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Resumo de HGP 5º ano: A Formação do Reino de Portugal

Reconquista Cristã

 Nas regiões do norte montanhoso da Península Ibérica, Astúrias e Pirenéus, os

cristãos resistiram à invasão muçulmana. Foi nas Astúrias que se formou o primeiro reino

cristão, liderado por Pelágio das Astúrias, e foi a partir desta região que se deu início ao

processo da Reconquista Cristã.

 No ano de 722, os cristãos derrotaram os muçulmanos na batalha de Covadonga.

 O processo de Reconquista foi lento. Foram precisos quase oito séculos para

recuperar os territórios perdidos para os Muçulmanos.

 A reconquista deu-se com avanços e recuos, de Norte para Sul; Neste processo,

tanto muçulmanos como cristão construíram castelos nas regiões onde os ataques eram mais

frequentes e rodeavam as suas cidades com grandes muralhas.

 O Papa e os reis cristãos tiveram auxílio de cavaleiros cristãos (cruzados) para o

combate aos mouros.

 Lentamente, todo o Norte da P.I. foi reconquistado aos mouros, formando-se alguns

reinos cristãos: Reino de Leão; Reino de Castela; Reino de Navarra; Reino de Aragão e o

Condado da Catalunha. (muito importante)

O Condado Portucalense

 Durante a Reconquista Cristã, os reis cristãos da Península Ibérica pediram auxílio a

outros reinos cristãos da Europa para reconquistar os territórios aos Muçulmanos. Os

cavaleiros que vieram ajudar na luta contra os Muçulmanos chamavam-se cruzados.

 A pedido de D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, vieram de França os cruzados D.

Raimundo e D. Henrique. Em troca pelos seus serviços os cruzados receberam:

 ▪ D. Raimundo: a mão da filha legítima do rei, D. Urraca, e o Condado de Galiza;

 ▪ D. Henrique: a mão da filha ilegítima do rei, D. Teresa, e o Condado de

Portucale, no ano de 1096.

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 O conde D. Henrique tinha como obrigações (1) prestar obediência, lealdade e

auxílio militar a D. Afonso VI de Leão e Castela; (2) alargar o Condado Portucalense,

para sul, conquistando terras aos Mouros.

 Como conde, D. Henrique tinha a responsabilidade de governar, administrar a

justiça e defender e alargar o território.

 No entanto, D. Henrique tinha o sonho de obter autonomia política em relação ao

seu sogro, ou seja, pretendia tornar o Condado num Reino independente do Reino de Leão

e Castela.

Do Condado Portucalense ao Reino de Portugal

 Em 1112, D. Henrique morreu, quando o filho e seu legítimo sucessor, Afonso

Henriques, tinha apenas 4 anos de idade. Ficou D. Teresa a governar o Condado

Portucalense

 Afonso Henriques entrou em desacordo com a mãe e, em 1128, lutou contra os seus

exércitos, derrotando-a na Batalha de S. Mamede;

 D. Afonso Henriques passa a ter dois objectivos:

(1) lutar contra o primo, Afonso VII de Leão e Castela (filho de D. Raimundo e D.

Urraca), pela independência do Condado;

(2) contra os Mouros, para alargar o seu território para Sul, prosseguindo assim na luta

pela Reconquista Cristã da Península;

 Após muitos conflitos, dos quais Afonso Henriques saiu vitorioso, assinou com

Afonso VII o Tratado de Zamora, em 5 de outubro de 1143, pelo qual era reconhecido

como legítimo rei do Reino de Portugal.

 A partir daí, D. Afonso Henriques conquista várias cidades aos Mouros,

nomeadamente Santarém e Lisboa, passando a dominar a linha do Tejo;

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 Em 1179, o Papa Alexandre III, com a Bula Manifestis Probatum, reconhece

finalmente o Reino de Portugal e a legitimidade de D. Afonso Henriques, recompensando o

seu esforço nas lutas contra os Mouros;

 Após a morte de D. Afonso Henriques, em 1185, os seus sucessores, D. Sancho I, D.

Afonso II, D. Sancho II e D. Afonso III continuaram a luta da Reconquista Cristã;

 Durante os quase 100 anos de reconquista em terras de Portugal, as fronteiras

eram incertas e havia muitas guerras;

 A conquista das cidades fazia-se por assalto ou por cerco;

 Finalmente, em 1249, no reinado de D. Afonso III, o Algarve é definitivamente

reconquistado aos Mouros;

 D. Afonso III usa o título de Rei de Portugal e dos Algarves.

 Mesmo após a reconquista do Algarve, havia muitas guerras entre os Reinos de

Portugal e de Leão e Castela, pela posse de terras fronteiriças;

 Em 1297, D. Dinis assina o Tratado de Alcanises com D. Fernando de Leão e

Castela;

 Importância do tratado: Este tratado estabeleceu definitivamente as fronteiras

convencionais, que se mantêm quase idênticas às estabelecidas no séc. XIII;

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