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Etimologia

O toponimo "maceió" tem origem no termo tupi "maçayó" ou "maçaio-k"; que significa "o
tapa o alagadiço",[11][12][13][14] ou “aquele que tapa o alagadiço”.[12] Onde o termo "maceió"
designa uma lagoa temporária e cíclica (lagoeiro) que localiza-se à beira do mar e é
influenciado pela maré;[12][15][16][17] foz de um curso de água pequeno que é interrompido
temporariamente por uma barra de silicato.[17] O termo pode também ter relação com o
riacho Maceió (inicialmente Maçayó), um dos responsáveis pelas "características
alagadiças" da região.[12]

História
Período pré-colonial e colonial
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região da atual cidade de
Maceió foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes
da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, esta era
ocupada por um desses povos tupis: o dos caetés.[18]
No século XVII, início da colonização portuguesa, navios portugueses atracavam onde
hoje se localiza o porto do bairro do Jaraguá, local em que eram carregadas madeiras
das florestas litorâneas. O porto também serviu, mais tarde, para o embarque de açúcar
produzido pelos engenhos locais. Antes de sua fundação em 1609, Manoel Antônio Duro
morou onde hoje é o bairro de Pajuçara, recebendo, do alcaide-mor de Santa Maria
Madalena, Diego Soares, uma sesmaria.
Em 1673, as terras mudaram de dono. O rei de Portugal determinou ao Visconde de
Barbacena a construção de um forte no bairro do Jaraguá. Com isso, houve um grande
desenvolvimento na região e o pequeno povoado recebeu uma pequena capela dedicada
a Nossa Senhora dos Prazeres, hoje padroeira da cidade.[11]
Século XIX
A vila de Maceió foi desmembrada no dia 5 de dezembro de 1815 da então Vila de Santa
Maria Madalena da Alagoa do Sul, ou simplesmente Vila de Alagoas, atual cidade
de Marechal Deodoro. Em 9 de dezembro de 1839, deu-se a elevação à condição
de cidade, principalmente por causa do desenvolvimento advindo da operação do porto de
Jaraguá, um porto natural que facilitava o atracamento de embarcações, por onde eram
exportados açúcar, tabaco, coco e especiarias. Em 16 de dezembro de 1839, é inaugurado
o município de Maceió, sendo seu primeiro intendente Augustinho da Silva Neves.
Com a emancipação política de Alagoas, em 1817, o novo governador da
capitania, Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, iniciou a transferência da capital para a
cidade de Maceió, mas houve resistência dos homens da câmara e homens públicos.
Após a vila ser agraciada com o simbólico ato de transferência do baú do Tesouro da
Província, cuja iniciativa partiu do ouvidor Batalha, dado o contínuo processo de
desenvolvimento do local, Maceió veio a se tornar a capital da Província das Alagoas,
especificamente em 9 de dezembro de 1839, mediante a edição da Resolução Legislativa
nº 11. No dia 16 de dezembro de 1839, expedições militares dos estados
de Pernambuco e Bahia foram para Maceió para garantir a ordem e para a transferência
do governo para a cidade.[19]
Mas, com a mudança da capital, Maceió foi invadida no dia 4 de outubro de 1844 por
tropas guerrilheiras comandadas por José Thomaz da Costa, pelo padre Calheiros e pelo
advogado Lúcio, da Vila do Norte. Sousa Franco, então presidente da província, contra-
atacou com tropas da nova capital. No dia 5 de outubro de 1844, outras tropas atacaram a
capital. As tropas guerrilheiras invadiram as ruas da cidade e fizeram exigências ao
presidente, que não aceitou as reivindicações. O contra-ataque fez com que as tropas
invasoras recuassem. O recuo das tropas cabanas fez com que Vicente de Paula
assumisse o comando das tropas cabanas. Novos contingentes de cabanos voltaram a
atacar Maceió no dia 21 de outubro de 1844 às 7:00. As tropas invadiram o consulado
britânico e prendem o vice-cônsul Diogo Burnett. O ataque teve repercussão até na capital
do império. O escândalo da invasão do consulado fez com que o major Sérgio Tertuliano
viesse de Pernambuco para reforçar as defesas de Maceió. Um relatório do major sobre o
conflito foi feito. Ele mostrou o pânico da população e o bloqueio das entradas da cidade.
Um novo contra-ataque fez com que as tropas cabanas fossem derrotadas e que os
principais líderes cabanos fossem mortos.[20]
Século XX

Vista de Maceió
Maceió
Ocorreu no dia 1 de fevereiro de 1912 a Quebra de Xangô, que também possui outros
nomes, como "Dia do Quebra" e "Quebra-quebra". Muitos historiadores e estudiosos
preferem chamá-la de "Quebra de 1912". Consistiu na destruição de todas as casas
de culto afro-brasileiro existentes na capital. As referências historiográficas sobre o fato
estão nos artigos publicados na seção "Bruxaria", de Oséas Rosas, no já extinto Jornal de
Alagoas. Terreiros foram invadidos e objetos sagrados foram retirados e queimados em
praça pública; pais e mães de santo foram espancados publicamente.
Não se sabe ao certo o número de terreiros destruídos, pessoas assassinadas ou os
responsáveis pelo fato. O movimento foi insuflado pela Liga dos Republicanos
Combatentes, que era uma entidade civil que cometia atos ilegais, como invasão a casas
oficiais, tiroteios, intimidações.
Na década de 1930, a cidade chamou a atenção pelo grande movimento literário, com a
participação de José Lins do Rego, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos entre outros.
Depois disso, Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político, iniciando
uma nova fase no comércio e a industrialização. Na década de 1950, foi construído, na
praia da Pajuçara, o Iate Clube Pajussara, um clube de recreio e de treinamentos náuticos.
Um dos sócios-fundadores deste clube foi um dos mais renomados professores do
estado, Odorico Maciel. Nele, os alagoanos faziam bailes de formatura, bailes
carnavalescos e diversas festas e encontros da elite alagoana.
O fato estava ligado a um momento em que a oposição, liderada por Fernandes Lima,
tenta derrubar, do poder, a estabelecida e consolidada oligarquia Malta.[21][22]
Em 17 de julho de 1997, milhares de servidores públicos protestaram contra a
desvalorização dos trabalhadores ao então governador Divaldo Suruagy. Eles
reivindicavam melhoria nas condições de trabalho nas repartições públicas e o pagamento
do salário atrasado. Desesperados, muitos servidores cometeram suicídio depois de seis
meses sem receber salário. Militares e civis se uniram em um combate armado nas
proximidades da Assembleia Legislativa de Alagoas, que estava protegida pelas tropas
do Exército. Houve quebra-quebra nas ruas e, finalmente, aconteceu a queda do
governador Suruagy; o fato ficou conhecido como "A queda de Suruagy".[23]

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