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Juliana Bezerra
Professora de História
Os romanos ocuparam a foz dos rios e ali instalaram seus materiais para a
produção do “garo”, um tempero muito apreciado em todo Império. Mais tarde,
a região sofre a mesma sorte que o Império Romano, quando este é ocupado
pelas tribos germânicas.
Nesse período aparece pela primeira vez a denominação "Porto Cale" (porto fiscal na
entrada do rio Douro) onde hoje se encontra a cidade do Porto. Deste vocábulo se
originaria o nome do país, Portugal.
Em 585 é a vez dos visigodos, aliados dos romanos e de origem germana, se fixarem na
região.
A invasão árabe
No século VIII, a Península Ibérica é invadida pelos árabes que ficariam ali
aproximadamente sete séculos. Importante lembrar que em alguns pontos do território,
os muçulmanos ficaram menos tempo.
No Reino de Leão, foragidos dos domínios muçulmanos se unem para conquistar terras.
Posteriormente, por disputas internas, o reino de Leão seria desmembrado e nasceria o
Reino de Castela, no século XI. Mais a leste surgiram os reinos cristãos de Aragão e
Navarra.
Em 910, foi criado o Reino de Galícia, no extremo noroeste da Península Ibérica, cuja
capital era Braga, atualmente em Portugal. Nesse novo reino constitui-se um condado
hereditário denominado Portucalense, de onde nasceria Portugal.
O rei dom Fernando I de Leão (ou Fernando Magno) conquista cidades como Lamego,
Viseu e Coimbra. Em 1065, com a morte de D. Fernando I de Leão, seu reino é dividido
entre seus três filhos. Um deles, D: Afonso VI, herda o reino de Castela, e mais tarde,
anexa-lhe o reino de Leão e Galícia.
Com efeito, ele obtém uma grande vitória em 722, na Batalha de Covadonga e,
no ano de 740, as terras localizadas ao norte do rio Douro já eram cristãs
novamente. Sem espanto, as populações das regiões reconquistadas passavam
aos exércitos cristãos, engrossando suas fileiras.
O mais precoce foi Portugal, o qual logrou sua reconquista em 1147, com a
reconquista da cidade de Lisboa e em 1187, com a formação do Condado
Portucalense no noroeste da Península.
No século XV, as campanhas militares patrocinadas pela união conjugal dos reis
Fernando de Aragão e Isabel Castela consolidaram o processo de reconquista,
culminando na expulsão completa dos invasores muçulmanos em 1492, com a
retomada do reino de Granada e na unificação da Espanha como Estado
Nacional.
Principais Características
De partida, vale destacar que a reconquista da Península Ibérica foi motivada
pela religião e pela retomada de territórios ricos e prósperos. Vale acrescentar
que foi um processo longo que durou quase oito séculos, especialmente nos
territórios espanhóis, onde a reconquista demorou mais que em outras regiões.
Por sua vez, no decorrer dos séculos XII e XIII, o equipamento utilizado pelas
forças da cristandade melhoraram significativamente, com soldados vestindo
armaduras de cota de malha, elmos e capacetes de ferro, braçadeiras, coxetes e
escudos recobertos por couro e ferro, armados com espadas, lança, dardos, arco
e flechas ou besta e virotes. Até mesmo os cavalos com armaduras de cota de
malha eram comuns.
Origem de Portugal
Uma vez vitoriosos, D. Afonso VI casa sua filha, D.Teresa de Leão, com D: Henrique
de Borgonha. Igualmente, em 1093, doa ao genro, as terras que compreendiam o antigo
condado Portucalense, do rio Minho à cidade Coimbra. Este território não era
independente e sim vassalo do Reino de Leão.
Com a morte de D. Henrique, o herdeiro dom Afonso Henriques tinha apenas três anos
e o governo é ocupado pela viúva, dona Teresa, que tenta ser reconhecida como herdeira
do reino de Castela, ao mesmo tempo que se proclama reina de Portugal.
Com o tempo, dona Teresa deixa se influenciar por nobres galegos, afastando-se dos
propósitos de tornar independente o condado. No entanto, D: Afonso Henriques ganha o
apoio do bispo de Braga, dom Paio Mendes e seus sucessores, que desejavam conquistar
a independência de sua arquidiocese.
D. Afonso Henriques expande seu território tomando terras aos muçulmanos. Após a
Batalha de Ourique, em 1139, onde vence cinco líderes muçulmanos, Dom Afonso
Henriques se proclama rei de Portugal como Afonso I.
O rei dom Afonso VII o reconhece como soberano através do Tratado de Zamora, em
1143 e o Papa Alexandre III o fará em 1179.
O último monarca da dinastia de Borgonha foi D. Fernando, que faleceu em 1381. Dois
anos depois, a corte proclama D. João, o novo rei de Portugal, mestre da ordem militar
de Avis, que dá início à dinastia do mesmo nome. Este episódio seria conhecido como a
Revolução de Avis.
Mouro era o nome dado pelos cristãos às pessoas de pele escura e de religião
muçulmana que habitaram a Península Ibérica, do século VIII ao XV.
O termo vem dos romanos que nomearam Mauritânia a uma de suas províncias
na África. Com a invasão dos árabes muçulmanos neste continente, os
habitantes dessa região adotaram o Islã também como sua religião.
Desta forma, "mouro", aos olhos dos cristãos, passou a ser sinônimo de uma
pessoa muçulmana e de pele escura. Os mouros, no entanto, não constituem
um povo, nem uma etnia e sim uma generalização que os cristãos europeus
fizeram dos muçulmanos tanto africanos, como árabes.
Significado de mouro
A palavra “mouro” vem do latim - mauro - e significa “escuro”.
Mouros na Espanha
Mouros em Portugal
Além do idioma, podemos encontrar a influência moura em Portugal na
arquitetura e na decoração. Os melhores exemplos são os arcos em ferradura,
os azulejos e os enfeites coloridos.
Afinal, os árabes são aqueles que nascem nos países como o Egito, Arábia
Saudita, Iêmen, Líbano, etc. Ser árabe, portanto, tem mais a ver com a
identidade cultural e idioma do que com a religião.
Mouros na Europa
Os mouros chegaram na Europa através da Península Ibérica.
Na alta Idade Média, os reis visigodos viviam em guerra uns contra os outros.
Um dos monarcas pede ajuda a Musa ibn Nusair, líder de uma tribo iemita, que
habitava o norte da África.
Uma vez na Península Ibérica, os cristãos que moravam nestas terras passaram a
denominar mouros àquelas pessoas de pele escura que praticavam o Islã, em
referência à Mauritânia. Nas regiões onde eles se instalaram, os cristãos
começaram a se converter ao islamismo. Estes novos muçulmanos, também
foram chamados de mouros, embora já não fossem africanos ou árabes de
origem, nem tivessem a pele escura.
Igualmente, os próprios muçulmanos que viviam na Península, começaram a
usar a palavra "mouro" para referir a si mesmos. Por isso, tanto em Portugal
como na Espanha, mouro é praticamente um sinônimo para "muçulmano".
Países Árabes
Países Árabes
Os principais países de cultura árabe são:
Península Arábica
Iraque
Barein
Catar
Arábia Saudita
Emirados Árabes Unidos
Iêmen
Kuwait
Omã
Vale do Nilo
Egito
Sudão
Magrebe
Líbia
Tunísia
Argélia
Marrocos
Mauritânia
Saara Ocidental
Crescente Fértil
Iraque
Líbano
Síria
Palestina
Jordânia
Mundo Árabe
O mundo árabe compreende aqueles países e povos que adotaram a língua
árabe. Estão concentrados, principalmente, no norte da África.
Não se deve confundir "mundo árabe", que se identifica com o idioma, com
"mundo islâmico", que se refere à religião.
Nem todo árabe é muçulmano (ou islâmico) e muitas pessoas que não tem
como idioma o árabe são muçulmanas.
A cultura árabe viajou com os povos dessas regiões e chegaram à Espanha,
Portugal e dali passaram às Américas. Em países como Brasil e Argentina há
importantes comunidades descendentes de árabes.
Como este domínio se fez com relativa tolerância, houve uma influência
recíproca entre aqueles que eram muçulmanos e falavam árabe e os povos que
foram dominados. Através das suas viagens, os árabes entraram em contato
com os povos helênicos, aprenderam e preservaram sua filosofia grega.
Desta maneira, as comunidades cristãs e judaicas eram toleradas nos territórios
de maioria muçulmana e acabaram absorvendo tradições árabes.
Veja também: Persas
Costumes da Cultura Árabe
Em comum, esta cultura possui valores como lealdade, honra, tradicionalismo,
sentido de hospitalidade e conservadorismo. Priorizam a amizade, o respeito, a
paciência e a privacidade acima de tudo.
Outro aspecto importante desta cultura diz respeito às formas de comer. Árabes
muçulmanos não se alimentam de carne de porco, comem somente com a mão
direita e normalmente fazem suas refeições sentados no chão.
Religião Árabe
Calcula-se que 90% dos povos árabes professem a religião islâmica, fundada
por Maomé (Mohamad) no ano 622 da Era Cristã.
Por isso, é incorreto afirmar que todo árabe é muçulmano. Por fim, lembremos
que o maior país islâmico do mundo, a Indonésia, não é um país árabe.
Veja também: Curdos
Família Árabe
Vestimenta Árabe
Casamento Árabe
No segundo dia (Manjha), a atenção está voltada para a noiva. Ela é produzida
para o casamento com as tradicionais tatuagens de hena (nos pés e nas mãos),
as quais só podem ser tatuadas por mulheres solteiras.
Quanto às vestimentas, vale destacar que a noiva pode usar até sete vestidos
diferentes, desde que o vestido utilizado no terceiro dia da festa seja branco. Já
o noivo, normalmente, veste-se com seda e turbante.
Alfabeto Árabe
Com efeito, a língua árabe é um fator unificante nesta civilização, tanto quanto
o Islamismo, uma vez que a maioria dos árabes são seguidores do Islã.
Arquitetura Árabe
Todos eles são bem ornamentados pela arte decorativa dos arabescos, onde
predominam os motivos geométricos de influência persa, indiana e bizantina.
Juliana Bezerra
Professora de História
Eles estão localizados em maior parte na Arábia Saudita (maioria sunita) e no Irã
(maioria xiita).
Já para os xiitas, o profeta e sucessor legítimo deveria ser Ali (601-661), genro
de Maomé, que por fim, foi assassinado.
No lugar deste, foi eleito o califa Muhawya, responsável pelo poder da Síria. Foi
nesse contexto que ele resolveu transferir a capital do Califado, que era na
cidade de Medina (Arábia Saudita) para Damasco (hoje capital da Síria). Ainda
hoje, Medina é um local sagrado para os islâmicos, além de Meca.
Para esse grupo, a religião e o Estado deveriam ser uma única força.
Conflitos
Os conflitos entre sunitas e xiitas existe há séculos, ou seja, desde 632 d.C., ano
da morte de Maomé. Esse fato foi propulsor para desencadear desavenças entre
esses povos que até os dias atuais cometem atos de violência entre eles.
Como foi dito acima, após a morte de Ali, que para os xiitas deveria ser o
sucessor de Maomé, a religião islâmica foi segmentada em dois grandes grupos.
Além dele, foram assassinados seus filhos: Hassan e Hussein. A partir daí, muitos
conflitos e guerra civis foram desenvolvidas.
Muitos países foram palco desses conflitos, sobretudo o Líbano, a Síria, o Iraque
e o Paquistão. Entre os membros dos grupos de xiitas e sunitas, eles cultivam
ódio e aversão.
Desse modo, a maioria sunita discrimina a minoria xiita. Por isso, os xiitas são
marginalizados e oprimidos, além de possuírem as piores condições
econômicas no mundo árabe.
Esse fato aumentou ainda mais as tensões entre o Irã e a Arábia Saudita. É difícil
confirmar qual dos grupos são mais extremistas, no entanto, os sunitas
apresentam uma posição mais neutra.
Embora haja controvérsias visto que muitos grupos extremistas são de sunitas,
por exemplo: Al-Qaeda, o Estado Islâmico e o Boko Haram.
A Guerra Civil no Líbano, a Revolução Iraniana de 1979, os conflitos atuais na
Síria e no Irã confirmam que a história de violência entre esses grupos,
infelizmente está longe de ser resolvida.