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O que é um sistema supervisório?

E como ele se aplica ao


gerenciamento do saneamento básico em uma cidade?
Respondemos essas perguntas com a pauta de hoje, venha
conferir!

Ultimamente, falamos bastante aqui no blog sobre a automação e


a telemetria no setor de saneamento básico. Bem como do EPANET,
que também funciona como uma automação de processos.

Hoje, vamos tratar dos sistemas supervisórios que estão totalmente


relacionados com esses conceitos de automatização e controle.  

Os sistemas supervisórios foram sendo desenvolvidos entre 1970 e


1980 juntamente com o avanço dos computadores e da automação.
Eles surgiram principalmente pela necessidade da indústria em
controlar seus processos.

Mas vamos com calma. Você sabe do que trata um sistema


supervisório? Basicamente, ele se destina a capturar e armazenar
informações sobre determinado processo em um banco de dados.

O próprio processo não é capaz de enviar informações para o sistema.


Por isso, é necessário acoplar sensores inteligentes ao processo que
se quer controlar. Assim, os sensores monitoram e fornecem dados ao
sistema.

O sistema, por sua vez, analisa e armazena essas informações em um


banco de dados. Em seguida, os resultados são apresentados ao
operador em telas customizadas no computador.
As principais vantagens dos sistemas supervisórios está nas
possibilidades de análise e precaução. Com ele, é possível realizar
análises de tendências baseadas no histórico de informações do
banco de dados.

Além disso, o sistema disponibiliza a geração de relatórios e gráficos


de acordo com os dados desejados.

Outro ponto positivo são os alarmes que sinalizam em tempo real


alguma falha no processo que também, é registrado no banco de
dados para futuras consultas. Ademais, o sistema permite a operação
remota do processo, o que facilita bastante o trabalho dos operadores.

APLICAÇÃO DO SISTEMA SUPERVISÓRIO NO SETOR DE


SANEAMENTO BÁSICO

Já falamos aqui das aplicações da automação em um sistema de


abastecimento de água. Para os sistemas supervisórios, a aplicação
não é muito diferente.

Em um sistema de abastecimento de água, o controle da qualidade e


do abastecimento contínuo é de suma importância. O primeiro porque,
uma vez contaminada, a água pode conter uma grande quantidade de
agentes transmissores de doenças.

O segundo porque a falta de água pode gerar diversos prejuízos para


indústrias, comércios, hospitais, etc. Sem contar a legislação
ambiental que as empresas de saneamento devem atender.

Assim, em busca de mais qualidade, agilidade, visibilidade, eficiência


operacional e redução de custos, as empresas de saneamento têm
aplicado cada vez mais soluções inteligentes de telemetria, controle e
automação em seus processos.

Já é comum grandes concessionárias de saneamento investir em


soluções automatizadas para seus sistemas. Entretanto, muitas vezes
por falta de investimentos, as pequenas empresas andam a passos
lentos rumo à automatização.

Os sistemas supervisórios entram, principalmente, para monitorar e


controlar recursos geograficamente dispersos, em situações onde a
telemetria e o telecomando se tornam pontos críticos, tornando-se
fundamentais para a operação.

Esse tipo de sistema é capaz de obter valores medidos em campo,


transmiti-los e processá-los de acordo com a necessidade e objetivo
do uso da informação.

Com isso, aumenta-se a eficiência operacional, melhora o


atendimento e gera informações com maior velocidade às
companhias. Facilitando, portanto, a tomada de decisões operacionais
e administrativas.
Em nossa pauta sobre automação falamos do Centro de Controle
Operacional (CCO). Nos sistemas supervisórios ocorrem da mesma
forma. As informações coletadas em campo são transmitidas ao CCO,
onde são processadas.

Se necessário, geram-se ações de controle em unidades remotas do


sistema com ou sem a intervenção de um operador do CCO, devido
aos modos manual e automático de operação. Bacana, não acha?
Que tal ver a aplicação de um sistema supervisório na prática?

EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE SISTEMA SUPERVISÓRIO

Na Casan, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, ocorreu


a implantação de um sistema supervisório na estação de tratamento
de água de Morro dos Quadros, responsável pelo abastecimento de
70% da região metropolitana de Florianópolis.

Realizou-se a automatização dos processos de monitoramento da


qualidade da água bruta e tratada na estação, bem como de todo o
sistema de dosagem de produtos químicos utilizados no tratamento.

Com isso, através do sistema supervisório, foi possível ter um histórico


de todas as quantidades de insumos utilizadas no tratamento e o
cálculo do custo do m³ da água tratada em tempo real.
Antes da implantação, os cálculos para determinar as quantidades de
produtos químicos utilizadas no tratamento eram realizados de forma
manual, o que dificultava a atuação imediata em situações de
variações das características de água bruta, reduzindo a qualidade da
água tratada, e muitas vezes, consumindo maior quantidade de
produtos que o necessário.

A companhia cita como exemplo da aplicabilidade do sistema que


alterações causadas na água bruta, muitas vezes por fatores externos,
são automaticamente detectados pelo sistema que já toma as ações
necessárias para assegurar as dosagens do tratamento e manter a
qualidade da água tratada de acordo com os parâmetros da empresa.

Assim, com o sistema supervisório adquiriu-se maior controle sobre o


processo, redução de custos com insumos químicos, menor
deslocamento dos operadores pela estação e melhor qualidade da
água.

A economia gerada na empresa permite que o retorno do investimento


seja recuperado em um curto espaço de tempo. Além disso, a
economia desse setor gera novos investimentos em outros processos.

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