Você está na página 1de 4

Alexandre, o GrandeA+

A-
Alexandre III da Macedônia, também conhecido como Alexandre,
o Grande, foi o rei do Império da Macedônia entre 336 . e 323
a.C., no período helenístico da história da Grécia Antiga. Nascido
em 356 a.C. em Pela, capital do reino da Macedonia, o jovem
príncipe sucedeu a seu pai, o rei Filipe II, com apenas vinte anos de
idade. Ele passou a maior parte de seus anos no poder em uma
série de campanhas militares sem precedentes. E os trinta anos já
havia criado um dos maiores impérios do mundo antigo, que se
estendia da Grécia para o Egito e ia até ao noroeste da Índia.
Morreu aos 32 anos invicto em batalhas e é considerado um dos
comandantes militares e estrategista dos mais bem-sucedidos da
história.

Mas como Alexandre chegou ao poder?

Os macedônios eram um povo que habitavam o norte da Grécia e


que se consideravam helenizados, inclusive compartilhando muitos
elementos culturais com os gregos. Em 338 a.C., durante a Batalha
de Queroneia, Filipe II da Macedônia venceu uma liga grega
liderada por Atenas e Tebas e marcou o início do domínio
macedônico na região. Esse foi o fim do período clássico da história
grega e início do período helenístico. O apreço pela cultura grega
era tão grande que Filipe II escolheu como tutor de Alexandre o
filosofo Aristoteles, e em Mieza, que era como um colégio
interno para a educação dos filhos dos nobres da macedônia o
filosofo desempenhou seu papel. Ali além de Alexandre estudaram
os jovens Ptolemeu, Heféstio) e Cassandro. Esses e muitos outros
estudantes acabaram se tornando amigos de Alexandre e mais
tarde se tornariam generais em seu exército. Acredita-se que
Heféstio era muito mais do que apenas amigo, se é que você me
entende. Aristóteles ensinou a Alexandre e seus companheiros
sobre medicina, filosofia, moral, religião, lógica e arte. Sob sua
tutela, Alexandre desenvolveu muito interesse pelo autor Homero,
em particular sua a obra Ilíada; Aristóteles lhe deu uma cópia deste
livro, e a Alexandre levava em suas campanhas para inspira-lo. O
famoso filosofo cuidou da educação do príncipe e de seus melhores
amigos até que completasem 16 anos.

Filipe II tinha planos de organizar um grande exército, composto de


macedônios e gregos, para iniciar uma campanha de conquista dos
territórios do Império Persa e derrotar o rei Dario III. Esse plano de
Filipe II só chegaria a ser concluído por seu filho, pois em 336 a.C.,
ele foi assassinado por seu guarda-costas, Pausânias.

Com o assassinato de Filipe II, Alexandre assumiu o trono


macedônio aos 20 anos. A sucessão desencadeou uma forte crise
na Macedônia, e Alexandre teve de assumir posturas enérgicas
para reafirmar seu poder sobre a região. Primeiramente, Alexandre
precisou impor-se contra usurpadores que tentavam tomar seu
trono.

Após consolidar seu poder na Macedônia e na Grécia, Alexandre


formou um grande exército composto por gregos, macedônios e
outros povos conquistados, e iniciou a campanha de conquista da
Ásia, dominada pelos persas desde 334 a.C. Na Macedônia, deixou
Antípatro como governante de confiança e Alexandre nunca mais
retornaria para sua casa.

Campanha de conquista da Pérsia

Alexandre chegou à Ásia Menor no começo de 334 a.C.,


acompanhado de aproximadamente 50 mil sodados e foi obtendo
várias vitórias.Com as conquistas, Alexandre transformou essas
cidades de origens gregas conquistadas em pólis democráticas.

O encontro de Alexandre com Dario III se deu em 333 a. C., durante


a Batalha de Isso. Os macedônios alcançaram grande vitória, e
Dario III fugiu desesperadamente para o oriente, deixando sua
família sob a posse de Alexandre.

A vitória em Isso permitiu Alexandre conquistar todas as grandes


cidades da faixa que atualmente corresponde a Síria, Líbano e
Palestina. A única cidade da região que não se submeteu aos
macedônios foi Tiro, que impôs resistência e obrigou os
macedônios a realizarem um cerco de oito meses para conquistá-la.
Como punição, Alexandre autorizou a pilhagem da cidade e a
escravização de seus cidadãos em 332 a.C.

Após a conquista de Tiro, Alexandre partiu rumo ao Egito, local


onde foi bem recebido. A estadia de Alexandre no Egito deixou
como legado a fundação da cidade de Alexandria em 331 a.C. A
fundação dessa cidade tinha um papel militar estratégico para
garantir o controle do Mar Mediterrâneo e Egeu pela frota naval dos
macedônios.
Em 330 a.C., Alexandre marchou novamente, na direção do vale do
rio Tigre, ao encontro das forças de Dario III. O rei persa havia
novamente organizado um grande exército que se encontrou com
os macedônios na Batalha de Gaugamela em 330 a.C. Os
registros desse confronto contam da habilidade estratégica de
Alexandre em superar as dificuldades no campo de batalha, e Dario
novamente foi derrotado.

Com a vitória em Gaugamela, Alexandre conquistou as mais


importantes cidades persas e essas novas conquistas renderam ao
rei macedônio grandes somas de riquesas, obtidas dos cofres reais
dos persas. O que ajudou Alexandre a manter o seu exército e
continuar sua expansão territorial.

Depois disso, Alexandre iniciou uma caçada para capturar Dario,


porém um usurpador chamado Besso, assassinou Dario III antes
mesmo que Alexandre pudesse colocar suas mãos nele.

Campanha indiana e a morte de Alexandre

A última fase das conquistas de Alexandre aconteceu na Índia.


Alexandre tentou impor seu domínio sobre os reinos que existiam
na região além do Rio Indo e encontrou as batalhas mais difíceis de
sua trajetória entre 326 a.C. e 325 a.C. Ele travou (e venceu) uma
grande e sangrenta batalha contra Poro, rei dos pauravas, e pôs fim
a sua campanha após seus soldados informarem-no o desejo de
não mais continuar com os avanços.

Com isso, Alexandre retornou para a Babilônia, onde permaneceu


entre 324 e 323 a.C. Durante sua estadia nessa cidade, ele passou
a planejar futuras campanhas de conquistas tanto da Península
Arábica e como também em direção a Europa Ocidental. Os planos
de Alexandre foram interrompidos após ele contrair uma febre
fulminante, que o levou a falecer poucos dias depois, em junho de
323 a.C.

Não se sabe ao certo as causas da morte de Alexandre, mas,


atualmente, especula-se que ele possa ter morrido em decorrência
de febre tifoide ou malária (a hipótese de envenenamento não é
muito aceita pelos historiadores). A morte de Alexandre levou a
uma crise sucessória, uma vez que não havia um herdeiro
estabelecido (sua esposa Roxana estava grávida). Iniciou-se, então,
uma disputa pelo poder entre os generais de Alexandre, o que
provocou a fragmentação do Império Macedônio.
Alexandre tornou-se lendário como os herói clássicos que ele
mesmo tanto admirava nas histórias de seu livro preferido, A iliada,
se espelhando em Aquiles, alcançou destaque na história e mitos
gregos, chegando a ser venerado por quase todos os lugares que
conquistou. Suas conquistas que iam muito além de militares mas
eram também culturais, foram invejadas e inspiraram diversos
líderes militares, academias militares em todo o mundo ainda
ensinam suas táticas. É muitas vezes classificado entre as pessoas
mais influentes do mundo em todos os tempos. É um dos
responsáveis pela expansão da cultura helênica e soube respeitar
as diferentes culturas, crenças e povos que reinou.

Você também pode gostar