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Diagnóstico Socioeconômico

AL – Região Metropolitana de Maceió

Desenvolvimento Econômico Territorial – DET


Vale do Mundaú e Vale do Paraíba

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Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

FICHA TÉCNICA

@2015. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Alagoas – SEBRAE /AL


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violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98)

INFORMAÇÕES E CONTATOS
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SEBRAE /AL
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Presidente do Conselho Deliberativo Estadual


Kennedy Davidson Pinaud Calheiros

Diretor Superintendente
Marcos Antônio da Rocha Vieira

Diretor Técnico
Ronaldo de Moraes e Silva

Diretor Administrativo e Financeiro


José Roberval Cabral da Silva Gomes

Gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial


Fátima Aguiar

Analistas da Unidade de Desenvolvimento Territorial


Ana Madalena Sandes
Carl Broad
Pauline Reis

Equipe
Projete Consultoria – Jarpa Aramis Ventura de Andrade

Versão 2015

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AL – Região Metropolitana de Maceió

Sumário

1. Introdução............................................................................................................................. 5
2. História e Formação Econômica da Região ........................................................................... 6
3. Estrutura da Economia .......................................................................................................... 8
3.1 Delimitação Geográfica ................................................................................................ 8
3.2 População e Emprego.................................................................................................. 12
3.3 Composição do PIB e sua Evolução Histórica e Recente- nos últimos 30 anos, e nos
últimos 5 anos ......................................................................................................................... 17
3.4 Estrutura produtiva- número de estabelecimentos, por porte ................................... 22
3.5 Principais empresas em operação na região ............................................................. 26
3.6 Investimentos recentes que o território recebeu ...................................................... 26
3.7 Exportações e Importações- Principais Produtos e Evolução .................................... 27
3.8 Aspectos de infraestrutura do território – especialmente energia, telecomunicações
e logística/transportes........................................................................................................... 27
3.9 Indicadores utilizados como referência – acompanhamento da trajetória
econômica, com comparação a parâmetros nacionais e estaduais ..................................... 33
4. Relevância e organização de setores empresariais prioritários ....................................... 34
4.1 Principais entidades de apoio a setores empresariais prioritários .......................... 34
4.2 Três setores (mínimo) empresariais prioritários, principais empresas e sua
relevância econômica ............................................................................................................ 35
4.3 Identificação de lideranças setoriais ........................................................................ 36
5. Resultado da implementação da Lei Geral e dinamismo do mercado de trabalho ............ 37
5. 1 Número de Empreendedores Individuais na Região ......................................................... 37
5.2 Histórico da Implementação da Lei Geral ......................................................................... 38
5.3 Pontuação do Município no Diagnóstico SEBRAE da Lei Geral .......................................... 38
5.4 Existência de instância executiva para execução da Lei Geral no município .................. 39
5.5 Funcionamento efetivo da Sala do Empreendedor (se houver) ........................................ 39
5.6 Beneficiários de Programas Sociais do Governo Federal................................................. 40
5.7 Escolaridade Média das Pessoas Ocupadas ..................................................................... 42
6. Articulação público-privada ............................................................................................... 44
6.1 Histórico de Articulação e Programas de Desenvolvimento ...................................... 44
6.2 Verificação de existência de uma rede de cooperação ou governança bem sucedida,
em qualquer área .................................................................................................................... 46
7. Atuação dos Agentes de Desenvolvimento no Território.................................................... 46

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7.1 Nível de qualificação dos Agentes de Desenvolvimento (quantos completaram curso


básico e avançado) ................................................................................................................. 46
7.2 Engajamento do Agente na Rede Nacional (Portal do Desenvolvimento), ou em rede
estadual de Agentes ............................................................................................................... 46
7.3 Agentes com Plano de Trabalho e cronograma completo e referenciado ........................ 47
7.4 Acesso dos Agentes aos Gestores Municipais (Prefeito) e visibilidade de suas atividades
................................................................................................................................................. 47
8. Uso do Poder de Compra do Setor Público e Finanças Públicas ......................................... 47
8.1 Arrecadação e Orçamento Público no Território (Transferências, Receitas Próprias)
48
9. Uso do Poder de Compra do Setor Privado- nível de subcontratação e encadeamento
produtivo a partir de empresas âncoras e principais setores no território .............................. 50
9.1 Principais Investimentos Privados na Região e Empresas com Potencial de
Encadeamento Produtivo (contratação de outras empresas locais) ..................................... 50

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1. Introdução

O Desenvolvimento Econômico Territorial – DET, tem como objetivo dinamizar a economia


do território AL - Região Metropolitana de Maceió por meio do atendimento aos pequenos negócios
visando contribuir com o desenvolvimento econômico e transformação da realidade local dos
municípios que compõem o território.
Para este diagnóstico, e tendo como recorte a Região Metropolitana de Maceió, serão
analisados os seguintes municípios:
1. Barra de Santo Antônio
2. Coqueiro Seco
3. Messias
4. Pilar
5. Rio Largo
6. Santa Luzia do Norte
7. Paripueira
8. Satuba

Os municípios supracitados foram analisados em um único contexto socioeconômico


organizado agora como território. Desta feita, o território foi estudado de acordo com os seguintes
itens:
1. História e Formação Econômica da Região;
2. Estrutura da Economia do Território;
3. Relevância e organização de setores empresariais prioritários;
4. Resultado da implementação da Lei Geral e dinamismo do mercado de trabalho;
5. Articulação público-privada;
6. Atuação dos Agentes de Desenvolvimento no Território;
7. Uso do Poder de Compra do Setor Público e Finanças Públicas;
8. Uso do Poder de Compra do Setor Privado- nível de subcontratação e encadeamento
produtivo a partir de empresas âncoras e principais setores no território;

Após a reflexão sobre a situação socioeconômica territorial, espera-se que o projeto possa
cumprir o seu objetivo e ajudar a dinamizar as relações econômicas na região estudada,
melhorando a qualidade de vida da população destes lugares.

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2. História e Formação Econômica da Região

O território estudado é constituído por 8 municípios. Nesse contexto, a história e formação sociocultural de cada um desses municípios ficam
extremamente prejudicadas se analisadas sob uma mesma ótica, pois as formações são únicas e peculiares. Contudo, é interessante pontuar cronologicamente
a construção do território da Região Metropolitana de Maceió, como mostra a tabela a seguir:
Município 1. Barra de Santo Antônio 2. Coqueiro Seco 3. Messias

Deve sua colonização aos holandeses.


Construção da igreja revestida de
Constituído por poucas casas de taipa
1700 - 1800 azulejo português e um grande
construídas à margem do rio Santo Antônio
pátio.
Grande.

Algumas casas que eram da família Calheiros deram início


1851 - 1900
ao povoado "Curralinho".
Evolução
Temporal

Curralinho ficava num ponto estratégico da estrada que


O distrito de Barra de Santo Antônio Grande
servia a Joaquim Gomes, Murici e Flexeiras com destino a
1901 - 1950 passou a denominar-se simplesmente Barra
Maceió e Rio Largo, devido à linha férrea que cruzava o
de Santo Antônio.
povoado, possibilitou a instalação da Usina Bititinga.

Conquista da emancipação política desmembrado de


1950 - Atual Cidade conseguiu a emancipação. Elevado à categoria de município.
Flexeiras.
Município 5. Rio Largo 6. Santa Luzia do Norte 7. Paripueira 8. Satuba

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Formou-se a partir de uma


Uma das mais antigas povoações colônia de pescadores e
1700 - 1800
do estado de Alagoas. cresceu por causa da
proximidade com Maceió.

1801 - 1850 A vila de Rio Largo foi criada por decreto.

A estrada de ferro promoveu


desenvolvimento às margens da ferrovia,
onde foram instaladas indústrias têxteis Em 1893 foi construída uma
pertencentes à Companhia Alagoana de Chegou a ser sede do atual capela. Dois sítios e dois
1851 - 1900
Fiação e Tecidos. município de Rio Largo. engenhos garantiam o
Evolução O surgimento da Usina Leão tornou-se, à desenvolvimento do povoado.
Temporal época, uma das maiores do setor em toda a
América Latina.

A expansão turística fez o Crescimento populacional só


povoado, que pertencia à começou mesmo com a
O desenvolvimento do polo industrial
1901 - 1950 Barra de Santo Antônio, chegada da linha férrea, surto
acarretou elevação à categoria de cidade.
crescer e ganhar de estradas de rodagem que
importância. ligavam a capital ao interior.

Alcançou sua autonomia Alcançou sua autonomia Estabelece a sua autonomia


1950 - Atual
administrativa. administrativa. política e administrativa.

Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento e da Gestão Pública – Seplag

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3. Estrutura da Economia
3.1 Delimitação Geográfica

A figura a seguir mostra a delimitação geográfica do DET da Região Metropolitana de


Maceió, onde é possível ver de maneira destacada os municípios que compõem o território
estudado.
As oito cidades estão em volta da capital alagoana, sendo que cinco delas se delimitam
com Maceió, são elas: Rio Largo, Messias, Santa Luzia do Norte, Paripueira, e Satuba. As demais
se balizam com outros municípios alagoanos e são interligados social e economicamente, o que
facilita a oferta de alguns serviços públicos por meio de um planejamento público em conjunto,
ainda que desordenado. É possível perceber ao longo do estudo a caracterização de suas funções
urbanas, ora diversificadas ora especializadas, que lhes conferem o status de região
metropolitana.

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Figura: DET Região Metropolitana


Fonte: Sebrae/AL

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Abaixo seguem os municípios que fazem parte deste território, com as seguintes
dimensões e características de Situação Geográfica:

Barra de Santo Antônio


Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco.
09° 24' 17" 35° 30' 26" 23 36 10
Estação chuvosa no
outono/inverno

Coqueiro Seco
Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco.
09° 38' 18" 35° 48' 11" 16 28 31
Estação chuvosa no
outono/inverno

Messias
Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco. Estação
09° 23' 00" 35° 50' 30" 22 34 148
chuvosa no
outono/inverno

Pilar
Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco. Estação
09° 35' 50" 35° 57' 24" 22 37 13
chuvosa no
outono/inverno

Rio Largo
Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco. Estação
09° 28' 42" 35° 51' 12" 17 33 39
chuvosa no
outono/inverno

Santa Luzia do Norte


Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima

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Tropical chuvoso com


verão seco. Estação
09° 36' 12" 35° 49' 21" 18 32 32
chuvosa no
outono/inverno

Paripueira
Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco. Estação
09° 27' 54" 35° 33' 06" 23 36 5
chuvosa no
outono/inverno

Satuba
Coord. Geográficas Temperatura (ºC)
Clima Altitude (m)
Latitude(S) Longitude(W) Mínima Máxima
Tropical chuvoso com
verão seco. Estação
09° 33' 48" 35° 49' 28" 17 39 6
chuvosa no
outono/inverno
Fonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH

Apesar de estarem dentro de uma mesma lógica de divisão territorial, os municípios


apresentam algumas características próprias em relação à temperatura e altura que influenciam
na sua composição ambiental.
O município da Barra de Santo Antônio está à margem do oceano Atlântico e oferece
praias como Tabuba, com seus arrecifes, e Ilha da Croa, com seus coqueirais e ainda em fase de
exploração imobiliária. O município faz possui uma Unidade de Conservação Ambiental, seu bioma
apresenta ecossistemas Costeiros e Floresta Atlântica, a Área de Proteção Ambiental (APA)
Costa dos Corais.
Paripueira possui a praia de Sonho Verde e um refúgio de peixes-boi, espécie em extinção,
o que provocou a criação de uma unidade de conservação municipal em 1993, o Parque
Municipal Marinho de Preservação do Peixe-Boi.
Em Satuba existe a APA do Catolé, que contempla também Maceió. Conjuntamente
agregam uma área de 5.415 hectares. Nesta, possui a sede do Batalhão de Polícia Ambiental, o
que inibi atividades nocivas ao meio ambiente.
Messias faz parte dos municípios que contemplam a APA de Murici, com os seguintes
municípios: Murici, Branquinha, União dos Palmares, São José da Laje, Ibateguara, Joaquim
Gomes, Colônia de Leopoldina e Flexeiras. Esta é classificada como a maior área remanescente

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de Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco, oferecendo uma infinidade de espécies com
em elevado grau de extinção.
Os municípios de Rio Largo, Pilar e Maceió, desde 1998, abrigam a APA do Pratagy com
o intuito de preservar o manancial hídrico que abastece Maceió. Agrega uma área de 13.369
hectares ao longo da bacia do rio Pratagy. Ainda possui uma Estação Coletora e de Tratamento
d’Água de onde saem as adutoras para o abastecimento da Capital, porém, como sua jusante
encontra-se na periferia, entre os aglomerados subnormais de Maceió, já é possível perceber um
processo de degradação.
Apenas o município de Pilar possui uma Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN) Fazenda São Pedro, esta criada em 1995, possui uma área de 50 hectares, onde 119 ha
é o tamanho da propriedade. A RPPN explora um programa de ecoturismo que contempla visitas
técnicas e passeios turísticos. Ainda está à margem da Lagoa Manguaba. E o município de
Coqueiro Seco situa-se às margens da Lagoa Mundaú.

3.2 População e Emprego

A estimativa de população para a Região Metropolitana de Maceió mostrou que em 2014,


a região detinha 182.399 habitantes. Levando em consideração a mesma amostragem de 2010,
pode-se inferir que 51,15% dos moradores são do gênero feminino e 48,85% são do gênero
masculino. Além disso, levando em consideração a população estimada de Alagoas 3,3
milhões de habitantes, o território analisado detém 5,53%, o que seria 18% de Maceió.

Em média, cada município tem aproximadamente 23 mil habitantes, sendo a maioria


do sexo feminino. Em termos populacionais, as cidades de Rio Largo, Pilar e Messias são
as três maiores, somadas representam 70,05% de todos os habitantes do território. Cabe o
destaque para Rio Largo, que representa 42% deste universo.

Estimativa da População na Região Metropolitana de Maceió

Feminino Ano Masculino Ano Feminino Ano Masculino


Municípios Total Ano 2014
2000 2000 2010 Ano 2010
Barra de Santo Antônio 5.611 5.740 7.153 7.077 15.565
Coqueiro Seco 2.529 2.605 2.770 2.756 5.844
Messias 5.995 5.995 7.979 7.703 17.350
Pilar 15.817 15.384 17.138 16.167 35.153
Rio Largo 31.910 30.600 35.180 33.301 75.267
Santa Luzia do Norte 3.227 3.161 3.521 3.370 7.292

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Paripueira 4.103 3.946 5.757 5.590 12.687


Satuba 6.393 6.162 7.497 7.106 13.241
Total do Território 75.585 73.593 86.995 83.070 182.399
Média do Território 9.448 9.199 10.874 10.384 22.800
Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento e da Gestão Pública de Alagoas – Seplag

Estimativa Distribuição da População por Gênero em 2012

Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento e da Gestão Pública de Alagoas – Seplag

A migração de pessoas do campo para regiões mais urbanizadas é um fenômeno que


ocorre no Brasil há várias décadas. Em Alagoas, bem como em seus municípios, não é diferente,
conforme os dados da tabela a seguir sugerem e o gráfico evidencia este comportamento na
Região Metropolitana de Maceió:

População Residente Local em Anos Selecionados

Urbana Rural
Municípios
1991 2000 2010 1991 2000 2010
Barra de Santo Antônio 5.643 9.574 13.242 8.691 1.777 988
Coqueiro Seco 4.203 4.574 4.973 581 560 553
Messias 6.308 9.552 14.263 4.256 2.438 1.419
Pilar 22.248 28.166 31.801 7.006 3.035 1.504
Rio Largo 38.525 49.919 55.947 15.399 12.591 12.534
Santa Luzia do Norte 5.083 5.446 6.172 713 942 719
Paripueira 0 7.085 10.049 0 964 1.298
Satuba 5.790 9.975 12.792 3396 2.580 1.811
Total do Território 87.800 124.291 149.239 40.042 24.887 20.826
Média do Território 12.543 16.744 19.884 5.720 3.418 2.790
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae e IBGE.

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População Residente Local em Anos Selecionados

Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae e IBGE.

É possível notar que todos os municípios inverteram a localização de sua população


passando, em 2010 relacionado a 1991, a deter a maior parte dos habitantes dentro de sua zona
urbana, ao invés da rural, com uma amplitude significativa neste território, pois estão no entorno
da capital alagoana. Outros aspectos justificam essa migração: 1) melhores condições e qualidade
de vida na “cidade” em relação ao “campo”, principalmente no tocante a remuneração; 2) grande
perda de dinheiro ocasionado por períodos de alta inflação (1991), o que leva o agricultor a migrar,
pois o dinheiro que conquista não consegue transformar em produtos.
Assim, o cidadão da zona rural ou migrou ou permaneceu em atividades de subsistência.
Já em 2010, ocorre também, além da migração campo-cidade, o retorno de habitantes que
“fugiram” para outros municípios ou estados, principalmente para os das regiões sul/sudeste do
Brasil. Isso se deu porque, em anos mais recentes, a qualidade de vida e a geração de emprego
e renda cresceram em todo o território nacional, possibilitando a diversas pessoas o retorno às
origens.
Para manter esta população ocupada, são necessários empregos. Assim, o território
contou com uma geração de 24.761 postos de trabalhos efetivos no ano de 2013,
apresentando um crescimento de apenas 4% em relação ao ano anterior.

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De maneira mais evidente, mas que vale a pena ser relatado, os municípios com a maior
população geram mais postos de trabalho. Entretanto, nota-se que Rio Largo e Pilar se destacam
entre os maiores geradores de empregos. Tal fato é oriundo da presença das Usinas Utinga
Leão e Santa Clotilde1 em Rio Largo e, de uma Unidade da Petrobrás em Pilar. Associado a
estes empreendimentos, se constituem cadeias ao seu entorno, bem outras atividades
econômicas, que merecem destaque: em Rio Largo (Mafrips, Bauduco, Dias D’Ávila,
Frascalli, Marmorex); em Pilar (Unidade da Petrobras, Centro de Tratamento de Resíduos
Sólidos CTR).
Número de empregos gerados no total de empresas

Município 2010 2011 2012 2013


Barra de Santo Antônio 980 1.017 882 1.125
Coqueiro Seco 439 435 469 543
Messias 887 1.307 1.329 1.425
Pilar 3.530 3.862 3.413 3.993
Rio Largo 15.384 15.397 14.748 14.823
Santa Luzia do Norte 744 877 856 851
Paripueira 1.108 1.079 748 850
Satuba 1.144 1.279 1.278 1.151
Total do Território 24.216 25.253 23.723 24.761
Média do Território 3.027 3.157 2.965 3.095
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae

Contudo, pode-se notar uma mudança na característica do emprego na região ao


analisarmos os dados de variação da ocupação em relação aos MPE`s em cada uma das cidades.
Número de empregos gerados pelas MPE`s
Município 2010 2011 2012 2013
Barra de Santo Antônio 125 151 178 205
Coqueiro Seco 20 35 46 133
Messias 279 344 347 368
Pilar 843 848 971 879
Rio Largo 2.286 2.453 2.677 2.677
Santa Luzia do Norte 103 191 230 164
Paripueira 466 460 570 625
Satuba 345 256 257 421
Total do Território 4.467 4.738 5.276 5.472
Média do Território 558 592 660 684
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae

1 Cabe destacar que essas Usinas, mais a Usina Uruba, exercem impacto significativo na economia de
Pilar.
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AL – Região Metropolitana de Maceió

Observa-se dois pontos principais, sendo: 1) Representa 7 pontos percentuais na


contribuição total de empregos do território entre 2010 e 2013 o que; 2) gerou uma expansão de
22% no quantitativo de empregos gerados pelas MPE`s no período citado anteriormente. Tal fato
é de extrema importância, pois mostra uma mudança estrutural da dependência do emprego na
região, antes focada no setor sucroenergético (que vem enfrentando forte crise nos últimos anos)
e agora com foco em empresas menores.

Número de empregos gerados pelas MPE`s em Alagoas e no Território Analisado

160.000 6000

140.000
5000
120.000
4000
100.000

80.000 3000

60.000
2000
40.000
1000
20.000

- 0
2010 2011 2012 2013

Alagoas Total do Território

Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae

O gráfico acima nos permite observar o número de empregos gerados pelas MPE`s na
Região Metropolitana de Maceió.A geração de empregos foi maior entre as Micros e
Pequenas empresas, em termos relativos, nessa Região do que a média alagoana. A tabela
a seguir mostra de maneira mais clara esta afirmação:

Pessoas com Vínculos Empregatícios em Ocupações Formais por Atividades Econômicas


em 2013
Município Agropecuária Comércio Construção Indústria Serviços Total
Barra de Santo
257 88 16 57 723 1.125
Antônio
Coqueiro Seco 5 8 97 0 433 543
Messias 45 158 32 16 1.174 1.425
Pilar 273 389 57 468 2.806 3.993
Rio Largo 305 1.504 242 8.758 4.014 14.823
Santa Luzia do Norte 5 310 48 42 446 580
Paripueira 13 146 209 15 467 850

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AL – Região Metropolitana de Maceió

Satuba 9 161 123 189 669 1.151


Total do Território 912 2.764 824 9.545 10.732 4.490
Média do Território 114 346 103 1.193 1.342 3.061
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/ Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
– MDS

Como se trata de municípios que estão ao redor de Maceió, o setor agropecuário emprega
um contingente muito reduzido, contudo, o setor Industrial e de Serviços2 associados também a
Usinas do território causam impacto na região Metropolitana, bem como, por meio da Unidade da
Petrobrás. O reflexo da crise do setor Sucroenergético promove o fechamento de postos de
trabalhos, o que acaba, de certa maneira, impulsionando e consequentemente transferido vagas
e trabalhadores para outros segmentos produtivos.
Distribuição do Emprego Gerado por Atividade Econômica em 2013

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/ Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
– MDS

3.3 Composição do PIB e sua Evolução Histórica e Recente- nos últimos 30


anos, e nos últimos 5 anos

É importante destacar que os valores abaixo se encontram em valores nominais e não


reais (sem a correção da inflação e/ou do deflator implícito do PIB). Por isso dos valores de
variação aparentar um crescimento muito grande. Porém, a elevação do Produto Interno Bruto do
território é positivo e substancial para o período, apresentando um aumento real ao longo dos
últimos anos, conforme dados da tabela a seguir:

2 Cabe ressaltar, que os serviços contemplam o setor púbico.


17
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Produto Interno Bruto a preços correntes (Mil Reais)


2009 2010 2011 2012
Barra de Santo Antônio 53.312 61.297 67.467 65.373
Coqueiro Seco 19.780 22.406 24.972 26.427
Messias 62.181 68.352 80.711 76.922
Pilar 174.180 204.367 219.093 314.974
Rio Largo 364.414 437.912 527.407 603.644
Santa Luzia do Norte 53.498 62.217 77.575 46.632
Paripueira 44.012 55.766 62.664 59.400
Satuba 56.132 62.409 86.875 71.534
Total do Território 827.509 974.726 1.146.764 1.264.906
Média do Território 103.439 121.841 143.346 158.113
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae

A região apresentou uma produção do montante monetário aproximado de 1,26


bilhões para o ano de 2012. Tal valor corresponde a 4,3% do total produzido no Estado de
Alagoas para o mesmo período. Cabe o destaque para os municípios apresentados na tabela
acima, devem-se observar alguns detalhes:

1) Rio Largo é o mais forte economicamente no território, respondendo por mais de 47% da
produção total da região, seguido de Pilar e Messias;

2) os municípios de Santa Luzia do Norte e Satuba, apresentaram retração ou estagnação


econômica nos dois últimos anos. Fato que constata, mais uma vez, as suas principais atividades
produtivas: açúcar e álcool e;

3) das 8 partes que compõem o território, apenas 6 apresentam um PIB maior do que a média do
mesmo. Tal fato reafirma a concentração de atividades em poucas cidades, o que reduz uma
possível melhoria da qualidade de vida dos demais municípios, pois seus cidadãos têm menos
acesso a dinheiro e bens e serviços derivados deste, bem como, aproveitam da proximidade
geográfica com Maceió, onde existe maior diversificação de bens e serviços, para efetuarem seus
gastos.
A tabela a seguir mostra os valores discriminados das atividades que compõem o valor
agregado de cada município para o ano de 2012.

18
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Valor adicionado por Setor em 2012 (R$)

Municípios Agropecuária Comércio e Serviços Indústria Setor Público


Barra de Santo Antônio 6.756 15.793 5.478 35.512
Coqueiro Seco 2.155 5.615 2.560 15.557
Messias 13.160 19.222 6.743 34.940
Pilar 16.184 48.728 149.990 87.646
Rio Largo 29.369 186.187 171.104 148.343
Santa Luzia do Norte 3.842 16.799 5.394 16.939
Paripueira 3.796 18.239 9.477 25.737
Satuba 3.184 15.381 16.962 33.671
Total do Território 78.446 325.964 367.708 398.345
Média do Território 9.806 40.746 45.964 49.793
Fonte: IBGE

A maioria das cidades alagoanas são muito dependentes da prefeitura, estado ou


União, devido a sua baixa capacidade econômica de gerar emprego e renda. Como é
possível verificar, tem-se que 34,03% do Produto do território provem do setor público. Em
média, cada município tem essa participação na ordem de 44,11%. No município de
Coqueiro Seco a dependência alcança 60,10%.
A maior representatividade quanto ao setor Industrial é Pilar com 49,58%, seguido de Rio
Largo com 31,98%. Já no setor de Comércio e Serviços, Santa Luzia do Norte (39,09%), Rio Largo
(34,80%) e Paripueira (31,86%). Na agropecuária, cabe indicar que apenas Messias apresentou
relevância quanto a esse setor, com 17,77%.
Analisando a produção própria, verifica-se que o setor Público é o mais importante,
seguido da Indústria e do Comércio e Serviços. Por fim o meio agrícola, conforme gráfico a seguir:

19
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Valor adicionado no território por Setor em 2012 (%)

Fonte: IBGE

Alguns municípios apresentam particularidades e características próprias, o que diferencia


um pouco sua estrutura produtiva, sendo que: 1) determinadas cidades possuem enraizados a
atividade agropecuária, principalmente a agricultura de subsistência (Messias, Santa Luzia do
Norte, Coqueiro Seco, Satuba). Isto é estimulado com a participação dos produtos em arranjos
produtivos locais e território da cidadania e; 2) Outros municípios tem grandes produções
latifundiárias. Estes dois fatores explicam o motivo da produção “rural” ainda ser maior do que a
industrial em Messias e Coqueiro Seco.
No contexto envolvendo a produção econômica, se faz conveniente especificar a estrutura
produtiva de cada município, dado que a soma deste todo irá compor o território analisado, sendo
assim:
Barra de Santo Antônio

A base econômica é composta pela pesca artesanal, produção de coco e de cana-de-


açúcar, além dos serviços relacionados ao turismo crescente na região.

Coqueiro Seco

A principal cultura agrícola é a cultura da cana-de-açúcar, porém plantações de coco,


feijão, banana e mandioca complementam a atividade. A pesca também é importante. O comércio
é restrito e a indústria inexiste no município.

20
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Messias

Além da produção canavieira, há as lavouras tradicionais de mandioca, feijão, milho,


banana, laranja e manga, bem como a pecuária. No entanto, a economia é pouco dinâmica.

Pilar

A exploração de gás e petróleo é uma atividade importante no município, contudo outras


culturas também são exploradas, tais como: cana-de-açúcar, coco, feijão, milho e mandioca. A
pesca é outra atividade relevante e o comércio atende à demanda local.

Rio Largo

A cultura da cana-de-açúcar é predominante, o distrito industrial é pouco expressivo, mas


o setor de Serviços está em franca expansão e o município é economicamente ligado a Maceió.

Santa Luzia do Norte

A presença de indústria é pequena, o comércio é restrito e o setor de serviços atende às


necessidades locais. A cultura da cana-de-açúcar é a principal atividade agrícola, acompanhada
de pequenas produções de mandioca, coco e banana.

Paripueira

O turismo é uma atividade econômica importante, bem como a pesca. A atividade agrícola
é baseada na cana-de-açúcar, coco, milho, feijão e mandioca. O comércio e o setor de Serviços
atendem à demanda local.

Satuba

O comércio é limitado e as atividades de base agrícola estão centradas na produção


canavieira. Outras culturas pouco significativas também são realizadas, como a produção de coco,
milho e mandioca.

21
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

3.4 Estrutura produtiva- número de estabelecimentos, por porte

Antes de caracterizarmos de forma correta o porte dos estabelecimentos, se faz necessário conhecer melhor a subdivisão produtiva de cada setor. A
tabela a seguir mostra essa divisão, por municípios:

Quantitativos de Empreendimentos Classificados em Sub-Setores do IBGE por Municípios - 2013


Sub-setores Barra de Santo Antônio Coqueiro Seco Messias Pilar Rio Largo Santa Luzia do Norte Paripueira Satuba Total
01-Extrativa Mineral 0 0 0 1 4 3 0 1 9
02-Prod. Mineral não Metálico 0 0 1 0 1 8 0 0 10
03-Indústria Metalúrgica 0 0 0 1 5 3 2 0 11
04-Indústria Mecânica 0 0 1 0 0 4 0 1 6
05-Elétrico e Comunic 0 0 0 0 0 3 1 0 4
06-Material de Transporte 1 0 0 0 0 2 0 0 3
07-Madeira e Mobiliário 0 0 0 0 5 4 0 0 9
08-Papel e Gráf 0 0 0 0 1 2 1 1 5
09-Borracha, Fumo, Couros 0 0 1 0 2 5 0 0 8
10-Indústria Química 0 0 0 1 1 1 1 1 5
11-Indústria Têxtil 0 0 0 0 1 3 0 0 4
12-Indústria Calçados 0 0 0 0 0 1 0 0 1
13-Alimentos e Bebidas 0 0 1 1 6 22 5 6 41
14-Serviço Utilidade Pública 3 0 1 1 2 4 1 0 12
15-Construção Civil 2 2 8 16 18 38 5 13 102
16-Comércio Varejista 23 7 43 44 139 278 16 49 599
17-Comércio Atacadista 2 0 1 7 0 13 5 5 33
18-Instituição Financeira 0 1 1 0 4 3 0 0 9
19-Adm Técnica Profissional 19 3 5 19 18 42 4 3 113

22
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

20-Transporte e Comunicações 3 2 27 5 26 63 7 12 145


21-Aloj Comunic 8 2 4 22 29 51 3 9 128
22-Médicos Odontológicos Vet 1 0 0 0 4 5 0 0 10
23-Ensino 1 0 1 3 6 11 0 2 24
24-Administração Pública 1 1 1 2 2 2 2 1 12
25-Agricultura 11 4 4 5 34 14 3 2 77
Total 75 22 100 128 308 585 56 106 1.380
Fonte: MTE - RAIS
Dado a tabela acima e, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a atividade que concentra maior parte dos empreendimentos é o
comércio, com 43,41% do quantitativo de empresas. Segue a ele transporte/comunicações e alojamento. O alojamento serve de apoio para os agentes
econômicos que transitam entre as cidades, podemos conceituar isso como turismo de negócios.

Os municípios que maior representatividade quanto ao número de empreendimentos foram Rio Largo (42%) e Pilar (22%). Cabe salientar que entre todos
os empreendimentos voltadas para o comércio varejista, 46% estão concentrados em Rio Largo e 23% em Pilar.

O porte de um empreendimento pode ser caracterizado pelo seu faturamento ou pela quantidade de funcionários que tenha. Como a distinção por
faturamento é mais delicada (ausência de dados confiáveis), será utilizada a lógica de quantitativo de empregados neste trabalho. A estrutura produtiva do
território está caracterizada da seguinte forma, conforme apresentada na tabela a seguir:

Porte Quantitativo de funcionários


Microempresa Até 19 funcionários
Pequena empresa Entre 20 e 99 funcionários
Média empresa Entre 100 e 499 funcionários
Grande empresa Acima de 1000 funcionários

23
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Estrutura produtiva por porte de funcionários em 2013. Divisão por subsetores do IBGE.
Setores 0 De 1 a 4 De 5 a 9 De 10 a 19 De 20 a 49 De 50 a 99 De 100 a 249 De 250 a 499 De 500 a 999 1000 ou Mais Total
01-Extrativa Mineral 1 1 2 1 1 2 0 1 0 0 9
02-Prod. Mineral não Metálico 1 3 1 3 2 0 0 0 0 0 10
03-Indústria Metalúrgica 0 7 2 2 0 0 0 0 0 0 11
04-Indústria Mecânica 1 2 2 1 0 0 0 0 0 0 6
05-Elétrico e Comunic 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
06-Material de Transporte 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 3
07-Madeira e Mobiliário 0 6 2 1 0 0 0 0 0 0 9
08-Papel e Gráf 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 5
09-Borracha, Fumo, Couros 1 3 4 0 0 0 0 0 0 0 8
10-Indústria Química 0 4 0 0 1 0 0 0 0 0 5
11-Indústria Têxtil 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 4
12-Indústria Calçados 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
13-Alimentos e Bebidas 3 23 3 4 2 3 1 0 0 2 41
14-Serviço Utilidade Pública 0 6 2 1 2 1 0 0 0 0 12
15-Construção Civil 18 41 25 10 4 3 1 0 0 0 102
16-Comércio Varejista 75 406 73 33 9 2 0 1 0 0 599
17-Comércio Atacadista 3 21 6 1 0 1 0 1 0 0 33
18-Instituição Financeira 0 3 3 3 0 0 0 0 0 0 9
19-Adm Técnica Profissional 16 65 17 10 4 1 0 0 0 0 113
20-Transporte e Comunicações 18 84 20 11 7 3 2 0 0 0 145
21-Aloj Comunic 11 68 23 14 10 1 0 1 0 0 128

24
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

22-Médicos Odontológicos Vet 1 8 0 0 0 1 0 0 0 0 10


23-Ensino 3 7 5 3 6 0 0 0 0 0 24
24-Administração Pública 0 1 1 1 0 1 1 2 3 2 12
25-Agricultura 3 48 13 7 3 0 3 0 0 0 77
Total 159 815 207 107 52 19 8 6 3 4 1.380
Fonte: RAIS - MTE

O subsetor mais reforçado em termos de estabelecimentos é o do Comércio Varejista, que conta com 599 empresas divididas nos mais variados portes.
Segue a ele o segmento de Transporte e Comunicação. No total, em 2013, o território detinha 1.380 empresas, sendo que apenas 40 possuíam mais de 50
funcionários no seu quadro de pessoal.
Tal fato denota a importância das Micro e Pequenas empresas na região, as quais representam mais de 97,1% do total de empreendimentos estabelecidos
dentro do território. Contexto este fundamental para alterar a dinâmica econômica, reduzindo a dependência histórica do setor de açúcar e álcool.

25
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

3.5 Principais empresas em operação na região

As principais empresas do território estão relacionadas à cana de açúcar, bem como seus
encadeamentos produtivos. O território ainda é detentor de uma unidade da Petrobrás. Cabe
salientar que em 2010 ocorreu uma enchente de proporções catastróficas, que atingiu a Usina
Uruba, localizada em Atalaia, o que fez, nos últimos anos, a empresa deixa de operar. Tal fato
atingiu diretamente o comércio do território devido à proximidade com Pilar, Santa Luzia do Norte,
Satuba, Coqueiro Seco e Messias. Apenas o município de Rio Largo possui bancos públicos
federais e da rede privada, nos demais verifica-se pontos de autoatendimento e lotéricas.

Principais empresas em Operação


Empresas
Barra de Santo
Supermercados e restaurantes.
Antônio
Coqueiro Seco Supermercados.
Messias Rodoal,JB veículos e Vieira Pneus.
Unidade da Petrobras; Dias D’Ávila; Centro de tratamento de resíduos
Pilar sólidos; três supermercados de médio porte; cinco lojas de móveis de
médio porte.
Usina Utinga Leão e Santa Clotilde; Bauduco; Frascalli; Mafrips;
Marmorex; Clodax; Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal; Banco
Rio Largo
do Nordeste; Lojas Americanas, três supermercados de médio porte;
um centro empresarial.
Santa Luzia do Norte Timac Agro Indústria e Comércio de Fertilizantes Ltda.
Paripueira Pousadas; bares e restaurantes.
Satuba Mafrial; Aguas de Lindoia; supermercados de médio porte.
Fonte: Elaboração própria. Pesquisa in loco.

Hoje em dia, as empresas de micro e pequeno portes ampliaram sua participação na


economia, pulverizando a importância de cada uma, aumentando concorrência, qualidade e
competitividade dos produtos, melhorando assim o benefício social para a população.

3.6 Investimentos recentes que o território recebeu

O território vem recebendo empresas nos distritos industriais de Rio Largo, Messias e
Pilar. Cabe o destaque para Rio Largo onde recentemente instalou-se a Bauduco, e há a

26
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

expectativa de receber o Centro de Distribuição das Carajás. Em Messias recebeu Rodoal, JB


veículos e Vieira Pneus e tem a expectativa de se instalar Volare, Copracoco e outras.

No âmbito empresarial, e de acordo com dados do Banco do Nordeste, foram feitos


investimentos nas micro e pequenas empresas por meio de suas agências descentralizadas da
capital. Outrossim, foi concedido empréstimos para os produtores rurais atualizarem seus
maquinários e sua produção.

3.7 Exportações e Importações- Principais Produtos e Evolução

Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil a pauta


exportadora alagoana, majoritariamente está concentrada no setor Sucroenergético,
representando mais de 92%. Além da importância deste setor para a Região Metropolitana, por
meio de Rio Largo verifica-se a presença de combustíveis e lubrificantes para embarcações e
aeronaves e, em Santa Luzia do Norte, adubos (fertilizantes).

3.8 Aspectos de infraestrutura do território – especialmente energia,


telecomunicações e logística/transportes

Os aspectos relacionados a infraestrutura da Região Metropolitana são fatores


necessários para seu desenvolvimento social e econômico. Fatores como acesso a água,
saneamento, energia, transporte, bancos, meios de hospedagem são fundamentais para
maximizar a qualidade de vida de uma população.
Em relação à distribuição de água e o saneamento básico, o território estudado apresenta
as seguintes características:

Serviços de Água e Esgoto


2013
Especificação
Água Esgoto
Extensão da Rede (km) 503,15 10,07
População Total Atendida 120.880 4.000
Quantidade de Economias Ativas 35.856 -
Quantidade de Ligações Ativas 35.215 550
Volume Coletado (1000 m³) - 168,00
Volume Consumido (1000 m³) 4.879,56 -

27
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Volume Faturado (1000 m³) 5.148,50 -


Volume Produzido (1000 m³) 8.651,01 -
Volume Tratado (1000 m³) 4.387,21 -
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS

A extensão da rede de água se dá por 503,15km, atendendo um pouco mais da metade


de sua população, ou seja, apenas 66,27% de pessoas. Com um total de 35.215 ligações ativas
de distribuição de água, com uma produção de mais de 8 milhões de metros cúbicos de água,
tendo sido faturado 60% deste mesmo valor.
Apenas o município de Messias possui rede de tratamento de esgoto, e que atende
apenas 23% de sua população, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento – SNIS. Essa informação revela um quadro preocupante, pois em relação a todo o
território, apenas 2% da população dos municípios estão saneados, o que pode impactar na
qualidade e expectativa de vida de sua população, bem como reduzir o interesse de
empreendedores na região.
Em Messias existem apenas 550 ligações ativas de esgoto, as quais coletam 168 m³ de
resíduos e nada é tratado. Como os demais municípios estão desassistidos, revela um quadro de
vulnerabilidade social para todo o território quanto ao controle de doenças oriundas da ausência
dessa infraestrutura.
A tabela a seguir dispõe de informações sobre a energia elétrica das cidades próximas à
capital alagoana:

Energia Elétrica: Consumo por Classe em 2014 (Mwh)


Poder Iluminação Serviço Consumo
Municípios Residencial Industrial Comercial Rural Total
Público Pública Público Próprio
Barra de
Santo 6.213 153 1.080 412 337 1.261 570 0 10.026
Antônio
Coqueiro
2.115 41 660 63 103 346 181 0 3.509
Seco
Messias 4.832 21 2.084 144 419 603 638 0 8.741
Pilar 7.057 198 1.235 316 275 1.673 487 0 11.241
Rio Largo 12.922 3.528 3.387 1.894 672 2.316 1.391 12 26.122
Santa Luzia
31.839 11.885 8.632 3.264 8.935 5.148 2.466 50 72.219
do Norte
Paripueira 2.166 6 254 50 202 458 4 1 3.141
Satuba 9.333 100 2.007 2.831 983 2.171 39 2 17.466
Total 89.531 17.572 22.801 11.075 12.792 15.965 6.405 69 152.465
Fonte: Eletrobrás - Distribuidora Alagoas

28
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Energia Elétrica: Consumidores por Classe em 2014


Poder Iluminação Serviço Consumo
Municípios Residencial Industrial Comercial Rural Total
Público Pública Público Próprio
Barra de
Santo 4.175 13 192 60 43 1 11 0 4.495
Antônio
Coqueiro
1.587 5 77 14 26 1 8 0 1.718
Seco
Messias 3.858 6 277 16 43 1 8 0 4.209
Pilar 4.264 5 214 30 16 1 8 0 4.538
Rio Largo 10.334 32 436 89 83 3 23 2 11.002
Santa Luzia
22.909 68 1.214 45 138 2 25 2 24.403
do Norte
Paripueira 3.414 2 103 57 79 1 5 1 3.662
Satuba 9.880 27 451 160 113 1 11 2 10.645
Total 70.841 172 3.487 696 639 13 130 8 64.672
Fonte: Eletrobrás - Distribuidora Alagoas

O setor residencial é responsável por consumir 50,16% de toda a energia distribuída,


detendo também 93,43% do total de consumidores da região. Apesar de representar apenas
4,58% dos consumidores, o setor Comercial utiliza 12,68% da energia enviada a localidade,
confirmando sua importância econômico da quantidade de empresas, bem como do número de
empregados e da participação no PIB. O setor industrial consome 10,45% dos Mwh destinados ao
território. Os demais setores, apesar de consumirem em forma significativa também, representam
gastos do setor público como a iluminação, seja de forma direta para a população ou na
manutenção de sua estrutura básica.
Cabe salientar a importância da baixa representatividade de energia tanto do setor
Industrial como no Comercial. Revelando a necessidade de ampliar o estímulo a essas
unidades industriais e comerciais em todo o território.
Os municípios com o maior contingente populacional são também os que mais consomem
energia, sendo Rio Largo (47%) e Pilar (17%) os que mais consomem, porém, Messias (6%) que
ocupa a posição de terceiro mais populoso, fica atrás dos 11 pontos percentuais alcançados por
Satuba (quinto em termos populacionais).
Em média, o consumo residencial representa 57% na região. O destaque fica a cargo de
Santa Luzia do Norte, quase 70% de toda energia consumida está relacionada ao setor residencial
e apresenta o menor consumo no território quanto ao setor comercial, apenas 8%, enquanto em
média no território verifica-se 14%. O maior consumo no setor industrial é de Rio Largo (16%),
acompanhado de Pilar (14%). O setor comercial tem sua representatividade mais acentuada

29
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

em Messias (24%), em seguida aparece Coqueiro Seco (19%). O setor rural tem Satuba como
representante, respondendo com 16%.
O alto consumo de energia residencial é interessante, pois está implicitamente ligado à
qualidade de vida população. Quanto mais elevado o consumo, maior o uso de aparelhos como:
ar condicionado, geladeira, televisão, máquina de lavar, dentre outros. O mesmo vale para a parte
econômica, onde um maior uso de energia elétrica pode significar uma melhoria no processo
produtivo (mecanização/automação), melhores instalações para os funcionários e clientes,
computadores para uso profissional, entre outras inferências dadas pelo uso da energia elétrica.
A quantidade de veículos também é um importante indicador da infraestrutura de uma
localidade, afinal, quanto maior a quantidade de veículos, mais bem elaborada deve ser a logística.
No ano de 2014, o território contava com 22.475 veículos subdivididos entre automóveis,
caminhonetes, caminhões, ônibus e motocicletas, conforme tabela a seguir:
Frota de Veículos - 2014
Caminhonete Micro-
Motocicleta
Automóvel Caminhão e ônibus e Total
e motoneta
caminhoneta ônibus
Barra de Santo
689 31 111 25 548 1404
Antônio
Coqueiro Seco 354 10 38 11 325 738
Messias 789 66 184 123 631 1793
Pilar 2471 161 436 115 1567 4750
Rio Largo 5598 449 905 374 2987 10313
Santa Luzia do Norte 461 20 80 77 228 866
Paripueira 678 55 144 19 342 1238
Satuba 825 61 120 38 329 1373
Total do Território 11865 853 2018 782 6957 22475
Fonte: Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN

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Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Frota de Veículos – 2014

Fonte: Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN

A maior representatividade fica por conta dos automóveis, só o município de Rio


Largo possui quase metade dos automóveis do território, pois está mais próximo de
Maceió, o que revela uma maior integração com a capital do estado. Já as motonetas e
motocicletas representam 31%, e, mais uma vez Rio Largo tem a maior concentração, com 43%
dessas que são meios de transportes mais baratos, rápidos e com menor consumo de
combustível.
A malha viária é essencial para determinar a locomoção entre as cidades intra e
intermunicipal. A figura a seguir mostra a malha rodoviária que corta toda a Região Metropolitana
de Maceió:

31
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Figura: Estradas e Rodovias de Alagoas


Fonte: Federação das Indústrias do Estado de Alagoas – Perspectivas da Indústria

32
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

3.9 Indicadores utilizados como referência – acompanhamento da trajetória


econômica, com comparação a parâmetros nacionais e estaduais

Indicadores são derivações, condensamentos e/ou malabarismos com os dados no intuito


de se formar bons índices explicativos para algumas situações reais do mundo socioeconômico.
Alguns, dado o nível de abstração e importância que assumem na economia, viram referências e
são usados em escala nacional ou até mesmo global, como é o caso do Índice Firjan ou do IDH,
respectivamente.

Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal - 2011

Índice Firjan Posição no Estado


Barra de Santo Antônio 0.5365 42º
Coqueiro Seco 0.5503 36º
Messias 0.5683 24º
Pilar 0.4500 87º
Rio Largo 0.6233 11º
Santa Luzia do Norte 0.6337 8º
Paripueira 0.5687 23º
Satuba 0.6336 9º
Média do Território 0,57055
Brasil 0,732
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae

Olhando os dados do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal para a região


analisada e comparando com o do Brasil, nota-se que o território alagoano é bem menos
desenvolvido que a média nacional, representando, aproximadamente, 75% do valor brasileiro.
Outra observação importante a se verificar é a grande variabilidade de desenvolvimento que esta
região detém, apresentando uma extremidade mínima de município na oitava posição (Santa Luzia
do Norte) e outro na octogésima sétima (Pilar), ainda mais, a cidade apresenta melhores condições
econômicas, segundo os cálculos da FIRJAN. Isto deriva das especificidades que tal indicador é
calculado.
Contudo, quando observado o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, calculado pelas
Nações Unidas, é possível notar a melhora que todos os municípios do território tiveram no seu
indicador de desenvolvimento humano. Alagoas (como um todo) era considerado um dos piores
estados para se viver no Brasil. Ainda hoje o estado continua pobre em termos econômicos, mas
agora consegue oferecer uma qualidade de vida muito melhor para seus habitantes.

33
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Satuba ocupa a segunda posição e Barra de Santo Antônio em quinquagésimo


oitavo, revelando uma disparidade enorme no território.

Índice Firjan de Desenvolvimento Humano para 1991, 2000 e 2010.

Município IDH 1991 IDH 2000 IDH 2010 Posição em 2010


Barra de Santo
0,265 0,378 0,557 58º
Antônio
Coqueiro Seco 0,344 0,466 0,586 25º
Messias 0,306 0,379 0,568 44º
Pilar 0,325 0,418 0,610 12º
Rio Largo 0,389 0,505 0,643 4º
Santa Luzia do Norte 0,375 0,434 0,597 16º
Paripueira 0,312 0,423 0,605 13º
Satuba 0,416 0,543 0,660 2º
Média do Território 0,342 0,443 0,603
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae

No território da Região Metropolitana as políticas públicas socioeconômicas devem


se integrar de maneira mais eficiente e com maior foco, a fim de equalizar o padrão de vida
de toda Alagoas.

Apesar da melhora, o IDH da metade dos municípios analisados está no que é


caracterizado pelas Nações Unidas como um baixo IDH (índice variando entre 0,50 e 0,59). A
outra metade se enquadra na zona de médio Índice de Desenvolvimento Humano.

4. Relevância e organização de setores empresariais


prioritários

4.1 Principais entidades de apoio a setores empresariais prioritários

Para auxiliar no desenvolvimento econômico de qualquer território é interessante haver a


combinação de diversos fatores que possam ajudar neste fim. Assim, as entidades de apoio que
ajudam o setor privado são vistas como parceiras essenciais no processo de crescimento
econômico.

O território conta com alguns parceiros que podem otimizar a dinâmica socioeconômica
da região, saber:

34
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

 Banco do Nordeste do Brasil;


 Banco do Brasil;
 Caixa Econômica Federal;
 Universidade do Estado de Alagoas – Campi União dos Palmares;
 Instituto Federal de Educação Tecnológica de Alagoas – IFAL;
 Faculdade de Tecnologia e Ciências;
 Associações e sindicatos comerciais;
 Distritos e polos industriais;
 Prefeituras Municipais; dentre outros.

Além disso, existem algumas instituições que não são de cunho local, mas auxiliam na
elaboração de políticas públicas e induzem o desenvolvimento territorial. Vale a pena serem
elencadas como apoio aos setores prioritários. A saber:

 Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas de Alagoas;


 Federação das Indústrias do Estado de Alagoas;
 Federação do Comércio de Alagoas;
 Junta Comercial de Alagoas;
 Secretarias de Estado;
 Fórum Nacional das Micro e Pequenas empresas do Estado de Alagoas.

4.2 Três setores (mínimo) empresariais prioritários, principais empresas e


sua relevância econômica

A base econômica é composta majoritariamente pela atividade agrícola da cana-de-


açúcar, porém, outras complementam, como: coco (em quase todos os municípios), mandioca,
pesca, feijão e milho (em menor quantidade). O setor de alimentos e bebidas, comércio e serviços
e turismo destacam-se como setores potencialmente a ser explorado.

Destaca-se ainda que a exploração de gás e petróleo (Petrobrás) é uma atividade


importante para o município de Pilar. Contudo, Rio Largo possui um manancial hídrico, que
mantém as indústrias Dias D’Ávila e Frascalli. Apresenta um setor de serviços em franca
expansão, visto que, o município é economicamente ligado a Maceió, proporcionando a atração
da Bauduco, ou seja, a possibilidade de fortalecimento de seu parque industrial, ainda em
crescimento. Ainda em seus limites geográficos divide o Aeroporto Zumbi dos Palmares com

35
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Maceió, que ocupa o quarto maior terminal de passageiros do Nordeste, ficando atrás apenas dos
aeroportos de Salvador, Recife e Fortaleza.

Cabe o destaque para as feiras livres na região, a principal ocorre no município de Rio
Largo, onde funciona todos os dias. Já em sentido oposto, Santa Luzia do Norte não dispõem
deste movimento. Messias possui uma feira dos assentados que acontece as quartas e aos
sábado, sendo as realizadas nos fins de semana a de maior importância para a cidade.

No setor industrial, possui indústrias ligadas ao segmento de açúcar e álcool, energia,


metalurgia e extração de minerais não metálicos.

Assim, os setores prioritários são:

1. Complexo Sucroenergético: possui a Usina Utinga Leão e Santa Clotilde, gerando uma
diversidade de vários produtores e fornecedores de cana. Ainda possui uma empresa
produtora de adubos e fertilizantes, a Timac Agro Indústria e Comércio de Fertilizantes
Ltda;
2. Alimentos e Bebidas: possui a Bauduco, Dias D’Ávila; Frascalli e Águas de Lindoia.
Principalmente devido à proximidade com Maceió, sinaliza um fator favorável à atuação
de distribuidoras de médio e grande e porte.
3. Turismo devido à localização privilegiada de alguns municípios, com seus complexos
ainda em fase de expansão dos meios de hospedagem, alimentação e transporte.
4. Unidade da Petrobrás apresenta encadeamento que ofertam serviços complementares e
auxiliares, tais como: perfuração e limpeza de poços.
5. Agropecuária: a mandioca é verificada em quase todos os municípios, porém, ainda
apresentam em menor quantidade a pesca, feijão e milho. Produtos comercializados
internamente nas feiras dos municípios e dos circunvizinhos.
6. A comercialização de bens e serviços de origem do campo, bem como transacionados
nas feiras livres.

4.3 Identificação de lideranças setoriais

Lideranças setoriais são feitas por pessoas ou personagens que conseguem influenciar
uma determinada quantidade de indivíduos a fazerem o que lhes foi solicitado. Comumente tais
lideranças migram para o meio político e tentam se eleger para batalhar por melhorias para sua
população. Neste contexto, tem-se como lideranças:

36
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

 Prefeitos e demais entes políticos;


 Empresários Locais;
 Marcos José dos Santos;
 Valdomiro Raimundo;
 Edvaldo Narciso Lins;
 João Elias;
 Oziel Barros;
 Afrânio Omena;
 Rosinaldo Cavalcante;
 Josy Móveis;
 Waltiney;
 Pedro Vitor;
 Djalma Ventura;

5. Resultado da implementação da Lei Geral e dinamismo do


mercado de trabalho

5. 1 Número de Empreendedores Individuais na Região

As MPE`s estão modificando a estrutura do desenvolvimento econômico do território


analisado, como já se sabe. O incentivo ao empreendedorismo ocorrido nos últimos anos, seja por
sobrevivência ou oportunidade, certamente serviu para consolidar as empresas menores como
vetores de produção econômica. Os resultados podem ser vistos na tabela a seguir, qual condensa
o quantitativo de empresas por porte em cada município:

Quantitativo de empresas por porte no território da Região Metropolitana em 2013

Municípios MEI ME EPP TOTAL


Barra de Santo Antônio 216 106 3 325
Coqueiro Seco 50 31 81
Messias 224 179 8 411
Paripueira 215 188 6 409
Pilar 457 483 9 949
Rio Largo 1.617 974 27 2.618
Santa Luzia do Norte 76 97 7 180
Satuba 186 193 4 383
Total do Território 3.041 2.251 64 5.356

37
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Média do Território 380 281 9 670


Fonte: Receita Federal

5.2 Histórico da Implementação da Lei Geral

Segundo o Observatório da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa:

“a Lei Geral, também conhecida como Estatuto Nacional da Microempresa e da


Empresa de Pequeno Porte, foi instituída pela Lei Complementar Federal
123/2006 para regulamentar o disposto na Constituição, que prevê o tratamento
favorecido, simplificado e diferenciado a esse setor. Seu objetivo basilar é o de
fomentar o desenvolvimento e a competitividade dos pequenos negócios, como
estratégia de geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social,
redução da informalidade e fortalecimento da economia. Os benefícios criados
pela Lei Geral, a exceção do tratamento tributário diferenciado, aplicam-se
também ao produtor rural pessoa física e ao agricultor familiar.”

Com base na observação acima, os municípios alagoanos foram instruídos a


implementarem a Lei Geral, buscando a melhoria de seus próprios ambientes e negócios. Desta
feita, a situação para o território da Região Metropolitana de Maceió em relação a seus municípios
e a Lei Geral segue expresso na tabela a seguir:

Implementação da Lei Geral até 2015


Lei Geral
Municípios Implementada
Sim Não
Barra de Santo
X
Antônio
Coqueiro Seco X
Messias X
Pilar X
Rio Largo X
Santa Luzia do Norte X
Paripueira X
Satuba X
Fonte: Núcleo de Inteligência Territorial – Sebrae e IBGE.

5.3 Pontuação do Município no Diagnóstico SEBRAE da Lei Geral

A Lei Geral é fiscalizada e quantificada pelo SEBRAE. Tal fato é necessário para se
estabelecer metas para os estados e possibilitar comparações entre os municípios, tanto em
âmbito regional quanto nacional.

38
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Analisando as informações contidas na tabela, verifica-se que a maioria dos municípios


está bem no processo de implementação da Lei Geral, tendo, inclusive, alguns indicadores
superiores aos das cidades mais dinâmicas do estado, como a capital.

Tabela de Monitoramento de Implementação da Lei Geral - 2015

Uso do Poder de Empreendedor Agente de


Município Desburocratização
Compra Individual Desenvolvimento
Barra de Santo Antônio 7,64 9,1 10 9,2
Coqueiro Seco 1,29 0 0 0
Messias 7,86 10 10 10
Pilar 7,40 9,1 10 7,3
Rio Largo 5,19 9,1 10 7,1
Santa Luzia do Norte 8,29 7,5 8,3 7,8
Paripueira 0 9,8 0 9,8
Satuba 9,14 10 10 10
Maceió 7,04 4 10 8,3
Média do Território 5,85 8,1 7,3 7,7
Fonte: Sebrae – Monitoramento da Implementação da Lei Geral nos Municípios Brasileiros

Ainda com base nos dados acima, nota-se uma situação muito intrigante: os municípios
de Satuba e Messias são, aparentemente, os mais bem posicionados dentro de todo o território
analisado, inclusive melhores do que várias cidades que são mais fortes socioeconomicamente.
Isso é reflexo da grande importância da Lei Geral, pois a mesma depende mais de pessoas para
executar sua efetividade do que de dinheiro ou de poder.

5.4 Existência de instância executiva para execução da Lei Geral no município

Não existe de fato uma única instância que executa a Lei Geral nos municípios. Sua
implementação é feita pela própria prefeitura com o apoio de vários parceiros, dentre eles o
Sebrae/AL.

5.5 Funcionamento efetivo da Sala do Empreendedor (se houver)

Em todos os municípios que possuem Sala do Empreendedor, o funcionamento se dá de


forma séria e efetiva. Além disso, não é uma condição primordial que exista a Lei Geral para a
efetivação da sala do empreendedor. Assim, conforme tabela a seguir, alguns municípios possuem
a sala, mas ainda não implementaram a lei:

39
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Municípios que possuem sala do Empreendedor

Sala do
Municípios
Empreendedor
Barra de Santo
1
Antônio
Coqueiro Seco X
Messias 1
Pilar 1
Rio Largo 1
Santa Luzia do Norte 1
Paripueira X
Satuba 1
Fonte: Sebrae/AL

5.6 Beneficiários de Programas Sociais do Governo Federal

Uma grande parcela da população está inscrita no Cadastro Único para Programas
Sociais (CadÚnico), conforme dados expostos na tabela a seguir:

Quantidade de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico)

Municípios 2011 2012 2013 2014


Barra de Santo Antônio 3.254 3.759 3.978 4.258
Coqueiro Seco 1.572 1.651 1.698 1.752
Messias 3.398 3.622 3.687 3.867
Pilar 7.468 7.950 8.694 9.446
Rio Largo 14.187 16.322 17.721 19.203
Santa Luzia do Norte 1.365 1.550 1.618 1.764
Paripueira 1.966 2.196 2.240 2.536
Satuba 2.346 2.464 2.610 2.754
Total do Território 35.556 39.514 42.246 45.580
Fonte: Sebrae – Monitoramento da Implementação da Lei Geral nos Municípios Brasileiros

Ao levar em consideração que, atualmente, uma família tem em média três pessoas, nota-
se que aproximadamente 45.500 pessoas são beneficiadas direta ou indiretamente por algum tipo
de programa social, o que equivale a 25% de toda a população do território.
O mais importante programa de assistência social e transferência de renda é o programa
Bolsa Família. A tabela abaixo mostra a quantidade de beneficiados apenas deste programa:

40
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Quantidade de famílias inscritas no Programa Bolsa Família

Municípios 2011 2012 2013 2014


Barra de Santo
2.264 2.635 2.513 2.701
Antônio
Coqueiro Seco 828 866 876 880
Messias 2.294 2.316 2.343 2.366
Pilar 5.160 5.049 5.252 5.458
Rio Largo 9.935 9.595 9.222 9.504
Santa Luzia do Norte 945 954 1.004 1.066
Paripueira 1.557 1.593 1.642 1.653
Satuba 1.675 1.687 1.781 1.642
Total do Território 24.658 24.695 24.633 25.270
Fonte: Sebrae – Monitoramento da Implementação da Lei Geral nos Municípios Brasileiros

Apesar da grande dependência econômica que Alagoas tem das transferências federais,
nota-se que a quantidade de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família cresceu pouco nos últimos
anos, tendo uma variação percentual de apenas 0,8% entre 2011 e 2014.

Quantidade de famílias inscritas no CadÚnico e no Programa Bolsa Família - 2014

50000
45000
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Bolsa Família Cad Único

Fonte: Sebrae – Monitoramento da Implementação da Lei Geral nos Municípios Brasileiros

O gráfico nos mostra a comparação entre os inscritos no Cadastro Único e aqueles que
recebem o Bolsa Família como programa de transferência de renda. É perceptível que mais de
62% dos inscritos no CadÚnico tem como seu principal benefício social o PBF.

Entretanto, um dado interessante de se analisar é a quantidade de microempreendedores


que são beneficiados pelo Programa Bolsa Família, pois, geralmente, após se estabilizarem em
suas funções empreendedoras, tais usuários deixam de receber o Programa, abrindo vagas para
novas pessoas se beneficiarem dele.

41
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Municípios 2012 2013


Barra de Santo Antônio 31 70
Coqueiro Seco 14 10
Messias 28 65
Pilar 106 159
Rio Largo 256 369
Santa Luzia do Norte 8 9
Paripueira 23 51
Satuba 33 55
Total do Território 499 788
Fonte: Sebrae – Monitoramento da Implementação da Lei Geral nos Municípios Brasileiros

Dos habitantes usuários do principal programa de transferência de renda social do


Governo Federal, 788 também são microempreendores, o que representa uma expansão de 58%
de 2013 frente a 2014. Tal evolução é expressiva e merece algumas considerações: 1) o aumento
se dá devido ao empreendedorismo por necessidade (devido ao fechamento de postos de trabalho
no setor sucroenergético, as pessoas buscam outras atividades para manter sua renda e
sobrevivência) e; 2) elevação das formalizações dos empreendimentos informais, também, por
programas como o Território da Cidadania e a Lei Geral.

5.7 Escolaridade Média das Pessoas Ocupadas

Antes de iniciar a discussão de escolaridade média é necessário conhecer a estrutura


educacional presente em cada município.
Estrutura Educacional da Região Metropolitana de Maceió

Municípios Rede Federal Rede Estadual Rede Municipal Rede Privada Total
Barra de Santo
0 1 13 2 16
Antônio
Coqueiro Seco 0 1 8 0 9
Messias 0 1 9 3 13
Pilar 0 4 26 9 39
Rio Largo 0 8 43 28 79
Santa Luzia do Norte 0 1 11 0 12
Paripueira 0 1 6 5 12
Satuba 1 1 14 6 22
Total do Território 1 18 130 53 202
Fonte: Seplag/AL

42
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

No contexto mostrado acima, nota-se que a região possui 202 escolas dentro do seu
território, sendo 53 privadas, 130 municipais, 18 estaduais e apenas uma de nível federal. A cidade
de Rio Largo é um município polo de sua região, ou seja, atende não somente aos seus habitantes,
mas também aos dos municípios circunvizinhos, o que explica o fato de ter a maior concentração
de instituições de ensino.
A qualidade da educação pode ser comprovada por meio do Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica – IDEB.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB para Região Metropolitana de
Maceió (Anos iniciais)

IDEB - (anos IDEB - (anos IDEB - (anos


iniciais) - Rede iniciais) - Rede iniciais) - Rede
Pública 2009 Pública 2011 Pública 2013
Barra de Santo Antônio 3,2 3,2 2,8
Coqueiro Seco 3,4 3,1 3,7
Messias 4,0 3,9 4,4
Pilar 3,3 3,4 3,4
Rio Largo 3,7 3,5 3,7
Santa Luzia do Norte 3,0 3,0 3,2
Paripueira 3,5 3,3 3,2
Satuba 3,3 3,5 3,3
Média do Território 3,43 3,36 3,46
Fonte: Seplag/AL

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB para Região Metropolitana de


Maceió (Anos finais)

IDEB - (anos IDEB - (anos


IDEB - (anos finais)
finais) - Rede finais) - Rede
- Rede Pública 2011
Pública 2009 Pública 2013
Barra de Santo Antônio 2,7 2,5 2,0
Coqueiro Seco 3,1 0,0 3,4
Messias 3,2 3,2 3,4
Pilar 2,5 2,5 2,5
Rio Largo 2,4 2,1 2,6
Santa Luzia do Norte 2,5 2,6 2,7
Paripueira 3,1 3,0 2,7
Satuba 2,9 2,7 1,8
Média do Território 2,8 2,3 2,6
Fonte: Seplag/AL

43
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

6. Articulação público-privada

6.1 Histórico de Articulação e Programas de Desenvolvimento

O histórico de articulação de programas de desenvolvimento é complexo de se ter com


fidedignidade, pois a mudança de governantes leva, infelizmente, a perda de diversas informações
muito importantes. Contudo, existe o histórico de atuação do Sebrae nestes municípios.
Histórico de atuação de Programas de Desenvolvimento nos municípios da Região
Metropolitana de Maceió
Municípios Programas
-APL Turismo Costa dos Corais
-APL Apicultura no Litoral e Lagoas
-Sebrae Alagoas nos Territórios da
Cidadania do Litoral Norte
-Programa Negócio a Negócio
Barra de Santo Antônio
-Agronegócio no Agreste e Entorno
-Inclusão Digital Através das Lan Houses
-Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-APL Turismo Lagoas e Mares do Sul
-APL Apicultura no Litoral e Lagoas
-Programa Negócio a Negócio
-Agronegócio no Agreste e Entorno
Coqueiro Seco
-Indústria em Maceió e Entorno
-Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-Inclusão Digital através das Lan Houses
-Agronegócio no Agreste e Entorno
-Rede Nacional para Simplificação do
Messias
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-Programa Negócio a Negócio
-Agronegócio no Agreste e Entorno
-Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
Paripueira
-Programa Negócio a Negócio
-APLTurismo Costa dos Corais
-APL Apicultura no Litoral e Lagoas
-Indústria em Maceió e Entorno

44
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

-APL Turismo Lagoas e Mares do Sul


-Adensamento da Cadeia Produtiva de
Petróleo, Gás, Energia e PVC em Alagoas
Fase 2
-Agronegócio no Agreste e Entorno
-APL Apicultura no Litoral e Lagoas
-Civilização do Açúcar
- Fortalecimento Da Indústria de Leite e
Derivados de Alagoas
Pilar
-Inclusão Digital através das Lan Houses
-Indústria em Maceió e Entorno
-Programa Negócio a Negócio
-Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-Sebrae Alagoas nos Territórios da
Cidadania da Mata Alagoana
-Programa Orienta Fácil
-Adensamento da Cadeia Produtiva de
Petróleo, Gás, Energia e PVC em Alagoas
Fase 2
-Agente Local de Inovação
-Civilização do Açúcar Rede de Parceiros
-Indústria em Maceió e Entorno
-Modernização da Feira Livre
Rio Largo -Química e Plástico na Região Metropolitana
de Maceió
-Serviço no Turismo e Cultura em Maceió e
Entorno
-Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-Programa Negócio a Negócio
-Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-Programa Negócio a Negócio
Santa Luzia do Norte
-Indústria em Maceió e Entorno
-Agronegócio no Agreste e Entorno
-APL Turismo Lagoas e Mares do Sul
-APL Apicultura no Litoral e Lagoas
-Adensamento da Cadeia Produtiva de
Petróleo, Gás, Energia e PVC em Alagoas
Fase 2
-Rede Nacional para Simplificação do
Satuba Registro e da Legislação de Empresas e
Negócios
-Indústria em Maceió e Entorno
-Serviço no Turismo e Cultura em Maceió e
Entorno

45
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

Fonte: Sebrae/AL

6.2 Verificação de existência de uma rede de cooperação ou governança bem


sucedida, em qualquer área

Não existe uma rede de cooperação que possa ser chama de bem sucedida por todo o
território. O que constam são as políticas de arranjos produtivos locais que perpassam por alguns
municípios, mas que não são integradas à lógica adotada neste trabalho.

7. Atuação dos Agentes de Desenvolvimento no Território

7.1 Nível de qualificação dos Agentes de Desenvolvimento (quantos completaram


curso básico e avançado)

Municípios Básico Avançado


Barra de Santo
Antônio X
Messias X
Pilar X
Rio Largo X
Santa Luzia do Norte X
Satuba X
Barra de Santo
X
Antônio
Fonte: Sebrae/AL

Quanto maior o nível de qualificação do Agente de Desenvolvimento (AD), mais fácil será
para ele executar suas atividades, bem como melhor serão suas propostas para o crescimento do
município onde se encontram. Apenas o município de Satuba conta com o AD em um nível Básico.

7.2 Engajamento do Agente na Rede Nacional (Portal do Desenvolvimento), ou


em rede estadual de Agentes

Todos os AD`s participam do portal de desenvolvimento da rede nacional, pois não


existem atualmente recursos (físicos e financeiros) para criar uma rede estadual de agentes.

46
Diagnóstico Socioeconômico
AL – Região Metropolitana de Maceió

7.3 Agentes com Plano de Trabalho e cronograma completo e referenciado

Assim que o AD faz os cursos básico ou avançado são criados seus planos de trabalho
com o cronograma previsto de execução. Os mesmos são monitorados em reuniões periódicas
realizadas pelo Sebrae/AL, bem como pelos consultores que orientam os AD’s ou prefeituras.

7.4 Acesso dos Agentes aos Gestores Municipais (Prefeito) e visibilidade de


suas atividades

Sim. Todos os Agentes de Desenvolvimento possuem acesso aos prefeitos, pois os


mesmos são indicados por tais gestores. Evidentemente que alguns agentes conseguem um
contato com maior facilidade do que outros, mas a questão fundamental é que todo tem acesso e
suas ações são bem vistas pelos gestores municipais.

8. Uso do Poder de Compra do Setor Público e Finanças


Públicas

O uso do poder de compra do setor público é crucial para definir o quanto os próprios
municípios conseguem girar dentro da economia local, desde compras de merendas ou material
escolar, até na contratação de serviços mais específicos, como os de saúde.

Potencial do Uso do Poder de Compra (2012)

Baixo Mediano Alto


Barra de Santo
X
Antônio
Coqueiro Seco X
Messias X
Pilar X
Rio Largo X
Santa Luzia do Norte X
Paripueira X
Satuba X
Fonte: Sebrae - Sistema de Monitoramento da Implementação da Lei Geral

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8.1 Arrecadação e Orçamento Público no Território (Transferências,


Receitas Próprias)

As principais fontes de recitas dos Municípios advêm das Transferências Governamentais,


Fontes Próprias e Operações de Crédito. As fontes próprias definem-se como receitas geradas
pelo esforço Municipal, é caso do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU),
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Imposto sobre a transmissão de bens
imóveis e de direitos a eles relativos (ITBI), Taxa de Limpeza Pública, Contribuição para Custeio
do Serviço de Iluminação Pública, Aluguéis, Arrendamentos etc. As transferências são recursos
oriundos dos estados, União e instituições privadas: a Cota Parte do FPM, Cota Parte do ICMS e
transferências de convênios. Por fim, as operações de créditos são receitas decorrentes de
empréstimos ou financiamentos obtidos junto a instituições financeiras (públicas ou privadas) de
caráter nacional ou internacional a fim de complementação de suas receitas.

Arrecadação de ISS

2010 2011 2012 2013


Barra de Santo
193.141,19 74.758,05 251.210,16 657.642,59
Antônio
Coqueiro Seco 119.856,59 81.768,05 93.719,12 230.122,99
Messias 265.989,25 215.010,51 142.954,62 223.105,70
Pilar 4.695.683,45 5.827.371,07 6.414.433,38 4.032.825,33
Rio Largo 5.388.907,20 5.160.374,58 3.724.452,06 6.797.387,95
Santa Luzia do Norte 333.655,61 269.067,15 253.998,38 310.687,47
Paripueira 31.734,04 106.479,52 47.615,98 82.843,53
Satuba 172.905,80 290.525,6 135.280,79 1.223.842,94
Total do Território 11.201.873,13 12.025.354,53 11.063.664,49 13.558.458,50
Fonte: Ministério da Fazenda

O ISS na maioria dos municípios amplia sua arrecadação, no que tange a comparação
entre os anos de 2012 e 2013, apenas em Pilar observa-se uma redução. Contudo, tal situação
não vem se mantendo nos últimos anos, visto que, recentemente, devido ao arrefecimento
econômico do Brasil, dificultando a manutenção dos serviços e contratações feitas pelas
prefeituras, o que afeta substancialmente a economia local.

Cota Parte do ICMS

2010 2011 2012 2013


Barra de Santo Antônio 1.353.932,16 1.469.961,28 1.671.893,89 1.922.986,29
Coqueiro Seco 923.866,12 1.064.736,30 1.113.110,88 1.169.359,52
Messias 5.317.862,11 5.209.572,59 5.206.377,89 5.503.175,13
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Pilar 29.397.099,34 20.583.690,57 30.979.404,74 33.375.742,04


Rio Largo 10.788.128,03 12.010.564,38 13.621.554,06 14.913.385,35
Santa Luzia do Norte 1.616.261,92 2.002.479,16 2.048.635,49 1.911.085,19
Paripueira 1.279.049,10 1.492.591,94 1.793.121,18 1.886.488,71
Satuba 2.555.109,46 2.020.848,87 2.173.260,63 2.699.936,35
Total do Território 53.231.308,24 45.854.445,09 58.607.358,76 63.382.158,58
Fonte: Ministério da Fazenda

Como forma de complemento da receita municipal, a Cota Parte do ICMS vem


aumentando de maneira progressiva. Contudo, o cenário vem alterando a realidade destas
transferências e a perspectiva é que haja redução significativa.

Arrecadação Total

2010 2011 2012 2013


Barra de Santo
21.350.543 25.793.269 30.655.609 32.999.957
Antônio
Coqueiro Seco 10.235.161 12.125.145 13.674.324 15.735.070
Messias 22.651.277 26.703.996 29.678.761 36.819.470
Pilar 65.978.082 65.691.515 79.939.647 93.931.780
Rio Largo 70.779.877 83.217.034 83.469.900 101.787.334
Santa Luzia do Norte 11.669.364 14.811.288 15.465.242 18.200.021
Paripueira 12.272.454 15.720.009 18.267.763 21.585.176
Satuba 19.837.929 20.203.188 20.114.664 28.354.262
Total do Território 234.774.687 264.265.444 291.265.910 349.413.070
Fonte: Ministério da Fazenda

A arrecadação total da região foi de 349 milhões de reais, cerca de 20% a mais do que no
ano anterior. Para aumentar suas receitas, os municípios devem intensificar a fiscalização de
empresas e consumidores, lutando para que os impostos sejam pagos e cobrados. Além disso, é
crucial que cada cidade consiga dinamizar sua economia, pois com a criação de novos ambientes
de trabalho sobe-se o potencial de contribuintes. Tal método é o mais efetivo para o uso de
recursos livres pelas prefeituras, os quais tem grande potencial de gerar investimentos na
infraestrutura das cidades.

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9. Uso do Poder de Compra do Setor Privado- nível de


subcontratação e encadeamento produtivo a partir de
empresas âncoras e principais setores no território

9.1 Principais Investimentos Privados na Região e Empresas com Potencial


de Encadeamento Produtivo (contratação de outras empresas locais)

Os investimentos na região são feitos em empresas de menor porte, os quais possuem uma
menor propensão para gerar efeitos de encadeamento produtivo. Neste sentido, as empresas que
podem servir como âncora para as demais são

1) Usina Utinga Leão e Santa Clotilde: como grandes produtores de açúcar e álcool da
região, tais usinas podem demandar tanto matéria-prima (cana), quanto outros produtos
e serviços ligados à atividade canavieira. Outrossim, as mesmas podem diversificar suas
atividades ao adentrar no nicho de produção de cachaça, que possui um alto valor
agregado para exportação. Tal fato iria ajudar a desenvolver novas atividades na região e
poderia se fortalecer e tornar-se referência no segmento.

2) Bauduco, Dias D’Ávila, Frascalli e Águas de Lindoia: empresas ligadas ao setor de


alimentos e bebidas. A fábrica da Bauduco em Rio Largo é a primeira no Norte-Nordeste,
o que ao longo dos anos pode gerar encadeamentos produtivos derivados deste
segmento. As empresas de água mineral aproveitam o potencial hídrico dos tabuleiros.

3) Turismo devido à localização privilegiada de alguns municípios, com seus complexos


ainda em fase de expansão dos meios de hospedagem, alimentação e transporte.

4) Unidade da Petrobrás em Pilar, apresenta encadeamento que ofertam serviços


complementares e auxiliares, tais como: perfuração e limpeza de poços.

5) Agropecuária: a mandioca é verificada em quase todos os municípios que ainda


apresentam, porém em menor quantidade, a pesca, o feijão e o milho. Produtos que
podem receber modernidade quanto sua comercialização, bem como em relação a gestão
desses empreendimentos.

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