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fonte: FARIAS, Aírton de. História do Ceará. Fortaleza: Armazém da Cultura, 2015.
O livro pode ser obtido no site www.armazemcultura.com.br
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CONHECENDO O CEARÁ
A capital e município mais populoso é Fortaleza, sede da Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Outras cidades importantes fora da RMF são: Juazeiro do Norte e Crato, na
Região Metropolitana do Cariri; Sobral, na região noroeste; Itapipoca, na
região norte; Iguatu, na região centrosul; Aracati, na região do Vale do
Jaguaribe; e Quixadá e Quixeramobim na região dos Sertões Cearenses. Na
RMF, cidades importantes como Caucaia, Eusébio, Horizonte, Maranguape,
Maracanaú, Aquiraz e São Gonçalo do Amarante, sede do Complexo Industrial
e Portuário do Pecém, incrementam o Produto Interno Bruto cearense. O
estado possui ao todo 184 municípios.
Décimo primeiro estado mais rico do país e o terceiro do Nordeste, o Ceará
apresentava, em 2010, a melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste,
segundo a FIRJAN,além do segundo melhor Índice de Desenvolvimento
Humano da região.
O Ceará abriga um dos maiores parques aquáticos da América Latina, o
Beach Park, na praia do Porto das Dunas, que recebe cerca de 1,3 milhão de
visitantes por ano.
O estado também abriga o quarto maior estádio de futebol do Brasil, o
Estádio Governador Plácido Castelo (Castelão), que tem capacidade para
mais de 64.000 pessoas.
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Etimologia “Ceará”
Atribui-se historicamente ao topônimo ceará
várias acepções, porém o mais conhecida e
aceita diz significar "o cantar da jandaia".
Segundo Manuel Ayres de Casal, ceará é nome
composto de cemo — cantar forte, clamar — e
ara — pequena arara — em língua tupi. Tal tese
foi posteriormente confirmada e enriquecida pelo
escritor José de Alencar.
Mendes de Almeida lembrava, ainda, de
alternativas a essa interpretação, como a de
Senador Pompeu, que faz referência à junção de
cemo-ará a partir de uma variante da língua tupi,
cujo significado seria "rio nascente da serra",
indicando o rio que nasce na Serra de Baturité e
que desagua junto à Vila Velha, local onde foram
lançados os primeiros fundamentos da capital
cearense.
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Etimologia “Ceará”
Outra definição alternativa apontada por Mendes de Almeida é a de
Antônio Bezerra, que afirma que o nome surgiu a partir das
características da paisagem cearense, banhada pelo Oceano Atlântico e
abundante de grandes tabuleiros costeiros e dunas, supostamente
semelhante à paisagem dos "campos do continente negro", referindo-se
à grande região desértica do Saara.
Mendes de Almeida fez, também, uma apanhado de registros de
expedições pelo território e de livros históricos, como os de Vicente do
Salvador e Caspar Barlaeus, na busca de variantes da escrita de ceará,
sem, contudo, achar nelas alguma pista para uma definição mais exata
que a do autor de Iracema.
João Brígido afirmava, ainda, que o nome do estado derivaria da
corruptela de Siri-ará, também de raiz tupi, em alusão aos caranguejos
brancos do litoral.
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O Fortim de São Sebastião localizava-se na margem direita da foz do rio Ceará (atual bairro
de Barra do Ceará em Fortaleza), no litoral do estado brasileiro do Ceará.
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• O povoamento do
território foi e tem sido
bastante influenciado
pelo fenômeno natural da
seca que nos dias atuais,
dificulta na plantação e
criação de animais.
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A- SERRA DA IBIAPABA:
• Padres Francisco Pinto e
Luis Figueira;
• Os índios Tabajaras -
comércio com os franceses;
• A Igreja Católica só
retomou a evangelização do
Ceará após a expulsão dos
holandeses em 1656.
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Franz Post-
1645
Independente de ser a sede da capitania, Nascimento
Fortaleza continuou até o início século XIX de Fortaleza
como um centro administrativo que não (Forte São
detinha um grande poder econômico se Sebastião)
comparando com Aracati, por exemplo.
Forte Schoonenborch
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Mapa
Geográfico
da Capitania
do Ceará -
1800 -
Mariano
Gregorio
do Amaral
Obs.:
Subordinação
à Pernambuco
até 1799.
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A PECUÁRIA
A- A MÃO-DE-OBRA:
• Pobres brancos, mestiços e negros (e escravos libertos );
• Na maioria das vezes não tinham um salário fixo; recebiam
o pagamento através da quartiação;
• Rara possibilidade de ascensão social no Brasil colônia
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A PECUÁRIA E O CHARQUE
A comercialização do gado vivo era feita, principalmente, na zona da
mata, ou seja, na região produtora de cana-de-açúcar nordestina, em
especial Pernambuco.
O desenvolvimento da pecuária possuiu a seu favor os seguintes
fatores:
Terras abundantes;
Presença de rios com trechos perenes;
Presença de pastos;
Sistema de Quarteação (de quatro crias dadas, uma pertenceria ao
vaqueiro);
Não era necessário fazer vultuosos investimentos.
Basicamente, Fortaleza permanece com seu modesto
desenvolvimento sem grandes transformações.
Devemos ressaltar que Fortaleza não se apresentou como
importante núcleo produtor de charque.
Aracati, sendo considerada o polo econômico do Ceará colonial,
estando economicamente acima de Fortaleza, posto que só
perderia no Período Imperial por causa de razões políticas e pelo
segundo surto do algodão.
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B- Sertão de dentro:
dominada pelos baianos, que
teriam sido responsáveis pela
ocupação do Piauí e do Sul do
Ceará;
C- Sertão de fora: que
margeando a zona da mata,
seguia até o litoral cearense.
D- A “Guerra dos Bárbaros”:
portugueses vs. nativos
A terra: visão utilitarista e
mercantilistas vs. espaço de
sobrevivência e de liberdade;
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PM-CE Prova: FGV - 2021 - PM-CE -
Soldado da Polícia Militar
A ocupação do território cearense ocorreu tardiamente, ao contrário
da rápida ocupação do litoral açucareiro, iniciada no século XVI.
Somente no século XVII o interior do Ceará seria ocupado pelos
portugueses. A colonização “tardia” do Ceará, em relação às
capitanias de Pernambuco e Bahia, por exemplo, está relacionada aos
fatores listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) O desconhecimento do território pelos europeus e a resistência
indígena.
b) O impacto de fatores naturais, como as correntes marítimas, que
dificultavam o acesso ao território.
c) O fato de o Ceará não estar inserido nas rotas das especiarias, do
ouro ou das riquezas litorâneas.
d) O fracasso em expulsar os franceses, que tomaram posse do
território e construíram o Forte de São Sebastião.
e) Os conflitos em função da pirataria e da presença de franceses e
holandeses na região.
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RESPOSTA: D
Martim Soares Moreno (Nascido em Santiago do Cacem,
em Portugal) efetivou a posse oficial da região ao fundar,
em 1612, o Forte de São Sebastião, na margem do rio
Siará, sobre as ruínas do antigo Fortim de São Thiago, de
Pero Coelho (1603), lançando assim as bases da
colonização do Ceará, tendo sido seu 1º Capitão-Mor
1º Capitão Pero Coelho de Sousa /1603 / Forte
de São Tiago / Forte de São Lourenço
2º Capitão Martim Soares Moreno / 1611
/ Forte São Sebastião
Volta dos holandeses / 1649 / Forte Schoonenborch
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O CEARÁ REVOLUCIONÁRIO
1. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817:
A- Liberal republicano e de caráter emancipacionista;
B- Insatisfação generalizada nas províncias nordestinas:
• Crise econômica: queda no preço internacional do
açúcar e do algodão;
• A seca de 1816; perda da lavoura; fome;
• Pagamento de altos impostos à Corte;
• Controle do comércio pelo portugueses;
• Influência das ideias liberais.
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3. As ações rebeldes:
• Insatisfação generalizada das camadas populares;
• Aliança militar: PE,CE,RN,PB; compra de armas aos
EUA;
• Formação do Grande Conselho no Ceará-445 pessoas;
• Tristão Gonçalves foi confirmado na presidência da
província.
4. A derrota:
• Na tentativa de ajudar aos pernambucanos Pereira
Filgueiras e Tristão Gonçalves partiram para o Estado
vizinho;
• Os demais revolucionários acabaram se rendendo, sem
luta, para o Lord Cochrane.
• As punições do Padre Alencar e do Padre Mororó
(+30/04/1825): crimes e grupos sociais.
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D) Confederação do Equador.
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OS NEGROS NO CEARÁ:
1) Os negros constituíam, em média 60% da população
cearense no século XIX, segundo os censos oficiais.
2) Negro não é a mesma que escravo.
3) A “coisificação” do negro.
4) O mito da “boa” convivência entre senhores e escravos no
Ceará,como motivação para a abolição precoce.
5) A resistência “não-violenta”: Agente da história; negociava
com o senhor.
6) Dentre os espaços de autonomia conquistados, destacam-
se a brecha camponesa, a família, o lazer e a religião.
7) A resistência violenta: fugas, assassinatos, formação de
quilombos, suicídio, rebeliões,etc.
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3- ECONOMIA:
a) Algodão:
• A divisão internacional do trabalho ;a Independência dos EUA e a
Guerra de Secessão;
• O “ouro branco” e a fome;
• A modernização da cidade de Fortaleza.
b) Café:
• Mercado interno (RN; PI; PB) e externo (Europa);
• Maciço de Baturité;
c) As primeiras indústrias:
• Têxteis: disponibilidade de matéria-prima;
• Sabão, calçados, cigarros e bebidas;
• Manutenção da estrutura agropecuária;
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“Por oligarquia acciolina entendemos o grupo político liderado por Nogueira Accioly, que
administrou de forma autoritária, nepótica, despótica, corrupta e monolítica o estado do
Ceará entre 1896 e 1912”
(FARIAS, Aírton de, História do Ceará: dos índios a Geração Cambeba; Tropical ,1997.
coronelismo e clientelismo
Para tanto, foi fundamental a adesão à política dos
governadores (um mecanismo de apoio mútuo entre
o presidente da república e os governadores dos
Estados, levando à formação de oligarquias), o apoio
dos coronéis latifundiários, à aliança com fortes
grupos econômicos locais, a prática de nepotismo,
corrupção eleitoral e repressão às oposições.
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Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PM-CE Prova: FGV - 2021 - PM-CE - Soldado da Polícia
Militar
A respeito da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene),
avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Sua instituição partiu da definição do espaço que seria compreendido como Nordeste
e passaria a ser objeto da ação governamental: os estados do Ceará, Maranhão, Piauí,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte de Minas
Gerais.
( ) Sua criação resultou da percepção de que, mesmo com o processo de industrialização,
crescia a diferença entre o Nordeste e o Centro-Sul do Brasil, sendo necessário haver
uma intervenção direta e planejada na região, para incentivar o seu desenvolvimento.
( ) A Sudene foi criada como uma autarquia subordinada diretamente à Presidência da
República, e sua secretaria executiva coube a Celso Furtado que, de 1959 a 1964, foi
responsável pela estratégia de atuação do órgão.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – F – F.
b) V – V– F.
c) F – V – F.
d) F – F – V.
e) V – V – V
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RESPOSTA: E
https://jk.cpdoc.fgv.br/fatos-eventos/superintendencia-desenvolvimento-nordeste-
sudene#:~:text=A%20Sudene%20foi%20criada%20como,A%20opera%C3%A7%C3%A3o%20Nor
deste%2C%20de%201959.
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, criada pela Lei no 3.692, de 15 de
dezembro de 1959, foi uma forma de intervenção do Estado no Nordeste, com o objetivo de
promover e coordenar o desenvolvimento da região. Sua instituição envolveu a definição do
espaço que seria compreendido como Nordeste e passaria a ser objeto da ação
governamental: os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte de Minas Gerais. Esse conjunto, equivalente a
18,4% do território nacional, abrigava, em 1980, cerca de 35 milhões de habitantes, o que
correspondia a 30% da população brasileira.
A criação da Sudene resultou da percepção de que, mesmo com o processo de industrialização,
crescia a diferença entre o Nordeste e o Centro-Sul do Brasil. Tornava-se necessário, assim,
haver uma intervenção direta na região, guiada pelo planejamento, entendido como único
caminho para o desenvolvimento.
Entre as causas imediatas da criação do órgão, pode-se citar a seca, de 1958, que aumentou o
desemprego rural e o êxodo da população. Igualmente relevante foi uma série de denúncias que
revelaram os escândalos da "indústria das secas": corrupção na administração da ajuda dada
pelo governo federal através das frentes de trabalho, existência de trabalhadores fantasmas,
construção de açudes nas fazendas dos "coronéis", etc. Ou seja, denunciava-se que o latifúndio
e seus coronéis - a oligarquia agrária nordestina - tinham capturado o Departamento Nacional
de Obras Contra as Secas (DNOCS), criado em 1945, da mesma forma como anteriormente
tinham dominado a Inspetoria de Obras Contra as Secas, de 1909.
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Tasso Jereissati
(1987-1991)
Ciro Gomes
(1991-1994)
Tasso Jereissati
(1995-1998)
(1999-2002)
Lúcio Alcântara
(2003-2006)
Cid Gomes
(2007-2010)
(2011-2014)
Camilo Santana
(2015-2018)
(2019-2022)
2022 – Izolda Cela
2023-2026 – Elmano de Freitas
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