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História e evolução da higiene

PROFª ESP. JESSIELLY GUIMARÃES


Definição de higiene
Higiene - é um conjunto de
conhecimentos e técnicas para
evitar doenças.
Com o uso de desinfectante e
outros métodos de limpeza
conservamos a nossa saúde.
História da higiene
No mundo greco-romano, o banho
era uma ação realizada de forma
coletiva em termas construídas
para que os gregos e os romanos
pudessem cuidar do seu corpo.
História da Higiene
Na Idade Média, o banho, era
considerado prejudicial. As pessoas
geralmente tomavam apenas dois ou três
banhos por ano.
No dia de tomar banho quem tinha
prioridade de usar a água limpa, ou seja a
primeira água, era o chefe da família, e assim
sucessivamente os banhos eram tomados, a
começar pelo pai, mãe, filhos, e por último
os bébés.
O cheiro dos corpos impregnava todas as
casas. As roupas eram lavadas somente duas
ou três vezes por ano, devido à raridade das
mesmas e ao alto custo do sabão.
História da higiene
Para retirar a sujidade acumulada na
pele, estes povos utilizavam uma
ferramenta conhecida como strigil.
O strigil consistia numa espátula de
ferro com trinta centímetros que era
esfregada na pele, depois o corpo era
todo besuntado com uma espécie de
óleo. Em alguns casos, os escravos eram
responsáveis pela limpeza de seus
senhores.
História da Higiene
Em consequência disso, as pessoas
cheiravam mal, eram sujas e viviam cheias de
pulgas, piolhos e insectos. Os dentes não eram
lavados, a maior parte das pessoas já não tinha
dentes.
Quando vemos em fotos antigas, lacaios a
abanar as pessoas, não era pelo calor, mas sim
para dispersar os odores fétidos que eram
exalados das bocas e das partes íntimas.
Nas áreas urbanas, os excrementos
corporais e a água usada no banho eram
atirados pela janela. O esgoto era a céu aberto
o que obviamente propiciava a proliferação do
mau cheiro e de doenças altamente
contagiosas e infecciosas.
História da higiene
As roupas de cama eram sujas, e
às vezes dormiam na mesma cama, quatro
ou seis pessoas.
Devido a tanta falta de higiene e a
muitas vezes manterem animais de grande
porte, dentro de casa, a proliferação dos
ratos era também grande. Estes factores
contribuíam para uma elevada taxa de
mortalidade infantil. das
morria antes de
1/3 crianças um
completar idade.

ano de
A evolução da higiene
A higiene pessoal, tal como é conhecida
hoje na maioria dos países, só se
estabeleceu em efetivo no século XIX.
Antes disso, as pessoas não apenas
toleravam a sujeira como ainda, muitas
vezes, se compraziam com ela. A evolução
dos cuidados íntimos deu-se aos trancos,
com pequenos avanços seguidos de longos
recuos.
O cristianismo representou um retrocesso
na história da higiene, no entanto o
teólogo Tertuliano e os santos Agostinho e
João Crisóstomo, ainda frequentavam a
casa de banho.
A evolução da higiene
Uma vez perdida, a prática de lavar o corpo todos os dias demoraria
séculos para se restabelecer e em alguns países europeus ainda não se
restabeleceu.
O banho foi no máximo uma moda episódica – cavaleiros que voltaram
das cruzadas, por exemplo, trouxeram o hábito do banho quente, muito
comum entre os muçulmanos, que eram bastante mais asseados que os
cristãos.
A evolução da higiene
As mulheres deveriam manter as
unhas, os dentes e a pele limpos e
sobretudo, deveriam zelar pela limpeza. O
prestígio do banho, porém, parece ter sido
apenas literário. O cristão europeu médio
lavava o rosto e as mãos antes da refeição e
esfregava os dentes com paninhos e assim se
resumia a sua higiene pessoal.
A transição para a era moderna não
trouxe nenhuma melhora higiénica – pelo
contrário, o progressivo aumento das cidades
gerou catástrofes sanitárias. Em Londres, Paris
ou Lisboa, a disposição de lixo e de dejetos
humanos era feita na rua.
Mitos sobre a Higiene
• Os médicos certa vez recomendaram banhos ao Rei Sol como forma de
terapia para as convulsões que ele sofria, mas interromperam esse
tratamento quando o monarca se queixou de que a água lhe dava dor
de cabeça.
• Acreditava-se então no poder de cura da imersão em água para certas
doenças.
• Contraditoriamente, porém, também se atribuíam perigos ao banho:
lavar o corpo todo abriria os poros, facilitando a infiltração de doenças.
Ironicamente, as práticas precárias da higiene pessoal facilitaram
epidemias europeias, como a peste e a cólera.
• Outra crença curiosa do mesmo período diz respeito ao poder
purificador da roupa: acreditava-se que o tecido "absorvia" a sujidade
do corpo. Bastaria, portanto, trocar de camisa todos os dias para se
manter limpo. Já no século XIX, o rei português D. João VI, mostrava-se
descrente até da troca de camisas, que ele literalmente deixava
apodrecer no corpo.
A higiene Moderna
Foi só no século XIX, com a propagação
da água canalizada e do esgoto e com o
desenvolvimento de uma nova indústria da
higiene, principalmente nos Estados
Unidos, que o banho foi reabilitado. O
sabão, conhecido desde a Antiguidade, mas
por muito tempo considerado um produto
de luxo, foi industrializado e popularizado.
Em 1877, a Scott Paper, companhia
americana pioneira na fabricação de papel
higiénico, começou a vender o seu produto
em rolos, formato que se mostra até hoje
inalterado. O século XX prosseguiria com a
expansão da higiene. Os
desodorizantes modernosdatam de
escova de1907
dentes plástica éedos anosa 50.
primeira
A higiene Moderna
Alguns cientistas já levantaram a hipótese de
que a superprotecção com que as crianças hoje
em dia são educadas está a debilitar as suas
resistências imunológicas e a aumentar a
incidência de doenças alérgicas. A história dos
séculos sujos que nos precederam pode ser
uma lição moderadora: a humanidade,
afinal, sobreviveua toda essa imundície. As
vantagens de viver na era do desodorizante e
do fio dental mentolado são auto- evidentes,
mas convém lembrar sempre a frase de Henry
J. Temple, nobre inglês da virada do século
XVIII para o XIX: "Sujidade é só matéria fora do
lugar".
REFERÊNCIAS

CIANCIARULLO, T. I. Instrumentos básicos para o cuidar: um desafio


para a qualidade da assistência. São Paulo: Atheneu; 2005.

GEOVANINI, Telma et al. História da Enfermagem: versões e


interpretações. 3º ed. Rio de Janeiro. Revinter, 2010.

MCEWEN, Melanie; WILLS, Evelyn M. Bases Teóricas para


Enfermagem. 2° Ed. Porto Alegre. Artmed, 2009.

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