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Selêucida, Império Arsácida e Império Sassânida

A parte superior da estela do código de leis de Hamurábi


O território do atual Iraque foi o berço da civilização suméria (a civilização mais antiga do
mundo) por volta de 4 000 a.C. No ano de 2 550 a.C., ocorreu a unificação da Suméria
com a Acádia feita pelo patesi Sargão. Séculos mais tarde o Império de Sargão
desmorona: ocorrem revoltas internas e os povos nômades vindos dos Montes Zagros (os
povos gútios) conquistam o Império. No ano de 1 950 a.C. eles conquistam o Império
definitivamente depois de diversos ataques dos elamitas e dos Amoritas. Tal motivo de
tantos combates seria das terras férteis localizado do rio Nilo até os Planaltos Iranianos.
Os elamitas tomaram o extremo Norte do atual Iraque (do Império de Sargão), enquanto
os amoritas que formavam o Império Paleobabilônico ocupavam o Centro-Sul.
Os hurritas dominavam o norte iraquiano acabaram sendo conquistado pelos egípcios e
pelos hititas. Os egípcios e os hititas que estavam dominando o antigo Império Mitani,
acabaram sendo dominados pelos amoritas, e os amoritas acabaram sendo dominados
pelos cassitas, reconquistando o império, logo o II Império Mitani acabou desmoronando
nas mãos dos elamitas.
Os amoritas que formaram o Primeiro Império Babilônico acabaram sendo conquistados
pelos assírios por causa da morte do rei Hamurábi. Ciaxares, rei da Média, com aliança
com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim
ao estado assírio. Por causa da independência do Egito, ocorreram diversas
manifestações na Fenícia e no Elão. Os persas se aproveitando disso, conquistaram os
elamitas no ano de 539 a.C. durante a Dinastia Aquemênida persa. O II Império Babilônico
formado pelos caldeus acabou sendo dominado também pelos Persas. Após a tentativa
frustrada de Dario (xá) de conquistar a Grécia, o império aquemênida começou a declinar.
Décadas de golpes, revoltas e assassinatos enfraqueceram o poder dos aquemênidas.
Em 333 a.C., os persas já não tinham mais força para suportar a avalanche de ataques
de Alexandre, o Grande, e em 330 a.C., o último xá, Dario III, foi assassinado por
seu sátrapa Besso, e o primeiro Império Persa caiu em mãos dos gregos e macedônios.
O Império de Alexandre, o Grande

Expansão do califado
O Império Selêucida foi um estado político helenista que existiu após a morte de Alexandre
III da Macedónia, cujos generais entraram em conflito pela divisão de seu império. A
dinastia arsácida (ou Parta) foi o mais duradouro dos impérios do antigo Oriente Médio.
Nômades partas, de origem iraniana, instalaram-se no Planalto Iraniano e estabeleceram
um pequeno reino independente. Sob a liderança do Rei Mitrídates, o Grande (171−138
a.C.), o reino parta tornou-se dominante na região, submetendo a Média, a Mesopotâmia e
a Assíria. O Império Parta ocupava todo o território do atual Irã, bem como os modernos
Iraque, Azerbaijão, Armênia, Geórgia, o leste da Turquia, o leste
da Síria, Turcomenistão, Afeganistão, Tajiquistão, Paquistão, Kuwait e a costa do Golfo
Pérsico da Arábia Saudita, Barém e Emirados Árabes Unidos.
O império chegou ao fim em 224 d.C., quando o último xá parta foi derrotado por um de
seus vassalos, Artaxes dos persas, da dinastia sassânida. As frequentes guerras com os
romanos levaram à exaustão e à destruição do Império Sassânida. Com Constantinopla
sitiada, o Imperador bizantino Heráclio flanqueou os persas pelo mar na Ásia Menor e
atacou-os pela retaguarda, o que resultou numa derrota decisiva em 627 para os
sassânidas na Mesopotâmia setentrional. Estes viram-se obrigados a abandonar todos os
territórios conquistados e recuar, seguindo-se o caos interno e a guerra civil. Após 14 anos
e sete reis diferentes, o Império Persa foi subjugado pelos árabes muçulmanos; com o
assassinato, em 651, do último xá sassânida Isdigerdes III, seu território foi absorvido pelo
Califado.
Conquistada por persas e gregos, a Mesopotâmia se torna o centro de um vasto império
árabe no século VII (primeira dinastia de califas do profeta Maomé: a Dinastia Omíada dos
descendentes de Meca). Um século depois, a dinastia abássida decidiu mudar a capital
de Damasco para o leste, e o califa Almançor construiu a nova capital, Bagdá, nas
margens do rio Tigre. Durante três séculos, a cidade das "Mil e uma Noites" foi o centro de
uma nova cultura.
Era Contemporânea
Rei Faiçal I do Iraque (1921–1933).
As fronteiras orientais do Império Otomano variaram muito ao longo de séculos de
disputas com os Mongóis e outros povos da Ásia Central, posteriormente seguidas de
disputas com o Império Russo, no século XIX. Na região do moderno Iraque, forças
inglesas haviam ajudado a organizar sublevações regionais contrárias ao domínio
otomano durante toda a I Guerra Mundial. O Iraque moderno nasceu em 1919, quando
o Império Otomano, foi desmembrado, depois da Primeira Guerra Mundial.
Em 1920 a Conferência de San Remo levou à imposição de um mandato da Liga das
Nações para a Inglaterra administrar o Iraque, onde indicaram a britânica Gertrude como
governadora daquela região.[11][12] O Rei Faiçal I foi coroado pelos britânicos como chefe de
Estado, embora tivesse um poder meramente simbólico perante o domínio inglês. Isto fez
eclodir uma nova rebelião independentista. Para dominar o Iraque, as tropas britânicas
realizaram uma verdadeira guerra colonial, utilizando-se de forças blindadas e
bombardeios aéreos contra vilas e cidades iraquianas durante toda a década de 1920, que
incluíram o uso de armas químicas como o gás mostarda lançado de aviões.[13][14][15]
Em 1932 o Iraque teve sua independência formalizada, embora continuasse sob forte
influência inglesa, já que o Reino Unido conseguiu manter membros do antigo governo
colonial (1920–1932) durante o curto período de independência do Iraque governado pelo
Rei Faiçal (1932–1933) e na sequência, em governos dos seus descendentes da dinastia
hachemita.[15]

Muhammad Najib ar-Ruba'i, primeiro presidente do Iraque


Após a morte do rei Gazi, filho de Faiçal, em 1939, foi instituído um período de regência,
pois o rei Faiçal II tinha apenas 4 anos. Na maior parte do período de regência, o tio do rei,
Abdulillah (Abdel Ila), governou o Iraque. Este era um governo pró-britânico até o início
da II Guerra Mundial. Em Março de 1940, o Primeiro-Ministro e General Nuri as-Said foi
substituído por Rashid Ali al-Gailani, um nacionalista radical, que adotou uma política de
não cooperação com os britânicos. A pressão britânica que se seguiu levou a uma revolta
militar nacionalista em 30 de Abril de 1941, quando foi formado um novo governo, pró-
Alemanha, encabeçado por Gailani. Os britânicos desembarcaram tropas em Baçorá e
ocorreu uma rápida guerra entre os dois países em Maio, quando os ingleses
restabeleceram o controle sobre o Iraque e Faiçal II foi reconduzido ao poder. Em 17 de
Janeiro de 1943 o Iraque declarou Guerra à Alemanha. A Grã-Bretanha ocupou o Iraque
até 1945 e dividiu a ocupação do vizinho Irã com as forças da URSS. Durante a guerra o
Iraque foi um importante centro de suprimento para as forças dos Estados Unidos e da
Grã-Bretanha que operavam no Oriente Médio e de transbordo de armas para a URSS.
Após a II Guerra Mundial, o Iraque se tornou área de influência dos EUA, assinando
o Pacto de Bagdá em 1955 com EUA e Turquia.
O Iraque participou da guerra árabe-israelense de 1947–1949 (Ver: Guerra árabe-
israelense de 1948), e apoiou os países árabes em guerra contra Israel na Guerra dos
Seis Dias (1967) e na Guerra do Yom Kipur (1973). Com a crise política dos anos 1950, o
Iraque chegou a formar uma confederação com a Jordânia em 1958, que dissolveu-se com
o fim da monarquia e o início da república no mesmo ano. O período 1959–1979 foi
bastante conturbado na história iraquiana, com diversos golpes de Estado e participação
em duas guerras.

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