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Explicação da Xana – Portugal nos Séculos XIII e XIV
História e Geografia de Portugal – 5.º Ano
3. Atribuição de terras
Ao serem reconquistadas terras os reis tinham a necessidade de
as povoar, defender e explorar para não voltarem a ser ocupadas pelos mouros.
Os reis reservavam uma parte dessas terras para si e a grande parte era dada
aos nobres e às ordens religiosas militares como recompensa pela sua ajuda
prestada na guerra, bem como às ordens religiosas não militares para que
fossem povoadas mais rapidamente.
Sendo assim, as terras pertenciam ao rei, à Nobreza e ao Clero. O povo
trabalhava nessas terras e em troca recebiam protecção.
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Produção artesanal:
O vestuário, calçado, instrumentos e todos os objectos necessários para o dia-a-
dia dos pastores, agricultores e pescadores eram feitos por eles mesmos à mão e
através da utilização de produtos retirados directamente da Natureza ou pelos
materiais fornecidos pela agricultura e pela pastorícia.
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Distracções:
À noite entretinham-se com jogos de sala, como o xadrez e dados, com
os saltimbancos, que faziam proezas, e com os jograis, que tocavam e
cantavam.
Casa senhorial:
O salão era o aposento mais importante e era onde o nobre dava as suas ordens,
recebia os hóspedes e onde serviam-se as refeições;
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O mobiliário existente na casa era uma mesa, arcas para guardar a roupa e
outros objetos domésticos, poucas cadeiras e bancos chamados escanos;
Para a iluminação durante a noite utilizavam-se lamparinas de azeite ou tochas
e velas de cera e sebo.
Casa do camponês:
Tecto de colmo, paredes de madeira ou pedra, quase sem aberturas, e chão em
terra batida;
Tinha só uma divisão e havia pouca mobília;
Dormia-se num recanto coberto de molhos de palha.
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Principais atividades:
Agricultura, pastorícia, pesca: camponeses e pescadores;
Artesanato: havia pequenas oficinas onde os artesãos executavam trabalhos à
mão (manufactura), utilizando técnicas e instrumentos muito rudimentares;
Comércio: os camponeses e os artesãos reuniam-se para vender os seus
produtos dando origem aos mercados e mais tarde às feiras (maiores que os
mercados e com maior abundância e variedade de produtos).
A criação de feiras contribuiu para o desenvolvimento do comércio interno,
isto é, troca e venda de produtos dentro do país. No entanto, nesta altura
Portugal também comerciava com outros países – comércio externo.
O comércio externo contribuiu para o desenvolvimento das cidades situadas no
litoral e contribuiu também para o surgimento de um novo grupo
social: a burguesia. Os burgueses eram homens do povo, mercadores e
artesãos, que enriqueceram com o comércio externo.
Distrações:
Banquetes e saraus (festas à noite) onde havia espetáculos de jograis (os
jograis cantavam e tocavam instrumentos musicais).
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Crise de 1383-1385
1. Portugal na segunda metade do séc. XIV
Neste período viveram-se tempos difíceis:
Fome: deveu-se aos maus anos agrícolas por causa das chuvas intensas;
Epidemias – deveu-se à falta de higiene e à falta de alimentação;
Guerras – devido ao conflito com Castela.
A pior calamidade foi a Peste Negra que em menos de três meses matou cerca
de um terço da população.
2. Problema de sucessão
Em 1383, D. Fernando assina um tratado de paz com Castela para salvaguardar
a independência do reino de Portugal – o Tratado de Salvaterra de Magos.
Neste tratado D. Fernando deu a mão da sua única filha, D. Beatriz, a D. João I,
rei de Castela, e ficou estabelecido que o futuro rei de Portugal seria o seu neto,
filho de D. Beatriz, quando atingisse os 14 anos.
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5. Consolidação da independência
D. João I, Mestre de Avis, recompensou com terras, cargos e títulos os nobres e
burgueses que o apoiaram e retirou privilégios à alta Nobreza que apoiou D.
Beatriz e que fugiu para Castela.
Portugal fez ainda um tratado de amizade com Inglaterra onde os dois países se
comprometeram a ajudar-se mutuamente. Esta aliança foi reforçada com o
casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre em 1387.
Entretanto, só em 1411 o problema com Castela ficou resolvido com um tratado
de paz.
Muito do que sabemos sobre o que aconteceu neste período deve-se a Fernão
Lopes através das suas crónicas sobre o que se passava no reino da época.