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O espaço português
A fixação do território – a Reconquista
Nos séculos XII e XIII, em plena Reconquista cristã da Península
Ibérica aos muçulmanos, Portugal constitui-se como entidade
política independente e fixou o seu Reconquista:
território. Diz respeito às campanhas militares que
Portugal vai nascer no contexto da os reinos cristãos da Península Ibérica
Reconquista. dirigiram contra os muçulmanos que a
A reconquista tem um caráter político, invadiram em 711. Ter-se-á iniciado em
718-22 no reino das Astúrias, e
considerando que se tratava de um
terminou em 1492 com a conquista de
processo de independência e Granada
soberania, os territórios conquistados pertenciam-lhe legitimamente.
O Condado Portucalense foi oferecido a D. Henrique por Afonso
VI, Rei de Leão e Castela pelo seu auxílio na Reconquista das
terras aos mouros.
Coube a D. Afonso Henriques transformar o pequeno Condado
portucalense no reino autónomo de Portugal. Para tal, rebelou-se
contra o seu primo Afonso VII, rei de Leão e Castela, a quem
devia obediência e lealdade na qualidade de vassalo.
Em 1143, Afonso VII reconhece Afonso Henriques como rei na
Conferência de Zamora.
Mas este último só ficou completamente desvinculado da sujeição
a Leão e Castela em 1179, através da Bula Manifestis Probatum
onde o Papa Alexandre III acolhe o Reino de Portugal sob a
proteção da Santa Sé. Ora, na condição de vassalos do Papa,
Portugal tornava-se, assim, independente visto que estava
desobrigado de obedecer a qualquer outro soberano.
Entretanto, Afonso Henriques prosseguia a conquista de territórios
aos muçulmanos. Em 1147 consolidou o domínio da linha do Tejo.
E de seguida firmou a presença portuguesa na linha do Sado em
1158.
Afonso VII D. Afonso
reconhece Henriques
Conquista Domínio 1162- 1179: 1185:
de Sintra- 1165:
Afonso consolida o
assegurar
da linha Bula morte de
Henriques domínio da do Sado Beja e Manifestis D. Afonso
como rei linha do a defesa
(1158) Probatum Henriques
(1143) Tejo (1147) de Lisboa Évora
Entre avanços e recuos, a conquista de Portugal continuou durante
aproximadamente mais um século.
D. Sancho I, sucessor de D. Afonso Henriques, perdeu todas as
posições a sul do Tejo à exceção de Évora, na sequência dos
ataques dos Almóadas.
D. Afonso II revelou-se um monarca de ação militar inferior,
ocupando-se com o fortalecimento do poder real. Não obstante,
conquistou Alcácer.
Com D. Sancho II, o território português expandiu-se
vitoriosamente no Alentejo.
No reinado de D. Afonso III completou-se a expulsão dos mouros,
com a conquista do Algarve em 1249, terminando a Reconquista
Portuguesa.
Ressurgimento comercial
O desenvolvimento urbano do território português está
relacionado com o ressurgimento comercial do Ocidente
Medieval.
Os mercadores europeus que afluíam à costa atlântica
contribuíam para o dinamismo de certos centros urbanos (urbes
mercantis)
Realça-se, assim, a importância do comércio marítimo na
afirmação das cidades e vilas no Reino de Portugal
Peregrinações a Santiago de Compostela