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Um Estudo do Patrimônio Histórico do

Estoril, Parte 1:
Após ouvir inúmeras histórias de frequentadores assíduos do Estoril, sobre
como ele era um lugar de encontro de boêmios, poetas, músicos e intelectuais da
época, nos despertou o interesse de estudarmos sobre o assunto, pois como um lugar
que costumava ser de suma importância para a cidade de Fortaleza tornou-se uma
simples edificação difícil de se manter de pé?

O que na década de 70 era um importante local de encontro e área nobre da


cidade, hoje o Estoril é ocupado pela Secretaria de Turismo de Fortaleza, porém, até
chegarmos aos dias de hoje, o Estoril passou por altos e baixos.

Em uma análise sobre a Praia de Iracema, Maria Geralda de Almeida no artigo


“PAISAGENS URBANAS E A CONSTRUÇÃO DE TERRITORIALIDADES EM
FORTALEZA” informa sobre o Bairro Praia de Iracema, onde está localizado o Estoril:

“(...) destacaria a territorialidade muito especial, construída pelos antigos


moradores, aposentados e intelectuais com a Praia de Iracema. Ora, este
bairro, no âmbito da política da Fortaleza moderna, indutora de uma
reformulação da geográfica social da Cidade (...) pois se tornou objeto de
política de renovação urbana com um novo cenário (...). A mercantilização do
solo ganhou novos componentes financeiros: Localização privilegiada,
conjuno histórico passam a associar o poder público com a iniciativa privada
empresarial, combinando atividade imobiliária, turismo e atividades culturais.
Redesenham-se novas paisagens.” (ALMEIDA, G., 2001)

A cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, possui cerca de 2.643.247


habitantes (IBGE/2018), esse crescimento populacional ocorreu de forma gradativa
ao longo de seus 415 anos. Com todo o seu processo de crescimento voltado para o
litoral, foi na década de 20 que o Estoril foi construído localizado no Praia do Peixe,
que só a partir da década de 30, após um concurso da revista Ceará Ilustrado
(1925), recebeu o nome de Praia de Iracema. Desde sua criação, ele possuiu
diversos usos, partindo da residência da família Porto até o “Estoril” passando por
modificações e vários proprietários diferentes ao longo de todos esses anos. Até que
em 2017 tornou-se a Secretaria de Cultura de Fortaleza.

Surgimento da Vila Morena:


Foi no ano de 1920 que o coronel pernambucano José Magalhães Porto
realizou a construção da sonhada casa nomeada de Vila Morena, uma singela
homenagem a esposa Dona Moreninha e as duas filhas do casal. José Magalhães
Porto não ouviu as opiniões de diversos colegas contra a criação uma casa na Praia
do Peixe. A Vila Morena, construída na Praia do Peixe, era um sonho antigo de
Magalhães, que sempre desejou morar a beira da praia, desafiando as poderosas
ondas do mar e os fortes ventos. Para travar esse duelo contra as intempéries foram
utilizados profundos alicerces de pedra, as paredes construídas de taipa de pilão
(construção típica da época do período Colonial brasileiro), arcabouços com estacas
de pau-ferro e amarrações com cordas e recheio de uma argamassa obtida da mistura
de barro, cal e palha seca. (MARCIANO LOPES). Para compor a edificação foram
utilizados materiais que estavam “na moda” nos países europeus mais adiantados da
época, como as ferragens trazidas da Alemanha e as louças sanitárias da Inglaterra
e azulejos, cerâmicas, moveis, lustres, papeis de parede, luminárias e afins, foram
trazidos da França. Além do seu investimento arquitetônico, a Vila Morena era
rodeada de belas flores que possuíam aromas, formas e tamanhos diferentes,
tornando a primeira construção da futura Praia de Iracema parcialmente internacional.

A casa da família Porto foi a primeira casa de maior relevo construída na orla
marítima de Fortaleza (MARCIANO LOPES), estava locada em uma área distante que
não possuía nenhuma construção nas suas imediações, na Praia do Peixe.

A Praia do Peixe também não tinha esse nome à toa, era um lugar onde
diversos pescadores trabalhavam para conseguir seu ganha-pão diário da época.
Com o surgimento da Vila Morena, a área se tornou, aos poucos, cada vez mais
habitada. Em cerca de 10 anos, o nome mudou de Praia do Peixe para a Praia de
Iracema. A iniciativa de mudar o nome do bairro surgiu da jornalista cearense Adília
Albuquerque através de um concurso na revista Ceará Ilustrado (1925).

Durante essa transformação, a Praia de Iracema recebeu uma reputação muito


maior que o esperado. Não demorou muito para o Estoril ser também valorizado.
Dessa forma, mais uma área de Fortaleza estava em alta no momento.
A segunda guerra mundial, o U.S.O.:
Durante a Segunda Guerra Mundial a cidade de Fortaleza recebe a instalação
de uma base norte americana. Era uma base de repouso para os soldados que
estavam em guerra no continente africano. Diante disso, em 1944 a Vila Morena foi
solicitada para funcionar como uma espécie de clube/cassino para uso exclusivo dos
jovens soldados americanos, o chamado U.S.O (United States Organization). O fato
de a Vila Morena ter sido requisitada para isso está relacionada com o fato de o
Coronel Magalhães ter vínculos com os militares norte-americanos.

Existiam duas grandes críticas conforme o Cassino Vila Morena e o U.S.O.


Uma eram as moças “coca-colas”. Nos anos de 1944, a coca-cola era usada como
suprimento líquido para o exército aliado durante a segunda guerra mundial. Na época,
a Coca-Cola não era acessível a todos, sendo assim exclusiva dos americanos. Dessa
forma, as moças de famílias ricas, de muito patrimônio e dinheiro eram permitidas
entrar no Estoril para se divertir com os americanos. Como elas eram as únicas que
podiam entrar, acabavam recebendo muitas críticas devido aos interesses dos
americanos com as moças cearenses. Entretanto, elas também tiravam proveito dos
soldados para futuras conexões familiares em níveis internacionais.

As críticas eram muito intensas. Diversas pessoas quando as viam pelas ruas,
comentavam “filho, não olhe! Ela é uma coca-cola!” tratando-as com desprezo e certo
preconceito.

Uma outra grande crítica que partia dos intelectuais, era o que ocorria dentro
da Vila Morena Cassino, de acordo com o texto Viveu de Como Na Mão, de Ciro
Morales: “(...) No clube dos americanos ainda se via um restinho de farra, com cochilos
pelas cadeiras, ao som baixo da radiola que rodava “La Conga” ou um bolero de Pedro
Vargas, nunca um samba, nunca uma marcha, apenas aqui e ali, raramente, um fox-
trot ou um blues”. Eles questionavam pelo fato de que não houve uma valorização do
local que eles estavam utilizando nem a cultura do país que estavam instalados.
Porém, também houveram coisas boas com a vinda dos americanos para cá, pois o
governo americano financiou a vinda de peças da Broadway e artistas famosos da
época, como Heddy Lamar, Nelson Eddy e Jeannette Macdonald, são grandes
cantores de operetas cinematográficas, e isso chamava a atenção de diversas
pessoas de Fortaleza. Porém, seus encontros em público eram no Estoril, e ninguém
de Fortaleza se sentia à vontade, não por causa dos soldados americanos, mas pela
presença das “coca-colas”, pois sentiam-se traídos por trocaram suas morais e cultura
de Fortaleza pela “sacanagem” e proveito dos americanos.

A saída dos americanos: o Estoril:


Após a saída dos americanos da cidade pelo fim da guerra, a Vila Morena ficou
famosa pelo reconhecimento dos americanos, mesmo após a forma como a qual eles
utilizaram a edificação. Mas foi no ano de 1948 que a história do Estoril começa, pois
a antiga Vila Morena foi arrendada para dois portugueses que a transformaram em
um restaurante. A partir daí, o Estoril “assumiu” de vez o seu destino há muito escrito
nas estrelas, o de servir de quartel general da boêmia intelectual da cidade, guarita
dos amantes das musas e outros adoradores da noite, do luar e do céu salpicado de
estrelas” (MARCIANO LOPES) entre eles estavam músicos, intelectuais, artistas,
compositores entre outros, para eles pouco importava se aquele lugar estava
passando por um processo lento de decadência física, com a deterioração das
fachadas e jardins abandonados. Entre outros frequentadores, tivemos a ilustre
presença de Gilberto Gil, um artista brasileiro conhecido por sua música popular, e a
inesquecível artista, conhecida nacionalmente, Luz de Fuego, uma nudista que
habitava na Ilha do Sol (Baía de Guanabara), que fez estremecer os alicerces do
Estoril, com seus espetáculos vestida apenas com uma cobra enrolada no corpo,
porém na época de sua apresentação, Fortaleza era uma cidade muito conservadora,
pois houve impasses da Igreja Católica, que na época possuía um poderio
extraordinário. Foi decidido que Luz de Fuego só poderia se apresentar se estivesse
vestida, ocasionando assim a primeira apresentação vestida de Luz de Fuego.

No livro de Luciano Maia, relata que, pós a saída dos americanos, José Nelson
Gonçalves comprou o Estoril entre 1950 e 1951, tendo também em serviço o Zé
Pequeno, o Raimundinho (Bebê) e o Citônio. Em 2 anos, o empreendimento ficou com
um dono que o manteve por pelo menos 40 anos, Zé Pequeno, pago através do Banco
Frota Gentil, localizado na atual Rua Floriano Peixoto, no centro de Fortaleza. Esta
história também é relatada por Totonho Laprovitera.

Nesta época o Estoril começou a fazer muito sucesso com os grandes


boêmios, desde meados dos anos 50 até no final dos anos 80. Mas quem eram os
boêmios? Músicos, intelectuais, de esquerda, românticos que adoravam gastar seu
tempo conversando, bebendo e se divertindo no Estoril e na Praia de Iracema. No
Opúsculo do Nirez, o texto do próprio Nirez informa em um trecho:

“não fui frequentador do Estoril, mas conheci muitos que ali estavam sempre
presentes, como o radialista João Ramos, Antônio Girão Barroso, Milton Dias,
José Auriz Barreira, Virgílio Maia, Christiano Câmara, Rodger Rogério,
Aleardo Freitas, Carlos Paiva, Rogaciano Leite Filho, Guilherme Neto,
Francisco Soares, Caio Cid, Otávio Santiago, Luciano Maia, Roberto Aurélio,
Lustosa da Costa, Milton Alves, Vilamar Damasceno, Augusto Pontes,
Hildeberto Torres, Airton Monte, Aicides Pintos, Claudio Pereira, César
Barreto, Calé Alencar Zé Limeira, entre outros”. Nirez, p. 34

Os grandes textos representando a grande época dos boêmios no Estoril não


eram tanto o que eles faziam, como reagiam ou possuía um grande estudo. Os
pesquisadores intelectuais eram propriamente eles, que se juntavam-se no Estoril
para passar noites e noites contando suas histórias, poesias, apresentações,
romances... A presença dessas pessoas e os relatos delas são as grandes fontes de
informações que temos do que acontecia dentro do Estoril. Livros como o do Luciano
Maia chamado “Estoril” relata de uma forma pessoal o andamento dos acontecimentos
do prédio. Diversos poemas são escritos e citados, como “à Janela”; “Aqui”; “Gesta
Seranae”; “Corpo A Mar”; “Soneto de Separação no Estoril” dentre muitos outros,
todos eles sem especificar autores. São poemas, fotos, relatos e histórias que fazem
o Estoril ser o segundo lar de muitos nomes de Fortaleza.

Durante os anos de 60 até os anos 80, durante o período da Ditadura Militar


Brasileira, o Estoril se mantinha como um local de fuga para grandes estudiosos
residentes em Fortaleza. Darcy Ribeiro é um nome frequentemente comentado no
livro de Luciano Maia (p 39), e suas aventuras registradas no Estoril. No Livro, relata
que Darcy Ribeiro estava bebendo com os presentes até as 04h30 da manhã, onde
os seus colegas estavam insistindo que ele ficasse para beber mais. Tudo isso
contado de uma forma casual, similar a uma conversa.

Trechos como o escrito acima são difíceis de achar apenas por livros e textos.
Muitas das coisas que aconteciam eram histórias que não são repassadas via texto,
nem gravação de qualquer tipo. As histórias, romances, músicas e momentos vividos
no Estoril se encontram muito mais com os autores, com os frequentadores,
armazenados em suas memórias, nas quais o papel invejaria muito possuir esse tipo
de conhecimento. Porém, apenas os relatos mais formais e simples, como nomes de
pessoas que passaram por lá são mais encontrados.

A Queda da Praia de Iracema e do Estoril:


A construção do porto do Mucuripe na década de 1940 foi primordial para a
degradação da praia de Iracema por ter ocasionado o avanço do mar que provocou
consequências socias e econômicas irreparáveis para a cidade. A configuração
espacial da praia foi mudada, visto que a construção do porto gerou uma erosão que
causou alterações no movimento das correntes marítimas, influenciando na
diminuição da faixa de praia e destruindo as construções próximas a praia. Muitos
jornais publicaram fotos dos destroços das edificações noticiando o “fim” da praia de
Iracema. Diante desse acontecimento, aquele espaço passou por algumas
modificações em relação aos seus usos, dado que a praia foi destruída e não havia
mais a presença de banhistas/turistas, até mesmo os pescadores da região tiveram
que sair das casas, porque tudo foi destruído pelas fortes ondas do mar.

O avanço do mar trouxe consequências que são perceptíveis até hoje. A


primeira foram os paredões de pedra que uma vez postos para conter o avanço do
mar, gerando assim as famosas “piscininhas” apelidadas pela população. A segunda
é relacionada aos novos frequentadores da praia, já que a Praia de Iracema era uma
área nobre de lazer onde não havia diversidade em seus frequentadores. No entanto,
a partir da formação dessas piscinas naturais, o público da praia se diversificou
bastante, recebendo pessoas de diferentes classes sociais. Além disso, essa nova
configuração da praia colaborou para o bairro ser visto como boêmio, já que a praia
voltou a ser frequentada e por diferentes grupos, colaborando para o surgimento de
novos bares e restaurantes, que se popularizou na década de 50. Entretanto, o Estoril
já estava funcionando desde 1948 e tornou-se um ponto de encontro para boêmios,
poetas, músicos e apreciadores da arte, como cita Luciano Maia no livro Estoril.

“(...) o Estoril era principalmente visitado por gente que lá ia (...) para
um longo sarau: pandeiros, violões, cavacos e bandolins. Por esse tempo a
turma jovem não havia descoberto o lugar. Os donos da noite do Estoril eram
cobras criadas, músicos e poetas maduros.” (MAIA, 1995).

Diante do aumento dos números de bares, restaurantes e áreas de lazer, a


partir de 1990 a Praia de Iracema começa a receber investimento em seus espaços
públicos. Houveram mudanças nos usos e apropriações e dentre elas a mais
significativa foi a construção do calçadão que iniciaria no Poço da Draga e terminaria
próximo ao antigo Hotel Iracema Plaza, porém esse projeto de urbanização levantou
questões sobre os impactos ambientais que este feito causaria e que ele poderia
torna-se uma espécie de camelódromo, como disse um morador do bairro da época,
Dr. Hélio Rola.

Ademais, esse vasto aumento de bares na região desencadeou um problema


que foi crucial para o declínio da Praia de Iracema. A liberação de alvarás sem
nenhuma restrição possibilitou uma multifuncionalidade no bairro, o que antes era uma
área com casas, bares, comércios, restaurantes, a partir dessa mudança tornou-se
predominantemente bares e restaurantes que geraram uma grande poluição que foi
se agravando ao ponto de muitos moradores saírem do bairro. Muitos moradores
citam que o fim da praia de Iracema começou com os projetos de urbanização que
não foram bem estruturados e a falta de participação da população nas decisões. Em
meio a decadência do bairro, em 1993 o icônico Estoril foi tombado como Patrimônio
Cultural do Ceará, porém em 1994 devido ao seu péssimo estado de conservação o
prédio acabou desmoronando devido a uma forte chuva. A ruína do local se fez perder
muitos valores físicos, mas os valores sentimentais ainda estavam lá, como histórias
passadas. Pelo texto de “Nirez” Do Opúsculo do Estoril: “(...) Mas a Vila Morena não
resistiu ao tempo e sua torre ruiu. Ruiu e levou com ela muitas esperanças, muitos
sonhos, muitos planos, mas deixou muitas lembranças, muitas saudades e muita
revolta. Por que as coisas tem que acabar”.

Entretanto, em maio de 1995, o Estoril foi reinaugurado e alugado para um novo


restaurante de classe média/alta. Por mais que ele tenha sido reinaugurado, qualquer
uso após a sua destruição é apenas uma réplica do que já foi o original. Mesmo com
a reconstrução anos depois, possuí uma dificuldade muito grande para o atual uso do
Estoril. De acordo com Totonho Laprovitera, o Estoril passou por mais uma reforma
em 2008 e 2011, para em 2017 se tornar a atual sede da Secretaria de Turismo de
Fortaleza (SECULTFOR), de acordo com Totonho, a ocupação é totalmente provisória,
justamente para manter o Estoril em uso.

Nas visitas dos autores para o Bairro Praia de Iracema, a Rua Das Tabajaras
se encontrava totalmente, com diversas pichações e sem sinais de reforma alguma
durante o período.
De acordo com Machado, Isolda; A praia de Iracema recebeu uma proposta de
requalificação nos anos de 1990, para uma reforma turística e não uma reforma
cultural. Uma reforma que, nessa diferença, mudou o uso do espaço de como
realmente veio a ficar a Praia de Iracema. Uma citação dela “ Aos poucos, a Praia de
Iracema foi se transformando em um espaço diferente do espaço original. As antigas
construções foram dando lugar às boates, restaurantes e pontos comerciais. Hoje, o
local é conhecido por ter vida noturna intensa e pela ocupação de turistas; apresenta
poluição sonora, visual e ambiental, e a segurança deixa muito a desejar.”

O renascimento da Praia de Iracema:


De fato, a Praia de Iracema não possuiu um crescimento tão grande quanto
antes. Diversos boêmios simplesmente abandonaram o Estoril como um grande ponto
de encontro e de romance. Hoje, só nos resta suas escritas em textos relativos à
boêmia, à praia de Iracema e aos romances do Estoril.

Entretanto, muitos planos estão entrando em prática para conseguir trazer de


volta a Praia de Iracema como era antigamente, e existem forças para isso. No ano
de 2010 pela Prefeitura de Fortaleza, a Praia de Iracema se encontra em sétimo no
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) geral de Fortaleza e o 9º no IDH-Renda de
Fortaleza, além de manter um índice de educação acima da média.
Fonte: Prefeitura de Fortaleza (2010)

As condições da Praia de Iracema são muito altas para manter o bairro ativo,
mas, ainda assim, muitas pessoas deixaram a Praia de Iracema, incluindo o Estoril,
como ponto de encontro. Porém, ambos ainda são pontos fortes em festas como o
Ano Novo e o Carnaval. Pelo site da Prefeitura, muitos eventos foram divulgados na
Praia de Iracema, próximo ao Estoril. Além disso, o Estoril se torna um lugar de
encontro durante as festas de carnaval.

Mesmo assim, hoje ele é ocupado pela Secretaria de Turismo de Fortaleza, a


SECULTFOR, que está encaminhando diversos planos para a nova revitalização da
Praia de Iracema. Entretanto, ao perguntar a um dos representantes da
SECULTFOR, informou-se que o Estoril na verdade está sendo usado
provisoriamente pela prefeitura, já que não queriam deixar o prédio do Estoril em
desuso e também ninguém demonstrou interesse em tomar conta do Estoril. A
SECULTOR está no Estoril desde 2017 até os dias atuais.
Fontes/Referências:
BEZERRA, Roselane Gomes. PRAIA DE IRACEMA. 1. ed. [S.l.]: Coleção Gráfica e
Editora, Coleção Pajeú, 2016. p. 1-84.

DIÁRIO DO NORDESTE. Plano de revitalização da Praia de Iracema inclui novas


obras. Disponível em:
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/metro/plano-de-revitalizacao-da-
praia-de-iracema-inclui-novas-obras-1.1100740. Acesso em: 6 fev. 2019.

EVANGELISTA, Isolda Machado. UMA LEITURA SOBRE A PRAIA DE IRACEMA -


FORTALEZA (CE): TRANSFORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DO LUGAR E SUAS
REPRESENTAÇÕES. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO MESQUITA
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Disponível em:
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/104428/evangelista_ism_dr_rcla.p
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FORTALEZANOBRE. Estoril - Vila Morena. Disponível em:


http://www.fortalezanobre.com.br/2010/04/estoril-vila-morena.html. Acesso em: 6 fev.
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https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/fortaleza/panorama. Acesso em: 6 fev. 2019.

LOPES, M. et al. Estoril: A VILA MORENA DA PRAIA DE IRACEMA. 1. ed.


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MAIA, Luciano. Estoril. 5. ed. Fortaleza: [s.n.], 1995. p. 1-94.

MESQUITA, T. T. N. D. S. D. P. C. M. D. D. IDENTIDADE DA CIDADE DE FORTALEZA,


CEARÁ, BRASIL: O QUE UMA CAMPANHA EM REDE SOCIAL PODE NOS
REVELAR?. Centro Universitário 7 de Setembro, Fortaleza, v. 1, n. 1, p. 1-1, jun./2017.
Disponível em: <http://www.uni7.edu.br/ic2016/16-05-2016_121844310.docx>. Acesso
em: 6 fev. 2019.

PREFEITURA DE FORTALEZA. Https://www.fortaleza.ce.gov.br/noticias/primeiro-


fim-de-semana-de-pre-carnaval-conta-com-atracoes-em-nove-polos-de-fortaleza.
Disponível em: https://www.fortaleza.ce.gov.br/noticias/primeiro-fim-de-semana-de-pre-
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PREFEITURA DE FORTALEZA. Prefeito Roberto Cláudio lança Planejamento


Estratégico da Praia de Iracema. Disponível em:
https://www.fortaleza.ce.gov.br/noticias/prefeito-roberto-claudio-lanca-planejamento-
estrategico-da-praia-de-iracema. Acesso em: 6 fev. 2019.

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