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - Óculos

a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;

d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;

e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014)

B.2 - Protetor facial

a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;

c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;

e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.

B.3 - Máscara de Solda

a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultra-violeta,
radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

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c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:

a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias
respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção
contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias
respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.

D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:

a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;

b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.

D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:

a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração de oxigênio maior que 12,5%;

b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de
jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas
Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.4 - RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTONOMA

a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde
(IPVS);

b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde
(IPVS).

D.5 - Respirador de fuga

a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em
condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

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E.1 - Vestimentas

a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;

b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;

c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;

e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica;


(NR)
(Alterada pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.

E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do
tronco contra riscos de origem mecânica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 - Luvas

a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;

h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;

i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.

F.3 - Manga

a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;

c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;

d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;

e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;

f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.


(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

115
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F.4 - Braçadeira

a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;

b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

F.5 - Dedeira

a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado

a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;

c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;

e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;

f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;

g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

G.2 - Meia

a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira

a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;

e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.

G.4 - Calça

a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.

e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacão

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a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;

b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com
uso de água.

d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

H.2 - Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.

d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL


(Alterado pela Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011)

I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM Dispositivo trava-queda

a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal.

I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE

a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.

ANEXO II
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

ANEXO III
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

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NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94
Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014 14/08/14
Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014 25/09/14
Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016 22/09/16
Portaria MTb n.º 871, de 06 de julho de 2017 07/07/17

(Texto dado pela Portaria SSST n.º 25, 29 de dezembro de 1994)


9.1 Do objeto e campo de aplicação.

9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais.

9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a
responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade
dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.

9.1.2.1 Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, descritas nos
itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas alíneas "a" e "f" do subitem 9.3.1.

9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com
o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.

9.1.4 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PPRA,
podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores,
tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

9.2 Da estrutura do PPRA.

9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

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9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para
avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e
prioridades.

9.2.2 O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais constantes do item
9.2.1.

9.2.2.1 O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA,
quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão.

9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso às
autoridades competentes.

9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e
cumprimento das metas do PPRA.

9.3 Do desenvolvimento do PPRA.

9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:


a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de
pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho,
ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para
sua redução ou eliminação.

9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do
trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.

9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

9.3.5 Das medidas de controle.

9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos
riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:

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a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos
limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela
ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser
estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais
estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde
os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.

9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte
hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.

9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores
quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção
que ofereçam.

9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de
proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou
implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-
se à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor
e envolver no mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida,
considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo
avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de
proteção que o EPI oferece;
c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a
conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente
estabelecidas;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados
para os riscos ambientais.

9.3.5.6 O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção
implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-
7.

9.3.6 Do nível de ação.

9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações
preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites
de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o
controle médico.

9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos
níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo com a alínea "c"
do subitem 9.3.5.1;

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b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.

9.3.7 Do monitoramento.

9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma
avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas
de controle, sempre que necessário.

9.3.8 Do registro de dados.

9.3.8.1 Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir
um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.

9.3.8.2 Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.

9.3.8.3 O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e
para as autoridades competentes.

9.4 Das responsabilidades.

9.4.1 Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou
instituição.

9.4.2 Dos trabalhadores:


I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde
dos trabalhadores.

9.5 Da informação.

9.5.1 Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim
de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA.

9.5.2 Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos
ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais
riscos e para proteger-se dos mesmos.

9.6 Das disposições finais.

9.6.1 Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o
dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os
trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.

9.6.2 O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais
presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins
de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.

9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em
situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas
atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências.

ANEXO 1

VIBRAÇÃO
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014)

Sumário:
1. Objetivos

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2. Disposições Gerais
3. Avaliação Preliminar da Exposição
4. Avaliação Quantitativa da Exposição
5. Medidas Preventivas e Corretivas

1. Objetivos

1.1 Definir critérios para prevenção de doenças e distúrbios decorrentes da exposição ocupacional às Vibrações em
Mãos e Braços - VMB e às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais.

2. Disposições Gerais

2.1 Os empregadores devem adotar medidas de prevenção e controle da exposição às vibrações mecânicas que
possam afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores, eliminando o risco ou, onde comprovadamente não houver
tecnologia disponível, reduzindo-o aos menores níveis possíveis.

2.1.1 No processo de eliminação ou redução dos riscos relacionados à exposição às vibrações mecânicas devem ser
considerados, entre outros fatores, os esforços físicos e aspectos posturais.

2.2 O empregador deve comprovar, no âmbito das ações de manutenção preventiva e corretiva de veículos,
máquinas, equipamentos e ferramentas, a adoção de medidas efetivas que visem o controle e a redução da exposição
a vibrações.

2.3 As ferramentas manuais vibratórias que produzam acelerações superiores a 2,5 m/s2 nas mãos dos operadores
devem informar junto às suas especificações técnicas a vibração emitida pelas mesmas, indicando as normas de
ensaio que foram utilizadas para a medição.

3. Avaliação Preliminar da Exposição

3.1 Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição às VMB e VCI, no contexto do reconhecimento e da
avaliação dos riscos, considerando-se também os seguintes aspectos:
a) ambientes de trabalho, processos, operações e condições de exposição;
b) características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho;
c) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas, veículos,
máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição, quando disponíveis;
d) condições de uso e estado de conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas, incluindo
componentes ou dispositivos de isolamento e amortecimento que interfiram na exposição de operadores ou
condutores;
e) características da superfície de circulação, cargas transportadas e velocidades de operação, no caso de VCI;
f) estimativa de tempo efetivo de exposição diária;
g) constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir para o agravamento dos efeitos
decorrentes da exposição;
h) esforços físicos e aspectos posturais;
i) dados de exposição ocupacional existentes;
j) informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes médicos relacionados aos trabalhadores
expostos.

3.2 Os resultados da avaliação preliminar devem subsidiar a adoção de medidas preventivas e corretivas, sem
prejuízo de outras medidas previstas nas demais NR.

3.3 Se a avaliação preliminar não for suficiente para permitir a tomada de decisão quanto à necessidade de
implantação de medidas preventivas e corretivas, deve-se proceder à avaliação quantitativa.

4. Avaliação Quantitativa da Exposição

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4.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos organizacionais e ambientais
que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções.

4.1.1 Os procedimentos de avaliação quantitativa para VCI e VMB, a serem adotados no âmbito deste anexo, são
aqueles estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional publicadas pela FUNDACENTRO.

4.2 Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VMB

4.2.1 A avaliação da exposição ocupacional à vibração em mãos e braços deve ser feita utilizando-se sistemas de
medição que permitam a obtenção da aceleração resultante de exposição normalizada (aren), parâmetro
representativo da exposição diária do trabalhador.

4.2.2 O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços corresponde a
um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5 m/s2.

4.2.3 O limite de exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços corresponde a um valor de aceleração
resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2.

4.2.4 As situações de exposição ocupacional superior ao nível de ação, independentemente do uso de equipamentos
de proteção individual, implicam obrigatória adoção de medidas de caráter preventivo, sem prejuízo do disposto no
item 9.3.5.1 da NR-9.

4.2.5 As situações de exposição ocupacional superior ao limite de exposição, independentemente do uso de


equipamentos de proteção individual, implicam obrigatória adoção de medidas de caráter corretivo, sem prejuízo do
disposto no item 9.3.5.1 da NR-9.

4.3 Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VCI

4.3.1 A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deve ser feita utilizando-se sistemas de
medição que permitam a determinação da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do valor da dose
de vibração resultante (VDVR), parâmetros representativos da exposição diária do trabalhador.

4.3.2 O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um
valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5m/s2, ou ao valor da dose de vibração
resultante (VDVR) de 9,1m/s1,75.

4.3.3 O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde ao:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2; ou
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.

4.3.3.1 Para fins de caracterização da exposição, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros
acima descritos.

4.3.4 As situações de exposição ocupacional superiores ao nível de ação implicam obrigatória adoção de medidas de
caráter preventivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR-9.

4.3.5 As situações de exposição ocupacional superiores ao limite de exposição ocupacional implicam obrigatória
adoção de medidas de caráter corretivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR-9.

5. Medidas Preventivas e Corretivas

5.1 As medidas preventivas devem contemplar:


a) Avaliação periódica da exposição;
b) Orientação dos trabalhadores quanto aos riscos decorrentes da exposição à vibração e à utilização adequada
dos equipamentos de trabalho, bem como quanto ao direito de comunicar aos seus superiores sobre níveis
anormais de vibração observados durante suas atividades;
c) Vigilância da saúde dos trabalhadores focada nos efeitos da exposição à vibração;
d) Adoção de procedimentos e métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição a vibrações
mecânicas.

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5.1.1 As medidas de caráter preventivo descritas neste item não excluem outras medidas que possam ser
consideradas necessárias ou recomendáveis em função das particularidades de cada condição de trabalho.

5.2 As medidas corretivas devem contemplar, no mínimo, uma das medidas abaixo, obedecida a hierarquia prevista
na NR-9:
a) No caso de exposição às VMB, modificação do processo ou da operação de trabalho, podendo envolver: a
substituição de ferramentas e acessórios; a reformulação ou a reorganização de bancadas e postos de trabalho; a
alteração das rotinas ou dos procedimentos de trabalho; a adequação do tipo de ferramenta, do acessório
utilizado e das velocidades operacionais;
b) No caso de exposição às VCI, modificação do processo ou da operação de trabalho, podendo envolver: o
reprojeto de plataformas de trabalho; a reformulação, a reorganização ou a alteração das rotinas ou dos
procedimentos e organização do trabalho; a adequação de veículos utilizados, especialmente pela adoção de
assentos antivibratórios; a melhoria das condições e das características dos pisos e pavimentos utilizados para
circulação das máquinas e dos veículos;
c) Redução do tempo e da intensidade de exposição diária à vibração;
d) Alternância de atividades ou operações que gerem exposições a níveis mais elevados de vibração com outras
que não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis.

5.2.1 As medidas de caráter corretivo mencionadas não excluem outras medidas que possam ser consideradas
necessárias ou recomendáveis em função das particularidades de cada condição de trabalho.

6. (Suprimido pela Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014)

ANEXO 2
(Aprovado pela Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS
Sumário:
1. Objetivo e Campo de Aplicação
2. Responsabilidades
3. Dos Direitos dos Trabalhadores
4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
5. Da Capacitação dos Trabalhadores
6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
7. Da Avaliação Ambiental
8. Procedimentos Operacionais
9. Atividades Operacionais
10. Ambientes de Trabalho Anexos
11. Uniformes
12. Equipamentos de Proteção Individual - EPI
13. Sinalização referente ao Benzeno
14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento

1. Objetivo e Campo de Aplicação

1.1 Este anexo estabelece os requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho para as atividades com exposição
ocupacional ao benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis - PRC contendo essa substância. Estes requisitos
devem complementar as exigências e orientações já previstas na legislação de Segurança e Saúde no Trabalho - SST
em vigor no Brasil.

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1.1.1 Para fins deste anexo, consideram-se Postos Revendedores de Combustíveis - PRC contendo benzeno o
estabelecimento localizado em terra firme que revende, a varejo, combustíveis automotivos e abastece tanque de
consumo dos veículos automotores terrestres ou em embalagens certificadas pelo INMETRO.

2. Responsabilidades

2.1 Cabe ao empregador:

2.1.1 Cumprir e fazer cumprir o presente anexo.

2.1.2 Só permitir a contratação de serviços de outras empresas desde que faça constar no contrato a obrigatoriedade
do cumprimento das medidas de SST previstas neste anexo.

2.1.2.1 Os PRC devem adequar os contratos de prestação de serviços vigentes às disposições desta norma.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

2.1.3 Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a condições de risco grave e
iminente para a sua segurança ou saúde.

2.1.4 Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais e às medidas preventivas de
exposição ao benzeno, na área da instalação em que desenvolvem suas atividades.

2.1.5 Prestar as informações que se fizerem necessárias, quando solicitadas formalmente pelos órgãos fiscalizadores
competentes com relação às disposições objeto deste anexo.

2.1.6 Informar os trabalhadores sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança
e saúde, bem como as medidas preventivas necessárias.

2.1.7 Manter as Fichas com Dados de Segurança de Produto Químico dos combustíveis à disposição dos
trabalhadores, em local de fácil acesso para consulta.

2.1.8 Dar conhecimento sobre os procedimentos operacionais aos trabalhadores com o objetivo de informar sobre os
riscos da exposição ao benzeno e as medidas de prevenção necessárias.

2.2 Cabe aos trabalhadores:

2.2.1 Zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados pela exposição ao benzeno.

2.2.2 Comunicar imediatamente ao seu superior hierárquico as situações que considerem representar risco grave e
iminente para sua segurança e saúde ou para a de terceiros.

2.2.3 Não utilizar flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e extravasamentos, conforme
previsto no item 9.7 deste anexo.

2.2.4 Usar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI apenas para a finalidade a que se destinam,
responsabilizando-se pela sua guarda e conservação, devendo comunicar ao empregador qualquer alteração que o
torne impróprio para o uso, bem como cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

3. Dos Direitos dos Trabalhadores

3.1 São direitos dos trabalhadores, além do previsto na legislação vigente:

3.1.1 Serem informados sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança e
saúde, bem como as medidas preventivas necessárias.

3.1.2 Quando o trabalhador tiver convicção, fundamentada em sua capacitação e experiência, de que exista risco
grave e iminente para a sua segurança e saúde ou para a de terceiros, deve suspender a tarefa e informar
imediatamente ao seu superior hierárquico para que sejam tomadas todas as medidas de correção adequadas. Após
avaliar a situação e se constatar a existência da condição de risco grave e iminente, o superior hierárquico manterá a
suspensão da tarefa, até que venha a ser normalizada a referida situação.

4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

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4.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-5.

4.1.1 O conteúdo do treinamento referente ao item 5.33 da NR-5, dado aos membros da CIPA ou designado, nos
PRC que operem com combustíveis líquidos contendo benzeno, deve enfatizar informações sobre os riscos da
exposição ocupacional a essa substância, assim como as medidas preventivas, observando o conteúdo do item 5.1.1
deste anexo.

5. Da Capacitação dos Trabalhadores

5.1 Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem receber
capacitação com carga horária mínima de 4 (quatro) horas.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

5.1.1 O conteúdo da capacitação a que se refere o item 5.1 deve contemplar os seguintes temas:
a) riscos de exposição ao benzeno e vias de absorção;
b) conceitos básicos sobre monitoramento ambiental, biológico e de saúde;
c) sinais e sintomas de intoxicação ocupacional por benzeno;
d) medidas de prevenção;
e) procedimentos de emergência;
f) caracterização básica das instalações, atividades de risco e pontos de possíveis emissões de benzeno;
g) dispositivos legais sobre o benzeno.

5.1.1.1 A capacitação referida no item 5.1 deve enfatizar a identificação das situações de risco de exposição ao
benzeno e as medidas de prevenção nas atividades de maior risco abaixo elencadas:
a) conferência do produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento;
b) coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico;
c) medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua;
d) estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos tanques subterrâneos;
e) descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos;
f) desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual;
g) abastecimento de combustível para veículos;
h) abastecimento de combustíveis em recipientes certificados;
i) análises físico-químicas para o controle de qualidade dos produtos comercializados;
j) limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos;
k) esgotamento e limpeza de caixas separadoras;
l) limpeza de caixas de passagem e canaletas;
m) aferição de bombas de abastecimento;
n) manutenção operacional de bombas;
o) manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de combustível (SASC);
p) outras operações e atividades passíveis de exposição ao benzeno.

5.2 A capacitação referida no item 5.1 deve ser renovada com a periodicidade de 2 (dois) anos.

5.3 A capacitação referida no item 5.1 poderá ser realizada na modalidade de ensino a distância, desde que haja
previsão em acordo ou convenção coletiva.

6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

6.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-7 e adicionalmente o que se segue.

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6.2 Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem realizar,
com frequência mínima semestral, hemograma completo com contagem de plaquetas e reticulócitos,
independentemente de outros exames previstos no PCMSO.

6.2.1 Os casos de dispensa de aplicação dos exames previstos no item 6.2 devem ser justificados tecnicamente nos
PPRA e PCMSO dos PRC.

6.3 Os resultados dos hemogramas devem ser organizados sob a forma de séries históricas, de fácil compreensão,
com vistas a facilitar a detecção precoce de alterações hematológicas.

6.4 As séries históricas dos hemogramas devem ficar em poder do Médico Coordenador do PCMSO.

6.5 Ao término de seus serviços, o Médico Coordenador do PCMSO, responsável pela guarda das séries históricas,
deve repassá-las ao médico que o sucederá na função.

6.6 Os resultados dos hemogramas semestrais e a série histórica atualizada devem ser entregues aos trabalhadores,
mediante recibo, em no máximo 30 dias após a emissão dos resultados.

6.7 Ao final do contrato de trabalho, a série histórica dos hemogramas deve ser entregue ao trabalhador.

6.8 Aplicam-se aos trabalhadores dos PRC as disposições da Portaria n.° 776, de 28/04/2004, do Ministério da
Saúde, e suas eventuais atualizações, especialmente, no que tange aos critérios de interpretação da série histórica dos
hemogramas.

7. Da Avaliação Ambiental

7.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-9 e adicionalmente o que se segue.

7.2 O documento base do PPRA, referido no item 9.2.2 da NR-9, deve conter o reconhecimento de todas as
atividades, setores, áreas, operações, procedimentos e equipamentos onde possa haver exposição dos trabalhadores a
combustíveis líquidos contendo benzeno, seja pela via respiratória, seja pela via cutânea, incluindo as atividades
relacionadas no subitem 5.1.1.1 deste anexo, no que couber.

7.2.1 As informações a serem levantadas na fase de reconhecimento devem incluir os procedimentos de operação
normal, os de manutenção e os de situações de emergência.

8. Procedimentos Operacionais

8.1 Os PRC devem possuir procedimentos operacionais, com o objetivo de informar sobre os riscos da exposição ao
benzeno e as medidas de prevenção necessárias, para as atividades que se seguem:
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)
a) abastecimento de veículos com combustíveis líquidos contendo benzeno;
b) limpeza e manutenção operacional de:
- reservatório de contenção para tanques (sump de tanque);
- reservatório de contenção para bombas (sump de bombas);
- canaletas de drenagem;
- tanques e tubulações;
- caixa separadora de água-óleo (SAO);
- caixas de passagem para sistemas eletroeletrônicos;
- aferição de bombas.
c) de emergência em casos de extravazamento de combustíveis líquidos contendo benzeno, atingindo pisos,
vestimentas dos trabalhadores e o corpo dos trabalhadores, especialmente os olhos;
d) medição de tanques com régua e aferição de bombas de combustível líquido contendo benzeno;
e) recebimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, contemplando minimamente:
- identificação e qualificação do profissional responsável pela operação;

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- isolamento da área e aterramento;
- cuidados durante a abertura do tanque;
- equipamentos de proteção coletiva e individual;
- coleta, análise e armazenamento de amostras;
- descarregamento.
f) manuseio, acondicionamento e descarte de líquidos e resíduos sólidos contaminados com derivados de petróleo
contendo benzeno.

8.2 Os PRC devem exigir das empresas contratadas para prestação de serviços de manutenção técnica a
apresentação dos procedimentos operacionais, que informem os riscos da exposição ao benzeno e as medidas de
prevenção necessárias, para as atividades que se seguem:
a) troca de tanques e linhas;
b) manutenção preventiva e corretiva de equipamentos;
c) sistema de captação e recuperação de vapores;
d) teste de estanqueidade;
e) investigação para análise de risco de contaminação de solo;
f) remediações de solo.

8.3 Os procedimentos citados nos itens 8.1 e 8.2 devem ser mantidos, por escrito, no local de trabalho, à disposição
da fiscalização e para consulta dos trabalhadores.

8.4 Os conteúdos dos procedimentos citados nos itens 8.1 e 8.2 podem ser incluídos no documento sobre os
procedimentos operacionais exigidos pelo item 20.7.1 da NR-20.

9. Atividades Operacionais

9.1 Os PRC que entrarem em operação após a vigência deste item devem possuir sistema eletrônico de medição de
estoque.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

9.2 Os PRC em operação e que já possuem tanques de armazenamento com viabilidade técnica para instalação de
sistemas de medição eletrônica devem instalar o sistema eletrônico de medição de estoque.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

9.2.1 Os tanques de armazenamento com viabilidade técnica para a instalação de sistemas de medição eletrônica são
aqueles que possuem boca de visita e que já realizaram obras para adequação ambiental.

9.2.2 Os PRC não enquadrados nos itens 9.1 e 9.2 devem adotar o sistema eletrônico de medição de estoque quando
da reforma com troca dos tanques de armazenamento.

9.3 A medição de tanques com régua é admitida nas seguintes situações:


a) para aferição do sistema eletrônico;
b) em situações em que a medição eletrônica não puder ser realizada por pane temporária do sistema;
c) para a verificação da necessidade de drenagem dos tanques;
d) para fins de testes de estanqueidade.

9.3.1 Nas situações em que a medição de tanques tiver que ser realizada com o uso de régua, é obrigatória a
utilização dos EPIs referidos no item 12 deste anexo.

9.4 Todas as bombas de abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno devem estar equipadas com
bicos automáticos.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

9.5 Ficam vedadas nos PRC as seguintes atividades envolvendo combustíveis líquidos contendo benzeno:

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a) transferência de combustível líquido contendo benzeno de veículo a veículo automotor ou de quaisquer
recipientes para veículo automotor com uso de mangueira por sucção oral;
b) transferência de combustível líquido contendo benzeno entre tanques de armazenamento por qualquer meio, salvo
em situações de emergência após a adoção das medidas de prevenção necessárias e com equipamentos
intrinsecamente seguros e apropriados para áreas classificadas;
c) armazenamento de amostras coletadas de combustíveis líquidos contendo benzeno em áreas ou recintos fechados
onde haja a presença regular de trabalhadores em quaisquer atividades;
d) enchimento de tanques veiculares após o desarme do sistema automático, referido no item 9.4, exceto quando
ocorrer o desligamento precoce do bico, em função de características do tanque do veículo;
e) comercialização de combustíveis líquidos contendo benzeno em recipientes que não sejam certificados para o seu
armazenamento;
f) qualquer tipo de acesso pessoal ao interior de tanques do caminhão ou de tubulações por onde tenham circulado
combustíveis líquidos contendo benzeno;
g) abastecimento com a utilização de bicos que não disponham de sistema de desarme automático.

9.6 Para a contenção de respingos e extravasamentos de combustíveis líquidos contendo benzeno durante o
abastecimento e outras atividades com essa possibilidade, só podem ser utilizados materiais que tenham sido
projetados para esta finalidade.

9.7 Cabe ao empregador proibir a utilização de flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e
extravasamentos nas atividades referidas no item 9.6.

9.8 Para a limpeza de superfícies contaminadas com combustíveis líquidos contendo benzeno, será admitido apenas
o uso de tolhas de papel absorvente, desde que o trabalhador esteja utilizando luvas impermeáveis apropriadas.

9.8.1 O material referido no item 9.8 só pode ser utilizado uma única vez, devendo, a seguir, ser acondicionado para
posterior descarte em recipiente apropriado para esta finalidade, que deve estar disponível próximo à área de
operação.

9.9 As análises físico-químicas de combustíveis líquidos contendo benzeno devem ser realizadas em local ventilado
e afastado das outras áreas de trabalho, do local de tomada de refeições e de vestiários.

9.9.1 As análises em ambientes fechados devem ser realizadas sob sistema de exaustão localizada ou em capela com
exaustão.

10. Ambientes de Trabalho Anexos

10.1 Os PRC devem dispor de área exclusiva para armazenamento de amostras coletadas de combustíveis líquidos
contendo benzeno, dotada de ventilação e temperatura adequadas e afastada de outras áreas de trabalho, dos locais
de tomada de refeições e de vestiários.

10.2 Os PRC devem adotar medidas para garantir a qualidade do ar em seus ambientes internos anexos às áreas de
abastecimentos, de descarregamento e de respiros de tanques de combustíveis líquidos contendo benzeno, como
escritórios, lojas de conveniência e outros.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

10.2.1 Os sistemas de climatização que captam ar do ambiente externo ou outro de igual eficiência devem ser
instalados de forma a evitar a contaminação dos ambientes internos por vapores de combustíveis líquidos contendo
benzeno provenientes daquelas áreas.

11. Uniforme

11.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-24, especialmente, no que se refere à separação entre o uniforme e
aquelas vestimentas de uso comum.

11.2 Aos trabalhadores de PRC com atividades que impliquem em exposição ocupacional ao benzeno, serão
fornecidos, gratuitamente, pelo empregador, uniforme e calçados de trabalho adequados aos riscos.

11.3 A higienização dos uniformes será feita pelo empregador com frequência mínima semanal.

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11.4 O empregador deverá manter à disposição, nos PRC, um conjunto extra de uniforme, para pelo menos 1/3 (um
terço) do efetivo dos trabalhadores em atividade expostos a combustíveis líquidos contendo benzeno, a ser
disponibilizado em situações nas quais seu uniforme venha a ser contaminado por tais produtos.

12. Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

12.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-6, da Instrução Normativa n.° 1, de 11 de abril de 1994, e
adicionalmente o que se segue.

12.1.1 Os trabalhadores que realizem, direta ou indiretamente, as atividades críticas listadas no subitem 5.1.1.1,
exceto as alíneas "d", "g" e "h", e, inclusive, no caso de atividade de descarga selada, alínea "e", devem utilizar
equipamento de proteção respiratória de face inteira, com filtro para vapores orgânicos, assim como, equipamentos
de proteção para a pele. (Alterado pela Portaria MTb n.º 871, de 06 de julho de 2017)

12.1.1.1 Quando o sistema de exaustão previsto no item 9.9.1 estiver sob manutenção, deve ser utilizado o
equipamento de proteção respiratória de forma provisória, atendendo à especificação do item 12.1.1.

12.1.1.2 O empregador pode optar por outro equipamento de proteção respiratória, mais apropriado às características
do processo de trabalho do PRC do que aquele sugerido no item 12.1.1, desde que a mudança represente uma
proteção maior para o trabalhador.

12.1.1.3 A substituição periódica dos filtros das máscaras é obrigatória e deve obedecer às orientações do fabricante
e da IN n.º 01/94 do MTE.

12.2 Os trabalhadores que realizem a atividade de abastecimento de veículos, citada nas alíneas “g” e “h” do item
5.1.1.1, em função das características inerentes à própria atividade, estão dispensados do uso de equipamento de
proteção respiratória.

13. Sinalização referente ao Benzeno

13.1 Os PRC devem manter sinalização, em local visível, na altura das bombas de abastecimento de combustíveis
líquidos contendo benzeno, indicando os riscos dessa substância, nas dimensões de 20 x 14 cm com os dizeres: “A
GASOLINA CONTÉM BENZENO, SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA. RISCO À SAÚDE.”

14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento

14.1 Os PRC devem instalar sistema de recuperação de vapores.


(vide prazos Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

14.2 Para fins do presente anexo, considera-se como sistema de recuperação de vapores um sistema de captação de
vapores, instalado nos bicos de abastecimento das bombas de combustíveis líquidos contendo benzeno, que
direcione esses vapores para o tanque de combustível do próprio PRC ou para um equipamento de tratamento de
vapores.

14.3 Os PRC novos, aprovados e construídos após três anos da publicação deste anexo, devem ter instalado o
sistema previsto no item 14.1.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

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NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria MTE n.º 598, de 07 de dezembro de 2004 08/09/04
Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016 02/05/16

(Texto dado pela Portaria GM n.º 598, de 07 de dezembro de 2004)


10.1 - OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a


implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas
proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do
risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e
a saúde no trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da
preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus
estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de
proteção.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de
Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e
relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos
elétricos;
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme
determina esta NR;
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos
treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as
alíneas de “a” a “f”.

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem
constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:
a) descrição dos procedimentos para emergências;
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir
prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5.

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10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa
formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas
instalações e serviços em eletricidade.

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por
profissional legalmente habilitado.

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente,
medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme


estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras
medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos
órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.

10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente
inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual
específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade,
inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos
que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da
condição operativa.

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação
simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito.

10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a
localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de
construção e manutenção.

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração
elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir
compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação
entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da
eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que
incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.

10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades
competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado.

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10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no
Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado.

10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos
adicionais;
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho -
“L”, ligado);
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra,
de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo
como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações;
e) precauções aplicáveis em face das influências externas;
f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas;
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e
uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia.

10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e
inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas
por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR.

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos
riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade,
umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas
compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as
recomendações do fabricante e as influências externas.

10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às
tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou
recomendações dos fabricantes.

10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de
proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e
definições de projetos.

10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são
exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de
quaisquer objetos.

10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma
posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos
membros superiores livres para a realização das tarefas.

10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações elétricas devem
atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que
atendam às condições de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR.

10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo:
a) seccionamento;

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b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo II);
(Alterada pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser
reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas,
ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado,
autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
segurança originalmente preconizado.

10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização,
por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6.

10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS

10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou
superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que
estabelece o item 10.8 desta Norma.

10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança para trabalhos com
instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no
Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com
materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser
realizadas por qualquer pessoa não advertida.

10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos
específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo II. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril
de 2016)

10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na
iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.

10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de novas
instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com
circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho.

10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição
de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.

10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT)

10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que exerçam suas
atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo II, devem atender
ao disposto no item 10.8 desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico em

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segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e
demais determinações estabelecidas no Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril
de 2016)

10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico
de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente.

10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP,
somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior
responsável pela área.

10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em
eletricidade aplicáveis ao serviço.

10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver
procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado.

10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de
risco, conforme Anexo II desta NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como
bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. (Alterado
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de
desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado.

10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao
trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-
se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente.

10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades
no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe
ou com o centro de operação durante a realização do serviço.

10.8 - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe.

10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo
profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.

10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados,


com anuência formal da empresa.

10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência
da autorização de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4.

10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no
sistema de registro de empregado da empresa.

10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos a exame de saúde
compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu
prontuário médico.

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10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre
os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em
instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509,
de 29 de abril de 2016)

10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos
profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos
constantes do Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a
seguir:
a) troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.

10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados ao atendimento das
alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situação que o motivou.

10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco
envolvido.

10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na
vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos
que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.

10.9 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO

10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e
explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção Contra Incêndios.

10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de
ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito
do Sistema Brasileiro de Certificação.

10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de
proteção específica e dispositivos de descarga elétrica.

10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões,
devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões,
sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.

10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante
permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de
risco que determina a classificação da área.

10.10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à
advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender,
dentre outras, as situações a seguir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas;
f) sinalização de impedimento de energização;
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

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10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com
procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo,
assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.

10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por
trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho
a serem adotados.

10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica,
competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.

10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8
devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver.

10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no
Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e
condução dos trabalhos.

10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do
serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no
local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.

10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos
trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar do plano
de emergência da empresa.

10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a
acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória.

10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando
os meios para a sua aplicação.

10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate
a incêndio existentes nas instalações elétricas.

10.13 - RESPONSABILIDADES

10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados
envolvidos.

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade,
propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

10.13.4 Cabe aos trabalhadores:


a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no
trabalho;
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive
quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

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c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua
segurança e saúde e a de outras pessoas.

10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS

10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações
elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.

10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências
estabelecidas na NR-03.

10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam
em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas.

10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes.

10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão.

GLOSSÁRIO

1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra.

2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.

3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra, destinada a
garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.

4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de
gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a combustão se propaga.

5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual
ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas.

7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por
considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.

8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência
coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou barreira.

10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.

11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção de medidas de proteção
para segurança das pessoas e desempenho dos componentes da instalação.

12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas
entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico.

13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta as condições de segurança ao trabalhador
por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o final dos trabalhos e liberação para uso.

14. Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito através de recursos e
procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.

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15. Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas.

16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição de
materiais isolantes.

17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada.

18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por
ausência de medidas de controle.

19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade.

20. Procedimento: seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho,
com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua
realização.

21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às
instalações e aos trabalhadores.

22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas.

23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente
ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.

24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir.

25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um determinado
objetivo.

26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança.

28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que
seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou
equipamentos que manipule.

29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.

30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.

31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

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ANEXO I

ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

Faixa de Rr - Raio de Rc - Raio de


tensão delimitação delimitação
Nominal da entre zona entre zona
instalação de risco e controlada e
elétrica em controlada livre em
kV em metros metros
1 0,20 0,70
1 e 3 0,22 1,22
3 e 6 0,25 1,25
6 e 10 0,35 1,35
10 e 15 0,38 1,38
15 e 20 0,40 1,40
20 e 30 0,56 1,56
30 e 36 0,58 1,58
36 e 45 0,63 1,63
45 e 60 0,83 1,83
60 e 70 0,90 1,90
70 e 110 1,00 2,00
110 e 132 1,10 3,10
132 e 150 1,20 3,20
150 e 220 1,60 3,60
220 e 275 1,80 3,80
275 e 380 2,50 4,50
380 e 480 3,20 5,20
480 e 700 5,20 7,20

Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre


ZL

Rc
ZCP

ZR

PE
Rr

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Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de
superfície de separação física adequada.

ZL

Rc
ZC
ZL

ZR

PE
Rr

SI

ZL = Zona livre
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e
equipamentos apropriados ao trabalho.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança.

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ANEXO II
TREINAMENTO

1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima - 40h:

Programação Mínima:
1. introdução à segurança com eletricidade.

2. riscos em instalações e serviços com eletricidade:


a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos;
b) arcos elétricos; queimaduras e quedas;
c) campos eletromagnéticos.

3. Técnicas de Análise de Risco.

4. Medidas de Controle do Risco Elétrico:


a) desenergização.
b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário;
c) equipotencialização;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) dispositivos a corrente de fuga;
f) extra baixa tensão;
g) barreiras e invólucros;
h) bloqueios e impedimentos;
i) obstáculos e anteparos;
j) isolamento das partes vivas;
k) isolação dupla ou reforçada;
l) colocação fora de alcance;
m) separação elétrica.

5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras;

6. Regulamentações do MTE:
a) NRs;
b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade);
c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.

7. Equipamentos de proteção coletiva.

8. Equipamentos de proteção individual.

9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.


a) instalações desenergizadas;
b) liberação para serviços;
c) sinalização;
d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento;

10. Documentação de instalações elétricas.

11. Riscos adicionais:


a) altura;
b) ambientes confinados;
c) áreas classificadas;
d) umidade;
e) condições atmosféricas.

12. Proteção e combate a incêndios:


a) noções básicas;
b) medidas preventivas;
c) métodos de extinção;
d) prática;

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13. Acidentes de origem elétrica:
a) causas diretas e indiretas;
b) discussão de casos;

14. Primeiros socorros:


a) noções sobre lesões;
b) priorização do atendimento;
c) aplicação de respiração artificial;
d) massagem cardíaca;
e) técnicas para remoção e transporte de acidentados;
f) práticas.

15. Responsabilidades.

2. CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) E EM


SUAS PROXIMIDADES.

É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento satisfatório, do curso
básico definido anteriormente.

Carga horária mínima – 40h

(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho
características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo
ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador.

I - Programação Mínima:

1. Organização do Sistema Elétrico de Potencia – SEP.

2. Organização do trabalho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) trabalho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.

3. Aspectos comportamentais.

4. Condições impeditivas para serviços.

5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):


a) proximidade e contatos com partes energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.

6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)

7. Procedimentos de trabalho – análise e discussão. (*)

8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)


a) em linha viva;
b) ao potencial;
c) em áreas internas;
d) trabalho a distância;
e) trabalhos noturnos; e
f) ambientes subterrâneos.

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9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*).

10. Sistemas de proteção coletiva (*).

11. Equipamentos de proteção individual (*).

12. Posturas e vestuários de trabalho (*).

13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*).

14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*).

15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*).


16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*).

17. Acidentes típicos (*) – Análise, discussão, medidas de proteção.

18. Responsabilidades (*).

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NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SIT n.º 56, de 17 de julho de 2003 06/07/03
Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004 02/06/04

11.1 Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas
transportadoras.

11.1.1 Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as
portas ou cancelas necessárias nos pavimentos.

11.1.2 Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por
corrimão ou outros dispositivos convenientes.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de
diferentes tipos, serão calculados e construídos demaneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e
segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser
inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

11.1.3.3 Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de
segurança.

11.1.4 Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico,
dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se
durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1 O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar
por exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).

11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que
apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

11.1.9 Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá
ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis.

11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a
motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados.

11.2 Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte manual de sacos"
toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso
da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua
deposição.

11.2.2 Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um saco.

11.2.2.1 Além do limite previsto nesta norma, o transporte descarga deverá ser realizado mediante impulsão de

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vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada.

11.2.3 É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um metro) ou
mais de extensão.

11.2.3.1 As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros).

11.2.4 Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o auxílio de
ajudante.

11.2.5 As pilhas de sacos, nos armazéns, devem ter altura máxima limitada ao nível de resistência do piso, à forma e
resistência dos materiais de embalagem e à estabilidade, baseada na geometria, tipo de amarração e inclinação das
pilhas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004)

11.2.6 (Revogado pela Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004)

11.2.7 No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou empilhadeiras.

11.2.8 Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a
utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:
a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;
b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x 1,00m (um
metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e cinco centímetros);
c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o espelho ter
altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e cinco centímetros);
d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que assegure sua
estabilidade;
e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a extensão;
f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente qualquer
defeito.

11.2.9 O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, utilizando-se, de
preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação.

11.2.10 Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados.

11.2.11 A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria.

11.3 Armazenamento de materiais.

11.3.1 O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.

11.3.2 O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra
incêndio, saídas de emergências, etc.

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos
0,50m (cinqüenta centímetros).

11.3.4 A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência.

11.3.5 O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

11.4 Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras rochas. (Acrescentado
pela Portaria SIT n.º 56, de 17 de setembro de 2003)

11.4.1 A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas deve obedecer ao
disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo I desta NR. (Acrescentado pela Portaria
SIT n.º 56, de 17 de setembro de 2003)

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NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Atualizações D.O.U.
Portaria SSST n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSST n.º 13, de 24 de outubro de 1994 26/10/94
Portaria SSST n.º 25, de 28 de janeiro de 1996 05/12/96
Portaria SSST n.º 04, de 28 de janeiro de 1997 04/03/97
Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010 24/12/10
Portaria SIT n.º 293, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013 11/12/13
Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015 26/06/15
Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015 10/12/15
Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016 02/05/16
Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016 22/09/16
Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro de 2016 22/09/16
Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017 06/07/17
Portaria MTb n.º 98, de 08 de fevereiro de 2018 09/02/18
Portaria MTb n.º 252, de 10 de abril de 2018 12/04/18
Portaria MTb n.º 1.083, de 18 de dezembro de 2018 19/12/18

Notas Técnicas D.O.U.


Nota Técnica DSST/SIT n.º 48/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 179/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 253/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 254/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 02/2017

Instruções Normativas D.O.U.


Instrução Normativa DSST/SIT n.º 129/2017

(Redação dada pela Portaria SIT n.º 197, de 17/12/10)


Princípios Gerais

12.1 Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de
proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção
de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e
ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades
econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela
Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas
internacionais aplicáveis.

12.1.1 Entende-se como fase de utilização o transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção,
inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.2 As disposições desta Norma referem-se a máquinas e equipamentos novos e usados, exceto nos itens em que
houver menção específica quanto à sua aplicabilidade.

12.2A As máquinas e equipamentos comprovadamente destinados à exportação estão isentos do atendimento dos
requisitos técnicos de segurança previstos nesta norma. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.2B Esta norma não se aplica às máquinas e equipamentos: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de
25/06/2015)
a) movidos ou impulsionados por força humana ou animal;
b) expostos em museus, feiras e eventos, para fins históricos ou que sejam considerados como antiguidades e não
sejam mais empregados com fins produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a preservação da
integridade física dos visitantes e expositores;
c) classificados como eletrodomésticos.

12.2C É permitida a movimentação segura de máquinas e equipamentos fora das instalações físicas da empresa para
reparos, adequações, modernização tecnológica, desativação, desmonte e descarte. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857,

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de 25/06/2015).

12.3 O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir
a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência
envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.

12.4 São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de prioridade:
a) medidas de proteção coletiva;
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
c) medidas de proteção individual.

12.5 Na aplicação desta Norma e de seus anexos, devem-se considerar as características das máquinas e equipamentos,
do processo, a apreciação de riscos e o estado da técnica. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016
- Vide Nota Técnica DSST/SIT n.º 48/20016)

12.5A Cabe aos trabalhadores: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015)
a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza,
manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos;
b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e
equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros;
c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido, danificado ou se perdeu
sua função;
d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às exigências/requisitos descritos nesta Norma;
e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma.

12.5.1 Não é obrigatória a observação de novas exigências advindas de normas técnicas publicadas posteriormente à
data de fabricação, importação ou adequação das máquinas e equipamentos, desde que atendam a Norma
Regulamentadora n.º 12, publicada pela Portaria n.º 197/2010, seus anexos e suas alterações posteriores, bem como às
normas técnicas vigentes à época de sua fabricação, importação ou adequação. (Inserido pela Portaria MTb n.º 1.111,
de 21 de setembro de 2016)

Arranjo físico e instalações.

12.6 Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas e
em conformidade com as normas técnicas oficiais.

12.6.1 (Excluído pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.6.2 As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas. (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro
de 2018)

12.7 Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento,
devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de
áreas externas.

12.8 Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de
forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

12.8.1 A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a
segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação
dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.

12.8.2 As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados,
dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais,
movimentem-se com segurança.

12.9 Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem:
a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes;
b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os
tornem escorregadios; e
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c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.

12.10 As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais
específicos para essa finalidade.

12.11 As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não
basculem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas
internas ou qualquer outro motivo acidental.

12.11.1 A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou,
na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação,
amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de
refrigeração.

12.12 Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem possuir travas.

12.13 As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer outros locais em que possa haver
trabalhadores devem ficar posicionados de modo que não ocorra transporte e movimentação aérea de materiais sobre os
trabalhadores.

Instalações e dispositivos elétricos.

12.14 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por
meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR-
10.

12.15 Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros,
blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que
possam ficar sob tensão.

12.16 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto
com água ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem,
estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes.

12.17 Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de segurança:
a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização;
b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de contato com
lubrificantes, combustíveis e calor;
c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes móveis ou cantos vivos;
d) não dificultar o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das máquinas; (Alterada pela Portaria MTb n.º 98, de
08 e fevereiro de 2018)
e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e
f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo. (Alterada pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de
2018)

12.18 Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de
segurança:
a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada;
b) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por pessoas não autorizadas;
c) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e ferramentas;
d) possuir proteção e identificação dos circuitos; e
e) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso.

12.19 As ligações e derivações dos condutores elétricos das máquinas e equipamentos devem ser feitas mediante
dispositivos apropriados e conforme as normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistência mecânica e
contato elétrico adequado, com características equivalentes aos condutores elétricos utilizados e proteção contra riscos.

12.20 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por fonte externa

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devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito.

12.20.1 As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretensão quando a elevação da
tensão puder ocasionar risco de acidentes.

12.20.2 Nas máquinas e equipamentos em que a falta ou a inversão de fases da alimentação elétrica puder ocasionar
riscos, deve haver dispositivo que impeça a ocorrência de acidentes. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de
setembro de 2016)

12.21 São proibidas nas máquinas e equipamentos:


a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;
b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e
c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica.

12.22 As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:


a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma
plataforma de apoio;
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.

12.23 Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indicação constante do manual de
operação.

Dispositivos de partida, acionamento e parada.

12.24 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados, selecionados e instalados
de modo que:
a) não se localizem em suas zonas perigosas;
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
d) não acarretem riscos adicionais; e
e) não possam ser burlados.

12.25 Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu
funcionamento automático ao serem energizadas.

12.26 Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mãos do
operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando:
a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação
do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo); (Retificado
pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança;
c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois
dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando
bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais;
d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando;
e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de
comando acidental;
f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de
proteção do dispositivo de comando bimanual; e
g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois dispositivos de atuação do
comando.

12.27 Nas máquinas e equipamentos operados por dois ou mais dispositivos de acionamento bimanual, a atuação
síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de acionamento bimanual e não entre dispositivos

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diferentes, que devem manter simultaneidade entre si. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)

12.28 Os dispositivos de acionamento bimanual devem ser posicionados a uma distância segura da zona de perigo,
levando em consideração: (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
a) a forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de acionamento bimanual; (Alterada pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
b) o tempo máximo necessário para a paralisação da máquina ou para a remoção do perigo, após o término do sinal de
saída do dispositivo de acionamento bimanual; e (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)
c) a utilização projetada para a máquina.

12.29 Os dispositivos de acionamento bimanual móveis instalados em pedestais devem: (Alterado pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
a) manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e
b) possuir altura compatível com o alcance do operador em sua posição de trabalho. (Alterada pela Portaria MTb n.º
1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.30 Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais de uma pessoa, o número de
dispositivos de acionamento bimanual simultâneos deve corresponder ao número de operadores expostos aos perigos
decorrentes de seu acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador. (Alterado pela
Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.30.1 Deve haver seletor do número de dispositivos de acionamento em utilização, com bloqueio que impeça a sua
seleção por pessoas não autorizadas.

12.30.2 O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o funcionamento dos dispositivos de
acionamento bimanual habilitados pelo seletor enquanto os demais comandos não habilitados não forem desconectados.
(Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.30.3 Quando utilizados dois ou mais dispositivos de acionamento bimanual simultâneos, devem possuir sinal
luminoso que indique seu funcionamento. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.31 As máquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a utilização de vários modos de comando ou
de funcionamento que apresentem níveis de segurança diferentes, devem possuir um seletor que atenda aos seguintes
requisitos:
a) bloqueio em cada posição, impedindo a sua mudança por pessoas não autorizadas;
b) correspondência de cada posição a um único modo de comando ou de funcionamento;
c) modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da parada
de emergência; e
d) a seleção deve ser visível, clara e facilmente identificável.

12.32 As máquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco à saúde ou
integridade física de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de
acionamento.

12.33 O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um conjunto de máquinas e equipamentos
ou de máquinas e equipamentos de grande dimensão devem ser precedidos da emissão de sinal sonoro ou visual.
(Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.34 Devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dispositivos de
telecomunicação, considerando as características do processo produtivo e dos trabalhadores.

12.35 As máquinas e equipamentos comandados por radiofreqüência devem possuir proteção contra interferências
eletromagnéticas acidentais.

12.36 Os componentes de partida, parada, acionamento e controles que compõem a interface de operação das máquinas
e equipamentos fabricados a partir de 24 de Março de 2012 devem: (Item e alíneas alterados pela Portaria MTE n.º
857, de 25/06/2015)

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a) possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência, quando aplicável, conforme itens e
subitens do capítulo sobre dispositivos de parada de emergência, desta norma; e
b) operar em extrabaixa tensão de até 25VCA(vinte e cinco volts em corrente alternada) ou de até 60VCC (sessenta
volts em corrente contínua), ou ser adotada outra medida de proteção contra choques elétricos, conforme Normas
Técnicas oficiais vigentes.

12.36.1 Os componentes de partida, parada, acionamento e controles que compõem a interface de operação das
máquinas e equipamentos fabricados até 24 de março de 2012 devem: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º
857, de 25/06/2015)
a) possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência, quando aplicável, conforme itens e
subitens do capítulo dispositivos de parada de emergência, desta norma; e
b) quando a apreciação de risco indicar a necessidade de proteções contra choques elétricos, operar em extrabaixa
tensão de até 25VCA (vinte e cinco volts em corrente alternada) ou de até 60VCC (sessenta volts em corrente
contínua), ou ser adotada outra medida de proteção, conforme Normas Técnicas oficiais vigentes.

12.37 Se indicada pela apreciação de riscos a necessidade de redundância dos dispositivos responsáveis pela prevenção
de partida inesperada ou pela função de parada relacionada à segurança, conforme a categoria de segurança requerida, o
circuito elétrico da chave de partida de motores de máquinas e equipamentos deve: (Item e alíneas alterado pela
Portaria MTb n.º 1.083 de 18 de dezembro de 2019)
a) possuir estrutura redundante;
b) permitir que as falhas que comprometem a função de segurança sejam monitoradas; e
c) ser adequadamente dimensionado de acordo com o estabelecido pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na
ausência ou omissão destas, pelas normas técnicas internacionais.

12.37.1 Para o atendimento aos requisitos do item 12.37, alíneas “b”, “c” e “d”, é permitida a parada controlada do
motor, desde que não haja riscos decorrentes de sua parada não instantânea. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de
29 de abril de 2016)

Sistemas de segurança.

12.38 As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por
proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à
integridade física dos trabalhadores.

12.38.1 A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem perigo, deve considerar
as características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo
a atingir o nível necessário de segurança previsto nesta Norma.

12.39 Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados de modo a atender aos seguintes requisitos: (Vide
prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes;
b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado;
c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que são integrados;
d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou burlados;
e) manterem-se sob vigilância automática, ou seja, monitoramento, de acordo com a categoria de segurança requerida,
exceto para dispositivos de segurança exclusivamente mecânicos; e
f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho.

12.40 Os sistemas de segurança, se indicado pela apreciação de riscos, devem exigir rearme (“reset”) manual. (Alterado
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.40.1 Depois que um comando de parada tiver sido iniciado pelo sistema de segurança, a condição de parada deve ser
mantida até que existam condições seguras para o rearme. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de
2016)

12.41 Para fins de aplicação desta Norma, considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover
segurança por meio de barreira física, podendo ser:
a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação

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que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09
de dezembro de 2013)
b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à
estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.

12.42 Para fins de aplicação desta Norma, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou
interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados
em:
a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que
verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de
falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de
segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança;
b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, magnéticas e eletrônicas codificadas,
optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de
impedir o funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas; (Alterada pela Portaria MTPS n.º
211, de 09 de dezembro de 2015)
c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma
pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de detecção, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de
funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras
óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição; (Alterada pela Portaria MTPS n.º
211, de 09 de dezembro de 2015)
d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia;
e) dispositivos mecânicos, tais como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores,
inibidores/defletores, retráteis, ajustáveis ou com auto fechamento; e (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21
de setembro de 2016)
f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de controle operados manualmente, que, quando aplicados de
modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento. (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de
setembro de 2016)

12.43 Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das máquinas,
inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da máquina ou equipamento quando ocorrerem
flutuações no nível de energia além dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do
fornecimento de energia. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

12.44 A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de
trabalho, observando-se que: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso à
zona de perigo antes da eliminação do risco; e
b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o
acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco.

12.45 As máquinas e equipamentos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos de intertravamento devem:
(Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) operar somente quando as proteções estiverem fechadas;
b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação; e
c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar inicio às funções perigosas

12.45.1 A utilização de proteções intertravadas com comando de partida, como exceção ao previsto na alínea “c”, deve
ser limitada e aplicada conforme as exigências específicas previstas em normas técnicas. (Inserido pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.46 Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados às proteções móveis das máquinas e equipamentos
devem: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada;
b) manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão devido às funções perigosas da
máquina ou do equipamento; e
c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar inicio às funções perigosas da máquina ou

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do equipamento.

12.46.1 A utilização de proteções intertravadas com comando de partida, como exceção ao previsto na alínea “c”, deve
ser limitada e aplicada conforme as exigências específicas previstas em normas técnicas. (Inserido pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.47 As transmissões de força e os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir
proteções fixas, ou móveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados.

12.47.1 Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões de força que possuam inércia,
devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de
17 de dezembro de 2010)

12.47.2 O eixo cardã deve possuir proteção adequada, em perfeito estado de conservação em toda a sua extensão, fixada
na tomada de força da máquina desde a cruzeta até o acoplamento do implemento ou equipamento.

12.48 As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de materiais, partículas ou
substâncias, devem possuir proteções que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores.

12.49 As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança:
a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes
deterioradas ou danificadas;
b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas;
c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos;
d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções;
e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;
f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;
g) impedir que possam ser burladas;
h) proporcionar condições de higiene e limpeza;
i) impedir o acesso à zona de perigo;
j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se
necessário;
k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo; e
l) não acarretar riscos adicionais.

12.50 Quando a proteção for confeccionada com material descontínuo, devem ser observadas as distâncias de segurança
para impedir o acesso às zonas de perigo, conforme previsto no Anexo I, item A.

12.51 Sempre que forem utilizados sistemas de segurança, inclusive proteções distantes, com possibilidade de alguma
pessoa ficar na zona de perigo, deve ser adotada uma das seguintes medidas adicionais de proteção coletiva para
impedir a partida da máquina enquanto houver pessoas nessa zona: (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e
fevereiro de 2018)
a) sensoriamento da presença de pessoas; (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
b) proteções móveis ou sensores de segurança na entrada ou acesso à zona de perigo, associadas a rearme (“reset”)
manual. (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.51.1 A localização dos atuadores de rearme (“reset”) manual deve permitir uma visão completa da zona protegida
pelo sistema. (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.51.2 Quando não for possível o cumprimento da exigência do item 12.51.1, deve ser adotado o sensoriamento da
presença de pessoas nas zonas de perigo com a visualização obstruída, ou a adoção de sistema que exija a ida à zona de
perigo não visualizada, como, por exemplo, duplo rearme (“reset”). (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e
fevereiro de 2018)

12.51.3 Deve haver dispositivos de parada de emergência localizados no interior da zona protegida pelo sistema, bem
como meios de liberar pessoas presas dentro dela. (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.52 As proteções também utilizadas como meio de acesso por exigência das características da máquina ou do
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equipamento devem atender aos requisitos de resistência e segurança adequados a ambas as finalidades.

12.53 Deve haver proteção no fundo dos degraus da escada, ou seja, nos espelhos, sempre que uma parte saliente do pé
ou da mão possa contatar uma zona perigosa.

12.54 As proteções, dispositivos e sistemas de segurança devem integrar as máquinas e equipamentos, e não podem ser
considerados itens opcionais para qualquer fim.

12.55. Em função do risco, poderá ser exigido projeto, diagrama ou representação esquemática dos sistemas de
segurança de máquinas, com respectivas especificações técnicas em língua portuguesa. (Vide prazos no Art. 4ª da
Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

12.55.1 Quando a máquina não possuir a documentação técnica exigida, o seu proprietário deve constituí-la, sob a
responsabilidade de profissional legalmente habilitado e com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica do
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - ART/CREA. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de
dezembro de 2010)

Dispositivos de parada de emergência.

12.56 As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência, por meio dos quais
possam ser evitadas situações de perigo latentes e existentes.

12.56.1 Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como dispositivos de partida ou de
acionamento.

12.56.2 Excetuam-se da obrigação do item 12.56 as máquinas manuais, as máquinas autopropelidas e aquelas nas quais
o dispositivo de parada de emergência não possibilita a redução do risco. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 211, de 09
de dezembro de 2015)

12.57 Os dispositivos de parada de emergência devem ser posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos
operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente desobstruídos.

12.58 Os dispositivos de parada de emergência devem:


a) ser selecionados, montados e interconectados de forma a suportar as condições de operação previstas, bem como as
influências do meio;
b) ser usados como medida auxiliar, não podendo ser alternativa a medidas adequadas de proteção ou a sistemas
automáticos de segurança;
c) possuir acionadores projetados para fácil atuação do operador ou outros que possam necessitar da sua utilização;
d) prevalecer sobre todos os outros comandos;
e) provocar a parada da operação ou processo perigoso em período de tempo tão reduzido quanto tecnicamente
possível, sem provocar riscos suplementares;
f) ter sua função disponível e operacional a qualquer tempo, independentemente do modo de operação; e (Alterada
pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
g) ser mantidos em perfeito estado de funcionamento.

12.59 A função parada de emergência não deve:


a) prejudicar a eficiência de sistemas de segurança ou dispositivos com funções relacionadas com a segurança;
b) prejudicar qualquer meio projetado para resgatar pessoas acidentadas; e
c) gerar risco adicional.

12.60 O acionamento do dispositivo de parada de emergência deve também resultar na retenção do acionador, de tal
forma que quando a ação no acionador for descontinuada, este se mantenha retido até que seja desacionado.

12.60.1 O desacionamento deve ser possível apenas como resultado de uma ação manual intencionada sobre o
acionador, por meio de manobra apropriada;

12. 61 Quando usados acionadores do tipo cabo, deve-se:


a) utilizar chaves de parada de emergência que trabalhem tracionadas, de modo a cessarem automaticamente as
funções perigosas da máquina em caso de ruptura ou afrouxamento dos cabos;

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b) considerar o deslocamento e a força aplicada nos acionadores, necessários para a atuação das chaves de parada de
emergência; e
c) obedecer à distância máxima entre as chaves de parada de emergência recomendada pelo fabricante.

12.62 As chaves de parada de emergência devem ser localizadas de tal forma que todo o cabo de acionamento seja
visível a partir da posição de desacionamento da parada de emergência.

12.62.1 Se não for possível o cumprimento da exigência do item 12.62, deve-se garantir que, após a atuação e antes do
desacionamento, a máquina ou equipamento seja inspecionado em toda a extensão do cabo.

12.63 A parada de emergência deve exigir rearme, ou reset manual, a ser realizado somente após a correção do evento
que motivou o acionamento da parada de emergência.

12.63.1 A localização dos acionadores de rearme deve permitir uma visualização completa da área protegida pelo cabo.

Meios de acesso permanentes.

12.64 As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos
de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e
intervenção constante.

12.64.1 Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus.

12.64.2 Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 12.64.1, poderá ser utilizada escada fixa
tipo marinheiro.

12.64.3 Nas máquinas e equipamentos, os meios de acesso permanentes devem ser localizados e instalados de modo a
prevenir riscos de acidente e facilitar o seu acesso e utilização pelos trabalhadores.

12.65 O emprego dos meios de acesso deve considerar o ângulo de lance conforme Figura 1 do Anexo III. (Vide prazos
no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

12.66 Os locais ou postos de trabalho acima do piso em que haja acesso de trabalhadores, para operação ou quaisquer
outras intervenções habituais nas máquinas e equipamentos, como abastecimento, preparação, ajuste, inspeção, limpeza
e manutenção, devem possuir plataformas de trabalho estáveis e seguras. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21
de setembro de 2016)

12.66.1 Na impossibilidade técnica de aplicação do previsto no item 12.66, poderá ser adotado o uso de plataformas
móveis ou elevatórias.

12.67 As plataformas móveis devem ser estáveis, de modo a não permitir sua movimentação ou tombamento durante a
realização do trabalho.

12.68 As passarelas, plataformas, rampas e escadas de degraus devem propiciar condições seguras de trabalho,
circulação, movimentação e manuseio de materiais e:
a) ser dimensionadas, construídas e fixadas de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes e
movimentação segura do trabalhador;
b) ter pisos e degraus constituídos de materiais ou revestimentos antiderrapantes;
c) ser mantidas desobstruídas; e
d) ser localizadas e instaladas de modo a prevenir riscos de queda, escorregamento, tropeçamento e dispêndio
excessivo de esforços físicos pelos trabalhadores ao utilizá-las.

12.69 As rampas com inclinação entre 10º (dez) e 20º (vinte) graus em relação ao plano horizontal devem possuir peças
transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta
centímetros) em toda sua extensão quando o piso não for antiderrapante. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º
197, de 17 de dezembro de 2010)

12.69.1 É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º (vinte) graus em relação ao piso.

12.70 Os meios de acesso, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, devem possuir sistema de proteção contra
quedas com as seguintes características:
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes;
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b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de
altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão, em ambos os lados;
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos; e
e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão intermediário a 0,70 m (setenta
centímetros) de altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior.

12.71 Havendo risco de queda de objetos e materiais, o vão entre o rodapé e o travessão superior do guarda corpo deve
receber proteção fixa, integral e resistente.

12.71.1 A proteção mencionada no item 12.71 pode ser constituída de tela resistente, desde que sua malha não permita a
passagem de qualquer objeto ou material que possa causar lesões aos trabalhadores.

12.72 Para o sistema de proteção contra quedas em plataformas utilizadas em operações de abastecimento ou que
acumulam sujidades, é permitida a adoção das dimensões da Figura 5 do Anexo III.

12.73 As passarelas, plataformas e rampas devem ter as seguintes características: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria
SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);
b) meios de drenagem, se necessário; e
c) não possuir rodapé no vão de acesso.

12.74 As escadas de degraus sem espelho devem ter: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro
de 2010)
a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros); (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)
b) degraus com profundidade mínima de 0,15 m (quinze centímetros);
c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;
d) altura máxima entre os degraus de 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
e) plataforma de descanso com largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) e comprimento a intervalos de,
no máximo, 3,00 m (três metros) de altura; (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
f) projeção mínima de 0,01 m (dez milímetros) de um degrau sobre o outro; e
g) degraus com profundidade que atendam à fórmula: 600≤ g +2h ≤ 660 (dimensões em milímetros), conforme Figura
2 do Anexo III.

12.75 As escadas de degraus com espelho devem ter: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de
dezembro de 2010)
a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros); (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)
b) degraus com profundidade mínima de 0,20 m (vinte centímetros);
c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;
d) altura entre os degraus de 0,20 m (vinte centímetros) a 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
e) plataforma de descanso com largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) e comprimento a intervalos de,
no máximo, 3,00 m (três metros) de altura. (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.76 As escadas fixas do tipo marinheiro devem ter:


a) dimensionamento, construção e fixação seguras e resistentes, de forma a suportar os esforços solicitantes; (Alterada
pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) constituição de materiais ou revestimentos resistentes a intempéries e corrosão, caso estejam expostas em ambiente
externo ou corrosivo;
c) gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a 3,50 m (três metros e meio), instaladas a partir de 2,0 m (dois
metros) do piso, ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior em pelo menos de 1,10 m (um metro e
dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);

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d) corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior de
1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
e) largura de 0,40 m (quarenta centímetros) a 0,60 m (sessenta centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III;
f) altura total máxima de 10,00 m (dez metros), se for de um único lance;
g) altura máxima de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de múltiplos lances, construídas
em lances consecutivos com eixos paralelos, distanciados no mínimo em 0,70 m (setenta centímetros), conforme
Figura 3 do Anexo III;
h) espaçamento entre barras horizontais de 0,25 m (vinte e cinco centímetros) a 0,30 m (trinta centímetros), conforme
Figura 3 do Anexo III; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
i) espaçamento entre o piso da máquina ou da edificação e a primeira barra não superior a 0,55 m (cinqüenta e cinco
centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III;
j) distância em relação à estrutura em que é fixada de, no mínimo, 0,15 m (quinze centímetros), conforme Figura 4C
do Anexo III; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
k) barras horizontais de 0,025m (vinte e cinco milímetros) a 0,038 m (trinta e oito milímetros) de diâmetro ou
espessura; e (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
l) barras horizontais com superfícies, formas ou ranhuras a fim de prevenir deslizamentos. (Alterada pela Portaria
MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

12.76.1 As gaiolas de proteção devem ter diâmetro de 0,65m (sessenta e cinco centímetros) a 0,80 m (oitenta
centímetros), conforme Figura 4 C do Anexo III; e: (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
a) possuir barras verticais com espaçamento máximo de 0,30m (trinta centímetros) entre si e distância máxima de
1,50m (um metro e cinquenta centímetros) entre arcos, conforme figuras 4A e 4B do Anexo III; ou (Alterada pela
Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) vãos entre arcos de, no máximo, 0,30m (trinta centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III, dotadas de barra
vertical de sustentação dos arcos. (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

Componentes pressurizados.

12.77 Devem ser adotadas medidas adicionais de proteção das mangueiras, tubulações e demais componentes
pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecânicos e outros agentes agressivos, quando houver risco.

12.78 As mangueiras, tubulações e demais componentes pressurizados devem ser localizados ou protegidos de tal forma
que uma situação de ruptura destes componentes e vazamentos de fluidos, não possa ocasionar acidentes de trabalho.

12.79 As mangueiras utilizadas nos sistemas pressurizados devem possuir indicação da pressão máxima de trabalho
admissível especificada pelo fabricante.

12.80 Os sistemas pressurizados das máquinas devem possuir meios ou dispositivos destinados a garantir que:
a) a pressão máxima de trabalho admissível nos circuitos não possa ser excedida; e
b) quedas de pressão progressivas ou bruscas e perdas de vácuo não possam gerar perigo.

12.81 Quando as fontes de energia da máquina forem isoladas, a pressão residual dos reservatórios e de depósitos
similares, como os acumuladores hidropneumáticos, não pode gerar risco de acidentes.

12.82 Os recipientes contendo gases comprimidos utilizados em máquinas e equipamentos devem permanecer em
perfeito estado de conservação e funcionamento e ser armazenados em depósitos bem ventilados, protegidos contra
quedas, calor e impactos acidentais.

12.83 Nas atividades de montagem e desmontagem de pneumáticos das rodas das máquinas e equipamentos não
estacionários, que ofereçam riscos de acidentes, devem ser observadas as seguintes condições:
a) os pneumáticos devem ser completamente despressurizados, removendo o núcleo da válvula de calibragem antes da
desmontagem e de qualquer intervenção que possa acarretar acidentes; e
b) o enchimento de pneumáticos só poderá ser executado dentro de dispositivo de clausura ou gaiola adequadamente
dimensionada, até que seja alcançada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre o aro e criar uma vedação
pneumática.

12.84 Em sistemas pneumáticos e hidráulicos que utilizam dois ou mais estágios com diferentes pressões como medida
de proteção, a força exercida no percurso ou circuito de segurança - aproximação - não pode ser suficiente para
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provocar danos à integridade física dos trabalhadores.

12.84.1 Para o atendimento ao disposto no item 12.84, a força exercida no percurso ou circuito de segurança deve estar
limitada a 150 N (cento e cinquenta Newtons) e a pressão de contato limitada a 50 N/cm2 (cinquenta Newtons por
centímetro quadrado), exceto nos casos em que haja previsão de outros valores em normas técnicas oficiais vigentes
especificas.

Transportadores de materiais.

12.85 Os movimentos perigosos dos transportadores contínuos de materiais devem ser protegidos, especialmente nos
pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios,
roldanas, amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes, guias, alinhadores, região do
esticamento e contrapeso e outras partes móveis acessíveis durante a operação normal.

12.85.1 Os transportadores contínuos de correia cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a
2,70 m (dois metros e setenta centímetros) do piso estão dispensados da observância do item 12.85, desde que não haja
circulação nem permanência de pessoas nas zonas de perigo.

12.85.2 Os transportadores contínuos de correia em que haja proteção fixa distante, associada a proteção móvel
intertravada que restrinja o acesso a pessoal especializado para a realização de inspeções, manutenções e outras
intervenções necessárias, estão dispensados da observância do item 12.85, desde que atendido o disposto no item 12.51.

12.86 Os transportadores contínuos de correia, cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a
2,70 m (dois metros e setenta centímetros) do piso, devem possuir, em toda a sua extensão, passarelas em ambos os
lados, atendidos os requisitos do item 12.66. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de
2010)

12.86.1 Os transportadores cuja correia tenha largura de até 762 mm (setecentos e sessenta e dois milímetros ou 30
(trinta) polegadas podem possuir passarela em apenas um dos lados, devendo-se adotar o uso de plataformas móveis ou
elevatórias para quaisquer intervenções e inspeções. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro
de 2010)

12.86.2 Os transportadores móveis articulados em que haja possibilidade de realização de quaisquer intervenções e
inspeções a partir do solo ficam dispensados da exigência do item 12.86. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º
197, de 17 de dezembro de 2010)

12.87 Os transportadores de materiais somente devem ser utilizados para o tipo e capacidade de carga para os quais
foram projetados.

12.88 Os cabos de aço, correntes, eslingas, ganchos e outros elementos de suspensão ou tração e suas conexões devem
ser adequados ao tipo de material e dimensionados para suportar os esforços solicitantes.

12.89 Nos transportadores contínuos de materiais que necessitem de parada durante o processo é proibida a reversão de
movimento para esta finalidade.

12.90 É proibida a permanência e a circulação de pessoas sobre partes em movimento, ou que possam ficar em
movimento, dos transportadores de materiais, quando não projetadas para essas finalidades.

12.90.1 Nas situações em que haja inviabilidade técnica do cumprimento do disposto no item 12.90 devem ser adotadas
medidas que garantam a paralisação e o bloqueio dos movimentos de risco, conforme o disposto no item 12.113 e
subitem 12.113.1.

12.90.2 A permanência e a circulação de pessoas sobre os transportadores contínuos devem ser realizadas por meio de
passarelas com sistema de proteção contra quedas, conforme item 12.70.

12.90.3 É permitida a permanência e a circulação de pessoas sob os transportadores contínuos somente em locais
protegidos que ofereçam resistência e dimensões adequadas contra quedas de materiais.

12.91 Os transportadores contínuos acessíveis aos trabalhadores devem dispor, ao longo de sua extensão, de
dispositivos de parada de emergência, de modo que possam ser acionados em todas as posições de trabalho.

12.91.1. Os transportadores contínuos acessíveis aos trabalhadores ficam dispensados do cumprimento da exigência do
item 12.91 se a análise de risco assim indicar.

12.92 Os transportadores contínuos de correia devem possuir dispositivos que garantam a segurança em caso de falha
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durante sua operação normal e que interrompam seu funcionamento quando forem ultrapassados os limites de
segurança, conforme especificado em projeto, e devem contemplar, no mínimo, as seguintes condições: (Alterado pela
Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
a) desalinhamento anormal da correia; e
b) sobrecarga de materiais.

12.93. Durante o transporte de materiais suspensos devem ser adotadas medidas de segurança visando a garantir que
não haja pessoas sob a carga.

12.93.1 As medidas de segurança previstas no item 12.93 devem priorizar a existência de áreas exclusivas para a
circulação de cargas suspensas devidamente delimitadas e sinalizadas.

Aspectos ergonômicos.

12.94 As máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos com observância aos os seguintes
aspectos:
a) atendimento da variabilidade das características antropométricas dos operadores;
b) respeito às exigências posturais, cognitivas, movimentos e esforços físicos demandados pelos operadores;
c) os componentes como monitores de vídeo, sinais e comandos, devem possibilitar a interação clara e precisa com o
operador de forma a reduzir possibilidades de erros de interpretação ou retorno de informação;
d) os comandos e indicadores devem representar, sempre que possível, a direção do movimento e demais efeitos
correspondentes;
e) os sistemas interativos, como ícones, símbolos e instruções devem ser coerentes em sua aparência e função;
f) favorecimento do desempenho e a confiabilidade das operações, com redução da probabilidade de falhas na
operação;
g) redução da exigência de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos corporais;
h) a iluminação deve ser adequada e ficar disponível em situações de emergência, quando exigido o ingresso em seu
interior.

12.95 Os comandos das máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos com observância aos
seguintes aspectos:
a) localização e distância de forma a permitir manejo fácil e seguro;
b) instalação dos comandos mais utilizados em posições mais acessíveis ao operador;
c) visibilidade, identificação e sinalização que permita serem distinguíveis entre si;
d) instalação dos elementos de acionamento manual ou a pedal de forma a facilitar a execução da manobra levando em
consideração as características biomecânicas e antropométricas dos operadores; e
e) garantia de manobras seguras e rápidas e proteção de forma a evitar movimentos involuntários.

12.96 As Máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e operados levando em consideração a
necessidade de adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza
dos trabalhos a executar, oferecendo condições de conforto e segurança no trabalho, observado o disposto na NR-17.

12.97 Os assentos utilizados na operação de máquinas devem possuir estofamento e ser ajustáveis à natureza do
trabalho executado, além do previsto no subitem 17.3.3 da NR-17.

12.98 Os postos de trabalho devem ser projetados para permitir a alternância de postura e a movimentação adequada
dos segmentos corporais, garantindo espaço suficiente para operação dos controles nele instalados.

12.99 As superfícies dos postos de trabalho não devem possuir cantos vivos, superfícies ásperas, cortantes e quinas em
ângulos agudos ou rebarbas nos pontos de contato com segmentos do corpo do operador, e os elementos de fixação,
como pregos, rebites e parafusos, devem ser mantidos de forma a não acrescentar riscos à operação.

12.100 Os postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem permitir o apoio integral das plantas dos pés no piso.

12.100.1 Deve ser fornecido apoio para os pés quando os pés do operador não alcançarem o piso, mesmo após a
regulagem do assento.

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12.101. As dimensões dos postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem:
a) atender às características antropométricas e biomecânicas do operador, com respeito aos alcances dos segmentos
corporais e da visão;
b) assegurar a postura adequada, de forma a garantir posições confortáveis dos segmentos corporais na posição de
trabalho; e
c) evitar a flexão e a torção do tronco de forma a respeitar os ângulos e trajetórias naturais dos movimentos corpóreos,
durante a execução das tarefas.

12.102 Os locais destinados ao manuseio de materiais em processos nas máquinas e equipamentos devem ter altura e ser
posicionados de forma a garantir boas condições de postura, visualização, movimentação e operação.

12.103 Os locais de trabalho das máquinas e equipamentos devem possuir sistema de iluminação permanente que
possibilite boa visibilidade dos detalhes do trabalho, para evitar zonas de sombra ou de penumbra e efeito
estroboscópico.

12.103.1 A iluminação das partes internas das máquinas e equipamentos que requeiram operações de ajustes, inspeção,
manutenção ou outras intervenções periódicas deve ser adequada e estar disponível em situações de emergência, quando
for exigido o ingresso de pessoas, com observância, ainda das exigências específicas para áreas classificadas.

12.104 O ritmo de trabalho e a velocidade das máquinas e equipamentos devem ser compatíveis com a capacidade física
dos operadores, de modo a evitar agravos à saúde.

12.105 O bocal de abastecimento do tanque de combustível e de outros materiais deve ser localizado, no máximo, a
1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) acima do piso ou de uma plataforma de apoio para execução da tarefa.

Riscos adicionais.

12.106 Para fins de aplicação desta Norma, devem ser considerados os seguintes riscos adicionais:
a) substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes químicos em estado sólido, líquido ou gasoso,
que apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato
com a pele, olhos ou mucosas;
b) radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de substâncias radiativas por eles
utilizadas, processadas ou produzidas;
c) radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física dos trabalhadores;
d) vibrações;
e) ruído;
f) calor;
g) combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosamente; e
h) superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo contato com a pele.

12.107 Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da emissão ou liberação de agentes
químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e equipamentos, com prioridade à sua eliminação, redução de sua emissão
ou liberação e redução da exposição dos trabalhadores, nessa ordem.

12.108 As máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam combustíveis, inflamáveis, explosivos ou
substâncias que reagem perigosamente devem oferecer medidas de proteção contra sua emissão, liberação, combustão,
explosão e reação acidentais, bem como a ocorrência de incêndio.

12.109 Devem ser adotadas medidas de proteção contra queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies
aquecidas de máquinas e equipamentos, tais como a redução da temperatura superficial, isolação com materiais
apropriados e barreiras, sempre que a temperatura da superfície for maior do que o limiar de queimaduras do material
do qual é constituída, para um determinado período de contato.

12.110 Devem ser elaborados e aplicados procedimentos de segurança e permissão de trabalho para garantir a utilização
segura de máquinas e equipamentos em trabalhos em espaços confinados.

Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de
setembro de 2016)

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12.111 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva, na forma e
periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as
normas técnicas internacionais.

12.111.1 As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser objeto de planejamento
e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado.

12.112 As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado,
com os seguintes dados:
a) cronograma de manutenção;
b) intervenções realizadas;
c) data da realização de cada intervenção;
d) serviço realizado;
e) peças reparadas ou substituídas;
f) condições de segurança do equipamento;
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e
h) nome do responsável pela execução das intervenções.

12.112.1 O registro das manutenções deve ficar disponível aos trabalhadores envolvidos na operação, manutenção e
reparos, bem como à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, ao Serviço de Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT e à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

12.113 A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem necessárias devem ser
executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo
empregador, com as máquinas e equipamentos parados e adoção dos seguintes procedimentos:
a) isolamento e descarga de todas as fontes de energia das máquinas e equipamentos, de modo visível ou facilmente
identificável por meio dos dispositivos de comando;
b) bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos de corte de fontes de
energia, a fim de impedir a reenergização, e sinalização com cartão ou etiqueta de bloqueio contendo o horário e a
data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável;
c) medidas que garantam que à jusante dos pontos de corte de energia não exista possibilidade de gerar risco de
acidentes;
d) medidas adicionais de segurança, quando for realizada manutenção, inspeção e reparos de equipamentos ou
máquinas sustentados somente por sistemas hidráulicos e pneumáticos; e
e) sistemas de retenção com trava mecânica, para evitar o movimento de retorno acidental de partes basculadas ou
articuladas abertas das máquinas e equipamentos.

12.113.1 Para situações especiais de regulagem, ajuste, limpeza, pesquisa de defeitos e inconformidades, em que não
seja possível o cumprimento das condições estabelecidas no item 12.113, e em outras situações que impliquem a
redução do nível de segurança das máquinas e equipamentos e houver necessidade de acesso às zonas de perigo, deve
ser possível selecionar um modo de operação que:
a) torne inoperante o modo de comando automático;
b) permita a realização dos serviços com o uso de dispositivo de acionamento de ação continuada associado à redução
da velocidade, ou dispositivos de comando por movimento limitado;
c) impeça a mudança por trabalhadores não autorizados;
d) a seleção corresponda a um único modo de comando ou de funcionamento;
e) quando selecionado, tenha prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da parada de
emergência; e
f) torne a seleção visível, clara e facilmente identificável.

12.114 manutenção de máquinas e equipamentos contemplará, quando indicado pelo fabricante, dentre outros itens, a
realização de ensaios não destrutivos - END, nas estruturas e componentes submetidos a solicitações de força e cuja
ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.114.1 Os ensaios não destrutivos - END, quando realizados, devem atender às normas técnicas oficiais nacionais

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vigentes e, na falta destas, normas técnicas internacionais.

12.115. Nas manutenções das máquinas e equipamentos, sempre que detectado qualquer defeito em peça ou
componente que comprometa a segurança, deve ser providenciada sua reparação ou substituição imediata por outra peça
ou componente original ou equivalente, de modo a garantir as mesmas características e condições seguras de uso.

Sinalização.

12.116 As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de
segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e
manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores.

12.116.1 A sinalização de segurança compreende a utilização de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou
sonoros, entre outras formas de comunicação de mesma eficácia.

12.116.2 A sinalização, inclusive cores, das máquinas e equipamentos utilizadas nos setores alimentícios, médico e
farmacêutico deve respeitar a legislação sanitária vigente, sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou
terceiros.

12.116.3 A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de utilização e vida útil das máquinas e
equipamentos.

12.117 A sinalização de segurança deve:


a) ficar destacada na máquina ou equipamento;
b) ficar em localização claramente visível; e
c) ser de fácil compreensão.

12.118 Os símbolos, inscrições e sinais luminosos e sonoros devem seguir os padrões estabelecidos pelas normas
técnicas nacionais vigentes e, na falta dessas, pelas normas técnicas internacionais.

12.119 As inscrições das máquinas e equipamentos devem:


a) ser escritas na língua portuguesa - Brasil; e
b) ser legíveis.

12.119.1 As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a que se referem, e não
deve ser utilizada somente a inscrição de “perigo”.

12.120 As inscrições e símbolos devem ser utilizados nas máquinas e equipamentos para indicar as suas especificações
e limitações técnicas.

12.121 Devem ser adotados, sempre que necessário, sinais ativos de aviso ou de alerta, tais como sinais luminosos e
sonoros intermitentes, que indiquem a iminência de um acontecimento perigoso, como a partida ou a velocidade
excessiva de uma máquina, de modo que:
a) sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso;
b) não sejam ambíguos;
c) sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; e
d) possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores.

12.122 (Revogado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.123 As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma (24/12/2011) devem possuir em local
visível as seguintes informações indeléveis: (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;
b) informação sobre tipo, modelo e capacidade;
c) número de série ou identificação, e ano de fabricação;
d) número de registro do fabricante/importador ou do profissional legalmente habilitado no CREA; e (Alterado pela
Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
e) peso da máquina ou equipamento.
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12.123.1 As máquinas e equipamentos fabricados antes da vigência desta Norma (24/12/2011) devem possuir em local
visível as seguintes informações: (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
a) informação sobre tipo, modelo e capacidade;
b) número de série ou identificação

12.124 Para advertir os trabalhadores sobre os possíveis perigos, devem ser instalados, se necessários, dispositivos
indicadores de leitura qualitativa ou quantitativa ou de controle de segurança.

12.124.1 Os indicadores devem ser de fácil leitura e distinguíveis uns dos outros.

Manuais.

12.125 As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com
informações relativas à segurança em todas as fases de utilização.

12.126 Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou equipamentos que apresentem riscos deve ser
reconstituído pelo empregador ou pessoa por ele designada, sob a responsabilidade de profissional qualificado ou
legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

12.126.1 As microempresas e empresas de pequeno porte que não disponham de manual de instruções de máquinas e
equipamentos fabricados antes de 24/6/2012 devem elaborar ficha de informação contendo os seguintes itens: (Item e
alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
a) tipo, modelo e capacidade;
b) descrição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;
c) indicação das medidas de segurança existentes;
d) instruções para utilização segura da máquina ou equipamento;
e) periodicidade e instruções quanto às inspeções e manutenção;
f) procedimentos a serem adotados em situações de emergência, quando aplicável.

12.126.1.1 A ficha de informação indicada no item 12.126.1 pode ser elaborada pelo empregador ou pessoa designada
por este. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.127 Os manuais devem:


a) ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que possibilitem a melhor legibilidade
possível, acompanhado das ilustrações explicativas;
b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;
c) ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e
d) permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

12.128 Os manuais das máquinas e equipamentos fabricados ou importados a partir da vigência desta Norma devem
conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;
b) tipo, modelo e capacidade;
c) número de série ou número de identificação e ano de fabricação;
d) normas observadas para o projeto e construção da máquina ou equipamento;
e) descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;
f) diagramas, inclusive circuitos elétricos, em especial a representação esquemática das funções de segurança;
g) definição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;
h) riscos a que estão expostos os usuários, com as respectivas avaliações quantitativas de emissões geradas pela
máquina ou equipamento em sua capacidade máxima de utilização;
i) definição das medidas de segurança existentes e daquelas a serem adotadas pelos usuários;
j) especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança;

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k) riscos que podem resultar de adulteração ou supressão de proteções e dispositivos de segurança;
l) riscos que podem resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no projeto;
m) informações técnicas para subsidiar a elaboração dos procedimentos de trabalho e segurança durante todas as fases
de utilização; (Alterada pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)
n) procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção;
o) procedimentos a serem adotados em situações de emergência;
p) indicação da vida útil da máquina ou equipamento e/ou dos componentes relacionados com a segurança. (Alterada
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.129 Em caso de manuais reconstituídos, estes devem conter as informações previstas nas alíneas “b”, “e”, “g”, “i”,
“j”, “k", “m”, “n” e “o” do item 12.128, bem como diagramas de sistemas de segurança e diagrama unifilar ou trifilar do
sistema elétrico, conforme o caso. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

12.129.1 No caso de máquinas e equipamentos cujos fabricantes não estão mais em atividade, a alínea “j” do item
12.128 poderá ser substituída pelo procedimento previsto no item 12.130, contemplados os limites da máquina.
(Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

Procedimentos de trabalho e segurança.

12.130 Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise de risco.

12.130.1 Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de proteção adotadas para se
prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias
para a garantia da segurança e saúde dos trabalhadores.

12.131 Ao inicio de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou equipamento, o operador deve
efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a
segurança, as atividades devem ser interrompidas, com a comunicação ao superior hierárquico.

12.132 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e equipamentos, exceto operação, devem
ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervisão e anuência
expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29
de abril de 2016)

12.132.1 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e equipamentos, exceto operação,
devem ser precedidos de ordens de serviço - OS - específicas, contendo, no mínimo: (Alterado pela Portaria MTPS n.º
509, de 29 de abril de 2016)
a) a descrição do serviço;
b) a data e o local de realização;
c) o nome e a função dos trabalhadores; e
d) os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os procedimentos de trabalho e segurança.

12.132.2 As empresas que não possuem serviço próprio de manutenção de suas máquinas ficam desobrigadas de
elaborar procedimentos de trabalho e segurança para essa finalidade. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de
abril de 2016)

Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a qualquer título e exposição. (Alterado pela
Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015)

12.133 O projeto deve levar em conta a segurança intrínseca da máquina ou equipamento durante as fases de
construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação, desmonte e
sucateamento por meio das referências técnicas indicadas nesta Norma, a serem observadas para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores.

12.133.1 O projeto da máquina ou equipamento não deve permitir erros na montagem ou remontagem de determinadas
peças ou elementos que possam gerar riscos durante seu funcionamento, especialmente quanto ao sentido de rotação ou
deslocamento.

12.133.2 O projeto das máquinas ou equipamentos fabricados ou importados após a vigência desta Norma deve prever

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meios adequados para o seu levantamento, carregamento, instalação, remoção e transporte.

12.133.3 Devem ser previstos meios seguros para as atividades de instalação, remoção, desmonte ou transporte, mesmo
que em partes, de máquinas e equipamentos fabricados ou importados antes da vigência desta Norma.

12.134 É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título e exposição de
máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto nesta Norma. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de
25/06/2015)

Capacitação.

12.135 A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem ser realizadas
por trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para este fim.

12.136 Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e


equipamentos devem receber capacitação providenciada pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde
os riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, nos termos desta Norma, para a
prevenção de acidentes e doenças.

12.137 (Revogado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.138 A capacitação deve:


a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função;
b) ser realizada sem ônus para o trabalhador; (Alterada pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
c) ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo
distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o horário normal de trabalho;
d) ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II desta Norma; e
e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com supervisão de profissional
legalmente habilitado que se responsabilizará pela adequação do conteúdo, forma, carga horária, qualificação dos
instrutores e avaliação dos capacitados.

12.138.1 A capacitação dos trabalhadores de microempresas e empresas de pequeno porte poderá ser ministrada por
trabalhador da própria empresa que tenha sido capacitado nos termos do item 12.138 em entidade oficial de ensino de
educação profissional. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.138.1.1 O empregador é responsável pela capacitação realizada nos termos do item 12.138.1. (Inserido pela Portaria
MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.138.1.2 A capacitação dos trabalhadores de microempresas e empresas de pequeno porte, prevista no item 12.138.1,
deve contemplar o disposto no item 12.138, exceto a alínea “e”. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.138.2 É considerado capacitado o trabalhador de microempresa e empresa de pequeno porte que apresentar
declaração ou certificado emitido por entidade oficial de ensino de educação profissional, desde que atenda o disposto
no item 12.138. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.139 O material didático escrito ou audiovisual utilizado no treinamento e o fornecido aos participantes, devem ser
produzidos em linguagem adequada aos trabalhadores, e ser mantidos à disposição da fiscalização, assim como a lista
de presença dos participantes ou certificado, currículo dos ministrantes e avaliação dos capacitados.

12.140 Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na
área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de ensino, compatível com o curso a ser ministrado.

12.141 Considera-se profissional legalmente habilitado para a supervisão da capacitação aquele que comprovar
conclusão de curso específico na área de atuação, compatível com o curso a ser ministrado, com registro no competente
conselho de classe.

12.142 A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições estabelecidas pelo profissional
legalmente habilitado responsável pela supervisão da capacitação, exceto quanto aos trabalhadores capacitados nos
termos do item 12.138.2. (Alterada pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.142.1 Fica dispensada a exigência do item 12.142 para os operadores de injetoras com curso de capacitação
conforme o previsto no item 12.147 e seus subitens.

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12.143 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou profissionais legalmente habilitados,
com autorização dada por meio de documento formal do empregador.

12.143.1 Até a data da vigência desta Norma, será considerado capacitado o trabalhador que possuir comprovação por
meio de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS ou registro de empregado de pelo menos dois
anos de experiência na atividade e que receba reciclagem conforme o previsto no item 12.144 desta Norma.

12.144 Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que ocorrerem modificações
significativas nas instalações e na operação de máquinas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.

12.144.1 O conteúdo programático da capacitação para reciclagem deve atender às necessidades da situação que a
motivou, com carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo
distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o horário normal de trabalho.

12.145 A função do trabalhador que opera e realiza intervenções em máquinas deve ser anotada no registro de
empregado, consignado em livro, ficha ou sistema eletrônico e em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social -
CTPS.

12.146 Os operadores de máquinas autopropelidas devem portar cartão de identificação, com nome, função e fotografia
em local visível, renovado com periodicidade máxima de um ano mediante exame médico, conforme disposições
constantes das NR-7 e NR-11.

12.147 O curso de capacitação para operadores de máquinas injetoras deve possuir carga horária mínima de oito horas
por tipo de máquina citada no Anexo IX desta Norma.

12.147.1 O curso de capacitação deve ser específico para o tipo máquina em que o operador irá exercer suas funções e
atender ao seguinte conteúdo programático:
a) histórico da regulamentação de segurança sobre a máquina especificada;
b) descrição e funcionamento;
c) riscos na operação;
d) principais áreas de perigo;
e) medidas e dispositivos de segurança para evitar acidentes;
f) proteções - portas, e distâncias de segurança;
g) exigências mínimas de segurança previstas nesta Norma e na NR 10;
h) medidas de segurança para injetoras elétricas e hidráulicas de comando manual; e
i) demonstração prática dos perigos e dispositivos de segurança.

12.147.2 O instrutor do curso de capacitação para operadores de injetora deve, no mínimo, possuir:
a) formação técnica em nível médio;
b) conhecimento técnico de máquinas utilizadas na transformação de material plástico;
c) conhecimento da normatização técnica de segurança; e
d) capacitação específica de formação.

Outros requisitos específicos de segurança.

12.148 As ferramentas e materiais utilizados nas intervenções em máquinas e equipamentos devem ser adequados às
operações realizadas.

12.149 Os acessórios e ferramental utilizados pelas máquinas e equipamentos devem ser adequados às operações
realizadas.

12.150 É proibido o porte de ferramentas manuais em bolsos ou locais não apropriados a essa finalidade.

12.151 As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate padronizado para reboque pelo
sistema de tração, de modo a assegurar o acoplamento e desacoplamento fácil e seguro, bem como a impedir o
desacoplamento acidental durante a utilização.

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12.151.1 A indicação de uso dos sistemas de engate padronizado mencionados no item 12.151 deve ficar em local de
fácil visualização e afixada em local próximo da conexão.

12.151.2 Os equipamentos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim o exija, devem possuir dispositivo de
apoio que possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao sistema de tração.

12.151.3 A operação de engate deve ser feita em local apropriado e com o equipamento tracionado imobilizado de
forma segura com calço ou similar.

12.152 Para fins de aplicação desta Norma, os Anexos contemplam obrigações, disposições especiais ou exceções que
se aplicam a um determinado tipo de máquina ou equipamento, em caráter prioritário aos demais requisitos desta
Norma, sem prejuízo ao disposto em Norma Regulamentadora específica. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de
25/06/2015)

12.152.1 Nas situações onde os itens dos Anexos conflitarem com os itens da parte geral da Norma, prevalecem os
requisitos do anexo. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

Disposições finais.

12.153 O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo,
capacidade, sistemas de segurança e localização com representação esquemática, elaborado por profissional qualificado
ou legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.153.1 As informações do inventário devem subsidiar as ações de gestão para aplicação desta Norma.

12.153.2 O item 12.153 não se aplica: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
a) às microempresas e as empresas de pequeno porte, que ficam dispensadas da elaboração do inventário de máquinas
e equipamentos;
b) a máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos estacionários utilizados em frentes de
trabalho.
c) as ferramentas manuais e ferramentas transportáveis. (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de
2018)

12.154 Toda a documentação referida nesta norma, inclusive o inventário previsto no item 12.153, deve ficar disponível
para o SESMT, CIPA ou Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração - CIPAMIN, sindicatos
representantes da categoria profissional e fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

12.155 As máquinas autopropelidas agrícolas, florestais e de construção em aplicações agro-florestais e respectivos


implementos devem atender ao disposto no Anexo XI desta Norma.

12.156 As máquinas autopropelidas não contempladas no item 12.155 devem atender ao disposto nos itens e subitens
12.1, 12.1.1, 12.2, 12.3, 12.4, 12.5, 12.22, 12.23, 12.38, 12.38.1, 12.47, 12.47.2, 12.48, 12.49, 12.52, 12.53, 12.54,
12.64, 12.64.3, 12.66, 12.77, 12.78, 12.94, 12.95, 12.96, 12.101, 12.105, 12.107, 12.108, 12.111, 12.112, 12.115,
12.116, 12.116.3, 12.117, 12.118, 12.121, 12.130, 12.130.1, 12.131, 12.132, 12.132.1, 12.133, 12.133.1, 12.133.2,
12.133.3, 12.134, 12.135, 12.136, 12.137, 12.138, 12.139, 12.140, 12.141, 12.142, 12.143, 12.144, 12.144.1, 12.145,
12.146, 12.151, 12.151.1, 12.151.2, 12.151.3 e itens e subitens 14, 14.1 e 14.2 do Anexo XI desta Norma.

ANEXO I
DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA E REQUISITOS PARA O USO DE DETECTORES DE PRESENÇA
OPTOELETRÔNICOS
Este anexo estabelece referências de distâncias de segurança e requisitos para máquinas e equipamentos em geral,
devendo ser observadas, quando for o caso, as disposições contidas em anexos e normas específicas.
(Texto inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

A) Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo quando utilizada barreira física

QUADRO I
Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores (dimensões em milímetros -
mm)

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Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 - Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas
de perigo pelos membros superiores.

Figura 1 - Alcance sobre estruturas de proteção. Para utilização do Quadro II observar a legenda da figura 1 a seguir.

Legenda:
a: altura da zona de perigo
b: altura da estrutura de proteção
c: distância horizontal à zona de perigo

QUADRO II
Alcance sobre estruturas de proteção - Alto risco (dimensões em mm)
Altura da estrutura de proteção b¹)
1000 1200 1400²) 1600 1800 2000 2200 2400 2500 2700
Altura da zona de
Distância horizontal à zona de perigo “c”
perigo a
3
2700 - - - - - - - - - -
2600 900 800 700 600 600 500 400 300 100 -
2400 1100 1100 900 800 700 600 400 300 100 -
2200 1300 1200 1000 900 800 600 400 300 - -
2000 1400 1300 1100 900 800 600 400 - - -
1800 1500 1400 1100 900 800 600 - - - -
1600 1500 1400 1100 900 800 500 - - - -
1400 1500 1400 1100 900 800 - - - - -
1200 1500 1400 1100 900 700 - - - - -
1000 1500 1400 1100 800 - - - - - -
800 1500 1300 900 600 - - - - - -
600 1400 1300 800 - - - - - - -
400 1400 1200 400 - - - - - - -
200 1200 900 - - - - - - - -
0 1100 500 - - - - - - - -
1)
Estruturas de proteção com altura inferior que 1000 mm (mil milímetros) não estão incluídas por não restringirem

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suficientemente o acesso do corpo.
2)
Estruturas de proteção com altura menor que 1400 mm (mil e quatrocentos milímetros), não devem ser usadas sem
medidas adicionais de segurança.
3)
Para zonas de perigo com altura superior a 2700 mm (dois mil e setecentos milímetros) ver figura 2.
Não devem ser feitas interpolações dos valores desse quadro; conseqüentemente, quando os valores conhecidos de “a”,
“b” ou “c” estiverem entre dois valores do quadro, os valores a serem utilizados serão os que propiciarem maior
segurança
Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 - Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores.

Figura 2 - Alcance das zonas de perigo superiores

Legenda:
h: a altura da zona de perigo.

Se a zona de perigo oferece baixo risco, deve-se situar a uma altura “h” igual ou superior a 2500 mm (dois mil e
quinhentos milímetros), para que não necessite proteções.

Se existe um alto risco na zona de perigo:


- a altura “h” da zona de perigo deve ser, no mínimo, de 2700 mm (dois mil e setecentos milímetros), ou
- devem ser utilizadas outras medidas de segurança.

Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 - Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores.

QUADRO III
Alcance ao redor - movimentos fundamentais (dimensões em mm)
Distância de segurança
Limitação do movimento Ilustração
sr

Limitação do movimento apenas no ombro e


> 850
axila

Braço apoiado até o cotovelo > 550

Braço apoiado até o punho > 230

170
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Braço e mão apoiados até a articulação dos
> 130
dedos

A: faixa de movimento do braço


1)
diâmetro de uma abertura circular, lado de uma abertura quadrada ou largura de uma abertura em forma de fenda.
Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 - Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas
de perigo pelos membros superiores.

B) Cálculo das distâncias mínimas de segurança para instalação de detectores de presença optoeletrônicos -
ESPS usando cortina de luz - AOPD.

1. A distância mínima na qual ESPS usando cortina de luz - AOPD deve ser posicionada em relação à zona de perigo,
observará o calculo de acordo com a norma ISO 13855. Para uma aproximação perpendicular a distância pode ser
calculada de acordo com a fórmula geral apresentada na seção 5 da ISO 13855, a saber:
S = (K x T) + C
Onde:
S: é a mínima distância em milímetros, da zona de perigo até o ponto, linha ou plano de detecção;
K: é um parâmetro em milímetros por segundo, derivado dos dados de velocidade de aproximação do corpo ou partes
do corpo;
T: é a performance de parada de todo o sistema - tempo de resposta total em segundos;
C: é a distância adicional em milímetros, baseada na intrusão contra a zona de perigo antes da atuação do dispositivo de
proteção.

1.1 A fim de determinar K, uma velocidade de aproximação de 1600 mm/s (mil e seiscentos milímetros por segundo)
deve ser usada para cortinas de luz dispostas horizontalmente. Para cortinas dispostas verticalmente, deve ser usada uma
velocidade de aproximação de 2000 mm/s (dois mil milímetros por segundo) se a distância mínima for igual ou menor
que 500 mm (quinhentos milímetros). Uma velocidade de aproximação de 1600 mm/s (mil e seiscentos milímetros por
segundo) pode ser usada se a distância mínima for maior que 500 mm (quinhentos milímetros).

1.2 As cortinas devem ser instaladas de forma que sua área de detecção cubra o acesso à zona de risco, com o cuidado
de não se oferecer espaços de zona morta, ou seja, espaço entre a cortina e o corpo da máquina onde pode permanecer
um trabalhador sem ser detectado.

1.3 Em respeito à capacidade de detecção da cortina de luz, deve ser usada pelo menos a distância adicional C no
quadro IV quando se calcula a mínima distância S.

QUADRO IV - Distância adicional C


Capacidade de Detecção Distância Adicional C
mm Mm
 14 0
> 14  20 80
> 20  30 130
> 30  40 240
> 40 850

1.4 Outras características de instalação de cortina de luz, tais como aproximação paralela, aproximação em ângulo e
equipamentos de dupla posição devem atender às condições específicas previstas na norma ISO 13855. A aplicação de
cortina de luz em dobradeiras hidráulicas deve atender à norma EN 12622.

Fonte: ISO 13855 - Safety of machinery - The positioning of protective equipment in respect of approach speeds of
parts of the human body.

C) Requisitos para uso de sistemas de segurança de detecção multizona - AOPD multizona em dobradeiras
hidráulicas.
(Redação dada pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

1. As dobradeiras hidráulicas podem possuir AOPD multizona desde que acompanhado de procedimento de trabalho
detalhado que atenda à EN12622 e os testes previstos conforme as recomendações do fabricante.

1.1. Os testes devem ser realizados a cada troca de ferramenta ou qualquer manutenção, e ser realizados pelo operador a
cada início de turno de trabalho ou afastamento prolongado da máquina.
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2. Nas dobradeiras hidráulicas providas de AOPD multizona que utilizem pedal para acionamento de descida, este deve
ser de segurança e possuir as seguintes posições:
a) 1ª (primeira) posição = parar;
b) 2ª (segunda) posição = operar; e
c) 3ª (terceira) posição = parar em caso de emergência.

2.1. A abertura da ferramenta pode ser ativada, desde que controlado o risco de queda do produto em processo, com o
acionamento do pedal para a 3ª (terceira) posição ou liberando-o para a 1ª (primeira) posição.

2.2. Após o acionamento do pedal até a 3ª (terceira) posição, o reinício somente será possível com seu retorno para a 1ª
(primeira) posição. A 3ª (terceira) posição só pode ser acionada passando por um ponto de pressão; a força requerida
não deve exceder 350 N (trezentos e cinquenta Newtons)

ANEXO II
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA CAPACITAÇÃO.

1. A capacitação para operação segura de máquinas deve abranger as etapas teórica e prática, a fim de proporcionar a
competência adequada do operador para trabalho seguro, contendo no mínimo: (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.083,
de 18 de dezembro de 2018)
a) descrição e identificação dos riscos associados com cada máquina e equipamento e as proteções específicas contra
cada um deles;
b) funcionamento das proteções; como e por que devem ser usadas;
c) como e em que circunstâncias uma proteção pode ser removida, e por quem, sendo na maioria dos casos, somente o
pessoal de inspeção ou manutenção;
d) o que fazer, por exemplo, contatar o supervisor, se uma proteção foi danificada ou se perdeu sua função, deixando
de garantir uma segurança adequada;
e) os princípios de segurança na utilização da máquina ou equipamento;
f) segurança para riscos mecânicos, elétricos e outros relevantes;
g) método de trabalho seguro;
h) permissão de trabalho; e
i) sistema de bloqueio de funcionamento da máquina e equipamento durante operações de inspeção, limpeza,
lubrificação e manutenção.

1.1 A capacitação de operadores de máquinas automotrizes ou autopropelidas, deve ser constituída das etapas teórica e
prática e possuir o conteúdo programático mínimo descrito nas alíneas do item 1 deste anexo e ainda:
a) noções sobre legislação de trânsito e de legislação de segurança e saúde no trabalho;
b) noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos existentes na máquina, equipamentos e
implementos;
c) medidas de controle dos riscos: EPC e EPI;
d) operação com segurança da máquina ou equipamento;
e) inspeção, regulagem e manutenção com segurança;
f) sinalização de segurança;
g) procedimentos em situação de emergência; e
h) noções sobre prestação de primeiros socorros.

1.1.1 A etapa prática deve ser supervisionada e documentada, podendo ser realizada na própria máquina que será
operada.

ANEXO III
MEIOS DE ACESSO PERMANENTES
(Alterado pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

Figura 1: Escolha dos meios de acesso conforme a inclinação - ângulo de lance.

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Legenda:
A: rampa.
B: rampa com peças transversais para evitar o escorregamento.
C: escada com espelho.
D: escada sem espelho.
E: escada do tipo marinheiro.

Fonte: ISO 14122 - Segurança de Máquinas - Meios de acesso permanentes às máquinas.

Figura 2: Exemplo de escada sem espelho.

Legenda:
w: largura da escada
h: altura entre degraus
r: projeção entre degraus
g: profundidade livre do degrau
α: inclinação da escada - ângulo de lance
l: comprimento da plataforma de descanso
H: altura da escada
t: profundidade total do degrau

Figura 3: Exemplo de escada fixa do tipo marinheiro.

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Figura 4A, 4B e 4C: Exemplo de detalhe da gaiola da escada fixa do tipo marinheiro.

Figura 4A Figura 4B

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Figura 4C

Figura 5: Sistema de proteção contra quedas em plataforma. (dimensões em milímetros)

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Legenda:
H: altura barra superior, entre 1000 mm (mil milímetros) e 1100 mm (mil e cem milímetros)
1: plataforma
2: barra-rodapé
3: barra intermediária
4: barra superior corrimão

ANEXO IV
GLOSSÁRIO

Ação positiva: quando um componente mecânico móvel inevitavelmente move outro componente consigo, por contato
direto ou através de elementos rígidos, o segundo componente é dito como atuado em modo positivo, ou positivamente,
pelo primeiro.

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Adubadora automotriz: máquina destinada à aplicação de fertilizante sólido granulado e desenvolvida para o setor
canavieiro.

Adubadora tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de
aplicar fertilizantes sólidos granulados ou em pó.

Amaciador de bifes: Máquina com dois ou mais cilindros dentados paralelos tracionados que giram em sentido de
rotação inversa, por onde são passadas peças de bife pré-cortadas. É composto por: estrutura, bocal de alimentação,
cilindros tracionados dentados e área de descarga. A operação de amaciamento consiste na introdução do bife pelo
bocal, passando-o por entre os cilindros dentados, sendo recolhido na área de descarga.

Amassadeira: Máquina concebida para uso industrial ou comercial destinada a obter uma mistura homogênea para
massas alimentícias. Composição básica: estrutura, acionamento, batedor, bacia e proteções. Para seu funcionamento, o
sistema de acionamento transmite potência para o batedor, que realiza movimento de rotação sem movimento de
translação, fazendo-o girar e misturar os ingredientes para produção da massa. O sistema de acionamento pode
transmitir potência para o batedor e para a bacia simultaneamente, mantendo ambos em movimento de rotação. Em
certos casos a bacia gira pela ação mecânica do batedor sobre a massa. Tanto o batedor quanto a bacia podem ter
velocidade de rotação contínua ou variável.

Análise de Risco: Combinação da especificação dos limites da máquina, identificação de perigos e estimativa de riscos.
(NBR 12.100) (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Ângulo de lance: Ângulo formado entre a inclinação do meio de acesso e o plano horizontal.

Apreciação de Risco: Processo completo que compreende a análise de risco e a avaliação de risco. (NBR 12.100)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

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AOPD (Active Opto-electronic Protective Device): Dispositivo com função de detectar interrupção da emissão óptica
por um objeto opaco presente na zona de detecção especificada, como cortina de luz, detector de presença laser
múltiplos feixes, monitor de área a laser, fotocélulas de segurança para controle de acesso. Sua função é realizada por
elementos sensores e receptores optoeletrônicos.

AOPD multizona: Dispositivo de detecção de presença optoeletrônico ativo, para aplicação em dobradeiras hidráulicas,
composto por conjunto de feixes emissores/receptores alinhados em mais de uma coluna ou linha (ou ainda sistema de
monitoramento de imagem) instalado de forma a acompanhar o movimento da ferramenta móvel (punção) da máquina,
proporcionando uma zona de monitoramento da área onde ocorre a sujeição direta entre o ferramental e a chapa a ser
dobrada. Sua correta aplicação é determinada pela norma harmonizada EN 12622 - Safety of machine tools - Hydraulic
press brakes, cujos principais requisitos encontram-se transpostos nos itens 4.1.2.1.1 e seus subitens, 4.1.2.4 e 4.1.2.5 do
anexo VIII - Prensas e Similares - desta Norma. (Inserida pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

Assento instrucional: Assento de máquina autopropelida projetado para fins exclusivamente instrucionais.

Autoteste: Teste funcional executado automaticamente pelo próprio dispositivo, na inicialização do sistema e durante
determinados períodos, para verificação de falhas e defeitos, levando o dispositivo para uma condição segura.

Avaliação de Risco: julgamento com base na análise de risco, do quanto os objetivos de redução de risco foram
atingidos. (NBR 12.100) (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Baixa velocidade ou velocidade reduzida: velocidade inferior à de operação, compatível com o trabalho seguro.

Balancim de braço móvel manual - balancim jacaré: Máquina destinada ao corte de couro e materiais similares,
operada por um trabalhador, dotada de uma superfície de corte não móvel correspondente à área útil total disponível e
de um braço que contém a superfície de impacto móvel, ou seja, base prensora, que é capaz de se deslocar em um
movimento de arco horizontal sobre a superfície de corte.

Balancim tipo ponte manual - balancim ponte: Máquina destinada ao corte de couro e materiais similares, operada
por um trabalhador, na qual a superfície de impacto fica conectada ou presa à ponte que se desloca horizontal e
verticalmente sobre uma superfície de corte não móvel.

Batedeira: Máquina concebida para uso industrial ou comercial destinada a obter uma mistura homogênea para massas
ou cremes, de consistência leve ou média. É composta basicamente por estrutura, acionamento, batedores
intercambiáveis que podem ter diversas geometrias, bacia e proteções. Para seu funcionamento, o motor transmite
potência para o batedor, fazendo-o girar e misturar os ingredientes para a produção da massa, mantendo a bacia fixa.
Durante o processo de operação, o batedor apresenta movimento de rotação sobre seu eixo, podendo ainda ter
movimento de translação circular, denominado planetário, enquanto a bacia permanece fixa. O batedor pode ter
velocidade de rotação e translação contínua ou variável. Em alguns casos a bacia pode ser movimentada manual ou
eletricamente na direção vertical para ajuste operacional.

Burla: Ato de anular de maneira simples o funcionamento normal e seguro de dispositivos ou sistemas da máquina,
utilizando para acionamento quaisquer objetos disponíveis, tais como, parafusos, agulhas, peças em chapa de metal,
objetos de uso diário, como chaves e moedas ou ferramentas necessárias à utilização normal da máquina.

Categoria: Classificação das partes de um sistema de comando relacionadas à segurança, com respeito à sua resistência
a defeitos e seu subsequente comportamento na condição de defeito, que é alcançada pela combinação e interligação das
partes e/ou por sua confiabilidade. O desempenho com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de
comando, relacionado à segurança, é dividido em cinco categorias (B, 1, 2, 3 e 4) segundo a norma ABNT NBR 14153
- Segurança de máquinas - Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança - Princípios gerais para projeto,
equivalente à norma EN 954-1 - Safety of machinery - Safety related parts of control systems, que leva em conta
princípios qualitativos para sua seleção. A norma europeia EN 954 foi substituída pela norma internacional ISO 13849
após um período de adaptação e convivência, sendo que a ABNT está trabalhando para a publicação da versão da norma
ABNT ISO 13849 partes1 e 2. A norma ISO 13849-1 prevê requisitos para a concepção e integração de componentes
relacionadas com a segurança dos sistemas de controle, incluindo alguns aspectos do software, é expresso por nível de
performance (PL) que é classificado de “a” até “e”. O conceito de categoria é mantido, mas existem requisitos
adicionais a serem preenchidos para que um nível de performance possa ser reivindicado por um sistema ou
componente, sendo fundamental a confiabilidade dos dados que serão empregados em uma análise quantitativa do
sistema de segurança. Máquinas importadas e componentes que já utilizam o conceito de PL não devem ser
consideradas, apenas por esta razão, em desacordo com a NR-12, pois existe uma correlação, embora não linear, entre o
os conceitos de PL e categoria (vide Nota Técnica n.º 48/2016). (Alterada pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro
de 2018)

Categoria B: Principalmente caracterizada pela seleção de componentes. A ocorrência de um defeito pode levar à perda
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da função de segurança (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Categoria 1: A ocorrência de um defeito pode levar à perda da função de segurança, porém a probabilidade de
ocorrência é menor que para a categoria B. (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Categoria 2: A função de segurança é verificada em intervalos pelo sistema: (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08
e fevereiro de 2018)
a) a ocorrência de um defeito pode levar a perda da função de segurança entre as verificações; e
b) a perda da função de segurança é detectada pela verificação.

Categoria 3: quando o comportamento de sistema permite que:


a) quando ocorrer o defeito isolado, a função de segurança sempre seja cumprida;
b) alguns, mas não todos, defeitos sejam detectados; e
c) o acúmulo de defeitos não detectados leve à perda da função de segurança.

Categoria 4: quando as partes dos sistemas de comando relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma
que:
a) uma falha isolada em qualquer dessas partes relacionadas à segurança não leve à perda das funções de segurança, e
b) a falha isolada seja detectada antes ou durante a próxima atuação sobre a função de segurança, como, por exemplo,
imediatamente, ao ligar o comando, ao final do ciclo de operação da máquina. Se essa detecção não for possível, o
acúmulo de defeitos não deve levar à perda das funções de segurança.
Chave de partida: combinação de todos os dispositivos de manobra necessários para partir e parar um motor. (Inserida
pela Portaria MTb n.º 1.083, de 28 de dezembro de 2018)

Chave de segurança: componente associado a uma proteção utilizado para interromper o movimento de perigo e
manter a máquina parada enquanto a proteção ou porta estiver aberta, com contato mecânico - físico, como as
eletromecânicas, ou sem contato, como as ópticas e magnéticas. Deve ter ruptura positiva, duplo canal, contatos
normalmente fechados e ser monitorada por interface de segurança. A chave de segurança não deve permitir sua
manipulação - burla por meios simples, como chaves de fenda, pregos, fitas, etc.

Chave de segurança eletromecânica: seu funcionamento se dá pela inserção/remoção de um atuador externo no corpo
da chave (chave tipo 2), ou pela atuação positiva de partes da máquina ou equipamento (geralmente proteções móveis)
sobre elementos mecânicos da chave (chave tipo 1, conhecida também como chave de posição ou fim-de-curso de
segurança). Deve ter ruptura positiva - contatos ligados de forma rígida, com ao menos um contato normalmente
fechado (NF) enquanto a proteção estiver fechada, de modo a garantir a interrupção do circuito de comando elétrico
quando a proteção for aberta. É passível de desgaste, devendo ser utilizada de forma redundante e diversa quando a
análise de risco assim exigir, para evitar que uma falha mecânica, como a quebra do atuador ou de outros elementos,
leve à perda da função de segurança. Quando exigidas em redundância (duas chaves), pode-se aplicar uma delas em
modo negativo - com o fechamento do contato normalmente fechado (NF) por ação de mola gerando o sinal de parada -,
ou pode-se usar em uma delas um contato normalmente aberto (NA) - com a abertura por ação de mola gerando o sinal
de parada -, a depender também da interface de segurança utilizada, que pode operar com sinais iguais ou invertidos.
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

Circuito elétrico de comando: circuito responsável por levar o sinal gerado pelos controles da máquina ou
equipamento até os dispositivos e componentes cuja função é comandar o acionamento das máquinas e equipamentos,
tais como interfaces de segurança, relés, contatores, entre outros, geralmente localizados em painéis elétricos ou
protegidos pela estrutura ou carenagem das máquinas e equipamentos. (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e
fevereiro de 2018)

Colhedora de algodão: a colhedora de algodão possui um sistema de fusos giratórios que retiram a fibra do algodão
sem prejudicar a parte vegetativa da planta, ou seja, caules e folhas. Determinados modelos têm como característica a
separação da fibra e do caroço, concomitante à operação de colheita.

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Colhedora de café: equipamento agrícola automotriz que efetua a “derriça” e a colheita de café.

Colhedora de cana-de-açúcar: equipamento que permite a colheita de cana de modo uniforme, por possuir sistema de
corte de base capaz de cortar a cana-de-açúcar acompanhando o perfil do solo. Possui um sistema de elevador que
desloca a cana cortada até a unidade de transbordo.

Colhedora de forragem ou forrageira autopropelida: equipamento agrícola automotriz apropriado para colheita e
forragem de milho, sorgo, girassol e outros. Executa o corte da planta, sendo capaz de colher ou recolher, triturar e
recolher a cultura cortada em contentores ou veículos separados de transbordo.

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Colhedora de grãos: máquina destinada à colheita de grãos, como trigo, soja, milho, arroz, feijão, etc. O produto é
recolhido por meio de uma plataforma de corte e conduzido para a área de trilha e separação, onde o grão é separado da
palha, que é expelida, enquanto o grão é transportado ao tanque graneleiro.

Colhedora de laranja: máquina agrícola autopropelida que efetua a colheita da laranja e outros cítricos similares.

Controlador configurável de segurança - CCS: equipamento eletrônico computadorizado - hardware, que utiliza
memória configurável para armazenar e executar internamente intertravamentos de funções específicas de programa -
software, tais como sequenciamento, temporização, contagem e blocos de segurança, controlando e monitorando por
meio de entradas e saídas de segurança vários tipos de máquinas ou processos. Deve ter três princípios básicos de
funcionamento: - redundância, diversidade e autoteste. O software instalado deve garantir sua eficácia de forma a
reduzir ao mínimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana no projeto, a fim de evitar o
comprometimento de qualquer função relativa à segurança, bem como não permitir alteração dos blocos de função de
segurança específicos.

Contatos espelho: um contato auxiliar normalmente fechado (NF) que não pode estar na posição fechada ao mesmo
tempo que um dos contatos principais (de força ou potência) no mesmo contator. Assim, contatos espelho é uma
característica que diz respeito à ligação mecânica entre os contatos auxiliares e os contatos principais de um contator.
(Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Contatos mecanicamente ligados: uma combinação de contatos normalmente abertos (NA) e contatos normalmente
fechados (NF) projetada de modo que não possam estar simultaneamente na posição fechada (ou aberta). Aplica-se a
contatos auxiliares de dispositivos de comando onde a força de atuação é provida internamente, tais como: contatores.
(Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Controlador lógico programável - CLP de segurança: equipamento eletrônico computadorizado - hardware, que
utiliza memória programável para armazenar e executar internamente instruções e funções específicas de programa -
software, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem, aritmética e blocos de segurança, controlando e
monitorando por meio de entradas e saídas de segurança vários tipos de máquinas ou processos. O CLP de segurança
deve ter três princípios básicos de funcionamento: - redundância, diversidade e autoteste. O software instalado deve
garantir sua eficácia de forma a reduzir ao mínimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana no projeto, a
fim de evitar o comprometimento de qualquer função relativa à segurança, bem como não permitir alteração dos blocos
de função de segurança específicos.

Controles: Dispositivos que compõem a interface de operação entre homem e máquina, incluídos os dispositivos de
partida, acionamento e parada, tais como botões, pedais, alavancas, "joysticks", telas sensíveis ao toque ("touch-
screen"), entre outros, geralmente visíveis. Os controles geram os sinais de comando da máquina ou equipamento.
(Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Dispositivo de comando bimanual: Dispositivo que exige, ao menos, a atuação simultânea pela utilização das duas
mãos, com o objetivo de iniciar e manter, enquanto existir uma condição de perigo, qualquer operação da máquina,
propiciando uma medida de proteção apenas para a pessoa que o atua.

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Dispositivo de comando de ação continuada: Dispositivo de comando manual que inicia e mantém em operação
elementos da máquina ou equipamento apenas enquanto estiver atuado.

Dispositivo de comando por movimento limitado passo a passo: Dispositivo de comando cujo acionamento permite
apenas um deslocamento limitado de um elemento de uma máquina ou equipamento, reduzindo assim o risco tanto
quanto possível, ficando excluído qualquer movimento posterior até que o comando seja desativado e acionado de novo.

Dispositivo de intertravamento: Dispositivo associado a uma proteção utilizado para interromper o movimento
perigoso ou outro perigo decorrente do funcionamento da máquina enquanto a proteção ou porta for ou estiver aberta,
com acionamento por meio de contato mecânico ou físico, como as chaves de segurança eletromecânicas, ou sem
contato mecânico ou físico, como as chaves de segurança magnéticas, eletrônicas e optoeletrônicas, e os sensores
indutivos de segurança. Não devem permitir burla por meios simples, como chaves de fenda, pregos, arames, fitas, imãs
comuns etc. (Alterada pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

Dispositivo de retenção mecânica: Dispositivo que tem por função inserir em um mecanismo um obstáculo mecânico,
como cunha, veio, fuso, escora, calço etc., capaz de se opor pela sua própria resistência a qualquer movimento perigoso,
por exemplo, queda de uma corrediça no caso de falha do sistema de retenção normal.

Dispositivo inibidor ou defletor: Obstáculo físico que, sem impedir totalmente o acesso a uma zona perigosa, reduz
sua probabilidade restringindo as possibilidades de acesso.

Dispositivo limitador: Dispositivo que impede que uma máquina ou elemento de uma máquina ultrapasse um dado
limite, por exemplo, limite no espaço, limite de pressão etc.

Dispositivos responsáveis pela prevenção de partida inesperada ou pela função de parada relacionada à
segurança: São dispositivos projetados para estabelecer ou para interromper a corrente em um ou mais circuitos
elétricos, por exemplo: contatores, dispositivos de seccionamento comandados remotamente através de bobina de
mínima tensão; inversores e conversores de frequência, softstarters e demais chaves de partida. (Inserida pela Portaria
MTb n.º 1.083, de 28 de dezembro de 2018)

Distância de segurança: Distância que protege as pessoas do alcance das zonas de perigo, sob condições específicas
para diferentes situações de acesso. Quando utilizadas proteções, ou seja, barreiras físicas que restringem o acesso do
corpo ou parte dele, devem ser observadas as distâncias mínimas constantes do item A do Anexo I desta Norma, que
apresenta os principais quadros e tabelas da ABNT NBRNM-ISO 13852 - Segurança de Máquinas - Distâncias de
segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. As distâncias de segurança para impedir o
acesso dos membros inferiores são determinadas pela ABNT NBRNM-ISO 13853 e devem ser utilizadas quando há
risco apenas para os membros inferiores, pois quando houver risco para membros superiores e inferiores as distâncias
de segurança previstas na norma para membros superiores devem ser atendidas. As normas ABNT NBRNM-ISO 13852
e ABNT NBRNM-ISO 13853 foram reunidas em uma única norma, a EN ISO 13857:2008 - Safety of machinery -
Safety distances to prevent hazard zones being reached by upper and lower limbs, ainda sem tradução no Brasil.

Diversidade: Aplicação de componentes, dispositivos ou sistemas com diferentes princípios ou tipos, podendo reduzir a
probabilidade de existir uma condição perigosa.

Engate mecânico por chaveta ou similar: Tipo de acoplamento que, uma vez colocado em funcionamento ou ativado,
não pode ser desengatado até que o martelo tenha realizado um ciclo completo. O conceito inclui ainda certos tipos de
acoplamento que somente podem ser desengatados em certas posições do ciclo de funcionamento. Prensas com esse
tipo de acoplamento são extremamente perigosas, e sua fabricação é proibida.

Equipamento tracionado: Equipamento que desenvolve a atividade para a qual foi projetado, deslocando-se por meio
do sistema de propulsão de outra máquina que o conduz.

Escada de degraus com espelho: meio de acesso permanente com um ângulo de lance de 20° (vinte graus) a 45°
(quarenta e cinco graus), cujos elementos horizontais são degraus com espelho.

Escada de degraus sem espelho: meio de acesso com um ângulo de lance de 45° (quarenta e cinco graus) a 75°
(setenta e cinco graus), cujos elementos horizontais são degraus sem espelho.

Escada do tipo marinheiro: meio permanente de acesso com um ângulo de lance de 75° (setenta e cinco graus) a 90°
(noventa graus), cujos elementos horizontais são barras ou travessas.

Escorregamento: movimento do eixo de manivela, excêntrico, além de um ponto de parada definido.

Escavadeira hidráulica em aplicação florestal: escavadeira projetada para executar trabalhos de construção, que pode
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ser utilizada em aplicação florestal por meio da instalação de dispositivos especiais que permitam o corte,
desgalhamento, processamento ou carregamento de toras.

Espaço confinado: qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios
limitados de entrada e saída, com ventilação insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir deficiência
ou enriquecimento de oxigênio.

Especificação e limitação técnica: para efeito desta Norma são informações detalhadas na máquina ou manual, tais
como: capacidade, velocidade de rotação, dimensões máximas de ferramentas, massa de partes desmontáveis, dados de
regulagem, necessidade de utilização de EPI, freqüência de inspeções e manutenções etc.

ESPS (Electro-sensitive protective Systems): sistema composto por dispositivos ou componentes que operam
conjuntamente, com objetivo de proteção e sensoriamento da presença humana, compreendendo no mínimo: dispositivo
de sensoriamento, dispositivo de monitoração ou controle e dispositivo de chaveamento do sinal de saída.

Exigência Cognitiva: exigência ligada a processos mentais como percepção, atenção, memória, raciocínio, agilidade
mental, linguagem e interpretação. Envolve a necessidade de absorver informações, de memorização por meio da
captação sensitiva, ou seja, visão, audição, tato, etc., de interpretar, compreender, avaliar, discriminar para então reagir,
tomar uma decisão ou efetuar uma ação na interação entre o homem e outros elementos do sistema ou máquinas.

Fadiga do trabalhador: manifestação, mental ou física, local ou geral, não patológica, de uma tensão de trabalho
excessiva, completamente reversível mediante descanso.

Fase de utilização: fase que compreende todas as etapas de construção, transporte, montagem, instalação, ajuste,
operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte.

Fatiador de frios: máquina com lâmina tracionada em formato de disco utilizada para fatiar frios. O tipo mais
frequente possui lâmina girante em forma de disco com proteção regulável para cobri-la, como borda do disco e carro
porta-frios. A operação de fatiar é feita pelo movimento de vai e vem do carro porta-frios, que conduz o material a ser
processado sobre a lâmina girante. Esse tipo de máquina oferece risco de acidente aos trabalhadores durante a operação,
regulagem manual da proteção para expor a lâmina para operação de corte, limpeza e afiação. Máquinas mais modernas
possuem lâmina girante em forma de disco com movimento de vai e vem sob uma mesa horizontal sem acesso aos
trabalhadores à zona de movimento da lâmina. A zona de corte é acessada por meio de uma calha vertical porta-frios,
que funciona como alimentador, e proteção móvel intertravada, que veda o acesso à lâmina. A descarga do material
processado se dá por esteira ou bandeja.

Fatiadora de pães: máquina concebida para uso profissional destinada a cortar pães em fatias uniformes e paralelas. É
basicamente composta por estrutura, acionamento, proteções e dispositivo de corte. O dispositivo de corte pode
seccionar o produto tanto na vertical quanto na horizontal e pode ser constituído por um conjunto de facas serrilhadas
que cortam por movimento oscilatório ou por uma serra contínua que corta pelo movimento em um único sentido. Para
seu funcionamento, o motor transmite potência para o dispositivo de corte movimentando-o enquanto o pão é
introduzido para o corte na região de carga, conduzido pelo dispositivo de alimentação.

Feller buncher: trator florestal cortador-enfeixador de troncos para abate de árvores inteiras por meio do uso de
implemento de corte com disco ou serra circular e garras para segurar e enfeixar vários troncos simultaneamente.

Forrageira tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de
colheita ou recolhimento e trituração da planta forrageira, sendo o material triturado, como forragem, depositado em
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contentores ou veículos separados de transbordo.

Grau de proteção - IP: representação numérica com dois algarismos que identificam as características do invólucro
quanto à penetração de objetos sólidos ou líquidos, da maneira abaixo descrita.
1º (primeiro) algarismo - determina o grau de proteção dos equipamentos, quanto a objetos sólidos:
0 - não protegido;
1 - protegido contra objetos sólidos com diâmetro maior que 50 mm (cinquenta milímetros);
2 - protegido contra objetos sólidos com diâmetro maior que 12 mm (doze milímetros);
3 - protegido contra objetos sólidos com diâmetro maior que 2,5 mm (dois milímetros e meio);
4 - protegido contra objetos sólidos com diâmetro maior que 1 mm (um milímetro);
5 - protegido contra poeira;
6 - totalmente protegido contra poeira;
2º (segundo) algarismo - determina o grau de proteção dos equipamentos, quanto à entrada de água:
0 - não protegido;
1 - protegido contra quedas verticais de gotas d'água;
2 - protegido contra quedas verticais de gotas d'água para uma inclinação máxima de 15º (quinze graus);
3 - protegido contra água aspergida de um ângulo de +/- 69º (mais ou menos sessenta e nove graus);
4 - protegido contra projeções d'água;
5 - protegido contra jatos d'água;
6 - protegido contra ondas do mar ou jatos potentes;
7 - protegido contra imersão;
8 - protegido contra submersão.

Harvester: trator florestal cortador de troncos para abate de árvores, utilizando cabeçote processador que corta troncos
um por vez, e que tem capacidade de processar a limpeza dos galhos e corte subseqüente em toras de tamanho
padronizado.

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Implemento Agrícola e Florestal: dispositivo sem força motriz própria que é conectado a uma máquina e que, quando
puxado, arrastado ou operado, permite a execução de operações específicas voltadas para a agricultura, pecuária e
florestal, como preparo do solo, tratos culturais, plantio, colheita, abertura de valas para irrigação e drenagem,
transporte, distribuição de ração ou adubos, poda e abate de árvores, etc.

Informação ou símbolo indelével: aquele aplicado diretamente sobre a máquina, que deve ser conservado de forma
integra e legível durante todo o tempo de utilização máquina.

Interface de segurança: dispositivo responsável por realizar o monitoramento, verificando a interligação, posição e
funcionamento de outros dispositivos do sistema, impedindo a ocorrência de falha que provoque a perda da função de
segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e CLP de segurança.

Intertravamento com bloqueio: proteção associada a um dispositivo de intertravamento com dispositivo de bloqueio,
de tal forma que:
- as funções perigosas cobertas pela proteção não possam operar enquanto a máquina não estiver fechada e bloqueada;
- a proteção permanece bloqueada na posição fechada até que tenha desaparecido o risco de acidente devido às
funções perigosas da máquina; e
- quando a proteção estiver bloqueada na posição fechada, as funções perigosas da máquina possam operar, mas o
fechamento e o bloqueio da proteção não iniciem por si próprios a operação dessas funções.
Geralmente apresenta-se sob a forma de chave de segurança eletromecânica de duas partes: corpo e atuador - lingüeta.

Laminadora: máquina concebida para uso profissional na indústria alimentícia. Destina-se a laminar massa por
passagem consecutiva em movimento de vai e vem entre rolos rotativos tracionados com regulagem de altura. Pode
possuir rolos rotativos de corte intercambiáveis, oferecendo opção de impressão e corte da massa.

Lanterna traseira de posição: dispositivo designado para emitir um sinal de luz para indicar a presença de uma
máquina.

Limiar de queimaduras: temperatura superficial que define o limite entre a ausência de queimaduras e uma
queimadura de espessura parcial superficial, causada pelo contato da pele com uma superfície aquecida, para um
período específico de contato.

Manípulo ou pega-mão: dispositivo auxiliar, incorporado à estrutura da máquina ou nela afixado, que tem a finalidade
de permitir o acesso.

Máquina agrícola e florestal autopropelida ou automotriz: máquina destinada a atividades agrícolas e florestais que
se desloca sobre meio terrestre com sistema de propulsão próprio.

Máquina autopropelida ou automotriz: para fins desta Norma, aquela que se desloca em meio terrestre com sistema
de propulsão próprio.

Máquina de construção em aplicação agro-florestal: máquina originalmente concebida para realização de trabalhos
relacionados à construção e movimentação de solo e que recebe dispositivos específicos para realização de trabalhos
ligados a atividades agroflorestais.

Máquina e equipamento: para fins de aplicação desta Norma, o conceito inclui somente máquina e equipamento de
uso não doméstico e movido por força não humana.

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Máquina estacionária: aquela que se mantém fixa em um posto de trabalho, ou seja, transportável para uso em
bancada ou em outra superfície estável em que possa ser fixada.

Máquina ou equipamento manual: máquina ou equipamento portátil guiado à mão.

Máquina ou implemento projetado: todo equipamento ou dispositivo desenhado, calculado, dimensionado e


construído por profissional habilitado, para o uso adequado e seguro.

Modeladora: máquina concebida para uso na indústria alimentícia, para modelar massa para pães por passagem entre
rolos rotativos, que achatam a porção de massa a ser modelada. A porção de massa achatada é enrolada pela passagem
entre duas superfícies, que podem ser duas correias transportadoras ou uma correia transportadora e uma placa fixa e,
por fim, é alongada pela passagem entre correias transportadoras. É composta basicamente por estrutura, correia
transportadora de alimentação, correias transportadoras de descarga e moldagem ou alongamento, proteções, conjunto
de guias, conjunto de rolos e acionamento. Para seu funcionamento, o motor de acionamento transmite potência às
correias transportadoras e ao conjunto de rolos, e cada rolo adquire movimento de rotação sobre seu eixo causando a
passagem da massa entre eles. Pode operar com alimentação e descarga manuais. Em determinadas situações o mesmo
tipo de máquina também é denominado alongadora.

Moedor de carne - picador de carne: máquina que utiliza rosca sem fim para moer carne. É composta por bocal
instalado em bandeja para entrada da carne e rosca sem fim dentro de duto que a conduz em direção à lâmina de corte e,
em seguida, até o bocal perfurado - zona de descarga.

Moinho para farinha de rosca: máquina concebida para uso profissional, destinada a reduzir mecanicamente partes de
pão torrado em farinha. É composta por base e bocal, acionamento, proteções e dispositivo de moagem.

Monitoramento: função intrínseca de projeto do componente ou realizada por interface de segurança que garante a
funcionalidade de um sistema de segurança quando um componente ou um dispositivo tiver sua função reduzida ou
limitada, ou quando houver situações de perigo devido a alterações nas condições do processo.

Motocultivador - trator de Rabiças, “mula mecânica” ou microtrator: equipamento motorizado de duas rodas
utilizado para tracionar implementos diversos, desde preparo de solo até colheita. Caracteriza-se pelo fato de o operador
caminhar atrás do equipamento durante o trabalho.

Motopoda: máquina similar à motosserra, dotada de cabo extensor para maior alcance nas operações de poda.

Motosserra: serra motorizada de empunhadura manual utilizada principalmente para corte e poda de árvores equipada
obrigatorimente com:
a) freio manual ou automático de corrente, que consiste em dispositivo de segurança que interrompe o giro da
corrente, acionado pela mão esquerda do operador;
b) pino pega-corrente, que consiste em dispositivo de segurança que reduz o curso da corrente em caso de
rompimento, evitando que atinja o operador;
c) protetor da mão direita, que consiste em proteção traseira que evita que a corrente atinja a mão do operador em caso
de rompimento;
d) protetor da mão esquerda, que consiste em proteção frontal para evitar que a mão do operador alcance
involuntariamente a corrente durante a operação de corte; e
e) trava de segurança do acelerador, que consiste em dispositivo que impede a aceleração involuntária.

Muting: desabilitação automática e temporária de uma função de segurança por meio de componentes de segurança ou
circuitos de comando responsáveis pela segurança, durante o funcionamento normal da máquina.

Opcional: dispositivo ou sistema não previsto nesta Norma, como faróis auxiliares.

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Outro tipo de microtrator e cortador de grama autopropelido: máquina de pequeno porte destinada à execução de
serviços gerais e de conservação de jardins residenciais ou comerciais. Seu peso bruto total sem implementos não
ultrapassa 600 kg (seiscentos quilogramas).

Permissão de trabalho - ordem de serviço: documento escrito, específico e auditável, que contenha, no mínimo, a
descrição do serviço, a data, o local, nome e a função dos trabalhadores e dos responsáveis pelo serviço e por sua
emissão e os procedimentos de trabalho e segurança.

Plantadeira tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de
plantio de culturas, como sementes, mudas, tubérculos ou outros.

Plataforma ou escada externa para máquina autopropelida agrícola, florestal e de construção em aplicações
agro-florestais: dispositivo de apoio não fixado de forma permanente na máquina.

Posto de operação: local da máquina ou equipamento de onde o trabalhador opera a máquina.

Posto de trabalho: qualquer local de máquinas e equipamentos em que seja requerida a intervenção do trabalhador.

Prensa mecânica excêntrica servoacionada: máquina que utiliza motor de torque ou servomotor ligado
mecanicamente ao eixo de acionamento da máquina. O servoacionamento deve ficar intertravado com o sistema de
segurança. Esse tipo de acionamento deve possuir um dispositivo de retenção do martelo, que pode ser incorporado no
próprio motor. O sistema redundante de frenagem deve ser dimensionado de forma que possa bloquear o movimento do
martelo em qualquer ângulo do excêntrico, em caso de emergência ou no caso de intervenção para manutenção. O
sistema deve ser intertravado ao sistema de controle elétrico de segurança e projetado para atender ao nível de categoria
4 (quatro) de proteção.

Profissional habilitado para a supervisão da capacitação: profissional que comprove conclusão de curso específico
na área de atuação, compatível com o curso a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe, se
necessário.

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Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de
classe, se necessário.

Profissional ou trabalhador capacitado: aquele que recebeu capacitação sob orientação e responsabilidade de
profissional habilitado.

Profissional ou trabalhador qualificado: aquele que comprove conclusão de curso específico na sua área de atuação e
reconhecido pelo sistema oficial de ensino.

Proteção fixa distante: proteção que não cobre completamente a zona de perigo, mas que impede ou reduz o acesso em
razão de suas dimensões e sua distância em relação à zona de perigo, como, por exemplo, grade de perímetro ou
proteção em túnel.

Proteção intertravada com comando de partida: Forma especial de proteção com intertravamento que, uma vez
fechada, gera um comando para iniciar as funções perigosas da máquina, sem a necessidade de comando adicional. As
limitações e exigências para sua aplicação estão previstas na norma ABNT NBR ISO 12.100 e em outras normas
específicas do tipo “c”. (Inserida pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

Psicofisiológico: característica que engloba o que constitui o caráter distintivo, particular de uma pessoa, incluindo suas
capacidades sensitivas, motoras, psíquicas e cognitivas, destacando, entre outras, questões relativas aos reflexos, à
postura, ao equilíbrio, à coordenação motora e aos mecanismos de execução dos movimentos que variam intra e inter
indivíduos. Inclui, no mínimo, o conhecimento antropológico, psicológico, fisiológico relativo ao ser humano. Engloba,
ainda, temas como níveis de vigilância, sono, motivação e emoção, memória e aprendizagem.

Pulverizador autopropelido: instrumento ou máquina utilizado na agricultura no combate às pragas da lavoura,


infestação de plantas daninha e insetos. Sua maior função é permitir o controle da dosagem na aplicação de defensivos
ou fertilizantes sobre determinada área.

Pulverizador tracionado: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de
aplicar agrotóxicos.

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Queimadura de espessura parcial superficial: queimadura em que a epiderme é completamente destruída, mas os
folículos pilosos e glândulas sebáceas, bem como as glândulas sudoríparas, são poupados.

Rampa: meio de acesso permanente inclinado e contínuo em ângulo de lance de 0° (zero grau) a 20° (vinte graus).

Rearme manual: Função de segurança utilizada para restaurar manualmente uma ou mais funções de segurança antes
de reiniciar uma máquina ou parte dela. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

Redundância: aplicação de mais de um componente, dispositivo ou sistema, a fim de assegurar que, havendo uma falha
em um deles na execução de sua função o outro estará disponível para executar esta função.

Relé de segurança: componente com redundância e circuito eletrônico dedicado para acionar e supervisionar funções
específicas de segurança, tais como chaves de segurança, sensores, circuitos de parada de emergência, ESPEs, válvulas
e contatores, garantido que, em caso de falha ou defeito desses ou em sua fiação, a máquina interrompa o
funcionamento e não permita a inicialização de um novo ciclo, até o defeito ser sanado. Deve ter três princípios básicos
de funcionamento: redundância, diversidade e autoteste.

Ruptura positiva - operação de abertura positiva de um elemento de contato: efetivação da separação de um


contato como resultado direto de um movimento específico do atuador da chave do interruptor, por meio de partes não
resilientes, ou seja, não dependentes da ação de molas.

Seletor - chave seletora, dispositivo de validação: chave seletora ou seletora de modo de comando com acesso restrito
ou senha de tal forma que:
a) possa ser bloqueada em cada posição, impedindo a mudança de posição por trabalhadores não autorizados;
b) cada posição corresponda a um único modo de comando ou de funcionamento;
c) o modo de comando selecionado tenha prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da
parada de emergência; e
d) torne a seleção visível, clara e facilmente identificável.

Serra fita para corte de carnes em varejo: máquina utilizada em açougue para corte de carnes, principalmente com
osso, constituída por duas polias que guiam a fita serrilhada, sendo que o movimento da polia inferior é tracionado. É
operada por um único trabalhador localizado em frente à máquina, deixando as partes laterais e traseiras livres. Há
constante exposição do operador à zona de corte ao manipular a peça de carne a ser cortada.

Servodrive: dispositivo eletrônico de controle utilizado para controlar servomotores, podem ser interligados a CLPs,
CNC ou computadores para realizar controles de sistemas automatizados servocontrolados. Seu funcionamento é
similar aos inversores de frequência comuns, mas possuem precisão e controle de posicionamento.
(Inserida pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

Servomotor: dispositivo eletromecânico que apresenta movimento proporcional a um comando gerado por um
servodriver que operam em malha fechada verificando a posição atual e indo para posição desejada. Usado largamente
em máquinas CNC, equipamentos robotizados e sistemas de transporte que exijam precisão.
(Inserida pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

Símbolo - pictograma: desenho esquemático normatizado, destinado a significar certas indicações simples.

Sistema de proteção contra quedas: estrutura fixada à máquina ou equipamento, projetada para impedir a queda de
pessoas, materiais ou objetos.

Sistema mecânico de frenagem: sistema mecânico utilizado para parada segura do movimento de risco, que garanta o
retorno à posição frenado quando houver a interrupção da fonte de energia.

Talão: parte mais rígida - reforçada do pneu, que entra em contato com o aro, garantindo sua fixação.

Tensão de trabalho - work strain: resposta interna do trabalhador ao ser exposto à pressão de trabalho, dependente de
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suas características individuais, por exemplo, tamanho, idade, capacidade, habilidade, destrezas, etc.

Tipo: No contexto dos AOPD (Active Opto-electronic Protective Device) - dispositivos de detecção de presença
optoeletrônico ativos, “tipo” refere-se aos requisitos específicos para a concepção, construção e ensaios, tal como
definido pela norma internacional IEC 61496-1 / 2, que estabelece condições óticas e de resistência a falhas. As
AOPDs/cortinas de luz, quanto ao tipo, são classificadas em cortinas de luz de tipo 4 e cortinas de luz de tipo 2. As
cortinas de luz de tipo 2 possuem apenas um microprocessador e utiliza o método de exclusão de falhas para assegurar a
integridade da função de segurança; nas cortinas de luz do tipo 4 são alcançados altos níveis de tolerância a falhas por
meio de redundância e monitoramento. Em relação à parte ótica, as cortinas de luz do tipo 2 têm um maior ângulo
efetivo de abertura (EAA) ou o campo de visão emissor/receptor, sendo, portanto, mais susceptíveis a curtos-circuitos
ópticos. A alteração da norma internacional IEC61496 de 2013, harmonizada em 2014, que se adequou aos conceitos
previstos na norma internacional ISO 13849, determinou que cortinas de luz do tipo 2 podem atender no máximo o PL
“c” e as cortinas de luz do tipo 4 podem atender o PL “e”. Monitores de área a laser (safety laser scanners) são
dispositivos de detecção de presença optoeletrônicos ativos (AOPD) do tipo 3, atingindo no máximo PL “d”.
(Inserida pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

Trator acavalado: trator agrícola em que, devido às dimensões reduzidas, a plataforma de operação consiste apenas de
um piso pequeno nas laterais para o apoio dos pés e operação.

Trator agrícola: máquina autopropelida de médio a grande porte, destinada a puxar ou arrastar implementos agrícolas.
Possui uma ampla gama de aplicações na agricultura e pecuária, e é caracterizado por possuir no mínimo dois eixos
para pneus ou esteiras e peso, sem lastro ou implementos, maior que 600 kg (seiscentos quilogramas) e bitola mínima
entre pneus traseiros, com o maior pneu especificado, maior que 1280 mm (mil duzentos e oitenta milímetros).

Trator agrícola estreito: trator de pequeno porte destinado à produção de frutas, café e outras aplicações nas quais o
espaço é restrito e utilizado para implementos de pequeno porte. Possui bitola mínima entre pneus traseiros, com o
maior pneu especificado, menor ou igual a 1280 mm (mil duzentos e oitenta milímetros) e peso bruto total acima de 600
Kg (seiscentos quilogramas).

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Válvula e bloco de segurança: componente conectado à máquina ou equipamento com a finalidade de permitir ou
bloquear, quando acionado, a passagem de fluidos líquidos ou gasosos, como ar comprimido e fluidos hidráulicos, de
modo a iniciar ou cessar as funções da máquina ou equipamento. Deve possuir monitoramento para a verificação de sua
interligação, posição e funcionamento, impedindo a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança.

Vida útil de máquina e equipamento: é aquela estimada pelo fabricante como limite temporal nos termos da norma
ABNT NBR ISO 12.100:2015. Para fins de aplicação da informação prevista no item 12.128, alínea “p”, o vencimento
do tempo de vida útil das máquinas e equipamentos e/ou de seus componentes relacionados com a segurança, por si,
não significa a proibição da continuidade da sua utilização. Recursos técnicos podem ser usados para determinar a
continuidade da utilização da máquina ou equipamento com segurança. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de
abril de 2016)

Zona perigosa: Qualquer zona dentro ou ao redor de uma máquina ou equipamento, onde uma pessoa possa ficar
exposta a risco de lesão ou dano à saúde.

ANEXO V
MOTOSSERRAS

1. As motosserras devem dispor dos seguintes dispositivos de segurança:


a) freio manual ou automático de corrente;
b) pino pega-corrente;
c) protetor da mão direita;
d) protetor da mão esquerda; e
e) trava de segurança do acelerador.

1.1 As motopodas e similares devem atender, no que couber, o disposto no item 1 e alíneas deste Anexo.

2. Os fabricantes e importadores de motosserras e similares devem informar, nos catálogos e manuais de instruções de
todos os modelos, os níveis de ruído e vibração e a metodologia utilizada para a referida aferição.

3. As motosserras e similares fabricadas e importadas devem ser comercializadas com manual de instruções que
contenha informações relativas à segurança e à saúde no trabalho, especialmente:
a) quanto aos riscos à segurança e a saúde durante o seu manuseio;
b) instruções de segurança no trabalho com o equipamento, de acordo com o previsto nas Recomendações Práticas da
Organização Internacional do Trabalho - OIT;
c) especificações de ruído e vibração; e
d) advertências sobre o uso inadequado.

4. Os fabricantes e importadores de motosserras e similares instalados no País devem disponibilizar, por meio de seus
revendedores, treinamento e material didático para os usuários, conforme conteúdo programático relativo à utilização
constante do manual de instruções.

4.1 Os empregadores devem promover, a todos os operadores de motosserra e similares, treinamento para utilização
segura da máquina, com carga horária mínima de oito horas e conforme conteúdo programático relativo à utilização
constante do manual de instruções.

4.2 Os certificados de garantia das máquinas devem ter campo específico, a ser assinado pelo consumidor, confirmando
a disponibilidade do treinamento ou responsabilizando-se pelo treinamento dos trabalhadores que utilizarão a máquina.

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5. Todos os modelos de motosserra e similares devem conter sinalização de advertência indelével e resistente, em local
de fácil leitura e visualização do usuário, com a seguinte informação: o uso inadequado pode provocar acidentes graves
e danos à saúde.

6. É proibido o uso de motosserras e similares à combustão interna em lugares fechados ou insuficientemente


ventilados.

ANEXO VI
MÁQUINAS PARA PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA
(Inserido pela Portaria MTE n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

(Redação dada pela Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro de 2016)


1. Este anexo estabelece requisitos específicos de segurança para máquinas de panificação e confeitaria, a saber:
amassadeiras, batedeiras, cilindros, modeladoras, laminadoras, fatiadoras para pães e moinho para farinha de rosca.

1.2 As máquinas de panificação e confeitaria não especificadas por este anexo e certificadas pelo INMETRO estão
excluídas da aplicação desta Norma Regulamentadora quanto aos requisitos técnicos de construção relacionados à
segurança da máquina.

1.2.1 As máquinas de panificação e confeitaria não especificadas ou excluídas por este anexo e fabricadas antes da
existência de programa de avaliação da conformidade no âmbito do INMETRO devem atender aos requisitos técnicos
de segurança relativos à proteção das zonas perigosas, estabelecidos pelo programa de avaliação da conformidade
específico para estas máquinas.

1.3 As modeladoras, laminadoras, fatiadoras de pães e moinhos para farinha de rosca estão dispensadas de ter a
interface de operação (circuito de comando) em extra-baixa tensão.

1.4 As microempresas e empresas de pequeno porte do setor de panificação e confeitaria ficam dispensadas do
atendimento do item 12.6 da parte geral da NR-12 que trata do arranjo físico das instalações.

1.5 Para fins de aplicação deste anexo e das Normas Técnicas oficiais vigentes, os sistemas de segurança aqui descritos
para cada máquina são resultado da apreciação de risco.

1.6 O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das máquinas especificadas neste anexo deve
atender ao disposto no item 12.37 e subitem 12.37.1 da parte geral desta Norma Regulamentadora.

2. Amassadeira Espiral (Vide prazos da Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro 2016)

2.1 Para aplicação deste anexo consideram-se:


a) amassadeira classe 1: amassadeiras cujas bacias têm volume maior ou igual a 13l (treze litros) e menor do que 70l
(setenta litros);
b) amassadeira classe 2: amassadeiras cujas bacias têm volume maior ou igual a 70l (setenta litros);
c) as amassadeiras cujas bacias têm volume menor do que 13l (treze litros) e sejam certificadas pelo INMETRO ficam
excluídas da aplicação desta Norma Regulamentadora;
d) bacia: recipiente destinado a receber os ingredientes que se transformam em massa após misturados pelo batedor,
podendo também ser denominado tacho ou cuba;
e) volume da bacia: volume máximo da bacia, usualmente medido em litros;
f) zonas perigosas da bacia: zona de contato entre a bacia e os roletes de apoio, quando houver;
g) batedor: dispositivo destinado a, por movimento de rotação, misturar os ingredientes e produzir a massa, podendo
ter diversas geometrias e ser denominado, no caso de amassadeiras, de garfo ou braço;
h) zona perigosa do batedor: região na qual o movimento do batedor oferece risco ao trabalhador, podendo o risco ser
de aprisionamento ou de esmagamento.

2.2 O acesso à zona do batedor deve ser impedido por meio de proteção móvel intertravada por, no mínimo, uma chave
de segurança com duplo canal, monitorada por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior,
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

2.3 As zonas perigosas entre a bacia e os roletes, quando houver, devem ser dotadas de proteções fixas ou proteções
móveis intertravadas por, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por interface de segurança

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classificada como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma
Regulamentadora.

2.4 Quando a bacia tiver elementos de fixação salientes que apresentem riscos de acidentes, deve ser dotada de proteção
fixa ou proteção móvel intertravada por, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por interface
de segurança classificada como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta
Norma Regulamentadora.

2.5 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento das
proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

2.6 As amassadeiras deverão ser projetadas para cessar os movimentos perigosos em no máximo dois segundos quando
a proteção móvel for acionada com a bacia vazia, ou deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b”, desta
Norma Regulamentadora.

2.6.1 Em função do desgaste natural de operação dos componentes, as amassadeiras existentes e já instaladas poderão
cessar os movimentos perigosos em tempo diferente, desde que não ultrapasse 2,5 segundos.

2.7 As amassadeiras devem ser dotadas de dispositivo de parada de emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma Regulamentadora, atendendo:
a) amassadeiras classe 1 devem possuir um botão de parada de emergência;
b) amassadeiras classe 2 devem possuir, no mínimo, dois botões de parada de emergência.

2.7.1 O monitoramento do intertravamento da proteção móvel e dos dispositivos de parada de emergência pode ser
realizado por uma única interface de segurança classificada, no mínimo, como categoria 3, ou os dispositivos de parada
de emergência podem ser ligados de modo a cortar a alimentação elétrica da interface de segurança responsável pelo
monitoramento de proteção móvel, sem a necessidade de uma interface de segurança específica para o monitoramento
dos dispositivos de parada de emergência.

3. Batedeiras (Vide prazos da Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro 2016)

3.1 Para aplicação deste anexo consideram-se:


a) batedeira classe 1: batedeiras cujas bacias têm volume maior do que 5l (cinco litros) e menor ou igual 18l (dezoito
litros).
b) batedeira classe 2: batedeiras cujas bacias têm volume maior do que 18l (dezoito litros).
c) as batedeiras cujas bacias têm volume menor ou igual a 5l (cinco litros) e sejam certificadas pelo INMETRO ficam
excluídas da aplicação desta Norma Regulamentadora.
d) bacia: recipiente destinado a receber os ingredientes que se transformarão na massa após misturados pelo batedor,
podendo receber, também, as seguintes denominações: tacho ou cuba;
e) volume da bacia: volume máximo da bacia, usualmente medido em litros;
f) batedor: dispositivo destinado a, por movimento de rotação, misturar os ingredientes e produzir a massa;
dependendo do trabalho a ser realizado, pode apresentar diversas geometrias, podendo também ser denominado
gancho, leque ou paleta, globo ou arame;
g) zona perigosa do batedor: região na qual o movimento do batedor oferece risco ao usuário, podendo o risco ser de
aprisionamento ou esmagamento.

3.2 O acesso à zona do batedor deve ser impedido por meio de proteção móvel intertravada por, no mínimo, uma chave
de segurança com duplo canal, monitorada por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior,
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

3.3 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento das
proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

3.4 Os movimentos perigosos devem cessar no máximo em dois segundos quando a proteção móvel for acionada com a
bacia vazia, ou deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b” desta Norma Regulamentadora.

3.5 As batedeiras de classe 2, definidas no subitem 3.1, alínea “b” deste anexo, devem possuir dispositivo do tipo
carrinho manual ou similar para deslocamento da bacia a fim de reduzir o esforço físico do operador.

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3.6 As bacias das batedeiras de classe 1, definidas no subitem 3.1, alínea “a”, deste Anexo, que não possuam dispositivo
para manuseio do tipo carrinho manual ou similar para seu deslocamento, devem possuir pega, ou alças.

3.7 As batedeiras classe 1 e 2 devem possuir um botão de parada de emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma Regulamentadora.

3.7.1 O monitoramento do intertravamento da proteção móvel e do dispositivo de parada de emergência pode ser
realizado por uma única interface de segurança classificada, no mínimo, como categoria 3, ou o dispositivo de parada de
emergência pode ser ligado de modo a cortar a alimentação elétrica da interface de segurança responsável pelo
monitoramento de proteção móvel, sem a necessidade de uma interface de segurança específica para o monitoramento
do dispositivo de parada de emergência.

3.8 As batedeiras dotadas de sistema de aquecimento por meio de queima de combustível devem atender ao disposto no
item 12.108 desta Norma Regulamentadora e aos requisitos das normas técnicas oficiais vigentes na data da fabricação
da máquina ou equipamento.

3.9 A temperatura máxima das superfícies acessíveis aos trabalhadores deve atender ao disposto no item 12.109 desta
Norma Regulamentadora e aos requisitos das normas técnicas oficiais vigentes na data da fabricação da máquina ou
equipamento.

3.10 O dispositivo para movimentação vertical da bacia deve ser resistente para suportar os esforços solicitados e não
deve gerar quaisquer riscos de aprisionamento ou compressão dos seguimentos corporais dos trabalhadores durante seu
acionamento e movimentação da bacia.

3.11 As batedeiras de classe 2, definidas no subitem 3.1, alínea “b” deste anexo, se necessário, devem possuir
dispositivo de movimentação vertical manual ou automatizado para retirada da bacia.

3.11.1 Deve haver garantia de que o batedor se movimente apenas com a bacia na posição de trabalho.

3.11.2 Os dispositivos de movimentação vertical automatizados devem dispor de comando de ação continuada para o
seu acionamento.

4. Cilindro Sovador

4.1 Para aplicação deste anexo considera-se cilindro sovador a máquina de utilização industrial concebida para sovar
massas de panificação, independente da capacidade, comprimento e diâmetro dos rolos cilíndricos.

4.1.1 O cilindro sovador consiste principalmente de dois cilindros paralelos tracionados que giram em sentido de
rotação inversa, mesa baixa, prancha de extensão traseira, motor e polias, sendo utilizado para dar ponto de massa,
homogeneizando os gases de fermentação e a textura.

4.1.2 Os conceitos e definições aqui empregados levam em conta a atual tecnologia empregada no segmento, ou seja,
alimentação manual.

4.2 Para cilindros dotados de esteira que conduz a massa para a zona de cilindragem, as definições e proteções
necessárias são as mesmas das modeladoras de pães, entendendo-se que o movimento perigoso dos rolos, previsto no
subitem 6.2.1.2 deste anexo, deve cessar no máximo em dois segundos quando a proteção móvel for acionada, ou
deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b” desta Norma Regulamentadora.

4.2.1 Definições aplicáveis a Cilindros Sovadores


a) mesa baixa: prancha na posição horizontal, utilizada como apoio para o operador manusear a massa;
b) prancha de extensão traseira: prancha inclinada em relação à base. Utilizada para suportar e encaminhar a massa até
os cilindros;
c) cilindros superior e inferior: cilindros paralelos tracionados que giram em sentido de rotação inversa e comprimem
a massa, tornando-a uniforme e na espessura desejada. Situados entre a mesa baixa e a prancha de extensão traseira;
d) distância de segurança: distância mínima necessária para dificultar o acesso à zona de perigo;
e) movimento de risco: movimento de partes da máquina que pode causar danos pessoais;
f) rolete obstrutivo: rolo cilíndrico não tracionado, de movimento livre, posicionado sobre o cilindro superior para
evitar o acesso do operador à zona de perigo;

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g) chapa de fechamento do vão entre cilindros: proteção que impede o acesso do operador à zona de convergência
entre cilindros;
h) indicador visual: mostrador com régua graduada que indica a distância entre os cilindros superior e inferior e
determina a espessura da massa;
i) proteção lateral: proteção fixa nas laterais ou conjugada com a prancha de extensão traseira;
j) lâminas de limpeza para os cilindros: lâminas paralelas ao eixo dos cilindros e com mesmo comprimento, mantidas
tensionadas para obter contato com a superfície dos cilindros, retirando os resíduos de massa;
k) chapa de fechamento da lâmina: proteção fixa que impede o acesso ao vão entre o cilindro inferior e a mesa baixa,
auxiliando a limpeza de resíduos do cilindro inferior;
l) zona perigosa: região na qual o movimento do cilindro oferece risco ao trabalhador, podendo o risco ser de
aprisionamento ou de esmagamento.

Figura 1: Representação esquemática do cilindro sovador.


4.3 O cilindro sovador deve possuir distâncias mínimas de segurança conforme figura 2.
Tolerância nas dimensões lineares das proteções +/- 25mm.
Tolerância nas dimensões angulares das proteções +/- 2,5º.

Legenda - dimensões em milímetros com tolerância de 25,00 mm (vinte e cinco milímetros)


Figura 2: Desenho Esquemático com as distâncias de segurança do cilindro sovador.

4.4 Entre o rolete obstrutivo e o cilindro tracionado superior deve haver proteção móvel intertravada - chapa de
fechamento do vão entre cilindros - por, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por interface
de segurança classificada com categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta
Norma Regulamentadora.

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4.4.1 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento
das proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

4.4.2 O acesso à área entre o rolete obstrutivo e o cilindro tracionado superior, protegido pela chapa de fechamento do
vão entre cilindro, somente deve ser permitido quando o movimento do cilindro tracionado superior tenha cessado
totalmente por meio de sistema de frenagem, que garanta a parada imediata quando aberta a proteção móvel
intertravada, ou deve ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b”, e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

4.5 Quando a ligação for trifásica, a inversão do sentido de giro dos cilindros tracionados deve ser impedida por sistema
de segurança mecânico, elétrico ou eletromecânico que dificulte a burla.

4.6 Os cilindros sovadores devem possuir dois botões de parada de emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma Regulamentadora.

4.6.1 O monitoramento do intertravamento da proteção móvel e dos dispositivos de parada de emergência pode ser
realizado por uma única interface de segurança classificada, no mínimo, como categoria 3, ou os dispositivos de parada
de emergência podem ser ligados de modo a cortar a alimentação elétrica da interface de segurança responsável pelo
monitoramento de proteção móvel, sem a necessidade de uma interface de segurança específica para o monitoramento
dos dispositivos de parada de emergência.

5. Cilindro Laminador

5.1 Para aplicação deste anexo considera-se cilindro laminador a máquina de uso não doméstico, concebida para
laminar massas, inclusive de panificação.

5.1.1 Os cilindros laminadores (de Pastelaria) certificados pelo INMETRO ficam dispensados dos requisitos
estabelecidos neste anexo para o cilindro sovador, devendo atender à regulamentação do INMETRO.

6. Modeladoras (Vide prazos da Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro 2016)

6.1 Para aplicação deste anexo consideram-se:


a) correia transportadora modeladora: correia que transporta a porção de massa em processo de enrolamento;
b) correia transportadora enroladora: correia que, por pressionar a porção de massa contra a correia transportadora
modeladora e por terem velocidades diferentes, enrola a massa já achatada pela passagem no conjunto de rolos;
c) correia transportadora alongadora: correia que, por pressionar a porção de massa contra a correia transportadora
modeladora, alonga ou modela a massa já enrolada;
d) conjunto de rolos: conjunto de corpos cilíndricos que, quando em operação, apresentam movimento de rotação
sobre seu eixo de simetria, observando-se que as posições relativas de alguns deles podem ser mudadas alterando-
se a distância entre seus eixos de rotação, de forma a alterar a espessura da massa achatada pela passagem entre
eles, que a seguir será enrolada e alongada; e
e) zona perigosa dos rolos: região na qual o movimento dos rolos oferece risco de aprisionamento ou esmagamento ao
trabalhador.

6.2 O acesso à zona perigosa dos rolos, bem como aos elementos de transmissão das correias transportadoras, deve ser
impedido por meio de proteções, exceto a entrada e saída da massa, em que se devem respeitar as distâncias de
segurança, de modo a dificultar que as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem as zonas de perigo, conforme os itens
12.38 a 12.55 e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

6.2.1 O acesso à zona perigosa dos rolos para alimentação por meio da correia modeladora transportadora deve possuir
proteção móvel intertravada por, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por uma interface
de segurança, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

6.2.1.1 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento
das proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

6.2.1.2 Nas modeladoras, os movimentos perigosos dos rolos devem cessar no máximo em dois segundos quando a
proteção móvel for acionada, ou deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b” desta Norma
Regulamentadora.

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6.3 As modeladoras devem possuir, no mínimo, um botão de parada de emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma Regulamentadora.

6.3.1 O monitoramento do intertravamento da proteção móvel e do dispositivo de parada de emergência pode ser
realizado por uma única interface de segurança classificada, no mínimo, como categoria 3, ou o dispositivo de parada de
emergência pode ser ligado de modo a cortar a alimentação elétrica da interface de segurança responsável pelo
monitoramento de proteção móvel, sem a necessidade de uma interface de segurança específica para o monitoramento
do dispositivo de parada de emergência.

7. Laminadora

7.1 Para aplicação deste anexo consideram-se:


a) correia transportadora: correia que transporta a porção de massa em processo de conformação, possuindo sentido de
vai e vem a ser comandado pelo operador e que se estende desde a mesa dianteira, passando pela zona dos rolos
rotativos tracionados, responsáveis pela conformação da massa, até a mesa traseira;
b) mesa dianteira: correia transportadora na qual a massa é colocada no início do processo;
c) mesa traseira: correia transportadora na qual a massa já sofreu conformação nos rolos rotativos tracionados;
d) conjunto de rolos rotativos tracionados: conjunto de corpos cilíndricos que, quando em operação, apresentam
movimento de rotação sobre seu eixo de simetria, podendo variar suas posições, alterando a distância entre seus
eixos, de forma a mudar a espessura da massa, bem como para impressão e corte da massa;
e) zona perigosa dos rolos: região na qual o movimento dos rolos oferece risco de aprisionamento ou esmagamento ao
trabalhador.

7.2 O acesso à zona perigosa dos rolos, bem como aos elementos de transmissão da correia transportadora, deve ser
impedido por todos os lados por meio de proteções, exceto a entrada e saída da massa, em que se devem respeitar as
distâncias de segurança, de modo a impedir que as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem as zonas de perigo,
conforme o item 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

7.2.1 O acesso à zona perigosa dos rolos pela correia transportadora nas mesas dianteira e traseira deve possuir proteção
móvel intertravada por, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por interface de segurança,
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

7.2.1.1 Caso sejam utilizadas chaves eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento das proteções
móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada como
categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

7.2.1.2 Nas laminadoras, os movimentos perigosos devem cessar no máximo em dois segundos quando a proteção
móvel for acionada, ou deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b” desta Norma Regulamentadora.

7.3 As laminadoras devem possuir, no mínimo, um botão de parada de emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma Regulamentadora.

7.4 O monitoramento do dispositivo de parada de emergência deve ser realizado por interface de segurança específica
ou pode ser realizado por uma das interfaces de segurança utilizadas para o monitoramento do intertravamento das
proteções móveis, classificadas como categoria 3 ou superior.

8. Fatiadora de Pães

8.1 Para aplicação deste anexo consideram-se:


a) dispositivo de corte: conjunto de facas serrilhadas retas paralelas, que cortam por movimento oscilatório, ou por
uma ou mais serras contínuas paralelas, que cortam pelo movimento em um único sentido;
b) região de descarga: região localizada após o dispositivo de corte, na qual são recolhidos manual ou
automaticamente os produtos já fatiados;
c) região de carga: região localizada antes do dispositivo de corte, na qual são depositados manual ou
automaticamente os produtos a serem fatiados;
d) dispositivo de alimentação: dispositivo que recebe os produtos a serem fatiados e os guia para o local de corte,
podendo ter operação automática, utilizando, por exemplo, correia transportadora, ou ser um dispositivo operado
manualmente;
e) dispositivo de descarga: dispositivo que recebe os produtos já fatiados e os disponibiliza para o restante do
processo produtivo, podendo ter operação automática, utilizando, por exemplo, correia transportadora, ou ser um
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dispositivo operado manualmente, ou ser apenas um suporte fixo que recebe o produto, que é retirado
manualmente.

8.2 O acesso ao dispositivo de corte deve ser impedido por todos os lados por meio de proteções, exceto a entrada e
saída dos pães, em que se devem respeitar as distâncias de segurança, de modo a impedir que as mãos e dedos dos
trabalhadores alcancem as zonas de perigo, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma
Regulamentadora.

8.2.1 Quando for utilizada a proteção móvel intertravada para a entrada dos pães, esta deve ser dotada, no mínimo, de
uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por interface de segurança, conforme os itens 12.38 a 12.55 e
seus subitens desta Norma Regulamentadora.

8.2.1.1 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento
das proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

8.2.2 Na região da descarga dos pães, não se aplica o disposto nos itens 12.38 a 12.55, bem como o Anexo I desta
Norma Regulamentadora, quando a distância entre as lâminas for inferior ou igual 12 mm.

8.2.3 Quando utilizadas proteções móveis, os movimentos perigosos devem cessar no máximo em dois segundos
quando a proteção for acionada, ou deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b” desta Norma
Regulamentadora.

8.3 A fatiadora de pães não necessita de botão de parada de emergência.

9. Moinho para Farinha de Rosca

9.1 Para aplicação deste anexo consideram-se:


a) dispositivo de moagem: conjunto de aletas que reduzem mecanicamente o pão torrado até a granulação de farinha
de rosca;
b) região de descarga: região do dispositivo de moagem na qual é recolhida manual ou automaticamente a farinha de
rosca;
c) região de carga: região do dispositivo de moagem na qual o pão torrado é depositado manual ou automaticamente.

9.2 O acesso ao dispositivo de moagem deve ser impedido por todos os lados por meio de proteções fixas ou móveis
intertravadas, de modo a impedir que as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem as zonas de perigo, conforme os itens
12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

9.2.1 O acesso ao dispositivo de moagem pela região de carga pode possuir proteção que garanta, por meio de
distanciamento e/ou geometria construtiva, a não inserção de mãos e dedos dos trabalhadores nas zonas de perigo.

9.2.2 Quando forem utilizadas proteções móveis, estas devem ser intertravadas por, no mínimo, uma chave de
segurança com duplo canal, monitorada por interface de segurança, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens
desta Norma Regulamentadora.

9.2.2.1 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento
das proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

9.3 O bocal, se móvel, deve ser intertravado com a base por, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal,
monitorada por interface de segurança, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora,
impedindo o movimento das aletas com a máquina desmontada.

9.3.1 Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador mecânico, no intertravamento
das proteções móveis, devem ser instaladas duas por proteção, monitoradas por uma interface de segurança classificada
como categoria 3 ou superior, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

9.4 O moinho para farinha de rosca não necessita de botão de parada de emergência.

ANEXO VII
MÁQUINAS PARA AÇOUGUE, MERCEARIA, BARES E RESTAURANTES
(Inserido pela Portaria MTE n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
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(Redação dada pela Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro de 2016)

1. Este anexo estabelece requisitos específicos de segurança para máquinas de açougue, mercearia, bares e restaurantes,
novas, usadas e importadas, a saber: serra de fita, amaciador de bife e moedor de carne.

1.1 As máquinas para açougue, mercearia, bares e restaurantes não especificadas por este anexo e certificadas pelo
INMETRO estão excluídas da aplicação desta Norma Regulamentadora quanto aos requisitos técnicos de construção
relacionados à segurança da máquina.

1.1.1 As máquinas de açougue, mercearia, bares e restaurantes não especificadas ou excluídas por este anexo e
fabricadas antes da existência de programa de avaliação da conformidade no âmbito do INMETRO devem atender aos
requisitos técnicos de segurança relativos à proteção das zonas perigosas, estabelecidos pelo programa de avaliação da
conformidade específico para estas máquinas.

1.2 As microempresas e empresas de pequeno porte de açougue, mercearia, bares e restaurantes ficam dispensadas do
atendimento do item 12.6 desta Norma Regulamentadora que trata do arranjo físico das instalações.

1.3 O amaciador de bife e o moedor de carne estão dispensados de ter a interface de operação (circuito de comando) em
extra-baixa tensão.

1.4 Para fins de aplicação deste anexo e das Normas Técnicas oficiais vigentes, os sistemas de segurança aqui descritos
para cada máquina são resultado da apreciação de risco.

1.5 O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das máquinas especificadas neste anexo deve
atender ao disposto no item 12.37 e subitem 12.37.1 da parte geral desta Norma Regulamentadora.

2. Serra de fita para corte de carnes em varejo.

2.1 Para fins deste anexo considera-se serra de fita a máquina utilizada para corte de carnes em varejo, principalmente
com osso.

2.2 Os movimentos da fita no entorno das polias e demais partes perigosas, devem ser protegidos com proteções fixas
ou proteções móveis intertravadas, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora, à
exceção da área operacional necessária para o corte da carne, onde uma canaleta regulável deslizante, ou outra forma,
deve enclausurar o perímetro da fita serrilhada na região de corte, liberando apenas a área mínima de fita serrilhada para
operação.

2.3 Deve ser adotado braço articulado vertical - empurrador, com movimento pendular em relação à serra, que serve
para guiar e empurrar a carne e impedir o acesso da mão à área de corte.

2.3.1 O braço articulado deve ser firmemente fixado à estrutura da máquina, não podendo apresentar folga lateral que
comprometa a segurança, e ser rígido, de modo a não permitir deformações ou flexões.

2.4 A mesa fixa deve ter guia regulável paralela à serra fita, utilizada para limitar a espessura do corte da carne.

2.5 As mesas de corte das máquinas fabricadas a partir de 24/6/2011 devem possuir uma parte móvel para facilitar o
deslocamento da carne, exceto para as serras com altura de corte não superior a 250 mm.

2.5.1 A mesa móvel deve ter dispositivo limitador do seu curso para que a proteção para as mãos não toque a fita.

2.5.2 A mesa móvel deve ter guia que permita o apoio da carne na mesa e seu movimento de corte.

2.6 A mesa móvel e o braço articulado - empurrador - devem ter manípulos - punhos - com anteparos para proteção das
mãos.

2.7 Deve ser utilizado dispositivo manual para empurrar a carne lateralmente contra a guia regulável, e
perpendicularmente à serra de fita, para o corte de peças pequenas ou para finalização do corte da carne.

2.8 A serra de fita deve possuir, no mínimo, um botão de parada de emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma Regulamentadora.

2.9 Os movimentos perigosos devem cessar no máximo em dois segundos quando a proteção móvel for acionada, ou
deverá ser atendido o disposto no item 12.44, alínea “b” desta Norma Regulamentadora.

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2.10 O monitoramento do dispositivo de parada de emergência deve ser realizado por interface de segurança específica
ou pode ser realizado por uma das interfaces de segurança utilizadas para o monitoramento do intertravamento das
proteções móveis, classificadas como categoria 3 ou superior.

3. Amaciador de bife (Vide prazos da Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro 2016)

3.1 Para fins deste anexo, considera-se amaciador de bifes a máquina com dois ou mais cilindros dentados paralelos
tracionados que giram em sentido de rotação inversa por onde são passadas peças de bife pré-cortadas.

3.2 Os movimentos dos cilindros dentados e de seus mecanismos devem ser enclausurados por proteções fixas ou
proteções móveis intertravadas, conforme o item 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

3.3 O bocal de alimentação deve impedir o acesso dos membros superiores à área dos cilindros dentados, atuando como
proteção móvel intertravada dotada de, no mínimo, uma chave de segurança com duplo canal, monitorada por interface
de segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma Regulamentadora.

3.3.1 Quando os cilindros dentados forem removidos juntamente com a proteção, fica dispensada a aplicação do
subitem 3.3 deste anexo.

3.4 A abertura da zona de descarga deve impedir o alcance dos membros superiores na zona de convergência dos
cilindros dentados, conforme Anexo I desta Norma Regulamentadora.

3.5 O amaciador de bifes não necessita de parada de emergência.

4. Moedor de carne - Picador (Vide prazos da Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro 2016)

4.1 Para fins deste anexo considera-se moedor de carne a máquina que utiliza rosca sem fim para moer carne.

4.2 Os movimentos da rosca sem fim e de seus mecanismos devem ser enclausurados por proteções fixas ou proteções
móveis intertravadas, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

4.3 O bocal de alimentação ou a bandeja devem impedir o ingresso dos membros superiores na zona da rosca sem fim,
em função de sua geometria, atuando como proteção fixa ou como proteção móvel dotada de intertravamento,
monitorada por interface de segurança, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e Anexo I desta Norma
Regulamentadora.

4.4 A abertura da zona de descarga deve impedir o alcance dos membros superiores na zona perigosa da rosca sem fim,
conforme Anexo I desta Norma Regulamentadora.

ANEXO VIII
PRENSAS E SIMILARES
(Redação dada pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

1. Prensas

1. Prensas são máquinas utilizadas na conformação e corte de materiais diversos, utilizando ferramentas, nas quais o
movimento do martelo - punção - é proveniente de um sistema hidráulico ou pneumático - cilindro hidráulico ou
pneumático -, ou de um sistema mecânico, em que o movimento rotativo se transforma em linear por meio de sistemas
de bielas, manivelas, conjunto de alavancas ou fusos.

1.1 As prensas são classificadas em:


a) mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou acoplamento equivalente;
b) mecânicas excêntricas com freio-embreagem;
c) de fricção com acionamento por fuso;
d) servoacionadas;
e) hidráulicas;
f) pneumáticas;
g) hidropneumáticas.

1.2 Para fins de aplicação deste anexo, consideram-se similares as seguintes máquinas:
a) guilhotinas, tesouras e cisalhadoras;
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b) dobradeiras;
c) dispositivos hidráulicos e/ou pneumáticos;
d) recalcadoras;
e) martelos de forjamento;
f) prensas enfardadeiras.

1.2.1 Não se aplicam as disposições deste Anexo às máquinas denominadas de balancim de braço móvel manual -
balancim jacaré - e balancim tipo ponte manual que devem atender aos requisitos do Anexo X - Máquinas para
fabricação de calçados e afins - desta Norma.

1.3 Para fins deste Anexo, entende-se como ferramentas, ferramental, estampos ou matrizes os elementos que são
fixados no martelo e na mesa das prensas e similares, com função de corte ou conformação de materiais, podendo
incorporar os sistemas de alimentação ou extração relacionados no subitem 1.4 deste anexo.

1.3.1 As ferramentas devem:


a) ser projetadas de forma que evitem a projeção de material nos operadores, ou ser utilizadas em prensas cujo sistema
de segurança ofereça proteção contra a projeção de material nos operadores;
b) ser armazenadas em locais próprios e seguros;
c) ser fixadas às máquinas de forma adequada, sem improvisações;
d) não oferecer riscos adicionais.

1.4 Sistemas de alimentação ou extração são meios utilizados para introduzir a matéria prima e retirar a peça processada
da matriz e podem ser:
a) manuais;
b) por gaveta;
c) por bandeja rotativa ou tambor de revólver;
d) por gravidade, qualquer que seja o meio de extração;
e) por mão mecânica;
f) por robôs;
g) contínuos - alimentadores automáticos; e
h) outros sistemas não relacionados neste subitem.

1.5 As bobinadeiras, desbobinadeiras, endireitadeiras e outros equipamentos de alimentação devem ser dotadas de
proteções em todo o perímetro, impedindo o acesso e a circulação de pessoas nas áreas de risco, conforme itens 12.5,
12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

1.6 Para fins de aplicação deste anexo e das Normas Técnicas oficiais vigentes, os sistemas de segurança aqui descritos
para cada máquina são resultado da apreciação de risco.

2. Requisitos de segurança para prensas

2.1 Os sistemas de segurança nas zonas de prensagem ou trabalho permitidos são:


a) enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos
nas zonas de perigo, conforme item A, do Anexo I, desta Norma, devendo ser constituídos de proteções fixas ou
móveis dotadas de intertravamento, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma;
b) ferramenta fechada, que significa o enclausuramento do par de ferramentas, com frestas ou passagens que não
permitam o ingresso dos dedos e mãos nas zonas de perigo, conforme quadro I, item A, do Anexo I desta Norma;
c) cortina de luz com redundância e autoteste, tipo 4, conforme norma IEC 61496-1:2006, monitorada por interface de
segurança, dimensionada e instalada, conforme item B, do Anexo I, desta Norma e normas técnicas oficiais
vigentes, conjugada com dispositivo de acionamento bimanual, atendidas as disposições dos itens 12.26, 12.27,
12.28 e 12.29 desta Norma.

2.1.1 Havendo possibilidade de acesso a zonas de perigo não supervisionadas pelas cortinas de luz, devem existir
proteções móveis dotadas de intertravamento ou fixas, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

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2.1.2 O número de dispositivos de acionamento bimanuais deve corresponder ao número de operadores na máquina,
conforme item 12.30 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

2.1.3 O sistema de intertravamento das proteções móveis referido na alínea “a” e os sistemas de segurança referidos nas
alíneas “c” do subitem 2.1 e no item 2.1.1 deste Anexo devem ser classificados como categoria 4, conforme a norma
ABNT NBR 14153.

2.1.4 Para as atividades de forjamento a frio nas prensas, a parte frontal da máquina deve estar protegida, através
proteções móveis dotadas de intertravamento, e nas demais partes da área de risco com proteções fixas, conforme itens
12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

2.1.4.1 A proteção frontal deve ser dimensionada e construída de modo a impedir que a projeção de material oriundo do
processo venha a atingir o operador.

2.2 As prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema de acoplamento equivalente de ciclo
completo e as prensas mecânicas de fricção com acionamento por fuso não podem permitir o ingresso das mãos ou dos
dedos dos operadores nas zonas de prensagem, devendo ser adotado um dos seguintes sistemas de segurança:
a) enclausuramento com proteções fixas e, havendo necessidade de troca frequente de ferramentas, com proteções
móveis dotadas de intertravamento com bloqueio, de modo a permitir a abertura somente após a parada total dos
movimentos de risco, conforme alínea “a”, do subitem 2.1, deste Anexo e 12.46 desta Norma; ou
b) operação somente com ferramentas fechadas, conforme alínea “b”, do subitem 2.1 deste Anexo.

2.3 As prensas mecânicas excêntricas com freio-embreagem, servoacionadas, hidráulicas, pneumáticas,


hidropneumáticas devem adotar um dos seguintes sistemas de segurança nas zonas de prensagem ou trabalho:
a) enclausuramento com proteções fixas ou proteções móveis dotadas de intertravamento, conforme alínea “a”, do
subitem 2.1 deste Anexo;
b) operação somente com ferramentas fechadas, conforme alínea “b”, do subitem 2.1 deste Anexo;
c) utilização de cortina de luz conjugada com dispositivo de acionamento bimanual, conforme alínea “c”, do subitem
2.1 e seus subitens deste Anexo.

2.4 As prensas mecânicas excêntricas com freio-embreagem pneumático e as prensas pneumáticas devem ser
comandadas por válvula de segurança específica classificada como categoria 4 conforme norma técnica vigente, com
monitoramento dinâmico e pressão residual que não comprometa a segurança do sistema, e que fique bloqueada em
caso de falha.

2.4.1 No caso de falha da válvula, somente deve ser possível voltar à condição normal de operação após o acionamento
do reset ou rearme manual.

2.4.1.1 O reset ou rearme manual deve ser incorporado à válvula de segurança ou em outro local do sistema, com
atuador situado em posição segura que proporcione boa visibilidade para verificação da inexistência de pessoas nas
zonas de perigo a fim de validar por meio de uma ação manual intencional um comando de partida.

2.4.2 Nos modelos de válvulas com monitoramento dinâmico externo por pressostato, micro-switches ou sensores de
proximidade integrados à válvula, o monitoramento deve ser realizado por interface de segurança em sistema
classificado como categoria 4 conforme a norma ABNT NBR 14153.

2.4.3 Nas válvulas de segurança, somente podem ser utilizados silenciadores de escape que não apresentem risco de
entupimento ou que tenham passagem livre correspondente ao diâmetro nominal, de maneira a não interferir no tempo
de frenagem.

2.4.4 Quando válvulas de segurança independentes forem utilizadas para o comando de prensas com freio e embreagem
separados, devem ser interligadas de modo a estabelecer entre si um monitoramento dinâmico, para assegurar que o
freio seja imediatamente aplicado caso a embreagem seja liberada durante o ciclo, e ainda para impedir que a
embreagem seja acoplada caso a válvula do freio não atue.

2.4.5 A exigência do subitem 2.4.4 não se aplica a prensas pneumáticas.

2.4.6 Para prensas pneumáticas, quando a massa do conjunto martelo e ferramenta for superior a 15 kg, devem ser
tomadas medidas que impeçam a queda do conjunto por gravidade em caso de despressurização acidental.

2.5 As prensas mecânicas excêntricas com freio-embreagem hidráulico devem ser comandadas por sistema de
segurança composto por válvulas em redundância, com monitoramento dinâmico e pressão residual que não

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comprometa a segurança do sistema.

2.5.1 O sistema hidráulico referido no item 2.5 deste anexo deve ser classificado como categoria 4 conforme a norma
ABNT NBR 14153.

2.5.2 No caso de falha da válvula, somente deve ser possível voltar à condição normal de operação após o acionamento
de seu reset ou rearme manual.

2.5.2.1 O reset ou rearme manual deve ser incorporado à válvula de segurança ou em outro local do sistema, com
atuador situado em posição segura que proporcione boa visibilidade para verificação da inexistência de pessoas nas
zonas de perigo a fim de validar por meio de uma ação manual intencional um comando de partida.

2.5.3 Quando o monitoramento das válvulas se der por meio de interface de segurança esta deve ser classificada como
categoria 4 conforme a norma ABNT NBR 14153.

2.5.4 Quando válvulas independentes forem utilizadas, devem ser interligadas de modo a estabelecer entre si um
monitoramento dinâmico, assegurando que não haja pressão residual capaz de comprometer o funcionamento do
conjunto freio-embreagem em caso de falha de uma das válvulas.

2.5.5 Quando forem utilizadas válvulas independentes para o comando de prensas com freio e embreagem separados,
aplica-se o disposto no subitem 2.4.4 deste anexo.

2.6 As prensas hidráulicas devem possuir bloco hidráulico de segurança ou sistema hidráulico equivalente, que possua a
mesma característica e eficácia, com monitoramento dinâmico. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de
2017)

2.6.1 O bloco hidráulico de segurança ou sistema hidráulico equivalente deve ser composto por válvulas em
redundância que interrompam o fluxo principal do fluido. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

2.6.2 Em caso de falha do bloco hidráulico de segurança ou do sistema hidráulico equivalente, o sistema de segurança
deve possuir reset ou rearme manual, de modo a impedir acionamento subsequente. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873,
de 06 de julho de 2017)

2.6.3 Nos sistemas de válvulas com monitoramento dinâmico por micro-switches ou sensores de proximidade, o
monitoramento deve ser realizado por interface de segurança classificada como categoria 4 conforme norma ABNT
NBR 14153. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

2.6.4 As prensas hidráulicas devem possuir válvula de retenção, incorporada ou não ao bloco hidráulico de segurança,
para impedir a queda do martelo em caso de falha do sistema hidráulico, sendo que uma das válvulas em redundância
referida no item 2.6.1 pode também executar a função de válvula de retenção, não sendo exigido neste caso uma válvula
adicional para esta finalidade.

2.6.4.1 Quando utilizado sistema hidráulico equivalente, a válvula de retenção deve ser montada diretamente no corpo
do cilindro e, se isto não for possível, deve se usar tubulação rígida, soldada ou flangeada entre o cilindro e a válvula.

2.6.5 Quando o circuito hidráulico do sistema equivalente permitir uma intensificação de pressão capaz de causar danos,
deve possuir uma válvula de alivio diretamente operada, bloqueada e travada contra ajustes não autorizados, entre o
cilindro hidráulico e a válvula de retenção.

2.7 As prensas devem possuir dispositivos de parada de emergência que garantam a parada segura do movimento da
máquina, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

2.7.1 O sistema de parada de emergência da prensa deve ser preparado para interligação com os sistemas de parada de
emergência de equipamentos periféricos tais como desbobinadores, endireitadores e alimentadores, de modo que o
acionamento do dispositivo de parada de emergência de qualquer um dos equipamentos provoque a parada segura de
todos os demais.

2.7.2 Quando utilizados dispositivos de acionamento bimanuais conectáveis por plug ou tomada removíveis, que
contenham botão de parada de emergência, deve haver também dispositivo de parada de emergência no painel ou no
corpo da máquina.

2.7.3 Havendo vários dispositivos de acionamento bimanuais para o acionamento de uma prensa, estes devem ser
ligados de modo a garantir o funcionamento adequado do botão de parada de emergência de cada um deles, nos termos
desta Norma Regulamentadora.

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2.8 Nas prensas mecânicas excêntricas com freio-embreagem, com zona de prensagem não enclausurada por proteção
fixa, proteções móveis com intertravamento com bloqueio ou cujas ferramentas não sejam fechadas, a posição do
martelo deve ser monitorada por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado mecanicamente ao eixo da
máquina. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

2.8.1 O monitoramento da posição do martelo, compreendido por ponto morto inferior - PMI, ponto morto superior -
PMS e escorregamento máximo admissível, deve incluir dispositivos para assegurar que, se o escorregamento da
frenagem ultrapassar o máximo admissível de até 15º (quinze graus), especificado pela norma ABNT NBR 13930, uma
ação de parada seja iniciada e não possa ser possível o início de um novo ciclo. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de
06 de julho de 2017)

2.8.1.1 Os sinais elétricos devem ser gerados por chaves de segurança com duplo canal e ruptura positiva, monitoradas
por interface de segurança classificada como categoria 4 conforme a norma ABNT NBR 14153. (Vide prazo - Portaria
MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

2.8.1.2 Quando for utilizada interface de segurança programável que tenha blocos de programação dedicados à função
de controle e supervisão do PMS, PMI e escorregamento, a exigência de duplo canal fica dispensada. (Vide prazo -
Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

2.8.2 Para prensas em que não seja possível garantir a parada segura do martelo em função de sua velocidade e do
tempo de resposta da máquina, não é permitido o uso de cortinas de luz para proteção da zona de prensagem, ficando
dispensada a exigência do subitem 2.8.1 deste Anexo, devendo a zona de prensagem ser protegida com proteções fixas
ou móveis com intertravamento com bloqueio, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma
Regulamentadora.

2.9 As prensas que possuem zona de prensagem ou de trabalho enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas
podem ser acionadas por pedal com atuação elétrica, pneumática ou hidráulica, não sendo permitido o uso de pedais
com atuação mecânica ou alavancas.

2.9.1 Os pedais de acionamento devem permitir o acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser
protegidos para evitar seu acionamento acidental.

2.9.2 O número de pedais deve corresponder ao número de operadores conforme o item 12.30 e seus subitens desta
Norma.

2.9.3 Para atividades de forjamento a morno e a quente, podem ser utilizados pedais, sem a exigência de
enclausuramento da face de alimentação da zona de prensagem, desde que sejam adotadas medidas de proteção que
garantam o distanciamento do trabalhador das áreas de risco.

2.9.3.1 Caso necessário, as pinças e tenazes devem ser suportadas por dispositivos de alívio de peso, tais como
balancins móveis ou tripés, de modo a minimizar a sobrecarga do trabalho.

2.10 As transmissões de força, como volantes, polias, correias e engrenagens, devem ser protegidas conforme os itens
12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

2.10.1 Nas prensas mecânicas excêntricas, deve haver proteção fixa das bielas e das pontas de seus eixos que resistam
aos esforços de solicitação em caso de ruptura.

2.10.2 Os volantes vertical e horizontal das prensas de fricção com acionamento por fuso devem ser protegidos, de
modo que não sejam projetados em caso de ruptura do fuso ou do eixo.

2.11 As prensas verticais descendentes devem possuir sistema de retenção mecânica que suporte o peso do martelo e da
parte superior da ferramenta para travar o martelo no início das operações de trocas, ajustes e manutenções das
ferramentas.

2.11.1 As prensas verticais ascendentes devem possuir sistema de retenção mecânica para deter os movimentos
perigosos no início das operações de trocas, ajustes e manutenções das ferramentas.

2.11.2 O componente de retenção mecânica deve:


a) possuir intertravamento monitorado por interface de segurança, de forma a impedir, durante a sua utilização, o
funcionamento da prensa;
b) garantir a retenção mecânica nas posições de parada do martelo;
c) ser projetado e construído de modo a garantir resistência à força estática exercida pelo peso total do conjunto móvel

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a ser sustentado e que impeça sua projeção ou sua simples soltura.

2.11.3 Nas situações em que não seja possível o uso do sistema de retenção mecânica, devem ser adotadas medidas
alternativas que garantam o mesmo resultado.

2.12 As prensas hidráulicas com movimento ascendente da mesa ficam dispensadas do uso do bloco hidráulico de
segurança, desde que atendidas as seguintes exigências:
a) possuir proteções móveis intertravadas monitoradas por interface de segurança, que atuem na alimentação de
energia da bomba hidráulica por meio de dois contatores ligados em série, monitorados por interface de segurança,
devendo esse sistema ser classificado como categoria 4;
b) possuir dispositivo de acionamento bimanual conforme os itens 12.26 a 12.30 e seus subitens desta Norma;
c) possuir válvula de retenção instalada diretamente no corpo do cilindro e, se isto não for possível, utilizar tubulação
rígida, soldada ou flangeada entre o cilindro e a válvula de retenção;
d) prevenir o perigo de cisalhamento ou esmagamento na zona abaixo da mesa móvel devido ao movimento
descendente da mesma durante a manutenção, ajustes ou outras intervenções com um dispositivo de retenção
mecânico dotado de intertravamento, monitorado por interface de segurança classificada como categoria 4;
e) ser adotadas medidas adicionais de proteção conforme itens 12.77 e 12.81 e seus subitens desta Norma.

2.12.1 No caso previsto no item 2.12 deste anexo, deve ser observado que não exista o acesso de qualquer parte do
corpo pela área entre a mesa e a estrutura da máquina.

2.13 As prensas e similares com movimentação horizontal ficam dispensadas da obrigatoriedade de utilização de
retenção mecânica em razão de suas características construtivas.

3. Requisitos de segurança para guilhotinas

3.1 Proteção da área frontal de trabalho de guilhotinas:

3.1.1 Nas guilhotinas hidráulicas e freio-embreagem, a proteção frontal deverá atender ao previsto no item 2.3, alíneas
“a” e “c”, “Sistemas de segurança das zonas de prensagem” deste Anexo.

3.1.2 Nas guilhotinas cujo acionamento do sistema de engate seja efetuado por chaveta ou acoplamento mecânico
similar associado a freio de cinta, aplica-se o item 2.2, alínea “a”, deste Anexo.

3.1.3 Não se aplica o item 12.30 desta Norma quando for utilizada proteção fixa ou móvel intertravada na área frontal
em guilhotinas hidráulicas ou freio-embreagem.

3.2 Proteção da zona de acesso lateral e traseira de guilhotinas:

3.2.1 As guilhotinas devem possuir sistema de segurança que impeça o acesso pelas laterais e parte traseira da máquina
às zonas de perigo, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

3.3 Sistemas hidráulicos e pneumáticos de comando para guilhotinas.

3.3.1 Aplicam-se às guilhotinas com freio-embreagem pneumático e hidráulico os itens 2.4 e 2.5, respectivamente, e
seus subitens, deste anexo.

3.3.1.1 As guilhotinas com freio-embreagem pneumático devem ser comandadas por válvula de segurança específica
classificada como categoria 4, com monitoramento dinâmico, bloqueio em caso de falha e pressão residual que não
comprometa a segurança do sistema.

3.3.1.1.1 Não se aplica o item 3.3.1.1 quando utilizada a proteção fixa prevista na alínea ‘a’ do item 2.1 para proteção
da parte frontal, lateral e traseira das guilhotinas.

3.3.1.2 A guilhotina deve possuir reset ou rearme manual, incorporado à válvula de segurança ou em outro componente
do sistema, de modo a impedir acionamento acidental em caso de falha.

3.3.1.3 Nos modelos de válvulas com monitoramento dinâmico externo por pressostato, micro-switches ou sensores de
proximidade integrados à válvula, o monitoramento deve ser realizado por interface de segurança em sistema
classificado como categoria 4.

3.3.1.4 Nas válvulas de segurança somente podem ser utilizados silenciadores de escape que não apresentem risco de

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entupimento ou que tenham passagem livre correspondente ao diâmetro nominal, de maneira a não interferir no tempo
de frenagem.

3.3.2 Aplicam-se as guilhotinas hidráulicas o item 2.6 e seus subitens, deste anexo. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873,
de 06 de julho de 2017)

3.3.2.1 As guilhotinas hidráulicas devem possuir bloco hidráulico de segurança ou sistema hidráulico equivalente, que
possua a mesma característica e eficácia, com monitoramento dinâmico. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de
julho de 2017)

3.3.2.1.1 O bloco hidráulico de segurança ou sistema hidráulico equivalente deve ser composto por válvulas em
redundância que interrompam o fluxo principal do fluido. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

3.3.2.1.2 Não se aplica o item 3.3.2.1 quando utilizada a proteção fixa prevista na alínea ‘a’ do item 2.1, deste anexo,
para proteção da parte frontal, lateral e traseira das guilhotinas.

3.3.2.2 A guilhotina deve possuir reset ou rearme manual, de modo a impedir acionamento acidental em caso de falha.

3.3.2.3 As guilhotinas hidráulicas devem possuir válvula de retenção, incorporada ou não ao bloco hidráulico de
segurança, para impedir a queda do suporte da faca em caso de falha do sistema hidráulico, sendo que uma das válvulas
em redundância referida no item 3.3.2.1 pode também executar a função de válvula de retenção, não sendo exigido
neste caso uma válvula adicional para esta finalidade.

3.3.2.3.1 A válvula de retenção deve ser montada diretamente no corpo do cilindro e, se isto não for possível, deve se
usar tubulação rígida, soldada ou flangeada entre o cilindro e a válvula.

3.3.2.4 Quando o circuito hidráulico do sistema equivalente permitir uma intensificação de pressão capaz de causar
danos, deve possuir uma válvula de alívio diretamente operada, bloqueada e travada contra ajustes não autorizados,
entre o cilindro hidráulico e a válvula de retenção.

4. Requisitos de segurança para dobradeiras

4.1 As dobradeiras devem possuir sistema de segurança adequadamente selecionado e instalado de acordo com este
anexo.

4.1.1 O sistema de segurança deve impedir ou detectar o acesso pelas laterais e parte traseira da máquina às zonas de
perigo, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

4.1.2 O sistema de segurança frontal deve cobrir a área de trabalho, e ser selecionado de acordo com as características
construtivas da máquina e a geometria da peça a ser conformada.

4.1.2.1 Para as dobradeiras hidráulicas é considerado sistema de segurança frontal os seguintes dispositivos detectores
de presença ESPE (Equipamento de proteção eletrossensitivo):
a) Cortinas de luz com redundância e autoteste, tipo 4 conforme norma IEC 61496, monitorada por interface de
segurança, adequadamente dimensionada e instalada, conforme a norma EN 12622; ou
b) Sistema de segurança de detecção multizona - ESPE /AOPD multizona tipo 4 conforme norma IEC 61496,
monitorada por interface de segurança, adequadamente dimensionada e instalada, conforme a norma EN 12622.

4.1.2.1.1 O Sistema de segurança de detecção multizona - ESPE /AOPD multizona deve prover uma zona de proteção
com uma capacidade de detecção de 14 mm (quatorze milímetros) que se estenda no plano vertical diretamente abaixo
da linha de centro da ferramenta superior, mas não mais que 2,5 mm (dois vírgula cinco milímetros) atrás (plano de
dobra).

4.1.2.1.1.1 A detecção da zona de proteção deve ser validada por meio dos testes previstos pelo fabricante e descritos no
manual de instruções.

4.1.2.1.1.2 A zona de proteção também deve se estender à frente do plano de dobra por, pelo menos, 15 mm.

4.1.2.1.1.3 A desativação parcial (blanking) desta zona de proteção durante o curso de fechamento é possível, se a
velocidade de fechamento é reduzida para 10 mm/s (dez milímetros por segundo) ou menos.

4.1.2.1.1.4 A desativação total (muting) desta zona de proteção pode ser feita quando a distância entre a punção e a
chapa for menor ou igual a 10mm (dez milímetros), se a velocidade de fechamento é reduzida para 10 mm/s (dez
milímetros por segundo) ou menos.
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4.1.2.1.1.5 O Sistema de segurança de detecção multizona - ESPE /AOPD multizona deve:
a) ser instalado próximo da ferramenta superior, de modo que se movimente em conjunto com o martelo, nas
dobradeiras descendentes;
b) ser instalado de forma a garantir que não esteja sujeito à interferência luminosa externa que incida inadvertidamente
no receptor, e dentro do alinhamento adequado entre emissor e receptor, e não haja reflexões óticas esperadas para
dobradeiras;
c) ser utilizado para trabalho com as ferramentas de formato e dimensões indicadas pelo fabricante da ESPE/AOPD
multizona, respeitando as limitações de uso e as medidas adicionais de segurança para garantir a zona de proteção
prevista no item 4.1.2.1.1 e 4.1.2.1.1.1 deste anexo de acordo com as informações do manual de instruções do
ESPE/AOPD multizona e anexo I C desta norma;
d) ser utilizado em conjunto com comando bimanual conforme os itens 12.26 a 12.30 e seus subitens desta norma ou
com pedal de 3 posições conforme o anexo I C desta norma.

4.1.2.1.1.6 A velocidade de movimentação de descida na aproximação é livre e devem ser respeitados os critérios de
segurança de escorregamento do ESPE /AOPD multizona previsto pelo fabricante, porém após o blanking a velocidade
deve ser menor ou igual a 10 mm/s (dez milímetros por segundo).

4.1.2.1.1.7 Em sistemas cuja tecnologia permita o monitoramento de redução contínua de velocidade, a velocidade de
10 mm/s (dez milímetros por segundo) deverá ser atingida antes da desativação do feixe superior do ESPE /AOPD
multizona.

4.1.2.1.1.8 Para um modo especial de operação, como dobra de caixa, medidas de segurança devem ser tomadas para a
desativação da(s) zona(s) de proteção frontal e/ou traseira quando disponível, mantendo ativa a zona de proteção
central, conforme indicado na figura 1:

Figura 1 - zonas de proteção

4.1.2.1.1.8.1 Este modo especial de operação deve ser realizado pelo operador por meio de um dispositivo de validação
e deve ser automaticamente desativado:
a) a cada energização da máquina;
b) após mudanças de modos de seleção ou operação;
c) após a mudança de programa do controle numérico;
d) dentro de 8 horas de operação.

4.1.2.1.1.8.2 A desativação desta zona de proteção também é possível com o movimento em velocidade alta (mais que
10 mm/s), dado que a função “blanking” poderá ser ativada pelo sistema de controle antes de cada ciclo de dobra (p.e.
através de informação vinda do controle numérico para determinar a sequência dos ciclos desativados e não
desativados). Para cada um dos ciclos que requerem a desativação, o operador deve ter uma ação individual de
confirmação (p.e. botão de pressão ou pressão extra no pedal) para que a desativação seja permitida.

4.1.2.1.1.9 Devem existir indicadores visuais do modo de operação do ESPE/AOPD multizona (p.e. blanking e muting).

4.1.2.1.1.10 No caso de dobra de chapas onduladas, e outros obstáculos do material a ser conformado, como, por
exemplo, películas plásticas de proteção que venham a obstruir o sistema de segurança, este pode ser totalmente
desabilitado durante o estágio final de aproximação (muting) após comando de validação feito pelo operador, seja por

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um botão, ou comando no pedal, em conjunto com a redução de velocidade de descida para 10 mm/s (dez milímetros
por segundo) ou menos, e deve ser automaticamente reabilitado após ser atingido o PMS (ponto morto superior).

4.1.2.1.1.10.1 Esta informação deve estar descrita no procedimento fixado à máquina.

4.1.2.1.1.11 No caso de dobras em que a peça a ser dobrada ultrapasse a mesa da máquina, em função de sua geometria,
o sistema de segurança ESPE /AOPD multizona pode ser desativado só e unicamente durante esta dobra, em conjunto
com a redução de velocidade de descida para 10mm/s (dez milímetros por segundo) ou menos, e deve ser reabilitado
para as demais dobras;

4.1.2.1.2 No caso de uso de ferramentas de conformação nas dobradeiras hidráulicas, deve-se enclausurar a máquina,
utilizar ferramenta fechada e/ou cortina de luz conjugada com comando bimanual de acordo com os itens 12.26 a 12.30
e seus subitens desta norma.

4.1.2.2 A segurança na movimentação mecanizada (não manual) dos encostos traseiros deve ser garantida através da
determinação de uma zona de segurança maior ou igual a 50mm (cinquenta milímetros) entre o encosto e a ferramenta
inferior, e de no mínimo uma das seguintes alternativas:
a) velocidade de aproximação menor ou igual a 2m/min (dois metros por minuto), ou
b) limitação da força a 150N (cento e cinquenta Newtons), ou
c) sistema de basculamento dos encostos, associado à aproximação com movimento horizontal com no mínimo 5mm
(cinco milímetros) acima da ferramenta inferior e posterior movimentação descendente para o posicionamento final
dos encostos.

4.1.2.2.1 Estas medidas podem ser aplicadas pelo próprio sistema de comando da máquina.

4.1.2.3 A segurança contra os riscos decorrentes da aproximação da chapa a ser dobrada e o avental da máquina deve
ser garantida através da redução da velocidade de dobra (quando aplicável) e do uso do pedal de três posições conforme
anexo I C desta norma.

4.1.2.4 Deve ser realizado o teste do escorregamento nas dobradeiras hidráulicas no máximo a cada 30 (trinta) horas de
uso contínuo e/ou a cada energização da máquina, através de um sistema eletrônico de monitoramento de segurança
classificado como no mínimo de categoria 2, conforme norma ABNT NBR 14153, associado a um sistema de came,
encoder linear ou rotativo, ou automaticamente pelo próprio ESPE /AOPD multizona.

4.1.2.5 Para a função de blanking do ESPE /AOPD multizona, deve haver a garantia de velocidade lenta (menor ou
igual a 10mm/s), feita através do monitoramento direto das válvulas de velocidade rápida ou através da medição direta
de velocidade do avental, ambas por um sistema de segurança classificado no mínimo como categoria 3 conforme
norma ABNT NBR 14153.

4.1.3 Aplicam-se as dobradeiras hidráulicas o item 2.6 e seus subitens, deste anexo. (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873,
de 06 de julho de 2017)

4.2 Os sistemas de segurança das dobradeiras freio-embreagem devem ser projetados, dimensionados e instalados com
os mesmos critérios utilizados para a segurança de prensas excêntricas do tipo freio-embreagem previstos desta norma.

4.3 Os sistemas de segurança das dobradeiras híbridas, aquelas que possuem motores hidráulicos acionados por
servomotores, devem ser projetados, dimensionados e instalados com os mesmos critérios utilizados para a segurança
de dobradeiras hidráulicas deste anexo.

5. Dispositivos hidráulicos e/ou pneumáticos

5.1 Para fins deste anexo, dispositivos hidráulicos e/ou pneumáticos são máquinas de pequeno porte utilizadas na
conformação e corte de materiais diversos, ou montagem de conjuntos de peças, utilizando ou não ferramentas, nas
quais a atuação do cilindro não possui uma placa ou martelo guiados por prismas ou colunas laterais.

5.2 Os dispositivos hidráulicos e/ou pneumáticos devem possuir um dos seguintes sistemas de segurança nas zonas de
perigo, exceto se atenderem o item 12.84 e seus subitens desta norma:
a) enclausuramento da zona de perigo, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos,
conforme item A, do Anexo I, desta Norma, constituído de proteções fixas, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus
subitens desta Norma; ou
b) enclausuramento da zona de perigo, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos,
conforme item A, do Anexo I, desta Norma, constituído de proteções fixas e proteções móveis dotadas de

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intertravamento, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma; ou

c) sensores de segurança conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.

5.2.1 Havendo possibilidade de acesso a zonas de perigo não supervisionadas pelos sensores de segurança previstos no
item 5.2 alínea “c”, devem existir proteções móveis dotadas de intertravamento ou fixas, conforme itens 12.38 a 12.55 e
seus subitens desta Norma.

5.3 Alternativamente aos sistemas de segurança previstos no item 5.2 e suas alíneas, podem ser adotados dispositivos de
acionamento bimanuais nos dispositivos pneumáticos que requeiram apenas um operador, atendidas as disposições dos
itens 12.26 e 12.28 desta Norma.

5.3.1 Nesse caso, as faces laterais e posterior dos dispositivos pneumáticos devem possuir proteções fixas ou proteções
móveis dotadas de intertravamento, sendo permitida uma abertura na face anterior (frontal) de até 50cm (cinquenta
centímetros) em qualquer direção - onde se localiza o operador e por onde são inseridas e retiradas as peças.

5.3.2 Para os dispositivos pneumáticos dotados apenas de controles e comandos pneumáticos de seus movimentos
perigosos, fica dispensado o monitoramento dos dispositivos de acionamento bimanuais por meio de interface de
segurança com alimentação elétrica, devendo-se garantir sua simultaneidade pelo uso de componentes e circuitos
pneumáticos que atendam ao estado da técnica.

5.4 Quando utilizadas proteções móveis ou sensores de segurança previstos no item 5.2, alíneas “b” e “c”, deste anexo,
conforme indicado pela apreciação de risco e em função da categoria de segurança requerida, os dispositivos hidráulicos
devem possuir uma das seguintes concepções: (Vide prazo - Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)
a) para categoria 4: duas válvulas hidráulicas de segurança monitoradas dinamicamente e ligadas em série ou bloco
hidráulico de segurança;
b) para categoria 3: uma válvula hidráulica de segurança monitorada dinamicamente e uma válvula convencional em
série;
c) para categoria 2: uma válvula hidráulica de segurança monitorada dinamicamente ou uma válvula hidráulica
convencional com verificação de funcionamento periódico.

5.5 Quando utilizadas proteções móveis ou sensores de segurança previstos no item 5.2, alíneas “b” e “c”, deste anexo,
conforme indicado pela apreciação de risco e em função da categoria de segurança requerida, os dispositivos
pneumáticos devem atender as seguintes concepções:
a) válvula pneumática de segurança dinamicamente monitorada, classificada como categoria 4, com bloqueio em caso
de falha, sendo que a comutação incompleta de uma das válvulas, ou a pressão residual originada devido a falha na
comutação ou vedações danificadas, não devem comprometer a segurança do sistema;
b) válvula pneumática de segurança monitorada classificada como categoria 3, ou circuito pneumático equivalente,
sendo que a comutação incompleta de uma das válvulas, ou a pressão residual originada devido a falha na
comutação ou vedações danificadas, não devem comprometer a segurança do sistema;
c) uma válvula pneumática monitorada ou uma válvula pneumática convencional com verificação de funcionamento
periódico, para categoria 2.

6. Recalcadora com acoplamento de freio-embreagem

6.1 Recalcadora: É uma prensa mecânica com freio-embreagem com fechamento do martelo na posição horizontal.
Recalcar é transformar uma barra de aço sob condições controladas em estágios com matrizes sequenciais, permitindo
aproximação da geometria da peça.

6.2 Para atividades em recalcadoras no forjamento a quente podem ser utilizados pedais, sem a exigência de
enclausuramento da face de alimentação da zona de prensagem, desde que sejam utilizadas tenazes que garantam o
distanciamento do trabalhador das zonas de perigo.

6.2.1 As demais partes da máquina que permitam o acesso à área de risco devem ser protegidas por proteções móveis
intertravadas ou fixas conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma Regulamentadora.

6.2.2 Os pedais de acionamento devem permitir o acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser
protegidos para evitar seu acionamento acidental, sendo vedado o uso de pedal de atuação mecânica.

6.3 A utilização de tenazes devem ser suportadas por dispositivos de alívio de peso, tais como balancins móveis, barras
ou tripés, de modo a minimizar a sobrecarga do trabalho.
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6.4 As recalcadoras com freio-embreagem pneumático devem ser comandadas por válvula de segurança específica
classificada como categoria 4, com monitoramento dinâmico e pressão residual que não comprometa a segurança do
sistema e, que fique bloqueada em caso de falha.

6.4.1 No caso de falha da válvula, somente deve ser possível voltar à condição normal de operação após o acionamento
de seu reset ou rearme manual.

6.4.1.1 O reset ou rearme manual deve ser incorporado à válvula de segurança ou em outro local do sistema, com
atuador situado em posição segura que proporcione boa visibilidade para verificação da inexistência de pessoas nas
zonas de perigo a fim de validar por meio de uma ação manual intencional um comando de partida.

6.4.2 Nas válvulas de segurança, somente podem ser utilizados silenciadores de escape que não apresentem risco de
entupimento ou que tenham passagem livre correspondente ao diâmetro nominal, de maneira a não interferir no tempo
de frenagem.

6.4.3 Nos modelos de válvulas com monitoramento dinâmico externo por pressostato, micro-switches ou sensores de
proximidade integrados à válvula, o monitoramento deve ser realizado por interface de segurança em sistema
classificado como categoria 4.

7. Martelos de forjamento

7.1 Para fins deste anexo, são considerados martelos de forjamento:


a) martelos de forjamento de queda livre;
b) martelos de forjamento de duplo efeito, hidráulicos ou pneumáticos;
c) martelos de forjamento contra golpe, hidráulicos ou pneumáticos;
d) marteletes de forjamento a ar comprimido.

7.2 As zonas de prensagem ou trabalho dos martelos de forjamento devem ser dotadas de proteções fixas ou, se
necessário, proteções móveis com intertravamento, conforme alínea “a”, do subitem 2.1 deste Anexo.

7.3 Para atividades em martelo de forjamento a quente, podem ser utilizados pedais ou alavancas, sem a exigência de
enclausuramento da face de alimentação e retirada de peças da zona de prensagem ou trabalho, desde que sejam
adotadas medidas de proteção que garantam o distanciamento do trabalhador das zonas de perigo por meio de barreira
física.

7.3.1 Os pedais de acionamento devem permitir o acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser
protegidos para evitar seu acionamento acidental, sendo vedado o uso de pedal de atuação mecânica.

7.3.2 A utilização de tenazes devem ser suportadas por dispositivos de alívio de peso, tais como balancins móveis,
barras ou tripés, de modo a minimizar a sobrecarga do trabalho.

7.4 Adicionalmente ao disposto no item 7.2 os martelos pneumáticos devem ter:


a) o parafuso central da cabeça do amortecedor preso com cabo de aço;
b) o mangote de entrada de ar com proteção que impeça sua projeção em caso de ruptura; e
c) todos os prisioneiros, superior e inferior, travados com cabo de aço.

7.5 Para as atividades de forjamento a quente em martelos ou prensas, medidas adicionais de proteção coletiva devem
ser adotadas para evitar que a projeção de partes do material que está sendo processado ou fagulhas atinjam os
trabalhadores.

8. Prensa Enfardadeira Vertical

8.1 As prensas enfardadeiras verticais ficam dispensadas do uso do bloco hidráulico de segurança, desde que atendidas
as seguintes exigências:
a) proteções móveis intertravadas monitoradas por interface de segurança, que atuem na alimentação de energia da
bomba hidráulica por meio de dois contatores ligados em série, monitorados por interface de segurança, devendo
esse sistema ser classificado como categoria 4;
b) acionamento realizado por controle que exija a utilização simultânea das duas mãos do operador, sendo aceita uma
válvula hidráulica operada manualmente por alavanca conjugada com um botão de acionamento;

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c) válvula de retenção instalada diretamente no corpo do cilindro e, se isto não for possível, utilizar tubulação rígida,
soldada ou flangeada entre o cilindro e a válvula de retenção;
d) deve ser adotado procedimento de segurança para amarração e retirada dos fardos;
e) medidas adicionais de proteção conforme itens 12.77 a 12.81 e seus subitens desta norma.

9. Outras disposições

9.1 Na impossibilidade da aplicação das medidas prescritas neste anexo, podem ser adotadas outras medidas de
proteção e sistemas de segurança nas prensas e similares, observados os itens 12.5 e 12.38.1, desde que garantam a
mesma eficácia das proteções e dispositivos mencionados neste anexo, e atendam ao disposto nas normas técnicas
oficiais vigentes tipos A e B e, na ausência dessas, normas internacionais e europeias harmonizadas aplicáveis.

9.2 É proibida a importação, fabricação, comercialização, leilão, locação e cessão a qualquer título de prensas
mecânicas excêntricas e similares com acoplamento para descida do martelo por meio de engate por chaveta ou similar
e de dobradeiras mecânicas com freio de cinta, novas ou usadas, em todo o território nacional.

9.2.1 Entende-se como mecanismo similar aquele que não possibilite a parada imediata do movimento do martelo em
qualquer posição do ciclo de trabalho.

9.3 Qualquer transformação substancial do sistema de funcionamento ou do sistema de acoplamento para


movimentação do martelo - “retrofitting” de prensas e equipamentos similares somente deve ser realizada mediante
projeto mecânico elaborado por profissional legalmente habilitado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART.

9.3.1 O projeto deverá conter memória de cálculo de dimensionamento dos componentes, especificação dos materiais
empregados e memorial descritivo de todos os componentes.

ANEXO IX
INJETORA DE MATERIAIS PLÁSTICOS
(Inserido pela Portaria MTE n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

1. Para fins de aplicação deste Anexo considera-se injetora a máquina utilizada para a fabricação descontínua de
produtos moldados, por meio de injeção de material no molde, que contém uma ou mais cavidades em que o produto é
formado, consistindo essencialmente na unidade de fechamento - área do molde e mecanismo de fechamento, unidade
de injeção e sistemas de acionamento e controle, conforme Figura 1 deste Anexo.

1.1 Definições aplicáveis:


a) máquina injetora hidráulica: máquina injetora em que os acionamentos dos eixos são executados por circuito de
potência hidráulico, composto por motor elétrico, bomba hidráulica e cilindro hidráulico;
b) área do molde: zona compreendida entre as placas, onde o molde é montado;
c) mecanismo de fechamento: mecanismo fixado à placa móvel para movê-la e aplicar a força de fechamento;
d) força de fechamento: força exercida pelo conjunto cilindro de injeção e rosca sobre a peça de plástico que se
solidifica dentro do molde de uma injetora, que garanta sua alimentação com material adicional enquanto ela se
contrai em função da solidificação e resfriamento;
e) unidade de injeção: unidade responsável pela plastificação e injeção do material no molde por meio do bico;
f) injeção: transferência da massa do cilindro de injeção para o molde, processo cíclico em que um material amolecido
por calor é injetado dentro de um molde sob pressão, que se mantém até que o plástico tenha endurecido
suficientemente para ser ejetado do molde;
g) circuito de potência: circuito que fornece energia para operação da máquina;
h) máquina injetora carrossel - rotativa: máquina com duas ou mais unidades de fechamento, montadas em carrossel
móvel, na posição vertical ou horizontal, vinculadas a uma ou mais unidades de injeção fixas;
i) máquina injetora multi-estações com unidade de injeção móvel: máquina com unidade de injeção móvel vinculada
a duas ou mais unidades de fechamento fixas;
j) máquina injetora com mesa porta-molde de deslocamento transversal: máquina projetada para conter uma ou mais
partes inferiores do molde fixadas a uma mesa porta-molde de deslocamento transversal, que vincula a parte
inferior do molde por meio de movimento de deslocamento ou rotação da mesa, à parte superior e à unidade de
injeção;

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k) máquina injetora elétrica: máquina injetora em que os acionamentos dos eixos são executados por atuadores
elétricos - servomotores;
l) motor elétrico: qualquer tipo de motor que usa energia elétrica, como servomotor ou motor linear;
m) unidade de controle do motor: unidade para controlar o movimento, o processo de parada e interrupção de
movimento de um motor elétrico, com ou sem dispositivo eletrônico integrado, tais como conversor de frequência e
contator;
n) eixo elétrico: sistema composto por um motor elétrico, uma unidade de controle motor e os contatores adicionais;
o) estado de parada: condição no qual não há movimento de uma parte da máquina com um eixo elétrico;
p) estado de parada segura: estado de parada durante o qual medidas adicionais são tomadas para evitar disparo
inesperado;
q) parada: desaceleração de um movimento de uma parte da máquina até que o estado de parada seja alcançado;
r) parada segura: parada durante a qual medidas adicionais são tomadas para evitar interrupção perigosa de
movimento;
s) entrada de comando de segurança monitorada: entrada de uma unidade de controle do motor usada para interrupção
do fornecimento de energia para o motor do eixo elétrico;
t) equipamento periférico: equipamento que interage com a máquina injetora, por exemplo, manipulador para retirada
de peças, equipamento para troca de molde e presilhas de fixação automática do molde.

1.2 Requisitos específicos de segurança nas zonas de perigo das injetoras.

1.2.1 Perigos relacionados à área do molde.

1.2.1.1 O acesso à área do molde onde o ciclo é comandado, ou frontal, deve ser impedido por meio de proteções
móveis intertravadas - portas, dotadas de duas chaves de segurança eletromecânicas monitoradas por interface de
segurança, atuando na unidade de comando de tal forma que a falha em qualquer um dos dispositivos de
intertravamento ou em sua interligação seja automaticamente reconhecida e ainda seja impedido o início de qualquer
movimento posterior de perigo, conforme os itens 12.38 a 12.55 e subitens subsequentes desta Norma.

1.2.1.1.1 Quando utilizadas chaves de segurança magnéticas, eletrônicas codificadas ou optoeletrônicas, entre outras
sem atuação mecânica, pode ser adotada apenas uma chave para o intertravamento, devendo o monitoramento ser
mantido por interface de segurança.

1.2.1.2 Além do disposto no subitem 1.2.1.1 deste Anexo, a proteção frontal deve atuar no circuito de potência por meio
de uma válvula monitorada ou, de maneira indireta, por meio de duas chaves de segurança eletromecânicas monitoradas
por interface de segurança, exceto para as máquinas injetoras elétricas.

1.2.1.2.1 Quando utilizadas chaves de segurança magnéticas, eletrônicas codificadas ou optoeletrônicas, entre outras
sem atuação mecânica, pode ser adotada apenas uma chave para essa função, mantendo-se o monitoramento por
interface de segurança.

1.2.1.3 Quando utilizadas chaves de segurança magnéticas, eletrônicas codificadas ou optoeletrônicas, entre outras sem
atuação mecânica, pode ser adotado apenas um dispositivo de intertravamento, monitorado por interface de segurança,
para o atendimento de cada um dos subitens 1.2.1.1 e 1.2.1.2 deste Anexo.

1.2.1.4 O acesso à área do molde onde o ciclo não é comandado, ou traseira, deve ser impedido por meio de proteções
móveis intertravadas - portas, dotadas de duas chaves de segurança eletromecânicas monitoradas por interface de
segurança, que atuem no circuito de potência, e desliguem o motor principal.

1.2.1.4.1 Quando utilizadas chaves de segurança magnéticas, eletrônicas codificadas ou optoeletrônicas, entre outras
sem atuação mecânica, pode ser adotada apenas uma chave para essa função, mantendo-se o monitoramento por
interface de segurança.

1.2.5.1 (Excluído pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

1.2.1.6 As proteções móveis devem ser projetadas de modo que não seja possível a permanência de uma pessoa entre
elas e a área do molde.

1.2.1.6.1 Caso seja necessária a permanência ou acesso de todo o corpo entre as proteções e a área de movimento
perigoso ou dentro da área do molde, devem ser atendidos os subitens de 1.2.6.2 a 1.2.6.3.5 deste Anexo

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1.2.1.7 Deve ser instalado dispositivo mecânico de segurança autorregulável, de tal forma que atue independente da
posição da placa, ao abrir a proteção - porta, interrompendo o movimento dessa placa sem necessidade de qualquer
regulagem, ou seja, sem regulagem a cada troca de molde.

1.2.1.7.1 A partir da abertura da proteção até a efetiva atuação da segurança, é permitido um deslocamento da placa
móvel, de amplitude máxima igual ao passo do dispositivo mecânico de segurança autorregulável.

1.2.1.7.2 O dispositivo mecânico de segurança autorregulável deve ser dimensionado para resistir aos esforços do início
do movimento de fechamento da placa móvel, não sendo sua função resistir à força de fechamento.

1.2.1.7.3 Ficam dispensadas da instalação do dispositivo mecânico de segurança autorregulável as máquinas fabricadas
ou importadas que atendam aos requisitos da norma ABNT NBR 13536:2016 ou da norma harmonizada EN 201.
(Inserido pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017)

1.2.1.7.3.1 As máquinas fabricadas a partir de 1º de junho de 2016 devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR
13536:2016 e suas alterações, observado o disposto no item 12.5.1 desta Norma. (Inserido pela Portaria MTE n.º 197,
de 17 de dezembro de 2010)

1.2.1.7.3.2 As máquinas importadas devem atender a norma técnica harmonizada EN 201, vigente em sua data de
fabricação, ou a norma ABNT NBR 13536:2016 e suas alterações, observado o disposto no item 12.5.1 desta Norma.
(Inserido pela Portaria MTE n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

1.2.1.7.3.3 Caso a empresa comprove que deu início ao processo de compra da injetora entre 1º de junho de 2016 e 1º
de janeiro de 2017, poderá optar pelo cumprimento do Anexo IX, desde que encaminhe essa informação para o
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. (Inserido pela Portaria MTE n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

1.2.1.8 As proteções móveis intertravadas - portas, devem ainda proteger contra outros movimentos, e quando forem
abertas, devem:
a) interromper o ciclo; a plastificação pode continuar se o espirramento de material plastificado for impedido e a força
de contato do bico não puder provocar situações de perigo;
b) impedir movimento de avanço da rosca ou pistão de injeção;
c) impedir movimento de avanço da unidade de injeção; e
d) impedir movimentos perigosos dos extratores de machos e peças e de seus mecanismos de acionamento.

1.2.1.9 Dispositivos de segurança para máquinas com eixo elétrico - injetoras elétricas.

1.2.1.9.1 As máquinas injetoras elétricas devem atender aos requisitos de segurança deste Anexo, com exceção aos
subitens 1.2.1.2 e 1.2.1.7

1.2.1.9.2 Para o movimento de fechamento da placa das injetoras elétricas, o circuito de potência deve possuir ligação
em série com mais de uma unidade de controle motor, da seguinte forma:
a) uma unidade de controle de velocidade do motor tendo em sua saída mais dois contatores em série; ou
b) uma unidade de controle de velocidade do motor com uma entrada de comando de segurança monitorada, tendo em
sua saída mais um contator em série; ou
c) uma unidade de controle de velocidade do motor com duas entradas de comando de segurança monitoradas de
categoria 3, sendo que, neste caso, o uso de contator em série é desnecessário.

1.2.1.9.3 Os componentes do circuito de potência devem possuir monitoramento automático, de forma que, em caso
falha em um dos componentes, não seja possível iniciar o movimento seguinte do ciclo de injeção.

1.2.1.9.3.1 O monitoramento automático deve ser realizado ao menos uma vez a cada movimento da proteção móvel -
porta.

1.2.1.9.4 A proteção móvel - porta, das injetoras elétricas deve possuir dispositivo de intertravamento com bloqueio que
impeça sua abertura durante o movimento perigoso.

1.2.1.9.4.1 O dispositivo de intertravamento com bloqueio deve:


a) atender às disposições dos itens 12.38 a 12.55 e subitens desta Norma;
b) suportar um esforço de até 1000N (mil Newtons);

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c) manter a proteção móvel travada na posição fechada até que o estado de parada do movimento de perigo seja
alcançado, devendo a detecção de estado de parada ser segura contra falhas individuais.

1.2.1.9.5 As injetoras elétricas devem atender a uma parada de emergência controlada, com fornecimento de energia ao
circuito de potência necessária para atingir a parada e, então, quando a parada for atingida, a energia ser removida.

1.2.1.9.5.1 A atuação da parada de emergência deve interromper todos os movimentos e descarregar os acumuladores
hidráulicos.

1.2.2 Área do mecanismo de fechamento.

1.2.2.1 O acesso à zona de perigo do mecanismo de fechamento deve ser impedido por meio de proteção fixa ou
proteção móvel intertravada - portas.

1.2.2.2 A proteção móvel intertravada - porta, frontal e traseira deve possuir uma chave de segurança monitorada por
interface de segurança, que atue no circuito de potência e desligue o motor principal.

1.2.2.3 As injetoras elétricas em que o desligamento do respectivo motor possa manter retida energia potencial que
traga risco de movimentos inesperados na área de mecanismo de fechamento - extração em moldes com molas, por
exemplo, deve possuir dispositivos adicionais que impeçam estes movimentos, tais como freios magnéticos.

1.2.3 Proteção do cilindro de plastificação e bico injetor.

1.2.3.1 O cilindro de plastificação deve possuir proteção fixa para impedir queimaduras resultantes do contato não
intencional em partes quentes da unidade de injeção em que a temperatura de trabalho exceda 80º C (oitenta graus
Celsius) e, em complemento, deve ser fixada uma etiqueta indicando alta temperatura.

1.2.3.2 O bico de injeção deve possuir proteção móvel intertravada com uma chave de segurança monitorada por
interface de segurança, que interrompa todos os movimentos da unidade de injeção.

1.2.3.3 O projeto das proteções deve levar em consideração as posições extremas do bico e os riscos de espirramento de
material plastificado.

1.2.3.4 As partes móveis do conjunto injetor devem receber proteções fixas, ou proteção móvel intertravada com uma
chave de segurança monitorada por interface de segurança, que interrompa todos os movimentos da unidade de injeção.

1.2.4 Área da alimentação de material - Funil.

1.2.4.1 O acesso à rosca plastificadora deve ser impedido, atendendo-se às distâncias de segurança determinadas no
item A, do Anexo I, desta Norma.

1.2.4.2 No caso de unidades de injeção horizontais, admite-se uma abertura inferior na proteção do bico.

1.2.4.3 As unidades de injeção posicionadas sobre a área do molde devem ser equipadas com um dispositivo de
retenção para impedir movimentos descendentes pela ação da gravidade.

1.2.4.3.1 No caso de movimento vertical de acionamento hidráulico, uma válvula de retenção deve ser instalada de
forma direta sobre o cilindro, ou tão próximo quanto o possível daquele, usando somente tubos flangeados.

1.2.4.4 Em situações específicas de manutenção, dentre elas o acesso à zona de perigo, devem ser adotadas as medidas
adicionais previstas no subitem 12.113.1 desta Norma.

1.2.5 Área da descarga de peças.

1.2.5.1 Deve existir proteção na área de descarga de peças, de modo a impedir que segmentos corporais alcancem as
zonas de perigo, conforme os itens 12.38 a 12.55 e subitens e item A, do Anexo I, desta Norma.

1.2.5.1.1 A existência de esteiras transportadoras na área de descarga não desobriga o atendimento do previsto no
subitem 1.2.5.1.

1.2.6 Requisitos adicionais de segurança associados com máquinas de grande porte.

1.2.6.1 Definem-se máquinas de grande porte quando:

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a) a distância horizontal ou vertical entre os tirantes do fechamento for maior que 1,2 m (um metro e vinte
centímetros); ou,
b) se não existirem tirantes, a distância horizontal ou vertical equivalente, que limita o acesso à área do molde, for
maior que 1,2 m; (um metro e vinte centímetros) ou
c) uma pessoa consiga permanecer entre a proteção da área do molde - porta - e a área de movimento perigoso.

1.2.6.2 Componentes de segurança adicionais, como travas mecânicas, devem ser instalados nas proteções de todos os
lados da máquina em que o ciclo possa ser iniciado, para agir em cada movimento de abertura da proteção e impedir seu
retorno à posição “fechada”.

1.2.6.2.1 Os componentes previstos no subitem 1.2.6.2 devem ser reativados separadamente antes que se possa iniciar
outro ciclo.

1.2.6.2.2 O correto funcionamento dos componentes de segurança adicionais deve ser supervisionado por dispositivos
de segurança monitorados por interface de segurança, ao menos uma vez para cada ciclo de movimento da proteção -
porta, de tal forma que qualquer falha em tais componentes, seus dispositivos de segurança ou sua interligação seja
automaticamente reconhecida, de forma a impedir o início de qualquer movimento de fechamento do molde.

1.2.6.3 As máquinas injetoras de grande porte devem possuir dispositivos de segurança adicionais para detectar a
presença de uma pessoa entre a proteção móvel da área do molde - porta - e a própria área do molde, ou detectar uma
pessoa dentro da área do molde, conforme o item 12.42, alínea “c”, desta Norma.

1.2.6.3.1 A posição da qual estes dispositivos são reativados deve permitir uma clara visualização da área do molde,
com a utilização de meios auxiliares de visão, se necessário.

1.2.6.3.2 Quando estes dispositivos forem acionados, o circuito de controle do movimento de fechamento da placa deve
ser interrompido e, no caso de proteções - porta - com acionamento automático, o circuito de controle do movimento de
fechamento da proteção deve ser interrompido.

1.2.6.3.3 Quando a zona monitorada pelos dispositivos detectores de presença for invadida, um comando automático
deve:
a) interromper o circuito de comando do movimento de fechamento da placa e, no caso de utilização de proteções -
portas de acionamento automático, interromper o circuito de comando do movimento de fechamento da proteção;
b) impedir a injeção na área do molde; e
c) impedir o início do ciclo subsequente.

1.2.6.3.4 Pelo menos um botão de emergência deve ser instalado, em posição acessível, entre a proteção móvel da área
do molde - porta e a área do molde, conforme itens 12.56 a 12.63 e subitens desta Norma.

1.2.6.3.5 Pelo menos um botão de emergência deve ser instalado em posição acessível na parte interna da área do
molde, conforme itens 12.56 a 12.63 e subitens desta Norma.

1.2.7 Máquinas com movimento vertical da placa móvel.

1.2.7.1 Máquinas hidráulicas ou pneumáticas de fechamento vertical devem ser equipadas com dois dispositivos de
retenção, que podem ser, por exemplo, válvulas hidráulicas que impeçam o movimento descendente acidental da placa.

1.2.7.1.1 As válvulas previstas no subitem 1.2.7.1 devem ser instaladas diretamente no cilindro, ou o mais próximo
possível, utilizando-se somente tubos flangeados.

1.2.7.2 No local em que a placa tiver uma dimensão maior que 800 mm (oitocentos milímetros) e o curso de abertura
possa exceder 500 mm (quinhentos milímetros), ao menos um dos dispositivos de retenção deve ser mecânico.

1.2.7.2.1 Quando a proteção da área do molde for aberta ou quando outro dispositivo de segurança da área do molde
atuar, esse dispositivo de retenção mecânico deve agir automaticamente em todo o curso da placa.

1.2.7.2.1.1 Quando não for possível a abertura da proteção móvel da área do molde antes que se atinja a posição
máxima de abertura, permite-se que o dispositivo de retenção mecânico atue apenas no final do curso de abertura.

1.2.7.2.1.2 Na eventualidade da falha de um dos dispositivos de retenção o outro deverá impedir o movimento
descendente da placa.

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1.2.7.3 Os dispositivos de retenção devem ser automaticamente monitorados de modo que na falha de um deles:
a) a falha seja automaticamente reconhecida; e
b) seja impedido o início de qualquer movimento descendente da placa.

1.2.8 Máquinas carrossel.

1.2.8.1 O acesso aos movimentos de perigo do carrossel deve ser impedido por proteções fixas ou proteções móveis
intertravadas conforme os itens 12.38 a 12.55 e subitens desta Norma.

1.2.8.2 O acesso à zona do molde deve ser impedido conforme o subitem 1.2.1.1 deste Anexo.

1.2.9 Máquina com mesa porta-molde de deslocamento transversal.

1.2.9.1 O acesso aos movimentos de perigo da mesa deve ser impedido pela adoção de sistemas de segurança previstos
nos itens 12.38 a 12.55 e subitens desta Norma e complementarmente pela adoção de dispositivos de acionamento do
tipo comando bimanual, conforme os itens 12.26, 12.27, 12.28 e 12.29 desta Norma.

1.2.9.2 Quando o movimento vertical da mesa for possível, deve ser impedido o movimento descendente acidental pela
ação da gravidade.

1.2.10 Máquina multiestações com unidade de injeção móvel.

1.2.10.1 O acesso às zonas perigosas da unidade de injeção, quando esta se move entre as unidades de fechamento, deve
ser impedido por proteções fixas ou proteções móveis intertravadas, conforme os itens 12.38 a 12.55 e subitens desta
Norma.

1.2.10.2 O acesso à zona do molde deve ser impedido conforme o subitem 1.2.1.1 deste Anexo.

1.2.11 Equipamentos periféricos.

1.2.11.1 A instalação de equipamentos periféricos não deve reduzir o nível de segurança, observando-se que:
a) a instalação de equipamento periférico que implique a modificação das proteções da máquina não deve permitir
acesso às zonas de perigo;
b) se a abertura de uma proteção do equipamento periférico permitir acesso a uma zona de perigo da máquina, essa
proteção deve atuar da mesma maneira que a especificada para aquela zona da máquina ou, no caso de
possibilidade de acesso de todo o corpo, deve ser aplicado o disposto no subitem 1.2.6 deste Anexo;
c) se o equipamento periférico impede o acesso à zona de perigo da máquina e pode ser removido sem o auxílio de
ferramentas, deve ser intertravado com o circuito de comando da máquina da mesma forma que a proteção
especificada para aquela área; e
d) se a abertura de uma proteção móvel da máquina permitir acesso a uma zona de perigo de um equipamento
periférico, essa proteção deve cumprir os requisitos de segurança aplicáveis ao equipamento.

Figura 1 - Desenho esquemático de injetora horizontal apresentando as principais zonas de perigo desprovidas das
proteções fixas ou móveis.

Legenda:
1: mecanismo de fechamento
2: extrator hidráulico
3: área de descarga de peças

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4: placa móvel e placa fixa do bico (área do molde)
5: bico de injeção
6: cilindro de plastificação (canhão)
7: funil de alimentação

Fonte: Fundacentro

ANEXO X
MÁQUINAS PARA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS E AFINS
(Redação pela Portaria MTb n.º 252, de 10 de abril de 2018)

1. Introdução

1.1 Este Anexo estabelece requisitos específicos de segurança para máquinas utilizadas na fabricação de calçados e
componentes, a saber: balancim de braço móvel manual (balancim jacaré), balancim tipo ponte manual, máquina de
cambrê com borrachão, máquina de cambrê facão, máquina automática (pneumática ou mecânica) de aplicar ilhós,
rebites e adornos, máquina de conformar traseiro, máquina de pregar salto, máquina de assentar cama de salto e rebater
traseiro, máquina prato rotativo (dublar), máquina de montar bicos, máquina de montar base de calçados (passador de
adesivo ou injetor de adesivo), máquina sorveteira, máquina de alta frequência, máquina de montar base e enfranque de
calçados, máquina automática de rebater planta de calçado, máquina injetora rotativa de carrossel móvel, máquina
manual de pregar enfeites (rebitadeira), máquina de dublar ou unir componentes de calçados com acionamento
pneumático, máquina boca de sapo, máquinas de montar lados, máquina de carimbar solas e palmilhas, máquina de
riscar e marcar cortes, máquina de dividir cortes (rachadeira), máquina de chanfrar cortes, máquina de colar fita e abrir
costura, máquinas tampográficas, máquina bordadeira, máquina de passar cola, máquina de reativar couraça a vapor,
máquina rotográfica e máquina de costura.

1.2 Para fins de aplicação deste Anexo e das Normas Técnicas oficiais vigentes, os sistemas de segurança aqui descritos
para cada máquina são resultado da apreciação de risco.

1.3 As máquinas deste Anexo que não possuem citação sobre uso de dispositivo de parada de emergência estão
dispensadas da aplicação do mesmo, conforme item 12.56 desta Norma Regulamentadora.

1.4 As máquinas deste Anexo que possuam sistemas de segurança monitorados por interface de segurança classificadas
como categoria 3 ou superior, conforme a norma ABNT NBR 14153, devem atender ao disposto em uma das alíneas do
item 12.37 e seu subitem para o comando de partida e parada do motor elétrico que provoque movimentos perigosos.

1.5 As máquinas deste Anexo que possuam sistemas de segurança classificados como categoria 2 ou inferior, conforme
a norma ABNT NBR 14153, ficam dispensadas de atender ao disposto no item 12.37.

2. Balancim de braço móvel manual (balancim jacaré)

2.1 Os balancins de braço móvel manual (balancim jacaré) devem possuir os seguintes requisitos específicos de
segurança:
a) dispositivo de acionamento bimanual de acordo com os itens 12.26 e 12.28 desta Norma Regulamentadora,
instalado junto ao braço móvel, monitorado por interface de segurança classificada como categoria 4, conforme a
norma ABNT NBR 14153;
b) força para movimentar o braço móvel menor ou igual a 50N (cinquenta Newtons); e
c) altura do piso à superfície de corte igual a 1000 +/- 30mm (mil milímetros, com tolerância de mais ou menos trinta
milímetros), podendo variar para atender o item 12.101, alínea “a”, desta Norma.

2.2 Os balancins do tipo jacaré que dispuserem de movimento angular automático do deslocamento horizontal do braço
devem:
a) adotar proteção fixa ou móvel intertravada monitorada por interface de segurança, nas partes lateral e traseira,
conforme os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora;
b) possuir dispositivos de acionamento bimanual para os deslocamentos do braço móvel de acordo com os itens 12.26
e 12.28 desta Norma Regulamentadora;
c) utilizar dispositivo de parada de emergência com reset manual conforme itens 12.56 a 12.60 e subitens desta Norma
Regulamentadora, instalado na parte frontal da estrutura da máquina;
d) as proteções fixas ou móveis não devem causar riscos de acidente, como cisalhamento ou esmagamento, em função
do movimento angular do braço móvel;
e) possuir monitoramento por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior, conforme a norma
ABNT NBR 14153.

Figura 1: Balancim de braço móvel manual (balancim jacaré) - Vista lateral

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Legenda:
1. braço móvel
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. superfície de corte

Figura 2: Balancim de braço móvel manual (balancim jacaré). Vista de topo - Posição de giro do braço 180° (cento e
oitenta graus)

Legenda:
1. braço móvel
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. superfície de corte
S1. posição de giro para direita
S2. posição de giro para esquerda

Figura 3: Balancim de braço móvel automático (movimento angular automático do deslocamento horizontal do braço) -
Vista isométrica

Legenda:
1. proteção fixa
2. braço móvel
3. dispositivo de parada de emergência
4. superfície de corte
5. corpo

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Figura 4: Balancim de braço móvel automático (movimento angular automático do deslocamento horizontal do braço) -
Vista de topo - Posição de giro do braço 180° (cento e oitenta graus)

Legenda:
1. braço móvel
2. superfície de corte
3 e 4. dispositivo de acionamento bimanual, corte
3 e 5. dispositivo de acionamento bimanual, deslocamento para direita
3 e 6. dispositivo de acionamento bimanual, deslocamento para esquerda
S1. posição de giro para direita
S2. posição de giro para esquerda
3. Balancim tipo ponte manual

3.1 Os balancins tipo ponte manual devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa ou móvel intertravada nas partes traseira e frontal da máquina que impeça o acesso à zona de risco,
exceto na região de operação, conforme Figura 5 deste Anexo;
b) proteção fixa ou móvel intertravada frontal na área de transmissão de força do deslocamento horizontal do carro,
conforme item 12.47 e subitens desta Norma Regulamentadora e Figura 5 deste Anexo;
c) acionamento por três dispositivos de acionamento bimanual de acordo com os itens 12.26 e 12.28 desta Norma
Regulamentadora, sendo dois para os deslocamentos horizontais do carro móvel e outro para realizar o movimento
vertical de corte, conforme detalhe “A” ou “B” da Figura 6 deste Anexo;
d) dispositivo de parada de emergência conforme itens 12.56 a 12.60 e subitens desta Norma Regulamentadora;
e) possuir monitoramento por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior, conforme a norma
ABNT NBR 14153.

3.2 Quando o balancim do tipo ponte manual dispuser de movimento automático do deslocamento horizontal do carro,
deve-se adotar cortina de luz frontal monitorada por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior,
conforme a norma ABNT NBR 14153 e os itens 12.38 e 12.39 desta Norma Regulamentadora.

3.3 Quando os dispositivos de acionamento bimanual forem instalados na estrutura da máquina, devem estar localizados
de forma a não causar riscos de acidente, como cisalhamento ou esmagamento, em função do movimento vertical ou
horizontal do carro.

Figura 5: Balancim tipo ponte manual - Vista lateral

Legenda:
1. proteção do guia do carro
2. proteção frontal

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3. proteção traseira
4. dispositivo de acionamento bimanual

Figura 6: Balancim tipo ponte manual - Vista frontal

Legenda - Detalhe “A” e ”B”:


DH. deslocamento horizontal
DV. deslocamento vertical
1 e 2. dispositivo de acionamento bimanual, deslocamento vertical
1 e 3. dispositivo de acionamento bimanual, deslocamento horizontal para a direita
2 e 4. dispositivo de acionamento bimanual, deslocamento horizontal para esquerda
5. dispositivo de parada de emergência

4. Máquina de cambrê com borrachão

4.1 As máquinas de cambrê com borrachão devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteções fixas nas zonas superior, lateral e traseira, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora, conforme Figura 7 deste Anexo;
b) acionamento de aproximação do cilindro por meio de um dispositivo de ação continuada com força de
aproximação, obedecendo o disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora;
c) acionamento da pressão de trabalho, por meio de dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o
item 12.26, alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora, que somente poderá ocorrer após o
cilindro de posicionamento estar no ponto morto inferior;
d) caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente por
uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

4.2 A ação de retorno do cilindro não deve ocasionar risco de acidente, como cisalhamento ou esmagamento.

Figura 7: Máquina de cambrê com borrachão - Vista Frontal

Legenda:
1. dispositivo de acionamento bimanual
2. matriz inferior (borrachão)
3. matriz superior
4. proteção fixa
5. estrutura da máquina
6. pedal de acionamento

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5. Máquina de cambrê facão

5.1 As máquinas de cambrê facão devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteções fixas nas zonas superior e traseira, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora,
conforme Figura 8 deste Anexo;
b) o espaçamento entre a matriz inferior móvel e a superior fixa deve ser no máximo 6 mm (seis milímetros),
conforme Figuras 8 e 9 deste Anexo.

5.2 Quando o sistema de movimentação da matriz inferior móvel possuir limitação de força e pressão de trabalho, de
forma a não provocar danos à integridade física dos trabalhadores, obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1
desta Norma Regulamentadora, ficará dispensado da obrigatoriedade prevista no item 5.1, alínea “b” deste Anexo.

5.3 Quando a máquina for dotada de dispositivo de apoio da gáspea, deve possuir limitação da força e pressão de
trabalho dos mecanismos de movimentação (cilindro pneumático), obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1
desta Norma Regulamentadora.

5.4 O acionamento das máquinas de cambrê facão pode ser realizado por botão de comando simples, por pedal de
acionamento ou por outro sistema de simples acionamento.

5.5 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente por
uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

5.6 A ação de retorno do cilindro não deve ocasionar risco de acidente, como cisalhamento ou esmagamento.

Figura 8: Máquina de cambrê facão - Vista frontal

Legenda:
1. proteção do pedal de acionamento
2. limitação da abertura da área de trabalho

Figura 9: Máquina de cambrê facão - Vista lateral

Legenda:
1. proteção do pedal de acionamento
2. limitação da abertura da área de trabalho

6. Máquina automática (pneumática ou mecânica) de aplicar ilhós, rebites e adornos

6.1 As máquinas automáticas (pneumática ou mecânica) de aplicar ilhós, rebites e adornos devem possuir os seguintes
requisitos específicos de segurança:
a) acionamento por pedal elétrico conjugado com dispositivo mecânico limitador intertravado por chave com ruptura e

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ação positiva, sem a necessidade de monitoramento por interface de segurança, conforme Figura 10 deste Anexo;
b) caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente por
uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental;
c) a região de aplicação de ilhós/rebites deve ser dotada de um dispositivo de obstrução, nas partes lateral e frontal,
que dificulte o acesso a esta zona.

Figura 10: Máquina automática de aplicar ilhós, rebites e adornos - detalhe da vista frontal

Legenda:
1. dispositivo mecânico limitador
2. proteção fixa

Figura 11: Máquina automática de aplicar ilhós, rebites e adornos – vista frontal

Legenda:
1. proteção fixa
2. proteção fixa
3. proteção do pedal de acionamento

7. Máquina de conformar traseiro

7.1 As máquinas de conformar traseiro devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) dispositivo de obstrução nos mecanismos de movimentação das borrachas de conformação, de acordo com os itens
12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora e conforme Figura 12 deste Anexo;
b) limitação da força de aproximação dos mecanismos de movimentação das borrachas de conformação (matrizes
quente e fria) e das pinças, obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora, sendo
permitida a utilização de pedal elétrico, com proteção contra acionamento acidental ou botão de comando simples.

7.2 Quando existir a limitação da força de aproximação conforme alínea “b” do item 7.1 deste Anexo, os acionamentos
da pressão de trabalho da matriz quente e da matriz fria podem ser realizados por dispositivo de acionamento bimanual,
em conformidade com o item 12.26, alíneas “a”, ”c”, ”d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora, ou por botão
de comando simples ou por outro dispositivo de ação intencional.

7.3 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente por
uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

7.4 Quando utilizado dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o item 12.26 e suas alíneas, para
acionamento da pressão de trabalho das matrizes quente ou fria, ficará dispensada a obrigatoriedade prevista no item
7.1, alínea “b”, deste Anexo.

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Figura 12: Máquina de conformar traseiro – vista frontal e lateral

Legenda:
1. sistema de aproximação borracha quente
2. sistema de aproximação borracha fria
3. sistema de aproximação das pinças
4. dispositivo de acionamento bimanual – matriz fria
5. comando simples de acionamento
6. proteção fixa ou móvel do mecanismo superior
7. proteção fixa ou móvel lateral
8. proteção fixa do pedal de acionamento

8. Máquina de pregar salto

8.1 As máquinas de pregar salto devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteções fixas ou móveis intertravadas das áreas do mecanismo da caixa de prego e do mecanismo de
movimentação dos martelos e do retorno do apoio do salto, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora, conforme Figura 13 deste Anexo;
b) limitação da força de aproximação do apoio e do abastecedor de pregos, de acordo com os itens 12.84 e 12.84.1
desta Norma Regulamentadora;
c) a ação de pregar deve ser realizada através de dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o item
12.26, alíneas “a”, ”c”, ”d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora;
d) o acionamento da pressão de trabalho pelo dispositivo de acionamento bimanual somente poderá ocorrer após o
cilindro de posicionamento estar no ponto morto inferior;
e) dispositivo do avanço do abastecedor de pregos dotado de dispositivo mecânico limitador intertravado por chave
com ruptura e ação positiva, sem a necessidade de monitoramento por interface de segurança, de forma que, quando
acionado, o abastecedor retorne à posição inicial.

8.2 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente por
uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

8.3 Quando utilizada a proteção móvel, o monitoramento das chaves de segurança deve ser realizado por interface de
segurança, atendendo à categoria 3, conforme a norma ABNT NBR 14153.

Figura 13: Máquina de pregar salto – vista frontal e lateral

Legenda:
1. proteção fixa ou móvel intertravada da caixa de pregos
2. proteção fixa da torre de cilindros

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3. proteção fixa do apoio de salto
4. alavanca de proteção do avanço do abastecedor
5. dispositivo de acionamento bimanual
6. proteção fixa do pedal de acionamento

9. Máquina de assentar cama de salto e rebater traseiro

9.1 As máquinas de assentar cama de salto e rebater traseiro devem possuir os seguintes requisitos específicos de
segurança:
a) limitação da força de aproximação do fixador da forma, de acordo com os itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma
Regulamentadora;
b) acionamento da pressão de trabalho por meio de dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o
item 12.26, alíneas “a”, ”c”, ”d”, “e”, “f” e “g” desta Norma Regulamentadora, que somente poderá ocorrer após o
cilindro de posicionamento estar no ponto morto superior;
c) proteção fixa nas partes lateral, traseira e superior do equipamento, conforme Figura 14 deste Anexo.

9.2 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente por
uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

Figura 14: Máquina automática de assentar cama de salto e rebater traseiro – vista frontal

Legenda:
1. proteção superior fixa ou móvel intertravada
2. cilindro de aproximação
3. dispositivo de acionamento bimanual
4. proteção fixa do pedal de acionamento

10. Máquina prato rotativo (dublar)

10.1 As máquinas prato rotativo (dublar) devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa, nas partes lateral, superior e traseira da máquina, conforme os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora, conforme Figura 15 deste Anexo;
b) proteção fixa frontal, que, conjugada com o dispositivo de restrição mecânica do prato rotativo, não permita o
acesso à zona de risco;
c) prato rotativo dotado de dispositivo de restrição mecânica, conforme Figura 16 deste Anexo;
d) o espaçamento entre o dispositivo de restrição mecânica e o platô de prensagem deve ser de no máximo 4 mm
(quatro milímetros).

10.2 O acionamento das máquinas de prato rotativo (dublar) pode ser realizado por botão de comando simples, por
pedal de acionamento ou por outro sistema de simples acionamento.

10.3 Caso seja utilizado pedal de acionamento, o mesmo deve possuir acesso somente por uma única direção e por um
pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

Figura 15: Máquina de prato rotativo (dublar) – vista frontal

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Legenda:
1. trava mecânica do prato giratório
2. proteção fixa
3. botão de acionamento

Figura 16: Máquina de prato rotativo (dublar) – vista superior

Legenda:
1. prato giratório
S1. posição de giro para esquerda
S2. posição de giro para direita

11. Máquina de montar bicos

11.1 As máquinas de montar bicos devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) no mínimo um dispositivo de emergência, duplo canal monitorado por interface de segurança, de acordo com os
itens 12.57 e 12.58 desta Norma Regulamentadora;
b) dispositivo de acionamento bimanual para o fechamento das tesouras, em conformidade com o item 12.26 desta
Norma Regulamentadora;
c) dispositivo de obstrução de acesso à pinça inferior, conforme Figura 17 deste Anexo;
d) limitação da força e pressão de trabalho do mecanismo de fixação da parte traseira, obedecendo aos dispostos nos
itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora;
e) monitoramento por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior, conforme a norma ABNT
NBR 14153.

11.2 Caso sejam utilizados pedais elétricos para o fechamento e a abertura das pinças, será permitida a utilização de
uma única proteção que evite o acionamento acidental, conforme Figura 17 deste Anexo.

Figura 17: Máquina de montar bicos

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Legenda:
1. proteção fixa das pinças
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. dispositivo de parada de emergência
4. proteção fixa do pedal de acionamento

12. Máquina de montar base de calçados (passador de adesivo ou injetor de adesivo)

12.1 As máquinas de montar base de calçados (passador de adesivo ou injetor de adesivo) devem possuir os seguintes
requisitos específicos de segurança:
a) pedal de acionamento da máquina com acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido
para evitar seu acionamento acidental;
b) a região de alimentação ou abastecimento da máquina deve ser dotada de um dispositivo de obstrução na parte
frontal, conforme Figura 18 deste Anexo;
c) limitação da força e pressão de trabalho do cilindro pneumático de leitura de altura, obedecendo ao disposto nos
itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

Figura 18: Máquina de montar base de calçados

Legenda:
1. dispositivo de obstrução
2. proteção fixa do pedal de acionamento

Figura 19: Máquina de montar base de calçados – vista lateral

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Legenda:
1. dispositivo de obstrução
2. proteção fixa do pedal de acionamento

13. Máquina sorveteira

13.1 As máquinas sorveteiras devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:


a) dispositivo de restrição mecânica sobre o pino de fixação e giro da tampa da câmara de compressão, que suporte a
pressão interna da membrana de borracha e não cause riscos de acidente por projeção de materiais, enquanto a
mesma estiver pressurizada;
b) tampa da câmara de compressão do calçado intertravada por um dispositivo elétrico interligado com uma válvula
pneumática para liberação do ar para a membrana de borracha;
c) tampa da câmara de compressão do calçado dotada de dispositivo de restrição mecânica (unha) que suporte a
pressão interna da membrana de borracha e não cause riscos de acidente por projeção de materiais, enquanto a
mesma estiver pressurizada;
d) dispositivo de travamento da tampa da membrana de borracha para possibilitar o transporte da máquina com
segurança.

Figura 20: Máquina sorveteira

Legenda:
1. câmara de compressão do calçado
2. dispositivo de restrição mecânica sobre o pino de fixação e giro da tampa da câmara de compressão
3. tampa da câmara de compressão
4. dispositivo de restrição mecânica (unha) da tampa da câmara de compressão

14. Máquina de alta frequência

14.1 As máquinas de alta frequência devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
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a) proteções fixas ou móveis intertravadas, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora;
b) acionamento através de dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o item 12.26, alíneas “a”, “c”,
“d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora;
c) dispositivo de parada de emergência, duplo canal, monitorado por uma interface de segurança, de acordo com os
itens 12.56 a 12.60 desta Norma Regulamentadora;
d) área de termoconformação da máquina dotada de proteção fixa ou móvel intertravada, conforme os itens 12.38 a
12.55 e Quadro I do Anexo I desta Norma Regulamentadora.

14.1.1 Possuir monitoramento por interface de segurança classificada como categoria 3 ou superior, conforme a norma
ABNT NBR 14153, para o item 14.1, alíneas “a”, “c” e “d”, deste Anexo.

14.2 Quando o dispositivo de transporte do material da máquina for de deslocamento manual para a área de
termoconformação, exclui-se a obrigatoriedade do uso do dispositivo de acionamento bimanual, previsto no item 14.1,
alínea “b”, deste Anexo.

Figura 21: Máquina de alta frequência com mesa móvel manual

Legenda:
1. proteção fixa ou móvel intertravada
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. dispositivo de parada de emergência

Figura 22: Máquina de alta frequência com corte hidropneumática/hidráulica com deslocamento automático da mesa –
Vista frontal

Legenda:
1. proteção fixa ou móvel intertravada
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. dispositivo de parada de emergência

15. Máquina de montar base e enfranque de calçados

15.1 As máquinas de montar base e enfranque de calçados devem possuir os seguintes requisitos específicos de
segurança:

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a) proteções fixas na parte traseira e nas laterais, exceto na zona de operação da máquina, onde é posicionado o
calçado pelo operador, conforme Figura 23 deste Anexo;
b) dispositivos de obstrução que dificultem o acesso à zona de trabalho da máquina, na parte frontal, conforme Figura
23 deste Anexo;
c) pedal de acionamento com acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar
seu acionamento acidental;
d) dispositivo de acionamento bimanual para o fechamento da base e enfranque do cabedal do calçado e movimento
das pinças, em conformidade com os itens 12.26 e 12.28 desta Norma Regulamentadora, monitorado por interface
de segurança classificada como categoria 4, conforme a norma ABNT NBR 14153;
e) limitação da força e pressão de trabalho do cilindro pneumático de apoio da forma, obedecendo ao disposto nos
itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

Figura 23: Máquina de montar base e enfranque de calçados

Legenda:
1. proteção fixa
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. proteção fixa do pedal

16. Máquina automática de rebater planta de calçado

16.1 As máquinas automáticas de rebater planta de calçado devem possuir os seguintes requisitos específicos de
segurança:
a) proteções fixas, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora, exceto na zona de operação
da máquina, onde é posicionado o calçado pelo operador, conforme Figura 24 deste Anexo;
b) limitação da força de aproximação do cilindro de apoio da forma, obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1
desta Norma Regulamentadora;
c) acionamento da pressão de trabalho por meio de dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o
item 12.26, alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora, que somente poderá ocorrer
quando o cilindro de apoio da forma estiver no ponto morto inferior;
d) limitação da força e pressão de trabalho do movimento de rotação do dispositivo de rebatimento da planta de
calçado, obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

16.2 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente
por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

Figura 24: Máquina automática de rebater planta com matriz – vista frontal

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Legenda:
1. cilindro de aproximação
2. dispositivo de acionamento bimanual
3. proteção fixa do pedal de acionamento

17. Máquina injetora rotativa de carrossel móvel

17.1 As máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:

17.1.1 Segurança para o perímetro do carrossel:


a) proteção fixa e/ou proteção móvel intertravada no perímetro do carrossel, de acordo com o Quadro II do Anexo I
desta Norma Regulamentadora, exceto nas áreas de inserção de componentes de calçados e extração de produtos;
b) as máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel não devem permitir o fechamento automático do molde fora da
região protegida destinada ao fechamento do molde;
c) as proteções do perímetro do carrossel não podem causar riscos de acidentes, como cisalhamento ou esmagamento,
em função do movimento de rotação do carrossel;
d) o perímetro da região inferior do carrossel deve ser dotado de proteção fixa e/ou proteção móvel intertravada,
conforme Figura 25 deste Anexo.

17.1.2 Segurança para a zona de injeção:


a) proteção fixa e/ou proteção móvel na região de injeção que impeça o acesso ao conjunto de injeção;
b) o cilindro de plastificação deve possuir dispositivo de obstrução que dificulte o contato não intencional com partes
quentes da unidade de injeção, quando a temperatura de contato exceder a 80º C (oitenta graus Celsius);
c) o bocal de alimentação do cilindro de plastificação deve ser construído com geometria ou possuir dispositivo de
obstrução que impeça o ingresso dos membros superiores na zona do fuso de plastificação.

17.2 As máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel instaladas até a data da publicação da Portaria nº 197/2010
ficam dispensadas do atendimento das dimensões previstas nos itens 12.70, alíneas “c” e “e”, 12.74 e 12.75 desta
Norma Regulamentadora.

17.3 As máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel devem possuir, no mínimo, um dispositivo de parada de
emergência, duplo canal, localizado no painel de comando da máquina, e um dispositivo de parada de emergência na
zona de operação próximo à área de fechamento do molde, de acordo com os itens 12.56 a 12.63 desta Norma
Regulamentadora.

17.4 As máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel podem ser acionadas por botão de comando simples para o
início de operação em modo semiautomático.

17.5 Caso seja utilizada proteção móvel, esta deve ser intertravada por chave de segurança, duplo canal, monitorada por
interface de segurança, classificada como categoria 3 ou superior, conforme a norma ABNT NBR 14153.

17.6 É permitida a ligação em série, na mesma interface de segurança, de chaves de segurança de até 4 (quatro)
proteções móveis de uso não frequente (frequência de abertura menor ou igual a uma vez por hora) e com abertura não
simultânea, ou de chaves de segurança de 1 (uma) proteção de uso frequente (frequência de abertura maior que uma vez
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por hora) e mais 1 (uma) proteção de uso não frequente, com abertura não simultânea.

17.7 O circuito elétrico do comando de partida e parada do motor elétrico da máquina injetora rotativa de carrossel
móvel deve possuir um contator, sem necessidade de monitoramento por interface de segurança.

17.8 Para as máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel aplica-se a válvula hidráulica monitorada para o sistema de
abertura e fechamento do molde, classificada como categoria 3 ou superior, conforme a norma ABNT NBR 14153.

17.8.1 As máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel com enclausuramento da região de injeção ou inacessíveis
aos operadores ficam dispensadas do atendimento ao item 17.8 deste Anexo.

17.9 As máquinas injetoras rotativas de carrossel móvel com abertura e fechamento do molde por força humana ficam
dispensadas do item 17.8 deste Anexo.

Figura 25: Máquina injetora rotativa de carrossel móvel

Legenda:
1. zona de operação
2. conjunto de injeção
3. zona de injeção
4. carrossel
5. proteção fixa ou móvel intertravada da região inferior do carrossel

18. Máquina manual de pregar enfeite (rebitadeira)

18.1 As máquinas manuais de pregar enfeite (rebitadeira) devem possuir os seguintes requisitos específicos de
segurança:
a) acionamento de aproximação do cilindro por meio de um dispositivo de ação continuada com força de
aproximação, conforme itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora;
b) acionamento da pressão de trabalho, por meio de dispositivo de acionamento bimanual, em conformidade com o
item 12.26, alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora, que somente poderá ocorrer após o
cilindro de posicionamento estar no ponto morto inferior.

18.2 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente
por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

18.3 Para as máquinas manuais de pregar enfeite, não é necessária a instalação de proteções fixas ou móveis
intertravadas para região periférica da máquina, laterais, traseira e superior.

Figura 26: Máquina manual de pregar enfeite (rebitadeira) – Vista isométrica

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Legenda:
1. dispositivo de acionamento bimanual
2. cilindro de aproximação
3. proteção fixa do pedal de acionamento

19. Máquina de dublar ou unir componentes de calçados com acionamento pneumático

19.1 As máquinas de dublar ou unir componentes de calçados com acionamento pneumático devem possuir os seguintes
requisitos específicos de segurança:
a) proteções fixas nas zonas superior, lateral e traseira, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora, conforme Figura 27 deste Anexo;
b) proteção móvel na parte frontal, área de operação da máquina, dotada de dispositivo de restrição mecânica, que
atue de forma sincronizada à abertura dessa proteção;
c) o acionamento pode ser realizado através de um botão de comando simples.

19.2 As máquinas de dublar ou unir componentes de calçados com acionamento pneumático que possuam mesa móvel
do tipo gaveta com deslocamento manual ficam dispensadas do cumprimento do item 19.1 deste Anexo, devendo
possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) válvula pneumática que bloqueie o fluxo de ar do sistema quando a proteção móvel estiver aberta;
b) proteção móvel intertravada por chave de segurança, interligada a válvula de controle do cilindro pneumático de
atuação do platô de dublar.

19.2.1 A válvula pneumática para controle do fluxo de ar referida no item 19.2, alínea “a”, deste Anexo, pode ser
acionada de forma mecânica pelo fechamento da proteção móvel.

19.3 Quando utilizada proteção móvel, esta deve ser intertravada por chave de segurança, sem a necessidade de
monitoramento por interface de segurança, atendendo à categoria 1, conforme a norma ABNT NBR 14153.

19.4 As máquinas de dublar ou unir componentes de calçados com acionamento pneumático que possuam mesa móvel
do tipo gaveta com deslocamento pneumático ficam dispensadas do atendimento aos itens 19.1, alínea “b”, e 19.2, deste
Anexo, devendo possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) dispositivo de acionamento bimanual de acordo com os itens 12.26 e 12.28 desta Norma Regulamentadora,
monitorada por interface de segurança classificada como categoria 4, conforme a norma ABNT NBR 14153;
b) dispositivo de restrição mecânica que limite o curso de deslocamento da mesa móvel.

Figura 27: Máquina de dublar ou unir componentes de calçados – Vista frontal e lateral

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Legenda:
1. botão de acionamento
2. proteção móvel frontal
3. proteção fixa

20. Máquina boca de sapo

20.1 As máquinas boca de sapo devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteções fixas, na parte traseira e nas laterais da máquina, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora e conforme Figura 28 deste Anexo;
b) tampa (coifa) da câmara de compressão do calçado dotada de dispositivo de restrição mecânica que suporte a
pressão interna da membrana de borracha, enquanto a mesma estiver pressurizada;
c) proteção móvel intertravada por chave de segurança duplo canal, monitorada por interface de segurança, conforme
os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora, que suporte a eventual projeção de fragmentos de materiais
em caso de falha do sistema de travamento da tampa (coifa);
d) tampa (coifa) da câmara de compressão do calçado dotada de dispositivo de restrição mecânica que impeça o seu
fechamento involuntário quando a proteção móvel estiver aberta.

20.2 O acionamento das máquinas boca de sapo pode ser realizado por botão de comando simples, ou pela proteção
intertravada com comando de partida em conformidade com o item 12.45.1 desta Norma Regulamentadora, ou por
outro sistema de simples acionamento.

20.3 Fica dispensado o cumprimento da alínea “c” do item 20.1 deste Anexo, quando a tampa (coifa) de compressão for
dotada de sistema de segurança que garanta a pressurização da câmara somente se a tampa (coifa) estiver fechada e
travada, atendendo à categoria 3 prevista na norma ABNT NBR 14153.

20.3.1 Para as máquinas que possuam o sistema de segurança previsto neste item, deverá existir sistema de acionamento
por comando bimanual conforme item 12.26, alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora.

Figura 28: Máquina boca de sapo - Vista frontal e vista lateral

Legenda:

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1. proteção móvel
2. botão de início do ciclo
3. proteção fixa

21. Máquina de montar lados

21.1 As máquinas de montar lados devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa no eixo cardã, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora e conforme
Figura 29 deste Anexo;
b) dispositivo de obstrução que dificulte o acesso ao dispositivo de aquecimento e à zona de aplicação de adesivo,
conforme Figura 29 deste Anexo;
c) pedal de acionamento com acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar
seu acionamento acidental.

Figura 29: Máquina de montar lados - Vista frontal e lateral

Legenda:
1. dispositivo de obstrução do sistema de aquecimento e aplicação de adesivo termoplástico
2. proteção do eixo cardã
3. proteção fixa do pedal de acionamento

22. Máquina de carimbar solas e palmilhas

22.1 As máquinas de carimbar solas e palmilhas devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção móvel intertravada por chave de segurança duplo canal, monitorada por interface de segurança que atenda
à categoria 3, segundo a norma ABNT NBR 14.153, e conforme os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora;
b) pedal de acionamento com acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar
seu acionamento acidental.

Figura 30: Máquina de carimbar solas e palmilhas

Legenda:

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1. proteção fixa do pedal de acionamento
2. proteção móvel do carimbo
3. mesa retrátil

23. Máquina de riscar e marcar cortes

23.1 As máquinas de riscar e marcar cortes devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa nas laterais e na traseira e proteção móvel intertravada por chave de segurança na parte frontal da
zona de operação, conforme os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora, sem a necessidade de
monitoramento por interface de segurança;
b) limitação da força e pressão de trabalho dos mecanismos de movimentação (cilindro pneumático), obedecendo ao
disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

23.2 O acionamento poderá ser realizado por botão de comando simples, ou pela proteção intertravada com comando de
partida, de acordo com o item 12.45.1, ou por outro sistema de simples acionamento.

23.3 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente
por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

24. Máquina de dividir cortes (rachadeira)

24.1 As máquinas de dividir cortes (rachadeira) devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa e/ou proteção móvel, intertravada por chave de segurança, duplo canal, na região de operação, nos
tampos superiores e na zona de afiação da navalha, com distâncias de segurança de acordo com o Quadro II do
Anexo I desta Norma Regulamentadora;
b) proteções fixas e/ou móveis intertravadas por chave de segurança, monitoradas por interface de segurança, nas
transmissões de força, conforme itens 12.47 e 12.47.1 desta Norma Regulamentadora;
c) dispositivo de parada de emergência, duplo canal, de acordo com os itens 12.57 e 12.60 desta Norma
Regulamentadora.

24.2 O monitoramento das chaves de segurança e do botão de emergência pode ser realizado por apenas uma interface
de segurança, atendendo à categoria 3, conforme a norma ABNT NBR 14153.

24.2.1 É permitida a ligação em série, na mesma interface de segurança, de chaves de segurança de até 4 (quatro)
proteções móveis de uso não frequente (frequência de abertura menor ou igual a uma vez por hora) e com abertura não
simultânea, ou de chaves de segurança de 1 (uma) proteção de uso frequente (frequência de abertura maior que uma vez
por hora) e mais 1 (uma) proteção de uso não frequente, com abertura não simultânea.

25. Máquina de chanfrar cortes

25.1 As máquinas de chanfrar cortes devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa e/ou proteção móvel intertravada por chave de segurança, duplo canal, na zona de afiação, com
distâncias de segurança de acordo com o Quadro II do Anexo I desta Norma Regulamentadora, sem a necessidade
de monitoramento por interface de segurança;
b) proteções fixas ou móveis intertravadas, no sistema de transmissão de força, de acordo com os itens 12.38 a 12.55
desta Norma Regulamentadora;
c) o espaçamento entre o guia e a matriz corte deve ser de no máximo 4 mm (quatro milímetros).

26. Máquina de colar fita e abrir costura

26.1 As máquinas de colar fita e abrir costura devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) dispositivo de obstrução que dificulte o acesso à zona de transporte da fita de reforço;
b) limitação da força e pressão de trabalho dos mecanismos de movimentação do cilindro pneumático de fechamento,
obedecendo aos dispostos nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora;
c) pedal de acionamento com acesso somente por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar
seu acionamento acidental.

27. Máquina tampográfica

27.1 As máquinas tampográficas devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:

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a) dispositivo de obstrução nas regiões laterais e posterior do mecanismo de movimentação do carimbador (tampão);
b) limitação da força e pressão de trabalho dos mecanismos de movimentação vertical do carimbador (tampão),
obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

27.2 O deslocamento horizontal do carimbador (tampão) não pode causar riscos de acidentes, como cisalhamento ou
esmagamento, em função do movimento de avanço e recuo do cilindro pneumático.

27.3 O acionamento poderá ser realizado por botão de comando simples, ou por pedal de acionamento ou por outro
sistema de acionamento.

27.3.1 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente
por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

27.3.2 Caso seja utilizado acionamento por dispositivo de acionamento bimanual, este deve estar em conformidade com
o item 12.26, alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora.

28. Máquina bordadeira

28.1 As máquinas bordadeiras devem possuir, como requisito específico de segurança, proteções fixas no sistema de
transmissão de força, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora.
28.2 As máquinas bordadeiras que possuam mais de um cabeçote e as máquinas de costura automáticas devem possuir
os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) possuir dispositivo de obstrução que impeça o acesso à zona de trabalho das agulhas quando o gabarito estiver
posicionado na posição de trabalho, ou proteção móvel com intertravamento, ou dispositivo óptico-eletrônico que
interrompa os movimentos gerados pelo conjunto de cabeçotes quando o sistema de segurança for acionado,
atendendo à categoria 1 prevista na norma ABNT NBR 14153;
b) possuir dispositivo que impeça os movimentos gerados pela lançadeira durante a troca de bobina, atendendo à
categoria 1 prevista na norma ABNT NBR 14153.

29. Máquina de passar cola

29.1 As máquinas de passar cola devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:
a) proteção fixa no interior da câmara de armazenamento de cola, impedindo o acesso à rosca transportadora de cola,
de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma Regulamentadora;
b) proteção fixa no sistema de transmissão de força, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora;
c) dispositivo de parada de emergência, sem a necessidade de monitoramento por interface de segurança, atendendo à
categoria 1 prevista na norma NBR 14153;
d) força exercida entre os rolos não pode ser suficiente para provocar danos à integridade física dos trabalhadores,
obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

29.2 A zona de aplicação de cola (rolos) está dispensada do atendimento da alínea “b” do item 29.1 deste Anexo.

Figura 31: Máquina de passar cola

Legenda:
1. dispositivo de parada de emergência

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2. proteção fixa do sistema de transmissão de força
3. câmara de armazenamento de cola
4. zona de aplicação de cola (rolos)
30. Máquina de reativar couraça a vapor

30.1 As máquinas de reativar couraça a vapor devem possuir, como requisito específico de segurança, limitação da
força e pressão de trabalho dos mecanismos de movimentação (cilindro pneumático), obedecendo ao disposto nos itens
12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora.

30.2 O acionamento poderá ser realizado por botão de comando simples, ou por pedal de acionamento, ou por outro
sistema de acionamento.

30.3 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente
por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

30.4 Caso seja utilizado acionamento por dispositivo de acionamento bimanual, este deve estar em conformidade com o
item 12.26, alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”, desta Norma Regulamentadora.

31. Máquina rotográfica

31.1 As máquinas rotográficas devem possuir os seguintes requisitos específicos de segurança:


a) força exercida entre os rolos não pode ser suficiente para provocar danos à integridade física dos trabalhadores,
obedecendo ao disposto nos itens 12.84 e 12.84.1 desta Norma Regulamentadora;
b) proteção fixa no sistema de transmissão de força, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora;
c) dispositivo de parada de emergência, duplo canal, sem a necessidade de monitoramento por interface de segurança,
atendendo à categoria 1, conforme a norma ABNT NBR 14153.

31.2 Caso seja utilizado pedal de acionamento para operação de aproximação, o mesmo deve possuir acesso somente
por uma única direção e por um pé, devendo ser protegido para evitar seu acionamento acidental.

31.3 A zona de aplicação de tinta (rolos) está dispensada do atendimento da alínea “b” do item 31.1 deste Anexo.

32. Máquina de costura

32.1 As máquinas de costura devem possuir, como requisito específico de segurança, proteções fixas no sistema de
transmissão de força, exceto no volante de regulagem, de acordo com os itens 12.38 a 12.55 desta Norma
Regulamentadora.

32.2 Os pedais de acionamento das máquinas de costura ficam dispensados da adoção de proteção fixa, exceto para os
pedais de acionamento do tipo bolha.

33. Disposições gerais

33.1 Na impossibilidade da aplicação das medidas prescritas neste Anexo, podem ser adotadas outras medidas de
proteção e sistemas de segurança, observados os itens 12.5 e 12.38.1 do corpo desta Norma, desde que garantam a
mesma eficácia das proteções e dos dispositivos mencionados neste Anexo, e atendam ao disposto nas normas técnicas
oficiais vigentes tipos A e B e, na ausência dessas, nas normas internacionais aplicáveis.

33.2 É permitida a adoção de outras medidas de segurança, inclusive administrativas, enquanto a empresa estiver se
adequando aos prazos previstos na portaria de publicação deste Anexo, desde que não haja exposição dos trabalhadores
a grave e iminente risco.

ANEXO XI
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS PARA USO AGRÍCOLA E FLORESTAL
(Inserido pela Portaria MTE n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

1. Este Anexo aplica-se às fases de projeto, fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer
título de máquinas estacionárias ou não e implementos para uso agrícola e florestal, e ainda a máquinas e equipamentos
de armazenagem e secagem e seus transportadores, tais como silos e secadores.

2. As proteções, dispositivos e sistemas de segurança previstos neste Anexo devem integrar as máquinas desde a sua
fabricação, não podendo ser considerados itens opcionais para quaisquer fins.

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3. Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas e dos equipamentos estacionários devem ser
projetados, selecionados e instalados de modo que:
a) não se localizem em suas zonas perigosas;
b) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
c) não acarretem riscos adicionais;
d) não possam ser burlados; e
e) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador.

4. Os comandos de partida ou acionamento das máquinas estacionárias devem possuir dispositivos que impeçam seu
funcionamento automático ao serem energizadas.

5. As máquinas cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco à saúde ou integridade física de
qualquer pessoa devem possuir sistema ou, no caso de máquinas autopropelidas, chave de ignição, para o bloqueio de
seus dispositivos de acionamento.

6. As zonas de perigo das máquinas e implementos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções
fixas, móveis e dispositivos de segurança interligados ou não, que garantam a proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.

6.1 A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem perigo, deve considerar as
características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a
atingir o nível necessário de segurança previsto nesta Norma.

6.1.1 Os componentes funcionais das áreas de processo e trabalho das máquinas autopropelidas e implementos, que
necessitem ficar expostos para correta operação, devem ser protegidos adequadamente até a extensão máxima possível,
de forma a permitir a funcionalidade operacional a que se destinam, atendendo às normas técnicas vigentes e às
exceções constantes do Quadro II deste Anexo.

6.2 Para fins de aplicação deste Anexo, considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover
segurança por meio de barreira física, podendo ser:
a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação
que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09
de dezembro de 2013)
b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à
estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.

6.3 Para fins de aplicação deste Anexo, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou
interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados
em:
a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que
verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de
falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de
segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança;
b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéticas e
eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que
possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas;
c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma
pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma máquina ou equipamento, enviando um sinal para
interromper ou impedir o início de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos,
laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição;
d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia;
e) dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores,
defletores e retráteis; e
f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando aplicados
de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos
bloqueáveis.

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6.3.1 Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das máquinas
estacionárias, inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da máquina quando ocorrerem
flutuações no nível de energia além dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do
fornecimento de energia.

6.4 As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança:
a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes
deterioradas ou danificadas;
b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas;
c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos;
d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções;
e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;
f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;
g) impedir que possam ser burladas;
h) proporcionar condições de higiene e limpeza;
i) impedir o acesso à zona de perigo;
j) ter seus dispositivos de intertravamento utilizados para bloqueio de funções perigosas das máquinas protegidos
adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário;
k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo;
l) não acarretar riscos adicionais; e
m) possuir dimensões conforme previsto no Item A do Anexo I desta Norma.

6.4.1 Quando a proteção for confeccionada com material descontínuo, devem ser observadas as distâncias de segurança
para impedir o acesso às zonas de perigo, conforme previsto Item A do Anexo I desta Norma.

6.5 A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de
trabalho, observando-se que:
a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso à
zona de perigo antes da eliminação do risco; e
b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o
acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco.

6.5.1 Para as máquinas autopropelidas e seus implementos, a proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de
perigo for requerido mais de uma vez por turno de trabalho.

6.5.2 As máquinas e implementos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos de intertravamento devem:
a) operar somente quando as proteções estiverem fechadas;
b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação; e
c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar inicio às funções perigosas

6.5.2.1 As máquinas autopropelidas ficam dispensadas do atendimento das alíneas “a” e “b” do subitem 6.5.2 deste
Anexo para acesso em operações de manutenção e inspeção, desde que realizadas por trabalhador capacitado ou
qualificado.

6.5.3 Para as máquinas autopropelidas, é permitida a utilização de dispositivo de intertravamento mecânico de atuação
simples e não monitorado para proteção do compartimento do motor.

6.5.4 Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados às proteções móveis das máquinas e equipamentos
devem:
a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada;
b) manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão devido às funções perigosas da
máquina ou do equipamento; e
c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar inicio às funções perigosas da máquina ou
do equipamento.

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6.5.4.1 As máquinas autopropelidas ficam dispensadas do atendimento das alíneas “a” e “b” do subitem 6.5.4 para
acesso em operações de manutenção e inspeção, desde que realizadas por trabalhador capacitado ou qualificado.
(Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

6.6 As transmissões de força e os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem ser protegidos
por meio de proteções fixas ou móveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados,
ressalvado o disposto no subitem 6.1.1 deste Anexo e as exceções previstas no Quadro II deste Anexo.

6.6.1 Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões de força que possuam inércia, devem
ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio.

6.6.1.1 Em colhedoras, em situação de manutenção ou inspeção, quando as proteções forem abertas ou acessadas com
exposição de elementos da máquina que ainda possuam rotação ou movimento após a interrupção de força, deve-se ter
na área próxima da abertura uma evidência visível da rotação, ou indicação de sinal sonoro da rotação ou adesivo de
segurança apropriado. (Inserido pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

6.6.2 As proteções de colhedoras devem: (Inserido pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
a) ser projetadas levando em consideração o risco para o operador e a geração de outros perigos, tais como evitar o
acúmulo de detritos e risco de incêndio;
b) atingir a extensão máxima, considerando a funcionalidade da colhedora;
c) ser sinalizadas quanto ao risco;
d) ter indicação das informações sobre os riscos contidas no manual de instruções.

6.7 O eixo cardã deve possuir proteção adequada, em perfeito estado de conservação em toda a sua extensão, fixada na
tomada de força da máquina desde a cruzeta até o acoplamento do implemento ou equipamento.

6.8 As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de peças ou material em
processamento devem possuir proteções que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores, salvo as exceções
constantes dos Quadros I e II deste Anexo.

6.8.1 As roçadoras devem possuir dispositivos de proteção contra o arremesso de materiais sólidos.

6.9 As máquinas de cortar, picar, triturar, moer, desfibrar e similares devem possuir sistemas de segurança que
impossibilitem o contato do operador ou demais pessoas com suas zonas de perigo.

6.10 Nas proteções distantes de máquinas estacionárias, em que haja possibilidade de alguma pessoa ficar na zona de
perigo, devem ser adotadas medidas adicionais de proteção coletiva para impedir a partida da máquina, enquanto
houver a presença de pessoas nesta zona.

6.11 As aberturas para alimentação de máquinas ou implementos que estiverem situadas ao nível do ponto de apoio do
operador ou abaixo dele, devem possuir proteção que impeça a queda de pessoas em seu interior.

6.12 Quando as características da máquina ou implemento exigirem que as proteções sejam utilizadas também como
meio de acesso, estas devem atender aos requisitos de resistência e segurança adequados a ambas as finalidades.

6.12.1 O fundo dos degraus ou da escada deve possuir proteção - espelho, sempre que uma parte saliente do pé ou da
mão do trabalhador possa contatar uma zona perigosa.

6.13 As mangueiras, as tubulações e os componentes pressurizados de máquinas autopropelidas e seus implementos


devem estar localizados ou protegidos de tal forma que, em uma situação de ruptura, o fluido não seja descarregado
diretamente no operador quando este estiver no posto de operação. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de
dezembro de 2015)

6.13.1 Para mangueiras cuja pressão de trabalho seja superior a cinquenta bar, o perigo de “chicoteamento” deve ser
prevenido por proteções fixas e/ou meios de fixação como correntes, cabos ou suportes. (Inserido pela Portaria MTPS
n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

6.13.1.1 Adicionalmente, a relação entre a pressão de trabalho e a pressão de ruptura da mangueira deve ser no mínimo
de 3,5. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

6.13.1.2 Alternativamente, para prevenir o “chicoteamento”, podem ser utilizadas mangueiras e terminais que previnam
o rasgamento da mangueira na conexão e a desmontagem não intencional, utilizando-se mangueiras, no mínimo, com
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duas tramas de aço e terminais flangeados, conformados ou roscados, sendo vetada a utilização de terminais com anel
de penetração - anilhas - em contato com o elemento flexível. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro
de 2015)

6.14 Para máquinas autopropelidas, as superfícies quentes que possam ser tocadas sem intenção pelo operador durante a
operação normal da máquina devem ser protegidas. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

7. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:


a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma
plataforma de apoio;
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.

8. As máquinas autopropelidas fabricadas a partir de maio de 2008, sob a égide da redação da NR-31 dada pela Portaria
n.º 86, de 3 de março de 2005, devem possuir faróis, lanternas traseiras de posição, buzina, espelho retrovisor e sinal
sonoro automático de ré acoplado ao sistema de transmissão, salvo as exceções listadas no Quadro I deste Anexo.

9. As máquinas autopropelidas devem possuir Estrutura de Proteção na Capotagem - EPC e cinto de segurança, exceto
as constantes do Quadro II deste anexo, que devem ser utilizadas em conformidade com as especificações e
recomendações indicadas nos manuais do fabricante.

10. As máquinas autopropelidas que durante sua operação ofereçam riscos de queda de objetos sobre o posto de
trabalho devem possuir de Estrutura de Proteção contra Queda de Objetos - EPCO.

11. Na tomada de potência - TDP dos tratores agrícolas deve ser instalada uma proteção que cubra a parte superior e as
laterais, conforme Figura 1 deste Anexo.

12. As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate para reboque pelo sistema de tração, de
modo a assegurar o acoplamento e desacoplamento fácil e seguro, bem como a impedir o desacoplamento acidental
durante a utilização.

12.1 A indicação de uso dos sistemas de engate mencionados no item 12 deve ficar em local de fácil visualização e
afixada em local próximo da conexão.

12.2 Os implementos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim exija, devem possuir dispositivo de apoio que
possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao sistema de tração.

13. As correias transportadoras devem possuir:


a) sistema de frenagem ao longo dos trechos em que haja acesso de trabalhadores;
b) dispositivo que interrompa seu acionamento quando necessário;
c) partida precedida de sinal sonoro audível em toda a área de operação que indique seu acionamento;
d) sistema de proteção contra quedas de materiais, quando oferecer risco de acidentes aos trabalhadores que operem
ou circulem em seu entorno;
e) sistemas e passarelas que permitam que os trabalhos de manutenção sejam desenvolvidos de forma segura;
f) passarelas com sistema de proteção contra queda ao longo de toda a extensão elevada onde possa haver circulação
de trabalhadores; e
g) sistema de travamento para ser utilizado nos serviços de manutenção.

13.1 Excetuam-se da obrigação do item 13 as correias transportadoras instaladas em máquinas autopropelidas,


implementos e em esteiras móveis para carga e descarga.

14. As máquinas e implementos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com
informações relativas à segurança nas fases de transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza,
manutenção, inspeção, desativação e desmonte.

14.1 Os manuais devem:


a) ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que possibilitem a melhor legibilidade
possível, acompanhado das ilustrações explicativas;
b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;
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c) ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e
d) permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

14.2 Os manuais das máquinas e equipamentos fabricados no Brasil ou importados devem conter, no mínimo, as
seguintes informações:
a) razão social, endereço do fabricante ou importador, e CNPJ quando houver;
b) tipo e modelo;
c) número de série ou de identificação, e ano de fabricação;
d) descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;
e) e)diagramas, inclusive circuitos elétricos, em particular a representação esquemática das funções de segurança, no
que couber, para máquinas estacionárias.
f) definição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;
g) riscos a que estão expostos os usuários;
h) definição das medidas de segurança existentes e aquelas a serem adotadas pelos usuários;
i) especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança, incluindo o critérios de declividade de
trabalho para máquinas e implementos, no que couber;
j) riscos que poderiam resultar de adulteração ou supressão de proteções e dispositivos de segurança;
k) riscos que poderiam resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no projeto;
l) procedimentos para utilização da máquina ou equipamento com segurança;
m) procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção;
n) procedimentos básicos a serem adotados em situações de emergência.

15. As máquinas, equipamentos e implementos devem dispor de acessos permanentemente fixados e seguros a todos os
seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação,
manutenção e de intervenção constante.

15.1 Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus.

15.1.1 Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 15.1, poderá ser utilizada escada fixa tipo
marinheiro.

15.1.2 As máquinas autopropelidas e implementos com impossibilidade técnica de adoção dos meios de acesso
dispostos no subitem 15.1, onde a presença do trabalhador seja necessária para inspeção e manutenção e que não sejam
acessíveis desde o solo devem possuir meios de apoio como manípulos ou corrimãos, barras, apoio para os pés ou
degraus com superfície antiderrapante, que garantam ao operador manter contato de apoio em três pontos durante todo o
tempo de acesso, de modo a torná-lo seguro, conforme o item 15.21 deste Anexo.

15.1.2.1 Deve-se utilizar uma forma de acesso seguro indicada no manual de operação, nas situações em que não sejam
aplicáveis os meios previstos no subitem 15.1.2.

15.2 Os locais ou postos de trabalho acima do nível do solo em que haja acesso de trabalhadores para intervenções
devem possuir plataformas de trabalho estáveis e seguras.

15.3 Devem ser fornecidos meios de acesso se a altura do solo ou do piso ao posto de operação das máquinas for maior
que 0,55 m (cinquenta e cinco centímetros).

15.4 Em máquinas autopropelidas da indústria de construção com aplicação agroflorestal, os meios de acesso devem ser
fornecidos se a altura do solo ao posto de operação for maior que 0,60 m (sessenta centímetros).

15.5 Em colhedoras de arroz, colhedoras equipadas com esteiras e outras colhedoras equipadas com sistema de
autonivelamento, os meios de acesso devem ser fornecidos se a altura do solo ao posto de operação for maior que 0,70
m (setenta centímetros).

15.6 Nas máquinas, equipamentos e implementos os meios de acesso permanentes devem ser localizados e instalados de
modo a prevenir riscos de acidente e facilitar sua utilização pelos trabalhadores.

15.7 Os meios de acesso de máquinas estacionárias, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, devem possuir

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sistema de proteção contra quedas com as seguintes características:
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes;
b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de
altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão, em ambos os lados;
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos; e
e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão intermediário a 0,70 m (setenta
centímetros) de altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior.

15.7.1 Havendo risco de queda de objetos e materiais, o vão entre o rodapé e o travessão superior do guarda corpo deve
receber proteção fixa, integral e resistente

15.7.1.1 A proteção mencionada no subitem 15.7.1 pode ser constituída de tela resistente, desde que sua malha não
permita a passagem de qualquer objeto ou material que possa causar lesões aos trabalhadores.

15.7.2 Para o sistema de proteção contra quedas em plataformas utilizadas em operações de abastecimento ou que
acumulam sujidades, é permitida a adoção das dimensões da Figura 5 do Anexo III desta Norma.

15.8 O emprego dos meios de acesso de máquinas estacionárias deve considerar o ângulo de lance conforme Figura 1
do Anexo III desta Norma.

15.9 As passarelas, plataformas, rampas e escadas de degraus devem propiciar condições seguras de trabalho,
circulação, movimentação e manuseio de materiais e:
a) ser dimensionadas, construídas e fixadas de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes e
movimentação segura do trabalhador;
b) ter pisos e degraus constituídos de materiais ou revestimentos antiderrapantes;
c) ser mantidas desobstruídas; e
d) ser localizadas e instaladas de modo a prevenir riscos de queda, escorregamento, tropeçamento e dispêndio
excessivo de esforços físicos pelos trabalhadores ao utilizá-las.

15.10 As rampas com inclinação entre 10º (dez) e 20º (vinte) graus em relação ao plano horizontal devem possuir peças
transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta
centímetros) em toda sua extensão.

15.11 É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º (vinte) graus em relação ao piso.

15.12 As passarelas, plataformas e rampas devem ter as seguintes características:


a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) para máquinas, exceto para as autopropelidas e implementos
que devem atender a largura mínima determinada conforme norma técnica especifica;
b) meios de drenagem, se necessário; e
c) não possuir rodapé no vão de acesso.

15.12.1 A largura útil de plataformas de inspeção e manutenção de plantadeiras deve ser de, no mínimo, 0,3m (trinta
centímetros), conforme norma ISO 4254-9 ou alteração posterior. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de
dezembro de 2015)

15.13 Em máquinas estacionárias as escadas de degraus com espelho devem ter:


a) largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);
b) degraus com profundidade mínima de 0,20 m (vinte centímetros);
c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;
d) altura entre os degraus de 0,20 m (vinte centímetros) a 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
e) plataforma de descanso de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m (oitenta centímetros) de largura e comprimento a
intervalos de, no máximo, 3,00 m (três metros) de altura.

15.14 Em máquinas estacionárias as escadas de degraus sem espelho devem ter:

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a) largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);
b) degraus com profundidade mínima de 0,15 m (quinze centímetros);
c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;
d) altura máxima entre os degraus de 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
e) plataforma de descanso com 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80 m (oitenta centímetros) de largura e comprimento
a intervalos de, no máximo, 3,00 m (três metros) de altura;
f) projeção mínima de 0,01 m (dez milímetros) de um degrau sobre o outro; e
g) degraus com profundidade que atendam à fórmula: 600≤ g +2h ≤ 660 (dimensões em milímetros), conforme Figura
2 deste Anexo.

15.15 Em máquinas estacionárias as escadas fixas do tipo marinheiro devem ter:


a) dimensionamento, construção e fixação seguras e resistentes, de forma a suportar os esforços solicitantes; (Alterada
pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) constituição de materiais ou revestimentos resistentes a intempéries e corrosão, caso estejam expostas em ambiente
externo ou corrosivo;
c) gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a 3,50 m (três metros e meio), instaladas a partir de 2,0 m (dois
metros) do piso, ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior em pelo menos de 1,10 m (um metro e
dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
d) corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior de
1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
e) largura de 0,40 m (quarenta centímetros) a 0,60 m (sessenta centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III desta
Norma;
f) altura total máxima de 10,00 m (dez metros), se for de um único lance;
g) altura máxima de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de múltiplos lances, construídas
em lances consecutivos com eixos paralelos, distanciados no mínimo em 0,70 m (setenta centímetros), conforme
Figura 3 do anexo III desta Norma;
h) espaçamento entre barras horizontais de 0,25 m (vinte e cinco centímetros) a 0,30 m (trinta centímetros), conforme
Figura 3 do Anexo III desta Norma; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
i) espaçamento entre o piso da máquina ou da edificação e a primeira barra não superior a 0,55 m (cinquenta e cinco
centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III desta Norma;
j) distância em relação à estrutura em que é fixada de, no mínimo, 0,15 m (quinze centímetros), conforme Figura 4C
do Anexo III desta Norma; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
k) barras horizontais de 0,025m (vinte e cinco milímetros) a 0,038 m (trinta e oito milímetros) de diâmetro ou
espessura; e (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
l) barras horizontais com superfícies, formas ou ranhuras a fim de prevenir deslizamentos. (Alterada pela Portaria
MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

15.15.1 As gaiolas de proteção devem ter diâmetro de 0,65m (sessenta e cinco centímetros) a 0,80 m (oitenta
centímetros), conforme Figura 4 C, do Anexo III e: (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
a) possuir barras verticais com espaçamento máximo de 0,30m (trinta centímetros) entre si e distância máxima de
1,50m (um metro e cinquenta centímetros) entre arcos, conforme figuras 4A e 4B, do Anexo III; ou (Alterada pela
Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) vãos entre arcos de, no máximo, 0,30m (trinta centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III, dotadas de barra
vertical de sustentação dos arcos. (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

15.16 Os meios de acesso das máquinas autopropelidas e implementos, devem possuir as seguintes características:
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes;
b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
c) o travessão superior não deve ter superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos.

15.17 A direção não pode ser considerada manípulo de apoio.

15.18 Os pneus, cubos, rodas e para-lamas não são considerados degraus para acesso aos postos de trabalho.
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15.19 Os para-lamas podem ser considerados degraus para acesso desde que projetados para esse fim.

15.20 Em máquinas de esteira, as sapatas e a superfície de apoio das esteiras podem ser utilizadas como degraus de
acesso desde que projetados para esse fim e se for garantido ao operador apoio em três pontos de contato durante todo
tempo de acesso.

15.21 As máquinas autopropelidas e implementos devem ser dotados de corrimãos ou manípulos - pega-mãos, em um
ou ambos os lados dos meios de acesso que ofereçam risco de queda ou acesso às áreas de perigo, que devem possuir:
a) projeto de forma que o operador possa manter contato de apoio em três pontos durante todo o tempo de acesso;
b) largura da seção transversal entre 0,025m (vinte e cinco milímetros) e 0,038 m (trinta e oito milímetros);
c) extremidade inferior em pelo menos um corrimão ou manípulo localizada no máximo a 1600 mm (mil e seiscentos
milímetros) da superfície do solo;
d) espaço livre mínimo de 0,050m (cinquenta milímetros) entre o corrimão ou manípulo e as partes adjacentes para
acesso da mão, exceto nos pontos de fixação;
e) um manípulo instalado do último degrau superior do meio de acesso a uma altura de 0,85 m (oitenta e cinco
centímetros a 1,10 m (um metro e dez centímetros); e
f) manípulo com comprimento mínimo de 0,15 m (quinze centímetros).

15.21.1 Os pontos de apoio para mãos devem ficar a pelo menos 0,30 m (trinta centímetros) de qualquer elemento de
articulação.

15.22 As escadas usadas no acesso ao posto de operação das máquinas autopropelidas e implementos devem atender a
um dos seguintes requisitos:
a) a inclinação α deve ser entre 70º (setenta graus) e 90° (noventa graus) em relação à horizontal, conforme Figura 2
deste Anexo; ou (Alterada pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)
b) no caso de inclinação α menor que 70° (setenta graus), as dimensões dos degraus devem atender à equação (2B +
G) ≤ 700 mm, onde B é a distância vertical, em mm, e G a distância horizontal, em mm, entre degraus,
permanecendo as dimensões restantes conforme Figura 2 deste Anexo. (Alterada pela Portaria MTPS n.º 211, de
09 de dezembro de 2015)

15.22.1 Os degraus devem possuir:


a) superfície antiderrapante;
b) batentes verticais em ambos os lados;
c) projeção de modo a minimizar o acúmulo de água e de sujidades, nas condições normais de trabalho;
d) altura do primeiro degrau alcançada com os maiores pneus indicados para a máquina;
e) espaço livre adequado na região posterior, quando utilizado sem espelho, de forma a proporcionar um apoio seguro
para os pés;
f) dimensões conforme a Figura 2 deste Anexo; (Alterada pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)
g) altura do primeiro deles em relação ao solo de até 700mm (setecentos milímetros) para colhedoras de arroz ou
colhedoras equipadas com esteiras e outras colhedoras equipadas com sistema de autonivelamento; e
h) altura do primeiro deles em relação ao solo de até 600mm (seiscentos milímetros) para máquinas autopropelidas da
indústria da construção com aplicação agroflorestal.

15.22.2 A conexão entre o primeiro degrau e o segundo degrau pode ser articulada.

15.22.3 Não deve haver riscos de corte, esmagamento ou movimento incontrolável para o operador na movimentação de
meios de acesso móveis.

15.23 As plataformas de máquinas autopropelidas e implementos que apresentem risco de queda de trabalhadores
devem ser acessados por degraus e possuir sistema de proteção contra quedas conforme as dimensões da Figura 5 do
Anexo III desta Norma.

15.23.1 O sistema de proteção contra quedas de plataformas que não sejam a de operação em colhedoras está
dispensado de atender aos requisitos da figura 5 do Anexo III, desde que disponham de barra superior, instalada em um
dos lados, tendo altura de 1m (um metro) a 1,1m (um metro e dez centímetros) em relação ao piso e barra intermediária

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instalada de 0,4m (quarenta centímetro) a 0,6m (sessenta centímetros) abaixo da barra superior. (Inserido pela Portaria
MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

15.23.1.1 As plataformas indicadas no item 15.23.1 somente podem ser acessadas quando a máquina estiver parada.
(Inserido pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

15.24 A plataforma de operação ou piso de trabalho das máquinas autopropelidas e implementos deve:
a) ser plana, nivelada e fixada de modo seguro e resistente;
b) possuir superfície antiderrapante;
c) possuir meios de drenagem, se necessário;
d) ser contínua, exceto para tratores denominados “acavalados”, em que poderá ser de dois níveis; e
e) não possuir rodapé no vão de entrada da plataforma.

15.24.1 Os meios de acesso móveis ou retráteis das plataformas e cabines, para fins de transporte, devem possuir
sistema para limitação do vão de acesso.

15.25 O bocal de abastecimento do tanque de combustível e de outros materiais deve ser localizado, no máximo, a 1,5
m (um metro e cinquenta centímetros) acima do ponto de apoio do operador.

15.25.1 Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 15.25 para as operações de abastecimento de
combustível e de outros materiais, nas máquinas autopropelidas deve ser instalado degrau de acesso com manípulos que
garantam três pontos de contato durante toda a tarefa.

15.25.2 Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 15.25 para as operações de abastecimento de
combustível das máquinas autopropelidas que possuam o tanque localizado na parte traseira ou lateral, poderá ser
utilizada plataforma ou escada externa que servirá de apoio para execução segura da tarefa.

16. As máquinas autopropelidas e implementos ficam excluídos dos requisitos do item 12.122 da parte geral da NR-12,
devendo ser adotada a sinalização de segurança conforme normas vigentes. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09
de dezembro de 2015)

17. As máquinas autopropelidas e seus implementos devem possuir em local visível as informações indeléveis,
contendo no mínimo: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)
a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;
b) informação sobre modelo, potência do motor para os tratores e capacidade quando aplicável ao tipo de equipamento
(p.ex: equipamento de transporte ou elevação de carga);
c) número de série e ano de fabricação quando não constante no número de série.

Figura 1 - Cobertura de proteção da TDP para tratores agrícolas

Figura 2 - Dimensões em milímetros dos meios de acesso de máquina autopropelida.

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Legenda:
B: distância vertical entre degraus sucessivos
G: distância horizontal entre degraus sucessivos
α: ângulo de inclinação em relação à horizontal.

Quadro I - Máquinas excluídas.


Item 9 Item 9 Subitem 6.8 Item 8 Item 8
Estrutura de Cinto de Proteção contra Sinal sonoro de Faróis,
proteção na segurança projeção do material ré acoplados ao buzina e
capotagem EPC em processamento sistema de lanternas
Tipo de máquina
transmissão e traseiras de
espelho retrovisor posição

Motocultivadores X X X X X
Outros
microtratores e cortadores de
grama autopropelidos X X X X X
(peso bruto total abaixo de
600 kg)
Pulverizadores
X
autopropelidos
Adubadoras autopropelidas e X
X
tracionadas
Colhedoras de
grãos, cereais, forragem, café,
cana-de-açúcar, algodão, X X
laranja
entre outras.

Escavadeiras Hidráulicas X

Plantadeiras tracionadas X X X X X

Plataforma porta-
implementos (acoplável ao X X X X X
motocultivador)

Quadro II - Exclusões à proteção em partes móveis (subitens 6.1.1 e 6.6)


Máquina - implemento Descrição da Exclusão
Motocultivadores Área da parte ativa do implemento acoplado de acordo com aplicação.
Outros microtratores e cortadores de
Área do cortador de grama, embaixo da máquina, protegido por proteções
grama autopropelidos (peso bruto
laterais.
total abaixo de 600 kg)
Adubadoras tracionadas e Área distribuidora - área do distribuidor (disco ou tubo);
autopropelidas Área de transporte e esteira helicoidal.

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Área de corte e alimentação ou de captação (plataforma de corte/recolhimento);
Colhedoras de grãos ou cereais Área de expulsão e projeção de resíduos (espalhador de palha);
Área de descarregamento (tubo descarregador de grãos).
Área de corte ou recolhimento da cana-de-açúcar a ser processada (unidades de
corte e recolhimento);
Colhedoras de cana-de-açúcar
Área de projeção/descarregamento do material (picador e transportador de
material).
Área de recolhimento da fibra do algodão;
Colhedoras de algodão
Área de descarregamento do fardo de algodão.
Área de conjunto das hastes vibratórias, lâminas retráteis, transportadores e
Colhedoras de café
descarregamento.
Área de conjunto das hastes vibratórias, lâminas retráteis, transportadores e
Colhedoras de laranja
descarregamento.
Escavadeiras hidráulicas, feller
Área de corte, desgalhamento, processamento ou carregamento de toras.
bunchers e harvesters
Área de corte ou recolhimento da planta a ser processada (plataforma de corte ou
Forrageiras tracionadas e
recolhimento);
autopropelidas
Área de descarregamento/projeção do material triturado.
Linhas de corte da palha e seus componentes;
Linhas de plantio e seus componentes;
Área de distribuição de sementes e adubos;
Plantadeiras tracionadas
Transmissões acionadas somente quando a máquina estiver em movimento de
deslocamento, exceto quanto às faces laterais. (Inserida pela Portaria MTPS n.º
211, de 09 de dezembro de 2015)

ANEXO XII

EQUIPAMENTOS DE GUINDAR PARA ELEVAÇÃO DE PESSOAS E REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM


ALTURA
(Inserido pela Portaria SIT n.º 293, de 08 de dezembro de 2011)

(Redação da pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)


CESTA AÉREA: Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução de trabalho em altura, dotado
de braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico,
podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio de guincho e de lança complementar
(JIB), respeitadas as especificações do fabricante.
CESTO ACOPLADO: Caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para elevação de pessoas e execução
de trabalho em altura, com ou sem isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio indispensável para
realização do serviço.
CESTO SUSPENSO: Conjunto formado pelo sistema de suspensão e a caçamba ou plataforma suspensa por
equipamento de guindar que atenda os requisitos de segurança deste anexo, para utilização em trabalhos em altura.

1. Para fins deste anexo, consideram-se as seguintes definições:

Altura nominal de trabalho (para cestas aéreas e cestos acoplados): Distância medida na elevação máxima desde o
fundo da caçamba até o solo, acrescida de 1,5 m.
Berço: Suporte de apoio da lança do guindaste na sua posição recolhida.
Caçamba ou plataforma (vide figura 1): Componente destinado à acomodação e movimentação de pessoas à posição
de trabalho.
Carga nominal (carga bruta): Capacidade estabelecida pelo fabricante ou por Profissional Legalmente Habilitado para
determinada configuração do equipamento de guindar e caçamba ou plataforma.
Capacidade nominal da caçamba ou plataforma: A capacidade máxima da caçamba, estabelecida pelo fabricante, em
termos de peso e número de ocupantes previsto.
Chassi (vide figura 1): É a estrutura de todo o conjunto onde se monta o mecanismo de giro, coluna, braços e lanças,
bem como o sistema de estabilizadores.
Classificação de capacidade de carga (tabela de carga): Conjunto de cargas nominais para as configurações
estipuladas de equipamentos de guindar e condições operacionais.
Comando: Sistema responsável pela execução de uma função.
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Controle: Atuador de interface entre o operador e o comando.
Cuba isolante ou Liner: Componente projetado para ser acomodado dentro da caçamba, plataforma ou suporte similar,
capaz de modificar as propriedades elétricas da caçamba/plataforma. Pode ser de duas naturezas:
• Liner/Cuba Isolante: Acessório da caçamba destinado a garantir a sua isolação elétrica em Cestas Aéreas Isoladas,
aplicáveis de acordo com a classe de isolação e método de trabalho.
• Liner/Cuba condutiva: Acessório da caçamba destinado à equalização de potencial entre a rede, as partes metálicas e o
eletricista, para trabalhos pelo método ao potencial.
Ensaios Não Destrutivos: Exame das Cestas Aéreas ou de seus componentes sem alteração das suas características
originais. Portanto, eles (Cesta Aérea e componentes), após serem submetidos a esses ensaios, devem funcionar como
antes. Incluem, mas não se limitam a: Inspeção Visual, ensaios de Emissão Acústica, Partícula Magnética/Líquido
Penetrante, Ultrassom e Dielétrico.
Dispositivo de tração na subida e descida do moitão: Sistema ou dispositivo que controle o içamento ou descida
motorizada da caçamba ou plataforma, impedindo a queda livre.
Eslinga, linga ou lingada: Dispositivo composto de cabos e acessórios destinados a promover a interligação entre o
equipamento de guindar e a caçamba ou plataforma.
Estabilizadores (vide figura 1): Dispositivos e sistemas utilizados para estabilizar a cesta aérea, cesto acoplado ou
equipamento de guindar.
Estabilizar/estabilidade: Condição segura de trabalho prevista pelo fabricante para evitar o tombamento.
Freio: Dispositivo utilizado para retardar ou parar o movimento.
Freio automático: Dispositivo que retarda ou para o movimento, sem atuação do operador, quando os parâmetros
operacionais específicos do equipamento são atingidos.
Giro (vide figura 1): Movimento rotativo da coluna ou torre, da lança ou braço móvel em torno do eixo vertical.
Grau de isolamento: Cestas áreas isoladas são classificadas de acordo com sua classe de isolamento elétrico, definidas
em 3 categorias conforme norma ABNT NBR 16092:2012.
Guindaste Veicular: Equipamento hidráulico veicular dotado de braço móvel articulado, telescópico ou misto
destinado a elevar cargas.
JIB: Lança auxiliar acoplada à extremidade da lança principal com objetivo de içar ou sustentar cargas adicionais.
Lança ou braço móvel (vide figura 1): Componente articulado, extensível ou misto, que sustenta e movimenta a
caçamba ou plataforma.

Manilha: Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por duas partes facilmente desmontáveis,
consistindo em corpo e pino.

Plano de movimentação de carga (Plano de Rigging): Consiste no planejamento formalizado de uma movimentação
com guindaste móvel ou fixo, visando à otimização dos recursos aplicados na operação (equipamentos, acessórios e
outros) para se evitar acidentes e perdas de tempo. Ele indica, por meio do estudo da carga a ser içada, das máquinas
disponíveis, dos acessórios, condições do solo e ação do vento, quais as melhores soluções para fazer um içamento
seguro e eficiente.
Ponto(s) de fixação(ões): Lugar na caçamba ou plataforma para conexão ao sistema de suspensão.
Posição de acesso: Posição que permite o acesso à plataforma ou caçamba. Posição de acesso e posição de transporte
podem ser idênticas.
Posição de transporte: A posição de transporte da plataforma ou caçamba é a posição recomendada pelo fabricante na
qual a cesta aérea ou o cesto acoplado é transportado/deslocado ao local de utilização em vias públicas ou no interior
dos canteiros de obras.

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Posição de transporte para cesto acoplado: É considerada posição de transporte aquela definida pelo fabricante,
quando as lanças do guindaste estiverem posicionadas no berço ou sobre a carroceria do caminhão, desde que não
ultrapassadas as dimensões de transporte (largura e altura) em conformidade com a legislação vigente.
Profissional de movimentação de carga (Rigger): responsável pelo planejamento e elaboração do plano de
movimentação de cargas, conforme previsto no item 12.138 desta Norma.
Sapatilha: Elemento utilizado na proteção para olhal de cabo de aço.

Sistema de suspensão: Cabo ou eslingas e outros componentes, incluindo dispositivos de fixação, utilizado para ligar o
equipamento de guindar à caçamba ou plataforma.
Sistema de suspensão dedicado: É aquele que só pode ser utilizado para a operação em conjunto com a caçamba.
Quando atendidos os requisitos de segurança previstos neste anexo, pode ser dotado de cesto acoplado ou cesto
suspenso.
Sistema limitador de momento: Sistema de segurança que atua quando alcançado o limite do momento de carga,
impedindo os movimentos que aumentem o momento de carga.

Superlaço: Olhal feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades. Uma metade é curvada para formar um olhal, e em
seguida a outra metade é entrelaçada no espaço vazio da primeira.

Trabalho pelo método ao potencial: Metodologia de trabalho em redes elétricas com tensões superiores a 60kV, onde,
através de vestimentas e outros meios específicos, o trabalhador é equalizado no mesmo potencial da rede elétrica
(mesmo nível de tensão), possibilitando o trabalho em contato direto com o condutor.
Válvula de Retenção: Válvula de segurança que evita movimentos involuntários e indesejáveis de um equipamento
hidráulico no caso de rompimento de mangueira e/ou perda de pressão hidráulica.
Válvula de Contrabalanço: Válvula de segurança com função de eliminar oscilações (pulsos) gerados pela ação
dinâmica do impulso de saída e do impulso de frenagem, quando dos movimentos de subida e descida do braço móvel
de um equipamento hidráulico, tornando sua movimentação mais suave e segura para o operador.

Válvula Holding: Válvula de segurança com funções de contrabalanço e retenção combinadas, possuindo ainda recurso
que permite sua operação manual para recolher o braço móvel de um equipamento hidráulico no caso de rompimento de
mangueira e/ou perda de pressão hidráulica.

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Figura 1: Exemplo de arranjo com cesto acoplado

2. CESTAS AÉREAS

2.1 As cestas aéreas devem dispor de:


a) ancoragem para cinto de segurança tipo paraquedista, conforme projeto e sinalização do fabricante;
b) todos os controles claramente identificados quanto a suas funções e protegidos contra uso inadvertido e acidental;
c) controles para movimentação da caçamba na parte superior e na parte inferior, que devem voltar para a posição
neutra quando liberados pelo operador, exceto o controle das ferramentas hidráulicas;
d) controles inferior e superior para a operação do guincho e válvula de pressão para limitar a carga nas cestas aéreas
equipadas com guincho e “JIB” para levantamento de material, caso possua este acessório;
e) dispositivo de travamento de segurança de modo a impedir a atuação inadvertida dos controles superiores;
f) controles superiores na caçamba ou ao seu lado e prontamente acessíveis ao operador;
g) controles inferiores prontamente acessíveis e dotados de um meio de prevalecer sobre o controle superior de
movimentação da caçamba;
h) dispositivo de parada de emergência nos comandos superior e inferior devendo manter-se funcionais em ambos
casos;
i) válvulas de retenção nos cilindros hidráulicos das sapatas estabilizadoras e válvulas de retenção e contrabalanço
ou holding nos cilindros hidráulicos do braço móvel a fim de evitar movimentos indesejáveis em caso de perda de
pressão no sistema hidráulico;
j) sistema estabilizador, com indicador de inclinação instalado, em local que permita a visualização durante a
operação dos estabilizadores, para mostrar se o equipamento está posicionado dentro dos limites de inclinação
lateral permitidos pelo fabricante;
k) controles dos estabilizadores protegidos contra o uso inadvertido, que retornem à posição neutra quando soltos
pelo operador, localizados na base da unidade móvel, de modo que o operador possa ver os estabilizadores se
movimentando;
l) válvula seletora, junto ao comando dos estabilizadores, que numa posição bloqueie a operação dos estabilizadores
e na outra posição, os comandos de movimentação da(s) caçamba(s);
m) sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço móvel para uma
posição segura de transporte;
n) sistema de operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso de pane,
exceto no caso previsto na alínea “o”;
o) recurso para operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso de
ruptura de mangueiras hidráulicas;
p) ponto para aterramento.

2.2 A caçamba ou plataforma deve ser dimensionada para suportar e acomodar o(s) operador(es) e as ferramentas
indispensáveis para realização do serviço.

2.2.1 Caçambas (não condutivas):

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a) as caçambas fabricadas em material não condutivo devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR
16092:2012 e seu Anexo “C”;
b) a caçamba das cestas aéreas isoladas deve ser dotada de cuba isolante (liner), exceto para trabalho pelo método ao
potencial;
c) não deve haver aberturas nem passagens nas caçambas de cestas aéreas isoladas, exceto para trabalho pelo método
ao potencial.

2.2.2 Plataformas metálicas (condutivas):


a) devem possuir sistema de proteção contra quedas com no mínimo 990 mm de altura e demais requisitos dos itens
12.70, alíneas “a”, “b”, “d” e “e”, 12.71, 12.71.1 e 12.73, alíneas “a”, “b” e “c” desta Norma Regulamentadora;
b) quando o acesso da plataforma for por meio de portão, não pode permitir a abertura para fora e deve ter sistema de
travamento que impeça a abertura acidental.

2.3 As cestas aéreas, isoladas e não isoladas, devem possuir sistema de nivelamento da(s) caçamba(s) ativo e
automático, através de sistema mecânico ou hidráulico que funcione integradamente aos movimentos do braço móvel e
independente da atuação da força de gravidade.

2.3.1 As cestas áreas não isoladas com até 10 anos de uso, contados a partir da vigência deste anexo, estão dispensadas
da exigência do item 2.3, podendo possuir sistema de nivelamento da caçamba por gravidade.

2.3.2 É proibida a utilização de cestas aéreas não isoladas que não possuam sistema de nivelamento da caçamba ativo e
automático.

2.4 Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões superiores a 1.000V, deve-se utilizar cesta
aérea isolada, que possua o grau de isolamento, categorias A, B ou C, conforme norma ABNT NBR 16092:2012, e
devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco de choque elétrico, nos termos da
NR-10. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.083, de 18 de dezembro de 2018)

2.5 Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões iguais ou inferiores a 1.000V, a caçamba deve
possuir isolação própria e ser equipada com cuba isolante (liner), garantindo assim o grau de isolamento adequado, e
devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco de choque elétrico, nos termos da
NR-10. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.083, de 18 de dezembro de 2018)

2.6 Para serviços em proximidade de linhas, redes e instalações energizadas ou com possibilidade de energização
acidental, em que o trabalhador possa entrar na zona controlada com uma parte do seu corpo ou com extensões
condutoras, o equipamento também deve possuir o grau de isolamento adequado, observando-se que:
a) caso o trabalho seja realizado próximo a tensões superiores a 1.000 V, a cesta aérea deve ser isolada, conforme
previsto no item 2.4 deste Anexo;
b) caso o trabalho seja próximo a tensões igual ou inferiores a 1.000 V, a caçamba deve garantir o isolamento,
conforme previsto no item 2.5 deste Anexo;
c) devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco de choque elétrico, nos termos
da NR-10.

2.7 Em cestas aéreas com duas caçambas, os controles superiores devem estar posicionados ao alcance dos operadores,
sem que haja a necessidade de desengatar seu cinto de segurança.

2.8 Os controles inferiores da cesta aérea não devem ser operados com trabalhadores na caçamba, exceto em situações
de emergência ou quando a operação ou atividade assim o exigir.

2.9 É proibida a movimentação de carga nas cestas aéreas, exceto as ferramentas, equipamentos e materiais para a
execução da tarefa acondicionados de forma segura.

2.10 As ferramentas, equipamentos e materiais a serem transportados não devem ter dimensões que possam trazer riscos
ou desconforto aos trabalhadores.

2.11 O peso total dos trabalhadores, ferramentas, equipamentos e materiais não pode exceder, em nenhum momento, a
capacidade de carga nominal da caçamba.

2.12 As cestas aéreas devem ter placa de identificação, localizada na parte inferior do equipamento, na qual constem, no
mínimo, as seguintes informações:
a) marca;
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b) modelo;
c) isolado ou não isolado;
d) teste de qualificação e data do ensaio, se aplicável;
e) número de série;
f) data de fabricação (mês e ano);
g) capacidade nominal de carga;
h) altura nominal de trabalho;
i) pressão do sistema hidráulico;
j) número de caçambas;
k) categoria de isolamento da cesta aérea, se aplicável;
l) razão Social e CNPJ do fabricante ou importador;
m) empresa instaladora;
n) existência de acessórios para manuseio de materiais (guincho e JIB);
o) indicação de que o equipamento atende a norma ABNT NBR 16092:2012.

2.13 As cestas aéreas devem ser dotadas de sinalização de segurança, atendidos os requisitos desta NR, devendo
contemplar também:
a) riscos envolvidos na operação do equipamento;
b) capacidade de carga da caçamba e dos equipamentos para movimentação de materiais (guincho e JIB);
c) informações relativas ao uso e à capacidade de carga da cesta aérea para múltiplas configurações.

2.14 Os controles das cestas aéreas devem estar identificados com símbolos e/ou inscrições com a descrição de suas
funções.

2.15 As cestas aéreas devem ser submetidas a inspeções e ensaios previstos na norma ABNT NBR 16092:2012.

2.16 Nos casos de transferência de propriedade, é responsabilidade do comprador informar ao fabricante da cesta aérea,
em um prazo de 30 dias a partir do recebimento do equipamento, seu modelo e número de série, bem como o número
do CNPJ e o endereço do novo proprietário.

2.17 O vendedor deve providenciar e entregar o manual da cesta aérea para o comprador.

3. CESTOS ACOPLADOS

3.1 Os cestos acoplados devem dispor de:


a) ancoragem para cinto de segurança tipo paraquedista, conforme projeto e sinalização do fabricante;
b) todos os controles claramente identificados quanto a suas funções e protegidos contra uso inadvertido e acidental;
c) controles para movimentação da caçamba na parte superior e na parte inferior, que voltem para a posição neutra
quando liberados pelo operador;
d) dispositivo ou sistema de segurança que impeça a atuação inadvertida dos controles superiores;
e) controles superiores na caçamba ou ao seu lado e prontamente acessíveis ao operador;
f) controles inferiores prontamente acessíveis e dotados de um meio de prevalecer sobre o controle superior de
movimentação da caçamba;
g) dispositivo de parada de emergência nos comandos superior e inferior, devendo manter-se funcionais em ambos os
casos;
h) válvulas de retenção nos cilindros hidráulicos das sapatas estabilizadoras, e válvulas de retenção e contrabalanço
ou holding nos cilindros hidráulicos do braço móvel, a fim de evitar movimentos indesejáveis em caso de perda de
pressão no sistema hidráulico;
i) controles dos estabilizadores protegidos contra o uso inadvertido, que retornem à posição neutra quando soltos
pelo operador, localizados na base do guindaste, de modo que o operador possa ver os estabilizadores
movimentando;

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j) válvula ou chave seletora, junto ao comando dos estabilizadores, que numa posição bloqueie a operação dos
estabilizadores e na outra posição, os comandos de movimentação do equipamento de guindar;
k) sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço móvel para uma
posição segura de transporte;
l) sistema de operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso de pane,
exceto no caso previsto na alínea “m”;
m) recurso para operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso de
ruptura de mangueiras hidráulicas;
n) sistema estabilizador, com indicador de inclinação instalado junto aos comandos dos estabilizadores, em ambos os
lados, para mostrar se o equipamento está posicionado dentro dos limites de inclinação permitidos pelo fabricante;
o) sistema limitador de momento de carga que, quando alcançado o limite do momento de carga, emita um alerta
visual e sonoro automaticamente e impeça o movimento de cargas acima da capacidade máxima do guindaste, bem
como bloqueie as funções que aumentem o momento de carga.
p) ponto para aterramento no equipamento de guindar;
q) sistema mecânico e/ou hidráulico, ativo e automático, que promova o nivelamento do cesto, evite seu
basculamento e assegure que o nível do cesto não oscile além de 5 graus em relação ao plano horizontal durante os
movimentos do braço móvel ao qual o cesto está acoplado.

3.2 A caçamba ou plataforma deve ser dimensionada para suportar e acomodar o(s) operador(es) e as ferramentas
indispensáveis para realização do serviço.

3.2.1 As caçambas fabricadas em material não condutivo devem atender às dimensões do Anexo “C” da norma ABNT
NBR 16092:2012.

3.2.2 Plataformas metálicas (condutivas):


a) devem possuir sistema de proteção contra quedas com no mínimo 990 mm de altura e demais requisitos dos itens
12.70, alíneas “a”, “b”, “d” e “e”, 12.71, 12.71.1 e 12.73, alíneas “a”, “b” e “c” desta Norma Regulamentadora;
a) quando o acesso à plataforma for por meio de portão, não pode permitir a abertura para fora e deve ter sistema de
travamento que impeça a abertura acidental;
b) possuir o piso com superfície antiderrapante e sistema de drenagem cujas aberturas não permitam a passagem de
uma esfera com diâmetro de 15 mm;
c) possuir degrau, com superfície antiderrapante, para facilitar a entrada do operador quando a altura entre o nível de
acesso à plataforma e o piso em que ele se encontra for superior a 0,55 m;
d) possuir borda com cantos arredondados.

3.3 Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões superiores a 1.000V, a caçamba e o
equipamento de guindar devem possuir isolamento, garantido o grau de isolamento, categorias A, B ou C, conforme
norma ABNT NBR 16092:2012, e devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco
de choque elétrico, nos termos da NR-10. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.083, de 18 de dezembro de 2018)

3.4 Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões iguais ou inferiores a 1.000V, a caçamba deve
possuir isolação própria e ser equipada com cuba isolante (liner), garantindo assim o grau de isolamento adequado, e
devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco de choque elétrico, nos termos da
NR-10. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.083, de 18 de dezembro de 2018)

3.5 Para serviços em proximidade de linhas, redes e instalações energizadas ou com possibilidade de energização
acidental, em que o trabalhador possa entrar na zona controlada com uma parte do seu corpo ou com extensões
condutoras, o equipamento também deve possuir o grau de isolamento adequado, observando-se que:
a) caso o trabalho seja realizado próximo a tensões superiores a 1.000 V, a caçamba e o equipamento de guindar
devem ser isolados, conforme previsto no item 3.3 deste anexo;
b) caso o trabalho seja próximo a tensões igual ou inferiores a 1.000 V, a caçamba deve garantir o isolamento,
conforme previsto no item 3.4 deste anexo.
c) devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco de choque elétrico, nos termos
da NR-10.

3.6 O posto de trabalho do equipamento de guindar, junto aos comandos inferiores, não deve permitir que o operador
tenha contato com o solo na execução de serviços em proximidade de energia elétrica.

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3.6.1 O posto de trabalho deve ser fixado na parte inferior do equipamento de guindar ou no chassi do veículo.

3.7 Os equipamentos de guindar que possuam mais de um conjunto de controle inferior devem possuir meios para evitar
a operação involuntária dos controles, enquanto um dos controles estiver sendo operado.

3.8 Em cestos acoplados com duas caçambas, os controles superiores devem estar posicionados ao alcance dos
operadores, sem que haja a necessidade de desengatar seu cinto de segurança.

3.9 Os controles inferiores do guindaste não devem ser operados com trabalhadores na caçamba, exceto em situações de
emergência ou quando a operação ou atividade assim o exigir.

3.10 Quando o acesso da caçamba for por meio de portão, este não pode permitir a abertura para fora e deve ter sistema
de travamento que impeça a abertura acidental.

3.11 O sistema de estabilização deve ser utilizado conforme orientações do fabricante para garantir a estabilidade do
conjunto guindaste/cesto.

3.12 O conjunto guindaste/cesto acoplado deve ser ensaiado com carga de 1,5 vezes a capacidade nominal, a ser
aplicada no centro da caçamba na sua posição de máximo momento de tombamento, registrado em relatório do ensaio.

3.13 Estabilizadores com extensão lateral devem ser projetados para evitar sua abertura involuntária e devem ter o seu
curso máximo limitado por batentes mecânicos ou cilindros hidráulicos projetados para esta função.

3.14 As caçambas dos cestos acoplados devem ter placa de identificação na qual constem, no mínimo, as seguintes
informações:
a) razão social e CNPJ do fabricante ou importador;
b) modelo;
c) data de fabricação;
d) capacidade nominal de carga;
e) número de ocupantes;
f) eventuais restrições de uso;
g) grau de isolação elétrica da caçamba, se aplicável.

3.15 As caçambas devem possuir sinalização, atendidos os requisitos desta Norma Regulamentadora, destacando a
capacidade de carga nominal, o número de ocupantes e a tensão máxima de uso, quando aplicável.

3.16 Os equipamentos de guindar que receberem cestos acoplados para elevação de pessoas devem ser submetidos a
ensaios e inspeções periódicas de forma a garantir seu bom funcionamento e sua integridade estrutural.

3.16.1 Devem ser realizados ensaios que comprovem a integridade estrutural, tais como ultrassom e/ou emissão
acústica, conforme norma ABNT NBR 14768:2015.

3.17 É proibida a movimentação de cargas suspensas no gancho do equipamento de guindar simultaneamente à


movimentação de pessoas dentro do cesto acoplado.

4. CESTOS SUSPENSOS

4.1 Desde que não haja possibilidade de contato ou proximidade com redes energizadas ou com possibilidade de
energização, poderá ser utilizado cesto suspenso içado por equipamento de guindar, atendendo aos requisitos mínimos
previstos neste anexo, sem prejuízo do disposto nas demais Normas Regulamentadoras e normas técnicas oficiais
vigentes pertinentes à atividade, nas seguintes situações:
a) nas atividades onde tecnicamente for inviável o uso de Plataforma de Trabalho Aéreo - PTA, Cesta Aérea ou Cesto
Acoplado; ou
b) nas atividades em que o uso de Plataforma de Trabalho Aéreo - PTA, Cesta Aérea ou Cesto Acoplado ou outro
processo de trabalho represente maior risco de acidentes para sua realização.

4.2 A utilização de cesto suspenso nas hipóteses previstas no item acima, deve ser comprovada por meio de laudo
técnico e precedida por análise de risco realizada por Profissional Legalmente Habilitado com respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART.

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4.3 É proibida a movimentação de pessoas simultaneamente com carga, exceto as ferramentas, equipamentos e
materiais para a execução da tarefa acondicionados de forma segura.

4.4 As ferramentas, equipamentos e materiais a serem transportados não devem ter dimensões que possam trazer riscos
ou desconforto aos trabalhadores.

4.5 O peso total dos trabalhadores, ferramentas, equipamentos e materiais não pode exceder, em nenhum momento, a
capacidade de carga nominal da caçamba.

4.6 Para os cestos suspensos, o peso total da carga içada, incluindo o moitão, conjunto de cabos, caçamba,
trabalhadores, ferramentas e material não deve exceder 50% da capacidade de carga nominal do equipamento de
guindar.
4.7 A utilização de cesto suspenso deverá ser objeto de planejamento formal, contemplando as seguintes etapas:
a) realização de análise de risco;
b) especificação dos materiais e ferramentas necessárias;
c) elaboração de plano de movimentação de pessoas;
d) elaboração de procedimentos operacionais e de emergência;
e) emissão de permissão de trabalho para movimentação de pessoas.

4.8 A utilização do cesto suspenso deve estar sob a responsabilidade técnica de Profissional Legalmente Habilitado.

4.9 A supervisão da operação do cesto suspenso deve ser realizada por Engenheiro de Segurança do Trabalho ou
Técnico de Segurança do Trabalho.

4.10 A operação contará com a presença física de profissional capacitado em movimentação de carga desde o
planejamento até a conclusão.

4.11 A análise de risco da operação deve prever recurso para realização de operação de emergência com vistas à retirada
do trabalhador da caçamba ou plataforma ou seu posicionamento em local seguro em caso de pane do sistema.

4.12 A análise de risco deve considerar possíveis interferências no entorno, em particular a operação de outros
equipamentos de movimentação, devendo nesse caso ser impedida a movimentação simultânea ou adotado sistema
anticolisão, quando utilizadas gruas.

4.13 Antes de içar os trabalhadores nos cestos suspensos, devem ser realizados testes operacionais de içamento com a
caçamba a cada turno e após qualquer mudança de local de instalação, configuração dos equipamentos de içamento, ou
do operador.

4.14 Os testes de içamento devem ser executados para avaliar a correta instalação e configuração dos equipamentos de
içamento, o funcionamento dos sistemas de segurança, as capacidades de carga e a existência de qualquer interferência
perigosa.

4.15 No içamento de teste, a caçamba deve ser carregada com a carga prevista para o içamento dos trabalhadores e
deslocada até a posição em que ocorre o momento de carga máximo da operação planejada.

4.16 O cesto suspenso deve ser projetado por Profissional Legalmente Habilitado, contendo as especificações
construtivas e a respectiva memória de cálculo, acompanhadas de ART.

4.17 Para efeitos de dimensionamento, devem ser considerados a carga nominal com os seguintes coeficientes de
segurança:
a) cinco para os elementos estruturais da caçamba;
b) sete para o sistema de suspensão com um único ponto de sustentação;
c) cinco para os sistemas de suspensão com dois ou mais pontos de sustentação.

4.18 A caçamba deve dispor de:


a) capacidade mínima de 136 kg;
b) sistema de proteção contra quedas com no mínimo 990 mm de altura e demais requisitos dos itens 12.70, alíneas
“a”, “b”, “d” e “e”, 12.71, 12.71.1 e 12.73, alíneas “a”, “b” e “c” desta NR;

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c) piso com superfície antiderrapante e sistema de drenagem cujas aberturas não permitam a passagem de uma esfera
com diâmetro de 15 mm;
d) no mínimo, conjunto estrutural, piso e sistema de proteção contra quedas confeccionados em material metálico;
e) ponto(s) de fixação para ancoragem de cinto de segurança tipo paraquedista em qualquer posição de trabalho,
sinalizados e dimensionados em função do número máximo de ocupantes da caçamba e capazes de suportar cargas
de impacto em caso de queda;
f) barra fixa no perímetro interno, na altura mínima de 990 mm, com projeção interna mínima de 50 mm a partir do
limite do travessão superior do sistema de proteção contra quedas para o apoio e proteção das mãos e capaz de
resistir aos esforços mencionados na alínea “g” deste item;
g) portão que não permita a abertura para fora e com sistema de travamento que impeça abertura acidental.

4.19 A caçamba deve ter afixada em seu interior placa de identificação indelével de fácil visualização, com no mínimo
as seguintes informações:
a) identificação do fabricante;
b) data de fabricação;
c) capacidade de carga da caçamba em peso e número de ocupantes;
d) modelo e número de identificação de caçamba que permita a rastreabilidade do projeto;
e) peso do cesto suspenso vazio (caçamba e sistema de suspensão).

4.20 Sempre que o cesto suspenso sofrer alterações que impliquem em mudança das informações constantes da placa de
identificação, esta deve ser atualizada.

4.21 O içamento do cesto suspenso somente pode ser feito por meio de cabo de aço, com fitilho de identificação ou
sistema para identificação e rastreamento previsto pelo INMETRO - Regulamento de Avaliação da Conformidade para
Cabos de Aço de Uso Geral, Portaria INMETRO/MDIC n.º 176, de 16/06/2009.

4.22 É proibida a utilização de correntes, cabos de fibras naturais ou sintéticos no içamento e/ou sustentação do cesto
suspenso.

4.23 O sistema de suspensão deve minimizar a inclinação devido ao movimento de pessoal na caçamba e não deve
permitir inclinação de mais de dez graus fora do plano horizontal.

4.24 Os sistemas de suspensão devem ser dedicados, não podendo ser utilizados para outras finalidades, e satisfazer aos
seguintes requisitos:
a) o sistema de suspensão de cabos com superlaços unidos mecanicamente deve ser projetado com sapatilha em todos
os olhais, sendo proibida a utilização de grampos, soquetes tipo cunha, ou nós;
b) o sistema de suspensão de cabos com conexões finais de soquetes com furos deve ser concebido de acordo com as
instruções do fabricante;
c) todos os sistemas de suspensão de eslinga devem utilizar uma ligação principal para a fixação ao gancho do moitão
do equipamento de içamento ou à manilha com porca e contra-pino;
d) as cargas devem ser distribuídas uniformemente entre os pontos de sustentação do sistema de suspensão;
e) o conjunto de cabos (superlaços) destinado a suspender a caçamba deve ter sua carga nominal identificada;
f) manilhas, se usadas no sistema de suspensão, devem ser do tipo com porca e contrapino;
g) deve haver um elemento reserva entre o gancho do moitão e as eslingas do sistema de suspensão, de forma a
garantir a continuidade de sustentação do sistema em caso de rompimento do primeiro elemento;
h) os ganchos devem ser dotados de sistema distorcedor e trava de segurança;
i) os cabos e suas conexões devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR 11900 - Extremidades de laços de
cabos de aço.

4.25 Quando a análise de risco indicar a necessidade de estabilização da caçamba por auxiliar externo, esta deve ser
feita por meio de elementos de material não condutor, vedado o uso de fibras naturais.

4.26 O equipamento de guindar utilizado para movimentar pessoas no cesto suspenso deve possuir, no mínimo:
a) anemômetro que emita alerta visual e sonoro para o operador do equipamento de guindar quando for detectada a
incidência de vento com velocidade igual ou superior a 35 km/h;

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b) indicadores do raio e do ângulo de operação da lança, com dispositivos automáticos de interrupção de movimentos
(dispositivo limitador de momento de carga) que emitam um alerta visual e sonoro automaticamente e impeçam o
movimento de cargas acima da capacidade máxima do guindaste;
c) indicadores de níveis longitudinal e transversal;
d) limitador de altura de subida do moitão que interrompa a ascensão do mesmo ao atingir a altura previamente
ajustada;
e) dispositivo de tração de subida e descida do moitão que impeça a descida da caçamba ou plataforma em queda livre
(banguela);
f) ganchos com identificação e travas de segurança;
g) aterramento elétrico;
h) válvulas hidráulicas em todos os cilindros hidráulicos a fim de evitar movimentos indesejáveis em caso de perda de
pressão no sistema hidráulico, quando utilizado guindastes;
i) controles que devem voltar para a posição neutra quando liberados pelo operador;
j) dispositivo de parada de emergência;
k) dispositivo limitador de velocidade de deslocamento vertical do cesto suspenso de forma a garantir que se
mantenha, no máximo, igual a trinta metros por minuto (30m/min).

4.27 Em caso de utilização de grua, esta deve possuir, no mínimo:


a) limitador de momento máximo, por meio de sistema de segurança monitorado por interface de segurança;
b) limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação, por meio de sistema de segurança monitorado
por interface de segurança;
c) limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades, por meio de sistema de segurança
monitorado por interface de segurança;
d) limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão, por meio de sistema de segurança monitorado por
interface de segurança;
e) alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como de acionamento
automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando;
f) placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, conforme especificado pelo fabricante;
g) luz de obstáculo (lâmpada piloto);
h) trava de segurança no gancho do moitão;
i) cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e contra-lança;
j) limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico;
k) anemômetro que emita alerta visual e sonoro para o operador do equipamento de guindar quando for detectada a
incidência de vento com velocidade igual ou superior a 35 km/h;
l) dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço;
m) limitador de curso de movimentação de gruas sobre trilhos, por meio de sistema de segurança monitorado por
interface de segurança;
n) limitadores de curso para o movimento da lança - item obrigatório para gruas de lança móvel ou retrátil;
o) aterramento elétrico;
p) dispositivo de parada de emergência;
q) dispositivo limitador de velocidade de deslocamento vertical do cesto suspenso de forma a garantir que se
mantenha, no máximo, igual a trinta metros por minuto (30m/min).

4.28 É obrigatório, imediatamente antes da movimentação, a realização de:


a) reunião de segurança sobre a operação com os envolvidos, contemplando as atividades que serão desenvolvidas, o
processo de trabalho, os riscos e as medidas de proteção, conforme análise de risco, consignado num documento a
ser arquivado contendo o nome legível e assinatura dos participantes;
b) inspeção visual do cesto suspenso;
c) checagem do funcionamento do rádio;

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d) confirmação de que os sinais são conhecidos de todos os envolvidos na operação.

4.29 A reunião de segurança deve instruir toda a equipe de trabalho, dentre outros envolvidos na operação, no mínimo,
sobre os seguintes perigos:
a) impacto com estruturas externas à plataforma;
b) movimento inesperado da plataforma;
c) queda de altura;
d) outros específicos associados com o içamento.

4.30 A equipe de trabalho é formada pelo(s) ocupante(s) do cesto, operador do equipamento de guindar, sinaleiro
designado e supervisor da operação.

4.31 A caçamba, o sistema de suspensão e os pontos de fixação devem ser inspecionados, pelo menos, uma vez por dia,
antes do uso, por um trabalhador capacitado para esta inspeção. A inspeção deve contemplar no mínimo os itens da
Lista de Verificação n.º 1 deste anexo, os indicados pelo fabricante da caçamba e pelo Profissional Legalmente
Habilitado responsável técnico pela utilização do cesto.

4.32 Quaisquer condições encontradas que constituam perigo devem ser corrigidas antes do içamento do pessoal.

4.33 As inspeções devem ser registradas em documentos específicos, podendo ser adotado meio eletrônico.

4.34 A equipe de trabalho deve portar rádio comunicador operando em faixa segura e exclusiva.

4.35 Os ocupantes do cesto devem portar um rádio comunicador para operação e um rádio adicional no cesto.

4.36 Deve haver comunicação permanente entre os ocupantes do cesto e o operador de guindaste.

4.37 Se houver interrupção da comunicação entre o operador do equipamento de guindar e o trabalhador ocupante do
cesto, a movimentação do cesto deve ser interrompida até que a comunicação seja restabelecida.

4.38 Os sinais de mão devem seguir regras internacionais, podendo ser criados sinais adicionais desde que sejam
conhecidos pela equipe e não entrem em conflito com os já estabelecidos pela regra internacional.

4.39 Placas ou cartazes contendo a representação dos sinais de mão devem ser afixados de modo visível dentro da
caçamba e em quaisquer locais de controle e sinalização de movimento do cesto suspenso.

4.40 Dentre os ocupantes do cesto, pelo menos um trabalhador deve ser capacitado em código de sinalização de
movimentação de carga.

4.41 É proibido o trabalho durante tempestades com descargas elétricas ou em condições climáticas adversas ou
qualquer outra condição metrológica que possa afetar a segurança dos trabalhadores.

4.42 Na utilização do cesto suspenso, deve ser garantido distanciamento das redes energizadas.

5. Os sistemas de segurança previstos neste anexo devem atingir a performance de segurança com a combinação de
componentes de diferentes tecnologias (ex: mecânica, hidráulica, pneumática e eletrônica), e da seleção da categoria de
cada componente levando em consideração a tecnologia usada.

6. Toda documentação prevista neste anexo deve permanecer no estabelecimento à disposição dos Auditores Fiscais do
Trabalho, dos representantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e dos representantes das Entidades
Sindicais representativas da categoria, sendo arquivada por um período mínimo de 5 (cinco) anos.

7. Para operações específicas de transbordo em plataformas marítimas, deve ser utilizada a cesta de transferência
homologada pela Diretoria de Portos e Costas - DPC da Marinha do Brasil.

7.1 A equipe de trabalho deve ser capacitada com Curso Básico de Segurança de Plataforma (NORMAM 24) e portar
colete salva-vidas.

7.2 Devem ser realizados procedimentos de adequação da embarcação, área livre de convés e condições ambientais.

7.3 O uso de Cesto Suspenso para o transbordo de pessoas entre cais e embarcação, deve atender, adicionalmente, aos
seguintes requisitos: (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

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a) deve ser emitida uma Permissão de Trabalho para a operação, cujo prazo de validade será, no máximo, aquele da
jornada de trabalho do operador do equipamento de guindar;
b) deve ser registrado o nome de cada transbordado;
c) deve ser realizada, antes da entrada dos transbordados na caçamba, tanto a bordo da embarcação quanto no cais,
uma instrução de segurança sobre as regras a serem observadas pelos mesmos durante o transbordo;
d) para atividades sobre a água, todas as pessoas transbordadas devem utilizar coletes salva-vidas homologados pela
Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil.

8. Serviços de manutenção de instalações energizadas de linhas de transmissão e barramentos energizados para


trabalhos ao potencial devem atender aos requisitos de segurança previstos na NR-10.

Lista de verificação Nº 1

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NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 12 de novembro de 1979 23/11/79
Portaria SSMT n.º 01, de 17 de abril de 1980 25/04/80
Portaria SSMT n.º 05, de 09 de fevereiro de 1983 17/02/83
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983 15/09/83
Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 26/11/90
Portaria DSST n.º 01, de 28 de maio de 1991 29/05/91
Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 1992 08/10/92
Portaria DNSST n.º 09, de 05 de outubro de 1992 14/10/92
Portaria SSST n.º 04, de 11 de abril de 1994 14/04/94
Portaria SSST n.º 22, de 26 de dezembro de 1994 27/12/94
Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995 22/12/95
Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004 21/10/04
Portaria SIT n.º 43, de 11 de março de 2008 (Rep.) 13/03/08
Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011 01/02/11
Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014 14/08/14
Portaria MTb n.º 1.084, de 18 de dezembro de 2018 19/12/18

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)

15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;

15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.

15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:

15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para
efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.

15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:


a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

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15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a
insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado,
fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.

15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão
competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.

15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do
Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e
classificar ou determinar atividade insalubre.

15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito do
Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.

15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.

15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex-officio da perícia, quando
solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

ANEXO N.º 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não
seja ruído de impacto.

2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão
sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas
próximas ao ouvido do trabalhador.

3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste
anexo.

4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível

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relativa ao nível imediatamente mais elevado.

5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente
protegidos.

6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser
considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:

C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
T1 T2 T3 Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.

Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a
máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo.

7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a
115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.

ANEXO N.º 2
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo,
a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no
circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O
limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá
ser avaliado como ruído contínuo.

3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a
leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será
de 120 dB(C).

4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto
superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no
circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

ANEXO N.º 3
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR

1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido
pelas equações que se seguem:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.

2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e
termômetro de mercúrio comum.

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3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local de prestação de serviço.

1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1.

QUADRO N.º 1

REGIME DE TRABALHO TIPO DE ATIVIDADE


INTERMITENTE COM DESCANSO NO
PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO LEVE MODERADA PESADA
(por hora)
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho, sem a adoção de
acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
medidas adequadas de controle

2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3.

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em
outro local (local de descanso).

1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador
em repouso ou exercendo atividade leve.

2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro n.º 2.

QUADRO N.° 2

M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG


175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0

Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:

M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.

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Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.

______
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
______
IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTG d xTd
60
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos
corridos.

3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3.

4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

QUADRO N.º 3

TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE

TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h


SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. 150
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). 440
Trabalho fatigante 550

ANEXO N.º 4

(Anexo revogado pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)

ANEXO N.º 5
RADIAÇÕES IONIZANTES

Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os
princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos
indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de
Proteção Radiológica", de março de 2014, aprovada pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou daquela que venha a
substituí-la. (Atualizado pela Portaria MTb n.º 1.084, de 18 de dezembro de 2018)

ANEXO N.º 6
TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS
(Título alterado pela Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983)

Este Anexo trata dos trabalhos sob ar comprimido e dos trabalhos submersos.

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1. TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 05, de 09 de fevereiro de 1983)

1.1 Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões
maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas anexas.

1.2 Para fins de aplicação deste item, define-se:


a) Câmara de Trabalho - É o espaço ou compartimento sob ar comprimido, no interior da qual o trabalho está sendo
realizado;
b) Câmara de Recompressão - É uma câmara que, independentemente da câmara de trabalho, é usada para tratamento
de indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia e é diretamente supervisionada por médico
qualificado;
c) Campânula - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do tubulão e
vice-versa;
d) Eclusa de Pessoal - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do túnel
e vice-versa;
e) Encarregado de Ar Comprimido - É o profissional treinado e conhecedor das diversas técnicas empregadas nos
trabalhos sob ar comprimido, designado pelo empregador como o responsável imediato pelos trabalhadores;
f) Médico Qualificado - É o médico do trabalho com conhecimentos comprovados em Medicina Hiperbárica,
responsável pela supervisão e pelo programa médico;
g) Operador de Eclusa ou de Campânula - É o indivíduo previamente treinado nas manobras de compressão e
descompressão das eclusas ou campânulas, responsável pelo controle da pressão no seu interior;
h) Período de Trabalho - É o tempo durante o qual o trabalhador fica submetido a pressão maior que a do ar
atmosférico excluindo-se o período de descompressão;
i) Pressão de Trabalho - É a maior pressão de ar à qual é submetido o trabalhador no tubulão ou túnel durante o
período de trabalho;
j) Túnel Pressurizado - É uma escavação, abaixo da superfície do solo, cujo maior eixo faz um ângulo não superior a
45º (quarenta e cinco graus) com a horizontal, fechado nas duas extremidades, em cujo interior haja pressão superior
a uma atmosfera;
l) Tubulão de Ar Comprimido - É uma estrutura vertical que se estende abaixo da superfície da água ou solo, através
da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela campânula, para uma pressão maior que atmosférica. A
atmosfera pressurizada opõe-se à pressão da água e permite que os homens trabalhem em seu interior.

1.3 O disposto neste item aplica-se a trabalhos sob ar comprimido em tubulões pneumáticos e túneis pressurizados.

1.3.1 Todo trabalho sob ar comprimido será executado de acordo com as prescrições dadas a seguir e quaisquer
modificações deverão ser previamente aprovadas pelo órgão nacional competente em segurança e medicina do trabalho.

1.3.2 O trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas.

1.3.3 Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a
3,4 kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do
médico responsável.

1.3.4 A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 (oito) horas, em pressões de
trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2; a 6 (seis) horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2; e a 4 (quatro) horas, em
pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2.

1.3.5 Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas) horas, no canteiro
de obra, cumprindo um período de observação médica.

1.3.5.1 O local adequado para o cumprimento do período de observação deverá ser designado pelo médico responsável.

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1.3.6 Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão satisfazer os seguintes requisitos:
a) ter mais de 18 (dezoito) e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
b) ser submetido a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, exigido pelas características e
peculiaridades próprias do trabalho;
c) ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo anexo (Quadro I), fornecida no ato da admissão, após
a realização do exame médico.

1.3.7 Antes da jornada de trabalho, os trabalhadores deverão ser inspecionados pelo médico, não sendo permitida a
entrada em serviço daqueles que apresentem sinais de afecções das vias respiratórias ou outras moléstias.

1.3.7.1 É vedado o trabalho àqueles que se apresentem alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas alcoólicas.

1.3.8 É proibido ingerir bebidas gasosas e fumar dentro dos tubulões e túneis.

1.3.9 Junto ao local de trabalho, deverão existir instalações apropriadas à Assistência Médica, à recuperação, à
alimentação e à higiene individual dos trabalhadores sob ar comprimido.

1.3.10 Todo empregado que vá exercer trabalho sob ar comprimido deverá ser orientado quanto aos riscos decorrentes
da atividade e às precauções que deverão ser tomadas, mediante educação audiovisual.

1.3.11 Todo empregado sem prévia experiência em trabalhos sob ar comprimido deverá ficar sob supervisão de pessoa
competente, e sua compressão não poderá ser feita se não for acompanhado, na campânula, por pessoa hábil para instruí-
lo quanto ao comportamento adequado durante a compressão.

1.3.12 As turmas de trabalho deverão estar sob a responsabilidade de um encarregado de ar comprimido, cuja principal
tarefa será a de supervisionar e dirigir as operações.

1.3.13 Para efeito de remuneração, deverão ser computados na jornada de trabalho o período de trabalho, o tempo de
compressão, descompressão e o período de observação médica.

1.3.14 Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar comprimido, deverão ser observadas as seguintes
condições:
a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico qualificado, bem
como local apropriado para atendimento médico;
b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica, onde deverão ser registrados os dados
relativos aos exames realizados;
c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico qualificado, que
atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;
d) o candidato considerado inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho;
e) o atestado de aptidão terá validade por 6 (seis) meses;
f) em caso de ausência ao trabalho por mais de 10 (dez) dias ou afastamento por doença, o empregado, ao retornar,
deverá ser submetido a novo exame médico.

1.3.15 Exigências para Operações nas Campânulas ou Eclusas.

1.3.15.1 Deverá estar presente no local, pelo menos, uma pessoa treinada nesse tipo de trabalho e com autoridade para
exigir o cumprimento, por parte dos empregados, de todas as medidas de segurança preconizadas neste item.

1.3.15.2 As manobras de compressão e descompressão deverão ser executadas através de dispositivos localizados no
exterior da campânula ou eclusa, pelo operador das mesmas. Tais dispositivos deverão existir também internamente,
porém serão utilizados somente em emergências. No início de cada jornada de trabalho, os dispositivos de controle
deverão ser aferidos.

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1.3.15.3 O operador da campânula ou eclusa anotará, em registro adequado (Quadro II) e para cada pessoa o seguinte:
a) hora exata da entrada e saída da campânula ou eclusa;
b) pressão do trabalho;
c) hora exata do início e do término de descompressão.

1.3.15.4 Sempre que as manobras citadas no subitem 1.3.15.2 não puderem ser realizadas por controles externos, os
controles de pressão deverão ser dispostos de maneira que uma pessoa, no interior da campânula, de preferência o
capataz, somente possa operá-lo sob vigilância do encarregado da campânula ou eclusa.

1.3.15.5 Em relação à ventilação e à temperatura, serão observadas as seguintes condições:


a) durante a permanência dos trabalhadores na câmara de trabalho ou na campânula ou eclusa, a ventilação será
contínua, à razão de, no mínimo, 30 (trinta) pés cúbicos/min./homem;
b) a temperatura, no interior da campânula ou eclusa, da câmara de trabalho, não excederá a 27ºC (temperatura de globo
úmido), o que poderá ser conseguido resfriando-se o ar através de dispositivos apropriados (resfriadores), antes da
entrada na câmara de trabalho, campânula ou eclusa, ou através de outras medidas de controle;
c) a qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza estabelecidos no subitem 1.3.15.6, através da
utilização de filtros apropriados, colocados entre a fonte de ar e a câmara de trabalho, campânula ou eclusa.

1.3.15.6

CONTAMINANTE LIMITE DE TOLERÂNCIA


Monóxido de carbono 20 ppm
Dióxido de carbono 2.500 ppm
5 mg/m³ (PT>2kgf/cm 2)
Óleo ou material particulado
3 g/m³ (PT<2kgf/cm 2)
Metano 10% do limite inferior de explosividade
Oxigênio mais de 20%

1.3.15.7 A comunicação entre o interior dos ambientes sob pressão de ar comprimido e o exterior deverá ser feita por
sistema de telefonia ou similar.

1.3.16 A compressão dos trabalhadores deverá obedecer às seguintes regras:


a) no primeiro minuto, após o início da compressão, a pressão não poderá ter incremento maior que 0,3 kgf/cm 2;
b) atingido o valor 0,3 kgf/cm2, a pressão somente poderá ser aumentada após decorrido intervalo de tempo que permita
ao encarregado da turma observar se todas as pessoas na campânula estão em boas condições;
c) decorrido o período de observação, recomendado na alínea "b", o aumento da pressão deverá ser feito a uma
velocidade não-superior a 0,7 kgf/cm 2, por minuto, para que nenhum trabalhador seja acometido de mal-estar;
d) se algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no ouvido ou na cabeça, a compressão deverá ser
imediatamente interrompida e o encarregado reduzirá gradualmente a pressão da campânula até que o trabalhador se
recupere e, não ocorrendo a recuperação, a descompressão continuará até a pressão atmosférica, retirando-se, então,
a pessoa e encaminhado-a ao serviço médico.

1.3.17 Na descompressão de trabalhadores expostos à pressão de 0,0 a 3,4 kgf/cm2, serão obedecidas as tabelas anexas
(Quadro III) de acordo com as seguintes regras:
a) sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campânula ou eclusa e seus períodos
de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes, a descompressão processar-se-á de acordo com o maior
período ou maior pressão de trabalho experimentada pelos trabalhadores envolvidos;
b) a pressão será reduzida a uma velocidade não superior a 0,4 kgf/cm2, por minuto, até o primeiro estágio de
descompressão, de acordo com as tabelas anexas; a campânula ou eclusa deve ser mantida naquela pressão, pelo
tempo indicado em minutos, e depois diminuída a pressão à mesma velocidade anterior, até o próximo estágio e
assim por diante; para cada 5 (cinco) minutos de parada, a campânula deverá ser ventilada à razão de 1 (um) minuto.

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1.3.18 Para o tratamento de caso de doença descompressiva ou embolia traumática pelo ar, deverão ser empregadas as
tabelas de tratamento de VAN DER AUER e as de WORKMAN e GOODMAN.

1.3.19 As atividades ou operações realizadas sob ar comprimido serão consideradas insalubres de grau máximo.

1.3.20 O não-cumprimento ao disposto neste item caracteriza o grave e iminente risco para os fins e efeitos da NR-3.

QUADRO I

MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO PARA TRABALHO EM AMBIENTE SOB AR COMPRIMIDO

FRENTE
4 cm

EM CASO DE INCOSNCIÊNCIA OU MAL DE CAUSA

INDETERMINADA TELEFONAR PARA O N.º_____________

E ENCAMINHAR O PORTADOR DESTA PARA ___________


6 cm

VERSO

NOME DA CIA
4 cm

NOME DO TRABALHADOR

ATENÇÃO: TRABALHA EM AR COMPRIMIDO

6 cm

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ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL DA PLACA:
Alumínio com espessura de 2 mm

QUADRO II

FOLHA DE REGISTRO DO TRABALHO SOB AR COMPRIMIDO

FIRMA DATA
OBRA NOME DO ENCARREGADO
COMPRESSÃO DESCOMPRESSÃO
PRESSÃO PERÍODO
NOME FUNÇÃO HORA DE
DE DE INÍCIO TÉRMINO DURAÇÃO OBS.
ENTRADA
TRABALHO TRABALHO

QUADRO III

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Pressão de Trabalho de 0 a 0,900 kgf/cm2

ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL


PERÍODO DE TRABALHO
DE
(HORAS) 0,3 kgf/cm2
DESCOMPRESSÃO
0 a 6:00 4 min. 7 min.
6 a 8:00 14 min. 17 min.
+ de 8:00** 30 min. 33 min.

NOTAS: A velocidade de descompressão entre os estágios não deverá exceder a 0,3 kgf/cm 2 por minuto;
* incluído tempo de descompressão entre os estágios;
** somente em casos excepecionais, não podendo ultrapassar 12 horas.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de ½ a 1 hora.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO**
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.)
1,0 a 1,2 -
1,2 a 1,4 -
1,4 a 1,6 5 5
1,6 a 1,8 10 10
1,8 a 2,0 5 15 20

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 1h a 1 ½ hora

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PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE
TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO**
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.)
1,0 a 1,2 -
1,2 a 1,4 5 5
1,4 a 1,6 10 10
1,6 a 1,8 5 15 20
1,8 a 2,0 5 20 35

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de lh 30 min. a 2 horas

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.) **
1,0 a 1,2 5 5
1,2 a 1,4 10 10
1,4 a 1,6 5 20 25
1,6 a 1,8 10 30 40
1,8 a 2,0 5 15 35 55

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 2h a 2h 30 min.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.) **
1,0 a 1,2 5 5
1,2 a 1,4 20 20
1,4 a 1,6 5 30 35
1,6 a 1,8 15 40 55
1,8 a 2,0 5 25 40 70

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 2½ a 3 horas

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.) **
1,0 a 1,2 10 10

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1,2 a 1,4 5 20 25
1,4 a 1,6 10 35 45
1,6 a 1,8 5 20 40 65
1,8 a 2,0 10 30 40 80

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 3 a 4 horas

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.)**
1,0 a 1,2 15 15
1,2 a 1,4 5 30 35
1,4 a 1,6 15 40 55
1,6 a 1,8 5 25 45 75
1,8 a 2,0 5 15 30 45 95

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 4 a 6 horas ****

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO (kgf/cm2)* TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** DESCOMPRESSÃO
1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2
(kgf/cm2) (min.)**
1,0 a 1,2 20 20
1,2 a 1,4 5 35 40
1,4 a 1,6 5 20 40 65
1,6 a 1,8 10 30 45 85
1,8 a 2,0 5 20 35 45 105

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.
**** Até 8 (oito) horas para pressão de trabalho de 1,0 Kg/cm 2 e até 6 (seis) horas para as demais pressões.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 0 a ½ hora.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 5
2,2 a 2,4 5 5
2,4 a 2,6 5 5
2,6 a 2,8 5 5
2,8 a 3,0 5 5 10

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3,0 a 3,2 5 5 10
3,2 a 3,4 5 10 15

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho ½ a 1:00 hora.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 15 20
2,2 a 2,4 5 20 25
2,4 a 2,6 10 25 35
2,6 a 2,8 5 10 35 50
2,8 a 3,0 5 15 40 60
3,0 a 3,2 5 5 20 40 70
3,2 a 3,4 5 10 25 40 80

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 1 a 1 ½ hora.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 10 35 50
2,2 a 2,4 5 20 35 60
2,4 a 2,6 10 25 40 75
2,6 a 2,8 5 10 30 45 90
2,8 a 3,0 5 20 35 45 105
3,0 a 3,2 5 10 20 35 45 115
3,2 a 3,4 5 15 25 35 45 125

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 1 ½ a 2:00 horas.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 25 40 70
2,2 a 2,4 5 10 30 40 85
2,4 a 2,6 5 20 35 40 100
2,6 a 2,8 5 10 25 35 40 115

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2,8 a 3,0 5 15 30 35 45 130
3,0 a 3,2 5 10 20 30 35 45 145
3,2 a 3,4 5 15 25 30 35 45 155

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 2:00 a 2 ½ horas.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 10 30 45 90
2,2 a 2,4 5 20 35 45 105
2,4 a 2,6 5 10 25 35 45 120
2,6 a 2,8 5 20 30 35 45 135
2,8 a 3,0 5 10 20 30 35 45 145
3,0 a 3,2 5 5 15 25 30 35 45 160
3,2 a 3,4 5 10 20 25 30 40 45 175

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 2 ½ a 3:00 horas.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 15 35 40 95
2,2 a 2,4 10 25 35 45 115
2,4 a 2,6 5 15 30 35 45 130
2,6 a 2,8 5 10 20 30 35 45 145
2,8 a 3,0 5 20 25 30 35 45 160
3,0 a 3,2 5 10 20 25 30 40 45 175
3,2 a 3,4 5 5 15 25 25 30 40 45 190

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 3:00 a 4:00 horas.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 10 20 35 45 110
2,2 a 2,4 5 15 25 40 45 130
2,4 a 2,6 5 5 25 30 40 45 150

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2,6 a 2,8 5 15 25 30 40 45 160
2,8 a 3,0 5 10 20 25 30 40 45 175
3,0 a 3,2 5 5 15 25 25 30 40 45 190
3,2 a 3,4 5 15 20 25 30 30 40 45 210

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.

TABELA DE DESCOMPRESSÃO

Período de trabalho de 4 a 6 horas.

PRESSÃO DE ESTÁGIO DE DESCOMPRESSÃO TEMPO TOTAL DE


TRABALHO *** (kgf/cm2)* DESCOMPRESSÃO**
(kgf/cm2) 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 (min.)
2,0 a 2,2 5 10 25 40 50 130
2,2 a 2,4 10 20 30 40 55 155
2,4 a 2,6 5 15 25 30 45 60 180
2,6 a 2,8 5 10 20 25 30 45 70 205
2,8 a 3,0 10 15 20 30 40 50 80 245 ****

NOTAS:
(*) A descompressão tanto para o 1 o estágio quanto entre os estágios subseqüentes deverá ser feita a velocidade não
superior a 0,4 kgf/cm 2/minuto.
(**) Não está incluído o tempo entre estágios.
(***) Para os valores limite de pressão de trabalho use a maior descompressão.
(****) O período de trabalho mais o tempo de descompressão (incluindo o tempo entre os estágios) não deverá
exceder a 12 horas.

2. TRABALHOS SUBMERSOS
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983)

2.1 Para os fins do presente item consideram-se:

I - Águas Abrigadas: toda massa líquida que, pela existência de proteção natural ou artificial, não estiver sujeita ao
embate de ondas, nem correntezas superiores a 1 (um) nó;

II - Câmara Hiperbárica: um vaso de pressão especialmente projetado para a ocupação humana, no qual os
ocupantes podem ser submetidos a condições hiperbáricas;

III - Câmara de Superfície: uma câmara hiperbárica especialmente projetada para ser utilizada na descompressão
dos mergulhadores, requerida pela operação ou pelo tratamento hiperbárico;

IV - Câmara Submersível de Pressão Atmosférica: uma câmara resistente à pressão externa, especialmente
projetada para uso submerso, na qual os seus ocupantes permanecem submetidos à pressão atmosférica;

V - Câmara Terapêutica: a câmara de superfície destinada exclusivamente ao tratamento hiperbárico;

VI - Comandante da Embarcação: o responsável pela embarcação que serve de apoio aos trabalhos submersos;

VII - Condição Hiperbárica: qualquer condição em que a pressão ambiente seja maior que a atmosférica;

VIII - Condições Perigosas: situações em que uma operação de mergulho envolva riscos adicionais ou condições
adversas, tais como:
a) uso e manuseio de explosivos;
b) trabalhos submersos de corte e solda;
c) trabalhos em mar aberto;

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d) correntezas superiores a 2 (dois) nós;
e) estado de mar superior a "mar de pequenas vagas" (altura máxima das ondas de 2,00 (dois metros);
f) manobras de peso ou trabalhos com ferramentas que impossibilitem o controle da flutuabilidade do mergulhador;
g) trabalhos noturnos;
h) trabalhos em ambientes confinados.

IX - Contratante: pessoa física ou jurídica que contrata os serviços de mergulho ou para quem esses serviços são
prestados;

X - Descompressão: o conjunto de procedimentos, através do qual um mergulhador elimina do seu organismo o


excesso de gases inertes absorvidos durante determinadas condições hiperbáricas, sendo tais procedimentos
absolutamente necessários, no seu retorno à pressão atmosférica, para a preservação da sua integridade física;

XI - Emergência: qualquer condição anormal capaz de afetar a saúde do mergulhador ou a segurança da operação
de mergulho;

XII - Empregador: pessoa física ou jurídica, responsável pela prestação dos serviços, de quem os mergulhadores
são empregados;

XIII - Equipamento Autônomo de Mergulho: aquele em que o suprimento de mistura respiratória é levado pelo
próprio mergulhador e utilizado como sua única fonte;

XIV- Linha de Vida: um cabo, manobrado do local de onde é conduzido o mergulho, que, conectado ao
mergulhador, permite recuperá-lo e içá-lo da água, com seu equipamento;

XV - Mar Aberto: toda área que se encontra sob influência direta do mar alto;

XVI - Médico Hiperbárico: médico com curso de medicina hiperbárica com currículo aprovado pela SSMT/MTb,
responsável pela realização dos exames psicofísicos admissional, periódico e demissional de conformidade com os
Anexos A e B e a NR 7.

XVII - Mergulhador: o profissional qualificado e legalmente habilitado para utilização de equipamentos de


mergulho, submersos;

XVIII - Mergulho de Intervenção: o mergulho caracterizado pelas seguintes condições:


a) utilização de misturas respiratórias artificiais;
b) tempo de trabalho, no fundo, limitado a valores que não incidam no emprego de técnica de saturação.

XIX - Misturas Respiratórias Artificiais: misturas de oxigênio, hélio ou outros gases, apropriadas à respiração
durante os trabalhos submersos, quando não seja indicado o uso do ar natural;

XX - Operação de Mergulho: toda aquela que envolve trabalhos submersos e que se estende desde os
procedimentos iniciais de preparação até o final do período de observação;

XXI - Período de Observação: aquele que se inicia no momento em que o mergulhador deixa de estar submetido a
condições hiperbáricas e se estende:
a) até 12 (doze) horas para os mergulhos com ar;
b) até 24 (vinte e quatro) horas para os mergulhos com misturas respiratórias artificiais.

XXII - Plataforma de Mergulho: navio, embarcação, balsa, estrutura fixa ou flutuante, canteiro de obras, estaleiro,
cais ou local a partir do qual se realiza o mergulho;

XXIII - Pressão Ambiente: a pressão do meio que envolve o mergulhador;

XXIV - Programa Médico: o conjunto de atividades desenvolvidas pelo empregador, na área médica, necessária à
manutenção da saúde e integridade física do mergulhador;

XXV - Regras de Segurança: os procedimentos básicos que devem ser observados nas operações de mergulho, de
forma a garantir sua execução em perfeita segurança e assegurar a integridade física dos mergulhadores;

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XXVI - Sino Aberto: campânula com a parte inferior aberta e provida de estrado, de modo a abrigar e permitir o
transporte de, no mínimo, 2 (dois) mergulhadores, da superfície ao local de trabalho, devendo possuir sistema
próprio de comunicação, suprimento de gases de emergência e vigias que permitam a observação de seu exterior;

XXVII - Sino de Mergulho: uma câmara hiperbárica, especialmente projetada para ser utilizada em trabalhos
submersos;

XXVIII - Sistema de Mergulho: o conjunto de equipamentos necessários à execução de operações de mergulho,


dentro das normas de segurança;

XXIX - Supervisor de Mergulho: o mergulhador, qualificado e legalmente habilitado, designado pelo empregador
para supervisionar a operação de mergulho;

XXX - Técnicas de Saturação: os procedimentos pelos quais um mergulhador evita repetidas descompressões para
a pressão atmosférica, permanecendo submetido à pressão ambiente maior que aquela, de tal forma que seu
organismo se mantenha saturado com os gases inertes das misturas respiratórias;

XXXI - Técnico de Saturação: o profissional devidamente qualificado para aplicação das técnicas adequadas às
operações em saturação;

XXXII - Trabalho Submerso: qualquer trabalho realizado ou conduzido por um mergulhador em meio líquido;

XXXIII - Umbilical: o conjunto de linha de vida, mangueira de suprimento respiratório e outros componentes que
se façam necessários à execução segura do mergulho, de acordo com a sua complexidade.

2.1.1 O curso referido no inciso XVI do subitem 2.1 poderá ser ministrado por instituições reconhecidas e
autorizadas pelo MEC e credenciadas pela FUNDACENTRO para ministrar o referido curso.

2.1.2 O credenciamento junto à FUNDACENTRO referido no subitem 2.1.1 e o registro do médico hiperbárico na
SSMT/MTb serão feitos obedecendo às normas para credenciamento e registro na área de segurança e medicina do
trabalho.

2.2 Das obrigações do contratante.

2.2.1 Será de responsabilidade do contratante:


a) exigir do empregador, através do instrumento contratual, que os serviços sejam desenvolvidos de acordo com o
estabelecido neste item;
b) exigir do empregador que apresente Certificado de Cadastramento expedido pela Diretoria de Portos e Costas -
DPC;
c) oferecer todos os meios ao seu alcance para atendimento em casos de emergência quando solicitado pelo
supervisor de mergulho.

2.3 Das obrigações do empregador.

2.3.1 Será de responsabilidade do empregador:


a) garantir que todas as operações de mergulho obedeçam a este item;
b) manter disponível, para as equipes de mergulho, nos locais de trabalho, manuais de operação completos,
equipamentos e tabelas de descompressão adequadas;
c) indicar por escrito os integrantes da equipe e suas funções;
d) comunicar, imediatamente, à Delegacia do Trabalho Marítimo da região, através de relatório circunstanciado, os
acidentes ou situações de risco ocorridos durante a operação de mergulho;
e) exigir que os atestados médicos dos mergulhadores estejam atualizados;
f) garantir que as inspeções de saúde sejam conduzidas de acordo com as disposições do subitem 2.9 e propiciar
condições adequadas à realização dos exames médico-ocupacionais;
g) garantir a aplicação do programa médico aos seus mergulhadores, bem como assegurar comunicações eficientes
e meios para, em caso de acidente, prover o transporte rápido de médico qualificado para o local da operação;

277
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h) fornecer à equipe de mergulho as provisões, roupas de trabalho e equipamentos, inclusive os de proteção
individual, necessários à condução segura das operações planejadas;
i) assegurar que os equipamentos estejam em perfeitas condições de funcionamento e tenham os seus certificados
de garantia dentro do prazo de validade;
j) prover os meios para assegurar o cumprimento dos procedimentos normais e de emergência, necessários à
segurança da operação de mergulho, bem como à integridade física das pessoas nela envolvida;
l) fornecer, imediatamente, aos órgãos competentes, todas as informações a respeito das operações, equipamentos
de mergulho e pessoal envolvidos, quando solicitadas;
m) timbrar e assinar os livros de registro dos mergulhadores, referentes às operações de mergulho em que os
mesmos tenham participado;
n) guardar os Registros das Operações de Mergulho - ROM e outros julgados necessários, por um período mínimo
de 5 (cinco) anos, a contar da data de sua realização;
o) providenciar, para as equipes, condições adequadas de alojamento, alimentação e transporte.

2.4 Das Obrigações do Comandante da Embarcação ou do Responsável pela Plataforma de Mergulho.

2.4.1 Será de responsabilidade do comandante da embarcação ou do responsável pela plataforma de mergulho:


a) não permitir a realização de nenhuma atividade que possa oferecer perigo para os mergulhadores que tenham a
embarcação como apoio, consultando o supervisor de mergulho sobre as que possam afetar a segurança da
operação antes que os mergulhos tenham início;
b) tornar disponível ao supervisor, quando solicitado por este, durante as operações de mergulho e em casos de
emergência, todo equipamento, espaço ou facilidade para garantir a integridade física dos mergulhadores;
c) garantir que nenhuma manobra seja realizada e qualquer máquina ou equipamento pare de operar, se oferecerem
perigo para os mergulhadores em operação;
d) providenciar para que o supervisor de mergulho seja informado, antes do início da operação e a convenientes
intervalos no curso da mesma, sobre as previsões meteorológicas para a área de operação;
e) avisar as outras embarcações, nas imediações da realização da operação de mergulho, usando, para isso,
sinalização, balizamento ou outros meios adequados e eficientes.

2.5 Das Obrigações do Supervisor de Mergulho.

2.5.1 Será de responsabilidade do supervisor de mergulho:


a) assumir o controle direto da operação para a qual foi indicado;
b) só permitir que a operação de mergulho seja conduzida dentro do prescrito no presente item;
c) assinar o livro de registro de cada mergulhador participante da operação;
d) não mergulhar durante a operação de mergulho, quando atuando como supervisor;
e) só permitir que tomem parte na operação pessoas legalmente qualificadas e em condições para o trabalho;
f) decidir com os outros supervisores, quando dois ou mais supervisores forem indicados para uma operação, os
períodos da responsabilidade de cada um;
g) efetuar e preservar os registros especificados no subitem 2.12;
h) estabelecer, com o comandante da embarcação ou responsável pela plataforma de mergulho, as medidas
necessárias ao bom andamento e à segurança da operação de mergulho, antes do seu início;
i) requisitar a presença do médico qualificado no local da operação de mergulho, nos casos em que haja
necessidade de tratamento médico especializado;
j) não permitir a operação de mergulho se não houver, no local, os equipamentos normais e de emergência
adequados e em quantidade suficiente para sua condução segura;
l) comunicar ao empregador, dentro do menor prazo possível, todos os acidentes ou todas as situações de riscos,
ocorridos durante a operação, inclusive as informações individuais encaminhadas pelos mergulhadores.

2.6 Dos Deveres dos Mergulhadores.

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2.6.1 Será de responsabilidade do mergulhador:
a) portar, obrigatoriamente, o seu Livro de Registro do Mergulhador - LRM;
b) apresentar o LRM, sempre que solicitado pelo órgão competente, empregador, contratante ou supervisor;
c) providenciar os registros referentes a todas as operações de mergulho em que tenha tomado parte, tão breve
quanto possível, respondendo legalmente pelas anotações efetuadas;
d) informar ao supervisor de mergulho se está fisicamente inapto ou se há qualquer outra razão pela qual não possa
ser submetido a condição hiperbárica;
e) guardar os seus LRM, por um período mínimo de 5 (cinco) anos, a contar da data do último registro;
f) cumprir as regras de segurança e demais dispositivos deste item;
g) comunicar ao supervisor as irregularidades observadas durante a operação de mergulho;
h) apresentar-se para exame médico, quando determinado pelo empregador;
i) assegurar-se, antes do início da operação, de que os equipamentos individuais fornecidos pelo empregador
estejam em perfeitas condições de funcionamento.

2.7 Da Classificação dos Mergulhadores.

2.7.1 Os mergulhadores serão classificados em duas categorias:


a) MR - mergulhadores habilitados, apenas, para operações de mergulho utilizando ar comprimido;
b) MP - mergulhadores devidamente habilitados para operações de mergulho que exijam a utilização de mistura
respiratória artificial.

2.8 Das Equipes de Mergulho.

2.8.1 A equipe básica para mergulho com “ar comprimido” até a profundidade de 50 (cinqüenta metros) e na
ausência das condições perigosas definidas no inciso VIII do subitem 2.1 deverá ter a constituição abaixo
especificada, desde que esteja prevista apenas descompressão na água:
a) 1 supervisor;
b) 1 mergulhador para a execução do trabalho;
c) 1 mergulhador de reserva, pronto para intervir em caso de emergência;
d) 1 auxiliar de superfície.

2.8.1.1 Em águas abrigadas, nas condições descritas no subitem 2.8.1, considerada a natureza do trabalho e, desde
que a profundidade não exceda a 12,00m (doze metros) a equipe básica poderá ser reduzida de seu auxiliar de
superfície.

2.8.2 Quando, em mergulhos nas condições estipuladas no subitem 2.8.1, estiver programada descompressão na
câmara de superfície, a equipe básica será acrescida de 1 (um) mergulhador, que atuará como operador de câmara.

2.8.3 Na ocorrência de quaisquer das condições perigosas enumeradas no inciso VIII do subitem 2.1, as equipes
descritas nos subitens 2.8.1 e 2.8.2 serão acrescidas de 1 (um) mergulhador, passando, respectivamente, a serem
constituídas por 5 (cinco) e 6 (seis) homens.

2.8.4 Em toda operação de mergulho em que para a realização do trabalho for previsto o emprego simultâneo de 2
(dois) ou mais mergulhadores na água, deverá existir, no mínimo, 1(um) mergulhador de reserva para cada 2 (dois)
submersos.

2.8.5 Em operação a mais de 50,00m (cinqüenta metros), ou quando for utilizado equipamento autônomo, serão
sempre empregados, no mínimo, 2 (dois) mergulhadores submersos, de modo que um possa, em caso de
necessidade, prestar assistência ao outro.

2.8.6 Nos mergulhos de intervenção, utilizando-se Misturas Respiratórias Artificiais - MRA, as equipes de mergulho
terão a seguinte constituição:
a) até a profundidade de 120,00m (cento e vinte metros):
- 1 supervisor

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- 2 mergulhadores
- 1 mergulhador encarregado da operação do sino
- 1 mergulhador auxiliar
- 1 mergulhador de reserva para atender a possíveis emergências
b) de 120,00m (cento e vinte metros) a 130,00m (cento e trinta metros):
- todos os elementos acima e mais 1 (um) mergulhador encarregado da operação da câmara hiperbárica.

2.8.7 Nas operações com técnica de saturação deverá haver, no mínimo, 2 (dois) supervisores e 2 (dois) técnicos de
saturação.

2.9 Exames Médicos.

2.9.1 É obrigatória a realização de exames médicos, dentro dos padrões estabelecidos neste subitem, para o exercício
da atividade de mergulho, em nível profissional.

2.9.2 Os exames médicos serão divididos em duas categorias:


a) exame pré-admissional para seleção de candidatos à atividade de mergulho;
b) exame periódico para controle do pessoal em atividade de mergulho.

2.9.3 Os exames médicos só serão considerados válidos, habilitando o mergulhador para o exercício da atividade,
quando realizados por médico qualificado.

2.9.4 Caberá, igualmente, ao médico qualificado, a condução dos testes de pressão e de tolerância de oxigênio.

2.9.5 Os exames deverão ser conduzidos de acordo com os padrões psicofísicos estabelecidos nos Anexos A e B.

2.9.6 O médico concluirá os seus laudos por uma das seguintes formas:
a) apto para mergulho (integridade física e psíquica);
b) incapaz temporariamente para mergulho (patologia transitória);
c) incapaz definitivamente para mergulho (patologia permanente e/ou progressiva).

2.9.7 Os exames médicos dos mergulhadores serão realizados nas seguintes condições:
a) por ocasião da admissão;
b) a cada 6 seis meses, para todo o pessoal em efetiva atividade de mergulho;
c) imediatamente, após acidente ocorrido no desempenho de atividade de mergulho ou moléstia grave;
d) após o término de incapacidade temporária;
e) em situações especiais, por solicitação do mergulhador ao empregador.

2.9.7.1 Os exames médicos a que se refere o subitem anterior, só terão validade quando realizados em território
nacional.

2.9.8 Os exames complementares previstos nos Anexos A e B terão validade de 12 (doze) meses, ficando a critério
do médico qualificado a solicitação, a qualquer tempo, de qualquer exame que julgar necessário.

2.10 Das Regras de Segurança do Mergulho.

2.10.1 É obrigatório o uso de comunicações verbais em todas as operações de mergulho realizadas em condições
perigosas sendo que, em mergulhos com Misturas Respiratórias Artificiais - MRA, deverão ser incluídos
instrumentos capazes de corrigir as distorções sonoras provocadas pelos gases na transmissão da voz.

2.10.2 Em mergulho a mais de 50,00m (cinqüenta metros) de profundidade, quando utilizando sino de mergulho ou
câmara submersível de pressão atmosférica, é obrigatória a disponibilidade de intercomunicador, sem fio, que
permita comunicações verbais, para utilização em caso de emergência.

2.10.3 Em todas as operações de mergulho, serão utilizados balizamento e sinalização adequados de acordo com o

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código internacional de sinais e outros meios julgados necessários à segurança.

2.10.4 A técnica de mergulho suprido pela superfície será sempre empregada, exceto em casos especiais onde as
próprias condições de segurança indiquem ser mais apropriada a técnica de mergulho autônomo, sendo esta apoiada
por uma embarcação miúda.

2.10.5 Os umbilicais ou linhas de vida serão sempre afixados a cintas adequadas e que possam suportar o peso do
mergulhador e dos equipamentos.

2.10.6 A entrada e saída dos mergulhadores no meio líquido será sempre facilitada com o uso de cestas, convés ao
nível de água ou escadas rígidas.

2.10.7 Os mergulhos com descompressão só deverão ser planejados para situações em que uma câmara de
superfície, conforme especificada no subitem 2.11.20 e pronta para operar, possa ser alcançada em menos de 1(uma)
hora, utilizado o meio de transporte disponível no local.

2.10.7.1 Caso a profundidade seja maior que 40,00m (quarenta metros) ou o tempo de descompressão maior que 20
(vinte) minutos, é obrigatória a presença no local do mergulho de uma câmara de superfície de conformidade com o
subitem 2.11.20.

2.10.8 Sempre que for necessário pressurizar ou descomprimir um mergulhador, um segundo homem deverá
acompanhá-lo no interior da câmara.

2.10.9 O uso de câmaras de compartimento único só será permitido, em emergência, para transporte de acidentado,
até o local onde houver instalada uma câmara de duplo compartimento.

2.10.10 Nas operações de mergulho em que for obrigatória a utilização de câmara de superfície, só poderá ser
iniciado o segundo mergulho após o término do período de observação do mergulho anterior, a menos que haja no
local, em disponibilidade, uma segunda câmara e pessoal suficiente para operá-la.

2.10.11 Durante o período de observação, as câmaras de superfície deverão estar desocupadas e prontas para
utilização, de modo a atender a uma possível necessidade de recompressão do mergulhador.

2.10.11.1 Durante o período de observação, o supervisor e demais integrantes da equipe, necessários para conduzir
uma recompressão, não deverão afastar-se do local.

2.10.12 Durante o período de observação não será permitido aos mergulhadores:


a) realizar outro mergulho, exceto utilizando as tabelas apropriadas para mergulhos sucessivos;
b) realizar vôos a mais de 600 (seiscentos) metros;
c) realizar esforços físicos excessivos;
d) afastar-se do local da câmara, caso o mergulho tenha se realizado com a utilização de misturas respiratórias
artificiais.

2.10.13 Nas operações de mergulho discriminadas neste subitem deve ser observado o seguinte:
a) mergulho com equipamento autônomo a ar comprimido: profundidade máxima igual a 40m (quarenta) metros;
b) mergulho com equipamento a ar comprido suprido pela superfície: profundidade máxima igual a 50m
(cinqüenta) metros;
c) mergulho sem apoio de sino aberto: profundidade máxima igual a 50m (cinqüenta) metros;
d) mergulho de intervenção com mistura respiratória artificial (MRA) e apoiado por sino aberto: profundidade
máxima igual a 90m (noventa) metros;
e) mergulho de intervenção com mistura respiratória artificial (MRA) e apoiado por sino de mergulho:
profundidade máxima igual a 130m (cento e trinta) metros.

2.10.13.1 Nas profundidades de 120 (cento e vinte) metros a 130m (cento e trinta) metros só poderão ser realizados
mergulhos utilizando equipamentos e equipes que permitam a técnica de saturação.

2.10.13.2 As operações de mergulho, em profundidade superior a 130m (cento e trinta) metros, só poderão ser
realizadas quando utilizando técnicas de saturação.

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2.10.13.3 Em profundidade superior a 90m (noventa) metros, qualquer operação de mergulho só deverá ser realizada
com sino de mergulho em conjunto com câmara de superfície adotada de todos acessórios e equipamentos
auxiliares, ficando a profundidade limitada à pressão máxima de trabalho dessa câmara.

2.10.13.4 O tempo máximo submerso diário, em mergulhos utilizando ar comprimido, não deverá ser superior a 4
(quatro) horas, respeitando-se, ainda, os seguintes limites:
a) Mergulho com Equipamento Autônomo: o tempo de fundo deverá ser mantido dentro dos limites de mergulho
sem descompressão, definidos nas tabelas em anexo;
b) Mergulho com Equipamento Suprido da Superfície: o tempo de fundo deverá ser inferior aos limites definidos
nas tabelas de mergulhos excepcionais em anexo.

2.10.13.5 Utilizando mistura respiratória artificial (MRA) em mergulho de intervenção com sino aberto, o tempo de
permanência do mergulhador na água não poderá exceder a 160 minutos.

2.10.13.6 Utilizando mistura respiratória artificial (MRA) em mergulho de intervenção com sino de mergulho, o
tempo de fundo não poderá exceder de:
a) 90 minutos, para mergulhos até 90 metros;
b) 60 minutos, para mergulhos entre 90 a 120 metros de profundidade;
c) 30 minutos, para mergulhos entre 120 a 130 metros de profundidade.

2.10.13.7 Utilizando a técnica de saturação, o período máximo submerso para cada mergulhador, incluída a
permanência no interior do sino, não poderá exceder de 8 horas em cada período de 24 horas.

2.10.13.8 Utilizando a técnica de saturação, o período máximo de permanência sob pressão será de 28 dias e o
intervalo mínimo entre duas saturações será igual ao tempo de saturação, não podendo este intervalo ser inferior a
14 dias. O tempo total de permanência sob saturação num período de 12 meses consecutivos não poderá ser superior
a 120 dias.

2.10.14 Em mergulho a mais de 150 metros de profundidade, a mistura respiratória artificial (MRA) deverá ser
devidamente aquecida para suprimento ao mergulhador.

2.10.15 Só será permitido realizar mergulhos a partir de embarcações não-fundeadas, quando o supervisor de
mergulho julgar seguro este procedimento e medidas adequadas forem tomadas para resguardar a integridade física
do mergulhador protegendo-o contra os sistemas de propulsão, fluxo de água e possíveis obstáculos.

2.10.15.1 Estes mergulhos só serão permitidos se realizados à luz do dia, exceto quando a partir de embarcação de
posicionamento dinâmico aprovada pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), para esse tipo de operação.

2.10.16 Qualquer equipamento elétrico utilizado em submersão deverá ser dotado de dispositivo de segurança que
impeça a presença de tensões ou correntes elevadas, que possam ameaçar a integridade física do mergulhador, em
caso de mau funcionamento.

2.10.17 O supervisor de mergulho não poderá manter nenhum mergulhador submerso ou sob condição hiperbárica
contra a sua vontade, exceto quando for necessária a complementação de uma descompressão ou em caso de
tratamento hiperbárico.

2.10.17.1 O mergulhador que se recusar a iniciar o mergulho ou permanecer sob condição hiperbárica, sem motivos
justificáveis, será passível de sanções de conformidade com a legislação pertinente.

2.10.18 Qualquer operação de mergulho deverá ser interrompida ou cancelada pelo supervisor de mergulho, quando
as condições de segurança não permitirem a execução ou continuidade do trabalho.

2.10.19 A distância percorrida pelo mergulhador entre o sino de mergulho e o local de efetivo trabalho só poderá
exceder a 33 metros em situações especiais, se atendidas as seguintes exigências:
a) não houver outra alternativa para a realização da operação de mergulho sem a utilização desse excesso. Neste
caso, será o Contratante o responsável pela determinação do uso de umbilical para atender a distância superior a
33 metros, ouvidos o supervisor de mergulho e o comandante ou responsável pela plataforma de mergulho.
b) a operação de mergulho for realizada à luz do dia;

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c) o percurso entre o sino de mergulho e o local de efetivo trabalho submerso for previamente inspecionado por
uma câmara de TV submarina;
d) for estendido um cabo-guia entre o sino de mergulho e o local de trabalho submerso por um veículo de controle
remoto ou pelo primeiro mergulhador;
e) a distância percorrida pelo mergulhador não exceder a 60 metros;
f) forem utilizadas garrafas de emergência suficientes para garantir o retorno do mergulhador ao sino de mergulho,
tomando-se como base de consumo respiratório 60 litros/minuto, na profundidade considerada, com autonomia
de 3 (três) minutos;
g) for utilizado um sistema com, no mínimo, 2 alternativas de fornecimento de gás, aquecimento e comunicações;
h) for utilizado umbilical de flutuabilidade neutra.

2.10.19.1 Caso as condições de visibilidade não permitam a completa visão do trajeto do mergulhador por uma
câmara de TV fixa, será obrigatório o uso de câmara instalada em veículo autopropulsável com controle remoto.

2.10.19.2 Os mergulhadores, para utilizarem umbilical para distâncias superiores a 33 (trinta e três) metros deverão
receber treinamento prévio de resgate e retorno ao sino em situação de emergência, devidamente registrado no Livro
Registro do Mergulhador (LRM).

2.10.20 Nenhuma operação de mergulho poderá ser realizada sem ter havido uma revisão no sistema e equipamento
com antecedência não-superior a 12 (doze) horas.

2.10.21 Todos os integrantes das equipes de mergulho, especialmente os supervisores, deverão tomar as devidas
precauções, relativas à segurança das operações, no tocante ao planejamento, preparação, execução e procedimentos
de emergência, conforme discriminado a seguir:

I - Quanto ao Planejamento:
a) condições meteorológicas;
b) condições de mar;
c) movimentação de embarcações;
d) perigos submarinos, incluindo ralos, bombas de sucção ou locais onde a diferença de pressão
hidrostática possa criar uma situação de perigo para os mergulhadores;
e) profundidade e tipo de operação a ser executada;
f) adequação dos equipamentos;
g) disponibilidade e qualificação do pessoal;
h) exposição a quedas da pressão atmosférica causadas por transporte aéreo, após o mergulho;
i) operações de mergulho simultâneas.

II - Quanto à Preparação:
a) obtenção, junto aos responsáveis, pela condução de quaisquer atividades que, na área, possam interferir
com a operação, de informações que possam interessar à sua segurança;
b) seleção dos equipamentos e misturas respiratórias;
c) verificação dos sistemas e equipamentos;
d) distribuição das tarefas entre os membros da equipe;
e) habilitação dos mergulhadores para a realização do trabalho;
f) procedimentos de sinalização;
g) precauções contra possíveis perigos no local de trabalho.

III - Quanto à Execução:


a) responsabilidade de todo o pessoal envolvido;
b) uso correto dos equipamentos individuais;

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c) suprimento e composição adequada das misturas respiratórias;
d) locais de onde poderá ser conduzida a operação;
e) operações relacionadas com câmaras de compressão submersíveis;
f) identificação e características dos locais de trabalho;
g) utilização de ferramentas e outros equipamentos pelos mergulhadores;
h) limites de profundidade e tempo de trabalho;
i) descida, subida e resgate da câmara de compressão submersível e dos mergulhadores;
j) tabelas de descompressão, inclusive as de tratamento e de correção;
l) controle das alterações das condições iniciais;
m) período de observação;
n) manutenção dos registros de mergulho.

IV - Quanto aos Procedimentos de Emergência:


a) sinalização;
b) assistência na água e na superfície;
c) disponibilidade de câmara de superfície ou terapêutica;
d) primeiros socorros;
e) assistência médica especializada;
f) comunicação e transporte para os serviços e equipamentos de emergência;
g) eventual necessidade de evacuação dos locais de trabalho;
h) suprimentos diversos para atender às emergências.

2.11 Dos equipamentos de mergulho.

2.11.1 Os sistemas e equipamentos deverão ser instalados em local adequado, de forma a não prejudicar as
condições de segurança das operações.

2.11.2 Os equipamentos de mergulho utilizados nas operações de mergulho deverão possuir certificado de
aprovação fornecido ou homologado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC).

2.11.3 Os vasos de pressão deverão apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis:


a) limites máximos de trabalho e segurança;
b) nome da entidade que o tenha aprovado;
c) prazo de validade do certificado;
d) data do último teste de ruptura.

2.11.4 O certificado referido no subitem 2.11.2 não terá validade se:


a) qualquer alteração ou reparo tiver sido efetuado no sistema ou equipamento de forma a alterar suas
características originais;
b) vencidos os períodos estabelecidos no quadro abaixo para os testes de vazamento e testes de ruptura.

Testes
De Vazamento De Ruptura
Equipamentos
Câmaras
2 anos 5 anos
Hiperbáricas
Reservatório de
5 anos 5 anos
Gases não Submerso
Reservatório de
2 anos 5 anos
Gases Submerso
Equipamentos com pressão de
2 anos 2 anos
trabalho superior a 500 mbar

2.11.5 A pressão do teste de ruptura dos equipamentos deverá ser igual a 1,5 vezes a pressão máxima de trabalho

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para a qual foram projetados.

2.11.6 Preferencialmente, serão utilizados testes hidrostáticos, contudo, em caso de impossibilidade, poderão ser
realizados testes pneumáticos, quando suficientes precauções forem tomadas para a segurança das pessoas, no caso
de falha estrutural do equipamento.

2.11.7 Os sistemas e equipamentos deverão incluir um meio de fornecer aos mergulhadores mistura respiratória
adequada (incluindo um suprimento de reserva para o caso de uma emergência ou para uma recompressão
terapêutica) em volume, temperatura e pressão capazes de permitir esforço físico vigoroso e prolongado durante a
operação.

2.11.8 Todos os equipamentos que funcionem com reciclagem de mistura respiratória deverão ser previamente
certificados por uma entidade reconhecida e aprovada pela Diretoria de Portos e Costas - DPC, quanto à sua
capacidade de fornecer misturas respiratórias nos padrões exigidos e em quantidade suficiente.

2.11.9 Todos os compressores de misturas respiratórias, especialmente os de ar, deverão ser instalados de maneira
que não exista o risco de que aspirem gases da descarga do seu próprio motor ou de ambientes onde exista qualquer
possibilidade de contaminação (praças de máquinas, porões, etc.).

2.11.10 Todos os reservatórios de gases deverão ter dispositivos de segurança que operem à pressão máxima de
trabalho.

2.11.11 Os gases ou misturas respiratórias, fornecidos em reservatórios, para as operações de mergulho, só poderão
ser utilizados se acompanhados das seguintes especificações:
a) percentual dos elementos constituintes;
b) grau de pureza;
c) tipo de análise realizada;
d) nome e assinatura do responsável pela análise

2.11.12 As Misturas Respiratórias Artificiais deverão ser analisadas no local das operações, quanto aos seus
percentuais de oxigênio, e ter, indelevelmente, marcados os seus reservatórios, de forma legível, com o nome e a
composição de seu conteúdo.

2.11.13 A equipe de mergulho deverá ter, sempre, condições de analisar, no local da operação, as Misturas
Respiratórias Artificiais empregadas, quanto ao percentual de:
a) oxigênio;
b) gás carbônico;
c) monóxido de carbono.

2.11.14 Só poderá ser realizada uma operação de mergulho se houver disponível, no local, uma quantidade de gases,
no mínimo, igual a 3 (três) vezes a necessária à pressurização das câmaras hiperbáricas, na pressão da profundidade
máxima de trabalho, durante uma operação normal.

2.11.14.1 Nos equipamentos que dispuserem de sistema de reciclagem, a quantidade de gases poderá ser apenas 2/3
(dois terços) da exigida no subitem 2.11.14.

2.11.15 Todos os indicadores de pressão, profundidade ou equivalente, deverão ser construídos de forma a não
serem afetados pelas condições ambientes, exceto aqueles projetados para tal.

2.11.16 Todos os instrumentos de controle, indicadores e outros acessórios deverão ser indelével e legivelmente
marcados, em língua portuguesa, quanto à sua função.

2.11.17 Todos os sistemas e equipamentos deverão ter manutenção permanente de forma a assegurar seu
funcionamento perfeito, quando em utilização.

2.11.18 Os sistemas e equipamentos de mergulho deverão possuir:


a) umbilical, exceto quando for utilizada a técnica de mergulho autônomo;
b) linha de vida, exceto quando:

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I. a natureza das operações apresentar inconvenientes ao seu uso, sendo, neste caso, utilizado um sistema
alternativo para manter a segurança dos mergulhadores;
II. a profundidade de trabalho for inferior a 30,00m (trinta metros) e um dos mergulhadores submersos já a
estiver usando.
c) nas operações utilizando sino de mergulho, meios de registrar em fita magnética todas as intercomunicações
efetuadas durante a pressurização, desde o seu início, até o retorno dos mergulhadores à superfície ou a entrada
dos mesmos numa câmara de superfície em condições normais;
d) sistema de intercomunicação, entre os mergulhadores e o supervisor da operação, em trabalhos em
profundidades superiores a 30,00m (trinta metros), exceto quando a técnica empregada seja a de mergulho
autônomo.
e) profundímetro, que permita leitura na superfície, em operações em profundidades superiores a 12 (doze) metros,
exceto quando utilizado equipamento autônomo;
f) sistema e equipamento para permitir, com segurança, a entrada e saída dos mergulhadores da água;
g) sistema de iluminação, normal e de emergência que durante o mergulho noturno seja capaz de iluminar
adequadamente o local de controle e a superfície da água, exceto quando a natureza das operações contra-
indicarem seu uso;
h) equipamento individual, de uso obrigatório, composto de:
I. roupa apropriada para cada tipo de mergulho;
II. suprimento de mistura respiratória de reserva, para o caso de emergência, a partir de 20 (vinte) metros de
profundidade;
III. relógio, quando em mergulhos autônomos;
IV. faca;
V. controle de flutuabilidade individual, para trabalhos em profundidade maior do que 12 (doze) metros ou em
condições perigosas, exceto em profundidades superiores a 50 (cinqüenta) metros;
VI. luvas de proteção, exceto quando as condições não impuserem seu uso;
VII. tabelas de descompressão impermeabilizadas, de modo a permitir sua utilização em operações de mergulho
com equipamentos autônomos;
VIII. colete inflável de mergulho, profundímetro, tubo respirador, máscara, nadadeiras e lastro adequado, quando
a técnica empregada for de mergulho autônomo;
IX. lanterna, para mergulhos noturnos ou em locais escuros.

2.11.19 Todas as câmaras hiperbáricas deverão:


a) ser construídas:
I. com vigias que permitam que todos os seus ocupantes sejam perfeitamente visíveis do exterior;
II. de forma que todas as escotilhas assegurem a manutenção da pressão interna desejada;
III. de forma que todas as redes que atravessem seu corpo disponham, interna e externamente próximo ao ponto
de penetração, de válvulas ou outros dispositivos convenientes à segurança;
IV. dispondo, em cada compartimento, de válvulas de alívio de pressão interna máxima do trabalho, capazes de
serem operadas do exterior;
V. com isolamento térmico apropriado, de forma a proteger seus ocupantes, quando utilizadas misturas
respiratórias artificiais;
VI. de modo a minimizar os riscos de incêndio interno e externo;
VII. de modo a minimizar o ruído interno.
b) ser equipadas:
I. com dispositivo de segurança para impedir sucção nas extremidades internas das redes, que possam
permitir sua despressurização;
II. de modo que a pressão em seus compartimentos possa ser controlada interna e externamente;
III. com indicadores da profundidade correspondente à pressão interna, no seu interior e no local de controle na
superfície;

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IV. com estojo de primeiros socorros, contendo medicamentos adequados para o tratamento de acidentes
típicos e as instruções para sua aplicação, na ausência do médico;
V. com sistema de iluminação normal e de emergência, em todos os seus compartimentos;
VI. com ferramentas adequadas para atender a uma possível emergência;
VII. com tabelas de descompressão adequadas, bem como regras para procedimentos em emergência;
VIII. nos mergulhos com misturas respiratórias artificiais, com analisador da pressão parcial ou de percentagem
de oxigênio;
IX. nos mergulhos com misturas respiratórias artificiais, com equipamento automático que registre, gráfica e
cronologicamente, as variações da pressão interna, desde o início da pressurização até o término da
descompressão ou tratamento hiperbárico.

2.11.20 Todas as câmaras de superfície deverão:


a) ser construídas:
I. com, no mínimo, 2 (dois) compartimentos estanques, pressurizáveis independentemente;
II. de modo a ter espaço suficiente, em um dos compartimentos, para permitir que dois adultos permaneçam
deitados, com relativo conforto;
III. de modo a ter um diâmetro interno mínimo de 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros), exceto
aquelas já em uso no País, na data da publicação deste Anexo;
IV. de modo a ter um diâmetro mínimo de 2 (dois) metros, quando empregadas em operações de duração
superior a 12 (doze) horas, exceto aquelas já em uso no País, na data da publicação deste Anexo;
V. com compartimentos próprios que permitam a transferência, sob pressão, do exterior para o interior e vice-
versa, de medicamentos, alimentos e equipamentos necessários.
b) ser equipadas:
I. em cada compartimento, com recursos de combate a incêndio adequados;
II. com sistema capaz de fornecer a seus ocupantes oxigenoterapia hiperbárica, através de máscaras faciais,
havendo exaustão direta para o exterior quando forem utilizadas Misturas Respiratórias Artificiais como
atmosfera ambiente;
III. quando utilizadas em operações que exijam ocupação por período superior a 12 (doze) horas:
A) com sistema de controle de temperatura e umidade relativa do meio ambiente;
B) com sistema sanitário completo, incluindo vaso, chuveiro e lavatório com água quente e fria.
IV. com flange padronizado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), que permita o seu acoplamento em
emergência, a diferentes sinos de mergulho, quando prevista a utilização destes sinos.

2.11.20.1 Nos mergulhos com ar comprimido, quando a descompressão não exceder a 2 (duas) horas, ou nos casos
em que seja necessário o tratamento hiperbárico, será permitida a utilização de câmaras com diâmetro mínimo de
1,20m (um metro e vinte centímetros).

2.11.20.2 Ficam dispensados das exigências dos subitens 2.11.19 e 2.11.20 as câmaras destinadas, exclusivamente, a
transporte em condições de emergência.

2.11.21 Todos os sinos do mergulho deverão:


a) ser construídos:
I. com escotilha de fácil acesso para a entrada e saída dos mergulhadores;
II. com escotilha de acoplamento que permita, facilmente, a transferência dos mergulhadores sob pressão para a
câmara de superfície e vice-versa;
III. com sistema próprio de controle da sua flutuabilidade, acionável internamente, sob qualquer condição de
pressão, e com dispositivos de segurança que evitem seu acionamento acidental;
IV. com dispositivo de segurança que não permita que as redes e manômetros de oxigênio, no seu interior, sejam
submetidos a pressões com uma diferença de mais de 8 (oito) bares acima da pressão interna ambiente.
b) ser equipadas:
I. com flange padronizado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), que permita o seu acoplamento em

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emergência, a qualquer câmara de superfície;
II. com um sistema de içamento principal e outro secundário, capazes de içar o sino até a superfície da água;
III. com recursos que os mantenham em posição adequada, evitando, tanto quanto possível, movimentos
laterais, verticais ou rotacionais excessivos;
IV. com umbilical, no qual esteja incorporada uma linha de suprimento, independente da principal, capaz de
controlar a pressurização e descompressão a partir da superfície;
V. com indicadores da profundidade externa;
VI. com sistema de proteção térmica e com suprimento externo de reserva de oxigênio, que permita a
sobrevivência autônoma de seus ocupantes por um período mínimo de 24 (vinte e quatro) horas;
VII. com reserva de Mistura Respiratória Artificial, para ser utilizada exclusivamente em casos de emergência;
VIII. com analisador da pressão parcial de gás carbônico;
IX. com equipamento apropriado para permitir que um mergulhador inconsciente seja içado para o seu interior
pelo mergulhador que ali permanece;
X. com dispositivo que permita sua fácil localização, para resgate, em caso de emergência.

2.12 Dos Registros das Operações de Mergulho.

2.12.2 No Registro das Operações de Mergulho - ROM, deve constar:


a) o nome do contratante da operação de mergulho;
b) o período de realização da operação;
c) o nome ou outra designação da plataforma de mergulho, sua localização e o nome do seu comandante ou
responsável;
d) o nome do supervisor de mergulho e o período da operação na qual ele atua desempenhando aquela função;
e) o nome dos demais componentes da equipe de mergulho e outras pessoas operando qualquer sistema ou
equipamento, discriminando suas respectivas tarefas;
f) os arranjos para atender a possíveis emergências;
g) os procedimentos seguidos no curso da operação de mergulho incluindo a tabela de descompressão utilizada;
h) a máxima profundidade alcançada por cada mergulhador no decurso da operação;
i) para cada mergulhador, com relação a cada mergulho realizado, a hora em que deixa a superfície e seu tempo de
fundo;
j) o tipo de equipamento de respiração e a mistura utilizada;
l) a natureza da operação de mergulho;
m) qualquer tipo de acidente ou lesão sofrida pelos mergulhadores, bem como a ocorrência de doença
descompressiva ou outros males;
n) particularidades de qualquer emergência ocorrida durante a operação de mergulho e as ações desenvolvidas;
o) qualquer avaria verificada no equipamento utilizado na operação de mergulho;
p) particularidades de qualquer fator ambiental que possa afetar a operação;
q) qualquer outro elemento de importância para a segurança ou a integridade física das pessoas envolvidas na
operação.

2.12.1.1 Os registros das intercomunicações só poderão ser destruídos 48 (quarenta e oito) horas após o término da
operação de mergulho e caso não tenha havido nenhum acidente, situação de risco ou particularidade relevante, que,
nestes casos, serão registradas no ROM.

2.12.2 O Livro de Registro do Mergulhador (LRM) será aprovado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), devendo
dele constar, além dos dados pessoais do mergulhador e do registro dos exames médicos periódicos:
a) o nome e endereço do empregador;
b) a data;

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c) o nome ou outra designação da embarcação ou plataforma de mergulho de onde é conduzida a operação de
mergulho e sua localização;
d) o nome do supervisor de mergulho;
e) a máxima profundidade atingida em cada mergulho;
f) para cada mergulho, a hora em que deixou e chegou à superfície e o respectivo tempo de fundo;
g) quando o mergulho incluir um tempo numa câmara hiperbárica, detalhes de qualquer tempo dispendido fora da
câmara, a uma pressão diferente;
h) o tipo de equipamento empregado e, quando for o caso, a composição da Mistura Respiratória Artificial
utilizada;
i) o trabalho realizado em cada mergulho, mencionando o ferramental utilizado;
j) as tabelas de descompressão seguidas em cada mergulho;
l) qualquer tipo de acidente ou lesão sofrida, bem como a ocorrência de doença descompressiva ou outros males;
m) qualquer outro elemento de importância para sua saúde ou integridade física.

2.13 Das Tabelas de Descompressão e Tratamento.

2.13.1 As tabelas empregadas em todas as operações de mergulho onde o ar comprimido seja utilizado como
suprimento respiratório, inclusive as de tratamento, serão as constantes do Anexo C.

2.13.1.1 Outras tabelas poderão ser empregadas, desde que devidamente homologadas pela Diretoria de Portos e
Costas - DPC.

2.13.2 As tabelas referentes à utilização de Misturas Respiratórias Artificiais só poderão ser aplicadas quando
homologadas pela Diretoria de Portos e Costas (DPC).

2.14 Das Disposições Gerais.

2.14.1 O trabalho submerso ou sob pressão somente será permitido a trabalhadores com idade mínima de 18
(dezoito) anos.

2.14.2 A atividade de mergulho é considerada como atividade insalubre em grau máximo.

2.14.3 O descumprimento ao disposto no item 2 - Trabalhos Submersos caracterizará o grave e iminente risco para
os fins e efeitos previstos na NR-3.

ANEXO “A”

PADRÕES PSICOFÍSICOS PARA SELEÇÃO DOS CANDIDATOS


À ATIVIDADE DE MERGULHO

I - IDADE
O trabalho submerso ou sob pressão somente será permitido a trabalhadores com idade mínima de 18 (dezoito) anos.

II - ANAMNESE
Inabilita o candidato à atividade de mergulho a ocorrência ou constatação de patologias referentes a: epilepsia,
meningite, tuberculose, asma e qualquer doença pulmonar crônica; sinusites crônicas ou repetidas; otite média e
otite externa crônica; doença incapacitante do aparelho locomotor; distúrbios gastrointestinais crônicos ou repetidos;
alcoolismo crônico e sífilis (salvo quando convenientemente tratada e sem a persistência de nenhum sintoma
conseqüente); outras a critério médico.

III - EXAME MÉDICO


1. BIOMETRIA
Peso: os candidatos à atividade de mergulho serão selecionados de acordo com o seu biotipo e tendência a obesidade
futura. Poderão ser inabilitados aqueles que apresentarem variação para mais de 10 (dez) por cento em peso, das
tabelas-padrão de idade-altura-peso, a critério médico.

2. APARELHO CIRCULATÓRIO
A integridade do aparelho circulatório será verificada pelo exame clínico, radiológico e eletrocardiográfico; a

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pressão arterial sistólica não deverá exceder a 145 mm/Hg e a diastólica a 90mm/Hg, sem nenhuma repercussão
hemodinâmica. As perturbações da circulação venosa periférica (varizes e hemorróidas) acarretam a inaptidão.

3. APARELHO RESPIRATÓRIO
Será verificada a integridade clínica e radiológica do aparelho respiratório:
a) Integridade anatômica da caixa torácica;
b) Atenção especial deve ser dada à possibilidade de tuberculose e outras doenças pulmonares pelo emprego de
telerradiografia e reação tuberculínica, quando indicada:
c) Doença pulmonar ou outra qualquer condição mórbida que dificulte a ventilação pulmonar deve ser causa de
inaptidão;
d) Incapacitam os candidatos doenças inflamatórias crônicas, tais como: tuberculose, histoplasmose,
bronquiectasia, asma brônquica, enfisema, pneumotórax, paquipleuriz e seqüela de processo cirúrgico torácico.

4. APARELHO DIGESTIVO
Será verificada a integridade anatômica e funcional do aparelho digestivo e de seus anexos:
a) candidatos com manifestação de colite, úlcera péptica, prisão de ventre, diarréia crônica, perfuração do trato
gastrointestinal ou hemorragia digestiva serão inabilitados;
b) dentes: os candidatos devem possuir número suficiente de dentes, naturais ou artificiais e boa oclusão, que
assegurem mastigação satisfatória. Doenças da cavidade oral, dentes cariados ou comprometidos por focos de
infecção podem também ser causas de inaptidão.

As próteses deverão ser fixas, de preferência. Próteses removíveis, tipo de grampos, poderão ser aceitas desde que
não interfiram com o uso efetivo dos equipamentos autônomos (válvula reguladora, respirador) e dependentes (tipo
narguilé). Os candidatos, quando portadores desse tipo de prótese, devem ser orientados para removê-la quando em
atividades de mergulho.

5. APARELHO GÊNITO-URINÁRIO
As doenças geniturinárias, crônicas ou recorrentes, bem como as doenças venéreas, ativas ou repetidas, inabilitam o
candidato.

6. SISTEMA ENDÓCRINO
As perturbações do metabolismo, da nutrição ou das funções endócrinas são incapacitantes.

IV - EXAME OFTALMO-OTORRINO-LARINGOLÓGICO
a) Deve ser verificada a ausência de doenças agudas ou crônicas em ambos os olhos;
b) Acuidade visual: é exigido 20/30 de visão em ambos os olhos corrigível para 20/20;
c) Senso cromático: são incapacitantes as discromatopsias de grau acentuado;
d) A audição deve ser normal em ambos os ouvidos. Doenças agudas ou crônicas do conduto auditivo externo, da
membrana timpânica, do ouvido médio ou interno, inabilitam o candidato. As trompas de Eustáquio deverão
estar, obrigatoriamente, permeáveis e livres para equilíbrio da pressão, durante as variações barométricas nos
mergulhos;
e) As obstruções à respiração e as sinusites crônicas são causas de inabilitação. As amígdalas com inflamações
crônicas, bem como todos os obstáculos nasofaringeanos que dificultam a ventilação adequada, devem inabilitar
os candidatos.

V - EXAME NEURO-PSIQUIÁTRICO
Será verificada a integridade anatômica e funcional do sistema nervoso:
a) a natureza especial do trabalho de mergulho requer avaliação cuidadosa dos ajustamentos nos planos emocional,
social e intelectual dos candidatos;
b) história pregressa de distúrbios neuropsíquicos ou de moléstia orgânica do sistema nervoso, epilepsia, ou pós-
traumática, inabilitam os candidatos;
c) tendências neuróticas, imaturidade ou instabilidade emocional, manifestações anti-sociais, desajustamentos ou
inadaptações inabilitam os candidatos.

VI - EXAMES COMPLEMENTARES
Serão exigidos os seguintes exames complementares:

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1. Telerradiografia do tórax (AP);
2. Eletrocardiograma basal;
3. Eletroencefalograma;
4. Urina: elementos anormais e sedimentoscopia;
5. Fezes: protozooscopia e ovohelmintoscopia;
6. Sangue: sorologia para lues, dosagem de glicose, hemograma completo, grupo sangüíneo e fator Rh;
7. Radiografia das articulações escapuloumerais, coxofemorais e dos joelhos (AP);
8. Audiometria.

VII - TESTES DE PRESSÃO


Todos os candidatos devem ser submetidos à pressão de 6 ATA na câmara de recompressão, para verificar a
capacidade de equilibrar a pressão no ouvido médio e seios da face.
Qualquer sinal de claustrofobia, bem como apresentação de suscetibilidade individual à narcose pelo nitrogênio, será
motivo de inabilitação do candidato.

VIII - TESTE DE TOLERÂNCIA AO OXIGÊNIO


Deverá ser realizado o teste de tolerância ao oxigênio, que consiste em fazer o candidato respirar oxigênio puro sob
pressão (2,8 ATA) num período de 30 (trinta) minutos, na câmara de recompressão. Qualquer sinal ou sintoma de
intoxicação pelo oxigênio, será motivo de inabilitação.

IX - TESTE DE APTIDÃO FÍSICA


Todos os candidatos devem ser submetidos ao "Teste de Ruffier" (ou similar) que consiste em: 30 (trinta)
agachamentos em 45 (quarenta e cinco) segundos e tomadas de freqüência do pulso:
P1 - Pulso do mergulhador em repouso;
P2 - Pulso imediatamente após o esforço;
P3 - Pulso após 1 (um) minuto de repouso.
Índice de Ruffier (IR) = (P1+P2+P3) - 200
10
O "Índice de Ruffier" deverá ser abaixo de 10 (dez).

ANEXO “B”

PADRÕES PSICOFÍSICOS PARA CONTROLE DO PESSOAL


EM ATIVIDADE DE MERGULHO

Os critérios psicofísicos para controle do pessoal em atividade de mergulho são os mesmos prescritos no Anexo A,
com as seguintes modificações:

I - IDADE

Todos os mergulhadores que permaneçam em atividade deverão ser submetidos a exames médicos periódicos.

II - ANAMNESE

A história de qualquer doença constatada após a última inspeção será meticulosamente averiguada, principalmente
as doenças neuropsiquiátricas, otorrinolaringológicas, pulmonares e cardíacas, advindas ou não de acidentes de
mergulho.

III - EXAME MÉDICO


1. BIOMETRIA
Mesmo critério do Anexo A.

2. APARELHO CIRCULATÓRIO
a) a evidência de lesão orgânica ou de distúrbio funcional do coração será causa de inaptidão;
b) as pressões sistólica e diastólica não devem exceder 150 e 95 mm/Hg, respectivamente.

3. APARELHO RESPIRATÓRIO
Qualquer lesão pulmonar, advinda ou não de um acidente de mergulho, é incapacitante.

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4. APARELHO DIGESTIVO
Mesmos critérios constantes do Anexo A

5. APARELHO GÊNITO-URINÁRIO
Mesmos critérios constantes do Anexo A

6. SISTEMA ENDÓCRINO
As perturbações do metabolismo, da nutrição ou das funções endócrinas acarretam uma incapacidade temporária; a
diabetes caracterizada é motivo de inaptidão.

IV - EXAME OFTALMO-OTORRINO-LARINGOLÓGICO
Os Mesmos critérios do Anexo A com a seguinte alteração: acuidade visual: 20/40 de visão em ambos os olhos,
corrigível para 20/20.

V - EXAME NEURO-PSIQUIÁTRICO
Os mesmos critérios do Anexo A. Dar atenção a um passado de embolia traumática pelo ar ou doença descompressiva,
forma neurológica, que tenha deixado seqüelas neuropsiquiátricas.

VI - EXAMES COMPLEMENTARES
1. Telerradiografia do tórax (AP);
2. Urina: elementos normais e sedimentoscopia;
3. Fezes: protozooscopia e ovohelmintoscopia;
4. Sangue: sorologia para lues, hemograma completo, glicose;
5. ECG basal;
6. Audiometria, caso julgar necessário;
7. Radiografia das articulações escapuloumerais, coxofemorais e dos joelhos, caso julgar necessário;
8. Quaisquer outros exames (ex. ecocardiograma, cicloergometria, etc.) poderão ser solicitados a critério do médico
responsável pelo exame de saúde do mergulhador.

ANEXO “C”

TABELAS DE DESCOMPRESSÃO

1 - Definições dos Termos

1.1 - PROFUNDIDADE - significa a profundidade máxima, medida em metros, atingida pelo mergulhador durante
o mergulho.

1.2 - TEMPO DE FUNDO - é o tempo total corrido desde o início do mergulho, quando se deixa a superfície, até o
início da subida quando termina o mergulho, medido em minutos.

1.3 - TEMPO PARA PRIMEIRA PARADA - é o tempo decorrido desde quando o mergulhador deixa a
profundidade máxima até atingir a profundidade da primeira parada, considerando uma velocidade de subida de 18
(dezoito) metros por minuto.

1.4 - PARADA PARA DESCOMPRESSÃO - é a profundidade específica na qual o mergulhador deverá


permanecer por um tempo determinado para eliminar os gases inertes dos tecidos do seu organismo.

1.5 - MERGULHO SIMPLES - é qualquer mergulho realizado após um período de tempo maior que 12 (doze) horas
de outro mergulho.

1.6 - NITROGÊNIO RESIDUAL - é o gás nitrogênio que ainda permanece nos tecidos do mergulhador após o
mesmo ter chegado à superfície.

1.7 - TEMPO DE NITROGÊNIO RESIDUAL - é a quantidade de tempo em minutos que precisa ser adicionado ao
tempo de fundo de um mergulho repetitivo para compensar o nitrogênio residual de um mergulho prévio.

1.8 - MERGULHO REPETITIVO - é qualquer mergulho realizado antes de decorridas 12 (doze) horas do término

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de outro.

1.9 - DESIGNAÇÃO DO GRUPO REPETITIVO - é a letra a qual relaciona diretamente o total de nitrogênio
residual de um mergulho com outro a ser realizado num período de tempo menor que 12 (doze) horas.

1.10 - MERGULHO REPETITIVO SIMPLES - é um mergulho no qual o tempo de fundo usado para selecionar a
tabela de descompressão é a soma do tempo de nitrogênio residual mais o tempo de fundo do mergulho posterior.

- MERGULHO EXCEPCIONAL - é um mergulho cujo fator tempo de fundo/profundidade não permite a


realização de qualquer outro mergulho antes de decorridas 12 (doze) horas após o mesmo.

2 - Instruções para Uso das Tabelas de Descompressão

2.1 - Para dar início à descompressão, utilizar a tabela com a profundidade exata ou a próxima maior profundidade
alcançada durante o mergulho.
Exemplo: Profundidade máxima = 12,5 metros.
Selecione a tabela de 15 metros.

2.2 - Para dar início à descompressão, utilizar a tabela com o tempo de fundo exato ou com o próximo maior.
Exemplo: Tempo de fundo = 112 minutos.
Selecione 120 minutos.

2.3 - Nunca tente interpolar tempos ou profundidades entre os valores indicados nas tabelas.

2.4 - Procure sempre seguir a velocidade de subida indicada: 18 (dezoito) metros por minuto.

2.5 - Não inclua o tempo de subida entre as paradas para descompressão no tempo indicado para as paradas.

TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR

TEMPO
GRUPO
PROFUN- TEMPO DE TEMPO P/ TOTAL
PARADAS P/ DESCOMPRESSÃO (MINUTOS) REPETIT
DIDADE FUNDO 1ª PARADA P/SUBIDA
IVO
(METROS) (MINUTOS) (MIN. SEG.) (MIN. SEG.)
33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m
200 0 0:40 *
210 0:30 2 2:40 N
230 0:30 7 7:40 N
250 0:30 11 11:40 O
12 270 0:30 15 15:40 O
(40 pés) 300 0:30 19 19:40 Z
360 0:30 23 23:40 **
480 0:30 41 4l:40 **
720 0:30 69 69:40 **

100 0 0:50 *
110 0:40 3 3:50 L
120 0:40 5 5:50 M
140 0:40 10 10:50 M
15 160 0:40 21 21:50 N
(50 pés) 180 0:40 29 29:50 O
200 0:40 35 35:50 O
220 0:40 40 40:50 Z
240 0:40 47 47:50 Z

60 0 1:00 *
70 0:50 2 3:00 K
80 0:50 7 8:00 L
100 0:50 14 15:00 M
120 0:50 26 27:00 N
140 0:50 39 40:00 O
18 160 0:50 48 49:00 Z
(60 pés) 180 0:50 56 57:00 Z

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200 0:40 1 69 71:00 Z
240 0:40 2 79 82:00 **
360 0:40 20 119 140:00 **
480 0:40 44 148 193:00 **
720 0:40 78 187 266:00 **

50 0 1:10 *
60 l:00 8 9:10 K
70 l:00 14 15:10 L
80 l:00 18 19:10 M
90 l:00 23 24:10 N
100 l:00 33 34:10 N
21 110 0:50 2 41 44:10 O
(70 pés) 120 0:50 4 47 52:10 O
130 0:50 6 52 59:10 O
140 0:50 8 56 65:10 Z
150 0:50 9 61 71:10 Z
160 0:50 13 72 86:10 Z
170 0:50 19 79 99:10 Z
(*) Consulte a Tabela de Limites sem Descompressão.
(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR


Paradas p/Descompressão (minutos) Tempo
Profun- Tempo de Tempo p/
Total Grupo
didade Fundo 1ª Parada
33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m p/Subida Repetitivo
(metros) (min) (min:seg)
(min/seg)
40 0 1:20 *
50 1:10 10 11:20 K
60 1:10 17 18:20 L
70 1:10 23 24:20 M
80 1:00 2 31 34:20 N
90 1:00 7 39 47:20 N
100 1:00 11 46 58:20 O
110 1:00 13 53 67:20 O
24 120 1:00 17 56 74:20 Z
(80 pés) 130 1:00 19 63 83:20 Z
140 1:00 26 69 96:20 Z
150 1:00 32 77 110:20 Z
180 1:00 35 85 121:20 **
240 0:50 6 52 120 179:20 **
360 0:50 29 90 160 280:20 **
480 0:50 59 107 187 354:20 **
720 0:40 17 108 142 187 455:20 **

30 0 1:30 *
40 1:20 7 8:30 J
50 1:20 18 19:30 L
60 1:20 25 26:30 M
70 1:10 7 30 38:30 N
27 80 1:10 13 40 54:30 N
(90 pés) 90 1:10 18 48 67:30 O
100 1:10 21 54 76:30 Z
110 1:10 24 61 86:30 Z
120 1:10 32 68 101:30 Z
130 1:00 5 36 74 116:30 Z

25 0 1:40 *
30 1:30 3 4:40 I
40 1:30 15 16:40 K
50 1:20 2 24 27:40 L
60 1:20 9 28 38:40 N
70 1:20 17 39 57:40 O

294
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80 1:20 23 48 72:40 O
30 90 1:10 3 23 57 84:40 Z
(100 pés) 100 1:10 7 23 66 97:40 Z
110 1:10 10 34 72 117:40 Z
120 1:10 12 41 78 132:40 Z
180 1:00 1 29 53 118 202:40 **
240 1:00 14 42 84 142 283:40 **
360 0:50 2 42 73 111 187 416:40 **
480 0:50 21 61 91 142 187 503:40 **
720 0:50 55 106 122 142 187 613:40 **
(*) Consulte a Tabela de Limites sem Descompressão.
(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR


Tempo Paradas p/Descompressão (minutos)
Profun- Tempo p/ Tempo Total
de Grupo
didade 1ª Parada p/Subida
Fundo 33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m Repetitivo
(metros) (min:seg) (min/seg)
(min)
20 0 1:50 *
25 1:40 3 4:50 H
30 1:40 7 8:50 J
40 1:30 2 21 24:50 L
33 50 1:30 8 26 35:50 M
(110 pés) 60 1:30 18 36 55:50 N
70 1:20 1 23 48 73:50 O
80 1:20 7 23 57 88:50 Z
90 1:20 12 30 64 107:50 Z
100 1:20 15 37 72 125:50 Z

15 0 2:00 *
20 1:50 2 4:00 H
25 1:50 6 8:00 I
30 1:50 14 16:00 J
40 1:40 5 25 32:00 L
50 1:40 15 31 48:00 N
60 1:30 2 22 45 71:00 O
36 70 1:30 9 23 55 89:00 O
(120 pés) 80 1:30 15 27 63 107:00 Z
90 1:30 19 37 74 132:00 Z
100 1:30 23 45 80 150:00 Z
120 1:20 10 19 47 98 176:00 **
180 1:10 5 27 37 76 137 284:00 **
240 1:10 23 35 60 97 179 396:00 **
360 1:00 18 45 64 93 142 187 551:00 **
480 0:50 3 41 64 93 122 142 187 654:00 **
720 0:50 32 74 100 114 122 142 187 773:00 **

10 0 2:10 *
15 2:00 1 3:10 F
20 2:00 4 6:10 H
25 2:00 10 12:10 J
30 1:50 3 18 23:10 M
39 40 1:50 10 25 37:10 N
(130 pés) 50 1:40 3 21 37 63:10 O
60 1:40 9 23 52 86:10 Z
70 1:40 16 24 61 103:10 Z
80 1:30 3 19 35 72 131:10 Z
90 1:30 8 19 45 80 154:10 Z

(*) Consulte a Tabela de Limites sem Descompressão.


(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

295
www.concurseirosnota10.com.br
TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR*
Tempo Total
Profun- Tempo de Tempo p/ 1ª
Paradas p/ Descompressão (minutos) p/Subida Grupo
didade Fundo Parada
(min:seg) Repetitivo
(metros) (minutos) (min:seg)
33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m
10 0 2:20 *
15 2:10 4:20 G
20 2:10 6 8:20 I
25 2:00 2 14 18:20 J
30 2:00 5 21 28:20 K
40 1:50 2 16 26 46:20 N
50 1:50 6 24 44 76:20 O
60 1:50 16 23 56 97:20 Z

42 70 1:40 4 19 32 68 125:20 Z
(140 pés) 80 1:40 10 23 41 79 155:20 Z
90 1:30 2 14 18 42 88 166:20 **
120 1:30 12 14 36 56 120 240:20 **
180 1:20 10 26 32 54 94 168 386:20 **
240 1:10 8 28 34 50 78 124 187 511:20 **
360 1:00 9 32 42 64 84 122 142 187 684:20 **
480 1:00 31 44 59 100 114 122 142 187 801:20 **
720 0:50 16 56 88 97 100 114 122 142 187 924:20 **

5 0 2:30 C
10 2:20 1 3:30 E
15 2:20 3 5:30 G
20 2:10 2 7 11:30 H
45 25 2:10 4 17 23:30 K
(150 pés) 30 2:10 8 24 34:30 L
40 2:00 5 19 33 59:30 N
50 2:00 12 23 51 88:30 O
60 1:50 3 19 26 62 112:30 Z
70 1:50 11 19 39 75 146:30 Z
80 1:40 1 17 19 50 84 173:30 Z

5 0 2:40 D
10 2:30 1 3:40 F
15 2:20 1 4 7:40 H
20 2:20 3 11 16:40 J
48 25 2:20 7 20 29:40 K
(160 pés) 30 2:10 2 11 25 40:40 M
40 2:10 7 23 39 71:40 N
50 2:00 2 16 23 55 98:40 Z
60 2:00 9 19 33 69 132:40 Z
70 1:50 1 17 22 44 80 166:40 **

(*) Consulte a Tabela de Limites sem Descompressão.


(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR


Tempo Paradas p/Descompressão (minutos)
Profun- Tempo p/ Tempo Total
de Grupo
didade 1ª Parada p/Subida
Fundo 33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m Repetitivo
(metros) (min:seg) (min/seg)
(min)
5 0 2:50 D
10 2:40 2 4:50 F
15 2:30 2 5 9:50 H
20 2:30 4 15 21:50 J
25 2:20 2 7 23 34:50 L
30 2:20 4 13 15 45:50 M
40 2:10 1 10 23 45 81:20 O

296
www.concurseirosnota10.com.br
51 50 2:10 5 18 23 61 109:50 Z
(170 pés) 60 2:00 2 15 22 37 74 152:50 Z
70 2:00 8 17 19 51 86 183:50 **
90 1:50 12 12 14 34 52 120 246:50 **
120 1:30 2 10 12 18 32 42 82 156 356:50 **
180 1:20 4 10 22 28 34 50 78 120 187 535:50 **
240 1:20 18 24 30 42 50 70 116 142 187 681:50 **
360 1:10 22 34 40 52 60 98 114 122 142 187 873:50 **
480 1:00 14 40 42 56 91 97 100 114 122 142 187 1007:50 **

54 5 0 3:00 D
(180 pés) 10 2:50 3 6:00 F
15 2:40 3 6 12:00 I
20 2:30 1 5 17 26:00 K
25 2:30 3 10 24 40:00 L
30 2:30 6 17 27 53:00 N
40 2:20 3 14 23 50 93:00 O
50 2:10 2 9 19 30 65 128:00 Z
60 2:10 5 16 19 44 81 168:00 Z

57 5 0 3:10 D
(190 pés) 10 2:50 1 3 7:10 G
15 2:50 4 7 14:10 I
20 2:40 2 6 20 31:10 K
25 2:40 5 11 25 44:10 M
30 2:30 1 8 19 32 63:10 N
40 2:30 8 14 23 55 103:10 O
50 2:20 4 13 22 33 72 147:10 **
60 2:20 10 17 19 50 84 183:10 **

(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR


Profun- Tempo de Tempo p/ Paradas p/ Descompressão (minutos) Tempo Total
didade Fundo 1ª Parada p/Subida
39m 36m 33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m
(metros) (minutos) (min:seg) (min:seg)
5 3:10 1 4:20
10 3:00 1 4 8:20
15 2:50 1 4 10 18:20
20 2:50 3 7 27 40:20
25 2:50 7 14 25 49:20
30 2:40 2 3 22 37 73:20
60 40 2:30 2 8 17 23 59 112:20
(**) 50 2:30 6 16 22 39 75 161:20
60 2:20 2 13 17 24 51 89 199:20
90 1:50 1 10 10 12 12 30 38 74 134 324:20
120 1:40 6 10 10 10 24 28 40 64 98 180 473:20
180 1:20 1 10 10 18 24 24 42 48 70 106 142 187 685:20
240 1:20 6 20 24 24 36 42 54 68 114 122 142 187 842:20
360 1:10 12 22 36 40 44 56 82 98 100 114 122 142 187 1058:20

5 3:20 1 4:30
10 3:10 2 4 9:30
15 3:00 1 5 13 22:30
63 20 3:00 4 10 23 40:30
(**) 25 2:50 2 7 17 27 56:30
30 2:50 4 9 24 41 81:30
40 2:40 4 9 19 26 63 124:30
50 2:30 1 9 17 19 45 80 174:30

5 3:30 2 5:40
10 3:20 2 5 10:40
15 3:10 2 5 16 26:40

297
www.concurseirosnota10.com.br
66 20 3:00 1 3 11 24 42:40
(**) 25 3:00 3 8 19 33 66:40
30 2:50 1 7 10 23 47 91:40
40 2:50 6 12 22 29 68 140:40
50 2:40 3 12 17 18 51 86 190:40

5 3:40 2 5:50
10 3:20 1 2 6 12:50
15 3:20 3 6 18 30:50
69 20 3:10 2 5 12 26 48:50
(**) 25 3:10 4 8 22 37 74:50
30 3:00 2 8 12 23 51 99:50
40 2:50 1 7 15 22 34 74 156:50
50 2:50 5 14 16 24 51 89 202:50

5 3:50 2 6:00
10 3:30 1 3 6 14:00
72 15 3:30 4 6 21 35:00
(**) 20 3:20 3 6 15 25 53:00
25 3:10 1 4 9 24 40 82:00
30 3:10 4 8 15 22 56 109:00
40 3:00 3 7 17 22 39 75 167:00
50 2:50 1 8 15 16 29 51 94 218:00

5 1 2 7:10
10 3:50 1 4 7 16:10
15 3:40 1 4 7 22 38:10
75 20 3:30 4 7 17 27 59:10
(**) 25 3:20 2 7 10 24 45 92:10
30 3:20 6 7 17 23 59 116:10
40 3:10 5 9 17 19 45 79 178:10
60 2:40 4 10 10 10 12 22 36 64 126 298:10
90 2:10 8 10 10 10 10 10 28 28 44 68 98 186 514:10

(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

TABELA PADRÃO DE DESCOMPRESSÃO COM AR


Tempo Paradas p/Descompressão (minutos)
Profun- Tempo p/ Tempo Total
de
didade 1ª Parada p/Subida
Fundo 39m 36m 33m 30m 27m 24m 21m 18m 15m 12m 9m 6m 3m
(metros) (min:seg) (min:seg)
(minutos)
5 4:00 1 2 7:20
10 3:50 2 4 9 19:20
78 15 3:40 2 4 10 22 42:20
(**) 20 3:30 1 4 7 20 31 67:20
25 3:30 3 8 11 23 50 99:20
30 3:20 2 6 8 19 26 61 126:20
40 3:10 1 6 11 16 19 49 84 190:20

5 4:10 1 3 8:30
10 4:00 2 5 11 22:30
81 15 3:50 3 4 11 24 46:30
(**) 20 3:40 2 3 9 21 35 74:30
25 3:30 2 3 8 13 23 53 106:30
30 3:30 3 6 12 22 27 64 138:30
40 3:20 5 6 11 17 22 51 88 204:30

5 4:20 2 2 8:40
10 4:00 1 2 5 13 25:40
84 15 3:50 1 3 4 11 26 49:40
(**) 20 3:50 3 4 8 23 39 81:40
25 3:40 2 5 7 16 23 56 113:40
30 3:30 1 3 7 13 22 30 70 150:40

298
www.concurseirosnota10.com.br
40 3:20 1 6 6 13 17 27 51 93 218:40

5 4:30 2 3 9:50
10 4:10 1 3 5 16 29:50
87 15 4:00 1 3 6 12 26 52:50
(**) 20 4:00 3 7 9 23 43 89:50
25 3:50 1 3 5 8 17 23 60 120:50
30 3:40 1 5 6 15 22 36 72 162:50
40 3:30 3 5 7 15 16 32 51 95 228:50
5 4:40 3 3 11:00
10 4:20 1 3 6 17 32:00
15 4:10 2 3 6 15 26 57:00
90 20 4:00 2 3 7 10 23 47 97:00
(**) 25 3:50 1 3 6 8 19 26 61 129:00
30 3:50 2 5 7 17 22 39 75 172:00
40 3:40 4 6 9 15 17 34 51 90 231:00
60 3:00 4 10 10 10 10 10 14 28 32 50 90 187 460:00

(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais.

TABELAS PARA EXPOSIÇÕES EXTREMAS - DESCOMPRESSÃO COM AR


Tempo
Profun- Tempo de Tempo p/ 1ª
Total
didade Fundo Parada Paradas p/Descompressão (minutos)
(metros) (minuto) (min:seg) p/Subida
(min:seg)
60m
57m
54m
51m
48m
45m
42m
39m
36m
33m
30m
27m
24m
21m
18m

15m

12m

9m

6m

3m
75 120 01:50 5 10 10 10 10 16 24 24 36 48 64 94 142 187 684:10
(**) 180 01:30 4 8 8 10 22 24 24 32 42 44 60 84 114 122 142 187 931:10
240 01:30 9 14 21 22 22 40 40 42 56 76 98 100 114 122 142 187 1.109:10

90 90 2:20 3 8 8 10 10 10 10 16 24 24 34 48 64 90 142 187 693:00


(**) 120 2:00 4 8 8 8 8 10 14 24 24 24 34 42 58 66 102 122 142 187 890:00
180 1:40 6 8 8 8 14 20 21 21 28 40 40 48 56 82 98 100 114 122 142 187 1168:00

(**) Não deverá ser permitido nenhum mergulho repetitivo após mergulhos excepcionais

TABELA DE LIMITES SEM DESCOMPRESSÃO E DE DESIGNAÇÃO DE GRUPO


PARA MERGULHOS COM AR SEM DESCOMPRESSÃO

Profundidade Tempo Limite


Designação de Grupo (tempos em minutos)
(metros) s/Descompressão
(minutos)
A B C D E F G H I J K L M N O
3 60 120 210 300
4,5 35 70 110 160 225 350
6 25 50 75 100 135 180 240 325
7,5 20 35 55 75 100 125 160 195 245 315
9 15 30 45 60 75 95 120 145 170 205 250 310
10,5 310 5 15 25 40 50 60 80 100 120 140 160 190 220 270 310
12 200 5 15 25 30 40 50 70 80 100 110 130 150 170 200
15 100 10 15 25 30 40 50 60 70 80 90 100
18 60 10 15 20 25 30 40 50 55 60
21 50 5 10 15 20 30 35 40 45 50
24 40 5 10 15 20 25 30 35 40
27 30 5 10 12 15 20 25 30
30 25 5 7 10 15 20 22 25
33 20 5 10 13 15 20
36 15 5 10 12 15

299
www.concurseirosnota10.com.br
39 10 5 8 10
42 10 5 7 10
45 5 5
48 5 5
51 5 5
54 5 5
57 5 5

300
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TABELA DE NITROGÊNIO RESIDUAL PARA MERGULHOS A 0:10
REPETITIVOS COM AR
12:00*
B 0:10 2:11
2:10 12:00*
C 0:10 1:40 2:50
1:39 2:49 12:00*
D 0:10 1:10 2:39 5:49
1:09 2:38 5:48 12:00*
E 0:10 0:55 1:58 3:23 6:33
0:54 1:57 3:22 6:32 12:00*
F 0:10 0:46 1:30 2:29 3:58 7:06
0:45 1:29 2:28 3:57 7:05 12:00*
G 0:10 0:41 1:16 2:00 2:59 4:26 7:36
0:40 1:15 1:59 2:58 4:25 7:35 12:00*
H 0:10 0:37 1:07 1:42 2:24 3:21 4:50 8:00
0:36 1:06 1:41 2:23 3:20 4:49 7:59 12:00*
I 0:10 0:34 1:00 1:30 2:03 2:45 3:44 5:13 8:22
0:33 0:59 1:29 2:02 2:44 3:43 5:12 8:21 12:00*
J 0:10 0;32 0:55 1:20 1:48 2:21 3:05 4;03 5:41 8:41
0:31 0:54 1:19 1:47 2:20 3:04 4:02 5:40 8:40 12:00*
K 0:10 0:29 0:50 1:12 1:36 2:04 2:39 3:22 4:20 5:49 8:59
0:28 0:49 1:11 1:35 2:03 2:38 3:21 4:19 5:48 8:58 12:00*
L 0:10 0:27 0:46 1:05 1:26 1:50 2:20 2:54 3:37 4:36 6:03 9:13
0:26 0:45 1:04 1:25 1:49 2:19 2:53 3:36 4:35 6:02 9:12 12:00*
M 0:10 0:26 0:43 1:00 1:19 1:40 2:06 2:35 3:09 3:53 4:50 6:19 9:29
0:25 0:42 0:59 1:18 1:39 2:05 2:34 3:08 3:52 4:49 6:18 9:28 12:00*
N 0:10 0:25 0:40 0:55 1:12 1:31 1:54 2:19 2:48 3:23 4:05 5:04 6:33 9:44
0:24 0:39 0:54 1:11 1:30 1:53 2:18 2:47 3:22 4:04 5:03 6:32 9:43 12:00*
O 0:10 0:24 0:37 0:52 1:08 1:25 1:44 2:05 2:30 3:00 3:34 4:18 5:17 6:45 9:55
0:23 0:36 0:51 1:07 1:24 1:43 2:04 2:29 2:59 3:33 4:17 5:16 6:44 9:54 12:00*
Z 0:10 0:23 0:35 0:49 1:03 1:19 1:37 1:56 2:18 2:43 3:11 3:46 4:30 5:28 6:57 10:06
0:22 0:34 0:48 1:02 1:18 1:36 1:55 2:17 2:42 3:10 3:45 4:29 5:27 6:56 10:0 12:00
5
Nova
significação Z O N M L K J I H G F E D C B A
de Grupo
(*) Mergulos seguidos de intervalos de superficie maiores que 12 horas não são mergulhos repetitivos.
Use os tempos reais de fundo nas tabelas padrão de descompressão com ar para computar tais mergulhos.

Profundidade
de Mergulho
Repetitivo
(Metros) Z O N M L K J I H G F E D C B A
12 257 241 213 187 161 138 116 101 87 73 61 49 37 25 17 7
15 169 160 142 124 111 99 87 76 66 56 47 38 29 21 13 6
18 122 117 107 97 88 79 70 61 52 44 36 30 24 17 11 5
21 100 96 87 80 72 64 57 50 43 37 31 26 20 15 9 4
24 84 80 73 68 61 54 48 43 38 32 28 23 18 13 8 4
27 73 70 64 58 53 47 43 38 33 29 24 20 16 11 7 3
30 64 62 57 52 48 43 38 34 30 26 22 18 14 10 7 3
33 57 55 51 47 42 38 34 31 27 24 20 16 13 10 6 3
36 52 50 46 43 39 35 32 28 25 21 18 15 12 9 6 3
39 46 44 40 38 35 31 28 25 22 19 16 13 11 8 6 3
42 42 40 38 35 32 29 26 23 20 18 15 12 10 7 5 2
45 40 38 35 32 30 27 24 22 19 17 14 12 9 7 5 2
48 37 36 33 31 28 26 23 20 18 16 13 11 9 6 4 2
51 35 34 31 29 26 24 22 19 17 15 13 10 8 6 4 2
54 32 31 29 27 25 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2
57 31 30 28 26 24 21 19 17 15 13 11 10 8 6 4 2

301
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Tempo Nitrogênio Residual
(Minutos)

TABELA DE DESCOMPRESSÃO NA SUPERFÍCIE USANDO OXIGÊNIO

Tempo p/ 1ª Paradas de Descompressão na Tempo a 12m Tempo Total


Tempo de
Prof. Parada ou Água. Tempo em Minutos Intervalo de na Câmara Tempo de de Descom-
Fundo
(metros) Superfície Respirando Ar Superfície Respirando Superfície pressão
(min)
(min:seg) 18m 15m 12m 9m Oxigênio (min) (min:seg)
52 2:48 0 0 0 0 0 2:48
90 2:48 0 0 0 0 15 23:48

O TEMPO DE SUBIDA DE 12 METROS NA CÂMARA ATÉ A SUPERFÍCIE


21 120 2:48 0 0 0 0 23 31:48
150 2:48 0 0 0 0 31 39:48
180 2:48 0 0 0 0 39 47:48

PRIMEIRA PARADA NA CÂMARA NÃO PODE EXCEDER


O TEMPO ENTRE A ÚLTIMA PARADA NA ÀGUA E A
40 3:12 0 0 0 0 0 3:12
70 3:12 0 0 0 0 14 23:12
85 3:12 0 0 0 0 20 29:12

NÃO DE SER MENOR QUE 2 MINUTOS


24 100 3:12 0 0 0 0 26 35:12
115 3:12 0 0 0 0 31 40:12
130 3:12 0 0 0 0 37 46:12

RESPIRANDO OXIGÊNIO
150 3:12 0 0 0 0 44 53:12

5 MINUTOS
32 3:36 0 0 0 0 0 3:36
60 3:36 0 0 0 0 14 23:36
70 3:36 0 0 0 0 20 29:36
80 3:36 0 0 0 0 25 34:36
27 90 3:36 0 0 0 0 30 39:36
100 3:36 0 0 0 0 34 43:36
110 3:36 0 0 0 0 39 48:36
120 3:36 0 0 0 0 43 52:36
130 3:36 0 0 0 0 48 57:36

26 4:00 0 0 0 0 0 4:00
50 4:00 0 0 0 0 14 24:00
60 4:00 0 0 0 0 20 30:00
70 4:00 0 0 0 0 26 36:00
30 80 4:00 0 0 0 0 32 42:00
90 4:00 0 0 0 0 38 48:00
100 4:00 0 0 0 0 44 54:00
110 4:00 0 0 0 0 49 59:00
120 2:48 0 0 0 0 53 65:48

22 4:24 0 0 0 0 0 4:24
E A PRIMEIRA PARADA NA CÂMARA NÃO

NÃO DEVE SER MENOR QUE 2 MINUTOS


O TEMPO DE SUBIDA DE 12 METROS NA
O TEMPO ENTRE ÚLTIMA PARADA NA

40 4:24 0 0 0 0 12 22:24
50 4:24 0 0 0 0 19 29:24
CÂMARA ATÉ A SUPERFÍCIE

33 60 4:24 0 0 0 0 26 36:24
PODE EXCEDER 5 MINUTOS

RESPIRANDO OXIGÊNIO

70 4:24 0 0 0 0 33 43:24
80 3:12 0 0 0 1 40 51:12
90 3:12 0 0 0 2 46 58:12
100 3:12 0 0 0 5 51 66:12
ÁGUA

110 3:12 0 0 0 12 54 76:12

18 4:48 0 0 0 0 0 4:48
30 4:48 0 0 0 0 9 19:48
40 4:48 0 0 0 0 16 26:48
50 4:48 0 0 0 0 24 34:48
36 60 3:36 0 0 0 2 32 44:36
70 3:36 0 0 0 4 39 53:36
80 3:36 0 0 0 5 46 61:36
90 3:12 0 0 3 7 51 72:12

302
www.concurseirosnota10.com.br
100 3:12 0 0 6 15 54 86:12

15 5:12 0 0 0 0 0 5:12
30 5:12 0 0 0 0 12 23:12
40 5:12 0 0 0 0 21 32:12
50 4:00 0 0 0 3 29 43:00
39 60 4:00 0 0 0 5 37 53:00
70 4:00 0 0 0 7 45 63:00
80 3:36 0 0 6 7 51 75:36
90 3:36 0 0 10 10 56 89:36

13 5:36 0 0 0 0 0 5:36
25 5:36 0 0 0 0 11 22:36
30 5:36 0 0 0 0 15 26:36
35 5:36 0 0 0 0 20 31:36
40 4:24 0 0 0 2 24 37:24
45 4:24 0 0 0 4 29 44:24
42 50 4:24 0 0 0 6 33 50:24
55 4:24 0 0 0 7 38 56:24
60 4:24 0 0 0 8 43 62:24
65 4:00 0 0 3 7 48 70:00
70 3:36 0 2 7 7 51 79:36

11 6:00 0 0 0 0 0 6:00
25 6:00 0 0 0 0 13 25:00
30 6:00 0 0 0 0 18 30:00
35 4:48 0 0 0 4 23 38:48
45 40 4:24 0 0 3 6 27 48:24
45 4:24 0 0 5 7 33 57:24
50 4:00 0 2 5 8 38 66:00
55 3:36 2 5 9 4 44 77:36

9 6:24 0 0 0 0 0 6:24
20 6:24 0 0 0 0 11 23:24
25 6:24 0 0 0 0 16 28:24
48 30 5:12 0 0 0 2 21 35:12
35 4:48 0 0 4 6 26 48:48
40 4:24 0 3 5 8 32 61:24
45 4:00 3 4 8 8 38 73:00

7 6:48 0 0 0 0 0 6:48
20 6:48 0 0 0 0 13 25:48
25 6:48 0 0 0 0 19 31:48
51 30 5:12 0 0 3 5 23 44:12
35 4:48 0 4 4 7 29 57:48
40 4:24 4 4 8 6 36 72:24

TABELA DE DESCOMPRESSÃO NA SUPERFÍCIE COM AR

Paradas de Descompressão na Tempo a 12m Paradas na Tempo Total


Profundidade Tempo de Tempo p/ 1ª Água. Tempo em minutos na Câmara Câmara de Descom-
(metros) Fundo Parada Respirando Ar Respirando (minutos) pressão
(min) (min:seg) 15m 12m 9m 6m 3m Oxigênio (min) 6m 3m (min:seg)
230 0:30 3 7 14:30
PODE EXCEDER 5
ÚLTIMA PARADA

E A PRIMEIRA

CÂMARA NÃO

12 250 0:30 3 11 18:30


PARADA NA

MINUTOS
NA ÁGUA

270 0:30 3 15 22:30


300 0:30 3 19 26:30

120 0:40 3 5 12:40


140 0:40 3 10 17:40
160 0:40 3 21 28:40

303
www.concurseirosnota10.com.br
15 180 0:40 3 29 36:40
200 0:40 3 35 42:40
220 0:40 3 40 47:30
240 0:40 3 47 54:40

80 0:50 3 7 14:50
100 0:50 3 14 21:50
18 120 0:50 3 26 33:50
140 0:50 3 39 46:50
160 0:50 3 48 55:50
180 0:50 3 56 63:50
200 0:40 3 3 59 80:10

60 1:00 3 8 16:00
70 1:00 3 14 22:00
80 1:00 3 18 26:00
90 1:00 3 23 31:00
100 1:00 3 33 41:00
21 110 0:50 3 3 41 52:20
120 0:50 3 4 47 59:20
130 0:50 3 6 52 66:20
140 0:50 3 8 56 72:20
150 0:50 3 9 61 78:20
160 0:50 3 13 72 93:20
170 0:50 3 19 79 106:20

50 1:10 3 10 18:10
60 1:10 3 17 25:10
70 1:10 3 23 31:10
80 1:00 3 3 31 42:30
90 1:00 3 7 39 54:30
24 100 1:00 3 11 46 65:30
110 1:00 3 13 53 74:30
120 1:00 3 17 56 81:30
130 1:00 3 19 63 90:30
140 1:00 26 26 69 126:30
150 1:00 32 32 77 146:30

40 1:20 3 7 15:20
50 1:20 3 18 26:20
60 1:20 3 25 33:20
70 1:10 3 7 30 45:40
27 80 1:10 13 13 40 71:40
90 1:10 18 18 48 89:40
100 1:10 21 21 54 101:40
110 1:10 24 24 61 114:40
120 1:10 32 32 68 137:40
130 1:00 5 36 36 74 156:40

40 1:30 3 15 23:30
50 1:20 3 3 24 35:50
60 1:20 3 9 28 45:50
70 1:20 3 17 39 64:50
30 80 1:20 23 23 48 99:50
90 1:10 3 23 23 57 111:50
100 1:10 7 23 23 66 124:50
110 1:10 10 34 34 72 155:50
120 1:10 12 41 41 78 177:50

TABELA DE DESCOMPRESSÃO NA SUPERFÍCIE COM AR

304
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Paradas de Descompressão Paradas na
Tempo de Tempo p/ Intervalo Tempo Total de
Profundidade na Água. Tempo em minutos Câmara
Fundo 1ª Parada de p/Subida
(metros) Respirando Ar (minutos)
(min) (min:seg) Superfície (min:seg)
15m 12m 9m 6m 3m 6m 3m

30 1:40 3 7 15:40
40 1:30 3 3 21 33:00
50 1:30 3 8 26 43:00
33 60 1:30 18 18 36 78:00
70 1:20 1 23 23 48 101:00
80 1:20 7 23 23 57 116:00
90 1:20 12 30 30 64 142:00

E A PRIMEIRA PARADA NA CÂMARA NÃO PODE EXCEDER 5 MINUTOS


100 1:20 15 37 37 72 167:00

25 1:50 3 6 14:50
30 1:50 3 14 22:50
40 1:40 3 5 25 39:10

O TEMPO ENTRE ÚLTIMA PARADA NA ÁGUA


50 1:40 15 15 31 67:10
36 60 1:30 2 22 22 45 97:10
70 1:30 9 23 23 55 116:10
80 1:30 15 27 27 63 138:10
90 1:30 19 37 37 74 173:10
100 1:30 23 45 45 80 189:10

25 2:00 3 10 19:00
30 1:50 3 3 18 30:20
40 1:50 10 10 25 51:20
39 50 1:40 3 21 21 37 88:20
60 1:40 9 23 23 52 113:20
70 1:40 16 24 24 61 131:20
80 1:30 3 19 35 35 72 170:20
90 1:30 8 19 45 45 80 203:20

20 2:10 3 6 15:10
25 2:00 3 3 14 26:30
30 2:00 5 5 21 37:30
42 40 1:50 2 16 16 26 66:30
50 1:50 6 24 24 44 104:30
60 1:50 16 23 23 56 124:30
70 1:40 4 19 32 32 68 161:30
80 1:40 10 23 41 41 79 200:30

20 2:10 3 3 7 19:40
25 2:10 4 4 17 31:40
30 2:10 8 8 24 46:40
45 40 2:00 5 19 19 33 82:40
50 2:00 12 23 23 51 115:40
60 1:50 3 19 26 26 62 142:40
70 1:50 11 19 39 39 75 189:40
80 1:40 1 11 19 50 50 84 227:40

20 2:20 3 3 11 23:50
25 2:20 7 7 20 40:50
30 2:10 2 11 11 25 55:50
48 40 2:10 7 23 23 39 98:50
50 2:00 2 16 23 23 55 125:50
60 2:00 9 19 33 33 69 169:50
70 1:50 1 17 22 44 44 80 214:50

15 2:30 3 3 5 18:00
20 2:30 4 4 15 30:00
25 2:20 2 7 7 23 46:00
30 2:20 4 13 13 26 63:00

305
www.concurseirosnota10.com.br
40 2:10 1 10 23 23 45 109:00
51 50 2:10 5 18 23 23 61 137:00
60 2:00 2 15 22 37 37 74 194:00
70 2:00 8 17 19 51 51 86 239:00

15 2:40 3 3 6 19:10
20 2:30 1 5 5 17 35:10
25 2:30 3 10 10 24 54:10
54 30 2:30 6 17 17 27 74:10
40 2:20 3 14 23 23 50 120:10
50 2:10 2 9 19 30 30 65 162:10
60 2:10 5 15 19 44 44 81 216:10

15 2:50 4 4 7 22:20
20 2:40 2 6 6 20 41:20
57 25 2:40 5 11 11 25 59:20
30 2:30 1 8 19 19 32 86:20
40 2:30 8 14 23 23 55 130:20
50 2:20 4 13 22 33 33 72 184:20
60 2:20 10 17 19 50 50 84 237:20

II - TABELAS PARA RECOMPRESSÃO TERAPÊUTICA

Instruções para uso das Tabelas de Recompressão Terapêutica

1 - Siga as tabelas de tratamento precisamente.


2 - Tenha um acompanhante qualificado dentro da câmara todo o tempo da recompressão
3 - Mantenha as velocidades de descida e subida normais.
4 - Examine totalmente o paciente na profundidade de alívio ou de tratamento.
5 - Trate um paciente inconsciente como para embolia ou sintomas sérios, a menos que haja certeza absoluta de que
tal condição seja causada por outro motivo.
6 - Somente utilize as Tabelas de Tratamento com Ar quando não dispuser de oxigênio.
7 - Fique alerta para envenenamento por oxigênio se ele é utilizado.
8 - Na ocorrência de convulsões por intoxicação por oxigênio, remova a máscara oral-nasal e mantenha o paciente
de forma a não se machucar.
9 - Mantenha a utilização do oxigênio dentro das limitações de profundidade e tempo.
10 - Verifique as condições do paciente antes e depois de ir para cada parada e durante as paradas mais longas.
11 - Observe o paciente pelo mínimo de 6 horas após o tratamento, atento para sintomas de recorrência.
12 - Mantenha uma acurada cronometragem dos tempos e relatórios escritos.
13 - Mantenha à mão e bem guardado o kit de socorros médicos.
14 - Não permita qualquer encurtamento ou outra alteração nas tabelas, exceto aquelas autorizadas pelo órgão
competente sob a supervisão direta de um médico qualificado.
15 - Não permita ao paciente dormir entre as paradas de descompressão ou por mais de 1 hora em qualquer parada.
16 - Não espere por um ressuscitador. Inicie imediatamente o método de ressuscitação boca-a-boca no caso de
parada respiratória.
17 - Não quebre o ritmo durante a ressuscitação
18 - Não permita o uso de oxigênio em profundidades maiores que 18 metros.
19 - Instrua o paciente para reportar imediatamente os sintomas quando sentir.
20 - Não hesite em tratar casos duvidosos.
21 - Não permita ao paciente ou acompanhante a permanência em posições que possam interferir com a
completa circulação sangüínea dos seus organismos.

DIAGNÓSTICO DE DOENÇA DESCOMPRESSIVA E EMBOLIA GASOSA

DOENÇA DESCOMPRESSIVA EMBOLIA GASOSA


Sintomas no Sistema
Sintomas Sérios
Nervoso Central Enfisema
SINAIS E SINTOMAS Dor Pneumo-
Pele Sistema Lesão na do
Somente Lesão Tórax
Nervoso Sufocação Medula Mediastino
Cerebral
Central Espinhal
DOR NA CABEÇA **
DOR NAS COSTAS *

306
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DOR NO PESCOÇO **
DOR NO PEITO * ** * ** *
DOR NO ESTÔMAGO ** *
DOR NO(S)
** *
BRAÇO(S)/PERNA(S)
DOR NOS OMBROS ** *
DOR NOS QUADRIS ** *
INCONSCIÊNCIA ** * ** * *
CHOQUE ** * ** * *
VERTIGENS/TONTEIRA **
DIFICULDADE VISUAL ** **
NÁUSEAS/VÔMITOS ** **
DIFICULDADE DE OUVIR ** **
DIFICULDADE DE
** **
FALAR
FALTA DE EQUILÍBRIO ** **
DORMÊNCIA * ** ** * *
FRAQUEZA * ** ** *
SENSAÇÃO ESTRANHA * ** ** *
PESCOÇO INCHADO **
RESPIRAÇÃO CURTA * * * * * *
CIANOSE * * * * *
MODIFICAÇÃO NA PELE **
* * = MAIS PROVÁVEL * = CAUSA POSSÍVEL

INFORMAÇÃO CONFIRMATIVA

HISTÓRICO DO MERGULHO EXAME DO PACIENTE


Descompressão obrigatória? Sente-se bem?
Descompressão adequada? Reage e tem aparência normal?
Subida descontrolada? Tem o vigor normal?
Prendeu a respiração? Sua sensibilidade é normal?
Causado fora do mergulho? Seus olhos estão normais?
Mergulho repetitivo? Seus reflexos estão normais?
Sei pulso é normal? (cardíaco)
Seu modo de andar é normal?
Sua audição está normal?
Sua coordenação motora está normal?

307
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TRATAMENTO DE EMBOLIA GASOSA

DIAGNÓSTIC COMPRIMA ATÉ 50 COMPLETE O PERÍODO


O: EMBOLIA METROS PACIENTE DE 30 MINUTOS
GASOSA RESPIRANDO AR RESPIRANDO AR DA
TABELA 6A

COMPLETE 3 DESCOMPRIMA ATÉ 18


PERÍODOS DE 20 METROS. EM 4
MINUTOS MINUTOS (VELOCIDADE
RESPIRANDO DE SUBIDA = 8 M POR
OXIGÊNIO MIN.)

COMPLETE O SIM
TRATAMENTO PELA ALÍVIO?
TABELA 6A

NÃO

PROLONGUE A
TABELA 6ª POR 20
MINUTOS DE
OXIGÊNIO A 18
METROS

COMPLETE O SIM
TRATAMENTO PELA ALÍVIO?
TABELA 6A

NÃO

PROLONGUE A TABELA
6ª POR 60 MINUTOS DE
OXIGÊNIO A 9 METROS.
COMPLETE A
DESCOMPRESSÃO

308
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TRATAMENTO DE DOENÇA DESCOMPRESSIVA

DIAGNÓSTICO:
DOENÇA
DESCOMPRESSIVA

PACIENTE RESPIRANDO
OXIGÊNIO: COMPRIMA
ATÉ 18 METROS

COMPLETE O 1º PERÍODO
DE 20 MINUTOS
RESPIRANDO OXIGÊNIO

COMPLETE O
SINTOMAS NÃO SIM
ALÍVIO? TRATAMENTO
SÉRIOS? PELA TABELA 5

SIM NÃO

SINTOMAS
SIM PIORANDO E
NECESSIDADE DE
RECOMPRESSÃO
MAIS PROFUNDA

NÃO NÃO

COMPLETE MAIS 2
PERÍODOS DE
OXIGÊNIO DA TABELA 6

SINTOMAS SIM DESCOMPRIMIDA


ALIVIADOS PELA TABELA 6

NÃO

PROLONGUE A TABELA
6 POR 20 MINUTOS DE
OXIGÊNIO A 18 METROS

SINTOMAS SIM DESCOMPRIMIDA


ALIVIADOS? PELA TABELA 6

NÃO

PROLONGUE A TABELA DESCOMPRIMIDA


6 POR 60 MINUTOS DE PELA TABELA 6
OXIGÊNIO A 9 METROS

PROLONGUE A TABELA DESCOMPRIMIDA


6 POR 60 MINUTOS DE PELA TABELA 4
OXIGÊNIO A 9 METROS

309
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RECORRÊNCIA DURANTE O TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO:
RECORRÊNCIA
DURANTE
TRATAMENTO

SINTOMAS DIAGNÓSTICO:
SIM REAPARECEM EM NÃO RECORRÊNCIA
PROFUNDIDADE DURANTE
MAIOR QUE 18 TRATAMENTO
METROS?

COMPLETE 3 PERÍODOS
DE 20 MINUTOS COM
OXIGÊNIO DA TABELA 6

PACIENTE RESPIRAR,
COMPRIMA ATÉ A SINTOMAS SIM DESCOMPRIMIDA
PROFUNDIDADE DE ALIVIADOS? PELA TABELA 6
ALÍVIO (MÁXIMO DE
50 METROS)
MANTENHA POR 30
MINUTOS
NÃO

PROLONGUE A TABELA
6 POR 20 MINUTOS COM
OXIGÊNIO A 18 METROS

SINTOMAS SIM DESCOMPRIMIDA


ALIVIADOS? PELA TABELA 6

NÃO
DESCOMPRIMA PELA PROLONGUE A TABELA
TABELA 4 A PARTIR DESCOMPRIMIDA
6 POR 60 MINUTOS COM
DA PROFUNDIDADE PELA TABELA 6
OXIGÊNIO A 9 METROS
DE ALÍVIO

310
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RECORRÊNCIA APÓS O TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO:
RECORRÊNCIA APÓS
O TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO:
RECORRÊNCIA APÓS
O TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO:
RECORRÊNCIA APÓS
O TRATAMENTO

NÃO SIM COMPLETE O


SINTOMAS SINTOMAS TRATAMENTO
SÉRIOS? ALIVIADOS? PELA TABELA 5

SIM NÃO

DIAGNÓSTICO:
RECORRÊNCIA APÓS
O TRATAMENTO

SINTOMAS SIM DESCOMPRIMIDA


ALIVIADOS? PELA TABELA 6

NÃO

DIAGNÓSTICO:
RECORRÊNCIA APÓS
O TRATAMENTO

SINTOMAS SIM DESCOMPRIMIDA


ALIVIADOS? PELA TABELA 6

NÃO

DIAGNÓSTICO:
DESCOMPRIMIDA
RECORRÊNCIA APÓS
PELA TABELA 6
O TRATAMENTO

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RELAÇÃO DAS TABELAS DE TRATAMENTO (*)

TABELA UTILIZAÇÃO
5 - TRATAMENTO, COM OXIGÊNIO DE DOENÇA Tratamento de doença descompressiva - sintomas sérios
DESCOMPRESSIVA - DOR SOMENTE ou dor somente usando os sintomas não são aliviados
dentro de 10 minutos a 18 metros
6 - TRATAMENTO COM OXIGÊNIO, DE DOENÇAS Tratamento de doença descompressiva - sintomas sérios
DESCOMPRESSIVA - SITOMAS SERIOS dor somente quando os sintomas são aliviados dentro de
10 minutos a 18 metros
6A - TRATAMENTO COM AR E OXIGÊNIO, DE Tratamento de embolia gasosa. Utilize também quando
EBOLSA GASOSA incapaz de determinar quando os sintomas são causados
por embolia gasosa ou grave doença descompressiva
1 A - TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇAS Tratamento de doença descompressiva - dor somente
DESCIMPRESSIVA - DOR SOMENTE TRATAMENTO quando não for disponível oxigênio e a dor é aliviado a
A 30 METROS profundidade maior que 20 metros
2A - TRATAMENTO, DE DOENÇA Tratamento de doença descompressiva - dor somente
DESCOMPRESSIVA - DOR SOMENTE TRATAMENTO quando não for disponível ocigênio e a dor e aliviada a
A 50 METROS profundidade maior que 20 metros
3 - TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇA Tratamento de doença descompressiva - sintomas sérios
DESCOMPRESSICA - SITOMAS SÉRIOS, OU ou de embolia gasosa quando não for disponível oxigênio
EMBOLIA GASOSA e os sintomas são aliviados dentro de 30 minutos a 50
metros
4 - TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇA Tratamento de sintomas piorando durante os primeiros 20
DESCOMPRESSIVA - SITOMAS SÉRIOS OU minutos de respiração de oxigênio a 18 metros na Tabela
EMBOLIA GASOSA. 6, ou quando os sintomas não são aliviados dentro de 30
minutos a 50 metros utilizar o tratamento com AR da
Tabela 3
(*) As tabelas de tratamento com oxigênio são apresentadas antes das de ar porque o método de tratamento com
oxigênio será sempre preferível

312
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TABELA 5
TRATAMENTO, COM OXIGÊNIO, DE DOENÇAS DESCOMPRESSIVAS
DOR SOMENTE

Tempo Total
Profundidade Tempo Mistura
Decorrido
(Metros) (Minutos) Respiratória
(Hs:Min)
18 20 Oxigênio 0:20
18 5 Ar 0:25
18 20 Oxigênio 0:45
18 a 9 30 Oxigênio 1:15
9 5 Ar 1:20
9 20 Oxigênio 1:40
9 5 Ar 1:45
9a0 30 Oxigênio 2:15
1 - Tratamento de doenças descompressivas - dor somente, quando os sintomas são aliviados dentro de 10
minutos a 18 metros.
2 - Velocidade de descida = 7,5 m/min.
3 - Velocidade de subida = 0,3 m/min. Não compense em velocidades menores. Compense em velocidades
maiores demorando a subida.
4 - O tempo em 18 metros inicia na chegada aos 18 metros.
5 - Se o oxigênio tiver que ser interrompido, permita 15 minutos de ar e então retorne à tabela no ponto onde foi
interrompida.
6 - Se tiver que interromper o oxigênio a 18 metros troque para a Tabela 6 após a chegada à parada de 9 metros.
7 - O acompanhante deve respirar ar. Se o tratamento é um mergulho repetitivo para o acompanhante ou as
tabelas forem prolongadas, o acompanhante deve respirar oxigênio durante os últimos 30 minutos até a
superfície.

TABELA 5
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

313
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TABELA 6

TRATAMENTO, COM OXIGÊNIO, DE DOENÇAS DESCOMPRESSIVAS


SINTOMAS SÉRIOS

TEMPO TOTAL
PROFUNDIDADE TEMPO MISTURA
DECORRIDO
(METROS) (MINUTOS) RESPIRATÓRIA
(HS:MIN)
18 20 OXIGÊNIO 0:20
18 5 AR 0:25
18 20 OXIGÊNIO 0:45
18 5 AR 0:50
18 20 OXIGÊNIO 1:10
18 5 AR 1:15
18 a 9 30 OXIGÊNIO 1:45
9 15 AR 2:00
9 60 OXIGÊNIO 3:00
9 15 AR 3:15
9 60 OXIGÊNIO 4:15
9a0 30 OXIGÊNIO 4:45
1 - Tratamento de doença descompressiva - sintomas sérios ou dor somente, quando os sintomas não são aliviados
dentro de 10 minutos a 18 metros.
2 - Velocidade de descida = 7,5 m/min.
3 - Velocidade de subida = 0,3 m/min. Não compense em velocidades menores. Compense em velocidades maiores
demorando a subida.
4 - O tempo em 18 metros se inicia na chegada aos 18 metros.
5 - Se o oxigênio tiver que ser interrompido, permita 15 minutos de ar e então retorne à tabela no ponto onde foi
interrompida.
6 - O acompanhante deve respirar ar. Se o tratamento é um mergulho repetitivo para o acompanhante ou as tabelas
forem prolongadas. O acompanhante deve respirar oxigênio durante os últimos 30 minutos até a chegada à
superfície.
7 - A Tabela 6 pode ser prolongada por 25 minutos adicionais a 18 metros (20 minutos de oxigênio e 5 minutos de
ar) ou por 75 minutos adicionais a 9m (15 minutos de ar e 60 minutos de oxigênio) ou ambos

TABELA 6
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

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TABELA 6A
TRATAMENTO, COM AR E OXIGÊNIO, DE EMBOLIA GASOSA

TEMPO TOTAL
PROFUNDIDADE TEMPO MISTURA
DECORRIDO
(METROS) (MINUTOS) RESPIRATÓRIA
(Hs : MIN)
50 30 AR 0:30
50 a 18 4 AR 0:34
18 20 OXIGÊNIO 0:54
18 5 AR 0:59
18 20 OXIGÊNIO 1:19
18 5 AR 1:29
18 20 OXIGÊNIO 1:44
18 5 AR 1:49
18 a 9 30 OXIGÊNIO 2:19
9 15 AR 2:34
9 60 OXIGÊNIO 3:34
9 15 AR 3:49
9 60 OXIGÊNIO 4:49
9a0 30 OXIGÊNIO 5:19
1 - Tratamento de embolia gasosa. Utilize também quando for impossível determinar se os sintomas são
causados por embolia gasosa ou grave doença descompressiva.
2 - Velocidade de descida = a mais rápida que o paciente puder suportar.
3 - Velocidade de subida = 0,3 m/min. Não compense em velocidades menores. Compense em velocidades
maiores demorando a subida.
4 - O tempo a 50 metros inclui o tempo desde a superfície. 5 - Se O Oxigênio Tiver Que Ser Interrompido,
Permita 15 Minutos De Ar E Então Retorne À Tabela No Ponto Em Que Foi Interrompida.
6 - O Acompanhante Deve Respirar Ar. Se O Tratamento É Um Mergulho Repetitivo Para O Acompanhante Ou
A Tabela For Prolongada, Deve Respirar Oxigênio Durante Os Últimos 30 Minutos Até A Chegada À
Superfície.
7 - A Tabela 6 pode ser prolongada por 25 minutos adicionais a 18 metros (20 minutos de oxigênio e 5 minutos
de Ar) ou por 75 minutos adicionais a 9 metros (15 minutos no ar e 60 minutos de oxigênio) ou ambos.

TABELA 6A
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

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TABELA 1A
TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇA DESCOMPRESSIVA
DOR SOMENTE TRATAMENTO A 30 METROS

TEMPO
PROFUNDIDADE TEMPO MISTURA TOTAL
(METROS) (MINUTOS) RESPIRATÓRIA DECORRIDO
(Hs : MIN)
30 30 AR 0:30
24 12 AR 0:43
18 30 AR 1:14
15 30 AR 1:45
12 30 AR 2:16
9 60 AR 3:17
6 60 AR 4:18
3 120 AR 6:9
0 1 AR 6:20
1 - Tratamento de doença descompressiva - dor somente, quando não se dispuser de oxigênio e a dor é aliviada à
profundidade menor que 20 metros.
2 - Velocidade de descida = 7,5 m/min.
3 - Velocidade de subida = 1 minuto entre cada parada.
4 - O tempo a 30 metros inclui o tempo desde a superfície.
5 - Se a configuração das tubulações da câmara não permite o retorno à superfície desde os 3 metros dentro de 1
minuto como específico, não considere o tempo adicional requerido.

TABELA 1A
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

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TABELA 2A
TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇA DESCOMPRESSIVA
DOR SOMENTE TRATAMENTO A 50 METROS

PROFUNDIDADE TEMPO MISTURA TEMPO TOTAL


(METROS) (MINUTOS) RESPIRATÓRIA DECORRIDO
(Hs : MIN)
50 30 AR 0:30
42 12 AR 0:43
36 12 AR 0:56
30 12 AR 1:09
24 12 AR 1:22
18 30 AR 1:53
15 30 AR 2:24
12 30 AR 2:55
9 120 AR 4:56
6 120 AR 6:57
3 240 AR 10:58
3a0 1 AR 10:59
1 - Tratamento de doença descompressiva - dor somente, quando não tiver disponível oxigênio e a dor é aliviada a
uma profundidade maior que 20 metros.
2 - Velocidade de descida = 7,5 m/min.
3 - Velocidade de subida = 1 minuto entre cada parada.
4 - Tempo a 50 metros - inclui o tempo desde a superfície.

TABELA 2 A
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

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TABELA 3
TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇA DESCOMPRESSIVA
SINTOMAS SÉRIOS OU EMBOLIA GASOSA

TEMPO TOTAL
PROFUNDIDADE MISTURA
TEMPO DECORRIDO
(METROS) RESPIRATÓRIA
(Hs : MIN)
50 30 min AR 0:30
42 12 min AR 0:43
36 12 min AR 0:56
30 12 min AR 1:09
2 12 min AR 1:22
18 30 min AR 1:53
15 30 min AR 2:24
12 30 min AR 2:55
9 12h AR 14:56
6 2h AR 16:57
3 2h AR 18:58
3a0 1 min AR 18:59
1 - Tratamento de doença descompressiva - sintomas sérios ou embolia gasosa, quando não dispuser de oxigênio e
os sintomas são aliviados dentro de 30 minutos a 50 metros.
2 - Velocidade de descida = a mais rápida que o paciente puder suportar.
3 - Velocidade de subida = 1 minuto entre cada parada.
4 - O tempo a 5 metros inclui o tempo desde a superfície.

TABELA 3
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

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TABELA 4
TRATAMENTO, COM AR, DE DOENÇA DESCOMPRESSIVA
SINTOMAS SÉRIOS OU EMBOLIA GASOSA

TEMPO TOTAL
PROFUNDIDADE MISTURA
TEMPO DECORRIDO
(METROS) RESPIRATÓRIA
(Hs : MIN)
50 l/2 a 2 h AR 2:00
42 l/2 h AR 2:31
36 l/2 h AR 3:02
30 l/2 h AR 3:33
24 l/2 h AR 4:04
18 6h AR 10:05
15 6h AR 16:06
12 6h AR 22:07
9 11 h AR 33:08
9 1h OXIGÊNIO (OU AR) 34:08
6 1h AR 35:09
6 1h OXIGÊNIO (OU AR) 36:09
3 1h AR 37:10
3 1h OXIGÊNIO (OU AR) 38:10
3a0 1 min OXIGÊNIO (OU AR) 38:11
1 - Tratamento de sintomas piorando durante os primeiros 20 minutos de respiração do oxigênio a 18 metros na
Tabela 6 ou quando os sintomas não são aliviados dentro de 30 minutos a 50metros, utilizando o tratamento com ar
da Tabela 3.
2 - Velocidade de descida = a mais rápida que o paciente puder suportar.
3 - Velocidade de subida = 1 minuto entre cada parada.
4 - O tempo a 50 metros inclui o tempo desde a superfície.

TABELA 4
PERFIL PROFUNDIDADE/TEMPO

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ANEXO N.º 7

RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

1. Para os efeitos desta norma, são radiações não-ionizantes as microondas, ultravioletas e laser.

2. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não-ionizantes, sem a proteção adequada,
serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

3. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa - 400-
320 nanômetros) não serão consideradas insalubres.

ANEXO N.º 8
(Redação dada pela Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014)

VIBRAÇÃO

Sumário:
1. Objetivos
2. Caracterização e classificação da insalubridade

1. Objetivos

1.1 Estabelecer critérios para caracterização da condição de trabalho insalubre decorrente da exposição às Vibrações
de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).

1.2 Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa das VCI e VMB são os estabelecidos nas Normas de
Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO.

2. Caracterização e classificação da insalubridade

2.1 Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária a VMB
correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2.

2.2 Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária
a VCI:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.

2.2.1 Para fins de caracterização da condição insalubre, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois
parâmetros acima descritos.

2.3 As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição ocupacional são caracterizadas
como insalubres em grau médio.

2.4 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos organizacionais e ambientais
que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções.

2.5 A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que contemple, no mínimo, os seguintes itens:
a) Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos;
b) Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, realizada de acordo com o item 3 do Anexo 1 da
NR-9 do MTE;
c) Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da exposição e representatividade da amostragem;
d) Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de calibração;
e) Dados obtidos e respectiva interpretação;
f) Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação;

320
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g) Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente existentes e indicação das necessárias, bem como
a comprovação de sua eficácia;
h) Conclusão.

ANEXO N.º 9

FRIO

1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições
similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em
decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

ANEXO N.º 10

UMIDADE

1. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de
produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

ANEXO N.º 11

AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE


TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de
insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro n.o 1 deste Anexo.

2. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por
via respiratória.

3. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes de trabalho,
em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume.
As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e
iminente.

4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância não podem ser
ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho.

5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que podem ser
absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI
necessário à proteção de outras partes do corpo.

6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura
direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do
trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.

7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na
equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente.

Valor máximo = L.T. x F. D.


Onde:
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1.
F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.

QUADRO N.º 2
L.T. F.D.
(pp, ou mg/m³)
0 a 1 3
1 a 10 2

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10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
acima de 1000 1,1

8. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações ultrapassar os
valores fixados no Quadro n.° 1.

9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de Limites de
Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das concentrações obtidas nas
amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro.

10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito)
horas por semana, inclusive.

10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no
art. 60 da CLT.

QUADRO N.º 1

TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA

Grau de
Absorção Até 48 horas/semana insalubridade a ser
AGENTES QUÍMICOS Valor teto também considerado no
p/pele ppm* mg/m3** caso de sua
caracterização
Acetaldeído 78 140 máximo
Acetato de cellosolve + 78 420 médio
Acetato de éter monoetílico de etileno glicol - - -
(vide acetado de cellsolve)
Acetato de etila 310 1090 mínimo
Acetato de 2-etóxi etila (vide acetato de - - -
cellosolve)
Acetileno Axfixiante simples -
Acetona 780 1870 mínimo
Acetonitrila 30 55 máximo
Ácido acético 8 20 médio
Ácido cianídrico + 8 9 máximo
Ácido clorídrico + 4 5,5 máximo
Ácido crômico (névoa) - 0,04 máximo
Ácido etanóico (vide ácido acético) - - -
Ácido fluorídrico 2,5 1,5 máximo
Ácido fórmico 4 7 médio
Ácido metanóico (vide ácido fórmico) - - -
Acrilato de metila + 8 27 máximo
Acrilonitrila + 16 35 máximo
Álcool isoamílico 78 280 mínimo
Álcool n-butílico + + 40 115 máximo
Álcool isobutílico 40 115 médio
Álcool sec-butílico (2-butanol) 115 350 médio
Álcool terc-butílico 78 235 médio
Álcool etílico 780 1480 mínimo
Álcool furfurílico + 4 15,5 médio
Álcool metil amílico (vide metil isobutil - - -
carbinol)
Álcool metílico + 156 200 máximo
Álcool n-propílico + 156 390 médio
Álcool isopropílico + 310 765 médio
Aldeído acético (vide acetaldeído) - - -
Aldeído fórmico (vide formaldeído) - - -
Amônia 20 14 médio

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Anidro sulfuroso (vide dióxido de enxofre) - - -
Anilina + 4 15 máximo
Argônio Asfixante simples -
Arsina (arsenamina) 0,04 0,16 máximo
Benzeno (Excluído pela Portaria n.º 03, de 10 de março de 1994)
Brometo de etila 156 695 máximo
Brometo de metila + 12 47 máximo
Bromo 0,08 0,6 máximo
Bromoetano (vide brometo de etila) - - -
Bromofórmio + 0,4 4 médio
Bromometano (vide brometo de metila) - - -
1,3 Butadieno 780 1720 médio
n-Butano 470 1090 médio
n-Butano (vide álcoo n-butílico) - - -
sec-Butanol (vide álcool sec-butílico) - - -
Butanona (vide metil etil cetona) - - -
1-Butanotiol (vide butil mercaptana) - - -
n-Butilamina + + 4 12 máximo
Butil cellosolve + 39 190 médio
n-Butil mercaptana 0,4 1,2 médio
2-Butóxi etanol (vide butil cellosolve) - - -
Cellosolve (vide 2-etóxi etanol) - - -
Chumbo - 0,1 máximo
Cianeto de metila (vide acetonitrila) - - -
Cianeto de vinila (vide acrilonitrila) - - -
Cianogênio 8 16 máximo
Ciclohexano 235 820 médio
Ciclohexanol 40 160 máximo
Ciclohexilamina + 8 32 máximo
Cloreto de carbonila (vide fosgênio) - - -
Cloreto de etila 780 2030 médio
Cloreto de fenila (vide cloro benzeno) - - -
Cloreto de metila 78 165 máximo
Cloreto de metileno 156 560 máximo
Cloreto de vinila + 156 398 máximo
Cloreto de vinilideno 8 31 máximo
Cloro 0,8 2,3 máximo
Clorobenzeno 59 275 médio
Clorobromometano 156 820 máximo
Cloroetano (vide cloreto de etila) - - -
Cloroetílico (vide cloreto de vinila) - - -
Clorodifluometano (freon 22) 780 2730 mínimo
Clorofórmio 20 94 máximo
1-Cloro 1-nitropropano 16 78 máximo
Cloroprene + 20 70 máximo
Cumeno + 39 190 máximo
Decaborano + 0,04 0,25 máximo
Demeton + 0,008 0,08 máximo
Diamina (vide hidrazina) - - -
Diborano 0,08 0,08 máximo
1,2-Dibramoetano + 16 110 médio
o-Diclorobenzeno 39 235 máximo
Diclorodifluormetano (freon 12) + 780 3860 mínimo
1,1 Dicloroetano 156 640 médio
1,2 Dicloroetano 39 156 máximo
1,1 Dicloreotileno (vide cloreto de - - -
vinilideno)
1,2 Dicloroetileno 155 615 médio
Diclorometano (vide cloreto de metilino) - - -
1,1 Dicloro-1-nitroetano + 8 47 máximo

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1,2 Dicloropropano 59 275 máximo
Diclorotetrafluoretano (freon 114) 780 5460 mínimo
Dietil amina 20 59 médio
Dietil éter (vide éter etílico) - - -
2,4 Diisocianato de tolueno (TDI) + 0,016 0,11 máximo
Diisopropilamina + 4 16 máximo
Dimetilacetamida + 8 28 máximo
Dimetilamina 8 14 médio
Dimetiformamida 8 24 médio
l,l Dimetil hidrazina + 0,4 0,8 máximo
Dióxido de carbono 3900 7020 mínimo
Dióxido de cloro 0,08 0,25 máximo
Dióxido de enxofre 4 10 máximo
Dióxido de nitrogênio + 4 7 máximo
Dissulfeto de carbono + 16 47 máximo
Estibina 0,08 0,4 máximo
Estireno 78 328 médio
Etanol (vide acetaldeído) _ _ _
Etano Asfixiante simples _
Etanol (vide etílico) _ _ _
Etanotiol (vide etil mercaptana) _ _ _
Éter decloroetílico + 4 24 máximo
Éter etílico 310 940 médio
Éter monobutílico do etileno glicol _ _ _
(vide butil cellosolve
Éter monoetílico do etileno glicol _ _ _
(vide cellosolve)
Éter monometílico do etileno glicol (vide _ _ _
metil cellosolve)
Etilamina 8 14 máximo
Etilbenzeno 78 340 médio
Etileno Asfixiante simples _
Etilenoimina + 0,4 0,8 máximo
Etil mercaptana 0,4 0,8 médio
n-Etil morfolina + 16 74 médio
2-Etoxietanol + 78 290 médio
Fenol + 4 15 máximo
Fluortriclorometano (freon 11) 780 4370 médio
Formaldeído (formol) + 1,6 2,3 máximo
Fosfina (fosfamina) 0,23 0,3 máximo
Fosgênio 0,08 0,3 máximo
Freon 11 (vide flortriclorometano) _ _ _
Freon 12 (vide diclorodiflormetano) _ _ _
Freon 22 (vide clorodifluormetano) _ _ _
Freon 113 (vide 1,1,2,tricloro-1,2,2- _ _ _
trifluoretano)
Freon 114 (vide declrorotetrafloretano) _ _ _
Gás amoníaco (vide amônia) _ _ _
Gás carbônico (vide dióxido de carbono _ _ _
Gás cianídrico (vide ácido cianídrico) _ _ _
Gás clorídrico (vide ácido clorídrico) _ _ _
Gás sulfídrico 8 12 máximo
Hélio Asfixiante simples _
Hidrazina + 0,08 0,08 máximo
Hidreto de antimônio (vide estibina) _ _ _
Hidrogênio Asfixiante simples _
Isobutanol (vide álcool isobutílico) _ _ _
Isopropilamina 4 9,5 médio
Isopropil benzeno (vide cumeno) _ _ _
Mercúrio (todas as formas exceto orgânicas) _ 0,04 máximo

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Metacrilato de metila 78 320 mínimo
Metano Asfixiante simples _
Metanol (vide álcool metílico) _ _ _
Metilamina 8 9,5 máximo
Metil cellosolve + 20 60 máximo
Metil ciclohexanol 39 180 médio
Metilclorofórmio 275 1480 médio
Metil demeton + _ 0,4 máximo
metil etil cetona 155 460 médio
Metil isobutilcarbinol + 20 78 máximo
Metil mercaptana (metanotiol) 0,4 0,8 médio
2-Metoxi etanol (vide metil cellosolve) _ _ _
Monometil hidrazina + + 0,16 0,27 máximo
Monóxido de carbono 39 43 máximo
Negro de fumo (1) 3,5 máximo
Neônio Asfixiante simples _
Níquel carbonila (níquel tetracarbonila) 0,04 0,28 máximo
Nitrato de n-propila 20 85 máximo
Nitroetano 78 245 médio
Nitrometano 78 195 máximo
1 - Nitropropano 20 70 médio
2 - Nitropropano 20 70 médio
Óxido de etileno 39 70 máximo
(1) (Incluído pela Portaria DNSST n.º 09, de 09 de outubro de 1992)

Óxido nítrico (NO) 20 23 máximo


Óxido nitroso (N 2O) Asfixiante simples -
Ozona 0,08 0,16 máximo
Pentaborano 0,004 0,008 máximo
n-Pentano 470 1400 mínimo
Percloroetíleno + 78 525 médio
Piridina 4 12 médio
n-propano Asfixiante simples -
n-Propanol (vide álcool n-propílico) - - -
iso-Propanol (vide álcool isopropílico) - - -
Propanona (vide acetona) - - -
Propileno Asfixiante simples -
Propileno imina + 1,6 4 máximo
Sulfato de dimetila + + 0,08 0,4 máximo
Sulfeto de hidrogênio (vide gás sulfídrico) - - -
Systox (vide demeton) - - -
1,1,2,2,Tetrabromoetano 0,8 11 médio
Tetracloreto de carbono + 8 50 máximo
Tetracloroetano + 4 27 máximo
Tetracloroetileno (vide percloroetileno) - - -
Tetrahidrofurano 156 460 máximo
Tolueno (toluol) + 78 290 médio
Tolueno-2,4-diisocianato (TDI) (vide 2,4 - - -
diisocianato de tolueno)
Tribromometano (vide bromofórmio) - - -
Tricloreto de vinila (vide 1,1,2 tricloroetano) - - -
1,1,1 Tricloroetano (vide metil clorofórmio) - - -
1,1,2 Tricloroetano + 8 35 médio
Tricloroetileno 78 420 máximo
Triclorometano (vide clorofórmio) - - -
1,2,3 Tricloropropano 40 235 máximo
1,1,2 Tricloro-1,2,2 trifluoretano (freon 113) 780 5930 médio
Trietilamina 20 78 máximo
Trifluormonobramometano 780 4760 médio
Vinibenzeno (vide estireno) - - -

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Xileno (xilol) + 78 340 médio

* ppm - partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.


** mg/m3 - miligramas por metro cúbico de ar.

ANEXO N.º 12

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS

ASBESTO
(Instituído pela Portaria SSST n.º 01, de 28 de maio de 1991)

1. O presente Anexo aplica-se a todas e quaisquer atividades nas quais os trabalhadores estão expostos ao asbesto no
exercício do trabalho.

1.1. Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais pertencentes aos
grupos de rochas metamórficas das serpentinas, isto é, a crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios, isto é, a
actinolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita ou qualquer mistura que
contenha um ou vários destes minerais;

1.2. Entende-se por "exposição ao asbesto", a exposição no trabalho às fibras de asbesto respiráveis ou poeira de
asbesto em suspensão no ar originada pelo asbesto ou por minerais, materiais ou produtos que contenham asbesto.

1.3. Entende-se por "fornecedor" de asbesto, o produtor e/ou distribuidor da matéria-prima “in natura”.

2. Sempre que dois ou mais empregadores, embora cada um deles com personalidade jurídica própria, levem a cabo
atividades em um mesmo local de trabalho, serão, para efeito de aplicação dos dispositivos legais previstos neste
Anexo, solidariamente responsáveis contratante(s) e contratado(s).

2.1. Compete à(s) contratante(s) garantir os dispositivos legais previstos neste Anexo por parte do(s) contratado(s).

3. Cabe ao empregador elaborar normas de procedimento a serem adotadas em situações de emergência, informando
os trabalhadores convenientemente, inclusive com treinamento específico.

3.1. Entende-se por "situações de emergência" qualquer evento não programado dentro do processo habitual de
trabalho que implique o agravamento da exposição dos trabalhadores.

4. Fica proibida a utilização de qualquer tipo de asbesto do grupo anfibólio e dos produtos que contenham estas
fibras.

4.1. A autoridade competente, após consulta prévia às organizações mais representativas de empregadores e de
trabalhadores interessados, poderá autorizar o uso de anfibólios, desde que a substituição não seja exeqüível e
sempre que sejam garantidas as medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.

5. Fica proibida a pulverização (spray) de todas as formas do asbesto.

6. Fica proibido o trabalho de menores de dezoito anos em setores onde possa haver exposição à poeira de asbesto.

7. As empresas (públicas ou privadas) que produzem, utilizam ou comercializam fibras de asbesto e as responsáveis
pela remoção de sistemas que contêm ou podem liberar fibras de asbesto para o ambiente deverão ter seus
estabelecimentos cadastrados junto ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social/Instituto Nacional de
Seguridade Social, através de seu setor competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador.

7.1. O referido cadastro será obtido mediante a apresentação do modelo Anexo I.

7.2. O número de cadastro obtido será obrigatoriamente apresentado quando da aquisição da matéria-prima junto ao
fornecedor.

7.3. O fornecedor de asbesto só poderá entregar a matéria-prima a empresas cadastradas.

7.4. Os órgãos públicos responsáveis pela autorização da importação de fibras de asbesto só poderão fornecer a guia
de importação a empresas cadastradas.

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7.5. O cadastro deverá ser atualizado obrigatoriamente a cada 2 (dois) anos.

8. Antes de iniciar os trabalhos de remoção e/ou demolição, o empregador e/ou contratado, em conjunto com a
representação dos trabalhadores, deverão elaborar um plano de trabalho onde sejam especificadas as medidas a
serem tomadas, inclusive as destinadas a:
a) proporcionar toda proteção necessária aos trabalhadores;
b) limitar o desprendimento da poeira de asbesto no ar;
c) prever a eliminação dos resíduos que contenham asbesto.

9. Será de responsabilidade dos fornecedores de asbesto, assim como dos fabricantes e fornecedores de produtos
contendo asbesto, a rotulagem adequada e suficiente, de maneira facilmente compreensível pelos trabalhadores e
usuários interessados.

9.1. A rotulagem deverá conter, conforme modelo Anexo:


- a letra minúscula "a" ocupando 40% (quarenta por cento) da área total da etiqueta;
- caracteres: "Atenção: contém amianto", "Respirar poeira de amianto é prejudicial à saúde" e "Evite risco: siga as
instruções de uso".

9.2. A rotulagem deverá, sempre que possível, ser impressa no produto, em cor contrastante, de forma visível e
legível.

10. Todos os produtos contendo asbesto deverão ser acompanhados de "instrução de uso" com, no mínimo, as
seguintes informações: tipo de asbesto, risco à saúde e doenças relacionadas, medidas de controle e proteção
adequada.

11. O empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, em intervalos
não superiores a 6 (seis) meses.

11.1. Os registros das avaliações deverão ser mantidos por um período não inferior a 30 (trinta) anos.

11.2. Os representantes indicados pelos trabalhadores acompanharão o processo de avaliação ambiental.

11.3. Os trabalhadores e/ou seus representantes têm o direito de solicitar avaliação ambiental complementar nos
locais de trabalho e/ou impugnar os resultados das avaliações junto à autoridade competente.

11.4. O empregador é obrigado a afixar o resultado dessas avaliações em quadro próprio de avisos para
conhecimento dos trabalhadores.

12. O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto crisotila é de 2,0 f/cm3.

12.1. Entende-se por "fibras respiráveis de asbesto" aquelas com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento
maior que 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro superior a 3:1. (Alterado pela Portaria SSST n.º
22, de 26 de dezembro de 1994)

13. A avaliação ambiental será realizada pelo método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500x,
com iluminação de contraste de fase.

13.1. Serão contadas as fibras respiráveis conforme subitem 12.1 independentemente de estarem ou não ligadas ou
agregadas a outras partículas.

13.2. O método de avaliação a ser utilizado será definido pela ABNT/INMETRO.

13.3. Os laboratórios que realizarem análise de amostras ambientais de fibras dispersas no ar devem atestar a
participação em programas de controle de qualidade laboratorial e sua aptidão para proceder às análises requeridas
pelo método do filtro de membrana. (incluído pela Portaria SSST n.º 22, de 12 de dezembro de 1994)

14. O empregador deverá fornecer gratuitamente toda vestimenta de trabalho que poderá ser contaminada por
asbesto, não podendo esta ser utilizada fora dos locais de trabalho.

14.1. O empregador será responsável pela limpeza, manutenção e guarda da vestimenta de trabalho, bem como dos

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EPI utilizados pelo trabalhador.

14.2. A troca de vestimenta de trabalho será feita com freqüência mínima de duas vezes por semana.

15. O empregador deverá dispor de vestiário duplo para os trabalhadores expostos ao asbesto.

15.1. Entende-se por "vestiário duplo" a instalação que oferece uma área para guarda de roupa pessoal e outra,
isolada, para guarda da vestimenta de trabalho, ambas com comunicação direta com a bateria de chuveiros.

15.2. As demais especificações de construção e instalação obedecerão às determinações das demais Normas
Regulamentadoras.

16. Ao final de cada jornada diária de trabalho, o empregador deverá criar condições para troca de roupa e banho do
trabalhador.

17. O empregador deverá eliminar os resíduos que contêm asbesto, de maneira que não se produza nenhum risco à
saúde dos trabalhadores e da população em geral, de conformidade com as disposições legais previstas pelos órgãos
competentes do meio ambiente e outros que porventura venham a regulamentar a matéria.

18. Todos os trabalhadores que desempenham ou tenham funções ligadas à exposição ocupacional ao asbesto serão
submetidos a exames médicos previstos no subitem 7.1.3 da NR-7, sendo que por ocasião da admissão, demissão e
anualmente devem ser realizados, obrigatoriamente, exames complementares, incluindo, além da avaliação clínica,
telerradiografia de tórax e prova de função pulmonar (espirometria).

18.1. A técnica utilizada na realização das telerradiografias de tórax deverá obedecer ao padrão determinado pela
Organização Internacional do Trabalho, especificado na Classificação Internacional de Radiografias de
Pneumoconioses (OIT-1980).

18.2. As empresas ficam obrigadas a informar aos trabalhadores examinados, em formulário próprio, os resultados
dos exames realizados.

19. Cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo exposição ao asbesto, manter
disponível a realização periódica de exames médicos de controle dos trabalhadores durante 30 (trinta) anos.

19.1. Estes exames deverão ser realizados com a seguinte periodicidade:


a) a cada 3 (três) anos para trabalhadores com período de exposição de 0 (zero) a 12 (doze) anos;
b) a cada 2 (dois) anos para trabalhadores com período de exposição de 12 (doze) a 20 (vinte) anos;
c) anual para trabalhadores com período de exposição superior a 20 (vinte) anos.

19.2. O trabalhador receberá, por ocasião da demissão e retornos posteriores, comunicação da data e local da
próxima avaliação médica.

20. O empregador deve garantir informações e treinamento aos trabalhadores, com freqüência mínima anual,
priorizando os riscos e as medidas de proteção e controle devido à exposição ao asbesto.

20.1. Os programas de prevenção já previstos em lei (curso da CIPA, SIPAT, etc.) devem conter informações
específicas sobre os riscos de exposição ao asbesto.

21. Os prazos de notificações e os valores das infrações estão especificados no Anexo III.

22. As exigências contidas neste anexo entrarão em vigor em 180 (cento e oitenta dias) a contar da data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

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ANEXO N.º 1

MODELO DO CADASTRO DOS UTILIZADORES DO ASBESTO

I - IDENTIFICAÇÃO
Nome_________________________________________________________________Endereço:_______________
__________________________Bairro:________________
Cidade:_____________________________Telefone:___________CEP:____________
CGC:__________________________________________________________________
Ramo de Atividade:____________________
CNAE___________________________________

II - DADOS DE PRODUÇÃO
1. Número de Trabalhadores
 Total:________________ Menores:_________________ Mulheres: _________________
 Em contato direto com o asbesto: ____________________________________________

1. Procedência do asbesto

Nacional

Importado

Nome do(s) fornecedor(es) _____________________________________________________


_____________________________________________________
_____________________________________________________

3. Produtos Fabricados

Gênero de produto que contém asbesto Utilização a que se destina

4. Observações: ____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

NOTA: As declarações acima prestadas são de inteira responsabilidade da empresa, passíveis de verificação e
eventuais penalidades facultadas pela lei.

____/ ____/____ ________________________________


Assinatura e carimbo

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ANEXO II

ANEXO III

Item e Subitem Prazo Infração


- 2.1 P4 I4
-3 P2 I2
-4 P1 I4
-5 P1 I4
-6 P1 I4
- 7, 7.2, 7.4 P1 I3
-8 P2 I3
- 9, 9.1, 9.2 P4 I3
- 10 P4 I3
- 11, 11.1, 11.2 e 11.4 P4 I3
- 12 P4 I4
- 14, 14.1, 14.2 P3 I3
- 15 P4 I3
- 16 P1 I1
- 17 P4 I4
- 18, 18.2 P3 I2
- 19, 19.1 P1 I1
- 20, 20.1 P1 I1

MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS


(Incluído pela Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 1992)

1. O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à extração, tratamento,
moagem, transporte do minério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus
compostos é de até 5mg/m3 no ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia.

2. O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à metalurgia de minerais de
manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros
especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes,
ou ainda outras operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1mg/m3 no ar, para
jornada de até 8 (oito) horas por dia.

3. Sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, as atividades e operações com o manganês e seus
compostos serão consideradas como insalubres no grau máximo.

4. O pagamento do adicional de insalubridade por parte do empregador não o desobriga da adoção de medidas de

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prevenção e controle que visem minimizar os riscos dos ambientes de trabalho.

5. As avaliações de concentração ambiental e caracterização da insalubridade somente poderão ser realizadas por
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho conforme previsto no art. 195 da CLT.

6. As seguintes recomendações e medidas de prevenção de controle são indicadas para as operações com manganês
e seus compostos, independentemente dos limites de tolerância terem sido ultrapassados ou não:
- Substituição de perfuração a seco por processos úmidos;
- Perfeita ventilação após detonações, antes de se reiniciarem os trabalhos;
- Ventilação adequada, durante os trabalhos, em áreas confinadas;
- Uso de equipamentos de proteção respiratória com filtros mecânicos para áreas contaminadas;
- Uso de equipamentos de proteção respiratórios com linha de ar mandado, para trabalhos, por pequenos períodos,
em áreas altamente contaminadas;
- Uso de máscaras autônomas para casos especiais e treinamentos específicos;
- Rotatividade das atividades e turnos de trabalho para os perfuradores e outras atividades penosas;
- Controle da poeira em níveis abaixo dos permitidos.

7. As seguintes precauções de ordem médica e de higiene são de caráter obrigatório para todos os trabalhadores
expostos às operações com manganês e seus compostos, independentemente dos limites de tolerância terem sido
ultrapassados ou não:
- Exames médicos pré-admissionais e periódicos;
- Exames adicionais para as causas de absenteísmo prolongado, doença, acidentes ou outros casos;
- Não-admissão de empregado portador de lesões respiratórias orgânicas, de sistema nervoso central e disfunções
sangüíneas para trabalhos em exposição ao manganês;
- Exames periódicos de acordo com os tipos de atividades de cada trabalhador, variando de períodos de 3 (três) a 6
(seis) meses para os trabalhos do subsolo e de 6 (seis) meses a anualmente para os trabalhadores de superfície;
- Análises biológicas de sangue;
- Afastamento imediato de pessoas com sintomas de intoxicação ou alterações neurológicas ou psicológicas;
- Banho obrigatório após a jornada de trabalho;
- Troca de roupas de passeio/serviço/passeio;
- Proibição de se tomarem refeições nos locais de trabalho.

SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA


(Incluído pela Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 1992)

1. O limite de tolerância, expresso em milhões de partículas por decímetro cúbico, é dado pela seguinte fórmula:
8,5
L.T. = ———————— mppdc (milhões de partículas por decímetro cúbico)
% quartzo + 10

Esta fórmula é válida para amostras tomadas com impactador (impinger) no nível da zona respiratória e contadas
pela técnica de campo claro. A percentagem de quartzo é a quantidade determinada através de amostras em
suspensão aérea.

2. O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula:
8
L.T. = ——————— mg/m3
% quartzo + 2

3. Tanto a concentração como a percentagem do quartzo, para a aplicação deste limite, devem ser determinadas a
partir da porção que passa por um seletor com as características do Quadro n.° 1.

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QUADRO N.º 1

Diâmetro Aerodinâmico (um) % de passagem pelo seletor


(esfera de densidade unitária)
menor ou igual a 2 90
2,5 75
3,5 50
5,0 25
10,0 0 (zero)

4. O limite de tolerância para poeira total (respirável e não - respirável), expresso em mg/m3, é dado pela seguinte
fórmula:
24
L.T. = ————————mg/m3
% quartzo + 3

5. Sempre será entendido que "Quartzo" significa sílica livre cristalizada.

6. Os limites de tolerância fixados no item 5 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas
por semana, inclusive.

6.1. Para jornadas de trabalho que excedem a 48 (quarenta e oito) horas semanais, os limites deverão ser deduzidos,
sendo estes valores fixados pela autoridade competente.

7. Fica proibido o processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou úmida como abrasivo. (Incluído pela
Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004)

8. As máquinas e ferramentas utilizadas nos processos de corte e acabamento de rochas ornamentais devem ser
dotadas de sistema de umidificação capaz de minimizar ou eliminar a geração de poeira decorrente de seu
funcionamento. (Aprovado pela Portaria SIT n.º43, de 11 de março de 2008)

ANEXO N.º 13

AGENTES QUÍMICOS

1. Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de
inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes
químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

ARSÊNICO

Insalubridade de grau máximo

Extração e manipulação de arsênico e preparação de seus compostos. Fabricação e preparação de tintas à base de
arsênico.

Fabricação de produtos parasiticidas, inseticidas e raticidas contendo compostos de arsênico.

Pintura a pistola com pigmentos de compostos de arsênico, em recintos limitados ou fechados.

Preparação do Secret.

Produção de trióxido de arsênico.

Insalubridade de grau médio

Bronzeamento em negro e verde com compostos de arsênico.

Conservação e peles e plumas; depilação de peles à base de compostos de arsênico.

Descoloração de vidros e cristais à base de compostos de arsênico.

Emprego de produtos parasiticidas, inseticidas e raticidas à base de compostos de arsênico.

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Fabricação de cartas de jogar, papéis pintados e flores artificiais à base de compostos de arsênico.

Metalurgia de minérios arsenicais (ouro, prata, chumbo, zinco, níquel, antimônio, cobalto e ferro).

Operações de galvanotécnica à base de compostos de arsênico.

Pintura manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de arsênico em recintos limitados ou fechados,
exceto com pincel capilar.

Insalubridade de grau mínimo

Empalhamento de animais à base de compostos de arsênico.

Fabricação de tafetá “sire”.

Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de arsênico ao ar livre.

CARVÃO

Insalubridade de grau máximo

Trabalho permanente no subsolo em operações de corte, furação e desmonte, de carregamento no local de desmonte,
em atividades de manobra, nos pontos de transferência de carga e de viradores.

Insalubridade de grau médio

Demais atividades permanentes do subsolo compreendendo serviços, tais como: operações de locomotiva,
condutores, engatadores, bombeiros, madeireiros, trilheiros e eletricistas.

Insalubridade de grau mínimo

Atividades permanentes de superfícies nas operações a seco, com britadores, peneiras, classificadores, carga e
descarga de silos, de transportadores de correia e de teleférreos.

CHUMBO

Insalubridade de grau máximo

Fabricação de compostos de chumbo, carbonato, arseniato, cromato mínio, litargírio e outros.

Fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de
compostos de chumbo.

Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendo compostos de chumbo.

Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo tetrametila.

Fundição e laminação de chumbo, de zinco velho cobre e latão.

Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura, armazenamento e demais trabalhos com gasolina contendo
chumbo tetraetila.

Pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou fechados.

Vulcanização de borracha pelo litargírio ou outros compostos de chumbo.

Insalubridade de grau médio

Aplicação e emprego de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base
de compostos de chumbo.

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Fabricação de porcelana com esmaltes de compostos de chumbo.

Pintura e decoração manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de chumbo (exceto pincel capilar),
em recintos limitados ou fechados.

Tinturaria e estamparia com pigmentos à base de compostos de chumbo.

Insalubridade de grau mínimo

Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de chumbo ao ar livre.

CROMO

Insalubridade de grau máximo

Fabricação de cromatos e bicromatos.

Pintura a pistola com pigmentos de compostos de cromo, em recintos limitados ou fechados.

Insalubridade de grau médio

Cromagem eletrolítica dos metais.

Fabricação de palitos fosfóricos à base de compostos de cromo (preparação da pasta e trabalho nos secadores).

Manipulação de cromatos e bicromatos.

Pintura manual com pigmentos de compostos de cromo em recintos limitados ou fechados (exceto pincel capilar).

Preparação por processos fotomecânicos de clichês para impressão à base de compostos de cromo.

Tanagem a cromo.

FÓSFORO

Insalubridade de grau máximo

Extração e preparação de fósforo branco e seus compostos.

Fabricação de defensivos fosforados e organofosforados.

Fabricação de projéteis incendiários, explosivos e gases asfixiantes à base de fósforo branco.

Insalubridade de grau médio

Emprego de defensivos organofosforados.

Fabricação de bronze fosforado.

Fabricação de mechas fosforadas para lâmpadas de mineiros.

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau máximo

Destilação do alcatrão da hulha.

Destilação do petróleo.

Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias
cancerígenas afins.

Manipulação do negro de fumo. (Excluído pela Portaria DNSST n.º 9, de 09 de outubro de 1992)

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Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis, nitroderivados, aminoderivados, derivados halogenados e outras substâncias
tóxicas derivadas de hidrocarbonetos cíclicos.

Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes contendo hidrocarbonetos aromáticos.

Insalubridade de grau médio

Emprego de defensivos organoclorados: DDT (diclorodifeniltricloretano) DDD (diclorodifenildicloretano),


metoxicloro (dimetoxidifeniltricloretano), BHC (hexacloreto de benzeno) e seus compostos e isômeros.

Emprego de defensivos derivados do ácido carbônico.

Emprego de aminoderivados de hidrocarbonetos aromáticos (homólogos da anilina).

Emprego de cresol, naftaleno e derivados tóxicos.

Emprego de isocianatos na formação de poliuretanas (lacas de desmoldagem, lacas de dupla composição, lacas
protetoras de madeira e metais, adesivos especiais e outros produtos à base de poliisocianetos e poliuretanas).

Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos como solventes ou em limpeza de peças.

Fabricação de artigos de borracha, de produtos para impermeabilização e de tecidos impermeáveis à base de


hidrocarbonetos.

Fabricação de linóleos, celulóides, lacas, tintas, esmaltes, vernizes, solventes, colas, artefatos de ebonite, guta-
percha, chapéus de palha e outros à base de hidrocarbonetos.

Limpeza de peças ou motores com óleo diesel aplicado sob pressão (nebulização).

Pintura a pincel com esmaltes, tintas e vernizes em solvente contendo hidrocarbonetos aromáticos.

MERCÚRIO

Insalubridade de grau máximo

Fabricação e manipulação de compostos orgânicos de mercúrio.

SILICATOS

Insalubridade de grau máximo

Operações que desprendam poeira de silicatos em trabalhos permanentes no subsolo, em minas e túneis (operações
de corte, furação, desmonte, carregamentos e outras atividades exercidas no local do desmonte e britagem no
subsolo).

Operações de extração, trituração e moagem de talco.

Fabricação de material refratário, como refratários para fôrmas, chaminés e cadinhos; recuperação de resíduos.

SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS
(Alterado pela Portaria SSST n.º14, de 20 de dezembro de 1995)

Para as substâncias ou processos as seguir relacionados, não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por
qualquer via:
- 4 - amino difenil (p-xenilamina);
- Produção de Benzidina;
- Betanaftilamina;
- 4 - nitrodifenil,

Entende-se por nenhuma exposição ou contato significa hermetizar o processo ou operação, através dos melhores
métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não
permitir nenhum contato com o carcinogênico.

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Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será considerada como situação de risco grave e
iminente para o trabalhador.

Para o Benzeno, deve ser observado o disposto no anexo 13-A.

OPERAÇÕES DIVERSAS

Insalubridade de grau máximo

Operações com cádmio e seus compostos, extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus
compostos, solda com cádmio, utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como
antioxidante, em revestimentos metálicos, e outros produtos.

Operações com manganês e seus compostos: extração, tratamento, trituração, transporte de minério; fabricação de
compostos de manganês, fabricação de pilhas secas, fabricação de vidros especiais, indústria de cerâmica e ainda
outras operações com exposição prolongada à poeira de pirolusita ou de outros compostos de manganês. (Excluído
pela Portaria SNT n.º 8, de 05 de outubro de 1992)

Operações com as seguintes substâncias:


- Éter bis (cloro-metílico)
- Benzopireno
- Berílio
- Cloreto de dimetil-carbamila
- 3,3' - dicloro-benzidina
- Dióxido de vinil ciclohexano
- Epicloridrina
- Hexametilfosforamida
- 4,4' - metileno bis (2-cloro anilina)
- 4,4' - metileno dianilina
- Nitrosaminas
- Propano sultone
- Betapropiolactona
- Tálio
- Produção de trióxido de amônio ustulação de sulfeto de níquel.

Insalubridade de grau médio


Aplicação a pistola de tintas de alumínio.
Fabricação de pós de alumínio (trituração e moagem).
Fabricação de emetina e pulverização de ipeca.
Fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico.
Metalização a pistola.
Operações com o timbó.
Operações com bagaço de cana nas fases de grande exposição à poeira.
Operações de galvanoplastia: douração, prateação, niquelagem, cromagem, zincagem, cobreagem, anodização de
alumínio.
Telegrafia e radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo Morse e recepção de sinais em fones.
Trabalhos com escórias de Thomás: remoção, trituração, moagem e acondicionamento.
Trabalho de retirada, raspagem a seco e queima de pinturas.
Trabalhos na extração de sal (salinas).
Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos.
Trabalho em convés de navios. (Revogado pela Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983)

Insalubridade de grau mínimo

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Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras.
Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos em geral, em sacos ou a granel.

ANEXO N.º 13-A


(Incluído pela Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995)

Benzeno

1. O presente Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de prevenção da exposição
ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador, visto tratar-se de um produto
comprovadamente cancerígeno.

2. O presente Anexo se aplica a todas as empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam
benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de volume e aquelas por elas contratadas, no
que couber.

2.1. O presente Anexo não se aplica às atividades de armazenamento, transporte, distribuição, venda e uso de
combustíveis derivados de petróleo.

3. Fica proibida a utilização do benzeno, a partir de 01 de janeiro de 1997, para qualquer emprego, exceto nas
indústrias e laboratórios que:
a) o produzem;
b) o utilizem em processos de síntese química;
c) o empreguem em combustíveis derivados de petróleo;
d) o empreguem em trabalhos de análise ou investigação realizados em laboratório, quando não for possível sua
substituição.

3.1. (Revogado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)

3.2. As empresas que utilizam benzeno em atividades que não as identificadas nas alíneas do item 3 e que
apresentem inviabilidade técnica ou econômica de sua substituição deverão comprová-la quando da elaboração do
Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB.

3.3. (Revogado pela Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011)

4. As empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas
contendo 1% (um por cento) ou mais de volume devem cadastrar seus estabelecimentos no DSST. (Alterado pela
Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)

4.1. Para o cadastramento previsto no item 4, a empresa deverá apresentar ao DSST as seguintes informações:
(Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
a) identificação da empresa (nome, endereço, CGC, ramo de atividade e Classificação Nacional de
Atividade Econômica - CNAE);
b) número de trabalhadores por estabelecimento;
c) nome das empresas fornecedoras de benzeno, quando for o caso;
d) utilização a que se destina o benzeno;
e) quantidade média de processamento mensal;
f) documento-base do PPEOB. (Inserida pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)

4.1.1 Somente serão cadastradas as instalações concluídas e aptas a operar. (Inserido pela Portaria SIT n.º 203, de
28 de janeiro de 2011)

4.1.2 Para o cadastramento de empresas e instituições que utilizam benzeno apenas em seus laboratórios, processos
de análise ou pesquisa, quando não for possível a sua substituição, a solicitação deve ser acompanhada de
declaração assinada pelos responsáveis legal e técnico da empresa ou instituição, com justificativa sobre a
inviabilidade da substituição. (Alterado pela Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011)

4.1.2.1 O PPEOB do laboratório de empresas ou instituições enquadradas no subitem 4.1.2 deve ser mantido à

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disposição da fiscalização no local de trabalho, não sendo necessário o seu encaminhamento para o Departamento de
Segurança e Saúde no Trabalho - DSST. (Alterado pela Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011)

4.2. A comprovação de cadastramento deverá ser apresentada quando da aquisição do benzeno junto ao fornecedor.

4.3. As fornecedoras de benzeno só poderão comercializar o produto para empresas cadastradas.

4.4. As empresas constantes deverão manter, por 10 (dez) anos, uma relação atualizada das empresas por elas
contratadas que atuem nas áreas incluídas na caracterização prevista no PPEOB, contendo:
- identificação da contratada;
- período de contratação;
- atividade desenvolvida;
- número de trabalhadores.

4.5. O cadastramento da empresa ou instituição poderá ser suspenso em caso de infração à legislação do benzeno, de
acordo com os procedimentos previstos em portaria específica. (Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro
de 2011)

4.6. As alterações de instalações que impliquem modificação na utilização a que se destina o benzeno e a quantidade
média de processamento mensal devem ser informadas ao DSST, para fins de atualização dos dados de
cadastramento da empresa. (Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)

5. As empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno em suas misturas líquidas
contendo 1% (um por cento) ou mais do volume devem apresentar ao DSST o documento-base do PPEOB,
juntamente com as informações previstas no subitem 4.1. (Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de
2011)

5.1. (Revogado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)

5.2. O PPEOB, elaborado pela empresa, deve representar o mais elevado grau de compromisso de sua diretoria com
os princípios e diretrizes da prevenção da exposição dos trabalhadores ao benzeno devendo:
a) ser formalizado através de ato administrativo oficial do ocupante do cargo gerencial mais elevado;
b) ter indicação de um responsável pelo Programa que responderá pelo mesmo junto aos órgãos públicos, às
representações dos trabalhadores específicas para o benzeno e ao sindicato profissional da categoria.

5.3. No PPEOB deverão estar relacionados os empregados responsáveis pela sua execução, com suas respectivas
atribuições e competências.

5.4. O conteúdo do PPEOB deve ser aquele estabelecido pela Norma Regulamentadora n.º 9 - Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, com a redação dada pela Portaria n.º 25, de 29.12.94, acrescido de:
- caracterização das instalações contendo benzeno ou misturas que o contenham em concentração maior do que 1%
(um por cento) em volume;
- avaliação das concentrações de benzeno para verificação da exposição ocupacional e vigilância do ambiente de
trabalho segundo a Instrução Normativa - IN n.º 01;
- ações de vigilância à saúde dos trabalhadores próprios e de terceiros, segundo a Instrução Normativa - IN n.º 02;
- descrição do cumprimento das determinações da Portaria e acordos coletivos referentes ao benzeno;
- procedimentos para o arquivamento dos resultados de avaliações ambientais previstas na IN n.º 01 por 40
(quarenta) anos;
- adequação da proteção respiratória ao disposto na Instrução Normativa n.º 01, de 11.4.94;
- definição dos procedimentos operacionais de manutenção, atividades de apoio e medidas de organização do
trabalho necessárias para a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno. Nos procedimentos de manutenção
deverão ser descritos os de caráter emergencial, rotineiros e preditivos, objetivando minimizar possíveis
vazamentos ou emissões fugitivas;
- levantamento de todas as situações onde possam ocorrer concentrações elevadas de benzeno, com dados
qualitativos e quantitativos que contribuam para a avaliação ocupacional dos trabalhadores;

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- procedimentos para proteção coletiva e individual dos trabalhadores, do risco de exposição ao benzeno nas
situações críticas verificadas no item anterior, através de medidas tais como: organização do trabalho, sinalização
apropriada, isolamento de área, treinamento específico, ventilação apropriada, proteção respiratória adequada e
proteção para evitar contato com a pele;
- descrição dos procedimentos usuais nas operações de drenagem, lavagem, purga de equipamentos, operação
manual de válvulas, transferências, limpezas, controle de vazamentos, partidas e paradas de unidades que
requeiram procedimentos rigorosos de controle de emanação de vapores e prevenção de contato direto do
trabalhador com o benzeno;
- descrição dos procedimentos e recursos necessários para o controle da situação de emergência, até o retorno à
normalidade;
- cronograma detalhado das mudanças que deverão ser realizadas na empresa para a prevenção da exposição
ocupacional ao benzeno e a adequação ao Valor de Referência Tecnológico;
- exigências contratuais pertinentes, que visem adequar as atividades de empresas contratadas à observância do
Programa de contratante;
- procedimentos específicos de proteção para o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos, mulheres grávidas ou em
período de amamentação.

6. Valor de Referência Tecnológico - VRT se refere à concentração de benzeno no ar considerada exeqüível do


ponto de vista técnico, definido em processo de negociação tripartite. O VRT deve ser considerado como referência
para os programas de melhoria contínua das condições dos ambientes de trabalho. O cumprimento do VRT é
obrigatório e não exclui risco à saúde.

6.1. O princípio da melhoria contínua parte do reconhecimento de que o benzeno é uma substância
comprovadamente carcinogênica, para a qual não existe limite seguro de exposição. Todos os esforços devem
ser dispendidos continuamente no sentido de buscar a tecnologia mais adequada para evitar a exposição do
trabalhador ao benzeno.

6.2. Para fins de aplicação deste Anexo, é definida uma categoria de VRT.
VRT-MPT que corresponde à concentração média de benzeno no ar ponderada pelo tempo, para uma jornada de
trabalho de 8 (oito) horas, obtida na zona de respiração dos trabalhadores, individualmente ou de Grupos
Homogêneos de Exposição - GHE, conforme definido na Instrução Normativa n.º 01.

6.2.1 Os valores Limites de Concentração - LC a serem utilizados na IN n.º 01, para o cálculo do Índice de
Julgamento "I", são os VRT-MPT estabelecidos a seguir.

7. Os valores estabelecidos para os VRT-MPT são:


- 1,0 (um) ppm para as empresas abrangidas por este Anexo (com exceção das empresas siderúrgicas, as
produtoras de álcool anidro e aquelas que deverão substituir o benzeno a partir de 1º.01.97).
- 2,5 (dois e meio) ppm para as empresas siderúrgicas.

7.1. O Fator de Conversão da concentração de benzeno de ppm para mg/m3 é: 1ppm = 3,19 mg/m3 nas
condições de 25º C, 101 kPa ou 1 atm.

7.2. Os prazos de adequação das empresas aos referidos VRT-MPT serão acordados entre as representações de
trabalhadores, empregadores e de governo.

7.3. Situações consideradas de maior risco ou atípicas devem ser obrigatoriamente avaliadas segundo critérios
de julgamento profissional que devem estar especificados no relatório da avaliação.

7.4. As avaliações ambientais deverão seguir o disposto na Instrução Normativa n.º 01 "Avaliação das
Concentrações de Benzeno em Ambientes de Trabalho".

8. Entende-se como Vigilância da Saúde o conjunto de ações e procedimentos que visam à detecção, o mais
precocemente possível, de efeitos nocivos induzidos pelo benzeno à saúde dos trabalhadores.

8.1. Estas ações e procedimentos deverão seguir o disposto na Instrução Normativa n.º 02 sobre "Vigilância da
Saúde dos Trabalhadores na Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno."

9. As empresas abrangidas pelo presente Anexo, e aquelas por elas contratadas quando couber, deverão garantir a

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constituição de representação específica dos trabalhadores para o benzeno objetivando a acompanhar a elaboração,
implantação e desenvolvimento do Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno.

9.1. A organização, constituição, atribuições e treinamento desta representação serão acordadas entre as
representações dos trabalhadores e empregadores.

10. Os trabalhadores das empresas abrangidas pelo presente Anexo, e aquelas por elas contratadas, com risco de
exposição ao benzeno, deverão participar de treinamento sobre os cuidados e as medidas de prevenção.

11. As áreas, recipientes, equipamentos e pontos com risco de exposição ao benzeno deverão ser sinalizadas com os
dizeres - "Perigo: Presença de Benzeno - Risco à Saúde" e o acesso a estas áreas deverá ser restringido às pessoas
autorizadas.

12. A informação sobre os riscos do benzeno à saúde deve ser permanente, colocando-se à disposição dos
trabalhadores uma "Ficha de Informações de Segurança sobre Benzeno", sempre atualizada.

13. Será de responsabilidade dos fornecedores de benzeno, assim como dos fabricantes e fornecedores de produtos
contendo benzeno, a rotulagem adequada, destacando a ação cancerígena do produto, de maneira facilmente
compreensível pelos trabalhadores e usuários, incluindo obrigatoriamente instrução de uso, riscos à saúde e doenças
relacionadas, medidas de controle adequadas, em cores contrastantes, de forma legível e visível.

14. Quando da ocorrência de situações de emergência, situação anormal que pode resultar em uma imprevista
liberação de benzeno que possa exceder o VRT-MPT, devem ser adotados os seguintes procedimentos:
a) após a ocorrência de emergência, deve-se assegurar que a área envolvida tenha retornado à condição anterior
através de monitorizações sistemáticas. O tipo de monitorização deverá ser avaliado dependendo da situação
envolvida;
b) caso haja dúvidas das condições das áreas, deve-se realizar uma bateria padronizada de avaliação ambiental nos
locais e dos grupos homogêneos de exposição envolvidos nestas áreas;
c) o registro da emergência deve ser feito segundo o roteiro que se segue: - descrição da emergência - descrever as
condições em que a emergência ocorreu indicando:
- atividade; local, data e hora da emergência;
- causas da emergência;
- planejamento feito para o retorno à situação normal;
- medidas para evitar reincidências;
- providências tomadas a respeito dos trabalhadores expostos.

15. Os dispositivos estabelecidos nos itens anteriores, decorrido o prazo para sua aplicação, são de autuação
imediata, dispensando prévia notificação, enquadrando-se na categoria "I-4", prevista na NR-28.

OPERAÇÕES DIVERSAS

Insalubridade de grau máximo

Operações com cádmio e seus compostos:


- extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio, utilização
em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante em revestimentos metálicos, e
outros produtos.

Operações com as seguintes substâncias:


- éterbis (cloro-metílico);
- benzopireno;
- berílio;
- cloreto de dimetil-carbamila;
- 3,3' - dicloro-benzidina;
- dióxido de venil ciclohexano;
- epicloridrina;
- hexametilfosforamida;

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- 4,4'- metileno bis (2-cloro anilina);
- 4,4'- metileno dianilina;
- nitrosaminas;
- propano sultone;
- beta-propiolactona; e
- tálio.

Produção de trióxido de amônio - ustulação de sulfeto de níquel.

Insalubridade de grau médio

Aplicação a pistola de tintas de alumínio.

Fabricação de pós de alumínio (trituração e moagem).

Fabricação de emetina e pulverização de ipeca.

Fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico e sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico.

Metalização a pistola.

Operações com bagaço de cana nas fases de grande exposição à poeira.

Operações com o timbó.

Operações de galvanoplastia: douração, prateação, niquelagem, cromagem, zincagem, cobreagem, anodização de


alumínio.

Telegrafia e radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo Morse e recepção de sinais em fones.

Trabalhos com escórias de Thomas: remoção, trituração, moagem e acondicionamento.

Trabalho de retirada, raspagem a seco e queima de pinturas.

Trabalhos na extração de sal (salinas).

Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos.

Insalubridade de grau mínimo

Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição à poeira.

Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos em geral, em sacos ou granel.

AGENTES BIOLÓGICOS
(Revogado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de novembro de 1979)

ANEXO N.º 14
(Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de novembro de 1979)

AGENTES BIOLÓGICOS

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação
qualitativa.

Insalubridade de grau máximo

Trabalho ou operações, em contato permanente com:


- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente

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esterilizados;
- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infecto-
contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
- esgotos (galerias e tanques); e
- lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de grau médio

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:
- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos
destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes,
bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
- hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento
de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);
- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;
- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);
- gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);
- cemitérios (exumação de corpos);
- estábulos e cavalariças; e
- resíduos de animais deteriorados.

GRAUS DE INSALUBRIDADE

Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual


Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de
1 tolerância fixados no Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do 20%
mesmo Anexo.
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância
2 20%
fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2.
Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos limites de
3 20%
tolerância fixados nos Quadros 1 e 2.
4 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
Níveis de radiações ionizantes com radioati,vidade superior aos
5 40%
limites de tolerância fixados neste Anexo.
6 Ar comprimido. 40%
Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em decorrência de
7 20%
inspeção realizada no local de trabalho.
Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção
8 20%
realizada no local de trabalho.
Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no
9 20%
local de trabalho.
Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada
10 20%
no local de trabalho.
Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de
11 10%, 20% e 40%
tolerância fixados no Quadro 1.
Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de
12 40%
tolerância fixados neste Anexo.
Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas
13 10%, 20% e 40%
insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
14 Agentes biológicos. 20% e 40%

342
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NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 02, de 02 de fevereiro de 1979 08/02/79
Portaria MTb n.º 3.393, de 17 de dezembro de 1987 (Rev.) 23/12/87
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 (Rep. )17/02/83
Portaria MTE n.º 545, de 10 de julho de 2000 11/07/00
Portaria SIT n.º 26, de 02 de agosto de 2000 03/08/00
Portaria MTE n.º 496, de 11 de dezembro de 2002 (Rev.) 12/12/02
Portaria MTE n.º 518, de 4 de abril de 2003 07/04/03
Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013 03/12/13
Portaria MTE n.º 1.078, de 16 de julho de 2014 17/07/14
Portaria MTE n.º 1.565, de 13 de outubro de 2014 14/10/14
Portaria MTE n.º 1.930, de 16 de dezembro de 2014 17/12/14
Portaria MTE n.º 05, de 07 de janeiro de 2015 08/01/15

16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos desta Norma Regulamentadora - NR.

16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30%
(trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa.

16.2.1 O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da periculosidade, mediante laudo técnico


elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.

16.4 O disposto no item 16.3 não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho nem a realização ex-officio da
perícia.

16.5 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades ou operações perigosas as executadas
com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.

16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel, são
consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200
(duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.

16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas para
efeito desta Norma.

16.7 Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor
maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).
(Alterado pela Portaria SIT n.º 312, de 23 de março de 2012)

16.8 Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser delimitadas, sob responsabilidade do empregador.
(Incluído pela Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994)

ANEXO 1

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS


(Redação dada pela Portaria SSMT n.º 2, de 2 de fevereiro de 1979)

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1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro n.° 1, seguinte:

QUADRO N.º 1
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
a) no armazenamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade ou que
permaneçam na área de risco.
b) no transporte de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividades
c) na operação de escorva dos cartuchos de Todos os trabalhadores nessa atividade
explosivos
d) na operação de carregamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade
e) na detonação Todos os trabalhadores nessa atividade
f) na verificação de denotações falhadas Todos os trabalhadores nessa atividade
g) na queima e destruição de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade
deteriorados
h) nas operações de manuseio de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade

2. O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas hipóteses acima discriminadas, faz jus ao adicional de 30% (trinta por
cento) sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros ou participações
nos lucros da empresa, sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional de insalubridade eventualmente devido.

3. São consideradas áreas de risco:


a) nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de
misturas explosivas ou de fogos de artifício, a área compreendida no Quadro n.º 2:

QUADRO N.º 2
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO
MÁXIMA DE
até 4.500 45 metros
mais de 4.500 até 45.000 90 metros
mais de 45.000 até 90.000 110 metros
mais de 90.000 até 225.000* 180 metros
* quantidade máxima que não pode ser ultrapassada.

b) nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida no Quadro n.º 3:

QUADRO N.º 3
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO
MÁXIMA
até 20 75 metros
mais de 20 até 200 220 metros
mais de 200 até 900 300 metros
mais de 900 até 2.200 370 metros
mais de 2.200 até 4.500 460 metros
mais de 4.500 até 6.800 500 metros
mais de 6.800 até 9.000* 530 metros
* quantidade máxima que não pode ser ultrapassada.

c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (pólvora negra e pólvora chocolate ou
parda), área de operação compreendida no Quadro n.º 4:

QUADRO N.º 4
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA
QUANTIDADE EM QUILO
MÁXIMA

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até 23 45 metros
mais de 23 até 45 75 metros
mais de 45 até 90 110 metros
mais de 90 até 135 160 metros
mais de 135 até 180 200 metros
mais de 180 até 225 220 metros
mais de 225 até 270 250 metros
mais de 270 até 300 265 metros
mais de 300 até 360 280 metros
mais de 360 até 400 300 metros
mais de 400 até 450 310 metros
mais de 450 até 680 345 metros
mais de 680 até 900 365 metros
mais de 900 até 1.300 405 metros
mais de 1.300 até 1.800 435 metros
mais de 1.800 até 2.200 460 metros
mais de 2.200 até 2.700 480 metros
mais de 2.700 até 3.100 490 metros
mais de 3.100 até 3.600 510 metros
mais de 3.600 até 4.000 520 metros
mais de 4.000 até 4.500 530 metros
mais de 4.500 até 6.800 570 metros
mais de 6.800 até 9.000 620 metros
mais de 9.000 até 11.300 660 metros
mais de 11.300 até 13.600 700 metros
mais de 13.600 até 18.100 780 metros
mais de 18.100 até 22.600 860 metros
mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros
mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros
mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros
mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros
mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros

d) quando se tratar de depósitos barricados ou entricheirados, para o efeito da delimitação de área de risco, as distâncias
previstas no Quadro n.º 4 podem ser reduzidas à metade.

e) será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça o
ingresso de pessoas não autorizadas.

ANEXO 2

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se dedicam a essas
atividades ou operações, bem como aqueles que operam na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as
realizadas:

Atividades Adicional de 30%


a.
na produção, transporte, processamento e armazenamento de na produção, transporte, processamento e
gás liqüefeito. armazenamento de gás liqüefeito.
b.
no transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e todos os trabalhadores da área de operação.
gasosos liqüefeitos e de vasilhames vazios não-
desgaseificados ou decantados.
c.
nos postos de reabastecimento de aeronaves. todos os trabalhadores nessas atividades ou que
operam na área de risco.

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d.
nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões- todos os trabalhadores nessas atividades
tanques e caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, ou que operam na área de risco.
com inflamáveis líquidos ou gasosos liqüefeitos.
e.
nos locais de descarga de navios-tanques, vagões-tanques e todos os trabalhadores nessas atividades
caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos ou que operam na área de risco
liqüefeitos ou de vasilhames vazios não-desgaseificados ou
decantados.
f.
nos serviços de operações e manutenção de navios-tanque, todos os trabalhadores nessas atividades
vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames, ou que operam na área de risco.
com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios
não-desgaseificados ou decantados.
g.
nas operações de desgaseificação, decantação e Todos os trabalhadores nessas atividades
reparos de vasilhames não-desgaseificados ou decantados. ou que operam na área de risco.
h.
nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás e Todos os trabalhadores nessas atividades
seus equipamentos. ou que operam na área de risco.
i.
no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liqüefeitos motorista e ajudantes.
em caminhão-tanque.
j.
no transporte de vasilhames (em caminhão de carga), motorista e ajudantes
contendo inflamável líquido, em quantidade total igual ou
superior a 200 litros, quando não observado o disposto nos
subitens 4.1 e 4.2 deste Anexo.
(Alterado pela Portaria GM n.º 545, de 10 de julho de 2000)
l.
no transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de motorista e ajudantes.
carga), contendo inflamável gasosos e líquido, em quantidade
total igual ou superior a 135 quilos.
m.
nas operação em postos de serviço e bombas de operador de bomba e trabalhadores que operam na área
abastecimento de inflamáveis líquidos. de risco.

2. Para os efeitos desta Norma Regulamentadora - NR entende-se como:

I. Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames de


inflamáveis:
a) atividades de inspeção, calibração, medição, contagem de estoque e colheita de amostra em tanques ou quaisquer
vasilhames cheios;
b) serviços de vigilância, de arrumação de vasilhames vazios não-desgaseificados, de bombas propulsoras em recinto
fechados e de superintendência;
c) atividades de manutenção, reparos, lavagem, pintura de embarcações, tanques, viaturas de abastecimento e de quaisquer
vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios, não desgaseificados;
d) atividades de desgaseificação e lavagem de embarcações, tanques, viaturas, bombas de abastecimento ou quaisquer
vasilhames que tenham contido inflamáveis líquidos;
e) quaisquer outras atividades de manutenção ou operação, tais como: serviço de almoxarifado, de escritório, de laboratório
de inspeção de segurança, de conferência de estoque, de ambulatório médico, de engenharia, de oficinas em geral, de
caldeiras, de mecânica, de eletricidade, de soldagem, de enchimento, fechamento e arrumação de quaisquer vasilhames
com substâncias consideradas inflamáveis, desde que essas atividades sejam executadas dentro de áreas consideradas
perigosas, ad referendum do Ministério do Trabalho.

II. Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-tanques, caminhões-tanques e vasilhames de inflamáveis


gasosos liquefeitos:
a) atividades de inspeção nos pontos de vazamento eventual no sistema de depósito de distribuição e de medição de

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tanques pelos processos de escapamento direto;
b) serviços de superintendência;
c) atividades de manutenção das instalações da frota de caminhões-tanques, executadas dentro da área e em torno dos
pontos de escapamento normais ou eventuais;
d) atividades de decantação, desgaseificação, lavagem, reparos, pinturas e areação de tanques, cilindros e botijões cheios de
GLP;
e) quaisquer outras atividades de manutenção ou operações, executadas dentro das áreas consideradas perigosas pelo
Ministério do Trabalho.

III . Armazenagem de inflamáveis líquidos, em tanques ou vasilhames:


a) quaisquer atividades executadas dentro da bacia de segurança dos tanques;
b) arrumação de tambores ou latas ou quaisquer outras atividades executadas dentro do prédio de armazenamento de
inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames cheios inflamáveis ou não-desgaseificados ou decantados.

IV. Armazenagem de inflamáveis gasosos liquefeitos, em tanques ou vasilhames:


a) arrumação de vasilhames ou quaisquer outras atividades executadas dentro do prédio de armazenamento de inflamáveis
ou em recintos abertos e com vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou decantados.

V. Operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos:


a) atividades ligadas diretamente ao abastecimento de viaturas com motor de explosão.

VI. Outras atividades, tais como: manutenção, lubrificação, lavagem de viaturas, mecânica, eletricidade, escritório de
vendas e gerência, ad referendum do Ministério do Trabalho.

VII. Enchimento de quaisquer vasilhames (tambores, latas), com inflamáveis líquidos:


a) atividades de enchimento, fechamento e arrumação de latas ou caixas com latas.

VIII. Enchimento de quaisquer vasilhames (cilindros, botijões) com inflamáveis gasosos liquefeitos:
a) atividades de enchimento, pesagem, inspeção, estiva e arrumação de cilindros ou botijões cheios de GLP;
b) outras atividades executadas dentro da área considerada perigosa, ad referendum do Ministério do Trabalho.
3. São consideradas áreas de risco:

ATIVIDADE ÁREA DE RISCO


a. Poços de petróleo em produção de gás. círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com centro na
boca do poço.
b. Unidade de processamento das refinarias. Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, contornando a
área de operação.
c. Outros locais de refinaria onde se realizam operações com Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a
inflamáveis em estado de volatilização ou possibilidade de área de operação.
volatilização decorrente de falha ou defeito dos sistemas de
segurança e fechamento das válvulas.
d. Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança
e. Tanques elevados de inflamáveis gasosos Círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de
vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de
medição por escapamento, gaxetas).
f. Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a
navios, chatas e batelões. operação, com extensão correspondente ao comprimento
da embarcação.

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g. Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação.
h. Enchimento de vagões –tanques e caminhões –tanques com Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de
inflamáveis líquidos. enchimento dos tanques.
i. Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de vazamento
inflamáveis gasosos liquefeitos. eventual (válvula e registros).
j. Enchimento de vasilhames com inflamáveis gasosos Círculos com raio de 15 metros com centro nos bicos de
liquefeitos. enchimentos.

l. Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de
locais abertos. enchimento.
m. Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em Toda a área interna do recinto.
recinto fechado.
n. Manutenção de viaturas-tanques, bombas e vasilhames que Local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
continham inflamável líquido. largura em torno dos seus pontos externos.
o. Desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
desgaseificados ou decantados, utilizados no transporte de largura em torno dos seus pontos externos.
inflamáveis.
p. Testes em aparelhos de consumo de gás e seus Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
equipamentos. largura em torno dos seus pontos extremos.
q. abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo
com raio de 7,5 metros com centro no ponto de
abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com
centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de
7,5 metros de largura para ambos os lados da máquina.
r. Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis Faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos
líquidos ou vazios não desgaseificados ou decantados, em externos.
locais abertos.
s. Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis Toda a área interna do recinto.
líquidos ou vazios não desgaseificados, ou decantados, em
recinto fechado.
t. Carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis Afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a
líquidos ou vasilhames vazios não desgaseificados ou operação, com extensão correspondente ao comprimento
decantados, transportados pôr navios, chatas ou batelões. da embarcação.

(Incluído pela Portaria GM n.º 545, de 10 de julho de 2000)


4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:

4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, simples, compostas ou
combinadas, desde que obedecidos os limites consignados no Quadro I abaixo, independentemente do número total de
embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma NBR 11564/91 e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios
de transporte utilizados;

4.2 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco litros, lacrados na fabricação, contendo líquidos
inflamáveis, independentemente do número total de recipientes manuseados, armazenados ou transportados, sempre que
obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a legislação sobre produtos
perigosos relativa aos meios de transporte utilizados.

QUADRO l

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Capacidade Máxima para Embalagens de Líquidos Inflamáveis
Embalagem combinada
Embalagem interna Embalagem Grupo de Grupo de Grupo de
Externa Embalagens* I Embalagens* lI Embalagens* III
Tambores de:
Metal 250 kg 400 kg 400 kg
Plástico 250 kg 400 kg 400 kg
Madeira Compensada 150 kg 400 kg 400 kg
Recipientes de Vidro com Fibra 75 kg 400 kg 400 kg
mais de 5 e até 10 litros; Caixas
Plástico com mais de 5 e Aço ou Alumínio 250 kg 400 kg 400 kg
até 30 litros; Metal com Madeira Natural ou 150 kg 400 kg 400 kg
mais de 5 e até 40 litros. compensada
Madeira Aglomerada 75 kg 400 kg 400 kg
Papelão 75 kg 400 kg 400 kg
Plástico Flexível 60 kg 60 kg 60 kg
Plástico Rígido 150 kg 400 kg 400 kg
Bombonas
Aço ou Alumínio 120 kg 120 kg 120 kg
Plástico 120 kg 120 kg 120 kg
Embalagens Simples
Grupo de Grupo de Embalagens* Grupo de
Embalagens* II Embalagens*
I III
Tambores
Aço, tampa não removível 250 L
Aço, tampa removível 250 L**
Alumínio, tampa não 250 L
removível
Alumínio, tampa removível 250 L** 450 L 450 L
Outros metais, tampa não 250 L
removível
Outros metais, tampa 250 L**
removível
Plástico, tampa não removível 250 L**
Plástico, tampa removível 250 L**
Bombonas
Aço, tampa não removível 60 L
Aço, tampa removível 60 L**
Alumínio, tampa não 60 L
removível
Alumínio, tampa removível 60 L** 60 L 60 L
Outros metais, tampa não 60 L
removível
Outros metais, tampa 60 L**
removível
Plástico, tampa não removível 60 L
Plástico, tampa removível 60 L**

Embalagens Compostas
Grupo de Grupo de Grupo de
Embalagens* Embalagens* Embalagens*
I II III
Plástico com tambor externo de aço ou alumínio
Plástico com tambor externo de fibra, plástico ou 250 L 250 L 250 L
compensado
Plástico com engradado ou caixa externa de aço
ou alumínio ou madeira externa ou caixa externa
120 L 250 L 250 L

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de compensado ou de cartão ou de plástico rígido
Vidro com tambor externo de aço, alumínio,
fibra,
Compensado, plástico flexível ou 60 L 60 L 60 L
Em caixa de aço, alumínio, madeira, papelão ou
60 L 60 L 60 L
compensado
* Conforme definições NBR 11564 – ABNT.
** Somente para substâncias com viscosidades maior que 200 mm²/seg

GLOSSÁRIO
(Publicado pela Portaria SIT n.º 26, de 2 de agosto de 2000)

Bombonas: Elementos de metal ou plástico, com seção retangular ou poligonal.

Caixas: Elementos com faces retangulares ou poligonais, feitas de metal, madeira, papelão, plástico flexível, plástico rígido
ou outros materiais compatíveis.

Embalagens ou Embalagens Simples: Recipientes ou quaisquer outros componentes ou materiais necessários para
embalar, com a função de conter e proteger líquidos inflamáveis.

Embalagens Combinadas: Uma combinação de embalagens, consistindo em uma ou mais embalagens internas
acondicionadas numa embalagem externa.

Embalagens Compostas: Consistem em uma embalagem externa e um recipiente interno, construídos de tal forma que o
recipiente interno e a embalagem externa formam uma unidade que permanece integrada, que se enche, manuseia,
armazena, transporta e esvazia como tal.

Embalagens Certificadas: São aquelas aprovadas nos ensaios e padrões de desempenho fixados para embalagens, da NBR
11564/91.

Embalagens Externas: São a proteção exterior de uma embalagem composta ou combinada, juntamente com quaisquer
outros componentes necessários para conter e proteger recipientes ou embalagens.
Embalagens Internas: São as que para serem manuseadas, armazenadas ou transportadas, necessitam de uma embalagem
externa.

Grupo de Embalagens: Os líquidos inflamáveis classificam-se para fins de embalagens segundo 3 grupos, conforme o
nível de risco:
* Grupo de Embalagens I - alto risco
* Grupo de Embalagens II - risco médio
* Grupo de Embalagens III - baixo risco
Para efeito de classificação de Grupo de Embalagens, segundo o risco, adotar-se-á a classificação descrita na tabela do item
4 - Relação de Produtos Perigosos, da Portaria n.º 204, de 20 de maio de 1997, do Ministério dos Transportes.

Lacrados: Fechados, no processo de envazamento, de maneira estanque para que não venham a apresentar vazamentos nas
condições normais de manuseio, armazenamento ou transporte, assim como decorrentes de variações de temperatura,
umidade ou pressão ou sob os efeitos de choques e vibrações.

Líquidos Inflamáveis: Para os efeitos do adicional de periculosidade estão definidos na NR 20 - Portaria n.º 3.214/78.

Recipientes: Elementos de contenção, com quaisquer meio de fechamento, destinados a receber e conter líquidos
inflamáveis. Exemplos: latas, garrafas, etc.

Tambores: Elementos cilíndricos de fundo plano ou convexo, feitos de metal, plástico, madeira, fibra ou outros materiais
adequados. Esta definição inclui, também, outros formatos, excluídas bombonas. Por exemplo: redondo de bocal cintado ou
em formato de balde.

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ANEXO 3
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE


VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL

1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos
ou outras espécies de violência física são consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que atendam a uma das seguintes
condições:
a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que integrem serviço orgânico
de segurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas
alterações posteriores.
b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias,
portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou
indireta.

3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou outras espécies de violência física, desde que
atendida uma das condições do item 2, são as constantes do quadro abaixo:

ATIVIDADES OU OPERAÇÕES DESCRIÇÃO

Segurança patrimonial e/ou pessoal na preservação do


Vigilância patrimonial patrimônio em estabelecimentos públicos ou privados e da
incolumidade física de pessoas.

Segurança patrimonial e/ou pessoal em espaços públicos ou


Segurança de eventos
privados, de uso comum do povo.

Segurança patrimonial e/ou pessoal nos transportes coletivos e


Segurança nos transportes coletivos
em suas respectivas instalações.

Segurança patrimonial e/ou pessoal em áreas de conservação


Segurança ambiental e florestal
de fauna, flora natural e de reflorestamento.

Transporte de valores Segurança na execução do serviço de transporte de valores.

Segurança no acompanhamento de qualquer tipo de carga ou


Escolta armada
de valores.

Acompanhamento e proteção da integridade física de pessoa


Segurança pessoal
ou de grupos.

Supervisão e/ou fiscalização direta dos locais de trabalho para


Supervisão/fiscalização Operacional
acompanhamento e orientação dos vigilantes.

Execução de controle e/ou monitoramento de locais, através de


Telemonitoramento/telecontrole
sistemas eletrônicos de segurança.

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ANEXO 4
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.078, de 16 de julho de 2014)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA

1. Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores:


a) que executam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade, conforme estabelece a NR-10;
c) que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em baixa tensão no sistema
elétrico de consumo - SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR10 - Segurança em
Instalações e Serviços em Eletricidade;
d) das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência - SEP, bem como
suas contratadas, em conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no quadro I deste anexo.

2. Não é devido o pagamento do adicional nas seguintes situações:


a) nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações ou equipamentos elétricos desenergizados e
liberados para o trabalho, sem possibilidade de energização acidental, conforme estabelece a NR-10;
b) nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos alimentados por extra-baixa tensão;
c) nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso de equipamentos elétricos
energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos, desde que os materiais e equipamentos elétricos
estejam em conformidade com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

3. O trabalho intermitente é equiparado à exposição permanente para fins de pagamento integral do adicional de
periculosidade nos meses em que houver exposição, excluída a exposição eventual, assim considerado o caso fortuito ou
que não faça parte da rotina.

4. Das atividades no sistema elétrico de potência - SEP.

4.1 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e manutenção de redes de linhas aéreas
ou subterrâneas de alta e baixa tensão integrantes do SEP:
a) Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes de: verificação, inspeção, levantamento,
supervisão e fiscalização; fusíveis, condutores, para-raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores, transformadores,
capacitores, medidores, reguladores de tensão, religadores, seccionalizadores, carrier (onda portadora via linhas de
transmissão), cruzetas, relé e braço de iluminação pública, aparelho de medição gráfica, bases de concreto ou
alvenaria de torres, postes e estrutura de sustentação de redes e linhas aéreas e demais componentes das redes aéreas;
b) Corte e poda de árvores;
c) Ligações e cortes de consumidores;
d) Manobras aéreas e subterrâneas de redes e linhas;
e) Manobras em subestação;
f) Testes de curto em linhas de transmissão;
g) Manutenção de fontes de alimentação de sistemas de comunicação;
h) Leitura em consumidores de alta tensão;
i) Aferição em equipamentos de medição;
j) Medidas de resistências, lançamento e instalação de cabo contra-peso;
k) Medidas de campo eletromagnético, rádio, interferência e correntes induzidas;

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l) Testes elétricos em instalações de terceiros em faixas de linhas de transmissão (oleodutos, gasodutos etc);
m)Pintura de estruturas e equipamentos;
n) Verificação, inspeção, inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e supervisão de serviços técnicos;
o) Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos, transformadores, disjuntores, chaves e
seccionadoras, condensadores, chaves a óleo, transformadores para instrumentos, cabos subterrâneos e
subaquáticos, painéis, circuitos elétricos, contatos, muflas e isoladores e demais componentes de redes subterrâneas;
p) Construção civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos, condutos, canaletas, galerias,
túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras;
q) Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de dados e supervisões de serviços técnicos.

4.2 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e manutenção nas usinas, unidades
geradoras, subestações e cabinas de distribuição em operações, integrantes do SEP:
a) Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relés, chaves, disjuntores e religadoras, caixas de
controle, cabos de força, cabos de controle, barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas anti-
incêndio e de resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos, eletromecânico e
eletroeletrônicos, painéis, para-raios, áreas de circulação, estruturas-suporte e demais instalações e equipamentos
elétricos;
b) Construção de: valas de dutos, canaletas, bases de equipamentos, estruturas, condutos e demais instalações;
c) Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos;
d) Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levantamentos de circuitos e equipamentos elétricos, eletrônicos
de telecomunicações e telecontrole.
QUADRO I

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

I. Atividades, constantes no item 4.1, de construção, a) Estruturas, condutores e equipamentos de linhas


operação e manutenção de redes de linhas aéreas ou aéreas de transmissão, subtransmissão e distribuição,
subterrâneas de alta e baixa tensão integrantes do SEP, incluindo plataformas e cestos aéreos usados para
energizados ou desenergizados, mas com possibilidade execução dos trabalhos;
de energização acidental ou por falha operacional.
b) Pátio e salas de operação de subestações;

c) Cabines de distribuição;

d) Estruturas, condutores e equipamentos de redes de


tração elétrica, incluindo escadas, plataformas e cestos
aéreos usados para execução dos trabalhos;

e) Valas, bancos de dutos, canaletas, condutores, recintos


internos de caixas, poços de inspeção, câmaras,
galerias, túneis, estruturas terminais e aéreas de
superfície correspondentes;

f) Áreas submersas em rios, lagos e mares.

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II. Atividades, constantes no item 4.2, de construção, a) Pontos de medição e cabinas de distribuição, inclusive
operação e manutenção nas usinas, unidades de consumidores;
geradoras, subestações e cabinas de distribuição em
operações, integrantes do SEP, energizados ou b) Salas de controles, casa de máquinas, barragens de
desenergizados, mas com possibilidade de usinas e unidades geradoras;
energização acidental ou por falha operacional.
c) Pátios e salas de operações de subestações, inclusive
consumidoras.

III. Atividades de inspeção, testes, ensaios, calibração, a) Áreas das oficinas e laboratórios de testes e manutenção
medição e reparos em equipamentos e materiais elétrica, eletrônica e eletromecânica onde são executados
elétricos, eletrônicos, eletromecânicos e de testes, ensaios, calibração e reparos de equipamentos
segurança individual e coletiva em sistemas energizados ou passíveis de energização acidental;
elétricos de potência de alta e baixa tensão.
b) Sala de controle e casas de máquinas de usinas e
unidades geradoras;

c) Pátios e salas de operação de subestações, inclusive


consumidoras;

d) Salas de ensaios elétricos de alta tensão;

e) Sala de controle dos centros de operações.

IV. Atividades de treinamento em equipamentos ou a) Todas as áreas descritas nos itens anteriores.
instalações integrantes do SEP, energizadas ou
desenergizadas, mas com possibilidade de
energização acidental ou por falha operacional.

ANEXO 5
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.565, de 13 e outubro de 2014)

ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA

1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas são
consideradas perigosas.

2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:

a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela;

b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira nacional de habilitação para
conduzi-los;

c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.

d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

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ANEXO (*)
(Adotado pela Portaria GM n.º 518, de 04 de abril de 2003)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS


RADIOTIVAS

ATIVIDADES/ÁREAS DE RISCO

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

1. Produção, utilização, processamento, transporte, guarda, Minas e depósitos de materiais radioativos.


estocagem e manuseio de materiais radioativos, selados e não
selados, de estado físico e forma química quaisquer, naturais ou Plantas-piloto e Usinas de beneficiamento de minerais
artificiais, incluindo: radioativos.

Outras áreas sujeitas a risco potencial devido às


radiações ionizantes

1.1. Prospecção, mineração, operação, beneficiamento e Lixiviação de mineiras radiativos para a produção de
processamento de minerais radioativos. concentrados de urânio e tório.

Purificação de concentrados e conversão em outras


formas para uso como combustível nuclear.

1.2. Produção, transformação e tratamento de materiais Produção de fluoretos de urânio para a produção de
nucleares para o ciclo do combustível nuclear. hexafluoretos e urânio metálico.

Instalações para enriquecimento isotópico e


reconversão.

Fabricação de elemento combustível nuclear.

Instalações para armazenamento dos elementos


combustíveis usados.

Instalações para o retratamento do combustível


irradiado.

Instalações para o tratamento e deposições, provisórias


e finais, dos rejeitos radioativos naturais e artificiais.

1.3. Produção de radioisótopos para uso em medicina, Laboratórios para a produção de radioisótopos e
agricultura, agropecuária, pesquisa científica e tecnológica. moléculas marcadas.

1.4. Produção de Fontes Radioativas Instalações para tratamento de material radioativo e


confecção de fontes.

Laboratórios de testes, ensaios e calibração de fontes,


detectores e monitores de radiação, com fontes
radioativas.

1.5. Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores de Laboratórios de ensaios para materiais radioativos
radiação com fontes de radiação.
Laboratórios de radioquímica.

1.6. Descontaminação de superfícies, instrumentos, máquinas, Laboratórios para descontaminação de peças e

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ferramentas, utensílios de laboratório, vestimentas e de materiais radioativos.
quaisquer outras áreas ou bens duráveis contaminados com
material radioativos. Coleta de rejeitos radioativos em instalações, prédios e
em áreas abertas.

Lavanderia para roupas contaminadas.

Transporte de materiais e rejeitos radioativos,


condicionamento, estocagens e suas deposição.

1.7. Separação isotópica e processamento radioquímico. Instalações para tratamento, condicionamento,


contenção, estabilização, estocagem e deposição de
rejeitos radioativos.

Instalações para retenção de rejeitos radioativos.

1.8. Manuseio, condicionamento, liberação, monitoração, Sítios de rejeitos.


estabilização, inspeção, retenção e deposição de rejeitos
radioativos. Instalações para estocagem de produtos radioativos
para posterior aproveitamento.

2. Atividades de operação e manutenção de reatores nucleares, Edifícios de reatores.


incluindo:
Edifícios de estocagem de combustível.

2.1. Montagem, instalação, substituição e inspeção de Instalações de tratamento e estocagem de rejeitos


elementos combustíveis. radioativos.

2.2. Manutenção de componentes integrantes do reator e dos Instalações para tratamento de água e reatores e
sistemas hidráulicos mecânicos e elétricos, irradiados, separação e contenção de produtos radioativos.
contaminados ou situados em áreas de radiação.
Salas de operação de reatores.

Salas de amostragem de efluentes radioativos.

2.3. Manuseio de amostras irradiadas. Laboratórios de medidas de radioativos.

2.4. Experimentos utilizados canais de irradiação. Outras áreas sujeitas a risco potencial às radiações
ionizantes, passíveis de serem atingidas por dispersão
de produtos voláteis.

2.5 Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos e Laboratórios semiquentes e quentes.


nucleares, ensaios, testes, inspeções, fiscalização e supervisão
de trabalhos técnicos. Minas de urânio e tório.

Depósitos de minerais radiativos e produtos do


tratamento de minerais radioativos.

2.6 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Coletas de materiais e peças radioativas, materiais
armazenamento de rejeitos radioativos. contaminados com radiosótopos e águas radioativas.

3. atividades de operação e manutenção de aceleradores de Áreas de irradiação de alvos.


partículas, incluindo:

3.1. Montagem, instalação substituição e manutenção de Oficinas de manutenção de componentes irradiados ou


componentes irradiados ou contaminados. contaminados.

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Salas de operação de aceleradores.

3.2. Processamento de alvos irradiados. Laboratórios para tratamento de alvos irradiados e


separação de radioisótopos.

3.3. Experimentos com feixes de partículas. Laboratórios de testes com radiação e medidas
nucleares.

3.4. Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos e Áreas de tratamento e estocagem de rejeitos
nucleares, testes, inspeções e supervisão de trabalhos técnicos. radioativos.

3.5. Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Laboratórios de processamento de alvos irradiados.


armazenamento de rejeitos radioativos.

4. Atividades de operação com aparelhos de raios-X, com Salas de irradiação e de operação de aparelhos de
irradiadores de radiação gama, radiação beta ou radiação de raios-X e de irradiadores gama, beta ou neutrons
nêutrons, incluindo:

4.1. Diagnostico médico e odontológico. Laboratórios de testes, ensaios e calibração com as


fontes de radiação descritas.

4.2. Radioterapia.

4.3. Radiografia industrial, gamagrafia e neutronradiografia. Manuseio de fontes.

4.4. Análise de materiais por difratometria. Manuseio do equipamento.

4.5. Testes ensaios e calibração de detectores e monitores e Manuseio de fontes amostras radioativas.
radiação.

4.6. Irradiação de alimentos. Manuseio de fontes e instalações para a irradiação de


alimentos.

4.7. Estabilização de instrumentos médico-hospitalares. Manuseio de fontes e instalações para a operação.

4.8. Irradiação de espécimes minerais e biológicos. Manuseio de amostras irradiadas.

4.9. Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos, Laboratórios de ensaios e calibração de fontes e
ensaios, testes, inspeções, fiscalização de trabalhos técnicos. materiais radioativos.

5. Atividades de medicina nuclear. Sala de diagnósticos e terapia com medicina nuclear.

5.1. Manuseio e aplicação de radioisótopos para diagnóstico Enfermaria de pacientes, sob tratamento com
médico e terapia. radioisótopos.

Enfermaria de pacientes contaminados com


radioisótopos em observação e sob tratamento de
descontaminação.

5.2. Manuseio de fontes seladas para aplicação em Área de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
braquiterapia.

5.3. Obtenção de dados biológicos de pacientes com Manuseio de materiais biológicos contendo
radioisótopos incorporados. radioisótopos ou moléculas marcadas.

5.4. Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Laboratórios para descontaminação e coleta de rejeitos

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estocagem de rejeitos radioativos. radioativos.

6. Descomissionamento de instalações nucleares e radioativas, Áreas de instalações nucleares e radioativas


que inclui: contaminadas e com rejeitos.

6.1 Todas as descontaminações radioativas inerentes. Depósitos provisórios e definitivos de rejeitos


radioativos.

6.2. Gerenciamento dos rejeitos radioativos existentes, ou Instalações para contenção de rejeitos radioativos.
sejam; tratamento e acondicionamento dos rejeitos líquidos,
sólidos, gasosos e aerossóis; transporte e deposição dos Instalações para asfaltamento de rejeitos radioativos.
mesmos.
Instalações para cimentação de rejeitos radioativos.

7. Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de Tratamento de rejeitos minerais.


tratamento de minerais radioativos.
Repositório de rejeitos naturais (bacia de contenção de
rádio e outros radioisótopos).

Deposição de gangas e rejeitos de mineração.


Nota Explicativa:
(Inserida pela Portaria MTE n.º 595, de 07 de maio de 2015)
1. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades desenvolvidas em áreas que utilizam equipamentos
móveis de Raios X para diagnóstico médico.
2. Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de recuperação e leitos de internação não são
classificadas como salas de irradiação em razão do uso do equipamento móvel de Raios X.

(*) Anexo acrescentado pela Portaria n.º 3.393, de 17-12-1987.

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NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

23.1 Disposições gerais.

23.1.1 Todas as empresas deverão possuir:


a) proteção contra incêndio;
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

Saídas.

23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se
encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.

23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho.

23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter permanente e completamente
desobstruídos, circulações internas ou corredores de acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m (um
metro e vinte centímetros).

23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em caráter permanente, vias de
passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente
desobstruídos.

23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos,
indicando a direção da saída.

23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de trabalho não se tenha de percorrer
distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno.

23.2.6.1 Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade competente em
segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros (sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco.

23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as passagens serão bem iluminadas.

23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso, deverá ser
colocado um "aviso" no início da rampa, no sentido do da descida.

23.2.9 Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas partes de uma saída.

23.3 Portas.

23.3.1 As portas de saída devem ser de batentes ou portas corrediças horizontais, a critério da autoridade competente em
segurança do trabalho.

23.3.2 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em comunicações internas.

23.3.3 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas, devem:
a) abrir no sentido da saída;
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.

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23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas
escadas.

23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido qualquer
obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista.

23.3.6 Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser
fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho.

23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança, que permitam a qualquer
pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho.

23.3.7.1 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de
trabalho.

23.4 Escadas.

23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais incombustíveis e resistentes ao fogo.

23.5 Ascensores.

23.5.1 Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de 2 (dois) pavimentos, devem ser inteiramente de
material resistente ao fogo.

23.6 Portas corta-fogo.

23.6.1 As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, fechando-se automaticamente e podendo ser
abertas facilmente pelos 2 (dois) lados.

23.7 Combate ao fogo.

23.7.1 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:


a) acionar o sistema de alarme;
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais;
d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com
aviso referente a este fato, próximo à chave de interrupção.

23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja grande o risco de incêndio,
requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de
inflamáveis.

23.8 Exercício de alerta.

23.8.1 Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, objetivando:


a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;
b) que a evacuação do local se faça em boa ordem;
c) que seja evitado qualquer pânico;
d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados;
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.

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23.8.2 Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los,
comportando um chefe e ajudantes em número necessário, segundo as características do estabelecimento.

23.8.3 Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de incêndio.

23.8.4 Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios devem se realizar periodicamente,
de preferência, sem aviso e se aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio.

23.8.5 As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros deverão ter alguns membros do
pessoal operário, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra
o fogo e o seu emprego.

23.9 Classes de fogo.

23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo:
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que
deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos,
como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.

23.9.2 Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

23.10 Extinção por meio de água.

23.10.1 Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinqüenta) ou mais empregados, deve haver um aprisionamento
conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A.

23.10.2 Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e situados ou protegidos de maneira a não
poderem ser danificados.

23.10.3 Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação deverão ser experimentados, freqüentemente,
a fim de evitar o acúmulo de resíduos.

23.10.4 A água nunca será empregada:


a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;
b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada;
c) nos fogos da Classe D;
d) chuveiros (sprinklers) automáticos.

23.10.5 Os chuveiros automáticos devem ter seus registros sempre abertos, e só poderão ser fechados em casos de
manutenção ou inspeção, com ordem da pessoa responsável.

23.10.5.1 Um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) deve existir abaixo e ao redor das cabeças dos chuveiros, a
fim de assegurar uma inundação eficaz.

23.11 Extintores.

23.11.1 Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam
às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de
órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO.

23.12 Extintores portáteis.

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23.12.1 Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores
portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir.

23.13 Tipos de extintores portáteis.

23.13.1 O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B.

23.13.2 O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora
possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início.

23.13.3 O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150
kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó
químico será especial para cada material.

23.13.4 O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em fogos Classe A, com capacidade
variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.

23.13.5 Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autorização da autoridade competente em
matéria de segurança do trabalho.

23.13.6 Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como variante nos fogos das Classes B e
D.

23.13.7 Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como variante nos fogos Classe
D.

23.14 Inspeção dos extintores.

23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver modelo no anexo).

23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres,
os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão
entupidos.

23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data
para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses
dados sejam danificados.

23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além
de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga.

23.14.5 O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente.

23.14.6 As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no
País.

23.15 Quantidade de extintores.

23.15.1 Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será determinada pelas condições seguintes,
estabelecidas para uma unidade extintora conforme o item 23.16.

CLASSE DE OCUPAÇÃO DISTÂNCIA


ÁREA COBERTA P/ RISCO DE
* Segundo Tarifa de Seguro MÁXIMA A SER
UNIDADE DE EXTINTORES FOGO
Incêndio do Brasil - IRB(*) PERCORRIDA
500 m² pequeno "A" - 01 e 02 20 metros
250 m² médio "B" - 02, 04, 05 e 06 10 metros
150 m² grande "C" - 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13 10 metros

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(*) Instituto de Resseguros do Brasil

23.15.1.1 Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois) extintores para cada pavimento.

23.16 Unidade extintora.

NÚMERO DE EXTINTORES QUE


CAPACIDADE DOS
SUBSTÂNCIAS CONSTITUEM UNIDADE
EXTINTORES
EXTINTORA
10 litros 1
Espuma
5 litros 2
1
Água Pressurizada ou Água Gás 10 litros
2
6 quilos 1
4 quilos 2
Gás Carbônico (CO2)
2 quilos 3
1 quilo 4
4 quilos 1
Pó Químico Seco 2 quilos 2
1 quilo 3

23.17 Localização e Sinalização dos Extintores.

23.17.1 Os extintores deverão ser colocados em locais:


a) de fácil visualização;
b) de fácil acesso;
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga,
vermelha, com bordas amarelas.

23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por
forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).

23.17.4 Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do
piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro
e cinqüenta centímetros) acima do piso.

23.17.5 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.

23.17.6 Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica.

23.17.7 Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

23.18 Sistemas de alarme.

23.18.1 Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais
perceptíveis em todos os locais da construção.

23.18.2 Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número suficiente de pontos capazes de pôr em
ação o sistema de alarme adotado.

23.18.3 As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura, de todos os outros
dispositivos acústicos do estabelecimento. 23.18.4 Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas
comuns dos acessos dos pavimentos.

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23.18.5 Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de
vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência".

ANEXO DO ITEM 23.14

MARCA: TIPO: EXTINTOR N.º:


ATIVO FIXO: LOCAL: ABNT N.º:
HISTÓRICO
Código e reparos
Data Recebido Inspecionado Reparado Instrução Incêndio
1. Substituição de Gatilho

2. Substituição de Difusor

3. Mangote

4. Válvula de Segurança

5. Válvula Completa

6. Válvula Cilindro Adicional

7. Pintura

8. Manômetro

9. Teste Hidrostático

10. Recarregado

11. Usado em Incêndio

12. Usado em Instrução

13. Diversos
CONTROLE DE EXTINTORES

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NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Atualizações/Alterações D.O.U.
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993 21/09/93

24.1 Instalações sanitárias.

24.1.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente NR, a expressão:


a) aparelho sanitário: o equipamento ou as peças destinadas ao uso de água para fins higiênicos ou a receber águas servidas
(banheira, mictório, bebedouro, lavatório, vaso sanitário e outros);
b) gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente, cafoto, sentina, privada, WC, o local destinado a fins
higiênicos e dejeções;
c) banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada unidade e destinado ao asseio corporal.

24.1.2 As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais. O órgão regional competente em
Segurança e Medicina do Trabalho poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de metragem que atendam ao mínimo
de conforto exigível. É considerada satisfatória a metragem de 1 metro quadrado, para cada sanitário, por 20 operários em
atividade.

24.1.2.1 As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.

24.1.3 Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo permanente de higienização,
de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.

24.1.4 Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga automática externa de ferro fundido, material
plástico ou fibrocimento.

24.1.5 Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico, e deverão ser comandados por registros de metal a meia altura na
parede;

24.1.6 O mictório deverá ser de porcelana vitrificada ou de outro material equivalente, liso e impermeável, provido de
aparelho de descarga provocada ou automática, de fácil escoamento e limpeza, podendo apresentar a conformação do tipo
calha ou cuba.

24.1.6.1 No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de 0,60m, corresponderá a um mictório do
tipo cuba.

24.1.7 Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais impermeáveis e laváveis, possuindo torneiras
de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m, devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada grupo de 20 (vinte)
trabalhadores.

24.1.8 Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou
operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou
substâncias que provoquem sujidade.

24.1.8.1 O disposto no item 24.1.8 deverá também ser aplicado próximo aos locais de atividades.

24.1.9 O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos, proibindo-se o uso de
toalhas coletivas.

24.1.10 Deverá haver canalização com tomada d’água, exclusivamente para uso contra incêndio.

24.1.11 Os banheiros, dotados de chuveiros, deverão:


a) ser mantidos em estado de conservação, asseio e higiene;

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b) ser instalados em local adequado;
c) dispor de água quente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho;
d) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construídos de modo a manter o resguardo conveniente;
e) ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e lavável.

24.1.12 Será exigido 1 um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos
trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem
sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso.

24.1.13 Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou soluções de continuidade que possam
acarretar infiltrações ou acidentes.

24.1.14 Quando os estabelecimentos dispuserem de instalações de privadas ou mictórios anexos às diversas seções fabris,
devem os respectivos equipamentos ser computados para efeito das proporções estabelecidas na presente Norma.

24.1.15 Nas indústrias de gêneros alimentícios ou congêneres, o isolamento das privadas deverá ser o mais rigoroso
possível, a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de trabalho.

24.1.16 Nas regiões onde não haja serviço de esgoto, deverá ser assegurado aos empregados um serviço de privadas, seja
por meio de fossas adequadas, seja por outro processo que não afete a saúde pública, mantidas as exigências legais.

24.1.17 Nos estabelecimentos comerciais, bancários, securitários, de escritório e afins, poderá a autoridade local competente
em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, em decisão fundamentada, submetida à homologação do Delegado
Regional do Trabalho, dispensar ou reduzir o número de mictórios e de chuveiros estabelecidos nesta Norma.

24.1.18 As paredes dos sanitários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou de concreto e revestidas com
material impermeável e lavável.

24.1.19 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis, de acabamento liso, inclinado para os ralos de escoamento providos de
sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de umidade e emanações no banheiro, e não apresentar ressaltos e
saliências.

24.1.20 A cobertura das instalações sanitárias deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as telhas poderão ser de barro
ou de fibrocimento.

24.1.20.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas, para melhorar a iluminação natural, e telhas de ventilação de 4 em 4
metros.

24.1.21 As janelas das instalações sanitárias deverão ter caixilhos fixos, inclinados de 45º, com vidros inclinados de 45º,
com vidros incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.

24.1.21.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 m a partir do piso.

24.1.22 Os locais destinados às instalações sanitárias serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser
protegida por eletrodutos.

24.1.23 Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de
100 W/8,00 m² de área com pé-direito de 3,00m máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.1.24 A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água elevada, a qual deverá ter altura suficiente para permitir bom
funcionamento nas tomadas de água e contar com reserva para combate a incêndio de acordo com posturas locais.

24.1.24.1 Serão previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas instalações sanitárias.

24.1.25 As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada e esgotos ligados à rede geral ou à fossa séptica, com
interposição de sifões hidráulicos.

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24.1.25.1 Não poderão se comunicar diretamente com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições.

24.1.25.2 Serão mantidas em estado de asseio e higiene.

24.1.25.3 No caso de se situarem fora do corpo do estabelecimento, a comunicação com os locais de trabalho deve fazer-se
por passagens cobertas.

24.1.26 Os gabinetes sanitários deverão:


a) ser instalados em compartimentos individuais, separados;
b) ser ventilados para o exterior;
c) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m e seu bordo inferior não poderá situar-se a mais de 0,15 m acima do
pavimento;
d) ser dotados de portas independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento;
e) ser mantidos em estado de asseio e higiene;
f) possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não ligados diretamente à rede ou quando sejam
destinados às mulheres.

24.1.26.1 Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local independente, dotado de antecâmara.

24.1.27 É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer materiais (caixas) de madeira, blocos de
cimento e outros.

24.2 Vestiários.

24.2.1 Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas ou seja imposto o uso
de uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de
sexos.

24.2.2 A localização do vestiário, respeitada a determinação da autoridade regional competente em Segurança e Medicina do
Trabalho, levará em conta a conveniência do estabelecimento.

24.2.3 A área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de 1,50 m² para 1 trabalhador.

24.2.4 As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou de concreto, e revestidas com
material impermeável e lavável.

24.2.5 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento liso, inclinados para os ralos de escoamento providos
de sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de umidade e emanações no vestiário e não apresentar ressaltos e
saliências.

24.2.6 A cobertura dos vestiários deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as telhas poderão ser de barro ou de
fibrocimento.

24.2.6.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural.

24.2.7 As janelas dos vestiários deverão ter caixilhos fixos inclinados de 45º, com vidros incolores e translúcidos,
totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.

24.2.7.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 a partir do piso.

24.2.8 Os locais destinados às instalações de vestiários serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser
protegida por eletrodutos.

24.2.9 Com objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de
100 W/ 8,00 m² de área com pé-direito de 3.00 m, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

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24.2.10 Os armários, de aço, madeira, ou outro material de limpeza, deverão ser essencialmente individuais.

24.2.10.1 Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo também ser sobrepostos.

24.2.10.2 Deverão ser pintados com tintas laváveis, ou revestidos com fórmica, se for o caso.

24.2.11 Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatíveis com o asseio corporal, que
exponham os empregados a poeiras e produtos graxos e oleosos, os armários serão de compartimentos duplos.

24.2.12 Os armários de compartimentos duplos terão as seguintes dimensões mínimas:


a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros)
de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta
centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com altura de 0,40m (quarenta
centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de
profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco
centímetros), estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.

24.2.13 Os armários de um só compartimento terão as dimensões mínimas de 0,80m (oitenta centímetros) de altura por
0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade.

24.2.14 Nas atividades comerciais, bancárias, securitárias, de escritório e afins, nas quais não haja troca de roupa, não será o
vestiário exigido, admitindo-se gavetas, escaninhos ou cabides, onde possam os empregados guardar ou pendurar seus
pertences.

24.2.15 Em casos especiais, poderá a autoridade local competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, em
decisão fundamentada submetida à homologação do MTb, dispensar a exigência de armários individuais para determinadas
atividades.

24.2.16 É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda em caráter provisório, não sendo permitido, sob
pena de autuação, que roupas e pertences dos empregados se encontrem fora dos respectivos armários.

24.3 Refeitórios.

24.3.1 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a existência de refeitório,
não sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento.

24.3.2 O refeitório a que se refere o item 24.3.1 obedecerá aos seguintes requisitos:
a) área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por
turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de empregados;
b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação entre bancos e banco/parede deverá ter a
largura mínima de 55 cm.

24.3.3 Os refeitórios serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.

24.3.4 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/6,00 m² de área com pé direito de 3,00 m máximo ou
outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.3.5 O piso será impermeável, revestido de cerâmica, plástico ou outro material lavável.

24.3.6 A cobertura deverá ter estrutura de madeira ou metálica e as telhas poderão ser de barro ou fibrocimento.

24.3.7 O teto poderá ser de laje de concreto, estuque, madeira ou outro material adequado.

24.3.8 Paredes revestidas com material liso, resistente e impermeável, até a altura de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros).

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24.3.9 Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação federal, estadual ou municipal.

24.3.10 Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individuais, ou bebedouros de jato inclinado e
guarda-protetora, proibindo-se sua instalação em pias e lavatórios, e o uso de copos coletivos.

24.3.11 Lavatórios individuais ou coletivos e pias instalados nas proximidades do refeitório, ou nele próprio, em número
suficiente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho.

24.3.12 Mesas providas de tampo liso e de material impermeável, bancos ou cadeiras, mantidos permanentemente limpos.

24.3.13 O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com os locais de trabalho,
instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos.

24.3.14 É proibida, ainda que em caráter provisório, a utilização do refeitório para depósito, bem como para quaisquer
outros fins.

24.3.15 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300 (trezentos) empregados, embora não seja
exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalhadores condições suficientes de conforto para a ocasião das
refeições.

24.3.15.1 As condições de conforto de que trata o item 24.3.15 deverão preencher os seguintes requisitos mínimos:
a) local adequado, fora da área de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos em número correspondente ao de usuários;
e) lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável aos empregados;
g) estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.

24.3.15.2 Nos estabelecimentos e frentes de trabalho com menos de 30 (trinta) trabalhadores deverão, a critério da
autoridade competente, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, ser asseguradas aos trabalhadores condições
suficientes de conforto para as refeições em local que atenda aos requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e
fornecimento de água potável.

24.3.15.3 Ficam dispensados das exigências desta NR:


a) estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem suas atividades por 2 (duas) horas, no
período destinado às refeições;
b) estabelecimentos industriais localizados em cidades do interior, quando a empresa mantiver vila operária ou residirem,
seus operários, nas proximidades, permitindo refeições nas próprias residências.

24.3.15.4 Em casos excepcionais, considerando-se condições especiais de duração, natureza do trabalho, exigüidade de área,
peculiaridades locais e tipo de participação no PAT, poderá a autoridade competente, em matéria de Segurança e Medicina
no Trabalho, dispensar as exigências dos subitens 24.3.1 e 24.3.15.2, submetendo sua decisão à homologação do Delegado
Regional do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.3.15.5 Nos estabelecimentos em que trabalhem 30 (trinta) ou menos trabalhadores, poderão, a critério da autoridade
competente, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, ser permitidas às refeições nos locais de trabalho, seguindo
as condições seguintes:
a) respeitar dispositivos legais relativos à segurança e medicina do trabalho;
b) haver interrupção das atividades do estabelecimento, nos períodos destinados às refeições;
c) não se tratar de atividades insalubres, perigosas ou incompatíveis com o asseio corporal.

24.4 Cozinhas.

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24.4.1 Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de aberturas por onde serão servidas
as refeições.

24.4.2 As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser de 35% (trinta e cinco por cento) e
20% (vinte por cento) respectivamente, da área do refeitório.

24.4.3 Deverão ter pé-direito de 3,00 (três) no mínimo.

24.4.4 As paredes das cozinhas serão construídas em alvenaria de tijolo comum, em concreto ou em madeira, com
revestimento de material liso, resistente e impermeável - lavável em toda a extensão.

24.4.5 Pisos-idênticos ao item 24.2.5.

24.4.6 As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00 metro por 2,10 metros.

24.4.7 As janelas deverão ser de madeira ou de ferro, de 60 cm x 60 cm, no mínimo.

24.4.7.1 As aberturas, além de garantir suficiente aeração, devem ser protegidas com telas, podendo ser melhorada a
ventilação através de exaustores ou coifas.

24.4.8 Pintura - idêntico ao item 24.5.17.

24.4.9 A rede de iluminação terá sua fiação protegida por eletrodutos.

24.4.10 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m² com pé-direito de 3,0 m máximo, ou outro tipo
de luminária que produza o mesmo efeito.

24.4.11 Lavatório dotado de água corrente para uso dos funcionários do serviço de alimentação e dispondo de sabão e
toalhas.

24.4.12 Tratamento de lixo, de acordo com as normas locais do Serviço de Saúde Pública.

24.4.13 É indispensável que os funcionários da cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e utensílios,
disponham de sanitário e vestiário próprios, cujo uso seja vedado aos comensais e que não se comunique com a cozinha.

24.5 Alojamento.

24.5.1 Conceituação.

24.5.1.1 Alojamento é o local destinado ao repouso dos operários.

24.5.2 Características gerais.

24.5.2.1 A capacidade máxima de cada dormitório será de 100 (cem) operários.

24.5.2.2 Os dormitórios deverão ter áreas mínimas dimensionadas de acordo com os módulos (camas/armários) adotados e
capazes de atender ao efeito a ser alojado, conforme o Quadro I.

Nº de tipos de cama e área área de circulação lateral à área de armário lateral à áreta total
Operários respectiva (m2) cama (m2) cama (m2) (m²)
simples
1
1,9 x 0,7 = 1,33 1,45 x 0,6 = 0,87 0,6 x 0,45 = 0,27 2,47
dupla
2
1,9 x 0,7 = 1,33 1,45 x 0,6 = 0,87 0,6 x 0,45 = 0,27 2,47
Serão permitidas o máximo de 2 (duas) camas na mesma vertical.

24.5.3 Os alojamentos deverão ser localizados em áreas que permitam atender não só às exigências construtivas como

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também evitar o devassamento aos prédios vizinhos.

24.5.4 Os alojamentos deverão ter um pavimento, podendo ter, no máximo, dois pisos quando a área disponível para a
construção for insuficiente.

24.5.5 Os alojamentos deverão ter área de circulação interna, nos dormitórios, com a largura mínima de 1,00 metro.

24.5.6 O pé-direito dos alojamentos deverá obedecer às seguintes dimensões mínimas.


a) 2,6m para camas simples;
b) 3,0m para camas duplas.

24.5.7 As paredes dos alojamentos poderão ser construídas em alvenaria de tijolo comum, em concreto ou em madeira.

24.5.8 Os pisos dos alojamentos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento áspero. Deverão impedir a entrada de
umidade e emanações no alojamento. Não deverão apresentar ressaltos e saliências, sendo o acabamento compatível com as
condições mínimas de conforto térmico e higiene.

24.5.9 A cobertura dos alojamentos deverá ter estrutura de madeira ou metálica, as telhas poderão ser de barro ou de
fibrocimento, e não haverá forro.

24.5.9.1 O ponto do telhado deverá ser de 1:4, independentemente do tipo de telha usada.

24.5.10 As portas dos alojamentos deverão ser metálicas ou de madeira, abrindo para fora, medindo no mínimo 1,00m x
2,10m para cada 100 operários.

24.5.11 Existindo corredor, este terá, no mínimo, uma porta em cada extremidade, abrindo para fora.

24.5.12 As janelas dos alojamentos deverão ser de madeira ou de ferro, de 60cm x 60cm, no mínimo.

24.5.12.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, no plano da cama superior (caso de camas duplas) e à
altura de 1,60 do piso no caso de camas simples.

24.5.13 A ligação do alojamento com o sanitário será feita através de portas, com mínimo de 0,80 m x 2,10 m.

24.5.14 Todo alojamento será provido de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.

24.5.15 Deverá ser mantido um iluminamento mínimo de 100 lux, podendo ser instaladas lâmpadas incandescentes de
100W/8,00 m² de área com pé-direito de 3 (três) metros máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.5.16 Nos alojamentos deverão ser instalados bebedouros de acordo com o item 24.6.1.

24.5.17 As pinturas das paredes, portas e janelas, móveis e utensílios, deverão obedecer ao seguinte:
a) alvenaria - tinta de base plástica;
b) ferro - tinta a óleo;
c) madeira - tinta especial retardante à ação do fogo.

24.5.18 As camas poderão ser de estrutura metálica ou de madeira, oferecendo perfeita rigidez.

24.5.19 A altura livre das camas duplas deverá ser de, no mínimo, 1,10m contados do nível superior do colchão da cama de
baixo, ao nível inferior da longarina da cama de cima.

24.5.19.1 As camas superiores deverão ter proteção lateral e altura livre, mínima, de 1,10 m do teto do alojamento.

24.5.19.2 O acesso à cama superior deverá ser fixo e parte integrante da estrutura da mesma.

24.5.19.3 Os estrados das camas superiores deverão ser fechados na parte inferior.

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24.5.20 Deverão ser colocadas caixas metálicas com areia, para serem usadas como cinzeiros.

24.5.21 Os armários dos alojamentos poderão ser de aço ou de madeira, individuais, e deverão ter as seguintes dimensões
mínimas: 0,60m de frente x 0,45m de fundo x 0,90m de altura.

24.5.22 No caso de alojamentos com dois pisos deverá haver, no mínimo, duas escadas de saída, guardada a
proporcionalidade de 1,0m de largura para cada 100 operários;

24.5.23 Escadas e corredores coletivos principais terão largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), podendo
os secundários ter 0,80m.

24.5.24.1 Estes vãos poderão dar para prisma externo descoberto, devendo este prisma ter área não menor que 9m² e
dimensão linear mínima de 2,00 m.

24.5.24.2 Os valores enumerados no item são aplicáveis ao caso de edificações que tenham altura máxima de 6,00m (seis
metros) entre a laje do teto mais alto e o piso mais baixo.

24.5.25 No caso em que a vertical Vm entre o teto mais alto e o piso mais baixo for superior a 6,00 m, a área do prisma, em
metros quadrados, será dada pela expressão V2/4 (o quadrado do valor V em metros dividido por quatro), respeitando-se,
também, o mínimo linear de 2,00m para uma dimensão do prisma.

24.5.26 Não será permitido ventilação em dormitório, feita somente de modo indireto.

24.5.27 Os corredores dos alojamentos com mais de 10 metros de comprimento terão vãos para o exterior com área não-
inferior a 1/8 (um oitavo) do respectivo piso.

24.5.28 Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes instruções gerais de uso:
a) todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo e todos eles serão pulverizados de 30 em 30 dias;
b) os sanitários deverão ser desinfetados diariamente;
c) o lixo deverá ser retirado diariamente e depositado em local adequado;
d) é proibida, nos dormitórios, a instalação para eletrodomésticos e o uso de fogareiro ou similares.

24.5.29 É vedada a permanência de pessoas com moléstias infectocontagiosas.

24.5.30 As instalações sanitárias, além de atender às exigências do item 24.1, deverão fazer parte integrante do alojamento
ou estar localizadas a uma distância máxima de 50,00 (cinqüenta metros) do mesmo.

24.5.31 O pé-direito das instalações sanitárias será, no mínimo, igual ao do alojamento onde for contíguo sendo permitidos
rebaixos para as instalações hidráulicas de, no máximo, 0,40m (quarenta centímetros).

24.6 Condições de higiene e conforto por ocasião das refeições. (Alteração dada pela Portaria nº 13, de 17/09/93)

24.6.1 As empresas urbanas e rurais, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e os
órgãos governamentais devem oferecer a seus empregados e servidores condições de conforto e higiene que garantam
refeições adequadas por ocasião dos intervalos previstos na jornada de trabalho. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17
de setembro de 1993)

24.6.1.1 A empresa que contratar terceiros para a prestação de serviços em seus estabelecimentos deve estender aos
trabalhadores da contratada as mesmas condições de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios empregados. (Alterado
pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.2 A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre a importância das refeições adequadas e hábitos alimentares
saudáveis. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.3 Na hipótese de o trabalhador trazer a própria alimentação, a empresa deve garantir condições de conservação e

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higiene adequadas e os meios para o aquecimento em local próximo ao destinado às refeições. (Alterado pela Portaria SSST
n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.3.1 Aos trabalhadores rurais e aos ocupados em frentes de trabalho devem ser oferecidos dispositivos térmicos que
atendam ao disposto neste item, em número suficiente para todos os usuários. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de
setembro de 1993)

24.6.3.2 Os recipientes ou marmitas utilizados pelos trabalhadores deverão ser fornecidos pelas empresas, devendo atender
às exigências de higiene e conservação e serem adequados aos equipamentos de aquecimento disponíveis. (Alterado pela
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.4 Caberá à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho Rural - CIPATR, ao Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e ao Serviço
Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - SEPATR, quando houver, promoverem a divulgação e zelar
pela observância desta Norma. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.5 Os sindicatos de trabalhadores que tiverem conhecimento de irregularidades quanto ao cumprimento desta Norma,
poderão denunciá-las ao Ministério do Trabalho e solicitar a fiscalização dos respectivos órgãos regionais. (Alterado pela
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.6 As empresas que concederem o benefício da alimentação aos seus empregados poderão inscrever-se no Programa de
Alimentação do Trabalhador - PAT, do Ministério do Trabalho, obedecendo aos dispositivos legais que tratam da matéria.
(Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.7 Disposições gerais. (Renumerado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.7.1 Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potável, em condições higiênicas, sendo
proibido o uso de recipientes coletivos. Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato
inclinado e guarda protetora, proibida sua instalação em pias ou lavatórios, e na proporção de 1 (um) bebedouro para cada
50 (cinqüenta) empregados.

24.7.1.1 As empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de água potável e fresca em quantidade superior a
1/4 (um quarto) de litro (250ml) por hora/homem trabalho.

24.7.1.2 Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser fornecida em recipientes portáteis
hermeticamente fechados de material adequado e construídos de maneira a permitir fácil limpeza.

24.7.2 A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve ser afixado aviso de advertência da sua não-
potabilidade.

24.7.3 Os poços e as fontes de água potável serão protegidos contra a contaminação.

24.7.4 Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levados à boca, somente serão permitidos os de uso
estritamente individual, substituindo, sempre que for possível, por outros de processos mecânicos.

24.7.5 Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade. O serviço de
limpeza será realizado, sempre que possível, fora do horário de trabalho e por processo que reduza ao mínimo o
levantamento de poeiras.

24.7.6 Deverão os responsáveis pelos estabelecimentos industriais dar aos resíduos destino e tratamento que os tornem
inócuos aos empregados e à coletividade.

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NR 26 - Sinalização de Segurança (126-000-6)

Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 DOU - 06/07/78

26.1 Cor na segurança do trabalho.


26.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para
prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações
empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.
26.1.2 Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir
acerca dos riscos existentes. (126.001-4 / I2)
26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
26.1.4 O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao
trabalhador.
26.1.5 As cores aqui adotadas serão as seguintes:
- vermelho;
- amarelo;
- branco;
- preto;
- azul;
- verde;
- laranja;
- púrpura;
- lilás;
- cinza;
- alumínio;
- marrom.
26.1.5.1 A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao
trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por palavras. (126.002-2/I2)
26.1.5.2 Vermelho. (126.003-0 / I2)
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não
deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta
visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).
É empregado para identificar:
- caixa de alarme de incêndio;
- hidrantes;
- bombas de incêndio;
- sirenes de alarme de incêndio;
- caixas com cobertores para abafar chamas;
- extintores e sua localização;
- indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor);
- localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);
- baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;
- tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;
- transporte com equipamentos de combate a incêndio;
- portas de saídas de emergência;

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- rede de água para incêndio (sprinklers);
- mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).
A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo:
- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias;
- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.
26.1.5.3 Amarelo. (126.004-9 / I2)
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.
O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando:
- partes baixas de escadas portáteis;
- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco;
- espelhos de degraus de escadas;
- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter
corrimões;
- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;
- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;
- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
- paredes de fundo de corredores sem saída;
- vigas colocadas a baixa altura;
- cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
- equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores industriais, pontes-
rolantes, vagonetes, reboques, etc.;
- fundos de letreiros e avisos de advertência;
- pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar;
- cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
- bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
- comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
- pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados
pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.
26.1.5.4 Branco. (126.005-7 / I2)
O branco será empregado em:
- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura);
- direção e circulação, por meio de sinais;
- localização e coletores de resíduos;
- localização de bebedouros;
- áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de
emergência;
- áreas destinadas à armazenagem;
- zonas de segurança.
26.1.5.5 Preto. (126.006-5 / I2)
O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo

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lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem.
26.1.5.6 Azul. (126.007-3 / I2)
O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de
equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.
- empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes
de energia dos equipamentos.
Será também empregado em:
- canalizações de ar comprimido;
- prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;
- avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.
26.1.5.7 Verde. (126.008-1 / I2)
O verde é a cor que caracteriza "segurança".
Deverá ser empregado para identificar:
- - canalizações de água;
- - caixas de equipamento de socorro de urgência;
- - caixas contendo máscaras contra gases;
- - chuveiros de segurança;
- - macas;
- - fontes lavadoras de olhos;
- - quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;
- - porta de entrada de salas de curativos de urgência;
- - localização de EPI; caixas contendo EPI;
- - emblemas de segurança;
- - dispositivos de segurança;
- - mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).
26.1.5.8 Laranja. (126.009-0 / I2)
O laranja deverá ser empregado para identificar:
- canalizações contendo ácidos;
- partes móveis de máquinas e equipamentos;
- partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;
- faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
- faces externas de polias e engrenagens;
- botões de arranque de segurança;
- dispositivos de corte, borda de serras, prensas.
26.1.5.9 Púrpura. (126.010-3 / I2)
A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas
nucleares.
Deverá ser empregada a púrpura em:
- portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais

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contaminados pela radioatividade;
- locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;
- recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados;
- sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas
nucleares.
26.1.5.10 Lilás. (126.011-1 / I2)
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás
para a identificação de lubrificantes.
26.1.5.11 Cinza. (126.012-0 / I2)
a) Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo;
b) Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos.
26.1.5.12 Alumínio. (126.013-8 / I2)
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.
óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).
26.1.5.13 Marrom. (126.014-6 / I2)
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não identificável pelas demais cores.
26.2 O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde. (126.015-4 / I2)
26.3 As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, deverão receber a aplicação de cores, em toda sua
extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes. (126.016-2 / I2)
26.3.1 Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais. (126.017-0 / I2)
26.3.2 Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza,
etc.), a diferenciação far-se-á através de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor básica. (126.018-9 / I2)
26.3.3 A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite facilmente a sua visualização em qualquer
parte da canalização. (126.019-7 / I2)
26.3.4 Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo com a natureza do produto a ser
transportado. (126.020-0 / I2)
26.3.5 O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de seta pintada em cor de contraste
sobre a cor básica da tubulação. (126.021-9 / I2)
26.3.6 Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos deverão ser identificados pelo mesmo
sistema de cores que as canalizações. (126.022-7 / I2)
26.4 Sinalização para armazenamento de substâncias perigosas.
26.4.1 O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir padrões internacionais. (126.023-5 / I3)
a) Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância perigosa todo material que seja, isoladamente ou não,
corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem,
transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.
26.5 Símbolos para identificação dos recipientes na movimentação de materiais.
26.5.1 Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo, aéreo e intermodal, deverão ser seguidas as normas
técnicas sobre simbologia vigentes no País. (126.024-3 / I3)
26.6 Rotulagem preventiva.
26.6.1 A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as normas constantes deste item.
(126.025-1 / I3)
26.6.2 Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fácil compreensão.
(126.026-0 / I3)
26.6.3 A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de

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modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto. (126.027-8 / I3)
26.6.4 Onde possa ocorrer misturas de 2 (duas) ou mais substâncias químicas, com propriedades que variem em tipo ou grau
daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo deverá destacar as propriedades perigosas do produto final.
(126.028-6 / I3)
26.6.5 Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos: (126.029-4 / I3)
- nome técnico do produto;
- palavra de advertência, designando o grau de risco;
- indicações de risco;
- medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
- primeiros socorros;
- informações para médicos, em casos de acidentes; e
- instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso.
26.6.6 No cumprimento do disposto no item anterior, dever-se-á adotar o seguinte procedimento: (126.030-8 / I3)
- nome técnico completo, o rótulo especificando a natureza do produto químico. Exemplo: "Ácido Corrosivo", "Composto
de Chumbo", etc. Em qualquer situação, a identificação deverá ser adequada, para permitir a escolha do tratamento
médico correto, no caso de acidente.
- Palavra de Advertência - as palavras de advertência que devem ser usadas são:
- "PERIGO", para indicar substâncias que apresentem alto risco;
- "CUIDADO", para substâncias que apresentem risco médio;
- "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco leve.
- Indicações de Risco - As indicações deverão informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou
razoavelmente previsível do produto. Exemplos: "EXTREMAMENTE INFLAMÁVEIS", "NOCIVO SE ABSORVIDO
ATRAVÉS DA PELE", etc.
- Medidas Preventivas - Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar lesões ou danos
decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: "MANTENHA AFASTADO DO CALOR, FAÍSCAS E CHAMAS
ABERTAS" "EVITE INALAR A POEIRA".
- Primeiros Socorros - medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada do médico.

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NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Publicação D.O.U.
Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012 27/03/12

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014 30/04/14
Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014 25/09/14
Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016 22/09/16

35.1. Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

35.2. Responsabilidades

35.2.1 Cabe ao empregador:


a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de
Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo,
planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:


a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos
expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho.

35.3. Capacitação e Treinamento

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35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de
trabalho em altura.

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado
em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático
deve, no mínimo, incluir:
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) análise de Risco e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) rondutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros
socorros.

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo
programático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático
devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em
conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a
responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo
programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores
e assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

4. Planejamento, Organização e Execução

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de
saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal
da empresa.

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35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em
altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura,
considerando também os fatores psicossociais.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do
trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização
de cada trabalhador para trabalho em altura.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do
trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de
risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do
local de trabalho já previstas na análise de risco.

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da
redução do impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão.

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.

35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter,
no mínimo:

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a) as diretrizes e requisitos da tarefa;
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas;
f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante
Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de
Risco e na Permissão de Trabalho.

35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a
permitir sua rastreabilidade.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:


a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram
mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

35.5 Sistemas de Proteção contra quedas (NR)


(Capítulo 35.5 com redação dada pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016)

35.5.1 É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas sempre que não for possível evitar
o trabalho em altura. (NR)

35.5.2 O sistema de proteção contra quedas deve: (NR)


a) ser adequado à tarefa a ser executada; (NR)
b) ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador
está exposto, os riscos adicionais; (NR)
c) ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho; (NR)
d) ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda; (NR)
e) atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência às normas internacionais aplicáveis;
(NR)
f) ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção. (NR)

35.5.3 A seleção do sistema de proteção contra quedas deve considerar a utilização: (NR)
a) de sistema de proteção coletiva contra quedas - SPCQ; (NR)
b) de sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, nas seguintes situações: (NR)
b.1) na impossibilidade de adoção do SPCQ; (NR)
b.2) sempre que o SPCQ não ofereça completa proteção contra os riscos de queda; (NR)
b.3) para atender situações de emergência. (NR)

35.5.3.1 O SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente habilitado. (NR)

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35.5.4 O SPIQ pode ser de restrição de movimentação, de retenção de queda, de posicionamento no
trabalho ou de acesso por cordas. (NR)

35.5.5 O SPIQ é constituído dos seguintes elementos: (NR)


a) sistema de ancoragem; (NR)
b) elemento de ligação; (NR)
c) equipamento de proteção individual. (NR)

35.5.5.1 Os equipamentos de proteção individual devem ser: (NR)


a) certificados; (NR)
b) adequados para a utilização pretendida; (NR)
c) utilizados considerando os limites de uso; (NR)
d) ajustados ao peso e à altura do trabalhador. (NR)

35.5.5.1.1 O fabricante e/ou o fornecedor de EPI deve disponibilizar informações quanto ao desempenho
dos equipamentos e os limites de uso, considerando a massa total aplicada ao sistema (trabalhador e
equipamentos) e os demais aspectos previstos no item 35.5.11. (NR)

35.5.6 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções do SPIQ, recusando-se os elementos
que apresentem defeitos ou deformações. (NR)

35.5.6.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os elementos do
SPIQ. (NR)

35.5.6.2 Devem-se registrar os resultados das inspeções: (NR)


a) na aquisição; (NR)
b) periódicas e rotineiras quando os elementos do SPIQ forem recusados. (NR)

35.5.6.3 Os elementos do SPIQ que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem


impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em
normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, em normas internacionais e de acordo com as
recomendações do fabricante. (NR)

35.5.7 O SPIQ deve ser selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao trabalhador seja de
no máximo 6kN quando de uma eventual queda; (NR)

35.5.8 Os sistemas de ancoragem destinados à restrição de movimentação devem ser dimensionados para
resistir às forças que possam vir a ser aplicadas. (NR)

35.5.8.1 Havendo possibilidade de ocorrência de queda com diferença de nível, em conformidade com a
análise de risco, o sistema deve ser dimensionado como de retenção de queda. (NR)

35.5.9 No SPIQ de retenção de queda e no sistema de acesso por cordas, o equipamento de proteção
individual deve ser o cinturão de segurança tipo paraquedista. (NR)

35.5.9.1 O cinturão de segurança tipo paraquedista, quando utilizado em retenção de queda, deve estar
conectado pelo seu elemento de engate para retenção de queda indicado pelo fabricante. (NR)

35.5.10 A utilização do sistema de retenção de queda por trava-queda deslizante guiado deve atender às
recomendações do fabricante, em particular no que se refere: (NR)
a) à compatibilidade do trava-quedas deslizante guiado com a linha de vida vertical; (NR)
b) ao comprimento máximo dos extensores. (NR)

35.5.11 A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o SPIQ minimamente os seguintes
aspectos: (NR)
a) que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao
risco de queda; (NR)

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b) distância de queda livre; (NR)
c) o fator de queda; (NR)
d) a utilização de um elemento de ligação que garanta um impacto de no máximo 6 kN seja transmitido
ao trabalhador quando da retenção de uma queda; (NR)
e) a zona livre de queda; (NR)
f) compatibilidade entre os elementos do SPIQ. (NR)

35.5.11.1 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem ser posicionados: (NR)


a) quando aplicável, acima da altura do elemento de engate para retenção de quedas do equipamento de
proteção individual; (NR)
b) de modo a restringir a distância de queda livre; (NR)
c) de forma a assegurar que, em caso de ocorrência de queda, o trabalhador não colida com estrutura
inferior. (NR)

35.5.11.1.1 O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e considerando suas limitações de
uso, não pode ser utilizado: (NR)
a) conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou extensor; (NR)
b) com nós ou laços. (NR).

35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em
altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o
trabalho em altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a
emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano
de emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a
atividade a desempenhar.

Glossário
(Glossário com redação dada pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016)
Absorvedor de energia: Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador
pela dissipação da energia cinética.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de
controle.
Ancoragem estrutural: elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de
ancoragem ou um EPI pode ser conectado.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo de
trabalho da empresa.
Avaliação de conformidade: demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica
relativos a um produto, processo, sistema, pessoa são atendidos.
Certificação: atestação por organismo de avaliação de conformidade relativa a produtos, processos,
sistemas ou pessoas de que o atendimento aos requisitos especificados em norma técnica foi demonstrado.
Certificado: que foi submetido à certificação.
Cinturão de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos
em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos

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ombros e envolta nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam
colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
Dispositivo de ancoragem: dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de
um sistema pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de
ancoragem fixos ou móveis.
Distância de frenagem: distância percorrida durante a atuação do sistema de absorção de energia,
normalmente compreendida entre o início da frenagem e o término da queda.
Distância de queda livre: distância compreendida entre o início da queda e o início da retenção.
Elemento de engate: elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação.
Elemento de engate para retenção de quedas: elemento de engate projetado para suportar força de
impacto de retenção de quedas, localizado na região dorsal ou peitoral.
Elemento de fixação: elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
Elemento de ligação: elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de
ancoragem, podendo incorporar um absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
Equipamentos auxiliares: equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam o
cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava-quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de
cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre outros.
Estrutura: Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade
de resistir aos esforços desse sistema.
Extensor: componente ou elemento de conexão de um trava-quedas deslizante guiado.
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do
equipamento que irá detê-lo.
Força de impacto: força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma
queda.
Força máxima aplicável: Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de
ancoragem.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de
proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com conhecimentos
para avaliar os riscos nas atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais
riscos.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle, visando ao
desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção
individual é conectado.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente
conselho de classe.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura,
específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a
saúde no trabalho.
Sistema de acesso por cordas: Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e
como proteção contra quedas.
Sistema de posicionamento no trabalho: sistema de trabalho configurado para permitir que o
trabalhador permaneça posicionado no local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das
mãos.
Sistema de Proteção contra quedas - SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos
trabalhadores ou a minimizar as consequências da queda.
Sistema de restrição de movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não
fique exposto a risco de queda.

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Sistema de retenção de queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada,
reduzindo as suas consequências.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o
momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar,
posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade
em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra
quedas.
Zona livre de queda - ZLQ: região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior
mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o
piso inferior.

ANEXO I

ACESSO POR CORDAS


(Inserido pela Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014)

1. Campo de Aplicação

1.1 Para fins desta Norma Regulamentadora considera-se acesso por corda a técnica de progressão
utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente,
assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois sistemas de
segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança
utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.

1.2 Em situações de trabalho em planos inclinados, a aplicação deste anexo deve ser estabelecida por
Análise de Risco.

1.3 As disposições deste anexo não se aplicam nas seguintes situações:


a) atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
b) arboricultura;
c) serviços de atendimento de emergência destinados a salvamento e resgate de pessoas que não
pertençam à própria equipe de acesso por corda.

2. Execução das atividades

2.1 As atividades com acesso por cordas devem ser executadas:


a) de acordo com procedimentos em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes;
b) por trabalhadores certificados em conformidade com normas técnicas nacionais vigentes de
certificação de pessoas; (Vide prazo para implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014 e
prorrogação no Art. 1º da Portaria MTE n.º 1.471/2014)
c) por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores, sendo um deles o supervisor.

2.1.1 O processo de certificação desses trabalhadores contempla os treinamentos inicial e periódico


previstos nos subitens 35.3.1 e 35.3.3 da NR-35.

2.2 Durante a execução da atividade o trabalhador deve estar conectado a pelo menos duas cordas em
pontos de ancoragem independentes.

2.2.1 A execução da atividade com o trabalhador conectado a apenas uma corda pode ser permitida se
atendidos cumulativamente aos seguintes requisitos:
a) for evidenciado na análise de risco que o uso de uma segunda corda gera um risco superior;

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b) sejam implementadas medidas suplementares, previstas na análise de risco, que garantam um
desempenho de segurança no mínimo equivalente ao uso de duas cordas.

3. Equipamentos e cordas

3.1 As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas técnicas nacionais.

3.2 Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais. (Vide prazo para
implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014)

3.2.1 Na inexistência de normas técnicas internacionais, a certificação por normas estrangeiras pode ser
aceita desde que atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN).

3.3 Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações:


a) antes da sua utilização;
b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses.

3.3.1 Em função do tipo de utilização ou exposição a agentes agressivos, o intervalo entre as inspeções
deve ser reduzido.

3.4 As inspeções devem atender às recomendações do fabricante e aos critérios estabelecidos na Análise
de Risco ou no Procedimento Operacional.

3.4.1 Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve ser
recusado, inutilizado e descartado.

3.4.2 A Análise de Risco deve considerar as interferências externas que possam comprometer a
integridade dos equipamentos e cordas.

3.4.2.1 Quando houver exposições a agentes químicos que possam comprometer a integridade das cordas
ou equipamentos, devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com as recomendações do
fabricante considerando as tabelas de incompatibilidade dos produtos identificados com as cordas e
equipamentos.

3.4.2.2 Nas atividades nas proximidades de sistemas energizados ou com possibilidade de energização,
devem ser adotadas medidas adicionais.

3.5 As inspeções devem ser registradas:


a) na aquisição;
b) periodicamente;
c) quando os equipamentos ou cordas forem recusados.

3.6 Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser armazenados e mantidos conforme
recomendação do fabricante ou fornecedor.

4. Resgate

4.1 A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e resgate da própria equipe.

4.2 Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate dos trabalhadores.

5. Condições impeditivas

5.1 Além das condições impeditivas identificadas na Análise de Risco, como estabelece o item 35.4.5.1,
alínea ¨j¨ da NR-35, o trabalho de acesso por corda deve ser interrompido imediatamente em caso de
ventos superiores a quarenta quilômetros por hora.

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5.2 Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em condições com
ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis quilômetros por hora,
desde que atendidos os seguintes requisitos:
a) justificar a impossibilidade do adiamento dos serviços mediante documento assinado pelo responsável
pela execução dos serviços;
b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, suas causas, consequências e
medidas de controle, efetuada por equipe multidisciplinar coordenada por profissional qualificado em
segurança do trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta norma,
anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinada por todos os
participantes;
c) implantar medidas adicionais de segurança que possibilitem a realização das atividades;
d) ser realizada mediante operação assistida pelo supervisor das atividades.

ANEXO II

SISTEMAS DE ANCORAGEM
(Inserido pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016)

1. Campo de aplicação

1.1 Este Anexo se aplica ao sistema de ancoragem, definido como um conjunto de componentes,
integrante de um sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, que incorpora um ou mais pontos
de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra
quedas, diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para suportar as forças aplicáveis.

1.2 Os sistemas de ancoragem tratados neste anexo podem atender às seguintes finalidades:
a) retenção de queda;
b) restrição de movimentação;
c) posicionamento no trabalho;
d) acesso por corda.

1.3 As disposições deste anexo não se aplicam às seguintes situações:


a) atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
b) arboricultura;
c) sistemas de ancoragem para equipamentos de proteção coletiva;
d) sistemas de ancoragem para fixação de equipamentos de acesso;
e) sistemas de ancoragem para equipamentos de transporte vertical ou horizontal de pessoas ou
materiais.

2. Componentes do sistema de ancoragem

2.1 O sistema de ancoragem pode apresentar seu ponto de ancoragem:


a) diretamente na estrutura;
b) na ancoragem estrutural;
c) no dispositivo de ancoragem.

2.1.1 A estrutura integrante de um sistema de ancoragem deve ser capaz de resistir à força máxima
aplicável.

2.2 A ancoragem estrutural e os elementos de fixação devem:


a) ser projetados e construídos sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado;
b) atender às normas técnicas nacionais ou, na sua inexistência, às normas internacionais aplicáveis.

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2.2.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural devem possuir marcação realizada pelo fabricante
ou responsável técnico contendo, no mínimo:
a) identificação do fabricante;
b) número de lote, de série ou outro meio de rastreabilidade;
c) número máximo de trabalhadores conectados simultaneamente ou força máxima aplicável.

2.2.1.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural já instalados e que não possuem a marcação
prevista nesse item devem ter sua marcação reconstituída pelo fabricante ou responsável técnico.

2.2.1.1.1 Na impossibilidade de recuperação das informações, os pontos de ancoragem devem ser


submetidos a ensaios, sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado, e marcados com a
identificação do número máximo de trabalhadores conectados simultaneamente ou da força máxima
aplicável e identificação que permita a rastreabilidade do ensaio.

2.3 O dispositivo de ancoragem deve atender a um dos seguintes requisitos:


a) ser certificado;
b) ser fabricado em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes sob responsabilidade do
profissional legalmente habilitado;
c) ser projetado por profissional legalmente habilitado, tendo como referência as normas técnicas
nacionais vigentes, como parte integrante de um sistema completo de proteção individual contra
quedas.

3. Requisitos do sistema de ancoragem

3.1 Os sistemas de ancoragem devem:


a) ser instalados por trabalhadores capacitados;
b) ser submetidos à inspeção inicial e periódica.

3.1.1 A inspeção inicial deve ser realizada após a instalação, alteração ou mudança de local.

3.1.2 A inspeção periódica do sistema de ancoragem deve ser efetuada de acordo com o procedimento
operacional, considerando o projeto do sistema de ancoragem e o de montagem, respeitando as instruções
do fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis, com periodicidade não superior a 12
meses.

3.2 O sistema de ancoragem temporário deve:


a) atender os requisitos de compatibilidade a cada local de instalação conforme procedimento
operacional;
b) ter os pontos de fixação definidos sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

3.3 O sistema de ancoragem permanente deve possuir projeto e a instalação deve estar sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

4. Projetos e especificações

4.1 O projeto, quando aplicável, e as especificações técnicas do sistema de ancoragem devem:


a) estar sob responsabilidade de um profissional legalmente habilitado;
b) ser elaborados levando em conta os procedimentos operacionais do sistema de ancoragem;
c) conter indicação das estruturas que serão utilizadas no sistema de ancoragem;
d) conter detalhamento e/ou especificação dos dispositivos de ancoragem, ancoragens estruturais e
elementos de fixação a serem utilizados.

4.1.1 O projeto, quando aplicável, e as especificações técnicas devem conter dimensionamento que
determine os seguintes parâmetros:

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a) a força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos
simultâneos ou sequenciais;
b) os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto;
c) a zona livre de queda necessária.

5. Procedimentos operacionais

5.1 O sistema de ancoragem deve ter procedimento operacional de montagem e utilização.

5.1.1 O procedimento operacional de montagem deve:


a) contemplar a montagem, manutenção, alteração, mudança de local e desmontagem;
b) ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho, considerando os requisitos do
projeto, quando aplicável, e as instruções dos fabricantes.

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