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Sheila de Amorim
Pós graduanda em Gerenciamento de Águas e Efluentes pelo SENAI – Blumenau.
Graduada em Bacharel em Química de Alimentos pela Universidade Regional de
Blumenau (FURB), atua como química responsável e Chefe da Estação de
Tratamento de Água do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) - São
Francisco do Sul – SC desde 2004. laboratório@samaesfs.com.br
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Ademar Jantsch
Formado em Técnico em Saneamento pelo SENAI-CETESAN – Curitiba – PR, atuou
como operador de ETA, Oficial Técnico e Coordenador Técnico, atualmente exerce
a função de Técnico em Saneamento do Serviço Municipal de Água e Esgoto
(SAMAE) - São Francisco do Sul – SC, funcionário desta Autarquia desde 1986
ajantsch@brturbo.com.br
Endereço:
Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto, Rua Sete de Setembro, 93 - Centro.
São Francisco do Sul – SC – CEP 89240-000, Fone:(47)34441233 (47) 34712001.
www.samaesfs.com.br
Objetivo Geral:
Possibilitar a obtenção de informações sobre o comportamento imediato das
diversas variáveis do processo, utilizando sistemas de informações de
processamento, com geração de dado e estatísticas.
Objetivos Específicos:
• monitoramento por varredura de tempo, do nível dos reservatórios;
• monitoramento instantâneo da pressão da rede na saída da ETA;
• monitoramento instantâneo da RPM, corrente consumo, horas de trabalho
dos grupos motobombas;
• monitoramento do sistema de qualquer lugar do mundo, através de um ponto
de internet;
• controle de vazão de entrada e saída da ETA, através de medidores de vazão
ligados ao software;
• controle da estatística de rompimentos de redes, através dos gráficos
gerados;
• determinação do tempo estimado para recuperação dos reservatórios;
• determinação de qual melhor dia e horário para manutenções no sistema de
tratamento de água;
• acompanhamento do consumo real de cada sistema (Cidade/Balneários);
• acionamento remoto dos motores através do software;
• acionamento e desligamento dos motores através da pressão da rede e do
nível dos reservatórios (não executado).
Metodologia e Desenvolvimento
Iniciou-se a automação na ETA e nos reservatórios com a instalação de centrais
fixas, e de um computador com software supervisório, sendo sua comunicação feita
com rádios convencionais UHF.
Após ter-se obtido a comunicação, partiu-se para instalação dos equipamentos
de monitoramento de processo. Alguns equipamentos descritos abaixo já existiam,
porém seu funcionamento era manual e individualizado. Com a centralização dos
equipamentos nos inversores de freqüência e conseqüentemente ao software os
operadores puderam visualizar vários parâmetros ao mesmo tempo, além de
poderem fazer o acionamento remoto dos conjuntos motobombas da ETA.
Dentre os equipamentos estão: medidores de vazão de entrada (medidor
ultrassônico) e saída (macro-medidor de inserção); transmissor de pressão nas
tubulações de saída de cada sistema; placas de comunicação serial 485 nos
inversores de freqüência. Nos reservatórios foram instalados sensores de nível, dos
quais procedem os dados, transmitidos através do sistema de comunicação via
rádio.
Foi instalado uma torre com sistema Canopy ponto-multi-ponto 7Mbps para fazer
um link de dados entre a sede administrativa e a técnica. Os equipamentos usados
foram: dois AP's (pontos de acesso) na repetidora e um SM (pontos remoto) em
cada ponto remoto. A tecnologia usada pelo sistema Canopy implantado requer linha
visada entre os equipamentos, por isso a necessidade de se instalar uma torre.
Resultados e Discussão
O monitoramento do nível dos reservatórios ocorre a cada 02 minutos e do
tanque de contato na ETA a cada 30 segundos (fig 02). Com isso, o operador
controla a distribuição de água para cada sistema, de acordo com os horários de
maior consumo ou com as necessidades eventuais (demanda não prevista). Além
disso, pode-se fazer paradas programadas para manutenção ou para interrupções
de economia de energia nos horários de pico (tarifação horo-sazonal), pois, sabe-se
que mesmo parados, os reservatórios suprirão a demanda e encherão em um
determinado horário (fig 03).
Os rompimentos de adutora ficaram mais perceptíveis, através da queda brusca
do nível de água dos reservatórios e da diminuição da pressão da rede, mesmo
quando o problema é em tubulações de diâmetros menores como redes secundárias
(60mm ou 100mm), fato este, observado através do declive acentuado dos gráficos,
pois, mesmo aumentando a vazão de distribuição o nível do reservatório não
estabiliza e não aumenta (fig 03). Antes da automação, este fato só era conhecido
se alguém visse o vazamento e informasse ao plantão. Além disso, conseguiu-se
descobrir vazamentos invisíveis (subterrâneos) em tubulações desses mesmos
diâmetros, também em função dos gráficos gerados pela automação (fig 04). Dessa
maneira pode-se solucionar o problema num período de tempo menor, minimizando
custos tais como: elétricos com captação e distribuição; produtos químicos; perdas
de água tratada, além de evitar a falta de pressão ou água em determinados locais.
Obteve-se o consumo real de cada sistema, assim, quando necessário o
operador pode variar a vazão para os diferentes sistemas, de acordo com a
demanda de cada local (fig 04).
O software possibilitou o acionamento remoto dos conjuntos motobombas de
distribuição, além de proporcionar variação de vazão através do próprio supervisório,
possibilitando ligar e desligar os dois sistemas de distribuição simultaneamente, fato
este impossível de ocorrer anteriormente devido aos sistemas estarem em espaços
físicos diferentes (fig 02).
Para todos os parâmetros existem alarmes de segurança (fig 02).
Ao ligar os conjuntos motobombas o operador consegue visualizar: o nível dos
reservatórios; a pressão da rede; as vazões de entrada e saída; a rotação por
minuto dos motores (RPM); corrente elétrica dos motores; qual dos motores está
operando e o consumo instantâneo de cada sistema (fig 02).
Através da implantação do sistema Canopy, conseguiu-se compartilhar
monitoramento do sistema de automação com o escritório central e também em
diferentes localidades do país, através da internet. Para a expansão do projeto
buscou-se nova tecnologia e descobriu-se que o as novas linhas de equipamentos
Canopy já permitem fazer comunicação sem linha visada e com uma velocidade de
comunicação ainda maior, podendo chegar até 300Mbps.
Conclusões
Observou-se que através do sistema de automação (Integração de dados e
telemetria), obteve-se a análise imediata do comportamento das diversas variáveis
do processo, obtendo-se melhoria no desempenho, potencializando o serviço dos
operadores, proporcionando também a redução de custos com energia (tarifação
horo-sazonal) e precisão dos dados estatísticos.
Além disso, o monitoramento do sistema através da intranet possibilitou e
facilitou na intervenção de algumas ocasiões de operação.
Percebeu-se ainda que o sistema permite implantação de recursos não
mencionados, porém de grande utilidade no processo, os quais estão previstos nas
próximas etapas de expansão. Monitoramentos estes possíveis através de
equipamentos de processo tais como: pH, turbidez, cloro e flúor, bem como
monitoramento remoto de vazão e pressão.
Controle remoto com acesso integral aos parâmetros dos inversores e
integração do controle dos sistemas de ETE's e Elevatórias de esgoto, entre outras
aplicações.
Referências Bibliográficas
SFS - CONTINENTE
SFS - ILHA
Fig 02. Indicação do nível do reservatório, pressão de rede, vazão de consumo, RPM, resumo
gráfico e relatório, alarmes, acionamento de bombas, situação do conjunto moto bomba.
Fig 03. Gráfico do nível dos reservatórios e indicação de paradas programadas de economia
de energia (tarifação horo-sazonal)