Você está na página 1de 13

A palavra escrita

Integrantes do grupo

Rubens Daves Henrique Vieira Guilhermes Cristina Maria


Freitas
Os Cuneiformes
Este é um dos sistemas de escrita mais antigos conhecidos, originado na Mesopotâmia. Foi
utilizado principalmente em tabletes de argila e é considerado uma das primeiras formas de
escrita pictográfica, evoluindo mais tarde para representar sons e ideias mais abstratas.O
sistema de escrita cuneiforme, originado por volta de 3400 a.C. na Mesopotâmia, é uma das
mais antigas formas de comunicação escrita que a humanidade conhece. Começando como
uma série de símbolos pictográficos inscritos em tabletes de argila com um estilete, essa
forma primitiva de escrita capturava representações estilizadas de objetos do mundo físico.
Com o tempo, esses símbolos evoluíram, tornando-se cada vez mais abstratos e adotando
funções fonéticas. Isso significava que os símbolos começaram a representar sons, além de
coisas, o que permitia a expressão de ideias mais complexas e abstratas. Este foi um passo
monumental na história da escrita, transformando o cuneiforme em um sistema de escrita
fonético.
Esse sistema de escrita era extraordinariamente polifuncional, servindo a uma variedade de
idiomas e sendo usado para diversos fins. Ele não estava limitado apenas a registros
contábeis ou transações comerciais. Tabletes cuneiformes foram usados para documentar
tudo, desde inventários e receitas a leis complexas e tratados diplomáticos.
A importância do cuneiforme na antiguidade não pode ser subestimada. Ele revolucionou a
forma como as informações eram registradas e compartilhadas, permitindo o surgimento
de sistemas administrativos e burocráticos mais complexos. Grandes leis, como o Código
de Hamurabi, foram eternizadas em estelas de pedra usando este antigo script.
No entanto, com a ascensão de outros sistemas de escrita, como o alfabeto fenício, mais
simples e eficientes, o cuneiforme começou a cair em desuso. Ao final da antiguidade,
quase tinha sido completamente esquecido. Foi apenas no século 19 que arqueólogos
redescobriram esta forma de escrita e começaram o complicado trabalho de decifrá-la.
Esses esforços abriram uma janela para o passado, revelando detalhes intrincados sobre as
civilizações que uma vez floresceram no Oriente Médio.
Hierográfos
Os hieróglifos são um testemunho da rica cultura e religião do Egito antigo. Eles foram usados
para registrar a história, rituais religiosos, mitos, leis, e até mesmo conhecimentos médicos e
científicos. A escrita foi central para a administração e manutenção do Reino do Egito, e os
escribas eram uma classe altamente valorizada.
Declínio e Redescoberta
Com a ascensão do cristianismo e, posteriormente, do islamismo no Egito, os hieróglifos caíram
gradualmente em desuso, sendo substituídos por escritas mais funcionais como o grego, o copta
e, finalmente, o árabe. O significado dos hieróglifos foi esquecido com o tempo, até sua
decifração no início do século XIX.
Em resumo, os hieróglifos egípcios não apenas servem como um registro duradouro da cultura
e da história do Egito antigo, mas também representam um dos sistemas de escrita mais
artisticamente elaborados já criados. Sua complexidade e beleza continuam a fascinar
linguistas, arqueólogos e historiadores até hoje.

1.
O alfabeto
O advento do alfabeto foi, sem dúvida, um dos marcos mais significativos na história da
escrita e da comunicação humana. Ao contrário de sistemas anteriores de escrita,
como os hieróglifos egípcios e o cuneiforme mesopotâmico, que muitas vezes
requeriam centenas de símbolos para representar palavras ou sons, o alfabeto
introduziu uma economia de símbolos. Normalmente consistindo de um número
relativamente pequeno de letras (geralmente menos de 30), cada uma representando
um som fonético específico, o alfabeto permitia uma representação muito mais
eficiente e flexível da linguagem falada.
Acredita-se que o alfabeto tenha tido suas raízes nos escritos fenícios por volta de
1200 a.C. Este sistema simplificado de escrita provavelmente evoluiu a partir de uma
necessidade prática de registros comerciais e outros tipos de transações. Os fenícios
eram comerciantes marítimos e necessitavam de um sistema de escrita simples e eficaz
para manter registros e comunicar-se através de grandes distâncias.
O genialismo do alfabeto está na sua adaptabilidade. O sistema de escrita fenício foi
adaptado pelos gregos, que adicionaram vogais ao sistema principalmente consonantal
fenício. Este alfabeto grego, por sua vez, foi adaptado para o alfabeto latino, que é a
base para muitas línguas ocidentais, incluindo o inglês. Além disso, o alfabeto foi
adaptado para inúmeras outras línguas e evoluiu em várias formas, incluindo os
alfabetos cirílico, árabe e hebraico, entre outros.
O impacto do alfabeto na humanidade é imensurável. Ele democratizou o
acesso à informação e educação, tornando mais fácil para as pessoas
aprenderem a ler e escrever. Isso, por sua vez, teve implicações profundas
para o desenvolvimento da literatura, ciência, filosofia e formas organizadas de
governo e leis.
Ao permitir que a linguagem falada fosse convertida de forma eficaz para
um formato escrito, o alfabeto ajudou na preservação do conhecimento e
na disseminação de ideias. Isso facilitou o desenvolvimento de tudo, desde
a poesia e a história até o direito e os textos científicos, permitindo que a
informação fosse transmitida através de gerações e culturas.
Tipos de letras
A invenção da imprensa móvel por Johannes Gutenberg no século XV é outro marco na
história da escrita e da comunicação humana. Antes da imprensa, os livros eram
copiados à mão por escribas, um processo demorado e sujeito a erros. A tipografia
permitiu a produção em massa de textos, tornando os livros e outras formas de literatura
mais acessíveis ao público em geral.
A necessidade de padronizar tipos de letras tornou-se evidente com a invenção da
imprensa. A padronização não só tornava o processo de impressão mais eficiente mas
também ajudava na legibilidade dos textos impressos. Diferentes "famílias" de tipos de
letras foram desenvolvidas ao longo do tempo, cada uma com suas próprias
características estilísticas e funcionais.
As fontes com serifa, como Times New Roman, têm pequenos traços ou linhas anexadas
às extremidades das letras. Estas são geralmente consideradas mais legíveis para longos
blocos de texto. As fontes sem serifa, como Arial ou Helvetica, não têm esses traços e
são frequentemente usadas para títulos ou texto em exibição.
Os tipos de letras evoluíram ao longo do tempo, não apenas para satisfazer necessidades
estéticas, mas também para se adaptar às mudanças tecnológicas. Por exemplo, com o
advento dos computadores e dispositivos digitais, novas fontes foram desenvolvidas
para serem legíveis em telas de baixa resolução.
Os tipos de letras também têm implicações psicológicas e podem influenciar a forma
como o texto é recebido. Fontes elegantes podem ser usadas em convites de casamento,
enquanto fontes mais robustas e angulares podem ser usadas em manchetes de jornais
para transmitir urgência e importância.
O legado da tipografia é vasto e continua a evoluir na era digital. A padronização e a
criação de diversos tipos de letras permitiram uma expressão mais rica e variada em
textos escritos. Além disso, tornou possível a produção em massa de materiais
impressos, desde livros e jornais até publicidade e embalagens, influenciando
profundamente a disseminação de informações e a cultura humana como um todo.
Em resumo, a revolução na tipografia iniciada pela imprensa de Gutenberg foi um
complemento crucial à invenção do alfabeto, cada um contribuindo à sua maneira para a
rica tapeçaria da comunicação humana escrita.
Materiais e Instrumentos Primitivos Empregados na Escrita

Inclui tabletes de argila, penas de aves, tintas feitas de várias substâncias


naturais, etc.
O Papiro: Este material feito de juncos foi especialmente popular no Egito Antigo
e foi um dos primeiros 'papéis' a ser utilizado.
O Pergaminho: Feito de pele animal, o pergaminho era mais durável que o papiro
e foi amplamente usado na Europa, especialmente para textos religiosos e legais.
Para refletir...
A evolução dos instrumentos de escrita é um espelho do desenvolvimento humano, tanto
tecnológico quanto cultural. Os primeiros estiletes usados para marcar argila representam um
marco inicial significativo na nossa habilidade de registrar e compartilhar informações. Esse foi um
passo monumental que permitiu o surgimento de códigos legais, textos religiosos e até mesmo a
contabilidade.
À medida que a sociedade se tornava mais complexa, também surgia a necessidade de meios de
escrita mais eficientes e duráveis. A invenção do papiro e posteriormente do pergaminho, por
exemplo, facilitou a disseminação do conhecimento e a preservação de documentos importantes.
Com a chegada da Idade Média, quill pens feitas de penas de aves tornaram-se comuns e foram
uma melhoria significativa em relação aos instrumentos anteriores, permitindo maior precisão e
variação no estilo de escrita.
A invenção da prensa de Gutenberg no século XV provocou uma revolução na produção de livros
e na disseminação da informação, mas também criou a necessidade de padronização nas fontes e
nos tipos de letra. Este foi um desenvolvimento que transformou não apenas a escrita, mas
também o design e a tipografia.
Para refletir...
Nos séculos seguintes, a escrita viu avanços tecnológicos como a caneta-tinteiro e mais tarde, a
caneta esferográfica, tornando o ato de escrever ainda mais prático e acessível. A era digital
trouxe consigo novas formas de escrita e edição, como processadores de texto e teclados de
computador, que mais uma vez revolucionaram a maneira como registramos e compartilhamos
informações.
Ao estudar os instrumentos de escrita ao longo da história, não estamos apenas olhando para o
desenvolvimento de ferramentas físicas. Estamos também compreendendo como essas inovações
impactaram a sociedade em termos mais amplos: como a escrita contribuiu para o surgimento de
sistemas legais e governamentais mais organizados, como ela permitiu a disseminação do
conhecimento e da cultura, e como ela continua a evoluir em resposta às nossas necessidades em
constante mudança.

Você também pode gostar