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1º TESTE DE AVALIAÇÃO | 1º PERÍODO | PORTUGUÊS – 5º ANO

Grupo I

Lê o texto seguinte, retirado de uma enciclopédia. Se necessário, consulta as notas.

A raposa-vermelha (Vulpes vulpes)1 é um mamífero, omnívoro2, de médio porte, com os


pelos geralmente castanho-avermelhados. É também um dos carnívoros com maior distribuição no
mundo. É um animal com hábitos noturnos e crepusculares3 (exceto em lugares de pouca
movimentação, onde pode ser vista durante o dia).
5 Esta raposa come diariamente, em média, 500 g de
alimento. Caça geralmente animais pequenos, como coelhos e
lebres, mas pode estender-se a roedores, aves, insetos, peixes,
ovos e frutos. Caso seja necessário, pode, ainda, alimentar-se de
restos de comida humana e de animais mortos, o que demonstra
10 a sua capacidade de adaptação.
As raposas-vermelhas acasalam entre dezembro e
fevereiro. Após uma gestação de pouco menos de dois meses
(52 a 53 dias), nascem entre 2 a 5 filhotes. O macho e fêmea
cuidam dos filhotes, que só se tornam independentes no outono
15 seguinte ao seu nascimento. As crias têm pelagem castanho-
escura, e só depois dos primeiros 6 meses de vida é que a sua
pelagem se torna igual à dos adultos. As raposas-vermelhas
vivem, em média, 9 anos.
A raposa-vermelha vive em grupos formados na sua
20 maioria por um macho adulto e várias fêmeas. Vive em tocas protegidas pela vegetação ou em
antigas tocas de coelhos ou texugos.
O tamanho das raposas desta espécie varia de 90 cm a 1,38 m de comprimento, da cabeça à
extremidade da cauda. Os machos pesam entre 6 e 10 kg e as fêmeas pesam entre 4 e 8 kg. Estas
raposas possuem orelhas pontiagudas e pretas atrás e focinho estreito.
25 O habitat da raposa vermelha estende-se da América do Norte à Eurásia e, em grupos
dispersos, no norte da África. As raposas também são encontradas na Austrália, onde foram
introduzidas para controlar a população de outro animal não endémico4, o coelho. Este mamífero
habita em regiões de clima temperado, e não se encontra em zonas de climas equatoriais, tropicais
e polares.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raposa-vermelha
(texto adaptado)
Notas:
1. (Vulpes vulpes): nome cientifico da espécie. 2. omnívoro: animal que se alimenta
indiferentemente de substâncias animais ou vegetais. 3. crepusculares: animais que são mais ativos
durante o crepúsculo, ou seja, ao amanhecer e ao anoitecer. 4. endémico: espécie exclusiva de
determinada região.

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1. Assinala com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase de acordo com o
sentido do texto.

1.1. A raposa é um animal que


a) prefere espaços abertos e movimentados.
b) procura lugares pouco frequentados.
c) se mostra apenas ao anoitecer.

1.2. A quantidade aproximada de alimento de que este mamífero se alimenta,


diariamente, corresponde a
a) 500 kg.
b) 53 kg.
c) 500 g.

1.3. As raposas-vermelhas acasalam durante


a) a primavera.
b) o inverno.
c) duas estações.

1.4. A palavra “antigas” (linha 21) significa


a) abandonadas.
b) desfeitas.
c) recentes.

2. Completa a grelha com as informações fornecidas pelo texto.


a. Características
físicas
b. Alimentação

c. Tipo de habitat

d. Dispersão
geográfica

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Lê, com atenção, a fábula seguinte. Se necessário, consulta as notas.


Lá longe, nas ardentes terras de África, vivia uma raposa que tinha por hábito
troçar de um pobre cágado:
— Mas que pouca sorte a tua, amigo cágado! Como fazes para correr com essa
casa às costas e essas perninhas que mal se veem? Olha para mim: com estas pernas
5 fortes e compridas, ando mais com duas pernadas do que tu num dia inteiro.
Tanto falava e troçava a raposa que o cágado, fartinho de a ouvir e desejoso de
lhe dar uma lição, desafiou-a certo dia para uma corrida:
— Andas por aí a gabar as tuas pernas sem te lembrares de que nem tudo o que
luz é ouro. Bem conheço eu o valor das minhas, e a ninguém desejo mal por ter menos
10 do que eu. Mas já que tanto falas, vamos lá ver se a razão está do teu lado. No próximo
domingo, festeja-se o casamento da filha do nosso régulo1 e por certo muita gente se irá
reunir na aldeia. Pois será esse o dia escolhido para o nosso desafio. Aceitas?
— Por quem és, meu pobre amigo! Lá estarei para vermos do que és capaz —
respondeu a raposa, mal conseguindo conter o riso.
15 — Pois bem, partiremos de um lugar marcado e correremos até ao limite das
terras do nosso régulo — tornou o cágado.
— O primeiro que chegar ganhará um fato novo para si e outro para dar de
prenda à filha do régulo. E o que perder pagará tudo.
A raposa aceitou as regras e foi cada um para sua casa. O cágado mandou então
20 chamar todos os irmãos, expôs-lhes o caso e entre eles combinaram a partida a pregar à
raposa. Espalhar-se-iam ao longo do caminho, escondidos pelo capim 2, e, de cada vez
que a raposa chamasse pelo cágado, responderia sempre o que estivesse à frente.
Terminada a combinação, o cágado abalou. Quando ambos estavam prontos para
a partida, diz o cágado à raposa:
25 — Tu não te preocupes comigo se não me vires, pois bem sabes que eu não sei
saltar; só sei correr pelo meio da erva.
— Corre com as quatro pernas e não as deixes arrefecer, pois a aposta já a
ganhei eu...
O sinal da partida foi dado e a raposa, em meia dúzia de saltos, perdeu o cágado
30 de vista.
Convencida de que ele ficara para trás, e também por troça, parou e pôs-se a
chamar:
— Então, amigo cágado, andas ou não andas?
— Amiga raposa — respondeu o cágado da frente —, corre quanto puderes e não
35 te preocupes comigo, que já cá vou adiantado, para te mostrar o caminho. Surpreendida
e um tanto atrapalhada, a raposa dobrou os seus esforços. Quando pensava que, desta
feita, teria deixado o cágado muito para trás, voltou a chamar:
— Amigo cágado, ainda ouves a minha voz?
— Já quase a não ouço — respondeu o cágado da frente — e se tu continuas a
40 correr tão pouco, ainda me esqueço de que preciso de correr e acabo por adormecer no
caminho... Desta vez a raposa perdeu a cabeça e não pensou senão em fugir quanto as
pernas lho permitissem. Quando já estava perto do ponto de chegada, a deitar os bofes

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pela boca e de rabo entre as pernas, mal pôde acreditar no que os seus olhos viam: o
cágado, que já tinha chegado à meta, vinha agora ao seu encontro a gritar-lhe:
45 — Oh, amiga raposa, venho ver se precisas do meu auxílio, que já estou cansado
de esperar por ti! Melhor seria se estendesses mais as pernas e encurtasses a língua,
porque assim talvez fizesses melhor figura. Olha, que a lição te sirva de emenda e te
evite novas desilusões, que nunca poupam os linguareiros e os presunçosos3...

João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete (sel., adapt. e reconto),


Contos e Lendas de Portugal e do Mundo, Porto Editora, 2015 (págs. 7-10)

Notas:
1. régulo: chefe tribal. 2. capim: planta gramínea. 3. presunçosos: orgulhosos, vaidosos.

1. Indica o que motivou o cágado a desafiar a raposa para uma corrida.


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2. Transcreve a afirmação que caracteriza os sentimentos do cágado perante o comportamento


da raposa.
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3. Explica, por palavras tuas, o sentido da expressão “nem tudo o que luz é ouro.” (linhas 8 e
9), considerando o contexto em que se encontra.
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4. “Pois será esse o dia escolhido para o nosso desafio. Aceitas?


— Por quem és, meu pobre amigo! Lá estarei para vermos do que és capaz.” (linhas 12 e 13)
4.1. Enumera as regras que as duas personagens definiram para a corrida.
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5. Explica a estratégia utilizada pelo cágado para vencer a corrida.

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6. Concordas com a moralidade desta fábula? Indica, pelo menos, um argumento para justificar
a tua posição.
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C
1. Atenta no seguinte texto de dicionário.
Raposa (nome feminino)

1. ZOOLOGIA: designação comum, extensiva a diferentes mamíferos carnívoros da família dos


Canídeos, sobretudo do género Vulpes, de porte inferior ao do lobo, pernas curtas, focinho pontiagudo,
orelhas eretas e cauda comprida;
2. ZOOLOGIA (Vulpes vulpes): mamífero com ampla distribuição no hemisfério norte que ataca aves e
pequenos mamíferos, de que se alimenta; apresenta cauda volumosa e pelagem de coloração variável
(arruivada, castanha, parda ou preta), geralmente mais clara no ventre;
3. pele de algum desses animais, preparada para agasalho;
4. gíria académica: reprovação em exame;
5. sentido figurado: pessoa astuta e/ou manhosa;
6. regionalismo: espécie de cesto de vindima;
7. jogo popular.
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/raposa?express=a+raposa
(texto com supressões)

1.1. Faz corresponder cada uma das afirmações ao significado que a palavra “raposa” pode
adquirir de acordo com o contexto em que se encontra. A cada alínea faz corresponder um
número.
a. No pátio, as crianças jogam à raposa.

b. Este ano o João trouxe uma raposa, por isso terá que repetir o exame.

c. Esta espécie de raposa alimenta-se de pequenos animais.

d. O Sr. Luís é raposa velha. Ninguém o engana!

e. Nesta região do país, as raposas são utilizadas para transportar as uvas.

Grupo II

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1. Observa as palavras sublinhadas nas frases seguintes:


— Mas que pouca sorte a tua, amigo cágado! Como fazes para correr com essa casa às
costas e essas perninhas afiadas que mal se veem? Olha para mim atentamente: com estas
pernas fortes e compridas.

Coloca-as no respetivo lugar da grelha de acordo com o seu número de sílabas.


Monossílabos Dissílabos Trissílabos Polissílabos

2. Classifica as palavras sublinhadas nas frases abaixo quanto à acentuação e coloca-as nos
respetivos lugares da grelha.
Quando já estava perto do único ponto de chegada, a raposa mal pôde acreditar no
que os seus olhos viam: o cágado, que já tinha chegado à meta.

Palavras agudas Palavras graves Palavras esdrúxulas

3. Reescreve o texto seguinte, organizando-o em três parágrafos e colocando os sinais de


pontuação adequados.
O cágado foi mais uma vez falar com a raposa e propôs-lhe vamos fazer uma corrida é para já
respondeu a raposa
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4. Observa os determinantes sublinhados nas seguintes frases:


a. Aquelas raposas têm uma pelagem avermelhada.
b. Estás a ver este lago perto da minha casa? As nossas mães brincavam aqui perto.
Coloca cada um dos determinantes no respetivo lugar da grelha, conforme a sua subclasse.
Determinantes
artigos possessivos demonstrativos
definidos indefinidos

Grupo III

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Imagina que a raposa reflete sobre o seu comportamento e decide procurar o cágado
para conversar. Redige um texto narrativo em que integres um diálogo entre as duas
personagens. Deves respeitar as seguintes indicações:
– escrever um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras;
– marcar claramente os parágrafos;
– empregar verbos que indiquem quem vai falar ou quem falou;
– exprimir sentimentos das personagens;
– apresentar o texto com uma caligrafia legível.
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