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OS ROMANOS NA PENÍNSULA IBÉRICA

Em 753 a.C. desenvolvia-se na Península Itálica a cidade de Roma, capital do Império


Romano.
Os Romanos eram um povo ambicioso, com grande habilidade militar e desejoso de
expansão territorial, por isso, conquistaram e dominaram um grande conjunto de territórios e
povos, formando um Império.
Chamavam ao mar Mediterrâneo, mare nostrum (o nosso mar), pois controlavam a
totalidade das suas margens, assim como toda a navegação e comércio aí desenvolvidos.

Em 218 a. C. (século III a. C.), os Romanos invadiram a Península Ibérica, atraídos pelas
suas riquezas naturais e para controlarem o comércio que se desenvolvia no mar Mediterrâneo.
Apesar do seu exército poderoso e organizado, os Romanos só dominaram toda a Península
Ibérica em 19 a. C. Os Lusitanos, chefiados por Viriato, eram excelentes guerreiros e realizaram
muitas emboscadas, a partir de zonas montanhosas, dificultando a conquista pelos Romanos.

A romanização foi um processo lento de transferência de religião, língua, cultura e


costumes romanos às diferentes populações do Império, com o objetivo de as integrar e de as
transformar em cidadãos romanos.

Fatores de romanização Agentes da romanização

- fundação de novas cidades, construídas segundo o - colonos e mercadores


modelo de Roma; construção de teatros e termas para
convívio social; de templos para veneração dos deuses - funcionários administrativos
romanos;
- construção de aquedutos que possibilitavam o - exército, que tinha como função
transporte de água para as cidades; manter a ordem e a segurança de
todos os habitantes do império e
- construção de estradas e pontes que permitiram uma
recolher os impostos em nome do
rápida deslocação dos exércitos, de pessoas e
Imperador.
mercadorias dentro do Império;
- circulação de moeda que facilitava as trocas comerciais;
- o latim torna-se a língua oficial do Império, facilitando a
comunicação entre os povos;
- o Direito romano, onde se baseiam muitas leis atuais.

Os Romanos eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses.


O CRISTIANISMO

Religião monoteísta (crença em um só Deus) que defendia princípios muito diferentes dos
praticados pelos romanos e que foi rapidamente aceite, principalmente, pelos mais pobres.
Origem: Judeia
Profeta: Jesus Cristo
Livro Sagrado: Bíblia
Princípios:
– amar a Deus sobre todas as coisas;
– amar o próximo como a si mesmo;
– crer na vida após a morte;
– crer na salvação para todos, em função das suas ações.

313 (séc. IV) – imperador Constantino concede a liberdade religiosa em todo o Império
380 (séc. V) – imperador Teodósio reconhece o Cristianismo como religião oficial do Império.

NOVA CONTAGEM DO TEMPO

Era Cristã – contagem do tempo a partir do nascimento de Jesus Cristo.

Unidade de medida para contagem do tempo:


– ano (365/366 dias)
– década (10 anos)
– século (100 anos)
– milénio (1000 anos)

Conversão de anos em séculos

Anos Conversão Séculos


200 a.C. 2+0=2 II a.C.
_12 a.C. 0+1=1 I a.C.
476 d.C. 4+1=5 V
2000 d.C. 20+0=20 XX
2016 d.C. 20+1=21 XXI
AS INVASÕES DO POVOS BÁRBAROS E O FIM DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE

No século V, atraídos pelas riquezas naturais, os Bárbaros invadiram o Império Romano e


ocuparam a Península Ibérica.
Os Romanos chamavam “bárbaros” aos povos que viviam fora do Império que não falavam
latim e que tinham hábitos diferentes dos seus.
Os Bárbaros acabaram por dominar todo o Império Romano do Ocidente, dividindo-o em
vários reinos. A Península Ibérica foi ocupada pelos Suevos e Visigodos.
No século VI, os Visigodos passaram a dominar a Península Ibérica, escolheram o latim
como língua oficial e converteram-se ao Cristianismo.

O ISLAMISMO

Até ao século VI, os Árabes eram politeístas. Maomé converteu-os a uma religião
monoteísta – o Islamismo.

Origem: Meca
Profeta: Maomé
Livro Sagrado: Corão ou Alcorão
Princípios:
– adorar Alá, como Deus único, e Maomé como o seu profeta;
– rezar cinco vezes por dia, ajoelhados e voltados para Meca;
– praticar a esmola;
– jejuar durante o mês do Ramadão para se purificarem;
– fazer uma peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida.

Árabe: originário da Península Arábica


Muçulmanos: praticantes do Islamismo
Mouros: Muçulmanos do Norte de África
OS MUÇULMANOS NA PENÍNSULA IBÉRICA

No século VII, os Muçulmanos iniciaram a expansão do seu território porque:


- a Península Arábica tinha poucos recursos (território pobre e semidesértico) e
procuravam solos férteis;
- queriam converter outros povos ao Islamismo – Guerra Santa.

No século VIII, os Muçulmanos entram na Península Ibérica facilmente, pois o reino


visigodo encontrava-se enfraquecido por graves divisões internas. Em 711, o exército muçulmano,
comandado por Tarik, venceu as tropas cristãs visigodas. Os Muçulmanos passaram a ocupar
praticamente toda a Península com a exceção de uma região montanhosa a Norte – as Astúrias.

Durante várias centenas de anos, e apesar das suas culturas e religiões muito diferentes,
Cristãos e Muçulmanos conviveram na Península Ibérica. Houve momentos de guerra, mas
maioritariamente, momentos de paz que permitiram que estes povos se influenciassem
mutuamente.

HERANÇA MUÇULMANA
Agricultura
– novas culturas: arroz, árvores de fruto,...
– técnicas de irrigação: picota, nora.
Ciências
– matemática – introdução do zero e dos algarismos árabes
– astronomia – estudos sobre os eclipses do Sol e da Lua
– medicina - tratados
– instrumentos de orientação como o astrolábio
Língua
– palavras de origem árabe: alface, alfândega, algodão,...
Arquitetura
– essencialmente urbana
– construíram palácios, torres, castelos e mesquitas
– técnicas decorativas: mosaico que deu origem ao tradicional azulejo português

A influência muçulmana foi maior no sul do território peninsular, porque foi nesta zona
que os Muçulmanos permaneceram mais tempo.

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