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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PRESIDENTE KENNEDY

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR: VALKLEY

1- A Educação na Antiguidade nos povos Egípcio, Chinês e Romano.

Educação no Egito Antigo


A educação egípcia, seu sistema de escrita e sua influência sobre os
outros alfabetos.
A escola fazia geralmente parte do templo. Os estudos começavam cedo.
Sabe-se de personalidades que foram enviadas para a escola com apenas
cinco anos de idade. Essa, porém, não era a regra geral. Contudo, quando os
rapazes deixavam de andar completamente nus já estava próximo o dia em
que tomariam o caminho da escola. Aqueles que seguiriam a carreira militar
eram tirados muito cedo do convívio dos pais, mas o regime das escolas era
geralmente o externato. O estudante levava num cesto um pouco de pão e uma
bilha de cerveja que a mãe lhe preparava todas as manhas. Nas suas idas e
vindas para a escola brigavam e brincavam com seus companheiros como o
fazem as crianças de hoje.
O povo egípcio era prático por excelência. Assim, toda a sua ciência era
empírica e voltada para a solução dos problemas do dia-a-dia. A matemática,
por exemplo, procurava encontrar soluções para a medição das terras ou para
o traçado dos planos das pirâmides e templos. A medicina, que teve como
patrono o sábio Imhotep, foi uma das ciências que se desenvolveu bastante,
principalmente em função do tratamento que era dado aos cadáveres para
preservá-los intactos. A religião, como em diversos outros setores da vida
egípcia, também sempre interferiu e contaminou os aspectos científicos com a
magia. Os conhecimentos científicos concentravam-se nas mãos de poucos:
cortesãos, sacerdotes, funcionários e escribas.
Os hieróglifos
Durante quase 15 séculos, a humanidade olhou fascinada para os
hieróglifos egípcios sem lhe entender o sentido. Os sacerdotes egípcios do
século IV de nossa era foram os últimos homens a utilizar essa linguagem.
Eles, mantendo a linguagem tão fechada, fizeram com que o significado dessas

mensagens se perdessem. Os Europeus da época, e posteriorm ente,


pensavam que os hieróglifos eram instrumentos místicos de algum rito
demoníaco.

Os hieróglifos podem ter começado em tempos pré-históricos como uma


escrita por meio de imagens. Embora os egípcios nunca tivessem formado um
alfabeto como o conhecemos, estabeleceram símbolos para todas os sons
consonantais da sua língua. O sistema mostrou-se notavelmente eficiente.
Combinando-se fonogramas, formavam-se versões esquematizadas de
palavras. Nem todos os hieróglifos abandonavam a sua função de imagens de
palavras para se tornarem símbolos fonéticos. Pelo menos 100 hieróglifos eram
usados para representar a palavra que retratavam, sendo usados também
como determinativos do significado das palavras.

Durante 3000 anos constituíram a linguagem monumental do Egito. A última


inscrição conhecida é do ano de 394 d.C., quando o Egito era uma província
romana. Já então, tantos hieróglifos tinham sido propositadamente obscurecido
pelos escribas sacerdotais fazendo com que os sinais fossem
incompreensíveis para a maioria dos egípcios. Em 1822, um lingüista francês
provou que os desenhos podiam formar palavras não relacionadas com a
imagem. Só então os homens do Ocidente começaram a compreender que
tinham diante de si toda uma linguagem que representava a chave para o que
até então tinha sido um povo misterioso.

Alfabeto egípcio
Bem no início da história do Egito, há mais de 6.000 anos, os Egípcios usavam
simples figuras chamadas hieróglifos para a sua escrita. Isto significa que tudo
e cada idéia tinha de ter sua própria figura representativa. Gradualmente, essas
figuras foram tornando-se mais simples, e algumas vezes usavam-se apenas
parte de uma palavra.

Mais tarde, algumas figuras foram aproveitadas como letras, pela primeira vez
na História. Essas letras, contudo, eram ainda misturadas com figuras de
sílabas e de palavras. É possível que os Fenícios, que foram os primeiros a
usar somente letras para escrever, tenham se inspirado nos Egípcios. O
alfabeto egípcio é na verdade o ancestral do nosso. Mesmo a palavra
"alfabeto" vem daí. As primeiras duas letras do alfabeto deles são: "aleph" e
"beth", nomes de "boi" e "casa", respectivamente.

Os Gregos copiaram suas letras dos fenícios e tentaram copiar seus nomes,
mas "aleph" tornou-se ALFA e "beth" tornou-se BETA. Se você puser as duas
palavras juntas, dará (adaptado ao Português) "ALFABETO". Depois de algum
tempo, os Gregos fizeram suas letras tomarem formato contrário. Deles os
romanos copiaram a maior parte do seu alfabeto. Depois que dominaram a
região chamada "Ibéria", tornou-se comum o uso do alfabeto Latino. Quando os
visigodos a invadiram, por sua vez, introduziram novas letras, com as quais
foram grafados trechos da Bíblia.

A partir do Século XV começaram a vigorar os "CARACTERES ITÁLICOS", o


chamado "ALFABETO REDONDO", adotado definitivamente no Século XVII
em diante. E, finalmente, com relação a Língua, sabe-se que o "Latim" foi e é a
'Língua Mãe' de todas as línguas atuais, até mesmo daqueles que possuem
grafias diferentes a do Português, pois foi com base nela em que estudiosos
criaram outros alfabetos próprios, como por exemplo o Alfabeto Cirílico, usados
atualmente na Rússia; criado por dois estudiosos russos, os irmãos São Cirilo e
São Metódio (dois missionários que trabalhavam para a conversão da Rússia
Antiga ao Cristianismo, e pesquisadores de várias outras línguas, como o
Grego).
Educação na China

A história da educação na China começou com o nascimento da


civilização chinesa. As pessoas da nobreza criavam estabelecimentos de
ensino para os seus filhos.
A história da educação na China começou com o nascimento da civilização
chinesa. Os nobres, muitas vezes criados os estabelecimentos de ensino para
seus filhos. O Hsiang Shang era uma escola para ensinar o lendário nobres da
juventude. Ele pode ter sido a origem da educação na China.

Em 1097 a.C., o imperador Tcheu mandou instalar escolas em todos os seus


domínios. No período do antigo império as escolas foram consideradas como
estabelecimentos do Estado e o ensino teve caráter acentuadamente político.
Daí por diante, ficou livre a iniciativa particular, mas, desde 650, esta sofreu a
intervenção do Estado que a regularizou por meio de um complicado sistema
de exames. Estas provas constituem a peça central da máquina educativa
chinesa, pois era através das mesmas que se realizava a seleção de todos os
funcionários e dignitários da China.
Havia três exames de dificuldade crescente que conferiam os graus de "talento
florido", "homem promovido" e "completo erudito", ou "apto para o cargo". A
aprovação nesses exames proporcionava recompensa sob a forma de adornos
para o vestuário, sinais de distinção para a residência, direito a lugar de honra
nas festas, isenção de punição corporal etc. As provas dos exames consistiam
na redação de trabalhos em prosa e verso sobre temas tirados dos livros
clássicos.
A complexidade da escrita chinesa muito contribuiu para dificultar o ensino. Os
caracteres gráficos da linguagem chinesa representam idéias e não sons. É
uma escrita ideográfica e não fonética como o ocidental. Os caracteres
arcaicos só eram ensinados aos letrados, os símbolos ideográficos atingem o
número de 25.000.
A Gramática chinesa é de difícil aprendizagem pois, os verbos não possuem
tempo, voz e modo e os substantivos não têm gênero, número ou caso. A
significação das palavras depende do tom da voz e da sua posição na frase.
Há na escrita chinesa 6 tipos de caligrafia: o ornamental, o oficial, o literário, o
manual comum, o corrente e o angular. O uso de estilo literário só pode ser
aprendido depois de longos anos de rígida e mecânica imitação dos modelos
clássicos. A Literatura chinesa é rica e variada sendo constituída de obras
históricas, filosóficas, teatrais, poéticas, contos e romances.
A educação chinesa deve ser estudada principalmente pelos ensinamentos
negativos que oferece. Tudo o que é condenável em matéria de ensino foi
cultivado pelos chineses: abuso excessivo da memória, desprezo pela
formação da inteligência e do caráter, desinteresse pelas necessidades reais
da vida, passividade do educando. A China foi o país do Antigo Oriente que
possui maior número de escolas. Isso não impediu que a sua civilização se
cristalizasse em formas rígidas e mumificadas. O que nos mostra que o
problema educacional de um povo pode ser considerado do ponto de vista
quantitativo. De nada vale abrirem-se muitas escolas, sem que as mesmas se
encontrem preparadas para o exercício integral da função educativa. O
progresso educacional de um povo não resulta do número de suas escolas,
mas sim do valor intelectual e moral dos seus mestres.
A partir do século XX, a educação tradicionalista da China começou a sofrer a
influência das idéia educativas do Japão e do Ocidente, iniciada pelas missões
cristãs. Em 1911, já se encontrava o ensino chinês completamente
transformado, com grande número de escolas do tipo ocidental onde
lecionavam professores estrangeiros contratados. Ao mesmo tempo, milhares
de estudantes chineses seguiam para a França, Alemanha, Estados Unidos e
Japão, a fim de aperfeiçoarem seus estudos.

Educação na China.
Ao contrário de muitas regiões do mundo, a educação na China começou não
com as instituições religiosas, mas com a leitura dos textos clássicos chineses
elaborados durante a Dinastia Zhou. Este sistema de educação, fundamentado
no letramento, foi desenvolvido pelo governo chinês para a educação de
funcionários, necessários, para a administração do império. Um sistema
imperial de avaliação foi estabelecido na Dinastia Han (206-220AC) para
avaliar e selecionar funcionários. Este sistema baseado no mérito deu origem
às escolas que ensinaram os clássicos perpetuando-se por 2.000 anos, até o
final da dinastia Qing, e finalmente abolida em 1911, sendo substituída por
métodos ocidentais de ensino.

Educação na Roma

A educação romana é um tema importante de se destacar. Foram eles


os primeiros a promover um sistema de ensino oficial, a partir de um organismo
centralizado e sob responsabilidade do Estado. Isto não significa, porém, que o
acesso à educação se dava igualmente a todas as crianças em idade escolar.
Pelo contrário. O sistema de educação romano era um sistema de privilégios
em que poucos tinham acesso à escola.

Assim, a educação era variável, tanto conforme as classes sociais, como


conforme aos gêneros. Os plebeus pouco tinham acesso à educação formal e
por isso cresciam sem instrução, não aprendendo a ler nem a escrever. Em
contrapartida os filhos das camadas mais altas da sociedade tinham amplo
acesso à escola e a uma formação complexa. Já as filhas dos homens e
mulheres abastados também frequentavam a escola, porém tinham direito a
um conhecimento mais restrito. Em seu currículo escolar aprendiam lições
básicas de cálculo, de leitura e de escrita e frequentavam a escola somente até
os doze ou treze anos de idade, quando eram dispensadas e liberadas para os
casamentos. Já os meninos conseguiam continuar os estudos até mais tarde e
seus conhecimentos eram mais complexos. Estudavam gramática, literatura,
religião, história, geografia, astronomia, matemática, retórica e noções
de agricultura.

A educação romana era também dividida em níveis, iniciando no ensino


primário e chegando ao ensino superior. Os mais pobres, quando instruídos,
concluíam usualmente apenas o ensino primário, que instrumentalizava os
jovens para a escrita e cálculos básicos.

Já os jovens abastados tinham amplo acesso à educação. No ensino


primário, assim como os mais humildes, aprendiam o básico do latim e das
operações matemáticas. Já o ensino médio e o ensino superior eram voltados
para o domínio da composição literária, com destaques para a gramática do
latim, a poesia e a literatura de forma geral. Especificamente o ensino superior
privilegiava a formação para uma boa oratória, a partir de matérias que
instrumentalizavam os alunos para eloquência e para atuação em tribunais.
Isso se dava porque os homens das classes mais altas eram destinados à vida
pública, a partir da atuação tanto no direito como na política. Por isso,
precisavam defender ideias de forma consistente e clara. Outro traço
importante da educação recebida era a formação para a arte militar, destinada
ao comando de tropas. Assim, eram formados para atuarem diretamente na
vida pública. Marcas dessa educação, voltada tanto para a oratória como para
as atividades militares, podem ser observadas na formação de imperadores
romanos, como Júlio César e Marco Aurélio.

Para frequentar a escola os alunos precisavam portar uma maleta


carregada com seus materiais escolares. Dentre eles estavam o tinteiro e as
penas e para escrita, os cadernos de madeira para exercícios. Os livros
consultados permaneciam na escola e eram consultados durante as aulas.

Como é possível notar a educação romana foi responsável pela primeira


sistematização do ensino. Uma das principais inovações foi a construção de
um sistema de ensino que ficasse sob a responsabilidade do Estado. mas
também apresentava uma significativa segregação social. A escola era um
lugar para aprender desde os conteúdos mais básicos para a vida cotidiana, no
ensino primário que chegava tanto aos meninos pobre e ricos como às
meninas rica, aos conteúdos mais elaborados cuja formação indicava a
participação ativa na vida pública romana, destinada apenas aos jovens mais
abastados da sociedade
BIBLIOGRAFIA

Site:https://frankvcarvalho.blogspot.com/2011/06/educacao-no-egito-
antigo.html Acesso: 28/02/2024.

Site:https://ocantinhooriental.blogspot.com/2009/11/historia-educacao-
na-china.html Acesso:28/02/2024.

Site:https://www.infoescola.com/historia/educacao-na-roma-antiga/
Acesso: 28/02/2024.

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