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PREFEITURA MUNICIPAL DE ITACARÉ

ESTADO DA BAHIA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)

Plano de Trabalho para elaboração do PMSB do Município de


Itacaré - BA

Fevereiro, 2011

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RUA RUI BARBOSA, 11 – CENTRO – ITACARÉ – BAHIA / CEP: 45530-000
TEL/FAX: (073) 3251-2130 / CNPJ: 13.846.902/0001-95
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SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 3

2 BREVE CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITACARÉ ................... 6

3 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS...................................................... 11


3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................. 12
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO........................................................................ 12

4 METODOLOGIA.......................................................................................... 14

5 ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO PMSB.................................................... 27

6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES............................................................. 29
6.1 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DE ELABORAÇÃO DO
PMSB............................................................................................................. 29
6.2 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DE MONITORAMENTO E
30
AVALIAÇÃO DO PMSB................................................................................

7 PRODUTOS ESPERADOS......................................................................... 31

8 ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO DAS ETAPAS E PRODUTOS DO


PMSB............................................................................................................. 32

9 ESTRATÉGIAS PARA O PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL................ 33


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................... 35
ANEXOS – PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS............................................... 36

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1 JUSTIFICATIVA

O saneamento básico é definido por lei como o conjunto dos serviços,


infra-estrutura e instalações operacionais de abastecimento de água potável,
esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, manejo de
águas pluviais e drenagem urbana.

A relação entre esses serviços é muito grande, pois o esgoto sanitário


sem tratamento e disposição adequada contamina corpos d’água; depósitos de
resíduos sólidos em locais e condições inadequadas podem contaminar as
áreas de mananciais, prejudicarem a captação e demais usos da água,
favorecer a ocorrência de enchentes por obstruir as redes de drenagem, além
de promover a proliferação de vetores; as inundações podem interromper o
funcionamento do sistema de abastecimento, acarretar a disseminação de
doenças e desalojar famílias.

Por essas razões a política pública de saneamento básico deve prever a


gestão integrada dos seus quatro componentes, sendo o saneamento direito
social, essencial à vida, à moradia digna, à saúde, à cidade e ao meio
ambiente equilibrado.

A Lei no 11.445 de 05 janeiro de 2007 estabelece as diretrizes gerais e a


política federal de saneamento básico, ou seja, os princípios sob os quais os
serviços de saneamento básico devem ser prestados; definem as obrigações
do titular, as condições em que os serviços podem ser delegados, as regras
para as relações entre o titular e os prestadores de serviços, e as condições
para a retomada dos serviços; trata da prestação regionalizada; institui a
obrigatoriedade de planejar e regular os serviços; abrange os aspectos

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econômicos, sociais e técnicos da prestação dos serviços, assim como institui


a participação e o controle social.

Essa Lei ainda define que a política pública de saneamento básico é


competência do titular dos serviços e que deve compreender: a elaboração do
plano de saneamento básico (PMSB) pelo próprio município; a decisão sobre a
forma de prestação dos serviços (direta ou delegada) e os procedimentos de
sua atuação; a adoção de parâmetros para a garantia do atendimento
essencial à saúde pública, quanto à quantidade, regularidade e qualidade da
água potável; a definição do órgão responsável pela sua regulação e
fiscalização; a fixação dos direitos e deveres dos usuários; o estabelecimento
de mecanismos de participação e controle social; a construção do sistema de
informações sobre os serviços; e os casos e condições, previstos em lei e nos
contratos, para intervenção e retomada dos serviços.

Dessa forma, a política pública de saneamento básico objetiva definir as


funções de gestão de serviços públicos de saneamento e estabelecer a
garantia do atendimento essencial à saúde pública, os direitos e deveres dos
usuários, o controle social e sistemas de informação. Sendo assim, os
municípios que não dispuserem dessa política instituída deverão formulá-la em
concomitância com a elaboração e implementação do PMSB.

O PMSB e a Política de Saneamento Básico do Município são


instrumentos indispensáveis da política pública de saneamento básico e
obrigatórios para a contratação ou concessão dos serviços. Para tanto, a
política e o plano devem ser elaborados pelos titulares dos serviços, que são
os municípios individualmente ou organizados em consórcio, e, conforme a lei,
essa responsabilidade não pode ser delegada.

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A grande maioria dos municípios brasileiros ainda precisa iniciar esse


processo. E o município de Itacaré, BA, encontra-se inserido nesse contexto. A
importância da instituição da Política de Saneamento Básico para o Município
de Itacaré, BA, assim como a elaboração do Plano Municipal de Saneamento
Básico reside no ato de expressar um compromisso coletivo da sociedade em
relação à forma de construir o futuro do saneamento no referido município. O
Plano levará em consideração a análise da realidade do município e serão
traçados objetivos e estratégias para transformá-la positivamente e, assim,
definir como cada segmento deverá se comportar para atingir os objetivos e as
metas propostas. Ele será formulado sob a coordenação do poder público local,
com a participação de todos aqueles que atuam no saneamento do município e
pela sua população, tanto os que recebem os serviços como aqueles que não
têm acesso a eles.

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2 BREVE CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITACARÉ, BA

A origem do município de Itacaré remonta o final do século XVII, quando o


padre jesuíta Luís de Grã, membro de uma catequese jesuítica sob a
invocação de São Miguel, construiu uma capela chamada São Miguel, em
homenagem ao santo e batizou a nova povoação com o nome de São Miguel
da Barra do Rio de Contas.
Em 1718, elevou-se a capela da povoação de São Miguel da Barra do Rio de
Contas à categoria de freguesia, e em 1732 a povoação foi elevada à categoria
de vila e a município.
Em 16 de dezembro de 1931, através do Decreto Estadual Nº 7.850, o
município de Barra do Rio de Contas passou a ser chamado pelo nome de
ITACARÉ. O nome Itacaré é originário da combinação das palavras indígenas
“ita” (pedra) e “karé” (torta ou arqueada), ou seja, Itacaré = pedra torta ou pedra
arqueada.
Itacaré tem sua origem associada ao Rio de Contas, devido ao apoio náutico
proporcionado pela sua foz, constituindo-se em porto estratégico para
embarque e desembarque de cacau, madeira e demais produtos da época, e
para tráfico de escravos que serviam às fazendas da região.
Durante a Segunda metade do séc. XIX o porto constituía-se como único meio
de transporte com a capital Salvador, quando Itacaré foi o elo de ligação entre
o interior da Chapada Diamantina, onde o Rio de Contas possui sua nascente,
e o Oceano Atlântico.
O Rio de Contas foi o responsável pela drenagem de toda produção cacaueira
do seu vale, via porto de Itacaré perdendo parte de sua função como
entreposto com a chegada da ferrovia até Ubaitaba e Aurelino Leal a partir de
1923. Esta extensão ferroviária conectava a região de Ubaitaba/Aurelino Leal
com Uruçuca em direção ao Porto de Ilhéus.
O núcleo de Ubaitaba, com a nova função de ponta de trilho e localização
estratégica, passou a competir com Itacaré, tornando-se um dos subcentros
regionais do interior.

Nesse período Taboquinhas começava a se destacar no cenário municipal pela


vocação agrícola do seu entorno, tornando-se o epicentro da atividade
produtiva da lavoura cacaueira do município de Itacaré, reunindo o contingente
de tropeiros disponíveis para o transporte das amêndoas em lombo de animal

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pelo caminho existente margeando o Rio de Contas até os armazéns de


Ubaitaba.

Costumava-se dizer que, em Taboquinhas ficavam as casas das sedes das


fazendas (local para ganhar dinheiro), e na cidade de Itacaré, as casas das
famílias dos fazendeiros.

Os antigos núcleos costeiros, entre os quais, Itacaré, estagnaram com a perda


da função de entrepostos portuários, enquanto outros, interioranos, mais bem
articulados aos grandes eixos rodoviários (Ubaitaba), continuaram a evoluir e
mudaram de função.

O município de Itacaré permaneceu inserido na dinâmica econômica do ciclo


do cacau, quando da abertura de novas rodovias, a exemplo da BR-101 (final
dos anos 60) que passou a reorientar o fluxo de escoamento da produção
agrícola da microrregião e do município.

Estava consolidada a rota de escoamento do cacau, independente da sua


sede, a partir da implantação de seus eixos rodoviários mais importantes: BA-
654, implantada no ano de 1961, ligando Itacaré, via corredor Taboquinhas
(Rua da Palha e Água Fria) com a BR-101, na altura de Ubaitaba, e mais tarde,
nos anos 70 a Ceplac constrói outro eixo importante para a circulação, a BA-
655, ligando Uruçuca a Taboquinhas.

Apenas mais recentemente (1998), é construída a e BA-001, que vem facilitar o


acesso à região e principalmente à cidade, introduzindo novos circuitos
econômicos e sociais no município.

Segundo consta em documentos históricos e descrição detalhada a região


viveu basicamente seis ciclos distintos:
O primeiro compreende o período que vai de 1746 a 1820. Nesse período
aconteceu o plantio e o desbravamento, e logo após uma estagnação sem
conseqüência;
O segundo ciclo foi entre 1821 a 1895, quando houve o aumento do plantio do
cacau, a descoberta do mercado externo e início das primeiras exportações.
Nesse período, os produtores com o esforço típico dos desbravadores
ergueram vários povoados e arruelas, mas ainda misturavam-se com os
trabalhadores em várias tarefas produtivas.
No entanto, é no terceiro período compreendido entre 1896 a 1930, que, de
fato ocorreu a afirmação do cacau como “base econômica do litoral sul”. Nesse

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momento, os coronéis passaram a definir um estilo urbano de vida,


transformando povoados em vilas e cidades, enquanto resultado das bem
sucedidas safras de cacau. Data desta época, o casario da cidade de Itacaré,
erguido com a economia próspera dos proprietários de fazendas de cacau.
O quarto período, compreendido entre 1931 a 1957, se caracteriza pela crise
de produtividade, devido ao excesso de uso de terras pouco produtivas,
ampliação exagerada da fronteira agrícola, aliada à falta de condições do
escoamento da produção pela inacessibilidade dos centros de comercialização.
Os produtores tiveram que vender parte de suas terras para saldar dívidas com
os bancos oficiais, agiotas e casas exportadoras. Neste ciclo, no final dos anos
30 ocorrem a 1ª grande baixa (queda) na cotação das amêndoas.
No quinto período, entre 1958 a 1986, o governo federal criou a CEPLAC
(Comissão Executiva do Plano de Recuperação da Lavoura Cacaueira) que
realmente recuperou a produção de cacau. Porém, não houve uma
preocupação em adaptar o modelo das relações de produção do século
anterior para o atual, o que criou uma frustração no desenvolvimento das
relações sociais e na modernização da estrutura econômica.
Por último, o sexto período, de 1987 até o presente, está marcado pela crise,
devido à “Vassoura de Bruxa”, aliado a descapitalização dos produtores e à
desvalorização do preço do cacau no mercado internacional, devido a práticas
de mercados competidores desiguais, chegando-se a ponto de importar o
produto para suprimento das fábricas instaladas na região. A região, abalada,
assistiu ao desembarque dos primeiros carregamentos de cacau importado, via
Porto do Malhado, em Ilhéus.
O município de Itacaré está integrado à Microrregião Homogênea de Ubaitaba,
Região Administrativa de Ilhéus e Região Econômica do Litoral Sul,
compreende uma área de 730km² com uma densidade de 24,82 habitantes/km²
(2000). A cidade de Itacaré está localizada a 428 km de Salvador e a 124 km
de Ilhéus, tendo as seguintes coordenadas: latitude sul – 14º17’, longitude
oeste – 39º00’ e altitude – 29m.

O Litoral Sul do Estado da Bahia localiza-se na área compreendida entre a foz


do Rio Jiquiriça e a do Rio Jequitinhonha, é um espaço macrorregiões (16% da
superfície do estado) que abriga aproximadamente 12% de toda população do
estado em 53 municípios. A região é composta de 53 municípios e subdividida
nas sub-regiões do Baixo Sul que tem Valença como sub-centro, Zona
Cacaueira com Ilhéus e Itabuna como centros de referencia regional e a
subzona de Ipiaú mais relacionada com Jequié e o eixo da BR-116.

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Os dois principais marcos de delimitação da região são: ao norte o rio Jequiriçá


e ao sul, o Jequitinhonha que deságua em Belmonte.

A zona Cacaueira compreende o Maciço do Cacau (que vai de Ibirapitanga até


Camacan com os municípios vinculados ao eixo da BR-101 mais a zona
costeira, integrada pela BA-001 e suas conexões com a BR-101), sendo 28 os
municípios que a conforma. (cartograma Rede de Cidades).

Inteiramente inserido na bacia do rio de Contas, o município de Itacaré tem um


sistema orográfico bem distribuído e de grande caudal. O município é cortado
no sentido W-E pelo rio de Contas, principal fornecedor da referida bacia
hidrográfica, considerada a maior da região sudeste do estado, abrangendo
uma superfície de mais de 56 mil km 2. Seu percurso ocorre totalmente em
território baiano, pois nasce na Chapada Diamantina e desemboca no Oceano
Atlântico, junto a cidade de Itacaré, percorrendo 38 km dentro do município. Os
afluentes são de pouca expressão, sendo as principais sub-bacias do Rio de
Contas no seu território:

● na margem esquerda as sub-bacias dos rios Favaqueiras/Oricó-mirim,


fazendo a divisa com Ubaitaba, e Baetés, Cuiudo, Pinheiro e Engenho.
● na margem direita as sub-bacias dos rios Catolé, na divisa com Aurelino
Leal, São João/Água Fria, Corisco/Serra d’Água, Pau Brasil e o rio
Capitão.

Ainda existem, sem, contudo ser tributário do Rio de Contas, o Rio Piracanga,
na divisa com Maraú, (na porção norte do município); e na porção sul, os rios
Jeribucassu e o Tijuípe, este na divisa com Serra Grande.
Os rios Itijuipe, Itijuipijnho, Pipite, Capitão, Jeribucassu, Sargi, Caldeira e
Burundanga ainda apresentam baixíssimos níveis de sedimentação e poluição,
e elevada estabilidade de volume hídrico ao longo do ano, muito em
decorrência da vegetação arbórea.
O rio de Contas, por suas características de navegabilidade e topografia, pode
ser dividido em três trechos:
● parte baixa - entre Itacaré e Taboquinhas, com cerca de 22 km de
extensão, navegável sobre influencia da maré, com alguns trechos
assoreados;

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● corredeiras - entre Taboquinhas e a rua da Palha, com cerca de 2,5 km


de extensão;
● parte alta - entre a rua da Palha e Ubaitaba, com cerca de 14 km de
extensão, navegável com poucas corredeiras.

A dimensão geoambiental, como um dos componentes do modelo de


desenvolvimento sustentável, pressupõe uma intervenção estrutural de longo
prazo, capaz de adequar a organização produtiva aos ecossistemas regionais,
por meio do avanço científico e tecnológico e da formação de uma consciência
ambiental da sociedade, que entre as ações possíveis, pode se materializar na
educação ambiental, na viabilização de projetos de ecoturismo e,
principalmente, na criação de unidades de preservação ambiental.
O município de Itacaré está inserido na região da Bahia que foi escolhida para
compor o Corredor Central da Mata Atlântica, juntamente a outras regiões do
Espírito Santo. O Projeto Corredores Ecológicos integra esforços do Programa
Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG7.
Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, os
corredores ecológicos são porções de ecossistemas naturais ou seminaturais,
ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes
e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização
de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam
para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades
individuais.
O Corredor Central da Mata Atlântica compreende uma área de 85 mil km 2 que
vem sofrendo crescente desmatamento devido ao declínio da atividade
cacaueira, da expansão desenfreada do café e das atividades turísticas e
imobiliárias.

Nesse corredor serão estimuladas iniciativas que promovam o desenvolvimento


sustentável por meio do ecoturismo, de sistemas agro-florestais, do aumento
Reservas Particulares do Patrimônio Natural e de incentivos às Reservas
Legais e Áreas de Preservação Permanente.

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3 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

O objetivo geral e os objetivos específicos do presente plano de trabalho


se pautam nos 12 princípios fundamentais da Lei n o 11.445 de 05 janeiro de
2007, e na avaliação dos seguintes aspectos:

✔ Instituição de Política Municipal de Saneamento Básico, por meio de lei


específica;
✔ Estabelecimento de mecanismos e procedimentos para a garantia de
efetiva participação da sociedade em todas as etapas do processo de
elaboração, implantação e revisão do plano;
✔ Diagnósticos setoriais, porém integrados (abastecimento de água,
esgotamento sanitário, resíduos sólidos e águas pluviais), para áreas
com populações adensadas e dispersas;
✔ Proposta de intervenções com base na análise de diferentes cenários
alternativos e estabelecimento de prioridades;
✔ Definição dos objetivos e metas de curto, médio e longo prazo;
✔ Definição de programas, ações e projetos necessários para atingir os
objetivos e metas estabelecidos;
✔ Programação física, financeira e institucional da implantação das
intervenções definidas;
✔ Programação de revisão e atualização.
Ainda considera-se o que preconiza a Lei quanto ao conceito de
“Saneamento Básico” - conjunto de serviços, estruturas e instalações
operacionais de: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário;
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem das águas pluviais
urbanas.
Sendo assim, tem-se:

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3.1 Objetivo Geral

Elaborar e implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico de


Itacaré, BA, conforme determina a Política Pública de Saneamento Básico, de
forma a possibilitar a criação de mecanismos de gestão pública da infra-
estrutura do município relacionada aos quatro eixos do saneamento básico:
abastecimento de água; esgotamento sanitário; manejo de resíduos sólidos e
manejo de águas pluviais.

3.2 Objetivos Específicos

1 Diagnosticar a situação atual do município de Itacaré, BA, utilizando


indicadores que apontem as causas das deficiências identificadas –
contemplará as seguintes etapas do PMSB: etapa 1 (identificação dos agentes
envolvidos); etapa 2 (definição das unidades de planejamento: identificação
das bacias hidrográficas em que se insere o município; identificação das áreas
censitárias ou administrativas; definição do planejamento); etapa 3 (aquisição
de informações básicas como: dados físicos, biológicos e sócio-econômicos);
etapa 4 (diagnósticos setoriais: abastecimento de água; esgotamento sanitário;
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos; drenagem e manejo de águas
pluviais).

2 Elaborar objetivos e metas de curto, médio e longo prazo que permitam


a universalização assim como soluções graduais e progressivas –
contemplará a seguinte etapa do PMSB: etapa 5 (caracterização das situações
atual e futura: definição de intervenções a curto, médio e longo prazo;
hierarquização das demandas em função das carências detectadas;
elaboração de cenários de evolução).

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3 Propor programas, projetos e ações para atingir os objetivos e as metas


de modo compatível com os planos plurianuais e outros planos
correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento assim como
ações de emergência e contingenciamento – contemplará a seguinte etapa
do PMSB: etapa 6 (planejamento das ações: definição de metas e prazos; e
definição de linhas de orientação estratégica).

4 Formular mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da


eficiência e eficácia – contemplará a seguinte etapa do PMSB: etapa 6
(definição de indicadores de evolução e programas de monitoramento).

5 Implementar o PMSB no município de Itacaré, BA – contemplará a


seguinte etapa do PMSB: etapa 7 (aprovação do PMSB) e etapa 8
(implementação do Plano Municipal de Saneamento: execução dos projetos e
ações).

6 Avaliar o PMSB após a implementação - contemplará a seguinte etapa do


PMSB: etapa 9 (aplicação dos projetos de monitoramento; avaliação periódica
e revisão).

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4 METODOLOGIA

A metodologia a ser utilizada deve estar diretamente relacionada aos


objetivos específicos de forma a possibilitar que os mesmos sejam atingidos,
sendo assim, para cada objetivo específico do presente plano de trabalho,
propõem-se os seguintes procedimentos metodológicos (quadro 1):

Quadro 1: Objetivos específicos e procedimentos metodológicos


OBJETIVO ESPECÍFICO PROCEDIMENTOS METOLÓGICOS
1 Diagnosticar a situação Os agentes envolvidos serão identificados através da
atual do município de formação do comitê gestor (ou de coordenação) constituído
Itacaré, BA, utilizando por representantes dos órgãos responsáveis pelos quatro
indicadores que apontem componentes do saneamento básico no município e ainda
as causas das por representantes dos prestadores de serviços delegados,
deficiências da entidade reguladora e da sociedade civil,
identificadas. preferencialmente, membros dos conselhos municipais
existentes de áreas afins. Bem como, o acompanhamento
pelo Legislativo e pelo Ministério Público. Caberá ao comitê
gestor coordenar e gerir o processo em todas as suas
etapas.

O Comitê Executivo é uma instância técnica, subordinado ao


comitê gestor (formado por técnicos municipais das áreas de
saneamento e de áreas afins, como habitação, meio
ambiente, saúde, entre outros) e encarregado da elaboração
do Plano.

O município de Itacaré se insere na Bacia Hidrográfica do


Rio Itacaré, cujos dados de monitoramento dos últimos 10
anos serão obtidos diretamente do Projeto Banco de dados
ambientais da Bacia do Rio Itacaré.

Serão consideradas as áreas censitárias e administrativas


conforme IBGE. E realizar-se-á a coleta de dados primários
censitário, através de roteiro de observação dirigido e
questionário, referente à situação das moradias e sócio-
econômica dos moradores.

As informações constantes no diagnóstico serão coletadas a


partir de dados secundários e primários, considerando os

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indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais,


socioeconômicos e educacionais apontando as causas das
deficiências detectadas para os serviços de saneamento
básico.

Quanto aos diagnósticos setoriais, serão considerados:

Política do setor de saneamento:

Levantamento da legislação e análise dos instrumentos


legais que definem as políticas nacional, estadual e regional
sobre o saneamento básico;

Descrição dos serviços em saneamento básico prestados no


município;

Normas de regulação e ente responsável pela regulação e


fiscalização, bem como os meios e procedimentos para sua
atuação;

Parâmetros, condições e responsabilidades para a garantia


do atendimento essencial para a promoção da saúde pública;
Procedimentos para a avaliação sistemática de efetividade,
eficiência e eficácia dos serviços prestados;
Instrumentos e mecanismos de participação e controle social
na gestão política de saneamento básico;
Sistema de informação sobre os serviços; e
Mecanismos de cooperação com outros entes federados
para a implantação dos serviços de saneamento básico.

Infra-estrutura de abastecimento de água:

Análise crítica dos planos diretores de abastecimento de


água da área de planejamento, quando houver;
Descrição dos sistemas de abastecimento de água atuais.
Esta descrição deverá englobar textos, mapas, projetos,
fluxogramas, fotografias e planilhas que permitam uma
caracterização do sistema satisfatória;
Panorama da situação atual dos sistemas existentes,
incluindo todas as estruturas integrantes: mananciais,
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captações, estações de tratamento, aduções de água bruta e


tratada, estações elevatórias, reservação, redes de
distribuição, ligações prediais, medição (micro e macro
medição) e controle do sistema. Deverão ser informadas a
capacidade instalada, eficiência de tratamento, custo
operacional, etc.;
Deverão ser informadas as principais deficiências referentes
ao abastecimento de água, como freqüência de
intermitência, perdas nos sistemas e etc.;
Levantamento da rede hidrográfica do município,
possibilitando a identificação de mananciais para
abastecimento futuro;
Consumo per capita e de consumidores especiais;
Informações sobre a qualidade da água bruta e do produto
final do sistema de abastecimento;
Análise e avaliação dos consumos por setores: humano,
animal, industrial, turismo e irrigação;
Balanço entre consumos e demandas de abastecimento de
água na área de planejamento;
Estrutura de consumo (número de economias e volume
consumido por faixa);
Estrutura de tarifação e índice de inadimplência;
Caracterização da infra-estrutura das instalações existentes;
Organograma do prestador de serviço;
Descrição do corpo funcional (números de servidores por
cargo);
Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;
e
Apresentar os indicadores operacionais, econômico-
financeiros, administrativos e de qualidade dos serviços
prestados.

Infra-estrutura de esgoto sanitário:

Análise crítica dos planos diretores de esgotamento sanitário

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PREFEITURA MUNICIPAL DE ITACARÉ
ESTADO DA BAHIA

da área de planejamento, quando houver;

Descrição dos sistemas de esgotamento sanitário atuais.


Esta descrição deverá englobar textos, mapas, projetos,
fluxogramas, fotografias e planilhas que permitam uma
perfeita caracterização do sistema;
Indicação de áreas de risco de contaminação por esgotos do
município;
Análise crítica e avaliação da situação atual dos sistemas de
esgotamento sanitário, incluindo todas as estruturas
integrantes: ligações prediais, rede de coleta, interceptores,
estações elevatórias, emissários, estações de tratamento e
controle do sistema. Deverão ser informadas a capacidade
instalada, eficiência de tratamento, custo operacional, etc.;
Deverão ser informadas as principais deficiências referentes
ao sistema de esgotamento sanitário;
Levantamento da rede hidrográfica do município,
identificando as fontes de poluição pontuais de esgotamento
sanitário e industrial;
Dados dos corpos receptores existentes (qualidade, vazão,
usos de jusante, etc.);
Identificação de principais fundos de vale, por onde poderá
haver traçado de interceptores; potenciais corpos d’água
receptores do lançamento dos esgotos; atuais usos da água
do futuro corpo receptor dos esgotos; possíveis áreas para
locação da ETE (estação de tratamento de esgoto);
Análise e avaliação das condições atuais de contribuição dos
esgotos domésticos e especiais (produção per capita e de
consumidores especiais);
Verificar a existência de ligações clandestinas de águas
pluviais ao sistema de esgotamento sanitário;
Balanço entre geração de esgoto e capacidade do sistema
de esgotamento sanitário existente na área de planejamento;
Estrutura de produção de esgoto (número de economias e
volume produzido por faixa);
Caracterização da infra-estrutura das instalações existente;

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Organograma do prestador de serviço;


Descrição do corpo funcional (números de servidores por
cargo);
Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;
e
Apresentar os indicadores operacionais, econômico-
financeiros, administrativos e de qualidade dos serviços
prestados.

Infra-estrutura de manejo de águas pluviais:

Verificar a existência de Plano Diretor municipal;


Verificar o conhecimento da legislação existente sobre
parcelamento e uso do solo urbano;

Descrição do sistema de macro drenagem (galeria, canal,


etc.) e micro drenagem (rede, bocas-de-lobo e órgãos
acessórios) atualmente empregado na área de planejamento.
Esta descrição deverá englobar croqui geo-referenciado dos
principais lançamentos da macro drenagem, desenhos,
fluxogramas, fotografias e planilhas que permitam o
entendimento dos sistemas em operação;
Descrição dos sistemas de manutenção da rede de
drenagem;
Verificar a existência de fiscalização do cumprimento da
legislação vigente;
Identificar o nível de atuação da fiscalização em drenagem
urbana;
Identificar os órgãos municipais com alguma provável ação
em controle de enchentes e drenagem urbana e identificar
suas atribuições;
Verificar a obrigatoriedade da micro drenagem para
implantação de loteamentos ou abertura de ruas;
Verificar a separação entre os sistemas de drenagem e de
esgotamento sanitário;
Verificar a existência de ligações clandestinas de esgotos

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sanitários ao sistema de drenagem pluvial;


Identificar os principais tipos de problemas (alagamentos,
transbordamentos de córregos, pontos de estrangulamento,
capacidade das tubulações insuficientes, etc.) observados na
área urbana: verificar a freqüência de ocorrência e
localização desses problemas;
Verificar a relação entre a evolução populacional, processo
de urbanização e a quantidade de ocorrência de inundações;
Verificar se existem manutenção e limpeza da drenagem
natural e artificial e a freqüência com que são feitas;
Identificação e descrição dos principais fundos de vale, por
onde é feito o escoamento das águas de chuva;
Análise da capacidade limite com elaboração de croqui
georeferenciado das bacias contribuintes para a micro
drenagem;
Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;
Apresentar os indicadores operacionais, econômico-
financeiros, administrativos e de qualidade dos serviços
prestados; e
Verificar se o município apresenta registros de mortalidade
por malária.

Infra-estrutura de gerenciamento de resíduos sólidos:

Análise crítica dos planos diretores de limpeza urbana e


manejo de resíduos sólidos ou planos de gerenciamento de
resíduos sólidos da área de planejamento, quando houver;

Caracterização dos resíduos sólidos (domiciliares,


construção civil, industriais, hospitalares e de serviços de
saúde) do município com base em dados secundários,
entrevistas qualificadas, e inspeções locais;
Descrição dos sistemas de varrição, acondicionamento,
coleta, transporte, disposição final dos resíduos sólidos e
eventuais problemas operacionais. Esta descrição deverá
englobar desenhos, fluxogramas, fotografias e planilhas que
permitam um perfeito entendimento dos sistemas em

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operação;
Identificação de áreas com risco de poluição e/ou
contaminação por resíduos sólidos;
Identificação de carência do poder público para o
atendimento adequado da população;
Informações sobre produção per capita e de atividades
especiais;
Caracterização da infra-estrutura das instalações existentes;
Levantamento das práticas atuais e dos problemas
existentes associados à infra-estrutura dos sistemas de
limpeza urbana;
Organograma do prestador de serviço;
Descrição do corpo funcional (números de servidores por
cargo) e identificação de possíveis necessidades de
capacitação, remanejamento, realocação, redução ou
ampliação da mão-de-obra utilizada nos serviços;
Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;
Apresentar os indicadores operacionais, econômico-
financeiros, administrativos e de qualidade dos serviços
prestados;
Identificação e avaliação dos programas de educação em
saúde e mobilização social; e
Identificação da existência de programas especiais
(reciclagem de resíduos da construção civil, coleta seletiva,
compostagem, cooperativas de catadores e outros).

2 Elaborar objetivos e As intervenções em curto, médio e longo prazo serão


metas de curto, médio e definidas em função da hierarquização das carências
longo prazo que detectadas. A definição da metodologia de intervenção assim
permitam a como dos cenários de evolução só poderão ser
universalização assim especificados após análise dos resultados provenientes da
como soluções graduais etapa de diagnóstico.
e progressivas.
A programação da implementação dos programas, projetos e
ações será desenvolvida, considerando horizontes temporais
distintos:

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Imediatos ou emergenciais – até 3 anos;


Curto prazo – entre 4 a 8 anos;
Médio prazo – entre 9 a 12 anos;
Longo prazo – entre 13 a 20 anos.

Considera-se que Itacaré possui sua peculiaridade. Sendo


assim, não convém apontar soluções adotadas em outras
localidades, pois estas podem não ser adequadas para o
referido município.

Entretanto, de maneira geral, os prognósticos relacionados


às quatro dimensões do Saneamento Básico são:

O prognóstico do sistema de abastecimento de água


abordará:

Demanda anual de água para a área de planejamento, ao


longo dos 20 anos após o início da ocupação da área e
estabelecendo uma curva de demanda de água ao longo
desse tempo;
Descrição dos principais mananciais (superficiais e/ou
subterrâneos) passíveis de serem utilizados para o
abastecimento de água da área de planejamento;
Escolha do(s) manancial(is) para atender a área de
planejamento, justificando a escolha com base na vazão
outorgável e na qualidade da água. Caso se decida pela
utilização do sistema de abastecimento disponível na área de
influência, deverá ser feita uma justificativa e avaliação do
impacto no sistema existente decorrente do acréscimo
relativo à nova vazão da área de planejamento;
Apresentação em planta o “layout” do sistema de
abastecimento de água, com indicação das principais
unidades que compõem o sistema (manancial, captação,
linhas adutoras, estação de tratamento de água);
Apresentação do memorial de cálculo, quando pertinente; e
Prevenção de eventos de emergência e contingência.

O prognóstico do sistema de esgoto sanitário abordará:

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Decisão sobre a adoção de sistema de esgotamento


individual ou coletivo;
Prevenção da vazão de esgotos (vazão) ao longo dos 20
anos após o início da ocupação da área de planejamento, e
plotar os valores ao longo do tempo;
Apresentação de estimativas de carga e concentração de
DBO e coliformes fecais (termotolerantes) ao longo dos
anos, decorrentes dos esgotos sanitários gerados, segundo
as alternativas (a) sem tratamento e (b) com tratamento dos
esgotos (assumir eficiências típicas de remoção);
Comparação das alternativas de tratamento local dos
esgotos (na bacia), ou centralizado (fora da bacia, utilizando
alguma estação de tratamento de esgotos em conjunto com
outra área), justificando a abordagem selecionada;
Apresentação em planta o layout do sistema de esgotamento
sanitário, com indicação do traçado dos interceptores
principais e da localização da(s) estação(ões) de tratamento
de esgotos;
Apresentação de memorial de cálculo, quando pertinente; e
Prevenção de eventos de emergência e contingência.

O prognóstico do sistema de drenagem de águas


pluviais abordará:

Estabelecimento de diretrizes para o controle de


escoamentos na fonte, adotando-se soluções que favoreçam
o armazenamento, a infiltração e a percolação, ou a jusante,
adotando-se bacias de detenção – ter em consideração as
características topográficas locais e listar as soluções de
controle que melhor se adaptariam;
Estabelecimento de diretrizes para o tratamento de fundos
de vale;
Indicação, no mapa básico, do traçado das principais
avenidas sanitárias, com especificação da solução adotada
para o tratamento de fundo de vale;
Elaboração da proposta de medidas mitigadoras para os
principais impactos identificados, em particular:
medidas de controle para reduzir o assoreamento de cursos

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d’água e de bacias de detenção, eventualmente propostas


pelos membros do grupo de trabalho; medidas de controle
para reduzir o lançamento de resíduos sólidos nos corpos
d’água.
Prevenção de eventos de emergência e contingência.

O prognóstico do sistema de resíduos sólidos abordará:

Estimativa da produção de lixo e percentuais de atendimento


pelo sistema de limpeza urbana, com base nos resultados
dos estudos demográficos;
Elaboração da planilha com estimativas anuais dos volumes
de produção de resíduos sólidos classificados em (i) total, (ii)
reciclado, (iii) compostado e (iv) aterrado, plotando os
valores em gráficos;
Proposição de formas de coleta e transporte dos resíduos,
incorporando conceitos de minimização na fonte, visando o
conceito de gerenciamento sustentável;
Estabelecimento de critérios para pontos de apoio ao
sistema de limpeza nos diversos setores da área de
planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta
voluntária, mensagens educativas para a área de
planejamento em geral e para a população específica, ou
seja, população vizinha a esses pontos de apoio);
Estabelecimento de critérios de escolha da área para
localização do bota-fora dos resíduos inertes (excedente de
terra dos serviços de terraplenagem, entulhos etc.) gerados,
tanto da fase de instalação (implantação de infra-estrutura),
como de operação (construção de imóveis etc.);
Estipulação de critérios de escolha de área para disposição
final (aterro sanitário) na área de planejamento ou usando
aterro já existente na região. Neste último caso, calcular qual
o percentual do volume diário aterrado que será
representado pelo volume de resíduos gerados na área de
planejamento (ano 20);
Elaboração da planta de situação do(s) destino(s) final(is)
dos resíduos sólidos, sobre mapa básico em escala
adequada, e indicar o itinerário entre o setor da área de
planejamento escolhido e um dos destinos finais ou o destino

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final, conforme o caso; e


Prevenção de eventos de emergência e contingência.

As ações serão planejadas através da definição de metas,


linhas de orientação estratégica e prazos para execução.

Serão indicadas alternativas que representem aspirações


sociais factíveis de serem atendidas nos prazos estipulados,
pois a prospecção estratégica, com a elaboração de
cenários, tem por objetivo identificar, dimensionar, analisar e
prever a implementação de alternativas de intervenção,
3 Propor programas,
inclusive de emergências e contingências, visando o
projetos e ações para
atendimento das demandas e prioridades da sociedade.
atingir os objetivos e as
metas de modo
Essas alternativas serão discutidas e pactuadas a partir das
compatível com os
reuniões, seminários, conferências nas comunidades,
planos plurianuais e
levando em consideração critérios definidos previamente,
outros planos correlatos,
tais como: atendimento ao objetivo principal; custos de
identificando possíveis
implantação; impacto da medida quanto aos aspectos de
fontes de financiamento
salubridade ambiental, além do grau de aceitação pela
assim como ações de
população.
emergência e
contingenciamento.
O PMSB de Itacaré será elaborado em consonância com o
Plano de Bacias Hidrográficas existente.

As fontes de financiamento poderão ser adquiridas através


de órgão e entidades - Federal: Ministério da Integração
Nacional; Ministério das Cidades; Ministério da Saúde
(FITACARÉSA); e os agentes financeiros poderão ser: Caixa
Econômica Federal; o Governo Estadual e o BNDES.
Os mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática
serão definidos através da elaboração de indicadores de
4 Formular mecanismos eficiência e eficácia.
e procedimentos para
avaliação sistemática da A elaboração destes indicadores só será possível após a
eficiência e eficácia. definição das metas e linhas de orientação estratégica que
por sua vez dependem da análise dos resultados
provenientes da etapa de diagnóstico.
5 Implementar o PMSB Elaboração da minuta do projeto de Lei que deverá ser
no município de Itacaré, devidamente aprovado pelo poder público local e pela
BA. sociedade.

Será elaborada a proposta para a regulamentação e


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fiscalização do setor de saneamento: Em consonância com


as demais normas vigentes, essa proposta visará impedir o
surgimento de prejuízos à sociedade, decorrentes do déficit
na prestação dos serviços;
Manuais: Visará estabelecer critérios e padrões mínimos
recomendados para orientar os projetistas no
dimensionamento dos sistemas referentes ao saneamento
básico;
Plano de revisão do PMSB: Sendo o PMSB um processo
dinâmico e disciplinado, onde será avaliada sua capacidade
de gerenciamento.

6 Avaliar o PMSB após a Executado através da aplicação dos projetos de


implementação. monitoramento; avaliação periódica e revisão. O PMSB será
revisto em prazo não superior a 4 anos anterior à elaboração
do plano plurianual.

Serão observados os seguintes aspectos:

O cumprimento dos objetivos definidos no PMSB;


A obediência dos dispositivos legais aplicáveis à gestão do
setor saneamento;
A identificação dos pontos fortes e fracos do plano elaborado
e das oportunidades e entraves ao desenvolvimento do
mesmo;
O uso adequado de recursos humanos, instalações e
equipamentos voltados para produção e prestação de bens e
serviços na qualidade e prazos requeridos;
A adequação e a relevância dos objetivos do plano e a
consistência entre esses e as necessidades previamente
identificadas;
A consistência entre as ações desenvolvidas e os objetivos
estabelecidos;
As causas de praticas antieconômicas e ineficientes;
Os fatores inibidores do desempenho do PMSB;
A relação de causalidade entre efeitos observados e as
diretrizes propostas;

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A qualidade dos efeitos alcançados a partir da


implementação do plano.

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5 ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO PMSB

Conforme determina a Lei n o 11.445 de 05 janeiro de 2007, as etapas de


elaboração do PMSB do município de Itacaré, BA são:

Etapa 1 - Identificação dos agentes envolvidos compreende a formação do


grupo de trabalho (conselho gestor e comitê executivo);

Etapa 2 - Definição das unidades de planejamento compreende a


identificação das bacias hidrográficas em que se insere o município;
identificação das áreas censitárias ou administrativas; definição do
planejamento;

Etapa 3 - Aquisição de informações básicas compreende a obtenção de


dados físicos, biológicos e sócio-econômicos do município;

Etapa 4 - Diagnósticos setoriais compreendendo o levantamento das


situações referentes ao abastecimento de água; esgotamento sanitário;
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos; drenagem e manejo de águas
pluviais;

Etapa 5 - Caracterização das situações atual e futura compreende a


definição de intervenções a curto, média e longo prazo; hierarquização das
demandas em função das carências detectadas; elaboração de cenários de
evolução;

Etapa 6 - Plano de execução, compreende a definição de metas e prazos;


definição de linhas de orientação estratégica; definição de indicadores de
evolução e programas de monitoramento;

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Etapa 7 – Aprovação do Plano Municipal de Saneamento Básico


compreende a aprovação do PMSB após a apreciação e aprovação pelo Poder
Legislativo do município. No entanto, previamente, deverá ser elaborada uma
minuta de projeto de lei, em conformidade com a técnica legislativa e
sistematizada de forma a evitar contradições entre os dispositivos inseridos no
PMSB, com as demais normas vigentes. Essa minuta deverá ser submetida à
discussão com a população, em audiência pública especialmente convocada
para este fim. Nesta audiência será concluída a versão final do plano que será
encaminhada à Câmara de Vereadores;

Etapa 8 - Implementação do Plano Municipal de Saneamento, compreende


a execução dos projetos e ações;

Etapa 9 – Avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico


compreende a aplicação dos projetos de monitoramento; avaliação periódica e
revisão.

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6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

6.1 Cronograma de atividades de elaboração do PMSB


Mê Mê Mê Mê Mê Mê Mê Mê Mê Mê
ETAPA s s s s s s s s s s
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Etapa 1 – Identificação
X
dos agentes envolvidos
Etapa 2 – Definição das
unidades de X
planejamento
Etapa 3 – Aquisição de
X
informações básicas
Etapa 4 – Diagnósticos
X X X
setoriais
Etapa 5 –
Caracterização das X
situações atual e futura
Etapa 6 –
Planejamento das X X
ações
Etapa 7 – Aprovação
X
do PMSB
Etapa 8 –
Implementação do
X
Plano Municipal de
Saneamento
Etapa 9 – Avaliação do
Plano Municipal de x
Saneamento

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6.2 Cronograma de atividades de monitoramento e avaliação do PMSB


Revisões do PMSB Ano
Elaboração do PMSB 2011
Avaliação do PMSB
2012
(continuação)
2013
2014
Revisão 1 2015
2016
2017
2018
Revisão 2 2019
2020
2021
2022
Revisão 3 2023
2024
2025
2026
Revisão 4 2027
2028
2029
2030
Revisão 5 2031

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7 PRODUTOS ESPERADOS

Produtos esperados em função da execução de cada etapa do PMSB.

ETAPA PRODUTO ESPERADO


Decreto (ato público do poder executivo)
Etapa 1 – Identificação
nomeando o conselho gestor e o comitê
dos agentes envolvidos
executivo. E Plano de mobilização social.
Etapa 2 – Definição das Bacias Hidrográficas; áreas censitárias e
unidades de administrativas identificadas - Relatório de
planejamento diagnóstico técnico-participativo.
Dados físicos, biológicos e sócio-econômicos do
Etapa 3 – Aquisição de
município obtidos - sistema de informações
informações básicas
para auxílio à tomada de decisão.
Etapa 4 – Diagnósticos
setoriais (abastecimento
de água; esgotamento
Relatório da prospectiva e planejamento
sanitário; limpeza urbana
estratégico e sistema de informações para
e manejo dos resíduos
auxílio à tomada de decisão.
sólidos; drenagem e
manejo de águas
pluviais).
Intervenções a curto, média e longo prazo,
Etapa 5 – hierarquização das demandas em função das
Caracterização das carências detectadas e dos cenários de evolução,
situações atual e futura definidos - Relatório dos programas, projetos e
ações para alcance do cenário de referência.
Metas e prazos; linhas de orientação estratégica;
Etapa 6 – Planejamento
indicadores de evolução e programas de
das ações
monitoramento, definidos - Plano de execução.
Etapa 7 – Aprovação do
Minuta do projeto e Lei do Plano Municipal de
Plano Municipal de
Saneamento Básico.
Saneamento
Etapa 8 – Implantação
Relatório sobre os indicadores de
do Plano Municipal de
desempenho do PMSB.
Saneamento
Etapa 9 – Avaliação do Relatório mensal simplificado do andamento
Plano Municipal de das atividades desenvolvidas e relatório final
Saneamento do PMSB.
8 ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO DAS ETAPAS E PRODUTOS DO PMSB

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Decreto (ato público do


PA poder executivo) nomeando
Formação do Grupo RT o conselho gestor e o
de trabalho comitê executivo.
ICI
PA Relatório de diagnóstico
Diagnóstico Técnico-
participativo ÇÃ técnico-participativo
O
Relatório da prospectiva e
Prospectiva e planejamento
PO planejamento estratégico e
estratégico PU sistema de informações
para auxílio à tomada de
LA decisão
R
Projetos, programas e ações Relatório dos programas,
REVISÃO para alcance do cenário de projetos e ações para
DO PMSB referência alcance do cenário de
referência.

Plano de execução Plano de execução

Minuta do projeto e Lei do


Aprovação doPMSB Plano Municipal de
Saneamento.

Relatório sobre os
Implantação doPMSB indicadores de desempenho
do PMSB

Relatório mensal
Avaliação do PMSB simplificado do andamento
das atividades
desenvolvidas e relatório
9 ESTRATÉGIAS PARA O PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL

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A participação social é condição indispensável para concretizar o PMSB.


Nela estão inseridas as necessidades da população; a leitura concreta da
realidade que se quer mudar; a canalização positiva dos conflitos de
interesses, com predomínio dos interesses da maioria; as forças favoráveis às
mudanças pretendidas e a motivação da comunidade em acompanhar,
fiscalizar e exigir sua concretização.
A Participação não se restringirá a receber as informações e conhecer
as propostas. O processo de participação social deverá garantir aos cidadãos o
direito de propor e opinar diretamente sobre os temas em discussão, e de se
manifestar nos processos de decisão.
As diretrizes básicas a serem consideradas para elaboração do Plano de
Mobilização Social são:
✔ Refletir as necessidades e anseios da população;
✔ Apresentar caráter democrático e participativo, considerando sua
função social;
✔ Envolver a sociedade durante todo o processo de elaboração do
PMSB;
✔ Sensibilizar a sociedade para a responsabilidade coletiva na
preservação e conservação dos recursos naturais;
✔ Estimular os segmentos sociais a participarem do processo de
gestão ambiental; e
✔ Estimular a criação de novos grupos representativos da sociedade
não organizada.
Dessa forma, o PMSB de Itacaré, BA, contemplará o planejamento
detalhado, incluindo a apresentação de cronograma, das principais atividades
para a mobilização social, tais como: identificação de atores sociais envolvidos
no processo de elaboração do PMSB; identificação e discussão preliminar da
realidade atual do município, no âmbito do saneamento básico; conferências,

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seminários, consultas públicas e encontros técnicos participativos, divulgação


da elaboração do PMS a todas as comunidades (rural e urbana), bem como a
maneira que será realizada tal divulgação, como faixas, convites, folder,
cartazes e/ou meios de comunicação local; metodologia das plenárias,
utilizando instrumentos didáticos com linguagem apropriada, abordando os
conteúdos sobre os serviços de saneamento básico; maneira que serão
divulgadas e disponibilizadas as informações e estudos pertinentes à
elaboração e implantação do PMSB a todos os interessados; e disponibilização
de infra-estrutura para a realização dos eventos.

Os dados coletados serão registrados de forma escrita e na forma


digital. As memórias dos eventos realizados serão organizadas, catalogadas,
sumariadas e irão subsidiar todo o processo de mobilização em todas as
etapas.

A participação também poderá se dá através das conferências e


conselhos municipais, particularmente os vinculados ao processo das
conferências nacionais das cidades e de saúde ambiental. E através das
Conferências Nacionais das Cidades, espaços privilegiados para a discussão
dos problemas urbanos e das estratégias a serem adotadas para resolvê-los.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BERNARDES, R. S.; SCÁRDUA, M. P.; CAMPANHA, N. A. Guia para


elaboração de Planos Municipais de Saneamento. Brasília: Ministério das
Cidades - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, 2006.

FITACARÉSA. Termo de referência para elaboração de Planos Municipais


de Saneamento Básico e procedimentos relativos ao convênio de
cooperação técnica e financeira da Fundação Nacional de Saúde. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009.

IBGE. Cidades (2010). Disponível: http://www.ibge.gov.br.

IBGE. Perfil dos municípios brasileiros (2010). Disponível:


http://www.ibge.gov.br.

Lei nº 11.445. Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento


básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Brasília, 2007.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Cartilha para elaboração do Plano Municipal


de Saneamento Básico Participativo. Brasília: Ministério das Cidades -
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, 2006.

PASSOS, H. D. B. Indicadores de Sustentabilidade: uma discussão teórico-


metodológica aplicada a sistemas agro florestais no Sul da Bahia. Ilhéus:
UESC PRODEMA (dissertação mestrado), 2008.

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ANEXOS – PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS

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